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Pelotas, RSPelotas, RSPelotas, RSPelotas, RSPelotas, RS
Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007
6464646464
ISSN 1981-5999
AutorAutorAutorAutorAutor
Luis FLuis FLuis FLuis FLuis Fernandoernandoernandoernandoernando WWWWWolfolfolfolfolffffff
Eng. Agrôn., Mestre
Embrapa Clima Temperado,
Pelotas, RS,
(wolff@cpact.embrapa.br)
Apicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na Propriedade
Familiar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base Ecológica
Ministério daMinistério daMinistério daMinistério daMinistério da
Agricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, Pecuária
e Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimento
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
Esta publicação tem o objetivo de orientar agricultores familiares,
assentados da reforma agrária, apicultores de pequeno e médio porte,
técnicos de Assistência Técnica, extensionistas rurais e demais agentes
da cadeia produtiva do mel, sobre a aplicação das recomendações
técnicas de caráter prático aplicáveis ao processo produtivo
agropecuário, com respeito à apicultura sustentável integrada à
propriedade familiar de base ecológica.
ConceitoConceitoConceitoConceitoConceito
Apicultura é a ciência que trata da criação e exploração racional das
abelhas da espécie Apis mellifera, popularmente conhecidas como
abelhas melíferas africanizadas, ou abelhas de ferrão.(Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1..... Durante sua visita às flores, as abelhas melíferas
realizam a polinização.
O conceito de apicultura sustentável está muito próximo daquele
aplicado à apicultura orgânica, onde o manejo das colméias deve
respeitar a natureza das abelhas, seus ciclos biológicos e sua
capacidade de produzir alimentos naturais e saudáveis, que sejam fonte
de saúde aos consumidores.
2 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. colméia Langstroth padrão, com fundo, ninho,
melgueira e tampa.
A saúde das abelhas está associada a
múltiplos fatores, mas atuam diretamente
sobre a sobrevivência e produtividade dos
enxames: a genética das abelhas, a qualidade
da alimentação disponível e o meio ambiente,
onde se inclui o manejo praticado pelos
apicultores.
Para a produção de mel orgânico, uma série
de preocupações deverão ser observadas e
medidas deverão ser tomadas pelos
apicultores, de forma a garantir a qualidade
final do produto, isento de qualquer
contaminante (HARKALY, 2000; EPAGRI, 2001).
Neste sentido, o estabelecimento de normas
de produção e equipamentos para a produção
de mel orgânico e o estabelecimento de
padrões de qualidade para os produtos das
abelhas, possibilitam a certificação e
rastreabilidade ao mel orgânico.
Importância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura para
a propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de base
ecológicaecológicaecológicaecológicaecológica
A apicultura é uma atividade indispensável
para um sistema de agricultura familiar de
base ecológica. A ação polinizadora das
abelhas aumenta a produtividade das
lavouras, pomares e pastagens nativas ou
cultivadas. Na produção de sementes de
hortaliças, contribuem na qualidade e
quantidade das mesmas, pela garantia de
fecundação cruzada com intensidade e
eficiência.
Em segundo lugar, as abelhas produzem,
ainda, excelente alimento para o consumo da
família. E propiciam nova fonte de renda,
através da venda da produção excedente de
mel, bem como de própolis, cera e outros
produtos da colméia.
ColméiasColméiasColméiasColméiasColméias
Existem diversos modelos de colméias em uso
na região Sul, como Schenk, Schirmer,
Langstroth e Curtinaz, além de pequenas
variantes deles (FEEBURG, 1989).
Independentemente do tipo adotado, o
apicultor deve padronizar seus apiários com
apenas um modelo de colméia.
O modelo de colméia mais utilizado no Brasil é
o Langstroth (caixa “americana”) (Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2)
que, pela padronização, além de favorecer a
troca de materiais e de relatos sobre as
práticas e procedimentos entre os apicultores,
facilita o próprio manejo das colméias pelos
apicultores, em função das dimensões dos
quadros e peças da caixa e de certos detalhes
construtivos da mesma (Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1).
3Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1..... Dimensões internas padronizadas da colméia modelo Langstroth:
Indumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícola
O apicultor, como qualquer outro profissional,
deve utilizar equipamentos de proteção
individual como fator de segurança.
O traje deve ser de tecido liso, de algodão ou
outro material fino e fresco, e todo em cores
clara, reduzindo a irritação e o instinto de
defesa das abelhas.
Os equipamentos de proteção são: macacão,
jaleco ou máscara, luvas e botas.
Equipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalho
Fumegador: é um aparelho próprio para
produzir fumaça, com o qual, aplica-se a
fumaça que irá controlar as abelhas
(Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3).
Formão do apicultor: é a ferramenta utilizada
no adequado manuseio das colméias, para
abrir a tampa, limpar, mover e sacar os
quadros. Esse instrumento é ideal, também,
para raspar e recolher o excesso de própolis
das colméias.
Alguns apicultores substituem o formão por
um facão. O mesmo acaba servindo para
limpar as ervas de maior porte ao redor das
colméias e os galhos pelo caminho de acesso
ao apiário.
Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3. Apicultor aplicando fumaça no alvado com o
fumegador, garantindo o manejo seguro e adequado das
colméias.
Peças móveis da caixa Comprimento
(cm)
Largura
(cm)
Altura
(cm)
ninho 46,5 37,0 24,0
quadros ninho 48,1 e 42,9 2,8 23,3
tampa 51,0 44,0 ---
fundo 60,0 41,0 2,0
melgueira 46,5 37,0 14,5
quadros melgueira 48,1 e 42,9 2,8 13,8
4 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Localização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiário
Para que se possa instalar um apiário de
forma produtiva e duradoura, deve-se
observar a paisagem local e considerar alguns
fatores que são primordiais na apicultura:
- a flora apícola, ou seja, a diversidade de
espécies vegetais que fornecem néctar e
pólen;
- a presença de água ao natural, que não seja
contaminada nem estagnada (parada);
- a proteção contra correntes de vento, que
resfriam as colméias e desgastam as
abelhas campeiras, exigindo delas
demasiado esforço para voar;
- a distância mínima de criações, casas, e
locais públicos, sendo recomendável um
mínimo de 400 a 500 metros para áreas de
campo aberto e de 200 a 300 metros para
áreas de mata;
- o fácil acesso, em qualquer época do ano, de
forma que o apicultor consiga cumprir a
contento seu calendário apícola.
A instalação preferencial das colméias deverá
ser em locais onde possam receber o sol pela
manhã e sombra no período da tarde.
Não se deve extrapolar o número limite de
colméias no apiário (WIESE, 1995). A
quantidade de colméias deverá ser
proporcional à capacidade melífera (fluxo de
néctar) da localidade (micro-região) e à
capacidade de trabalho dos apicultores, de
forma que realizem todo o serviço no apiário
sem muita demora, partindo para outro ponto
da propriedade, para outro apiário.
Posicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméias
Para se fazer uma boa apicultura, deve-se
posicionar as colméias da seguinte forma: as
entradas das caixas deverão estar voltadas
para o leste ou norte, deixando o alvado
(entrada) protegido dos ventos
predominantes. Do contrário, os apicultores
deverão providenciar uma barreira natural ou
um quebra-ventos.
As colméias deverão ser instaladas sobre
cavaletes individuais a uma altura de 60 cm do
solo para evitar a umidade e dificultar a
predação por sapos, lagartos, tatus e outros
animais.
Deve ser mantida uma distância de 1 a 3
metros entre as colméias para evitar pilhagem
entre enxames. Distâncias menores
confundem as abelhas campeiras e estressam
as abelhas guardiãs. Distâncias maiores
reduzem a eficiência e agilidade no trabalho
dos apicultores (Figura 4Figura 4Figura 4Figura 4Figura 4).
Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4. Apiário bem localizado e colméias instaladas
individualmente sobre cavaletes.
5Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Povoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméias
Existem diferentes formas de povoar as
colméias, dentre elas:
Método das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar os
enxames:enxames:enxames:enxames:enxames:
a) preparar caixas de papelão ou de madeira
que comportem 5 quadros de ninho
providos de cera laminada com a largura do
quadro, mas a altura de apenas 3
centímetros. (Figura 5Figura 5Figura 5Figura 5Figura 5). As colméias
padrão, de madeira e com 10 quadros,
também poderão ser utilizadas para
capturar novos enxames.
b) dispersar as caixas-isca pelos campos,
clareiras ou bordas da matas, colocando-as
sobre tocos ou penduradas a uma altura de
1,50 m do solo, onde serão facilmente
encontradas pelas abelhas batedoras
provenientes de enxames que estão
programados para enxamear nos próximos
dias.
É recomendável revisar as caixas-isca a cada
dez dias para recolher os enxames que nelas
tenham entrado ou para limpar as mesmas de
invasores indesejados.
Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5. Preparo de caixas-isca, com incrustração de
tiras de cera alveolada, para atrair enxameações.
Além das tiras de cera alveolada, deve-se
borrifar a caixa-isca por dentro com
substâncias resinosas aromáticas, como
extrato de própolis, chá de cidró, folhas de
laranjeira, extrato de erva cidreira,
favorecendo a atração de abelhas batedoras.
Os enxames recém-capturados não deverão
ser manipulados antes de 7 a 10 dias. Depois
disso, na primeira revisão, os quadros com
favo deverão ser arrumados no centro da
caixa e a mesma será completada com
quadros com lâminas inteiras de cera. Se
necessário, os enxames fracos poderão ser
alimentados.
Enxames muito pequenos deverão ser
preferentemente unidos com outros enxames
fracos.
Método para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames que
estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,
cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:
a) abrir o buraco até poder remover os favos,
um a um (Figura 6Figura 6Figura 6Figura 6Figura 6).
b) recortar os favos para encaixar nos
quadros. Os favos adequadamente
encaixados deverão ser amarrados aos
quadros com fios de algodão ou atilhos de
borracha.
c) os favos deverão ser dispostos dentro do
ninho de acordo com a sua posição original,
mas as partes contendo mel não podem ser
reaproveitadas. Deverão ser guardadas
dentro de um balde e removidas para longe
do apiário, aproveitando-se posteriormente
o mel e a cera.
6 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Método de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames ainda
pousados:pousados:pousados:pousados:pousados:
Quando os enxames não estão fixos, ou seja,
quando encontram-se pousados em algum
galho, (Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7) é muito simples fazer sua
transferência para um ninho.
Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6. Remoção de enxame alojado em oco de árvore, corte e transferência dos
favos para dentro de caixa com quadros, possibilitando manejos e produção de mel.
Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7..... Enxame temporariamente pousado em galho de
árvore, durante deslocamento enxameatório ou migratório.
d) organizar o ninho, tampar a colméia e
deixar no mesmo local até o enxame se
reestruturar.
e) transferir a colméia 7 ou 10 dias mais tarde,
para junto das demais num apiário a mais de
2 km, sempre no período da noite.
a) pegar um ninho com quadros que estão
providos de tiras (cerca de 3 a 10 cm de
altura) de cera alveolada;
b) colocar sobre o ninho uma melgueira vazia
para que as abelhas, ao serem derrubadas
para dentro do ninho, não caiam para fora
pelas laterais;
7Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
c) sacudir de forma enérgica e de uma só vez
todas as abelhas para dentro do ninho. Em
locais onde não seja possível sacudir as
abelhas, deve-se usar um espanador e uma
pá para recolher as abelhas.
d) após as abelhas descerem para os quadros
do ninho, retirar a melgueira, tampar o ninho
e colocar uma tela excluidora no alvado para
que a rainha não saia da colméia;
e) de preferência, transferir a colméia para o
apiário no período da noite.
Apesar de simples, este método apresenta
alto grau de rejeição pelas abelhas em
enxameação, que, com freqüência,
abandonam a nova moradia. Assim, a
operação de captura deverá ser feita com o
máximo de rapidez e eficiência. Além disso, os
apicultores poderão usar o artifício do quadro
com crias jovens (larvas), trazido de alguma
outra colméia, e o da gaiola para rainhas,
prendendo-a caso seja localizada.
Manejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméias
Os apicultores deverão visitar com certa
frequência o apiário para avaliar as condições
das colméias, tanto nos períodos de safra
(visitas semanais) como de entressafra
(visitas mensais). Durante a entressafra de
inverno (junho, julho e agosto), deve-se:
- retirar melgueiras e vedar frestas nas caixas;
- reduzir a entrada da colméia usando um
redutor de alvado;
- fornecer alimentação de manutenção;
- substituir o alimento de manutenção por
alimentação estimulante, nas vésperas do
início da primavera.
Ao término do inverno, os apicultores deverão
retirar os redutores de alvado e fazer uma
revisão nos enxames, (Figura 8Figura 8Figura 8Figura 8Figura 8) com os
objetivos de:
avaliar a postura da rainha;
- verificar os favos com cria nova para ver se
há doenças;
- substituir quadros com favos velhos e sem
crias por quadros com lâminas inteiras de
cera alveolada;
- fazer o rodízio dos quadros de ninho e
controlar a enxameaçã.
Quando o enxame estiver suficientemente
forte, ocupando com crias mais de 6 ou 7
quadros do ninho:
- colocar a primeira melgueira;
- colocar outras melgueiras, quando for o
momento certo (2/3 da primeira melgueira já
ocupados pelas abelhas e mel);
- manejar melgueiras;
- colher o mel.
Planejar o trabalho antes de ir a campo.
Conferir se todo o material está indo para o
apiário. Identificar suas colméias e usar fichas
ou caderneta de controle.
Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8. Revisão e limpeza de colméias no início da safra:
procedimento fundamental para garantir boa colheita.
8 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Alimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificial
É necessário alimentar os enxames nas
épocas de escassez de florada, principalmente
durante o inverno. Colméias bem vedadas e
um bom estoque de mel nos favos, ou o uso
da alimentação artificial, podem garantir a
sobrevivência dos enxames durante as
entressafras mais rigorosas (FURGALA, 1979).
Existem dois tipos bem distintos de
alimentação artificial, que por sua vez são
oferecidos aos enxames em épocas também
distintas, pois têm objetivos diferentes.
Alimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutenção:
Serve para a subsistência dos enxames e é
fornecida no início e durante os períodos de
escassez de florada. Para estas épocas, os
apicultores deverão deixar na colméia um
equivalente a 2 a 4 quadros de mel, natural ou
elaborado a partir de xaropes açucarados.
A forma clássica de ministrar alimentação
energética às colméias é através de xaropes
açucarados, porém, há um risco muito grande
de se induzir a rainha à postura fora de época.
Para evitar este perigo, geralmente muito
prejudicial ao enxame, os apicultores podem
fornecer alimento na forma pastosa, (FiguraFiguraFiguraFiguraFigura
99999) cuja textura deve ser cremosa, homogênea
e consistente, podendo ter função puramente
energética ou energético-protéica.
Exemplo: mel ou xarope misturado a açúcar
até o ponto pastoso; fornecer 1 a 2 kg por
colméia.
Quando se pretende caracterizar o mel
produzido nos apiários como oriundo de
produção orgânica, nas alimentações
artificiais os apicultores deverão usar
exclusivamente mel próprio, açúcar mascavo
ou mesmo branco, desde que de origem
orgânica. Conservantes sintéticos são
condenados na criação ecológica de abelhas e
produção de mel orgânico.
Figura 9.Figura 9.Figura 9.Figura 9.Figura 9. Alimentação artificial na forma pastosa: abastecendo
alimentador tipo cocho.
Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:
Serve para induzir a rainha à postura e é
usada no período que antecede a florada,
cerca de 30 dias antes da floração local, sendo
altamente favorável ao crescimento das
colônias.
O alimento mais recomendável é a pasta
energético-protéica, colocada diretamente
sobre os cabeçalhos dos quadros de cria,
dentro de bolsas plásticas com pequenas
perfurações. Entretanto, a alimentação
estimulante mais comumente utilizada entre
os apicultores é a líquida, fornecida em
alimentadores instalados nos alvados das
colméias.
