SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
MUSEU MILITAR CONDE DE LINHARES – AVENIDA PEDRO II, 383 – SÂO
                                             CRISTÓVÃO
                  Criado em 1998, o Museu Militar Conde de Linhares (MMCL) foi
          implantado, paulatinamente, passando por obras de revitalização em suas
          instalações e em seu sistema de iluminação, que contaram com o apoio da
          Fundação Cultural Exército Brasileiro (FUNCEB), Fundação Rio Luz,
          Companhia Estadual de Gás (CEG), Light Serviços de Eletricidade S/A , e do
          Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Rio de Janeiro (DER RJ).
          Com esse esforço, a DAC - Departamento de Assuntos Culturais – procura dar
          ao Museu o aspecto de um Centro Cultural, para ocupar um importante espaço
          no campo da cultura, no Estado do Rio de Janeiro.
                  O Museu Militar Conde de Linhares (MMCL), no Rio de Janeiro, reabriu
          suas exposições ao público, em 6 de maio de 2002. Na oportunidade, os
          visitantes, em média 1.200 pessoas, receberam atendimento médico, com
          verificação da pressão arterial; atendimento odontológico, com aplicação de
          flúor; além de assistirem a exibições de vídeos, apresentação de Banda de
          Música e de cães de guerra; tudo inserido no "Festival Verde-Oliva", que foi um
          Projeto idealizado pela Diretoria de Assuntos Culturais, a quem o Museu está
          vinculado. O evento foi promovido e executado por Organizações Militares do
          Comando Militar do Leste.
                  O MMCL está à disposição do público de terça a domingo, das 10h às
          16h, oferecendo exposições permanentes de armamento e material militar, e
          do Acervo Histórico Documental do Exército.
                  Quanto ao edifício onde está presentemente instalado, anteriormente
          abrigou a 5a. Brigada de Artilharia Blindada e o Centro de Preparação de
          Oficiais da Reserva. Quanto a este último, o Centro de Preparação de Oficiais
          da Reserva do Rio de Janeiro, foi criado em 22 de abril de 1927, conforme
          Despacho Ministerial daquela data, fruto do esforço e dedicação do então Cap
          Art LUIZ ARAÚJO CORREIA LIMA, tendo em vista a necessidade da
          ampliação do quadro de Oficiais Subalternos. Somente em 20 de abril de 1928,
          o CPOR/RJ começou a funcionar provisoriamente no quartel do 1º Grupo de
          Artilharia Pesada, em São Cristóvão (atual 21º GAC). Em 24 de janeiro de
          1931, desmembrado daquela Unidade de Artilharia, passou a ocupar o prédio
          existente na Av. Pedro II nº 383, no mesmo bairro (atual museu Conde de
          Linhares).
                  Posteriormente, a 08 de maio de 1935, parte desse Estabelecimento de
          Ensino, o Comando e as Seções de Infantaria e Cavalaria, foram transferidos
          para as dependências do Colégio Militar, Permanecendo no antigo bairro
          imperial o contingente e a Seção de Artilharia. Os Instrutores Chefes dos
          Cursos eram oficiais-alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do
          Exército.
                  No ano seguinte, em 19 de outubro, retornando às instalações da então
          5ª Brigada de Cavalaria Blindada (atual museu Conde de Linhares), o
          Comando e as Seções de Infantaria e Cavalaria, unindo-se ao restante da
          tropa, reiniciavam as atividades profissionais, agora, como um todo.
                  Em meados de 1966, o Estado-Maior do Exército criou os Cursos de
          Comunicação e Material Bélico, transferindo o CPOR para o aquartelamento
          dos Dragões da Independência em virtude da transferência deste para
          Brasília.Este novo aquartelamento foi ocupado em 05 de outubro de 1968.



                                                                                       1
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                 http://www.pdf4free.com
No final de 1997, o CPOR/RJ foi transferido para suas atuais instalações, na
          Av. Brasil nº 5292, ocupando, assim, as antigas dependências do 1º Regimento
          de Carros de Combate.

