1) O documento discute o acondicionamento de amostras biológicas para análise, incluindo cuidados preliminares, acondicionamento no setor de coleta e para transporte a curta e longa distância.
2) É importante acondicionar as amostras corretamente para preservar a integridade e estabilidade, permitindo análises precisas.
3) O transporte a longa distância requer embalagens triplas e rotulagem de acordo com regulamentos internacionais de transporte de materiais biológicos.
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
FUNDAMENTOS DA BIOMEDICINA/ANÁLISES CLÍNICAS
EDITAL 90/2012 – UEPA
ACONDICIONAMENTO DE
AMOSTRAS BIOLÓGICAS
Candidata:
MONICA GOMES LIMA
Marabá – 2013 lima.monicagomes@gmail.com
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2. Conteúdo
• Contexto do acondicionamento de amostras biológicas;
• Regulamentação e profissionais envolvidos;
• Cuidados preliminares para o acondicionamento de amostras;
• Acondicionamento no setor de coleta;
• Acondicionamento para transporte em um mesmo prédio;
• Acondicionamento para transporte a curta distância e a longa
distância;
• Condições das viaturas/meios de transporte;
• Acondicionamento após a análise da amostra.
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3. Processo para a Realização de um Exame
INÍCIO FIM
• Funções do laboratório:
– Cadastrar o paciente e os exames solicitados;
– Coleta, acondicionamento, transporte e
preparo das amostras;
– Realização dos testes;
– Análise e liberação dos resultados;
– Entrega do laudo;
– Auxíliar a interpretação dos resultados.
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4. Amostras Biológicas
Sangue
(total, soro e Urina Fezes
plasma)
Materiais de origem humana/animal
com fins diagnósticos
ESTRIDGE & REYNOLDS , 2011.
Líquidos corporais Tecidos Secreções corporais
(espinhal, pleural, (Biópsias, (escarro, esperma,
amniótico, etc.) raspagens, etc.) vaginal, uretral, etc.)
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5. Espaço Físico
Onde são coletadas?
Laboratórios de
Análises Clínicas (LAC)
.Hospitalares
.Não-Hospitalares
SETOR DE COLETA
Posto de coleta
Coleta domiciliar
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6. Coleta ACONDICIONAMETO Análise
PRESERVAR A INTEGRIDADE E ESTABILIDADE
DA AMOSTRA
IMPORTANTE
Entender o porque que diferentes amostras devem ser
acondicionadas dependendo do exame que será feito
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7. Etapas Envolvidas
ACONDICIONAMENTO
Armazenamento
Checagem do Armazenamento e
da amostra que não vai
recipiente em que está Identificação para
ser analizada de imediato
a amostra Transporte ou após análise
.Conservante e amostra .Sistema de embalagens; .Conservar para análise;
adequada; .Controle de temperatura .Repetir exame.
.Identificação adequada do recipiente;
do paciente. .Identificação adequada.
AJUDAM A DIMINUIR OS ERROS
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8. Regulamentação
• CP 19/2011 – mais recente
– Padronização de normas: transporte e armazenamento;
– Responsabilidades dos profissionais envolvidos;
– Transporte: licença sanitária.
Cadastrado na ANVISA:
• Os Profissionais Envolvidos: dados, tipo de material,
documentos de
licenciamento sanitário
TODOS
Acesso (por escrito) aos
procedimentos realizados;
Da área da saúde Transportadora
Receber treinamento específico
Funcionário do LAC Pode ser terceirizado
ACONDICIONA TRANSPORTA e continuado. 8
9. Formação dos Profissionais
Téc. Téc.
Enfermagem Laboratório
De nível
Téc.
TÉCNICO Patologia
Clínica
Da área da saúde
Funcionário do LAC
ACONDICIONA
Biomédico Enfermeiro
PROFISSIONAL DE ENSINO SUPERIOR
Farmacêutico Legalmente habilitado
Inscrito no Conselho de Classe
Com funções atribuídas por lei
Médico Biólogo
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10. Formação dos Profissionais
Téc. Téc.
Enfermagem Laboratório
De nível
Téc.