Exemplo: para o preparo do xarope, usar uma
a duas partes de açúcar (de preferência
9Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
mascavo) para uma parte de água, misturados
e aquecidos até levantar a fervura; aguardar
esfriar para fornecer às abelhas. Oferecer de
500ml a 1000ml de alimento a cada 10 dias.
Se as abelhas depositarem a alimentação nas
áreas de postura da rainha, acrescentar mais
um ninho ou suspender a alimentação.
AlimentadoresAlimentadoresAlimentadoresAlimentadoresAlimentadores
Existem vários modelos de alimentadores,
tanto para o sistema da alimentação
individual, quanto para o sistema coletivo. Os
alimentadores coletivos são economicamente
negativos para o apicultor (alimentam os
enxames de toda a região, num raio de 2 a 4
quilômetros) e tecnicamente problemáticos
(não funcionam em dias frios ou chuvosos,
não favorecem enxames fracos e induzem
pilhagem e lutas entre abelhas e enxames).
Quanto aos modelos de alimentadores
individuais, dar preferência aos alimentadores
internos, do tipo bandeja (cobertura) ou cocho
(Doolitle).
Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:
- bandeja: pode ser colocada entre o ninho e a
melgueira ou no topo da colméia;
- cocho (Doolitle): deve ser colocado próximo
à área de cria, dentro do ninho (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 100000);
- de alvado (Boardman): é acoplado ao alvado
e o depósito de xarope é externo e móvel;
- bolsa plástica: é colocada sobre os quadros
do ninho, de onde o alimento é sugado por
pequenos orifícios na face voltada para
baixo.
Reduzir os alvados e vedar as possíveis
frestas de cada colméia. Revisar e fazer
manutenção nos alimentadores (lavagem
vigorosa) a cada reposição de alimento, para
evitar o surgimento de fungos (mofo) e outros
microorganismos. Não derramar alimentos
pelo apiário, evitando pilhagem.
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 10.0.0.0.0. Alimentador tipo cocho sendo colocado na borda do
ninho para acesso interno pelas abelhas durante a entressafra.
EnxameaçãoEnxameaçãoEnxameaçãoEnxameaçãoEnxameação
A enxameação é o fenômeno natural
responsável pela reprodução dos enxames. A
tendência à enxameação está diretamente
relacionada à genética (africanização) e às
condições ambientais (florada intensa e falta
de espaço ou boas condições na moradia).
É possível evitar a enxameação da seguinte
forma:
- limpar ou trocar as caixas no início da safra e
fazer a seleção e rodízio dos favos do ninho;
- substituir periodicamente a rainha antiga por
uma nova, selecionada por produtividade e
por resistência contra doenças;
- localizar adequadamente o apiário e facilitar
a ventilação interna nas colméias nos meses
mais quentes do ano;
- eliminar larvas e pupas de zangão e trocar os
10 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Multiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxames
Programar o procedimento de multiplicação
de enxames para um dia ensolarado e quente,
de preferência nos horários em que grande
parte das campeiras estão no campo, entre as
9h e as15h, e no início ou plena safra.
Providenciar um ninho vazio e colocar
exatamente na posição da colméia doadora,
que será deslocada 2 ou 3 passos para trás,
de forma que as campeiras que regressam das
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 111111..... Limpeza do ninho e troca de quadros com favo velho
por quadros com lâminas inteiras de cera alveolada.
flores já entrem na caixa nova.
Transferir para o ninho novo 4 a 5 quadros
que contenham postura, (Figura 12Figura 12Figura 12Figura 12Figura 12) crias
novas, mel, pólen e abelhas aderentes aos
favos. Cuidar para não transferir a rainha.
Preencher o restante dos espaços com
quadros providos de lâminas inteiras de cera
alveolada, tanto na colméia receptora quanto
na doadora.
Figura 12.Figura 12.Figura 12.Figura 12.Figura 12. Favo com crias em diferentes estágios de
desenvolvimento: as áreas escuras apresentam alvéolos
com ovos e larvas, as áreas claras apresentam alvéolos
operculados e com pupas no interior.
quadros com favos velhos por quadros
preenchidos com lâminas inteiras de cera
alveolada (Figura1Figura1Figura1Figura1Figura111111);
-eliminar realeiras de enxameação
(posicionadas nas bordas dos favos);
- aumentar o espaço físico para depósito de
mel, com o acréscimo de melgueiras.
Os quadros com cera alveolada não deverão
ser colocados inicialmente no centro da área
de crias do enxame, mas sim nas bordas da
mesma, após os favos com cria mais externos
do ninho, para não dividir a esfera de crias.
11Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Instalar a colméia doadora em outro ponto do
apiário, ou transferi-la para outro apiário
distante. As abelhas que estão no campo irão
fortalecer a colméia receptora. A colméia
receptora irá construir realeiras de
substituição (posicionadas no meio dos
alvéolos de crias, a partir de larvas que iriam
originar operárias), e irá gerar uma rainha
nova.
Após 7 a 10 dias, os apicultores deverão
revisar ambas as colméias, para identificar a
presença de uma rainha na colméia receptora
e para observar o desenvolvimento da postura
na colméia doadora, fazendo o adequado
rodízio dos favos de ninho na mesma.
União de enxamesUnião de enxamesUnião de enxamesUnião de enxamesUnião de enxames
A produção de mel está diretamente
relacionada com a população de abelhas
adultas de uma colméia. Um enxame grande
produz mais do que três enxames pequenos.
Por esse motivo devemos unir os enxames
fracos da seguinte forma:
- selecionar o melhor dos dois enxames fracos
a serem unidos (aquele ligeiramente mais
forte do que o outro, com maior número de
favos com crias);
- remover a tampa e cobrir o ninho da colméia
selecionada com uma folha de papel jornal;
- aplicar mel sobre esta folha e cobrir com
outra folha de jornal;
- retirar o fundo da colméia não selecionada
(aquela ligeiramente mais fraca do que a
primeira) e colocá-la sobre as folhas;
- manter o alvado reduzido por alguns dias.
Conseqüentemente, as abelhas de ambos os
enxames irão roer o papel vagarosamente.
Nesse processo, os feromônios dos enxames
começarão a se mesclar. As rainhas irão
brigar até a morte de uma delas, passando a
vitoriosa a atuar sobre as duas populações.
A seleção prévia da melhor rainha pelos
apicultores, com a eliminação, alguns
momentos antes da união, da rainha
Figura 13.Figura 13.Figura 13.Figura 13.Figura 13. Favo velho, com cera escurecida e alvéolos reduzidos
em diâmetro, após sucessivas gerações de cria em seu interior:
deve ser substituído.
considerada inferior, também é um
procedimento usual. Entretanto, a seleção e
eliminação prévia de uma das rainhas pelo
apicultor não garante que a restante seja a
mais apta, forte, produtiva, bem fecundada e
alimentada dos dois enxames. Além de
aumentar o trabalho e exigir muita experiência
e responsabilidade por parte dos apicultores,
acrescenta-se o maior estresse e risco de
morte da única rainha do novo enxame. Neste
12 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
sentido, é possível, após a seleção visual e de
produtividade, guardar viva a rainha a ser
eliminada, mantendo-a temporariamente presa
em uma gaiola especial até confirmar o êxito
da união dos enxames.
Fazer as uniões ao entardecer e usar colméias
padronizadas, com fundo solto, para permitir
tal procedimento de união. Ambas as colméias
deverão estar a 2 metros, ou menos, uma da
outra; do contrário, as abelhas campeiras de
uma delas (a que foi deslocada para cima da
outra) irão se perder na rua, no local em que
estava originalmente sua caixa.
Na revisão seguinte, que deve ser alguns
poucos dias depois (3 a 7 dias), os apicultores
deverão remover os favos prejudiciais ao
crescimento do enxame, ou seja, os favos que
não estejam com cria de operária (Figura 13Figura 13Figura 13Figura 13Figura 13)
ou com espaço disponível para a postura pela
rainha, mantendo todos aqueles com crias e
escolhendo, dentre os restantes, os mais
novos, bem construídos e com alvéolos
desimpedidos.
Manejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueiras
As melgueiras ou sobre-caixas são destinadas
a armazenar o mel excedente produzido pela
colméia.
Nas épocas de produção de mel, o que na
metade sul do Rio Grande do Sul se estende
de outubro a maio, conforme o micro-clima e
espécies botânicas locais, a colméia deverá
estar com uma ou mais melgueiras, atendendo
a necessidade de crescimento de cada
enxame.
ManejoManejoManejoManejoManejo:
- colocar melgueiras repletas de quadros com
favos bons ou com lâminas inteiras de cera
alveolada (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 144444);
- mais adiante na safra, ao acrescentar as
demais melgueiras vazias (quando 2/3 dos
favos da primeira melgueira estiverem
ocupados por abelhas e mel), as mesmas
poderão ser colocadas entre o ninho e a
primeira melgueira ou diretamente sobre a
primeira, sem perda em produtividade ou
tempo de preenchimento, desde que alguns
favos com mel da primeira melgueira sejam
colocados no centro da segunda e terceira
melgueiras, atuando como atrativos às
abelhas caseiras que estão no serviço de
desidratação e redistribuição do néctar e do
mel pelos espaços construídos.
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 14.4.4.4.4. o momento da colocação da primeira melgueira é o
mais crítico e exige um bom preparo inicial da colônia pelos
apicultores.
13Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Depois de desenvolvido o ninho e colocada a
primeira melgueira, o número de novas
melgueiras variará de acordo com a
população da colméia, sua demanda por
espaço e a intensidade da florada. Não se
deve demorar para colher o mel maduro,
podendo ser retirado várias vezes durante
cada safra, pois há o risco de perder a
produção por tombamento da caixa ou roubo,
ou pela cristalização do mel nos favos. Na
safra de outono, com a queda de temperatura
e a aproximação do inverno, o número de
melgueiras disponíveis deverá ser o mais
reduzido possível e as colheitas deverão ser
freqüentes. No final da safra, com a entrada
do inverno, todas as melgueiras vazias
deverão ser retiradas das colméias. Os
apicultores poderão deixar melgueiras
durante o inverno sobre as caixas apenas
quando colocarem uma tampa interna (entre-
tampa) entre o ninho e as melgueiras. A entre-
tampa possui uma ou mais aberturas centrais,
permitindo que as abelhas possam fazer a
manutenção das melgueiras.
Colheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do mel
Os favos de mel só deverão ser retirados para
centrifugar (Figura 15Figura 15Figura 15Figura 15Figura 15) quando estiverem
com mel plenamente maduro, com os alvéolos
do favo totalmente operculados.
É aceitável, entretanto, retirar favos
parcialmente operculados, desde que sejam
fechados em mais do que dois terços da área
total (mínimo de 70% da superfície do favo
esteja operculada) e que o restante esteja
plenamente maduro (o mel não pode pingar
nem escorrer do favo quando balançado
energicamente com a face para baixo).
Colheita:Colheita:Colheita:Colheita:Colheita:
Retire um por um os quadros da melgueira,
remova as abelhas aderentes e passe
imediatamente para dentro de uma melgueira
vazia e tampada (melgueira de transporte). A
melgueira que estava na colméia e ficou vazia,
poderá ser removida e usada para receber os
quadros da próxima colméia do apiário, ou
poderá ficar no lugar e ser preenchida por
outros caixilhos de melgueira com favos
vazios ou lâminas inteiras de cera alveolada.
Figura 15.Figura 15.Figura 15.Figura 15.Figura 15. Durante a colheita dos favos com mel operculado, as
abelhas aderentes ao mesmo são removidas de volta para a
colméia.
14 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
É fundamental, apenas, que a colméia não
fique sem melgueiras, caso a safra não tenha
chegado ao fim.
Antes de passar os quadros com mel para
melgueira de transporte, devolva à caixa as
abelhas dos favos, varrendo-as com um
espanador de folhas, ou com uma batida seca
e suave no quadro, sobre a colméia aberta.
No pico de safra, as colméias não podem ficar
sem melgueira após a colheita, mesmo que
seja por apenas uma ou duas noites. Faltará
espaço para processarem o néctar e
armazenarem o mel e será disparado o
instinto de enxameação.
A fumaça, que deve ser feita com material de
boa qualidade e usada com moderação, nunca
deve ser dirigida para o mel nos favos; além
da possibilidade de contaminação, impregna
seu mau cheiro no mel a ser colhido.
Extração:Extração:Extração:Extração:Extração:
A extração do mel deverá ser realizada em
local apropriado, em uma sala do mel ou casa
do mel, com todas as normas de higiene. Os
equipamentos e recipientes deverão ser bem
limpos e desinfetados.
Depois de removidos os opérculos dos
alvéolos, com o auxílio de garfos
desoperculadores ou facas especiais, os favos
deverão ser dispostos em máquina
centrifugadora para apicultura, onde o mel
será retirado (Figura 16Figura 16Figura 16Figura 16Figura 16).
Em seguida, deixar em decantadores por 2
dias ou mais, para que se processe a subida
das bolhas de ar, ceras e partículas menos
densas do que o mel, e a descida de
impurezas pesadas que porventura estejam
presentes.
A escolha das melhores embalagens,
adequadas ao porte de cada apicultor, bem
como da forma de identificação e rotulagem
para a comercialização, deverão ser
Figura 16.Figura 16.Figura 16.Figura 16.Figura 16. Pelo processo da centrifugação, o mel é extraído dos
favos previamente desoperculados.
considerados pelos apicultores como pontos
importantes para o bom escoamento de sua
produção.
O mel, (FIgura 17FIgura 17FIgura 17FIgura 17FIgura 17) que agora se apresenta
como produto final da apicultura sustentável,
está pronto para o consumo nas mesas
brasileiras, como precioso e nutritivo produto
das abelhas na agricultura familiar de base
ecológica.
15Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica
Exemplares desta edição podem ser adquiridos
na: Embrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperado
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impressão (2007): 100
PPPPPresidenteresidenteresidenteresidenteresidente: Walkyria Bueno Scivittaro
Secretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-Executivo: Joseane Mary L. Garcia
MembrosMembrosMembrosMembrosMembros: Cláudio Alberto Souza da Silva, Lígia
Margareth Cantarelli Pegoraro, Isabel Helena
Vernetti Azambuja, Luís Antônio Suita de Castro,
Sadi Macedo Sapper, Regina das Graças
Vasconcelos dos Santos
Supervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorial: Sadi Macedo Sapper
Revisão de textoRevisão de textoRevisão de textoRevisão de textoRevisão de texto: Sadi Macedo Sapper
Editoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônica: Oscar Castro
Fotos do trabalho: Luis Fernando Wolff
Comitê deComitê deComitê deComitê deComitê de
publicaçõespublicaçõespublicaçõespublicaçõespublicações
ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente
CircularCircularCircularCircularCircular
TTTTTécnica, 64écnica, 64écnica, 64écnica, 64écnica, 64
ReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasReferências
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Hemisferio Sur, 1979. Cap.16, p. 609-654.
EPAGRI. Normas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apicultura
orgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarina: produção e
processamento de mel. Florianópolis: Epagri,
2001. 22 p. (Epagri. Sistemas de Produção, 36).
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 177777..... Mel processado e embalado para comercialização
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v.13. p. 301-312, 2000.
WIESE, H. Novo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apicultura.
