SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Roteiro da obra  Amor de perdição  de Camilo Castelo Branco
Cadeia da Relação do Porto A Cadeia da Relação do Porto foi criada em 27 de Julho de 1582.  Por falta de instalações próprias, começou por funcionar na Câmara Municipal. A Relação manteve-se em actividade, sem sede própria, durante mais de vinte anos. Com efeito foi só em 1603 que Filipe I ordenou que se construísse uma casa para receber a Relação e a Cadeia. Também esta não tinha instalações. A ordem de Filipe I, no entanto, só começou a ser cumprida em Julho de 1606, quando se deu início às obras no Campo do Olival. O edifício, considerado enorme, custou tanto dinheiro que durante o tempo da sua construção não foram feitas mais obras na cidade. No entanto, no dia 1 de Abril de 1752, ruiu completamente e a Relação regressou às instalações da Câmara Municipal.  Uma nova casa para a sede da Relação e da Cadeia começou a ser construída sobre os escombros da anterior, em 1765 tendo custado 200 contos. Durou trinta anos, e só ficou concluída em 1796. Albergou a sede do Tribunal da Relação e serviu de cadeia até aos nossos dias. A algumas das celas andam ligados nomes famosos. Camilo Castelo Branco ocupou (1860) o quarto número 12, enquanto a Ana Plácido recolhia ao pavilhão das mulheres, acusados, ambos, do crime de adultério. Na cela que Camilo ocupara daria entrada mais tarde o célebre banqueiro Roriz. Actualmente neste prédio encontra se o Centro Português de Fotografia.
[object Object],[object Object]
Casa dos Brocas Ergue-se a Casa dos Brocas, ou seja, a Casa dos Correia Botelho , em Vila Real, freguesia de S. Dinis, na antiga R. da Piedade, hoje Rua de Camilo Castelo Branco. Sóbria, mas ampla, mansão setecentista foi mandada construir a cerca de 1774, por Domingos Correia Botelho, avô paterno de Camilo. Na Casa dos Brocas veio ao mundo, a 17 de Agosto de 1778, Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, que viria a ser pai de Camilo.  No Amor de Perdição, Camilo refere-se a esta casa e dela nos conta, com habitual fantasia. Composta de rés-do-chão e primeiro andar, a principal ornamentação exterior da Casa dos Brocas é constituídas por dez varandas com grades de ferro forjado. O estado de conservação interior desta bela casa é francamente deplorável. Pouco, ou nada, resta da primitiva traça, a que não faltavam dignidade e discreta grandeza. D. Rita Emília da Veiga Castelo Branco, tia paterna de Camilo Castelo Branco, hipotecou o edifício, por 300 mil réis, ao Dr. António Gerardo Monteiro, em cuja posse a casa ainda se encontrava no ano de 1862. Actualmente é de quatro condomínios, que nela habitam: Adão Barros, Manuel Ribeiro dos Santos Lameirão, Filomena Gonçalves e Teresa Cramez Ferreira. Apesar de Camilo já não ter morado nesta casa algumas pessoas acreditam que algumas vezes a tivesse visitado, evocando, saudosista, a memória dos seus antepassados.
Convento de Monchique - Porto Pêro da Cunha Coutinho foi casado com D. Brites de Vilhena. Como não tiveram filhos decidiram doar a sua fortuna para  a construção de um Convento para religiosas, que adoptaria a observância Franciscana e se chamaria Convento da Madre de Deus de Monchique. De todo o monumento que foi o Convento de Monchique, resta hoje, ainda em muito sofrível estado de conservação, o seu refeitório. De entre as suas professas, uma sobressaiu para a posteridade. Foi Madre Leocádia da Conceição foi mística, vidente, e profética, e sobre a sua vida várias obras foram escritas. Mas foi uma das suas seculares que havia de fazer do Convento de Monchique um mito de Poesia e encanto, símbolo do Amor mais Puro e Nobre que algum dia se escreveu em Portugal: Teresa de Albuquerque, que da janela do seu quarto, bem virada para o rio, veria passar, pela última vez, nesse navio que se dirigia para o degredo, aonde para sempre deveria ficar, o seu Simão, que nunca lá chegaria, só porque a saudade desse amor o havia de matar logo depois, em pleno mar.
