O documento discute a urbanização brasileira e as desigualdades sócio-ambientais resultantes. Apresenta o crescimento urbano no Brasil a partir do século XIX e identifica as metrópoles nacionais e regionais atuais. Também aborda problemas urbanos como habitação precária, poluição, violência e mobilidade e como afetam de forma desigual a população.
2. Objetivos:
Caracterizar a dinâmica da urbanização
brasileira;
Entender a megalópole em formação e a
metropolização;
Identificar e compreender diferentes
desigualdades sócio ambientais.
3. No Brasil, o final do século XIX e o
século XX foram marcados pelo processo
de crescimento urbano.
Por quê?
8. Os mapas apresentam o número de cidades
médias (entre 100.000 e 500.000 habitantes).
(Revista VEJA, 01/09/2010. Adaptado.)
9. Os especialistas no estudo das cidades
identificam uma hierarquia urbana entre as
cidades brasileiras:
Metrópole Nacional/Global: SP e RJ;
Metrópole
Regional/Nacional:
POA,
Curitiba, BH, SSA, FOR, Recife e Brasília;
Capitais Regionais:
Florianópolis, Londrina, Ribeirão Preto, João
Pessoa, Rio Branco, Porto Velho.
11. No decorrer do séc. XX com a
passagem do período técnico científico para
o período técnico científico informacional
o setor terciário da economia tornou-se o
motor da organização do espaço mundial
destacando 4 tipos de atividades:
12. Empresas de intermediação financeiras;
Empresas de publicidade e marketing;
Empresas de consultoria, auditoria e
seguros;
Núcleos de pesquisa em ciência e
tecnologia.
Estas atividades mostram sua força na
determinação de cidades globais.
13. Regiões Metropolitanas do
Brasil
O termo metrópole vem do grego e quer
dizer “cidade mãe”.
Em geografia o termo metrópole abrange
todo o espaço em conurbação e não apenas
a cidade mãe.
14. Metrópole, refere-se a cidades com:
Acentuado crescimento urbano;
Concentração de atividades e serviços;
Fluxo de veículos entre as cidades
conurbadas; etc.
15. As regiões metropolitanas brasileiras
foram criadas por lei aprovada no
Congresso Nacional em 1973, que as
definiu como “um conjunto de municípios
contíguos
e
integrados
socioeconomicamente a uma cidade
central, com serviços públicos e infraestrutura comum.”
16. Os Estados poderão, mediante lei
complementar,
instituir
regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões,
constituídas
por
agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse
comum.
(Artigo 25, parágrafo 3º da Constituinte de
1988).
17. Para o IBGE a determinação de uma
região
metropolitana
depende
do
contingente populacional e da estrutura
produtiva.
Este contingente é de no mínimo 800
mil habitantes no município principal.
No Brasil foram definidas 22 regiões
metropolitanas.
18. Regiões metropolitanas do Brasil
Belém
Grande São Luis
Fortaleza
Natal
Recife
Maceió
Salvador
Ride (Região integrada de
desenvolvimento de Brasília)
Goiânia
Belo Horizonte
Vale do aço
Grande Vitória
Rio de Janeiro
São Paulo/Baixada Santista
Campinas
Maringá
Londrina
Curitiba
Norte-nordeste catarinense
Vale do Itajaí
Florianópolis
Porto Alegre
19. A Hierarquia
Urbana
brasileira
elaborada pelo IBGE, abrange variáveis
como tamanho e importância das cidades:
Metrópoles nacionais: encontram-se
no primeiro nível da gestão territorial,
constituindo foco para centros localizados
em todos os pontos do país. São metrópoles
nacionais Rio de Janeiro e São Paulo.
20. Metrópoles regionais: constituem o
segundo nível da gestão territorial, e
exercem influência na macrorregião onde se
encontram. São metrópoles regionais
Belém,
Belo
Horizonte,
Curitiba,
Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre,
Recife e Salvador.
Capitais regionais: constituem o
terceiro nível da gestão territorial, e
exercem influência no estado e em estados
próximos.
22. Megalópole Brasileira
Uma megalópole é uma extensa
região urbanizada, pluri-polarizada por
metrópoles conurbadas. Correspondem às
mais importantes e maiores aglomerações
urbanas da atualidade.
Exemplo: BOSWASH
26. Avanço do espaço de consumo e recuo
de espaços de lazer;
O favelamento;
Uso do solo ditado pelo capitalismo;
Internalização da vida urbana;
Violência;
Circulação interna, etc.
27. A segregação espacial urbana, faz com
que haja uma cidade formal (com infraestrutura ?) e uma cidade informal carente
de todos os serviços.
28. O geógrafo Roberto Lobato Corrêa fala
em auto segregação e segregação imposta.
Qual seria a diferença entre as duas?
31. Os espaços de confraternização como
praças e bosques tem sido substituídos
pelos espaços de consumo.
32. As Favelas e os Cortiços
A origem do termo favela no Brasil
surge no episódio histórico conhecido por
Guerra de Canudos.
33. Esse
processo
de
favelamento
acentuou-se a partir de 1950 com a
industrialização, crise no campo e
crescimento da população.
Em 1991 havia 3188 favelas no Brasil.
Em 2000 já eram 3905, ou seja, aumentou
22, 4%. Cerca de 40% delas estão no
estado de SP.