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Apicultura sustentável na propriedade familiar

  • 1. Pelotas, RSPelotas, RSPelotas, RSPelotas, RSPelotas, RS Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007Dezembro, 2007 6464646464 ISSN 1981-5999 AutorAutorAutorAutorAutor Luis FLuis FLuis FLuis FLuis Fernandoernandoernandoernandoernando WWWWWolfolfolfolfolffffff Eng. Agrôn., Mestre Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, (wolff@cpact.embrapa.br) Apicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na PropriedadeApicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base EcológicaFamiliar de Base Ecológica Ministério daMinistério daMinistério daMinistério daMinistério da Agricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, PecuáriaAgricultura, Pecuária e Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimentoe Abastecimento IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução Esta publicação tem o objetivo de orientar agricultores familiares, assentados da reforma agrária, apicultores de pequeno e médio porte, técnicos de Assistência Técnica, extensionistas rurais e demais agentes da cadeia produtiva do mel, sobre a aplicação das recomendações técnicas de caráter prático aplicáveis ao processo produtivo agropecuário, com respeito à apicultura sustentável integrada à propriedade familiar de base ecológica. ConceitoConceitoConceitoConceitoConceito Apicultura é a ciência que trata da criação e exploração racional das abelhas da espécie Apis mellifera, popularmente conhecidas como abelhas melíferas africanizadas, ou abelhas de ferrão.(Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1). Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1..... Durante sua visita às flores, as abelhas melíferas realizam a polinização. O conceito de apicultura sustentável está muito próximo daquele aplicado à apicultura orgânica, onde o manejo das colméias deve respeitar a natureza das abelhas, seus ciclos biológicos e sua capacidade de produzir alimentos naturais e saudáveis, que sejam fonte de saúde aos consumidores.
  • 2. 2 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. colméia Langstroth padrão, com fundo, ninho, melgueira e tampa. A saúde das abelhas está associada a múltiplos fatores, mas atuam diretamente sobre a sobrevivência e produtividade dos enxames: a genética das abelhas, a qualidade da alimentação disponível e o meio ambiente, onde se inclui o manejo praticado pelos apicultores. Para a produção de mel orgânico, uma série de preocupações deverão ser observadas e medidas deverão ser tomadas pelos apicultores, de forma a garantir a qualidade final do produto, isento de qualquer contaminante (HARKALY, 2000; EPAGRI, 2001). Neste sentido, o estabelecimento de normas de produção e equipamentos para a produção de mel orgânico e o estabelecimento de padrões de qualidade para os produtos das abelhas, possibilitam a certificação e rastreabilidade ao mel orgânico. Importância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura paraImportância da apicultura para a propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de basea propriedade familiar de base ecológicaecológicaecológicaecológicaecológica A apicultura é uma atividade indispensável para um sistema de agricultura familiar de base ecológica. A ação polinizadora das abelhas aumenta a produtividade das lavouras, pomares e pastagens nativas ou cultivadas. Na produção de sementes de hortaliças, contribuem na qualidade e quantidade das mesmas, pela garantia de fecundação cruzada com intensidade e eficiência. Em segundo lugar, as abelhas produzem, ainda, excelente alimento para o consumo da família. E propiciam nova fonte de renda, através da venda da produção excedente de mel, bem como de própolis, cera e outros produtos da colméia. ColméiasColméiasColméiasColméiasColméias Existem diversos modelos de colméias em uso na região Sul, como Schenk, Schirmer, Langstroth e Curtinaz, além de pequenas variantes deles (FEEBURG, 1989). Independentemente do tipo adotado, o apicultor deve padronizar seus apiários com apenas um modelo de colméia. O modelo de colméia mais utilizado no Brasil é o Langstroth (caixa “americana”) (Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2) que, pela padronização, além de favorecer a troca de materiais e de relatos sobre as práticas e procedimentos entre os apicultores, facilita o próprio manejo das colméias pelos apicultores, em função das dimensões dos quadros e peças da caixa e de certos detalhes construtivos da mesma (Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1).
  • 3. 3Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1..... Dimensões internas padronizadas da colméia modelo Langstroth: Indumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícolaIndumentária apícola O apicultor, como qualquer outro profissional, deve utilizar equipamentos de proteção individual como fator de segurança. O traje deve ser de tecido liso, de algodão ou outro material fino e fresco, e todo em cores clara, reduzindo a irritação e o instinto de defesa das abelhas. Os equipamentos de proteção são: macacão, jaleco ou máscara, luvas e botas. Equipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalhoEquipamentos básicos de trabalho Fumegador: é um aparelho próprio para produzir fumaça, com o qual, aplica-se a fumaça que irá controlar as abelhas (Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3). Formão do apicultor: é a ferramenta utilizada no adequado manuseio das colméias, para abrir a tampa, limpar, mover e sacar os quadros. Esse instrumento é ideal, também, para raspar e recolher o excesso de própolis das colméias. Alguns apicultores substituem o formão por um facão. O mesmo acaba servindo para limpar as ervas de maior porte ao redor das colméias e os galhos pelo caminho de acesso ao apiário. Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3. Apicultor aplicando fumaça no alvado com o fumegador, garantindo o manejo seguro e adequado das colméias. Peças móveis da caixa Comprimento (cm) Largura (cm) Altura (cm) ninho 46,5 37,0 24,0 quadros ninho 48,1 e 42,9 2,8 23,3 tampa 51,0 44,0 --- fundo 60,0 41,0 2,0 melgueira 46,5 37,0 14,5 quadros melgueira 48,1 e 42,9 2,8 13,8
  • 4. 4 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Localização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiárioLocalização do apiário Para que se possa instalar um apiário de forma produtiva e duradoura, deve-se observar a paisagem local e considerar alguns fatores que são primordiais na apicultura: - a flora apícola, ou seja, a diversidade de espécies vegetais que fornecem néctar e pólen; - a presença de água ao natural, que não seja contaminada nem estagnada (parada); - a proteção contra correntes de vento, que resfriam as colméias e desgastam as abelhas campeiras, exigindo delas demasiado esforço para voar; - a distância mínima de criações, casas, e locais públicos, sendo recomendável um mínimo de 400 a 500 metros para áreas de campo aberto e de 200 a 300 metros para áreas de mata; - o fácil acesso, em qualquer época do ano, de forma que o apicultor consiga cumprir a contento seu calendário apícola. A instalação preferencial das colméias deverá ser em locais onde possam receber o sol pela manhã e sombra no período da tarde. Não se deve extrapolar o número limite de colméias no apiário (WIESE, 1995). A quantidade de colméias deverá ser proporcional à capacidade melífera (fluxo de néctar) da localidade (micro-região) e à capacidade de trabalho dos apicultores, de forma que realizem todo o serviço no apiário sem muita demora, partindo para outro ponto da propriedade, para outro apiário. Posicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméiasPosicionamento das colméias Para se fazer uma boa apicultura, deve-se posicionar as colméias da seguinte forma: as entradas das caixas deverão estar voltadas para o leste ou norte, deixando o alvado (entrada) protegido dos ventos predominantes. Do contrário, os apicultores deverão providenciar uma barreira natural ou um quebra-ventos. As colméias deverão ser instaladas sobre cavaletes individuais a uma altura de 60 cm do solo para evitar a umidade e dificultar a predação por sapos, lagartos, tatus e outros animais. Deve ser mantida uma distância de 1 a 3 metros entre as colméias para evitar pilhagem entre enxames. Distâncias menores confundem as abelhas campeiras e estressam as abelhas guardiãs. Distâncias maiores reduzem a eficiência e agilidade no trabalho dos apicultores (Figura 4Figura 4Figura 4Figura 4Figura 4). Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4. Apiário bem localizado e colméias instaladas individualmente sobre cavaletes.