[object Object],[object Object]
Fonte de S.Francisco - Viseu “ Anda o chafariz desde 1861 ligado à aura camiliana do “Amor de Perdição”. Com efeito pretende a tradição popular situar ali a monumental cena de pancadaria, quando Simão Botelho, sob o olhar aflito de Teresa de Albuquerque, “armado em fueiro que descravou de um carro, partiu muitas cabeças” e escaqueirou todos os cântaros, em desforço de um seu criado, espancado por populares.” (…)” Alexandre Alves in Revista Beira Alta Mandada erguer por António de Albuquerque, fidalgo do Arco, a sua arquitectura pertence ao primeiro barroco, onde se evidencia a imagem de S. Francisco de Assis. Pode-se também admirar o brasão da casa real portuguesa na zona central e nas costas o azulejo do brasão das armas de Viseu O Chafariz que lhe deu origem foi construído no século XV, datando do século XVIII – 1741-1743 a sua forma actual. D. Miguel da Silva, Bispo de Viseu, senhor de uma vasta cultura humanista constitui-se, depois do seu regresso de Roma, como um dos mais prestigiantes mentores estéticos do novo estilo – o renascimento. A ele é dedicado “O Cortesão”, uma das obras de referência do humanismo, escrita em 1528, por Baltazar Castiglione. Um manual do perfeito cavalheiro renascentista, a quem se exige ser culto, elegante e hábil.
Fonte de S. Francisco.
Solar dos Albuquerques É costume ligar a Casa do Arco ao  Amor de Perdição , publicado em 1862. Em Viseu, os Albuquerques do Arco e a sua nobre casa foram um dos palcos do drama. Seria a casa de Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, a malograda heroína da trágica história de amor. Tudo não passou de pura fantasia. Contra a identificação de algumas personagens com os fidalgos do Arco se insurgiu mesmo, o então Senhor da Casa, D. António de Albuquerque, que escreveu a Camilo, perguntando-lhe com que direito se servira do nome de sua família. Respondeu-lhe o escritor que fora simples coincidência, porque só os nomes de sua (dele, Camilo) família, - os Botelho, caso de seu tio Simão – eram verdadeiros e todos os demais, incluído os “Albuquerque”, eram pura fantasia. Mas a ideia ficou. E o facto de, posteriormente, cineastas ali terem filmado algumas cenas, veio reforçar a imaginação popular. Este Solar, Casa do Arco, Solar dos Fidalgos do Arco ou Solar dos Albuquerques é hoje a Escola Secundária Emídio Navarro. Do Solar do século XVIII, de realçar no interior, os azulejos barrocos que envolvem a escadaria e o brasão dos Albuquerques sobre a porta central. No final do séc. XIX foi aí oferecida uma solene recepção à última Rainha de Portugal, D. Amélia.
Foto da entrada do solar.
Bibliografia ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Trabalho elaborado por : ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Igualdade de Género | Linguagem Inclusiva
Igualdade de Género |  Linguagem InclusivaIgualdade de Género |  Linguagem Inclusiva
Igualdade de Género | Linguagem InclusivaJosé Cruz
 
