O documento discute a importância do planejamento para a Pastoral da Comunicação nas dioceses e paróquias. Em três frases ou menos: O documento explica o que é planejamento, os tipos de planejamento, e enfatiza a necessidade de um planejamento integrado e participativo da Pastoral da Comunicação nas dioceses e paróquias que inclua diagnóstico, objetivos, estratégias e ações concretas como formação e presença nos meios de comunicação.

1. 3º encontro diocesano da PASCOM
Guaraçaí – 06/05/2012
Diocese de Araçatuba
PLANEJAMENTO DA
PASTORAL DA
COMUNICAÇÃO
Estudos da CNBB 101: “A
comunicação na vida e missão
da Igreja no Brasil”, capítulo IX

2. O que é planejar?
 A minha comunidade não tem um salão paroquial,
mas deseja construí-lo em breve. O que ela
precisa fazer? Como é que ela vai tornar esse
sonho realidade?
 Pensando numa comunicação eficiente e
eficaz, que de fato evangelize, anime e
dinamize a minha comunidade, o que é
preciso fazer? Como? Quem? Quando?

3. O que é planejar?
 "se você não sabe onde pretende chegar, qualquer
caminho serve.“ (provérbio chinês)
 "O planejamento não diz respeito a decisões futuras,
mas às implicações futuras de decisões presentes“
(PETER DRUCKER - teórico da moderna administração)
 Envolve desde os “projetos” mais simples até os mais
complexos. A qualidade do plano interfere na
qualidade do resultado.

4. Capítulo IX:
Planejamento da
Pastoral da
Comunicação

5. Planejamento, o que
é isso? (180)
 processo sistematizado;
 Visa dar maior eficiência a uma atividade,
superar uma necessidade;
 Objetiva alcançar metas ou conjuntos de metas
estabelecidos;
 Num prazo adequado (maior ou menor),
levando-se em conta possibilidades,
limitações, cenários;
 compreende um conjunto de fases articuladas,
interdependentes.

6. Tipos de planejamento (180)
PLANEJAMENTO
ASCENDENTE
 “de baixo para cima”
 Ação descentralizada, mas
coordenada.
PLANEJAMENTO  Parte-se da consulta à comunidade,
DESCENDENTE prima pelo diálogo na definição das
 “de cima para baixo” metas, dos prazos e também do
 Ação centralizada orçamento.
 Uma pessoa ou um grupo
de líderes define as metas,
a execução, os prazos, o
orçamento, e fiscaliza a
realização do plano.

7. ÂMBITOS DE RESPONSABILIDADE (181)
 QUEM será responsável pela elaboração do
planejamento? Um indivíduo (ouvindo a
comunidade) ou um grupo de indivíduos
(representando a comunidade)?
 Na igreja, o bispo, o padre e o(a)
coordenador(a) da pastoral são líderes
imediatos, que, necessariamente, devem
participar do processo.
 Recomenda-se, no planejamento da pastoral,
esse trabalho em estreita sintonia com esses
líderes.
 Que o processo seja participativo.

8.  Requer não só conhecer as realidade e
carências da comunidade, para conhecer as suas
prioridades.
 Em se tratando de Pastoral da Comunicação, há
campos diversos: cultural, organizacional,
comunitário, catequético, celebrativo, midiático,
educativo, educomunicacional...
 É uma escolha fundamental... facilita definir o que
fazer e quem pode colaborar na execução das
ações planejadas (assessoria especializada).
ESCOLHA DO CAMPO
(182)

9. DEFINIR A ABRANGÊNCIA
DO PLANEJAMENTO (183)
 um planejamento padrão é constituído por elementos
que se relacionam de forma hierárquica, mas
interdependentes, que se distinguem pela extensão e
abrangência de suas ações...
 PLANO: grandes metas, em longo prazo
 PROGRAMAS: aspectos diferentes do PLANO, em
médio prazo;
 PROJETOS com objetivos específicos, em curto prazo.
 Um PLANO, vários PROGRAMAS, diversos PROJETOS.

10. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE E
ESTUDO DA VIABILIDADE (184)
 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE é pressuposto para a elaboração
de planos, programas e projetos.
 permite conhecer a realidade que o PLANO, os PROGRAMAS e
PROJETOS pretendem transformar;
 ajuda a identificar os problemas e suas causas, bem como
estabelecer a ordem das prioridades;
 o que precisa ser “atacado” de imediato e o que deve ser
trabalhado com mais vagar;
 desse modo, todo plano-programa-projeto torna-se uma
resposta às necessidades reais então existentes.

11. PLANO OPERATIVO
(185)
 Plano pastoral aprovado... É hora de executá-lo...
 A execução requer acompanhamento atento, permanente,
a partir dos aspectos técnicos e administrativos,
especialmente financeiro.
 PLANO OPERATIVO, em síntese, é a “leitura” do plano-
programa(s)-projeto(s) a partir das recursos orçamentários
disponíveis.

