SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 77
Baixar para ler offline
Fernando Mecca – Físico Médico
Especialista em Radiologia Diagnóstica
                INCA
“TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA”
Um pouco de História
    A descoberta final do TC deve-se a
   Godfrey Hounsfield, um engenheiro
eletrônico britânico e a teoria matemática
desenvolvida por Allan Macleod Comarck.
   Este desenvolvimento lhes rendeu o
  Prêmio Nobel de Medicina de 1972. O
   resultado foi apresentado no Annual
    Congress of the British Institute of
Radiology,em 1972, como uma invenção
 revolucionária na obtenção de imagens.
Um pouco de História
    Como muitas descobertas, o TC é o
   resultado final de anos de trabalho de
          diversos pesquisadores.
   Um matemático austríaco, J. Radon,
estabeleceu o conceito matemático utilizado
 no TC, 55 anos antes da produção de um
             TC convencional.
Evolução da TC
                   1972 - 2003
•1972:matriz 80 x 80, 4 min por rotação, níveis de cinza




 •2003: matriz de 512 x 512, 0,4 s por rotação , TC multi cortes
Classificação dos
           Tomógrafos
Segundo seu movimento de varredura, os
 tomógrafos podem ser classificados em
             quatro tipos :

       1ª Geração    2ª Geração
       3ª Geração    4ª Geração
1ª Geração

•      Surgiu no ano de
    1972
•      Feixe em forma de
    lápis
•      Translação e
    Rotação do Tubo de
•   Raios X e do Detetor.
•     Tempo total de
    varredura era de 4,5 a
    5 minutos

                              EMI scaner
1ª Geração
2ª Geração

•    Surgiu no ano de 1974
•   Principal objetivo: diminuir
    o tempo de varredura, que
    ficou entre 10 e 90 s
•   Feixe em forma de leque
•   Múltiplos detetores (cerca
    de 30)
•    Movimento de rotação e
    translação,
•   porém com passos         de
    rotação maiores.
3ª Geração

•      Surgiu no ano de 1975-
    1977
•      Feixe em forma de leque
    mais largo
•      aumento do número de
    detetores, chegando a 600
     Rotação do Tubo de Raios
    X e dos
    Detetores (diversos),
    simultaneamente, num
    giro completo de 3600
      Tempo de varredura de 2
    a 10s
4ª Geração

•     Surgiu no ano de
    1981
•     Feixe largo em forma
    de leque
•      Múltiplos detetores
    (até 2000) fixos, que
    circundam
    completamente o
    paciente
•     O tubo faz um giro
    completo de 360o
5ª Geração
Evolução da TC
Imagem Digital

 Matriz de Pixels
Imagem de TC
Imagem Digital
Efeito do Tamanho da Matriz
Percepção de Cortes
Número de TC
A cada Pixel é atribuído um valor numérico denominado de
número de TC, que está relacionado ao coeficiente médio de
atenuação µ do voxel do tecido que ele representa
Princípios Físicos


- Bases Teóricas da TC
  • O que há dentro do Gantry ?
   • Aquisição de Dados
   • Reconstrução da Imagem
Princípios Físicos




O que há dentro do Gantry ?
Princípios Físicos
   Dentro do Gantry
    Basicamente
Princípios Físicos
            Dentro do Gantry
Detetores
               Realidade




                               Tubo
                                 de
                               raios x
Dentro do Gantry
Aquisição de dados
É também conhecida como fase de varredura ou de
exploração.
Inicia-se com a exposição de uma seção do corpo ao feixe
colimado de Raios X
Aquisição de dados




O fóton, ao atravessar o corpo, é atenuado,
e a leitura do sinal do detetor é proporcional
    ao grau de atenuação ou ao grau de
             penetração do fóton.
Aquisição de dados
Detectores
Detectores de Cintilação
Detectores de Câmaras
       Iônicas
Apresentação da Imagem

   O que nós medimos
        em TC ?
• O coeficiente médio
  de atenuação linear,
  µ, entre o tubo e o
  meio

