2. Subida ao Poder de Salazar
Em 1926, após um golpe militar, Portugal entra numa
ditadura militar.
Em 1928 Óscar Carmona foi eleito para Presidente da
República e nomeou o Dr. Oliveira Salazar para Ministro das
Finanças.
Em 1932, Salazar tornou-se Presidente do Conselho e
assumiu a chefia do Governo.
Em 1933, com a nova Constituição, é oficializado o Estado Novo.
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3. Economia
Salazar, enquanto Ministro das
Finanças, eliminou o défice financeiro
ao aumentar os impostos e reduzir as
despesas.
Com estes resultados, houve uma
melhoria nas finanças e Salazar
ganhou influência e prestígio.
Fig.1 – Valores das dívidas em
Portugal, durante o Salazarismo.
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4. António de Oliveira Salazar
Nasceu em 1889;
Frequentou o seminário durante 8 anos;
Estudou e trabalhou na Universidade de
Coimbra;
Em 1928, tornou-se Ministro das
Finanças;
Em 1932, foi nomeado Presidente do
Conselho de Ministros;
Abandonou o poder em 1968;
Morreu em 1970, Lisboa.
Fig.2 – António de Oliveira
Salazar
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5. A Constituição de 1933
Em 1933, foi aprovada através de um
plebiscito - votação dos eleitores
sobre medidas propostas pelo Estado.
Com a aprovação desta Constituição,
a Ditadura Militar terminou dando
lugar ao Estado Novo.
Fig.3 – Cartaz de propaganda
ao Estado Novo
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7. O que é o Estado Novo?
Período histórico de regime autoritário
instituído pela Constituição de 1933.
e
conservador,
Inspirou-se nos regimes nazi e fascista.
Recebeu este nome (Salazarismo) devido à grande influência
de Salazar.
Terminou em 1974, no dia 25 de Abril.
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9. Controlo da Sociedade
O Estado controlava a sociedade através de:
PIDE;
Censura;
Partido Único (União Nacional);
SPN (Secretariado de Propaganda Nacional);
Legião Portuguesa;
Mocidade Portuguesa.
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10. A PIDE
Polícia Política que perseguia os opositores ao Estado Novo.
Os opositores eram enviados para prisões especiais, como a
prisão de Caxias, do Aljube e de Peniche, ou para o campo
de concentração de Tarrafal (Cabo Verde).
Utilizava tortura física e psicológica para obter confissões.
Estas medidas ajudaram a consolidar o poder de Salazar e a
manter a ordem.
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11. Fig.6 – Forte de Peniche
Fig.8 – Prisão de Caxias
Fig.7 – Campo de concentração de Tarrafal.
Fig. 9 – Prisão de Aljube
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12. A Censura
A censura consiste em qualquer
tentativa de suprimir informações,
opiniões e de evitar a divulgação de
certos assuntos nocivos ao país.
Para
proteger
a
ditadura, os cortes eram justificados
como meio de impedir e limitar as
tentativas
contra
o
regime
salazarista.
Fig.10 - Censura
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13. O Lápis Azul
O Lápis Azul foi o símbolo da
censura e da época de
ditadura portuguesa no
seculo XX. Os censores
utilizavam um lápis azul para
censurar qualquer texto,
imagem ou desenho a
publicar na imprensa.
Fig.11 – Excerto de um jornal/revista
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14. Secretariado de Propaganda Nacional
O SPN desempenhou um papel ativo na divulgação do ideal
nacionalista e na padronização da cultura e das artes do
regime salazarista, apoiado pela atuação dos serviços
de censura.
Entre 1935 e 1951 promoveu as Exposições de Arte Moderna
do SPN que tiveram um importante papel renovador na vida
artística nacional.
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15. Legião Portuguesa
Foi criada em 1936.
É uma milícia armada,
constituída por cidadãos
comuns.
Defendia o regime e
combatia o comunismo.
Mocidade Portuguesa
A juventude escolar era
obrigada a pertencer a esta
organização.
Tinha um carácter
paramilitar.
Pretendia-se incutir aos
jovens o espírito nacionalista
e o sentido de obediência a
Salazar (o chefe).
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16. Fig.12 – Símbolo da Legião Portuguesa
Fig.13 – Livro da primeira classe.
16
17. Corporativismo
Forma de organização político-económica
inspirada no Fascismo italiano.
da
sociedade,
Tinha como objetivo ultrapassar os conflitos entre classes,
unindo patrões e operários em corporações.
Cada grande área económica estava organizada
corporações (ex. Corporação da Agricultura,…).
em
17
18. Protecionismo
Maior intervenção do Estado na economia.
Forma de Nacionalismo Económico e incentivo à indústria
nacional.
Meio de propaganda, a fim de evidenciar a grandeza do país.
Tinha como objetivo atingir a autarcia.
Como resultado os setores tradicionais
construíram-se e repararam-se as redes
construíram-se
pontes,
restauraram-se
históricos, etc.
cresceram e
de estradas,
monumentos
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19. Doc.1 - A Política Económica
Art.º7.º - O Estado tem o direito e a
obrigação
de
coordenar
e
regular
superiormente a vida económica e social,
com o fim de evitar […] que os agentes
económicos estabeleçam entre si oposição
prejudicial ou concorrência desregrada.
Estatuto Nacional do Trabalho, 1933
Fig.14 – Cartaz de incentivo à
agricultura
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20. Colonialismo e Imperialismo
As Colónias funcionavam como:
Mercado para escoamento dos produtos da metrópole;
Fornecedores de matérias-primas baratas.
Promulgação do Acto Colonial em 1930.
O Imperialismo defendia o Império e a Nação e tinha como
objetivos criar um mercado e uma área de produção colonial.
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21. Fig. 15 – Império Colonial Português, no Estado Novo.
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22. Nomes da História
Mário Soares
Mário Soares foi um preso político e foi deportado para a ilha
de São Tomé, em 1968, até se exilar em França, em 1970.
Pertenceu à comissão da candidatura do General Humberto
Delgado.
A 28 de Abril de 1974 regressou do exílio em Paris.
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro de
Portugal, foi Presidente da República e também deputado.
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23. Nomes da História
Fig.16 - Mário Soares, enquanto
Presidente da República
Fig. 17 – Chegada de Mário
Soares a Portugal, Lisboa
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24. Nomes da História
Álvaro Cunhal
Foi conhecido por ser um resistente
ao Estado Novo e se ter dedicado ao
comunismo e ao seu partido, PCP.
Esteve preso num total de 15 anos e
dedicou-se então à pintura e à escrita.
A 3 de Janeiro de 1960, Álvaro e outros
prisioneiros, protagonizaram a célebre "fuga
de Peniche", possível graças a um
planeamento muito rigoroso.
Fig.18 - Álvaro Barreirinhas Cunhal
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25. Nomes da História
Álvaro Pato
• “Álvaro Pato, filho de Octávio Pato, destacado quadro do
Partido comunista […] foi logo submetido à tortura de sono.
Durante 11 dias e 11 noites obrigaram-no a andar em
círculos pela sala de interrogatórios, arrastando as pernas,
que mal conseguiam ter-se de pé. Álvaro deixou de as sentir.
Um inspetor com quase duas vezes o seu tamanho […] pegou
sem esforço nos 73 quilos do seu corpo […] e atirou-o de
cabeça contra a parede. Perdeu os sentidos. […] O homem de
bata branca disse aos inspetores que a tortura podia
prosseguir. Álvaro aguentava mais.”
Os últimos presos do Estado Novo, Joana Pereira Bastos
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