               CASA DA MARQUESA DE SANTOS - AVENIDA PEDRO II, 283 - SÃO
                                              CRISTÓVÃO
                 Para instalar Domitila de Castro Canto e Melo, Marquesa de Santos, D.
          Pedro I adquiriu uma chácara de propriedade do médico Theodoro Ferreira de
          Aguiar, situada defronte ao caminho principal da Estrada de São Cristóvão,
          próxima ao Palácio Imperial. Nela mandou construir uma casa, confiando as
          obras a Pedro Alexandre Cavroé, português por ele nomeado, em 1825,
          arquiteto das Armas Nacionais e Imperiais. O projeto geral era do arquiteto
          francês Pedro José Pezerat, seu amigo particular. Da decoração interna
          incumbiu-se o pintor Francisco Pedro do Amaral. Instalando-se no belo solar,
          em 1828, a marquesa nele não ficaria por muito tempo: em 1829, após o
          casamento de D. Pedro com Maria Amélia Augusta Eugênia Napoleona de
          Leuchtemberg, ela foi expulsa do Rio. Voltando o solar à sua posse, D. Pedro I
          o doou à sua filha D. Maria II, em favor de quem abdicara da Coroa
          Portuguesa. A partir de então o solar teve vários proprietários, destacando-se
          Ireneu Evangelista de Sousa, o Barão, depois Visconde de Mauá, que nele fez
          a primeira reforma. No século XX foi sede do Serviço Nacional de Febre
          Amarela. Em 1961 foi declarado de utilidade pública. Em 1965, por
          determinação do Governador Carlos Lacerda, foi restaurado pelo arquiteto
          Edson Motta, que conseguiu remover a pintura a óleo dos inúmeros cômodos,
          recuperando os afrescos primitivos. A 02 de dezembro de 1965, através de
          decreto estadual, o solar foi destinado à sede do Museu do Primeiro Reinado,
          que não chegou a ser instalado de imediato. Em 1969 passou a sede da
          Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em março de 1979 foi ali
          inaugurado o Museu do Primeiro Reinado.
                 Prédio assobradado, de linhas neoclássicas, frente de rua. Influência da
          escola francesa. Possui bandas e ombreiras de cantaria. Moldura sobre as
          vergas aplicadas como simples ornato. Entablamento com frisa ornada.
          Platibanda e falsos frontões com seus campos ornados. Pilastras jônicas e
          vasos de mármore sobre a platibanda. Na fachada lateral, tímpano com
          alegoria da deusa Minerva e folhas de acanto em relevo no medalhão central.
          A fachada de fundo é considerada exemplo de atributo neoclássico dos mais
          nítidos e puros construídos no Rio de Janeiro. Parte posterior recurvada,
          saliente, com sacadas e duas elegantes escadarias em curvas, lançadas sobre
          os jardins. No interior, pinturas alegóricas, trabalho de estuque em estilo
          rococó. Relevo do forro do Salão dos Deuses representando a Corte do
          Olimpo, trabalho de Marcos e Zeferino Ferrez.

                    PEDRO ALEXANDRE CAVROÉ - DADOS BIOGRÁFICOS
                Arquiteto português, nascido em Lisboa em c. 1800, filho de pai francês.
          Chegou ao Rio de Janeiro em 1824, sendo logo nomeado Arquiteto da Câmara
          Municipal, Fiscal das obras da Academia e Arquiteto da Casa Imperial, de 07
          de janeiro de 1825 a 16 de março de 1830, quando foi exonerado, sob
          acusação de desvio de obras de arte da Academia Imperial de Belas Artes. Era
          detestado pelos membros da Missão Artística Francesa. Além dos serviços
          prestados na Capela Imperial, onde completou a fachada em 1825-26, cujo


                                                                                        2
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                 http://www.pdf4free.com
frontispício em madeira substituiu por elegante frontão em pedra, demolido em
          1922, construiu, segundo projeto de Pedro José Pezerat, a Casa da Marquesa
          de Santos, na atual rua Pedro II, em São Cristóvão (1826-28). Deve-se-lhe um
          plano de numeração das ruas do Rio de Janeiro, aprovado por Aviso do
          Ministério da Justiça, de 21 de maio de 1824. Substituindo a caótica
          numeração então vigente, as ruas passaram, pela primeira vez, a ter lados par
          e impar; as placas exibiam números verdes em fundo amarelo quando eram
          paralelas à marinha da cidade, e números amarelos em fundo verde se
          porventura perpendiculares. A Intendência Geral da Polícia fornecia as placas
          dos logradouros públicos e os proprietários contribuíam com vinte réis por
          número pintado.
                 Após a renúncia de D. Pedro I, a sete de abril de 1831, Cavroé retornou
          a Portugal, onde faleceu.