• O coeficiente de
  atenuação reflete o
  quanto a intensidade
  de raios X é reduzida
  pelo material
Projeção Formada pelo número de
            detetores
AQUISIÇÃO DE DADOS


Armazenamento dos dados
1a. série
AQUISIÇÃO DE DADOS


Armazenamento dos dados
1a. série
 a
2 . série
AQUISIÇÃO DE DADOS


Armazenamento dos dados
1a. série
2a. série
3a. série
AQUISIÇÃO DE DADOS


Armazenamento dos dados
1a. série
2a. série
3a. série
4a. série
COMO SE CALCULA ?

      x


      µ1                  I1=I0e-µ1x     ou      ln(I1/Io) = µ1x
 I0             I1


          I0


      µ1 µ2               I2=I0e-(µ1+ µ2)x ou    ln(I/I2) = -(µ1+ µ2)x
I0                   I2
                            I1=I0e-µ1x      ou     ln(I1/Io) = µ1x
           I1
COMO SE CALCULA ?
      PROCEDIMENTO ALGÉBRICO
                                       Matriz de 80x80 pixels:
                                           6400 incógnitas
      I0         I0                   mínimo de 6400 equações



                      I1   I1=I0e-(µ1+ µ2)x
I0
          µ1 µ2            I2=I0e-(µ3+ µ4)x
                      I2
I0        µ3 µ4            I3=I0e-(µ1+ µ3)x   Matriz de 512x512
                           I4=I0e-(µ2+ µ4)x         pixels:
     I3     I4                                ~260.000incógnitas
                                                  mínimo de
                                               260.000 equações
Método Interativo
MÉTODO DA        Retroprojeção:

RETROPROJEÇÃO   •O inverso do processo
                de medição dos dados
                   de projeção para
                    reconstruir uma
                       imagem.

                   •Cada projeção é
                “lambuzada” para trás
                  na reconstrução da
                       imagem.

                •Estender os valores
                  de atenuação dos
                 perfis de varredura
                (filtrados) no sentido
                  contrário ao feixe
                       incidente
MÉTODO DA
RETROPROJEÇÃO
MÉTODO DA
RETROPROJEÇÃO
MÉTODO DA
RETROPROJEÇÃO
MÉTODO DA
RETROPROJEÇÃO




                Artefatos de distorção
MÉTODO DA
RETROPROJEÇÃO
MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO
                                     EXEMPLO NUMÉRICO
     Matriz 4x4
         4        13        4         4


 4       1        1         1         1
             µ1        µ2       µ3

13       1         10       1         1

 4       1         1        1         1

 4       1         1        1         1
                                          µ16

                                                Imagem ideal
Projeção para θ = 0 ° e θ = 90°
MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO
                         EXEMPLO NUMÉRICO

  4     13     4    4


   4     13    4     4           4        4     4    4     4

   4     13    4     4           13       13    13   13    13

   4     13    4     4
                             +   4        4     4    4     4

   4     13    4     4           4        4     4    4     4


Retroprojeção para θ = 0 °            Retroprojeção para θ = 90°
MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO
                        EXEMPLO NUMÉRICO


    8       17     8     8

    17      26     17    17
=   8        17    8     8

    8       17     8     8



         Valores numéricos      Imagem em tons de cinza
Método de Reconstrução:
      Retroprojeção
Método de Reconstrução:
      Retroprojeção
Método de Reconstrução:
   Retroprojeção filtrada
Método de Reconstrução:
   Retroprojeção filtrada
Método de Reconstrução:
   Retroprojeção filtrada
Método de Reconstrução:
   Retroprojeção filtrada
Apresentação da Imagem

     A janela em TC
Apresentação da Imagem
          A janela em TC
A exibição é definida usando o centro da janela (WL
= level windows ) e a largura da janela (WW = width
windows)
Simulação da TC

      RX



           R
  X
 R




            X
                RX
RX
Colimadores
    Protejem o paciente contra a
    radiação ;
    Estão relacionados à dose no
    paciente e a qualidade da
    imagem ;
    Colimador pré-paciente :
    projetado para influenciar o
    tamanho do ponto focal do
    tubo.
    Colimador de detectores :
    ajuda a remover radiação
    espalhada.
TC Helicoidal
TC Helicoidal
                     Anéis Deslizantes

