Atenas foi fundada no século VIII a.C. e teve papel fundamental na história da Grécia Antiga. Sua sociedade evoluiu de uma monarquia para uma democracia, dividida entre aristocratas, metecos e escravos. Após as Guerras Médicas, Atenas floresceu culturalmente na era de Ésquilo, Sófocles e Fídias.
1. Nayara Galera
Atenas é uma das mais antigas cidades da Europa, fundada no
século VIII a.C, e sua história é bastante ligada a história da Grécia,
sendo de fundamental importância desde os tempos da Grécia
Antiga.
Atenas na antiguidade era uma sociedade não militarista, em
oposição a Esparta e se destacava das outras cidades gregas por ter
adotado a democracia
Foi fundada no século VIII a.C.na região da Ática. Durante as
Guerras Médicas Atenas comandou o exército Grego através da
chamada Confederação de Delos
A sociedade ateniense era dividida no período de seu apogeu em:
Eupátridas (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi
progressivamente abrangendo os menos ricos);
Metecos (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão) e
Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime;
eram também considerados escravos os que não pagavam dívidas).
A política passou pelas fases de monarquia, arcontado, tirania e
democracia.
Marcella Adriany
Apesar de os antigos habitantes de Atenas se considerarem
Autóctones, eles na verdade resultam de uma lenta mistura de
populações pré-helênicas realmente autóctones com populações
helênicas, vindas principalmente da Iônia, sem histórico de conflitos
ou conquistas violentas.
Sua posição geográfica deixou Atenas fora das correntes invasoras
dóricas. Mais tarde sua população sofreu novamente influencia
externa pela chegada gradual de estrangeiros, atraídos pela
prosperidade comercial da cidade.
Na origem lendária, a região da Ática era disputada entre Poseidon e
Atena. Os deuses dariam a região aquele que desse aos habitantes
o presente mais útil. Poseidon deu então uma fonte de água, e Atena
o suplantou criando a oliveira. A cidade ganhou então seu nome do
nome desta deusa.
Essa disputa entre os deuses parece estar ligada a uma mudança na
2. população dominante da região em algum momento da sua história
antiga.
Natália Galera
Sociedade
O governo era inicialmente monárquico, sendo os reis considerados
descendentes de Erecteu. A sociedade era organizada em famílias,
fratrias e quatro tribos.
A monarquia, porém, acabou por sucumbir aos ataques das famílias
aristocráticas e afinal foi substituída por três arcontes eleitos e por
um conselho - a boulé. Os arcontes eram:
O Arconte-Rei: com funções religiosas, representando a monarquia;
O Arconte Epônimo: principal governante e juiz supremo. Os anos
eram referidos pelo nome do arconte (dizia-se que o evento ocorreu
no ano em que tal pessoa era arconte epônimo).
O Polemarco: comandante supremo do exército, responsável pela
segurança do estado.
A exigência por parte das classes mais baixas de que as leis fossem
escritas e publicadas levou à desiganção de mais seis arcontes, os
tesmotetas, magistrados responsáveis pela codificação e
interpretação das leis, dando origem à organização judiciária no
estado ateniense.
Karini
Séculos VII e VI a.C.
O período dos séculos VII e VI foi marcado por grande instabilidade e
mudança social em Atenas. As terras se acumulavam cada vez mais
nas mãos de poucos e o endividamento levava os camponeses à
servidão, causando tensão social cada vez maior.
No período que segue, as legislações de Drácon e depois Sólon
tentam trazer reformas sociais, mas sempre com resultados
limitados. A sociedade passou a se agrupar em facções rivais de
acordo com as ocupações e riqueza:
os pediakoi (pedianos), habitantes da planície que compreendia
nobres e agricultores ricos, cuja riqueza estava na terra;
os parálioi (paralianos), habitantes da costa: marinheiros, artesãos
e comerciantes cuja riqueza vinha do comércio;
3. principais rivais nas disputas sociais, e mais tarde, reunidos
inicialmente em torno de Pisístrato:
os diakriói (diacleanos), habitantes das colinas, pastores e
camponeses pobres que não tinham nem terras nem tiravam
riquezas do comércio.
Estes últimos foram organizados por Pisístrato numa facção
realmente revolucionária, que conquistou o poder e o levou a posição
de tirano em 561 a.C.. Neste período, Pisístrato promoveu a reforma
agrária, saneou as finanças públicas, construiu uma rede de estradas
pela Ática e uma rede de abastecimento de água para Atenas.
Morrendo em 527 a.C., foi sucedido por seus filhos Hípias e Hiparco
que continuaram seu trabalho e embelezaram a cidade ainda mais.
Entretanto, com a morte de Hiparco em 514 a.C., Hípias tornou-se
um tirano violento e impopular, culminando com sua deposição em
510 a.C.. Ele ainda tentou recuperar o poder através de aliança com
os Persas, auxiliando-os inclusive na batalha de Maratona, mas não
obteve sucesso.
Com a queda da tirania começa uma guerra entre os partidários da
oligarquia, liderados por Isagoras e da democracia, liderados por
Clistenes. A democracia acaba por vencer e Clistenes promove as
mudanças que determinariam, segundo Herodoto, a grandeza futura
de Atenas.
Leonardo Ushiyama
Artes
Nos cinquenta anos que seguiram as Guerras Médicas Atenas viveu
um período de florescimento cultural e artístico que faria com que
marcaria a cidade. Esta época produziu nomes como Ésquilo,
Sófocles, Eurípides, Fídias e Polígnotos. Atenas era a salvadora da
Grécia, que a livrara dos bárbaros persas, proporcionava liberdade
política e sentimento de independência, e dominava os mares com
sua frota. A exaltação provocada pela formação de seu novo império
marítimo e dos avanços sociais favoreceu a produção intelectual e
cultural, junto com o intercâmbio de idéias proporcionado pela
atração de visitantes de todo o mundo grego.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Atenas