34. A maioria se localiza
em barrancos e áreas
de
risco,
sem
infraestrutura básica,
deixando à mostra a
desigualdade
socioeconômica
da
qual é resultado.
Juca Martins/Olhar Imagem
Apesar de serem muito comum nas grandes cidades,
as favelas também existem em municípios menores.
35. A favela precisa ser integrada à cidade.
São
necessários
projetos
para
valorizar:
o esporte;
a cultura;
a educaçã.;
Além disso, é preciso qualificar
profissionalmente os jovens e promover sua
inserção no mercado de trabalho, e criar
infra-estruturas.
36. Os Problemas Urbanos
As grandes
cidades brasileiras
enfrentam
diversos
problemas de
ordem social e
ambiental
Os principais são:
moradia,
enchentes, lixo,
poluição do ar e
das águas,
violência,
aumento da
temperatura,
mobilidade
urbana. Etc.
37. A questão da moradia
O
acelerado
processo
de
urbanização,
sem
planejamento
(micracefalia urbana), foi marcado pelo
surgimento e o crescimento das favela,
cortiços e loteamentos periféricos
38. O que caracteriza as favelas não é a
precariedade das habitações ou a carência de
infraestrutura. As favelas se definem como áreas
de ocupação gradual, ou seja, aglomerados de
habitações erguidas ao longo de certo tempo em
terrenos de terceiros.
39. Já os cortiços
são habitações
coletivas, também conhecidas como casas
de cômodos.
Os moradores usam o mesmo
banheiro, o mesmo tanque e fazem sua
alimentação dentro do próprio quarto (que
nem sempre tem ventilação)
41. Em junho de 2001 foi aprovado o
Estatuto da Cidade. Cabe a cada cidade
elaborar seu plano diretor.
O que é o Plano Diretor?
O Plano Diretor está definido no
Estatuto das Cidades como instrumento
básico para orientar a política de
desenvolvimento e de ordenamento da
expansão urbana do município.
42. Funções do Plano Diretor:
1. Garantir o atendimento das necessidades
da cidade;
2. Garantir uma melhor qualidade de vida na
cidade;
3.Preservar e restaurar os sistemas
ambientais;
4. Promover a regularização fundiária;
5. Consolidar os princípios da reforma
urbana.
43. Poluição e escassez das
águas
Nas cidades as redes coletoras de
esgoto são insuficientes;
Destruição e ocupação da mata ciliar;
A escassez de água potável;
Necessidade de mais ETEs.
45. Resíduos sólidos
O destino final de 76% do lixo no Brasil
é os lixões, 23% vai para os aterros e 1%
para usinas e incineradores.
46. A composição média de um lixo domiciliar
no Brasil
65% matéria orgânica
25% papel
4% metal
3% vidro
3% plástico
Fonte: instituto virtual de educação para
reciclagem, 2000.
47. Poluição sonora e visual
De acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a audição humana
suporta o índice de até 55 dB (decibéis).
Um cruzamento de avenidas chega a emitir
83 dB, uma britadeira e um avião a jato 170
dB.
Não só o excesso de barulho, mas
também o excesso de informação causam
níveis elevados de estresse.
48. Saturação das vias de
transporte
Maior número de automóveis;
Falta de planejamento viário;
Poluição gerada pela descarga
automóveis;
Como podemos solucionar?
dos
49. Violência
Na maioria das vezes a violência aparece
associada a superpopulação e a pobreza,
fatores que colaboram para o caos social.
Mas a ONU aponta outros fatores:
Precariedade de investimentos na área social
(educação , lazer e cultura);
Desemprego;
Tráfico de drogas;
Famílias desestruturadas;
Impunidade.
50. De acordo com o estudo Mapa da
Violência dos Municípios Brasileiros, de
2008, capitais como Recife (PE), Vitória
(ES) e Maceió (AL) aparecem entre os
mais violentos com mais de 80 homicídios
para cada 100 mil habitantes.
12 - Porto Alegre (RS) 39,5
14 – Salvador (BA) 36,2
51. Movimentos sociais urbanos
Dentro dos movimentos sociais da
atualidade podemos citar:
Os ecológicos
Os de defesa da mulher e da criança
contra a violência a que estão submetidas
Proteção a criança de rua ou criança
carente
Os que reivindicam escola pública de
melhor qualidade
Dos sem teto, entre outros.
52. Até a década de 1970, quando o poder
público ou o proprietário tentava desalojar
os sem teto, estes organizavam um
movimento de resistência.
Depois deste período esse movimento
se organizou para reivindicar junto as
prefeituras a regularização da posse das
áreas ocupadas.
53. A ocupação de terrenos pelos sem teto
se dá de duas formas:
Individual = uma pessoa ou família se aloja
num terreno e aí constrói seu barraco.
Coletiva = grupos escolhem o lugar para o
assentamento, combinam o dia e a hora
para a ocupação e o fazem com grande
rapidez.
54.
55. Autogestão do Espaço Urbano
Orçamento Participativo (OP) é um
mecanismo governamental de democracia
participativa que permite aos cidadãos
influenciar ou decidir sobre os orçamentos
públicos, geralmente o orçamento de
investimentos de prefeituras municipais,
através de processos da participação da
comunidade.
56. Esses processos costumam contar com
assembléias abertas e periódicas e etapas
de negociação direta com o governo.