A     tecnologia      dos    anéis
deslizantes possibilitou que a TC
helicoidal fosse implementada,
pois       possibilitava       um
movimento continuo do gantry.
Estes anéis forneciam tensão ao
tubo sem que o mesmo ficasse
preso a cabos (Ex. trilhos do
metro)
O ADVENTO DA TOMOGRAFIA
           HELICOIDAL NA INGLATERRA


• Início 1989


•Pequena Introdução


•2003    Todos    os
tomógrafos       não
helicoidais    foram
trocados
TC Helicoidal   Fator de Passo
TC Helicoidal                         Fator de Passo




   Movimento contínuo do paciente através do gantry;
      Através do surgimento de anéis deslizantes
        tornou-se possível a implementação da
           técnica da TC Espiral – Helicoidal.
TC Helicoidal
               Aquisição da Imagem

Interpolação
TC Helicoidal
Aquisição da Imagem
     Interpolação
TC Helicoidal
   Vantagens da varredura helicoidal
- Reconstrução da imagem
   - em qualquer posição
   - em qualquer intervalo
-Possibilitando
    - reavaliação de lesões dúbias sem exposição à
radiação
    - reconstrução 2D e 3D de melhor qualidade
TC Multicortes




Filas de detetores
TC Multicortes


- iniciou com o TC Elsinte
Twin em 1992
- ampliado para quatro
cortes em 1998 pela GE,
picker
 utiliza filas de detetores
para aumentar a faixa de
combinações de espessuras
de cortes
TC Multicortes
A Elscint foi a primeira a estabelecer a tecnologia
multicortes
Com duas filas de detetores o Twin, pode adquirir dois cortes
a cada rotação do gantry
TC Multicortes
     Fator de passo (pitch) em
            Multicortes

      O pitch pode ser definido relativo a
     colimação do feixe de raiosdeslocamen,tooumesa
                           Pitch =
                                   X (x) da a
            espessura do detetorespessura do det etor
                                   (d)                  d




        deslocamento da mesa
Pitch =
               de corte x

        deslocamento da mesa
Pitch =
        espessura do det etor d
TC Helicoidal x Multicortes
TC Helicoidal x Multicortes
Em multcortes entra em cena o conceito de feixe em forma de cone e
                   não mais em forma de leque
TC Multicortes

           Volume Coberto




4 cortes       10 cortes    16 cortes
Comparação da Precisão de
    Reconstrução 3D
TC Multicortes
                   Vantagens
- Aumento da cobertura no eixo z por rotação
   - aquisição mais rápida do mesmo volume
   - sensibilidade no eixo z mais fina
 - Carga mais baixa do tubo do que a equivalente na varredura de
corte único
   - volumes maiores investigados
- Combinação de cortes múltiplos estreitos em cortes mais largos
    - redução do efeito de volume parcial
Comparação de sistemas Multicortes
Obrigado
           fmecca@inca.gov.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaAula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaJaqueline Almeida
 
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIARFÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIARCURSO TÉCNICO CEPRAMED
 
Tomografia fisica basica
Tomografia   fisica basicaTomografia   fisica basica
Tomografia fisica basicaLuanapqt
 
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XFormação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XPaulo Fonseca
 
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologia
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologiaEquipamentos e Acessórios em radioimaginologia
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologiaHeraldo Silva
 
Tomografia introducao
Tomografia   introducaoTomografia   introducao
Tomografia introducaoLuanapqt
 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAEQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAWillian R. Bandeira
 
Princípios Físicos Ressonância Magnética
Princípios Físicos Ressonância MagnéticaPrincípios Físicos Ressonância Magnética
Princípios Físicos Ressonância MagnéticaAlex Eduardo Ribeiro
 
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFAR
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFARTOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFAR
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFARLeonardo Flor
 
Contraste radiologico
Contraste radiologicoContraste radiologico
Contraste radiologicoradiomed
 

Mais procurados (20)