TÉCNICO Patologia
Clínica
Funcionário da Transportadora
RESPONSÁVEL PELO TRANSPORTE
Cadastrado na ANVISA
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11. Regulamentação
• As Responsabilidades:
. Acondicionamento seguro;
REMETENTE . Informar o destinatário: data e hora prevista para chegada;
(posto) . ‘Formulário de Informação de Segurança para Transporte de
Material Biológico Humano’ .
. Garantir infra-estrutura para transporte;
. Portar os documentos:
a) Identificação da expedição/carga;
b) Documento emitido pela vigilância sanitária;
TRANSPORTADOR c) Formulário de Informação de Segurança para Transporte de
Material Biológico Humano;
. Comunicar ao expedidor e ao destinatário qualquer não
conformidade na embalagem e documentação .
. Abrir as embalagens de modo seguro;
DESTINATÁRIO . Manter integridade das amostras;
(LAC) . Conferir e registrar as condições de recebimento;
. Comunicar ao remetente a chegada. 11
12. Cuidados Preliminares
• Procedimentos Operacionais Padrão: evitar erros.
– Todos os profissionais cientes da rotina estabelecida.
Equipamento de Proteção Individual: Embalagens e recipientes:
Resistentes a vazamentos e impactos;
Sistema de vedação adequado;
Suportar as variações de pressão, temperatura
e umidade.
Optar por Embalagens reutilizáveis: limpas e
conservadas.
Respeitar a capacidade máxima e as
condições de empilhamento
Determinadas pelos fabricante das,
características da amostra, e normas de
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LACEN-RN, 2011. transporte vigentes.
13. Cuidados Preliminares
• Acondicionamento de Insumos para Coleta:
1 2 3
AO RECEBÊ-LOS ORGANIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO
Utilizar primeiro os com
Integridade validade mais curtas Ao abrigo da luz,
(aspecto e cor) Não misturar produtos de umidade e altas
Prazo de validade lotes diferentes temperaturas
NUNCA ESTOCAR MATERIAIS COM VALIDADE VENCIDA
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14. No Setor de Coleta
• Checagem dos recipientes:
– Recipientes danificados/com vazamento;
– Amostra no recipiente correto (verificação na guia):
COLETADA E/OU ACONDICIONADA DE MANEIRA ERRADA
PREJUDICA O PROCESSO DE ANÁLISE
Exemplo 1: PARASITOLOGIA
Mertiolato, Iodo e Formaldeído Exemplo 2:
(MIF): Preservação e a coloração de
Amostras sanguíneas e os
quase todos os estágios dos
protozoários, de ovos e larvas de
diferentes tubos
helmintos
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15. RECIPIENTES
TAMPA CONSERVANTE SETOR CARACTERÍSTICAS
EDTA HEMATOLOGIA Agente quelante do Cálcio - Impede coagulação
Impede agregação plaquetária – sal insolúvel
SANGUE TOTAL
GEL SEPARADOR IMUNOLOGIA Separa o soro sem necessidade de removê-lo
ativador de coágulo BIOQUÍMICA para outro recipiente
SORO
SILICONIZADO IMUNOLOGIA Obtenção de soro
Sem anticoagulante BIOQUÍMICA SÍLICA – ativador natural de coágulo
SORO
CITRATO DE SÓDIO HEMATOLOGIA Agente quelante do Cálcio - Impede coagulação
Tamponado 3,2% (Coagulação) Interefere em vários componentes bioquímicos,
altera morfologia - PLASMA
FLUORETO DE SÓDIO BIOQUÍMICA Inibe glicólise - bloqueia enzima enolase
+ EDTA Dosagens – Glicose e lactato
PLASMA
CITRATO DE SÓDIO HEMATOLOGIA Nível de sedimentação das hemácias - VHS
Tamponado 3,8% SANGUE TOTAL
HEPARINA BIOQUÍMICA Zn, Pb, Cu, Gasometria
SANGUE TOTAL
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16. Acondicionamento no Setor de Coleta
• Organização das Amostras:
Máximo 30’
Depois refrigerar
Amostras e Guias: ORDEM DE COLETA
Separ material conforme referência
laboratorial (POR SETORES)
Amostras de Sangue: SEPARADA DAS DEMAIS
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17. Acondicionamento Para Transporte
• I. Em um Mesmo Prédio:
COLETA → SETORES DE ANÁLISE
AO CHEGAR NO SETOR:
.Retirar as amostras do carrinho, com
cuidado;
.Colocar em uma bancada, entregando
ao profissional responsável pelo setor;
.Esse profissional deve conferir se
- Transitar pelos setores, com segurança, amostras estão íntegras.
sem esbarrar nos equipamentos;
- Manter integridade dos recipientes.
