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Mulher Rural Angolana: O novo desafio do Estado Angolano
02/07/14
Jonísio C. Salomão1
kams_9@hotmail.com
O governo Angolano deu início a um programa de auscultação a
Mulher Rural Angolana, o mesmo possui como objectivo identificar os
principais problemas com que se depara a Mulher Angolana no Campo.
As questões relacionadas com a Mulher Rural em Angola datam
desde a muito tempo, com o eclodir do conflito armado que o país viveu
durante quase três décadas, grande parte dos campos que eram
mormente utilizados para o cultivo e a produção dos principais produtos
de subsistência acabaram por ser minados, outrossim o conflito originou
êxodo rural da população, que acabaram por se instalar nos grandes
centros urbanos.
Tal como referenciou Jensen e Pestana (2010:6)2
, “A pobreza é
generalizada em Angola e foi agravada pelo prolongado período de
guerra civil o que veio a ter sérias consequências humanitárias. A guerra
deslocou cerca de 4,5 milhões de pessoas que abandonaram as suas
comunidades para se refugiarem nos maiores centros urbanos do país ou
em países vizinhos. Isto deixou despovoadas largas áreas rurais e deu
origem à criação de musseques e bairros peri-urbanos densamente
povoados, em particular à volta da capital, Luanda”.
	
  
Altuna (1993: 165) 3
, considera que “a mulher é a agricultora-mãe-
esposa-dona de casa-doadora de sangue-linhagem”.
A mulher rural em Angola desempenha um papel fundamental no
seio familiar, sendo a principal dinamizadora e provedora dos principais
alimentos de sustento, e a fomentadora da educação dos filhos, cabendo
ainda as responsabilidades acrescidas de ter que cuidar da saúde em
localidades aonde os serviços medico-sanitários são diminutos ou não
existem.	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 Mestre em Administração de Empresas; Consultor Empresarial e Técnico Oficial de Contas.
2
Relatório publicado pela Chr Michelsen Institute (CMI), centro independente de pesquisa em
desenvolvimento internacional e políticas públicas com foco em países pobres.
3
ALTUNA, Raul de Asúa, 1993: Cultura Tradicional Banto, Luanda: Secretariado Arquidiocesano de
Pastoral.
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Principais características do meio Rural em Angola
	
  
	
  
As características da Mulher Rural estão intrinsecamente
relacionadas com as principais características do meio aonde ela vive,
sendo os mais referenciados os seguintes:
• Inexistência ou deficiência dos principais serviços Básicos (educação,
saúde);
• Inexistência ou deficiência no fornecimento de Água e Energia
Électrica;
• Estilo de vida modesto ou simples;
• Principais meios de trabalhos obsoletos e tradicionais;
• Desconcentração populacional, principalmente constituído por: pai,
mãe e filhos;
• Agricultura de subsistência;
• Pastorícia uma das principais actividades;
• Casamento jovem por parte das raparigas;
O Instituto Nacional de Estatística (INE, 2013)4
, classifica como meio,
toda a parte do território Nacional que não é incluída na classificação
Urbana5
.
	
  
Pobreza no Meio Rural
	
  
	
  
De acordo o referido relatório (ibid.), a pobreza tem uma incidência
maior na área rural (58%) comparativamente com a área Urbana (19%), ou
seja, é três vezes mais alto, sendo que, também existe uma concentração
desproporcional da população (45%/) e cerca de 72% desta população é
pobre, ou seja, em cada 100 habitantes que vivem na área rural 72 são
pobres. Como geralmente a mulher apresenta –se em número considerável
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
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Inquérito sobre o Bem – Estar da População Angolana, 2013.
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  A área constituída pelas cidades das capitais de província, sedes dos municípios e algumas vilas
considera das como cidades. Para além daquelas, serão também consideradas como áreas urbanas
as aglomerações com 2000 ou mais habitantes que possuam infra-estruturas básicas (escolas,
estradas, posto médico, etc.).
  3	
  
no meio rural, logo a maior camada da população que sente a pobreza é a
mulher (50%) metade das mulheres da zona rural é pobre.
O conceito de pobreza apresentado pelo Banco Mundial, considera
pobreza extrema as pessoas que vivem com um rendimento per capita dia
inferior a um dólar.
A pobreza no meio rural agrava –se pelo facto do agregado familiar
apresentar –se em número considerável, pois a proporção com cinco ou
mais pessoas é significativamente mais alto entre os pobres do que não
pobres. (70% e 48%, respectivamente), e pelo facto da informação sobre os
métodos anticonceptivos não conhecerem uma ampla difusão no meio
rural.
Com os factores acima referenciados, podemos referir que, grande
parte da mulher rural é pobre pois não possui fontes de geração de renda
e ademais grande parte dela tem uma forte dependência dos chefe de
família.
Outros Indicadores Sociais
Saúde
Com ausência dos principais cuidados médicos a taxa de
mortalidade no meio rural apresenta –se alta comparativamente no meio
urbano. Outrossim é o facto de que existe maior probabilidade de morte
das crianças pobres no meio rural do que as não pobres.
Durante o 12 meses de vida em cada 1000 crianças que nascem no
meio rural cerca de 129 acabam por morrer. (INE, 2013:59).
	