Densitometriaossea
DensitometriaosseaDensitometriaossea
Densitometriaossea
 
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕESFÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
 
Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaAula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
 
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIARFÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
 
Tomografia fisica basica
Tomografia   fisica basicaTomografia   fisica basica
Tomografia fisica basica
 
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XFormação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
 
Meios de Contraste na RM
Meios de Contraste na RMMeios de Contraste na RM
Meios de Contraste na RM
 
RADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITALRADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITAL
 
História da radiologia no brasil
História da radiologia no brasilHistória da radiologia no brasil
História da radiologia no brasil
 
EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICAEXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
 
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologia
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologiaEquipamentos e Acessórios em radioimaginologia
Equipamentos e Acessórios em radioimaginologia
 
Tomografia introducao
Tomografia   introducaoTomografia   introducao
Tomografia introducao
 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAEQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
 
Princípios Físicos Ressonância Magnética
Princípios Físicos Ressonância MagnéticaPrincípios Físicos Ressonância Magnética
Princípios Físicos Ressonância Magnética
 
Ressonância Magnética: Equipamentos.
Ressonância Magnética: Equipamentos.Ressonância Magnética: Equipamentos.
Ressonância Magnética: Equipamentos.
 
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFAR
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFARTOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFAR
TOMOGRAFANDO A TÉCNICA DE TOMOGRAFAR
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)
 
Contraste radiologico
Contraste radiologicoContraste radiologico
Contraste radiologico
 
PRINCÍPIO FÍSICO DA RM
PRINCÍPIO FÍSICO DA RMPRINCÍPIO FÍSICO DA RM
PRINCÍPIO FÍSICO DA RM
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 

Semelhante a Tomografos

DOC-20230522-WA0030_.ppt
DOC-20230522-WA0030_.pptDOC-20230522-WA0030_.ppt
DOC-20230522-WA0030_.pptWellyson Rocha
 
Meios de Contraste em Tomografia
Meios de Contraste em Tomografia Meios de Contraste em Tomografia
Meios de Contraste em Tomografia Rodrigo Ribeiro Jr.
 
Aula 1 - histórico e aspectos físicos
Aula 1 - histórico e aspectos físicosAula 1 - histórico e aspectos físicos
Aula 1 - histórico e aspectos físicosPedro Antonio
 
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgels
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgelsEstimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgels
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgelsNicolau Werneck
 
Lista de-exercicios-de-angulos-7-ano
Lista de-exercicios-de-angulos-7-anoLista de-exercicios-de-angulos-7-ano
Lista de-exercicios-de-angulos-7-anoSuelen Santos
 
Exercícios área figuras planas e radicais
Exercícios área figuras planas e radicaisExercícios área figuras planas e radicais
Exercícios área figuras planas e radicaiskarfrio
 
Microtomografia de raios X (MicroCT)
Microtomografia de raios X (MicroCT)Microtomografia de raios X (MicroCT)
Microtomografia de raios X (MicroCT)CNPEM
 
CCE0330_aula08.pdf
CCE0330_aula08.pdfCCE0330_aula08.pdf
CCE0330_aula08.pdfmariobros34
 
Tomografia computadorizada
Tomografia computadorizadaTomografia computadorizada
Tomografia computadorizadaLuanapqt
 
Historia matematica arquimedes atual
Historia matematica arquimedes   atualHistoria matematica arquimedes   atual
Historia matematica arquimedes atualfernando_eremita
 
Aulão de geometria espacial
Aulão de geometria espacialAulão de geometria espacial
Aulão de geometria espacialJota Sousa
 
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminância
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminânciaABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminância
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminânciaRaul Lins
 

Semelhante a Tomografos (20)

DOC-20230522-WA0030_.ppt
DOC-20230522-WA0030_.pptDOC-20230522-WA0030_.ppt
DOC-20230522-WA0030_.ppt
 
Meios de Contraste em Tomografia
Meios de Contraste em Tomografia Meios de Contraste em Tomografia
Meios de Contraste em Tomografia
 