  • 5. 5Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Povoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméiasPovoamento das colméias Existem diferentes formas de povoar as colméias, dentre elas: Método das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar osMétodo das caixas-isca para capturar os enxames:enxames:enxames:enxames:enxames: a) preparar caixas de papelão ou de madeira que comportem 5 quadros de ninho providos de cera laminada com a largura do quadro, mas a altura de apenas 3 centímetros. (Figura 5Figura 5Figura 5Figura 5Figura 5). As colméias padrão, de madeira e com 10 quadros, também poderão ser utilizadas para capturar novos enxames. b) dispersar as caixas-isca pelos campos, clareiras ou bordas da matas, colocando-as sobre tocos ou penduradas a uma altura de 1,50 m do solo, onde serão facilmente encontradas pelas abelhas batedoras provenientes de enxames que estão programados para enxamear nos próximos dias. É recomendável revisar as caixas-isca a cada dez dias para recolher os enxames que nelas tenham entrado ou para limpar as mesmas de invasores indesejados. Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5. Preparo de caixas-isca, com incrustração de tiras de cera alveolada, para atrair enxameações. Além das tiras de cera alveolada, deve-se borrifar a caixa-isca por dentro com substâncias resinosas aromáticas, como extrato de própolis, chá de cidró, folhas de laranjeira, extrato de erva cidreira, favorecendo a atração de abelhas batedoras. Os enxames recém-capturados não deverão ser manipulados antes de 7 a 10 dias. Depois disso, na primeira revisão, os quadros com favo deverão ser arrumados no centro da caixa e a mesma será completada com quadros com lâminas inteiras de cera. Se necessário, os enxames fracos poderão ser alimentados. Enxames muito pequenos deverão ser preferentemente unidos com outros enxames fracos. Método para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames queMétodo para recolher enxames que estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores,estão alojados em ocos de árvores, cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais:cupinzeiros e outros locais: a) abrir o buraco até poder remover os favos, um a um (Figura 6Figura 6Figura 6Figura 6Figura 6). b) recortar os favos para encaixar nos quadros. Os favos adequadamente encaixados deverão ser amarrados aos quadros com fios de algodão ou atilhos de borracha. c) os favos deverão ser dispostos dentro do ninho de acordo com a sua posição original, mas as partes contendo mel não podem ser reaproveitadas. Deverão ser guardadas dentro de um balde e removidas para longe do apiário, aproveitando-se posteriormente o mel e a cera.
  • 6. 6 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Método de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames aindaMétodo de captura de enxames ainda pousados:pousados:pousados:pousados:pousados: Quando os enxames não estão fixos, ou seja, quando encontram-se pousados em algum galho, (Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7) é muito simples fazer sua transferência para um ninho. Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6. Remoção de enxame alojado em oco de árvore, corte e transferência dos favos para dentro de caixa com quadros, possibilitando manejos e produção de mel. Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7..... Enxame temporariamente pousado em galho de árvore, durante deslocamento enxameatório ou migratório. d) organizar o ninho, tampar a colméia e deixar no mesmo local até o enxame se reestruturar. e) transferir a colméia 7 ou 10 dias mais tarde, para junto das demais num apiário a mais de 2 km, sempre no período da noite. a) pegar um ninho com quadros que estão providos de tiras (cerca de 3 a 10 cm de altura) de cera alveolada; b) colocar sobre o ninho uma melgueira vazia para que as abelhas, ao serem derrubadas para dentro do ninho, não caiam para fora pelas laterais;
  • 7. 7Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica c) sacudir de forma enérgica e de uma só vez todas as abelhas para dentro do ninho. Em locais onde não seja possível sacudir as abelhas, deve-se usar um espanador e uma pá para recolher as abelhas. d) após as abelhas descerem para os quadros do ninho, retirar a melgueira, tampar o ninho e colocar uma tela excluidora no alvado para que a rainha não saia da colméia; e) de preferência, transferir a colméia para o apiário no período da noite. Apesar de simples, este método apresenta alto grau de rejeição pelas abelhas em enxameação, que, com freqüência, abandonam a nova moradia. Assim, a operação de captura deverá ser feita com o máximo de rapidez e eficiência. Além disso, os apicultores poderão usar o artifício do quadro com crias jovens (larvas), trazido de alguma outra colméia, e o da gaiola para rainhas, prendendo-a caso seja localizada. Manejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméiasManejo de colméias Os apicultores deverão visitar com certa frequência o apiário para avaliar as condições das colméias, tanto nos períodos de safra (visitas semanais) como de entressafra (visitas mensais). Durante a entressafra de inverno (junho, julho e agosto), deve-se: - retirar melgueiras e vedar frestas nas caixas; - reduzir a entrada da colméia usando um redutor de alvado; - fornecer alimentação de manutenção; - substituir o alimento de manutenção por alimentação estimulante, nas vésperas do início da primavera. Ao término do inverno, os apicultores deverão retirar os redutores de alvado e fazer uma revisão nos enxames, (Figura 8Figura 8Figura 8Figura 8Figura 8) com os objetivos de: avaliar a postura da rainha; - verificar os favos com cria nova para ver se há doenças; - substituir quadros com favos velhos e sem crias por quadros com lâminas inteiras de cera alveolada; - fazer o rodízio dos quadros de ninho e controlar a enxameaçã. Quando o enxame estiver suficientemente forte, ocupando com crias mais de 6 ou 7 quadros do ninho: - colocar a primeira melgueira; - colocar outras melgueiras, quando for o momento certo (2/3 da primeira melgueira já ocupados pelas abelhas e mel); - manejar melgueiras; - colher o mel. Planejar o trabalho antes de ir a campo. Conferir se todo o material está indo para o apiário. Identificar suas colméias e usar fichas ou caderneta de controle. Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8. Revisão e limpeza de colméias no início da safra: procedimento fundamental para garantir boa colheita.
  • 8. 8 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Alimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificialAlimentação artificial É necessário alimentar os enxames nas épocas de escassez de florada, principalmente durante o inverno. Colméias bem vedadas e um bom estoque de mel nos favos, ou o uso da alimentação artificial, podem garantir a sobrevivência dos enxames durante as entressafras mais rigorosas (FURGALA, 1979). Existem dois tipos bem distintos de alimentação artificial, que por sua vez são oferecidos aos enxames em épocas também distintas, pois têm objetivos diferentes. Alimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutençãoAlimentação artificial de manutenção: Serve para a subsistência dos enxames e é fornecida no início e durante os períodos de escassez de florada. Para estas épocas, os apicultores deverão deixar na colméia um equivalente a 2 a 4 quadros de mel, natural ou elaborado a partir de xaropes açucarados. A forma clássica de ministrar alimentação energética às colméias é através de xaropes açucarados, porém, há um risco muito grande de se induzir a rainha à postura fora de época. Para evitar este perigo, geralmente muito prejudicial ao enxame, os apicultores podem fornecer alimento na forma pastosa, (FiguraFiguraFiguraFiguraFigura 99999) cuja textura deve ser cremosa, homogênea e consistente, podendo ter função puramente energética ou energético-protéica. Exemplo: mel ou xarope misturado a açúcar até o ponto pastoso; fornecer 1 a 2 kg por colméia. Quando se pretende caracterizar o mel produzido nos apiários como oriundo de produção orgânica, nas alimentações artificiais os apicultores deverão usar exclusivamente mel próprio, açúcar mascavo ou mesmo branco, desde que de origem orgânica. Conservantes sintéticos são condenados na criação ecológica de abelhas e produção de mel orgânico. Figura 9.Figura 9.Figura 9.Figura 9.Figura 9. Alimentação artificial na forma pastosa: abastecendo alimentador tipo cocho. Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante:Alimentação artificial estimulante: Serve para induzir a rainha à postura e é usada no período que antecede a florada, cerca de 30 dias antes da floração local, sendo altamente favorável ao crescimento das colônias. O alimento mais recomendável é a pasta energético-protéica, colocada diretamente sobre os cabeçalhos dos quadros de cria, dentro de bolsas plásticas com pequenas perfurações. Entretanto, a alimentação estimulante mais comumente utilizada entre os apicultores é a líquida, fornecida em alimentadores instalados nos alvados das colméias. Exemplo: para o preparo do xarope, usar uma a duas partes de açúcar (de preferência