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18. Acondicionamento Para Transporte
• II. Curta Distância:
– Rápido (1h) após coleta – EXAMES DE ROTINA;
– Preparação Prévia:
.Checagem dos recipientes: danificadas ou vazamentos;
.Recipientes Secundários: divisórias (manter amostras em pé) e gelo reciclável;
.Identificação da caixa: recipiente com extremidades voltadas para cima.
Caixa hermética Caixa de papelão
descatável
19. Curta Distância
COMO ACONDICIONAR - Organização
De forma a aproveitar o espaço – evitar agitação;
Espaços vazios preenchidos com papel amassado/plástico bolha;
Extremidades para cima – evitar vazamentos;
Gelo reciclável em pé e em quantidade suficiente – melhor conservação
(4-25°C);
19
20. Curta Distância
COMO ACONDICIONAR - Organização
Requisições em sacos plásticos e separado da amostra, adicionado à
tampa;
Tampa do recipiente secundário deve estar bem fechada;
Identificar a caixa com a natureza da amostra, destinatário, remetente e
risco oferecido;
Não esquecer: Ficha de Encaminhamento de Amostras Clínicas. 20
21. Curta Distância
COMO ACONDICIONAR - Amostras
SANGUE TOTAL, SORO E PLASMA
.Grandes quantidades: estante
dentro do recipiente secundário;
.Pequenas quantidades: envolvida
em saco plástico.
1
FEZES E URINA EM COPO
COLETOR 2 1 – Paciente A
2 – Paciente B
Direto no recipiente secundário;
3 – Paciente C
3
Recipiente secundário específico
para essas amostras. 21
Empilhamento Máximo
22. Curta Distância
COMO ACONDICIONAR - Amostras
LÂMINAS
Envolvida em papel alumínio, ou
colocadas em estojo, em recipientes
secundários.
SECREÇÕES, LÍQUIDOS BIOLÓGICOS,
ESCARROS E OUTROS
Colocados em recipientes maiores,
com tampa, depois recipientes
secundários.
AMOSTRAS PARA BACTERIOLOGIA
Antes de colocar nos recipientes maiores deve ser colocados em sacos plásticos e
identificados externamente (não serem abertos em locais inadequados) 22
23. Acondicionamento Para Transporte
• III. Longa Distância:
– Marítima, aérea ou terrestre de longa distância;
– Transporte para LAC de referência;
– Amostras para exames mais sofisticados:
• Técnicas de Imunologia;
• Análises de DNA;
• Análises parasitológicas/microbiológicas não de rotina.
– Dúvidas quanto ao resultado da análise.
24. Acondicionamento Para Transporte
• III. Longa Distância:
– Preparação e cuidados especiais:
SISTEMA DE EMBALAGENS DENGUE
1 TRIPLAS
INTERNA
a da amostra
INTERMEDIÁRIA
saco plástico em um recipiente de
vidro ou plástico
EXTERNA
Tubo herméticamente fechado
caixa hermética ou isopor 24
Envolvido complástico bolha
25. Longa Distância
1 SISTEMA DE EMBALAGENS
Obedecer as recomendações prevista nos regulamentos:
International Air Transporte Association (IATA)
International Maritime Organization (IMO)
Embalagens internas: devem ser esterelizadas, a prova de contaminação, e não devem
conter mais de 500g;
Várias embalagens internas frágeis: são colocadas em um único empacotamento
secundário, eles devem ser embrulhados individualmente ou separados por grade para
prevenir contato entre eles e tem de haver uma embalagem secundária ao qual deve
ser a prova de vazamentos.