1ª tc[1].ppt cópia
1ª tc[1].ppt   cópia1ª tc[1].ppt   cópia
1ª tc[1].ppt cópia
 
Aula 1 - histórico e aspectos físicos
Aula 1 - histórico e aspectos físicosAula 1 - histórico e aspectos físicos
Aula 1 - histórico e aspectos físicos
 
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgels
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgelsEstimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgels
Estimação de orientação de câmera em ambientes antrópicos a partir de edgels
 
Lista de-exercicios-de-angulos-7-ano
Lista de-exercicios-de-angulos-7-anoLista de-exercicios-de-angulos-7-ano
Lista de-exercicios-de-angulos-7-ano
 
Tc apostila almir
Tc apostila almirTc apostila almir
Tc apostila almir
 
Tc apostila almir
Tc apostila almirTc apostila almir
Tc apostila almir
 
3 instrum osc-apres_3-2
3 instrum osc-apres_3-23 instrum osc-apres_3-2
3 instrum osc-apres_3-2
 
Exercícios área figuras planas e radicais
Exercícios área figuras planas e radicaisExercícios área figuras planas e radicais
Exercícios área figuras planas e radicais
 
FT_Aula_02_2022.pptx
FT_Aula_02_2022.pptxFT_Aula_02_2022.pptx
FT_Aula_02_2022.pptx
 
Microtomografia de raios X (MicroCT)
Microtomografia de raios X (MicroCT)Microtomografia de raios X (MicroCT)
Microtomografia de raios X (MicroCT)
 
CCE0330_aula08.pdf
CCE0330_aula08.pdfCCE0330_aula08.pdf
CCE0330_aula08.pdf
 
Tomografia computadorizada
Tomografia computadorizadaTomografia computadorizada
Tomografia computadorizada
 
Historia matematica arquimedes atual
Historia matematica arquimedes   atualHistoria matematica arquimedes   atual
Historia matematica arquimedes atual
 
Centroide
CentroideCentroide
Centroide
 
Aulão de geometria espacial
Aulão de geometria espacialAulão de geometria espacial
Aulão de geometria espacial
 
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminância
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminânciaABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminância
ABNT NBR 5382 85 - verificação de iluminância
 
Lab. de física a 1
Lab. de física a   1Lab. de física a   1
Lab. de física a 1
 
ANGIO: TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
ANGIO: TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICAANGIO: TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
ANGIO: TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
 