  
Água
	
  
	
  
No meio rural as principais fontes de abastecimento de água são as
águas superficiais, cacimbas e chafarizes públicos, chegando a existir
localidades aonde a população tem de percorrer quilómetros a procura do
precioso liquido. Grande parte da água distribuída no meio rural não é
tratada. (INE, 2013:48).
  4	
  
Saneamento
O saneamento é deficitário no meio rural, as possibilidades de terem
acesso a um saneamento digno é diminuta em cerca de 72% da
população, o principal meio utilizado é a latrina seca, chegando o ar livre a
constituir em grande do saneamento para a população rural.
Educação
A educação é um outro calcanhar de aquiles, pois a elevada taxa de
analfabetismo do meio rural (60%), tem contribuído para a redução da taxa
liquida de frequência na escola primaria sobretudo. Quando a mãe não
possui nenhum nível de instrução a taxa liquida de frequência tende a ser
mais alta comparativamente com mãe possui algum nível de instrução (50
e 86% respectivamente).
	
  
CONCLUSÃO
De forma concludente, podemos salientar que os desafios do estado
Angolano no que tange a Mulher Rural Angolana é um passo fundamental
para ajudar a reduzir a pobreza extrema que se apresenta com indicadores
elevados no meio rural.
A carência dos principais serviços básicos constituem um outro pilar
desta empreitada, visto que não podemos falar de pobreza somente
reduzindo as questões que estão intrinsecamente relacionadas com a
geração de renda, mais também agregar as questões básicas como: água,
saúde educação, saneamento básico que igualmente ainda são acentuados
no meio rural devido sobre tudo ao modo de vida da população.
Logo, sendo a Mulher rural a principal geradora e a quem recai
sobretudo o sustento dos seus filhos é imperioso dota – lá de ferramentas e
meios que ajudem em grande parte a reduzir as principais necessidades
com as quais ela se depara no seu dia –dia. Surge desta forma o Estado que
tem um certo grau de responsabilidade quando os assuntos estão
relacionados com as suas principais funções, sendo desta forma um desafio
que se julga imperioso vencer.

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Mulher Rural Angolana o novo desafio do Executivo Angolano