25
26. Longa Distância
2
ROTULAGEM
SINALIZAÇÃO EXTERNA
IDENTIFICAÇÃO do remetente, do transportador
e do destinatário legalmente responsáveis:
a) indicação de CPF ou CNPJ;
b) endereços completos;
c) telefones de contato.
Identificação do material biológico transportado
Frases de advertências, quando couber, e
condições de conservação
Sinalização de modo e sentido de abertura
Prazo de validade do material biológico
Contatos telefônicos para casos de acidentes 26
27. Longa Distância
2 ROTULAGEM
SINALIZAÇÃO EXTERNA - Aéreo
Colocar caixa de isopor em caixa de
papelão identificada com alertas
Classificar as amostras segundo as
recomendações da Organização das
Nações Unidas (ONU/UN)
UN 2814 (microrganismos patogênicos
para seres humanos em meio líquido ou Sobre a tampa: documentação de
sólido) identificação das amostras
UN 2900 (microrganismos patogênicos 1) Declaração de carga;
para animais)
2) Shipper´s declaration (descreve o produto e sua
Ou UN 3373 (espécimes biológicos para classificação – IATA);
diagnóstico) 3) Certificado de conformidade da embalagem;
Vedar bem a caixa de isopor 27
4) Atestado de produto aeronáutico aprovado
29. Longa Distância
3 ACONDICIONAMENTO
Uso de gelo reciclável – 4°C
Espaços vazios preenchidos com
plástico bolha
Não misturar tipos de amostras
diferentes em um mesmo recipiente
intermediário 29
31. Longa Distância
3 ACONDICIONAMENTO – Tempo de duração das amostras
Caixa hermética: 4-12hs (4hs sorologia)
Refrigeração 4°C
Sangue total, soro e plasma: até 3-4 dias (IMEDIATO ex: Influenza A e B,
Leptospirose, Adenovírus, Leishmaniose);
Urina e fezes: 1-2 dias (EXCEÇÕES como: pesquisa de protozoários vivos);
Bacteriologia: até 72h, dependendo do meio de conservação (a fresco: 2-4h).
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32. Condições das Viaturas
CAIXAS TÉRMICAS:
AMOSTRA SEPARADA DOS Bem vedadas e fixadas para não virar
PACIENTES Protegidas do sol e de umidade
POSSUIR ‘KIT’ COM:
MOTORISTA E FUNCIONÁRIO: EPI – jaleco e luvas;
Orientado de como proceder EPC – pá com escova, pano de
em caso de acidente com as limpeza, álcool 70% para limpeza do
amostras local e mãos, saco de lixo infectante e
fita adesiva;
EM CASO DE ACIDENTES COM AS AMOSTRAS:
Avisar a pessoa responsável pela remessa, cujo nome, telefone e endereço
devem constar na caixa térmica.
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33. Acondicionamento Após a Análise
• No LAC:
EVITAR:
Transtornos gerados com a
TODA amostra
convocação do paciente;
Guardada (sob refrigeração)
Espera por uma nova amostra,
quando a necessidade é urgente
Faz parte do
CONTROLE DE QUALIDADE
do LAC
33
Certificações de qualidade laboratorial
34. Acondicionamento Após a Análise
• Condições de refrigeração:
4°C – ideal para a maioria
das amostras
CONGELADAS
(aumentar a validade)
Ex.: Urina rotina.
NUNCA CONGELADAR
Ex.: Fezes – morte dos
parasitas (larvas de Prateleiras/Setor
protozoários). Câmara fria
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35. Acondicionamento Após a Análise
• Tempo de armazenamento:
– Varia conforme o tipo de análise, meio conservante e amostra.
Hematologia/Coagulação: 5 dias;
Urinálise/Parasitologia: 2 dias;
Bacteriologia: até 3 dias (em meio de conservação);
Bioquímica: 2-4 dias;
Imunologia: 2 dias.
DESCARTADAS
Resultados muito diferentes
da normalidade:
CONVOCAR O PACIENTE
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36. Para Acondicionar
• É necessário:
– Importância: integridade e estabilidade da amostra;
– Saber das responsabilidades dos envolvidos;
– Momento do acondicionamento:
• Recipiente → após análise.
– Peculiariadades dos momentos:
• Setor de coleta;
• Para transporte: curta e longa distância;
• Após as análises.
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