Tomografos

  • 1. Fernando Mecca – Físico Médico Especialista em Radiologia Diagnóstica INCA
  • 3. Um pouco de História A descoberta final do TC deve-se a Godfrey Hounsfield, um engenheiro eletrônico britânico e a teoria matemática desenvolvida por Allan Macleod Comarck. Este desenvolvimento lhes rendeu o Prêmio Nobel de Medicina de 1972. O resultado foi apresentado no Annual Congress of the British Institute of Radiology,em 1972, como uma invenção revolucionária na obtenção de imagens.
  • 4. Um pouco de História Como muitas descobertas, o TC é o resultado final de anos de trabalho de diversos pesquisadores. Um matemático austríaco, J. Radon, estabeleceu o conceito matemático utilizado no TC, 55 anos antes da produção de um TC convencional.
  • 5. Evolução da TC 1972 - 2003 •1972:matriz 80 x 80, 4 min por rotação, níveis de cinza •2003: matriz de 512 x 512, 0,4 s por rotação , TC multi cortes
  • 6. Classificação dos Tomógrafos Segundo seu movimento de varredura, os tomógrafos podem ser classificados em quatro tipos : 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração 4ª Geração
  • 7. 1ª Geração • Surgiu no ano de 1972 • Feixe em forma de lápis • Translação e Rotação do Tubo de • Raios X e do Detetor. • Tempo total de varredura era de 4,5 a 5 minutos EMI scaner
  • 9. 2ª Geração • Surgiu no ano de 1974 • Principal objetivo: diminuir o tempo de varredura, que ficou entre 10 e 90 s • Feixe em forma de leque • Múltiplos detetores (cerca de 30) • Movimento de rotação e translação, • porém com passos de rotação maiores.
  • 10. 3ª Geração • Surgiu no ano de 1975- 1977 • Feixe em forma de leque mais largo • aumento do número de detetores, chegando a 600 Rotação do Tubo de Raios X e dos Detetores (diversos), simultaneamente, num giro completo de 3600 Tempo de varredura de 2 a 10s
  • 11. 4ª Geração • Surgiu no ano de 1981 • Feixe largo em forma de leque • Múltiplos detetores (até 2000) fixos, que circundam completamente o paciente • O tubo faz um giro completo de 360o
  • 16. Imagem Digital Efeito do Tamanho da Matriz
  • 18. Número de TC A cada Pixel é atribuído um valor numérico denominado de número de TC, que está relacionado ao coeficiente médio de atenuação µ do voxel do tecido que ele representa
  • 19. Princípios Físicos - Bases Teóricas da TC • O que há dentro do Gantry ? • Aquisição de Dados • Reconstrução da Imagem
  • 20. Princípios Físicos O que há dentro do Gantry ?
  • 21. Princípios Físicos Dentro do Gantry Basicamente
  • 22. Princípios Físicos Dentro do Gantry Detetores Realidade Tubo de raios x
  • 24. Aquisição de dados É também conhecida como fase de varredura ou de exploração. Inicia-se com a exposição de uma seção do corpo ao feixe colimado de Raios X
  • 25. Aquisição de dados O fóton, ao atravessar o corpo, é atenuado, e a leitura do sinal do detetor é proporcional ao grau de atenuação ou ao grau de penetração do fóton.
  • 30. Apresentação da Imagem O que nós medimos em TC ? • O coeficiente médio de atenuação linear, µ, entre o tubo e o meio • O coeficiente de atenuação reflete o quanto a intensidade de raios X é reduzida pelo material
  • 31. Projeção Formada pelo número de detetores
  • 32. AQUISIÇÃO DE DADOS Armazenamento dos dados 1a. série
  • 33. AQUISIÇÃO DE DADOS Armazenamento dos dados 1a. série a 2 . série
  • 34. AQUISIÇÃO DE DADOS Armazenamento dos dados 1a. série 2a. série 3a. série
  • 35. AQUISIÇÃO DE DADOS Armazenamento dos dados 1a. série 2a. série 3a. série 4a. série
  • 36. COMO SE CALCULA ? x µ1 I1=I0e-µ1x ou ln(I1/Io) = µ1x I0 I1 I0 µ1 µ2 I2=I0e-(µ1+ µ2)x ou ln(I/I2) = -(µ1+ µ2)x I0 I2 I1=I0e-µ1x ou ln(I1/Io) = µ1x I1
  • 37. COMO SE CALCULA ? PROCEDIMENTO ALGÉBRICO Matriz de 80x80 pixels: 6400 incógnitas I0 I0 mínimo de 6400 equações I1 I1=I0e-(µ1+ µ2)x I0 µ1 µ2 I2=I0e-(µ3+ µ4)x I2 I0 µ3 µ4 I3=I0e-(µ1+ µ3)x Matriz de 512x512 I4=I0e-(µ2+ µ4)x pixels: I3 I4 ~260.000incógnitas mínimo de 260.000 equações