                   FRANCISCO PEDRO DO AMARAL - DADOS BIOGRÁFICOS
                 Pintor, nasceu na segunda metade do século XVIII. Freqüentou a Aula
          Régia de Desenho e Pintura, criada no Rio de Janeiro em 1800 e entregue à
          orientação de Manuel Dias de Oliveira Brasiliense. Por Decreto Real de 23 de
          novembro de 1820, estabelecendo no Rio de Janeiro a Academia e Escola
          Real das Artes, dela tornou-se pensionário, recebendo 300$000 anuais.
          Indicando-o como brasileiro e dando como data de sua morte a 10 de
          novembro de 1830, Jean Baptiste Debret citou-o em Voyage Pittoresque et
          Historique au Brésil (1834-39), entre os alunos fundadores, em 1824, da classe
          de pintura da Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro,
          comentando a seu respeito: “Pintor, diretor das obras de pinturas para a
          decoração dos palácios imperiais e da Biblioteca Imperial”. De fato, ocupou o
          cargo de Decorador da Casa Imperial, realizando trabalhos em salas do Paço
          da Cidade e da Quinta da Boa Vista, bem como em residências particulares de
          altas personalidades da época, entre as quais as da Marquesa de Santos, em
          São Cristóvão; referindo-as como os únicos exemplos de seus trabalhos
          decorativos que chegaram aos nossos dias; casa do Marquês de Inhambupe,
          no Campo de Santana; e de Plácido Antônio Pereira de Abreu, no Campo dos
          Ciganos. Desenhou a nanquim e sépia o projeto e planta de um monumento
          em memória do dia 26 de fevereiro de 1821. Em relação ao Paço da Cidade, foi
          Francisco Pedro do Amaral um grande alegorista, autor de monumentos desse
          gênero em todas as festas do Primeiro Reinado. Por ocasião do segundo
          casamento de D. Pedro I, em 1829, restaurara os velhos coches, publicando
          um folheto interessante a esse respeito, transformou, por ordem de D. Pedro I,
          a pintura da antiga sala de audiência dos Vice-Reis (sobre o tema do “Gênio da
          América caminhando para o triunfo da Humanidade ao mesmo tempo em que o
          sol fazia o giro do oriente para o ocidente), atribuída a José de Oliveira Rosa e
          que já fora acrescentada por Manuel da Costa, na época de D. João, com o
          simbolismo do Reino Unido sustentando um estudo. Manuel de Araújo Pôrto
          Alegre referiu-o também como caricaturista.
                 Existe no Museu Histórico Nacional um retrato da Marquesa de Santos
          cuja autoria lhe é atribuída.

              DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO - DADOS BIOGRÁFICOS
                Cortesã, Marquesa de Santos. Nasceu em Santos, em dezembro de
          1797, sendo de família abastada. Casou-se aos 16 anos, em 1815, com o


                                                                                         3
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                  http://www.pdf4free.com
militar Felício Pinto Coelho de Mendonça, de quem teve três filhos: Felício,
          Francisca e João, este último morto em criança. Por desavenças conjugais,
          separou-se do marido em 06 de março de 1819, desquitando-se judicialmente
          do mesmo por sentença de 25 de maio de 1824.
                  Por sua conduta escandalosa, perdeu a tutela dos filhos. Para reobtê-la,
          interpôs sua caleça diante da comitiva do Príncipe D. Pedro, a 29 de agosto de
          1822, uma semana antes da Independência do Brasil, quando estava o
          Príncipe em caminho para São Paulo. Tornaram-se, segundo relato escrito dele
          próprio, amantes no mesmo dia. Após a Independência, D. Pedro mandou
          trazer a favorita em meados de 1823 para a Côrte, tornando-a primeira dama
          da Imperatriz Da. Leopoldina, a 04 de abril de 1825. Viveram escandaloso
          romance que perdurou sete anos.
                  Além de cumulá-la de presentes, deu-lhe fabuloso palacete em São
          Cristóvão e uma casa em Iguaçu. Levava a favorita onde fosse, indo com ele à
          Salvador, o que causou escândalo nacional. D. Pedro deu-lhe o título de
          Viscondessa de Santos, a 15 de outubro de 1825, para logo depois torná-la
          Marquesa de Santos (1827). Condecorou-a com a Ordem de Santa Isabel, a
          Católica (1827), só conferida a mulheres ilibadamente honestas.
                  Teve quatro filhos com o Imperador: Isabel Maria, Duquesa de Goiás
          (1824-98); Pedro, Maria Isabel (estes dois natimortos) e Maria Isabel (1830-76).
          Teve D. Pedro igualmente um filho, Rodrigo, com a irmã mais velha da
          Marquesa, Da. Maria Benedita Delfim Pereira, casada com Boaventura Delfim
          Pereira, Barões de Sorocaba. D. Pedro I, logo depois que enviuvou, em
          dezembro de 1826, cansou-se da favorita a 13 de agosto de 1829, haja vista o
          ódio popular contra a mesma, devido a seu comportamento acintoso. Contraiu
          novo casamento em 1829 com a Princesa Maria Amélia, de 17 anos. Foi então
          Domitila desterrada para São Paulo, donde voltou semanas depois, só para ser
          novamente desterrada, em caráter definitivo, em setembro de 1829.
                  Em São Paulo, foi morar num casarão ainda existente no Pátio do
          Colégio. Ficou viúva de Felício em 1833, passando a viver maritalmente com
          seu primo, brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, com quem veio a casar-se a 14
          de junho de 1842, quando rebentou a Revolução Liberal, em São Paulo.
                  Dessa união nasceram os seguintes filhos: Rafael, João, Gertrudes,
          Antônio, Brasílico e Heitor, este último morto adolescente.
                  Faleceu aos 69 anos, em 1867, sendo enterrada no Cemitério da
          Consolação, em São Paulo. Recentemente, formou-se movimento em prol de
          sua canonização.