  • 1.   1   Mulher Rural Angolana: O novo desafio do Estado Angolano 02/07/14 Jonísio C. Salomão1 kams_9@hotmail.com O governo Angolano deu início a um programa de auscultação a Mulher Rural Angolana, o mesmo possui como objectivo identificar os principais problemas com que se depara a Mulher Angolana no Campo. As questões relacionadas com a Mulher Rural em Angola datam desde a muito tempo, com o eclodir do conflito armado que o país viveu durante quase três décadas, grande parte dos campos que eram mormente utilizados para o cultivo e a produção dos principais produtos de subsistência acabaram por ser minados, outrossim o conflito originou êxodo rural da população, que acabaram por se instalar nos grandes centros urbanos. Tal como referenciou Jensen e Pestana (2010:6)2 , “A pobreza é generalizada em Angola e foi agravada pelo prolongado período de guerra civil o que veio a ter sérias consequências humanitárias. A guerra deslocou cerca de 4,5 milhões de pessoas que abandonaram as suas comunidades para se refugiarem nos maiores centros urbanos do país ou em países vizinhos. Isto deixou despovoadas largas áreas rurais e deu origem à criação de musseques e bairros peri-urbanos densamente povoados, em particular à volta da capital, Luanda”.   Altuna (1993: 165) 3 , considera que “a mulher é a agricultora-mãe- esposa-dona de casa-doadora de sangue-linhagem”. A mulher rural em Angola desempenha um papel fundamental no seio familiar, sendo a principal dinamizadora e provedora dos principais alimentos de sustento, e a fomentadora da educação dos filhos, cabendo ainda as responsabilidades acrescidas de ter que cuidar da saúde em localidades aonde os serviços medico-sanitários são diminutos ou não existem.                                                                                                                   1 Mestre em Administração de Empresas; Consultor Empresarial e Técnico Oficial de Contas. 2 Relatório publicado pela Chr Michelsen Institute (CMI), centro independente de pesquisa em desenvolvimento internacional e políticas públicas com foco em países pobres. 3 ALTUNA, Raul de Asúa, 1993: Cultura Tradicional Banto, Luanda: Secretariado Arquidiocesano de Pastoral.
  • 2.   2   Principais características do meio Rural em Angola     As características da Mulher Rural estão intrinsecamente relacionadas com as principais características do meio aonde ela vive, sendo os mais referenciados os seguintes: • Inexistência ou deficiência dos principais serviços Básicos (educação, saúde); • Inexistência ou deficiência no fornecimento de Água e Energia Électrica; • Estilo de vida modesto ou simples; • Principais meios de trabalhos obsoletos e tradicionais; • Desconcentração populacional, principalmente constituído por: pai, mãe e filhos; • Agricultura de subsistência; • Pastorícia uma das principais actividades; • Casamento jovem por parte das raparigas; O Instituto Nacional de Estatística (INE, 2013)4 , classifica como meio, toda a parte do território Nacional que não é incluída na classificação Urbana5 .   Pobreza no Meio Rural     De acordo o referido relatório (ibid.), a pobreza tem uma incidência maior na área rural (58%) comparativamente com a área Urbana (19%), ou seja, é três vezes mais alto, sendo que, também existe uma concentração desproporcional da população (45%/) e cerca de 72% desta população é pobre, ou seja, em cada 100 habitantes que vivem na área rural 72 são pobres. Como geralmente a mulher apresenta –se em número considerável                                                                                                                 4 Inquérito sobre o Bem – Estar da População Angolana, 2013. 5  A área constituída pelas cidades das capitais de província, sedes dos municípios e algumas vilas considera das como cidades. Para além daquelas, serão também consideradas como áreas urbanas as aglomerações com 2000 ou mais habitantes que possuam infra-estruturas básicas (escolas, estradas, posto médico, etc.).
  • 3.   3   no meio rural, logo a maior camada da população que sente a pobreza é a mulher (50%) metade das mulheres da zona rural é pobre. O conceito de pobreza apresentado pelo Banco Mundial, considera pobreza extrema as pessoas que vivem com um rendimento per capita dia inferior a um dólar. A pobreza no meio rural agrava –se pelo facto do agregado familiar apresentar –se em número considerável, pois a proporção com cinco ou mais pessoas é significativamente mais alto entre os pobres do que não pobres. (70% e 48%, respectivamente), e pelo facto da informação sobre os métodos anticonceptivos não conhecerem uma ampla difusão no meio rural. Com os factores acima referenciados, podemos referir que, grande parte da mulher rural é pobre pois não possui fontes de geração de renda e ademais grande parte dela tem uma forte dependência dos chefe de família. Outros Indicadores Sociais Saúde Com ausência dos principais cuidados médicos a taxa de mortalidade no meio rural apresenta –se alta comparativamente no meio urbano. Outrossim é o facto de que existe maior probabilidade de morte das crianças pobres no meio rural do que as não pobres. Durante o 12 meses de vida em cada 1000 crianças que nascem no meio rural cerca de 129 acabam por morrer. (INE, 2013:59).   Água     No meio rural as principais fontes de abastecimento de água são as águas superficiais, cacimbas e chafarizes públicos, chegando a existir localidades aonde a população tem de percorrer quilómetros a procura do precioso liquido. Grande parte da água distribuída no meio rural não é tratada. (INE, 2013:48).
  • 4.   4   Saneamento O saneamento é deficitário no meio rural, as possibilidades de terem acesso a um saneamento digno é diminuta em cerca de 72% da população, o principal meio utilizado é a latrina seca, chegando o ar livre a constituir em grande do saneamento para a população rural. Educação A educação é um outro calcanhar de aquiles, pois a elevada taxa de analfabetismo do meio rural (60%), tem contribuído para a redução da taxa liquida de frequência na escola primaria sobretudo. Quando a mãe não possui nenhum nível de instrução a taxa liquida de frequência tende a ser mais alta comparativamente com mãe possui algum nível de instrução (50 e 86% respectivamente).   CONCLUSÃO De forma concludente, podemos salientar que os desafios do estado Angolano no que tange a Mulher Rural Angolana é um passo fundamental para ajudar a reduzir a pobreza extrema que se apresenta com indicadores elevados no meio rural. A carência dos principais serviços básicos constituem um outro pilar desta empreitada, visto que não podemos falar de pobreza somente reduzindo as questões que estão intrinsecamente relacionadas com a geração de renda, mais também agregar as questões básicas como: água, saúde educação, saneamento básico que igualmente ainda são acentuados no meio rural devido sobre tudo ao modo de vida da população. Logo, sendo a Mulher rural a principal geradora e a quem recai sobretudo o sustento dos seus filhos é imperioso dota – lá de ferramentas e meios que ajudem em grande parte a reduzir as principais necessidades com as quais ela se depara no seu dia –dia. Surge desta forma o Estado que tem um certo grau de responsabilidade quando os assuntos estão relacionados com as suas principais funções, sendo desta forma um desafio que se julga imperioso vencer.