Trabalho Individual
Trabalho IndividualTrabalho Individual
Trabalho Individualangeldenis21
 
Desigualdade de gênero
Desigualdade de gêneroDesigualdade de gênero
Desigualdade de gêneroWednei Gama
 
sintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptsintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptcnlx
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAngela Silva
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasNeizy Mandinga
 
Escrever séculos
Escrever séculosEscrever séculos
Escrever séculosIzaac Erder
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica Icattonia
 
Texto dramático - características
Texto dramático - característicasTexto dramático - características
Texto dramático - característicasLurdes Augusto
 
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVIISmurf22
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeDina Baptista
 
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2Como fazer uma apresentação oral de um livro 2
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2Graça Moutinho
 
Romanico em portugal
Romanico em portugalRomanico em portugal
Romanico em portugalcattonia
 
Relatório da visita de estudo s. filipe
Relatório da visita de estudo s. filipeRelatório da visita de estudo s. filipe
Relatório da visita de estudo s. filipeTina Lima
 

Mais procurados (20)

Igualdade de Género | Linguagem Inclusiva
Igualdade de Género |  Linguagem InclusivaIgualdade de Género |  Linguagem Inclusiva
Igualdade de Género | Linguagem Inclusiva
 
Resumo a saga
Resumo a sagaResumo a saga
Resumo a saga
 
Trabalho Individual
Trabalho IndividualTrabalho Individual
Trabalho Individual
 
Desigualdade de gênero
Desigualdade de gêneroDesigualdade de gênero
Desigualdade de gênero
 
sintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptsintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.ppt
 
Capítulo i
Capítulo iCapítulo i
Capítulo i
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
 
Escrever séculos
Escrever séculosEscrever séculos
Escrever séculos
 
Beira alta e Beira baixa
Beira alta e Beira baixaBeira alta e Beira baixa
Beira alta e Beira baixa
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica I
 
Texto dramático - características
Texto dramático - característicasTexto dramático - características
Texto dramático - características
 
Categorias da narrativa
Categorias da narrativaCategorias da narrativa
Categorias da narrativa
 
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII
"Memorial do Convento" Análise do Capitulo XVII
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário Verde
 
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2Como fazer uma apresentação oral de um livro 2
Como fazer uma apresentação oral de um livro 2
 
Romanico em portugal
Romanico em portugalRomanico em portugal
Romanico em portugal
 
Relatório da visita de estudo s. filipe
Relatório da visita de estudo s. filipeRelatório da visita de estudo s. filipe
Relatório da visita de estudo s. filipe
 
Maias
MaiasMaias
Maias
 

Destaque

Amor de Perdição 2ª A - 2011
Amor de Perdição   2ª A - 2011Amor de Perdição   2ª A - 2011
Amor de Perdição 2ª A - 2011Daniel Leitão
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdiçãolayssa09
 
Uma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deUma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deFernanda Pantoja
 
Enc11 amor perdicao_sintese_unidade
Enc11 amor perdicao_sintese_unidadeEnc11 amor perdicao_sintese_unidade
Enc11 amor perdicao_sintese_unidadeFernanda Pereira
 
Amor de perdição camilo castelo branco
Amor de perdição  camilo castelo brancoAmor de perdição  camilo castelo branco
Amor de perdição camilo castelo brancoteresakashino
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoLurdes Augusto
 

Destaque (9)

Amor de Perdição 2ª A - 2011
Amor de Perdição   2ª A - 2011Amor de Perdição   2ª A - 2011
Amor de Perdição 2ª A - 2011
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Uma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deUma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição de
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Antonio castilho
Antonio castilhoAntonio castilho
Antonio castilho
 
Enc11 amor perdicao_sintese_unidade
Enc11 amor perdicao_sintese_unidadeEnc11 amor perdicao_sintese_unidade
Enc11 amor perdicao_sintese_unidade
 
Amor de perdição camilo castelo branco
Amor de perdição  camilo castelo brancoAmor de perdição  camilo castelo branco
Amor de perdição camilo castelo branco
 
Amor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãOAmor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãO
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 

Semelhante a Roteiro

Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Vassouras - Rio de Janeiro - BrasilVassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Vassouras - Rio de Janeiro - BrasilFatinha
 
Rio de Janeiro - Santa Teresa
Rio de Janeiro - Santa TeresaRio de Janeiro - Santa Teresa
Rio de Janeiro - Santa TeresaLuiz Dias
 