12. PLANEJAMENTO NA PERSPECTIVA
ORGANIZACIONAL (186)
 Nem sempre a Igreja se preocupou com a organização
de sua atividade pastoral...
 A Instrução Pastoral AETATIS NOVAE (do Pontifício
Conselho para as Comunicações Sociais, 1992),
ensina que o trabalho pastoral também deve ser
organizado, planejado e bem executado...
 Pensar os OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS e TÁTICAS...
 Essa é a orientação do Magistério da Igreja :
organizar melhor o trabalho para obter resultados
melhores...

13. PENSAR
ESTRATEGICAMENTE
(187)
 “planejamento estratégico”: método originário da atual
administração empresarial e baseia-se numa visão de médio e
longo prazos, mas o foco é atingir o OBJETIVO definido.
 Sem planejamento eficiente não há eficácia nos resultados...
 Avaliar, estabelecer os objetivos e metas, com clareza e
precisão, tendo em vista os recursos materiais e humanos
existentes.

14. PLANEJAMENTO
INTEGRADO (188)
 A Instrução Pastoral AETATIS NOVAE (1992), sugere: “cada
Conferência episcopal e cada diocese elaborem um planejamento
pastoral completo de comunicação”.
 E ajusta o foco: que a ótica da comunicação perpasse toda a ação
evangelizadora da igreja.
 O objetivo principal do plano pastoral passa a ser a mudança de
mentalidade de todos os membros da comunidade para assumir a
‘cultura midiática’.
 Mais que usar as “novas ferramentas”, deseja-se uma comunidade
comunicadora.

15. Visando a unidade eclesial nessa “nova cultura” algumas ações
devem ser programadas na gestão dos processos, tais como:
 Estabelecer um programa de formação de lideranças pastorais para
compreender o fenômeno da cultura da comunicação; conhecer as novas
linguagens e mídias, bem como as mudanças e implicações na vida das
pessoas e no anúncio do Evangelho;
 Conhecer e estudar os documentos oficiais da igreja sobre comunicação e
cultura;
 Favorecer a compreensão do significado da nova cultura da comunicação e
do seu impacto e influência no desenvolvimento dos povos e das culturas,
inclusive na percepção da fé;
 Criar um clima de sinergia entre as diferentes iniciativas no campo da
comunicação, para que possam convergir para os objetivos e diretrizes
pastorais;
 Estimular o espírito de mútua colaboração entre as pastorais, movimentos,
ministérios e serviços, para somar esforços e articular-se, com vistas a
atingir as metas propostas;
 Proporcionar a catequistas uma atualização e revisão dos métodos
adotados no ensino da catequese de crianças e adultos, tendo em vista a
dimensão comunicacional;

16. Mais algumas ações...
 Formar comunicadores nas dimensões da comunicação
para que, a partir do conhecimento da programação da
igreja, atuem profissionalmente na área específica da
PASCOM; comunicar é uma dimensão imprescindível
para a igreja em sua relação com o mundo; (...)
 Desenvolver um programa de educação para a
comunicação com famílias, jovens, crianças, tendo em
vista a recepção aos meios de comunicação;
 Promover acesso a publicações católicas e formativos,
tais como: revistas, livros, músicas, filmes, internet,
programas de rádio, televisão, dentre outros;
 Marcar presença nos meios de comunicação locais:
jornais, rádios, televisões, internet, dentre outros, de
acordo com a realidade local;
 Garantir a celebração do Dia Mundial das
Comunicações, que a Igreja celebra no dia da Ascensão
do Senhor;
 Garantir os recursos humanos e econômicos
necessários para o desenvolvimento dos projetos de
comunicação.

17. O planejamento em nível de diocese e de paróquia (189)
 O planejamento integrado necessita ser levado ao nível da diocese e da paróquia.
 A partir das orientações do Concílio Vat. II e dos documentos da Igreja, fica clara a
importância de que cada diocese elabore um plano de pastoral que garanta
passos concretos na reflexão e no assumir a cultura midiática que está no horizonte
da missão da igreja.
 É aconselhável fazer o planejamento envolvendo todas as coordenações e
pastorais, a fim de garantir a participação e a sinergia em todo o processo de
planejamento, desde a análise da realidade, a definição de objetivos, metas e
programas.
 Importa ter uma equipe diocesana de comunicação que esteja em sintonia com a
coordenação pastoral para desenvolver o processo do planejamento de forma
participativa e integrada.
 O planejamento diocesano da PASCOM contemple ainda a implantação e
consolidação das equipes de comunicação nas paróquias, articuladas com a
diocese, tendo em conta a formação nas diferentes áreas, na programação, bem
como a realização de eventos e a presença nas mídias.
 No projeto é preciso contemplar a formação para essa nova mentalidade, programas
de formação, as diferentes ações, como semanas de comunicação, debates, cursos,
o uso e os recursos tecnológicos da comunicação.

18. Sabemos o que é e como fazer o
planejamento… E agora?
 “Saber esperar, sabendo, ao mesmo tempo, forçar
as horas daquele momento que não permite
esperar” (D. Pedro Casaldáliga)
 Formatação: Antônio Faria (Tonho) – imagens: internet