  • 9. 9Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica mascavo) para uma parte de água, misturados e aquecidos até levantar a fervura; aguardar esfriar para fornecer às abelhas. Oferecer de 500ml a 1000ml de alimento a cada 10 dias. Se as abelhas depositarem a alimentação nas áreas de postura da rainha, acrescentar mais um ninho ou suspender a alimentação. AlimentadoresAlimentadoresAlimentadoresAlimentadoresAlimentadores Existem vários modelos de alimentadores, tanto para o sistema da alimentação individual, quanto para o sistema coletivo. Os alimentadores coletivos são economicamente negativos para o apicultor (alimentam os enxames de toda a região, num raio de 2 a 4 quilômetros) e tecnicamente problemáticos (não funcionam em dias frios ou chuvosos, não favorecem enxames fracos e induzem pilhagem e lutas entre abelhas e enxames). Quanto aos modelos de alimentadores individuais, dar preferência aos alimentadores internos, do tipo bandeja (cobertura) ou cocho (Doolitle). Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados:Alimentadores recomendados: - bandeja: pode ser colocada entre o ninho e a melgueira ou no topo da colméia; - cocho (Doolitle): deve ser colocado próximo à área de cria, dentro do ninho (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 100000); - de alvado (Boardman): é acoplado ao alvado e o depósito de xarope é externo e móvel; - bolsa plástica: é colocada sobre os quadros do ninho, de onde o alimento é sugado por pequenos orifícios na face voltada para baixo. Reduzir os alvados e vedar as possíveis frestas de cada colméia. Revisar e fazer manutenção nos alimentadores (lavagem vigorosa) a cada reposição de alimento, para evitar o surgimento de fungos (mofo) e outros microorganismos. Não derramar alimentos pelo apiário, evitando pilhagem. Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 10.0.0.0.0. Alimentador tipo cocho sendo colocado na borda do ninho para acesso interno pelas abelhas durante a entressafra. EnxameaçãoEnxameaçãoEnxameaçãoEnxameaçãoEnxameação A enxameação é o fenômeno natural responsável pela reprodução dos enxames. A tendência à enxameação está diretamente relacionada à genética (africanização) e às condições ambientais (florada intensa e falta de espaço ou boas condições na moradia). É possível evitar a enxameação da seguinte forma: - limpar ou trocar as caixas no início da safra e fazer a seleção e rodízio dos favos do ninho; - substituir periodicamente a rainha antiga por uma nova, selecionada por produtividade e por resistência contra doenças; - localizar adequadamente o apiário e facilitar a ventilação interna nas colméias nos meses mais quentes do ano; - eliminar larvas e pupas de zangão e trocar os
  • 10. 10 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Multiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxamesMultiplicação de enxames Programar o procedimento de multiplicação de enxames para um dia ensolarado e quente, de preferência nos horários em que grande parte das campeiras estão no campo, entre as 9h e as15h, e no início ou plena safra. Providenciar um ninho vazio e colocar exatamente na posição da colméia doadora, que será deslocada 2 ou 3 passos para trás, de forma que as campeiras que regressam das Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 111111..... Limpeza do ninho e troca de quadros com favo velho por quadros com lâminas inteiras de cera alveolada. flores já entrem na caixa nova. Transferir para o ninho novo 4 a 5 quadros que contenham postura, (Figura 12Figura 12Figura 12Figura 12Figura 12) crias novas, mel, pólen e abelhas aderentes aos favos. Cuidar para não transferir a rainha. Preencher o restante dos espaços com quadros providos de lâminas inteiras de cera alveolada, tanto na colméia receptora quanto na doadora. Figura 12.Figura 12.Figura 12.Figura 12.Figura 12. Favo com crias em diferentes estágios de desenvolvimento: as áreas escuras apresentam alvéolos com ovos e larvas, as áreas claras apresentam alvéolos operculados e com pupas no interior. quadros com favos velhos por quadros preenchidos com lâminas inteiras de cera alveolada (Figura1Figura1Figura1Figura1Figura111111); -eliminar realeiras de enxameação (posicionadas nas bordas dos favos); - aumentar o espaço físico para depósito de mel, com o acréscimo de melgueiras. Os quadros com cera alveolada não deverão ser colocados inicialmente no centro da área de crias do enxame, mas sim nas bordas da mesma, após os favos com cria mais externos do ninho, para não dividir a esfera de crias.
  • 11. 11Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Instalar a colméia doadora em outro ponto do apiário, ou transferi-la para outro apiário distante. As abelhas que estão no campo irão fortalecer a colméia receptora. A colméia receptora irá construir realeiras de substituição (posicionadas no meio dos alvéolos de crias, a partir de larvas que iriam originar operárias), e irá gerar uma rainha nova. Após 7 a 10 dias, os apicultores deverão revisar ambas as colméias, para identificar a presença de uma rainha na colméia receptora e para observar o desenvolvimento da postura na colméia doadora, fazendo o adequado rodízio dos favos de ninho na mesma. União de enxamesUnião de enxamesUnião de enxamesUnião de enxamesUnião de enxames A produção de mel está diretamente relacionada com a população de abelhas adultas de uma colméia. Um enxame grande produz mais do que três enxames pequenos. Por esse motivo devemos unir os enxames fracos da seguinte forma: - selecionar o melhor dos dois enxames fracos a serem unidos (aquele ligeiramente mais forte do que o outro, com maior número de favos com crias); - remover a tampa e cobrir o ninho da colméia selecionada com uma folha de papel jornal; - aplicar mel sobre esta folha e cobrir com outra folha de jornal; - retirar o fundo da colméia não selecionada (aquela ligeiramente mais fraca do que a primeira) e colocá-la sobre as folhas; - manter o alvado reduzido por alguns dias. Conseqüentemente, as abelhas de ambos os enxames irão roer o papel vagarosamente. Nesse processo, os feromônios dos enxames começarão a se mesclar. As rainhas irão brigar até a morte de uma delas, passando a vitoriosa a atuar sobre as duas populações. A seleção prévia da melhor rainha pelos apicultores, com a eliminação, alguns momentos antes da união, da rainha Figura 13.Figura 13.Figura 13.Figura 13.Figura 13. Favo velho, com cera escurecida e alvéolos reduzidos em diâmetro, após sucessivas gerações de cria em seu interior: deve ser substituído. considerada inferior, também é um procedimento usual. Entretanto, a seleção e eliminação prévia de uma das rainhas pelo apicultor não garante que a restante seja a mais apta, forte, produtiva, bem fecundada e alimentada dos dois enxames. Além de aumentar o trabalho e exigir muita experiência e responsabilidade por parte dos apicultores, acrescenta-se o maior estresse e risco de morte da única rainha do novo enxame. Neste
  • 12. 12 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica sentido, é possível, após a seleção visual e de produtividade, guardar viva a rainha a ser eliminada, mantendo-a temporariamente presa em uma gaiola especial até confirmar o êxito da união dos enxames. Fazer as uniões ao entardecer e usar colméias padronizadas, com fundo solto, para permitir tal procedimento de união. Ambas as colméias deverão estar a 2 metros, ou menos, uma da outra; do contrário, as abelhas campeiras de uma delas (a que foi deslocada para cima da outra) irão se perder na rua, no local em que estava originalmente sua caixa. Na revisão seguinte, que deve ser alguns poucos dias depois (3 a 7 dias), os apicultores deverão remover os favos prejudiciais ao crescimento do enxame, ou seja, os favos que não estejam com cria de operária (Figura 13Figura 13Figura 13Figura 13Figura 13) ou com espaço disponível para a postura pela rainha, mantendo todos aqueles com crias e escolhendo, dentre os restantes, os mais novos, bem construídos e com alvéolos desimpedidos. Manejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueirasManejo de melgueiras As melgueiras ou sobre-caixas são destinadas a armazenar o mel excedente produzido pela colméia. Nas épocas de produção de mel, o que na metade sul do Rio Grande do Sul se estende de outubro a maio, conforme o micro-clima e espécies botânicas locais, a colméia deverá estar com uma ou mais melgueiras, atendendo a necessidade de crescimento de cada enxame. ManejoManejoManejoManejoManejo: - colocar melgueiras repletas de quadros com favos bons ou com lâminas inteiras de cera alveolada (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 144444); - mais adiante na safra, ao acrescentar as demais melgueiras vazias (quando 2/3 dos favos da primeira melgueira estiverem ocupados por abelhas e mel), as mesmas poderão ser colocadas entre o ninho e a primeira melgueira ou diretamente sobre a primeira, sem perda em produtividade ou tempo de preenchimento, desde que alguns favos com mel da primeira melgueira sejam colocados no centro da segunda e terceira melgueiras, atuando como atrativos às abelhas caseiras que estão no serviço de desidratação e redistribuição do néctar e do mel pelos espaços construídos. Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 14.4.4.4.4. o momento da colocação da primeira melgueira é o mais crítico e exige um bom preparo inicial da colônia pelos apicultores.