                                 O GARANHÃO E AS GALINHAS
                 D. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula
          Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e
          Bourbon, mais conhecido entre nós como D. Pedro I, nasceu a 12 de outubro
          de 1798 no Palácio de Queluz, em Portugal. Era um dos nove filhos de D. João
          e de Da. Carlota Joaquina de Bourbon. O destino quis que fosse ele o futuro
          autor de nossa emancipação política. Com a invasão de Portugal pelas tropas
          de Napoleão, veio para o Brasil em novembro de 1807, chegando no Rio de
          Janeiro em março de 1808, com nove anos. Aqui se fez homem. Quando do
          retorno de sua família a Portugal, em 1821, ficou no Brasil como Príncipe
          Regente. Influenciado por bons brasileiros, acabaria proclamando nossa
          Independência a 7 de setembro de 1822, sendo aclamado Imperador do Brasil


                                                                                        4
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                 http://www.pdf4free.com
a 12 de outubro seguinte. Apesar de nossa dívida de gratidão para com D.
          Pedro I, seu governo deixou muito a desejar, sendo obrigado a renunciar a 7 de
          abril de 1831, deixando aqui no Brasil seu filho D. Pedro II, então com cinco
          anos. De volta a Portugal, retomou, após longa campanha militar, o trono
          lusitano de seu irmão usurpador e morreu ainda muito jovem como Rei D.
          Pedro IV de Portugal, a 24 de setembro de 1834.
                  Se foi um mau governante entre nós, deixou, entretanto, fama de bom
          amante. Com efeito, são lendárias as histórias e casos de D. Pedro I com as
          mais incríveis mulheres, compromissadas ou não. Ele próprio casou-se duas
          vezes, o que não o impediu de “pular a cerca” em todas as ocasiões que pôde.
          Deixou uma vasta legião de filhos legítimos, legitimados ou não. Aqui tentamos
          apenas listar os mais bem documentados.
                  Do casamento de D. Pedro com Da. Leopoldina, Arquiduquesa da
          Áustria, primeira Imperatriz do Brasil, houve sete filhos legítimos: Da. Maria da
          Glória (1819); D. Miguel (1820, morreu criança); D. João Carlos (1821, morreu
          criança); Da. Januária (1822); Da. Paula Mariana (1823, morreu criança); D.
          Francisco (1824, morreu criança); e D. Pedro de Alcântara (1825). Houve ainda
          mais dois fetos abortados, o último deles em dezembro de 1826.
                  Do segundo consórcio com Da. Amélia de Leuchtemberg, apenas uma
          filha, Da. Maria Amélia, nascida em França a 1o. de dezembro de 1831.
                  Dos que podem ser citados, com relativa segurança, como filhos
          naturais, teve D. Pedro I os seguintes:
                  Com a Marquesa de Santos, Da. Domitila de Castro Canto e Melo,
          desquitada de Felício Pinto Coelho de Mendonça e já mãe de três filhos: Isabel
          Maria (1824), Duquesa de Goiás; Maria Isabel e Pedro, falecidos em criança; e
          Maria Isabel (1830), Condêssa de Iguaçu.
                  Com a Baronesa de Sorocaba, irmã da anterior, Da. Maria Benedita
          Delfim Pereira, casada com Boaventura Delfim Pereira e já mãe de nove filhos:
          Rodrigo Delfim Pereira (1830).
                  Com Da. Joana Mosqueira: José de Bragança e Bourbon.
                  Com a austríaca Ana Steinhaussem Schüch, casada com o bibliotecário
          da Imperatriz: Augusto Schüch (1817).
                  Com a formosa mineira Da. Gertrudes Meireles: Teotônio Meireles da
          Silva (1823).
                  Com a poetisa mineira Luísa de Menezes (Luizinha): Mariana Amélia de
          Albuquerque (1823).
                  Com Da. Letícia Lacy, esposa de um violinista espanhol: D. Luiz Pablo
          Rosquellas, nascido no Rio a 25 de abril de 1823.
                  Com Da. Cleménce Saisset, casada com Pierre Felix Saisset e já mãe
          de dois filhos: Pedro de Alcântara Brasileiro, nascido em Paris, a 23 de agosto
          de 1829.
                  Com a bailarina do Teatro São João, Da. Noemi Valency: um filho,
          nascido em Pernambuco e que viveu pouco tempo (1817).
                  Com Da. Adozinda Carneiro Leão (Zindinha): uma criança da qual não
          se teve mais notícias.
                  Com Andreza dos Santos, preta quituteira do Palácio de São Cristóvão:
          uma menina mulata, nascida em 1831.
                  Com a esposa de um de seus ministros: Da. Urbana de tal.
                  Era também filha de D. Pedro I, uma tal de Isabel de Bourbon e
          Bragança, nascida no Rio de Janeiro, de mãe desconhecida. Uma outra