Desdobrável s. cruz de barcelos
Desdobrável s. cruz de barcelosDesdobrável s. cruz de barcelos
Desdobrável s. cruz de barcelosJoaquim Vinhas
 
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.RioCarioca Jornal
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxFaustoBartole1
 
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Universidade Sénior Contemporânea do Porto
 
Cabo frio 400 anos atividade do curso
Cabo frio 400 anos atividade do cursoCabo frio 400 anos atividade do curso
Cabo frio 400 anos atividade do cursoelaine myrtes
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisAntónio Silva
 

Semelhante a Roteiro (20)

Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Vassouras - Rio de Janeiro - BrasilVassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
 
Santa teresa maravilha
Santa teresa   maravilhaSanta teresa   maravilha
Santa teresa maravilha
 
Metrô 4
Metrô 4Metrô 4
Metrô 4
 
Pc 0184 santa teresa-rj
Pc 0184 santa teresa-rjPc 0184 santa teresa-rj
Pc 0184 santa teresa-rj
 
Santa Teresa (RJ)
Santa Teresa (RJ)Santa Teresa (RJ)
Santa Teresa (RJ)
 
Rio de Janeiro - Santa Teresa
Rio de Janeiro - Santa TeresaRio de Janeiro - Santa Teresa
Rio de Janeiro - Santa Teresa
 
Desdobrável s. cruz de barcelos
Desdobrável s. cruz de barcelosDesdobrável s. cruz de barcelos
Desdobrável s. cruz de barcelos
 
Quinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas CarolinaQuinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas Carolina
 
Quinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas CarolinaQuinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas Carolina
 
Quinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas CarolinaQuinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas Carolina
 
Quinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas CarolinaQuinta LáGrimas Carolina
Quinta LáGrimas Carolina
 
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
 
Metrô
MetrôMetrô
Metrô
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
 
Cinelândia
CinelândiaCinelândia
Cinelândia
 
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
 
Cabo frio 400 anos atividade do curso
Cabo frio 400 anos atividade do cursoCabo frio 400 anos atividade do curso
Cabo frio 400 anos atividade do curso
 
Monumentos
MonumentosMonumentos
Monumentos
 
Praça xv
Praça xvPraça xv
Praça xv
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
 

Mais de Ana Tapadas

Otono en la_patagonia argentina
Otono en la_patagonia argentinaOtono en la_patagonia argentina
Otono en la_patagonia argentinaAna Tapadas
 
Felizmente Há Luar
Felizmente Há LuarFelizmente Há Luar
Felizmente Há LuarAna Tapadas
 
Felizmente Há Luar
Felizmente Há LuarFelizmente Há Luar
Felizmente Há LuarAna Tapadas
 
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolico
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolicoFilipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolico
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolicoAna Tapadas
 
Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..Ana Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasAna Tapadas
 
Uma Casa na Escuridão
Uma Casa na EscuridãoUma Casa na Escuridão
Uma Casa na EscuridãoAna Tapadas
 

Mais de Ana Tapadas (20)

Otono en la_patagonia argentina
Otono en la_patagonia argentinaOtono en la_patagonia argentina
Otono en la_patagonia argentina
 
China
ChinaChina
China
 
Felizmente Há Luar
Felizmente Há LuarFelizmente Há Luar
Felizmente Há Luar
 
Felizmente Há Luar
Felizmente Há LuarFelizmente Há Luar
Felizmente Há Luar
 
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolico
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolicoFilipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolico
Filipe luis personagem ausente gomes freire e o seu caracter simbolico
 
Filipe e ..
Filipe e ..Filipe e ..
Filipe e ..
 