  • 39. MÉTODO DA Retroprojeção: RETROPROJEÇÃO •O inverso do processo de medição dos dados de projeção para reconstruir uma imagem. •Cada projeção é “lambuzada” para trás na reconstrução da imagem. •Estender os valores de atenuação dos perfis de varredura (filtrados) no sentido contrário ao feixe incidente
  • 43. MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO Artefatos de distorção
  • 45. MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO EXEMPLO NUMÉRICO Matriz 4x4 4 13 4 4 4 1 1 1 1 µ1 µ2 µ3 13 1 10 1 1 4 1 1 1 1 4 1 1 1 1 µ16 Imagem ideal Projeção para θ = 0 ° e θ = 90°
  • 46. MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO EXEMPLO NUMÉRICO 4 13 4 4 4 13 4 4 4 4 4 4 4 4 13 4 4 13 13 13 13 13 4 13 4 4 + 4 4 4 4 4 4 13 4 4 4 4 4 4 4 Retroprojeção para θ = 0 ° Retroprojeção para θ = 90°
  • 47. MÉTODO DA RETROPROJEÇÃO EXEMPLO NUMÉRICO 8 17 8 8 17 26 17 17 = 8 17 8 8 8 17 8 8 Valores numéricos Imagem em tons de cinza
  • 48. Método de Reconstrução: Retroprojeção
  • 49. Método de Reconstrução: Retroprojeção
  • 50. Método de Reconstrução: Retroprojeção filtrada
  • 51. Método de Reconstrução: Retroprojeção filtrada
  • 52. Método de Reconstrução: Retroprojeção filtrada
  • 53. Método de Reconstrução: Retroprojeção filtrada
  • 54. Apresentação da Imagem A janela em TC
  • 55. Apresentação da Imagem A janela em TC A exibição é definida usando o centro da janela (WL = level windows ) e a largura da janela (WW = width windows)
  • 56. Simulação da TC RX R X R X RX RX
  • 57. Colimadores Protejem o paciente contra a radiação ; Estão relacionados à dose no paciente e a qualidade da imagem ; Colimador pré-paciente : projetado para influenciar o tamanho do ponto focal do tubo. Colimador de detectores : ajuda a remover radiação espalhada.
  • 59. TC Helicoidal Anéis Deslizantes A tecnologia dos anéis deslizantes possibilitou que a TC helicoidal fosse implementada, pois possibilitava um movimento continuo do gantry. Estes anéis forneciam tensão ao tubo sem que o mesmo ficasse preso a cabos (Ex. trilhos do metro)
  • 60. O ADVENTO DA TOMOGRAFIA HELICOIDAL NA INGLATERRA • Início 1989 •Pequena Introdução •2003 Todos os tomógrafos não helicoidais foram trocados
  • 61. TC Helicoidal Fator de Passo
  • 62. TC Helicoidal Fator de Passo Movimento contínuo do paciente através do gantry; Através do surgimento de anéis deslizantes tornou-se possível a implementação da técnica da TC Espiral – Helicoidal.
  • 63. TC Helicoidal Aquisição da Imagem Interpolação
  • 64. TC Helicoidal Aquisição da Imagem Interpolação
  • 65. TC Helicoidal Vantagens da varredura helicoidal - Reconstrução da imagem - em qualquer posição - em qualquer intervalo -Possibilitando - reavaliação de lesões dúbias sem exposição à radiação - reconstrução 2D e 3D de melhor qualidade
  • 67. TC Multicortes - iniciou com o TC Elsinte Twin em 1992 - ampliado para quatro cortes em 1998 pela GE, picker utiliza filas de detetores para aumentar a faixa de combinações de espessuras de cortes
  • 68. TC Multicortes A Elscint foi a primeira a estabelecer a tecnologia multicortes Com duas filas de detetores o Twin, pode adquirir dois cortes a cada rotação do gantry
  • 69. TC Multicortes Fator de passo (pitch) em Multicortes O pitch pode ser definido relativo a colimação do feixe de raiosdeslocamen,tooumesa Pitch = X (x) da a espessura do detetorespessura do det etor (d) d deslocamento da mesa Pitch = de corte x deslocamento da mesa Pitch = espessura do det etor d
  • 70. TC Helicoidal x Multicortes
  • 71. TC Helicoidal x Multicortes Em multcortes entra em cena o conceito de feixe em forma de cone e não mais em forma de leque
  • 72. TC Multicortes Volume Coberto 4 cortes 10 cortes 16 cortes
  • 73. Comparação da Precisão de Reconstrução 3D
  • 74. TC Multicortes Vantagens - Aumento da cobertura no eixo z por rotação - aquisição mais rápida do mesmo volume - sensibilidade no eixo z mais fina - Carga mais baixa do tubo do que a equivalente na varredura de corte único - volumes maiores investigados - Combinação de cortes múltiplos estreitos em cortes mais largos - redução do efeito de volume parcial
  • 76.
  • 77. Obrigado fmecca@inca.gov.br