  • 13. 13Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Depois de desenvolvido o ninho e colocada a primeira melgueira, o número de novas melgueiras variará de acordo com a população da colméia, sua demanda por espaço e a intensidade da florada. Não se deve demorar para colher o mel maduro, podendo ser retirado várias vezes durante cada safra, pois há o risco de perder a produção por tombamento da caixa ou roubo, ou pela cristalização do mel nos favos. Na safra de outono, com a queda de temperatura e a aproximação do inverno, o número de melgueiras disponíveis deverá ser o mais reduzido possível e as colheitas deverão ser freqüentes. No final da safra, com a entrada do inverno, todas as melgueiras vazias deverão ser retiradas das colméias. Os apicultores poderão deixar melgueiras durante o inverno sobre as caixas apenas quando colocarem uma tampa interna (entre- tampa) entre o ninho e as melgueiras. A entre- tampa possui uma ou mais aberturas centrais, permitindo que as abelhas possam fazer a manutenção das melgueiras. Colheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do melColheita e extração do mel Os favos de mel só deverão ser retirados para centrifugar (Figura 15Figura 15Figura 15Figura 15Figura 15) quando estiverem com mel plenamente maduro, com os alvéolos do favo totalmente operculados. É aceitável, entretanto, retirar favos parcialmente operculados, desde que sejam fechados em mais do que dois terços da área total (mínimo de 70% da superfície do favo esteja operculada) e que o restante esteja plenamente maduro (o mel não pode pingar nem escorrer do favo quando balançado energicamente com a face para baixo). Colheita:Colheita:Colheita:Colheita:Colheita: Retire um por um os quadros da melgueira, remova as abelhas aderentes e passe imediatamente para dentro de uma melgueira vazia e tampada (melgueira de transporte). A melgueira que estava na colméia e ficou vazia, poderá ser removida e usada para receber os quadros da próxima colméia do apiário, ou poderá ficar no lugar e ser preenchida por outros caixilhos de melgueira com favos vazios ou lâminas inteiras de cera alveolada. Figura 15.Figura 15.Figura 15.Figura 15.Figura 15. Durante a colheita dos favos com mel operculado, as abelhas aderentes ao mesmo são removidas de volta para a colméia.
  • 14. 14 Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica É fundamental, apenas, que a colméia não fique sem melgueiras, caso a safra não tenha chegado ao fim. Antes de passar os quadros com mel para melgueira de transporte, devolva à caixa as abelhas dos favos, varrendo-as com um espanador de folhas, ou com uma batida seca e suave no quadro, sobre a colméia aberta. No pico de safra, as colméias não podem ficar sem melgueira após a colheita, mesmo que seja por apenas uma ou duas noites. Faltará espaço para processarem o néctar e armazenarem o mel e será disparado o instinto de enxameação. A fumaça, que deve ser feita com material de boa qualidade e usada com moderação, nunca deve ser dirigida para o mel nos favos; além da possibilidade de contaminação, impregna seu mau cheiro no mel a ser colhido. Extração:Extração:Extração:Extração:Extração: A extração do mel deverá ser realizada em local apropriado, em uma sala do mel ou casa do mel, com todas as normas de higiene. Os equipamentos e recipientes deverão ser bem limpos e desinfetados. Depois de removidos os opérculos dos alvéolos, com o auxílio de garfos desoperculadores ou facas especiais, os favos deverão ser dispostos em máquina centrifugadora para apicultura, onde o mel será retirado (Figura 16Figura 16Figura 16Figura 16Figura 16). Em seguida, deixar em decantadores por 2 dias ou mais, para que se processe a subida das bolhas de ar, ceras e partículas menos densas do que o mel, e a descida de impurezas pesadas que porventura estejam presentes. A escolha das melhores embalagens, adequadas ao porte de cada apicultor, bem como da forma de identificação e rotulagem para a comercialização, deverão ser Figura 16.Figura 16.Figura 16.Figura 16.Figura 16. Pelo processo da centrifugação, o mel é extraído dos favos previamente desoperculados. considerados pelos apicultores como pontos importantes para o bom escoamento de sua produção. O mel, (FIgura 17FIgura 17FIgura 17FIgura 17FIgura 17) que agora se apresenta como produto final da apicultura sustentável, está pronto para o consumo nas mesas brasileiras, como precioso e nutritivo produto das abelhas na agricultura familiar de base ecológica.
  • 15. 15Apicultura Sustentável na Propriedade Familiar de Base Ecológica Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa ClimaEmbrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperado EndereçoEndereçoEndereçoEndereçoEndereço: BR 392, Km 78, Caixa Postal 403 Pelotas, RS - CEP 96001-970 FoneFoneFoneFoneFone: (0xx53) 3275-8100 FaxFaxFaxFaxFax: (0xx53) 3275-8221 E-mailE-mailE-mailE-mailE-mail: www.cpact.embrapa.br site@cpact.embrapa.br 11111aaaaa ediçãoediçãoediçãoediçãoedição 1a impressão (2007): 100 PPPPPresidenteresidenteresidenteresidenteresidente: Walkyria Bueno Scivittaro Secretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-ExecutivoSecretário-Executivo: Joseane Mary L. Garcia MembrosMembrosMembrosMembrosMembros: Cláudio Alberto Souza da Silva, Lígia Margareth Cantarelli Pegoraro, Isabel Helena Vernetti Azambuja, Luís Antônio Suita de Castro, Sadi Macedo Sapper, Regina das Graças Vasconcelos dos Santos Supervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorialSupervisor editorial: Sadi Macedo Sapper Revisão de textoRevisão de textoRevisão de textoRevisão de textoRevisão de texto: Sadi Macedo Sapper Editoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônicaEditoração eletrônica: Oscar Castro Fotos do trabalho: Luis Fernando Wolff Comitê deComitê deComitê deComitê deComitê de publicaçõespublicaçõespublicaçõespublicaçõespublicações ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente CircularCircularCircularCircularCircular TTTTTécnica, 64écnica, 64écnica, 64écnica, 64écnica, 64 ReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasReferências CAMARGO, R.C.R.; PEREIRA, F.M.; LOPES, M.T.R. PPPPProdução de melrodução de melrodução de melrodução de melrodução de mel. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2002. 138 p. (Embrapa Meio- Norte. Sistemas de Produção, 3). FURGALA, P.C. Manejo otonal e invernada de colonias productivas. In: DADANT, C. et al. LaLaLaLaLa colmena y la abeja meliferacolmena y la abeja meliferacolmena y la abeja meliferacolmena y la abeja meliferacolmena y la abeja melifera. Montevidéu, Hemisferio Sur, 1979. Cap.16, p. 609-654. EPAGRI. Normas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apiculturaNormas técnicas para apicultura orgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarinaorgânica em Santa Catarina: produção e processamento de mel. Florianópolis: Epagri, 2001. 22 p. (Epagri. Sistemas de Produção, 36). Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 177777..... Mel processado e embalado para comercialização direta ao consumidor. FEEBURG, J.B. TTTTTécnica e prática deécnica e prática deécnica e prática deécnica e prática deécnica e prática de apiculturaapiculturaapiculturaapiculturaapicultura. Porto Alegre: Casa da Abelha, 1989. 144 p. HARKALY, A. Mel e produtos apícolas orgânicos no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA, 13., 2000, Florianópolis. Anais...Anais...Anais...Anais...Anais... Florianópolis: Confederação Brasileira de Apicultura, 2000. v.13. p. 301-312, 2000. WIESE, H. Novo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apiculturaNovo manual de apicultura. Guaíba: Agropecuária, 1995. 292 p.