Guimarães Rosa
Guimarães RosaGuimarães Rosa
Guimarães Rosa
 
China lexiaguo
China   lexiaguoChina   lexiaguo
China lexiaguo
 
Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
F pessoa l..
F pessoa l..F pessoa l..
F pessoa l..
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - Poemas
 
A Hora Do Nada
A Hora Do NadaA Hora Do Nada
A Hora Do Nada
 
Padre Ant..
Padre Ant..Padre Ant..
Padre Ant..
 
Escrevi M..
Escrevi M..Escrevi M..
Escrevi M..
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Cal,+José..
Cal,+José..Cal,+José..
Cal,+José..
 
Abandonada
AbandonadaAbandonada
Abandonada
 
Uma Casa na Escuridão
Uma Casa na EscuridãoUma Casa na Escuridão
Uma Casa na Escuridão
 

Roteiro

  • 1. Roteiro da obra Amor de perdição de Camilo Castelo Branco
  • 2. Cadeia da Relação do Porto A Cadeia da Relação do Porto foi criada em 27 de Julho de 1582. Por falta de instalações próprias, começou por funcionar na Câmara Municipal. A Relação manteve-se em actividade, sem sede própria, durante mais de vinte anos. Com efeito foi só em 1603 que Filipe I ordenou que se construísse uma casa para receber a Relação e a Cadeia. Também esta não tinha instalações. A ordem de Filipe I, no entanto, só começou a ser cumprida em Julho de 1606, quando se deu início às obras no Campo do Olival. O edifício, considerado enorme, custou tanto dinheiro que durante o tempo da sua construção não foram feitas mais obras na cidade. No entanto, no dia 1 de Abril de 1752, ruiu completamente e a Relação regressou às instalações da Câmara Municipal. Uma nova casa para a sede da Relação e da Cadeia começou a ser construída sobre os escombros da anterior, em 1765 tendo custado 200 contos. Durou trinta anos, e só ficou concluída em 1796. Albergou a sede do Tribunal da Relação e serviu de cadeia até aos nossos dias. A algumas das celas andam ligados nomes famosos. Camilo Castelo Branco ocupou (1860) o quarto número 12, enquanto a Ana Plácido recolhia ao pavilhão das mulheres, acusados, ambos, do crime de adultério. Na cela que Camilo ocupara daria entrada mais tarde o célebre banqueiro Roriz. Actualmente neste prédio encontra se o Centro Português de Fotografia.
  • 3.
  • 4. Casa dos Brocas Ergue-se a Casa dos Brocas, ou seja, a Casa dos Correia Botelho , em Vila Real, freguesia de S. Dinis, na antiga R. da Piedade, hoje Rua de Camilo Castelo Branco. Sóbria, mas ampla, mansão setecentista foi mandada construir a cerca de 1774, por Domingos Correia Botelho, avô paterno de Camilo. Na Casa dos Brocas veio ao mundo, a 17 de Agosto de 1778, Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, que viria a ser pai de Camilo. No Amor de Perdição, Camilo refere-se a esta casa e dela nos conta, com habitual fantasia. Composta de rés-do-chão e primeiro andar, a principal ornamentação exterior da Casa dos Brocas é constituídas por dez varandas com grades de ferro forjado. O estado de conservação interior desta bela casa é francamente deplorável. Pouco, ou nada, resta da primitiva traça, a que não faltavam dignidade e discreta grandeza. D. Rita Emília da Veiga Castelo Branco, tia paterna de Camilo Castelo Branco, hipotecou o edifício, por 300 mil réis, ao Dr. António Gerardo Monteiro, em cuja posse a casa ainda se encontrava no ano de 1862. Actualmente é de quatro condomínios, que nela habitam: Adão Barros, Manuel Ribeiro dos Santos Lameirão, Filomena Gonçalves e Teresa Cramez Ferreira. Apesar de Camilo já não ter morado nesta casa algumas pessoas acreditam que algumas vezes a tivesse visitado, evocando, saudosista, a memória dos seus antepassados.
  • 5. Convento de Monchique - Porto Pêro da Cunha Coutinho foi casado com D. Brites de Vilhena. Como não tiveram filhos decidiram doar a sua fortuna para a construção de um Convento para religiosas, que adoptaria a observância Franciscana e se chamaria Convento da Madre de Deus de Monchique. De todo o monumento que foi o Convento de Monchique, resta hoje, ainda em muito sofrível estado de conservação, o seu refeitório. De entre as suas professas, uma sobressaiu para a posteridade. Foi Madre Leocádia da Conceição foi mística, vidente, e profética, e sobre a sua vida várias obras foram escritas. Mas foi uma das suas seculares que havia de fazer do Convento de Monchique um mito de Poesia e encanto, símbolo do Amor mais Puro e Nobre que algum dia se escreveu em Portugal: Teresa de Albuquerque, que da janela do seu quarto, bem virada para o rio, veria passar, pela última vez, nesse navio que se dirigia para o degredo, aonde para sempre deveria ficar, o seu Simão, que nunca lá chegaria, só porque a saudade desse amor o havia de matar logo depois, em pleno mar.
  • 6.
  • 7. Fonte de S.Francisco - Viseu “ Anda o chafariz desde 1861 ligado à aura camiliana do “Amor de Perdição”. Com efeito pretende a tradição popular situar ali a monumental cena de pancadaria, quando Simão Botelho, sob o olhar aflito de Teresa de Albuquerque, “armado em fueiro que descravou de um carro, partiu muitas cabeças” e escaqueirou todos os cântaros, em desforço de um seu criado, espancado por populares.” (…)” Alexandre Alves in Revista Beira Alta Mandada erguer por António de Albuquerque, fidalgo do Arco, a sua arquitectura pertence ao primeiro barroco, onde se evidencia a imagem de S. Francisco de Assis. Pode-se também admirar o brasão da casa real portuguesa na zona central e nas costas o azulejo do brasão das armas de Viseu O Chafariz que lhe deu origem foi construído no século XV, datando do século XVIII – 1741-1743 a sua forma actual. D. Miguel da Silva, Bispo de Viseu, senhor de uma vasta cultura humanista constitui-se, depois do seu regresso de Roma, como um dos mais prestigiantes mentores estéticos do novo estilo – o renascimento. A ele é dedicado “O Cortesão”, uma das obras de referência do humanismo, escrita em 1528, por Baltazar Castiglione. Um manual do perfeito cavalheiro renascentista, a quem se exige ser culto, elegante e hábil.
  • 8. Fonte de S. Francisco.
  • 9. Solar dos Albuquerques É costume ligar a Casa do Arco ao Amor de Perdição , publicado em 1862. Em Viseu, os Albuquerques do Arco e a sua nobre casa foram um dos palcos do drama. Seria a casa de Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, a malograda heroína da trágica história de amor. Tudo não passou de pura fantasia. Contra a identificação de algumas personagens com os fidalgos do Arco se insurgiu mesmo, o então Senhor da Casa, D. António de Albuquerque, que escreveu a Camilo, perguntando-lhe com que direito se servira do nome de sua família. Respondeu-lhe o escritor que fora simples coincidência, porque só os nomes de sua (dele, Camilo) família, - os Botelho, caso de seu tio Simão – eram verdadeiros e todos os demais, incluído os “Albuquerque”, eram pura fantasia. Mas a ideia ficou. E o facto de, posteriormente, cineastas ali terem filmado algumas cenas, veio reforçar a imaginação popular. Este Solar, Casa do Arco, Solar dos Fidalgos do Arco ou Solar dos Albuquerques é hoje a Escola Secundária Emídio Navarro. Do Solar do século XVIII, de realçar no interior, os azulejos barrocos que envolvem a escadaria e o brasão dos Albuquerques sobre a porta central. No final do séc. XIX foi aí oferecida uma solene recepção à última Rainha de Portugal, D. Amélia.
  • 10. Foto da entrada do solar.
  • 11.
  • 12.