                                                                                         5
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                  http://www.pdf4free.com
homônima, e morando na França, viúva de um tal Lafarge, afiançava também
          ser filha bastarda de nosso Imperador.
                  E, finalmente, com uma freira, na Ilha Terceira: um menino, nascido em
          1832.
                  Ufa, excusez du peu!
                  Somando tudo, podemos concluir que, de 1817 a 1832, num espaço de
          quinze anos, nosso primeiro Imperador foi pai de, pelo menos, umas 28
          crianças, fora as de história duvidosa, que são muitas.
                  As amantes com as quais não teve filhos somam-se às dezenas...
                  Numa carta datada de fins de 1831, D. Pedro confessava a um amigo
          que “...não podia mais enrijecer certos músculos, o que o fazia com facilidade
          no passado”.
                  Usou tanto que gastou...
                  Morreu corroído pela sífilis três anos depois, aos trinta e cinco anos e
          onze meses de idade.

                Milton de Mendonça Teixeira.




                                                                                             6
PDF Creator - PDF4Free v2.0                                  http://www.pdf4free.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Praça De São Sebastião
Praça De São SebastiãoPraça De São Sebastião
Praça De São SebastiãoItalo1709
 
Historia do porto rua de sá da bandeira - artur filipe dos santos
Historia do porto   rua de sá da bandeira - artur filipe dos santosHistoria do porto   rua de sá da bandeira - artur filipe dos santos
Historia do porto rua de sá da bandeira - artur filipe dos santosArtur Filipe dos Santos
 
Locais historicos do_patrimonio_cultural
Locais historicos  do_patrimonio_culturalLocais historicos  do_patrimonio_cultural
Locais historicos do_patrimonio_culturalAvatar Cuamba
 
Porto ontem e hoje bach
Porto ontem e hoje   bachPorto ontem e hoje   bach
Porto ontem e hoje bachPaula Andrade
 
Bahia Antiga
Bahia AntigaBahia Antiga
Bahia Antigahsjval
 
Neoclassicismo no Brasil
Neoclassicismo no BrasilNeoclassicismo no Brasil
Neoclassicismo no BrasilAdriana Araujo
 
Paisagens De Salvador Antigas E Atuais
Paisagens De Salvador Antigas E AtuaisPaisagens De Salvador Antigas E Atuais
Paisagens De Salvador Antigas E AtuaisLuciana Brasileiro
 
Lisboa Portugal
Lisboa   PortugalLisboa   Portugal
Lisboa Portugalcab3032
 
Estação Ferroviária de S. Bento
Estação Ferroviária de S. BentoEstação Ferroviária de S. Bento
Estação Ferroviária de S. BentoBiaEsteves
 

Mais procurados (19)

História da cidade e dos monumentos portuenses o barroco na cidade do porto...
História da cidade e dos monumentos portuenses   o barroco na cidade do porto...História da cidade e dos monumentos portuenses   o barroco na cidade do porto...
História da cidade e dos monumentos portuenses o barroco na cidade do porto...
 
Zona sul 2
Zona sul 2Zona sul 2
Zona sul 2
 
Praça De São Sebastião
Praça De São SebastiãoPraça De São Sebastião
Praça De São Sebastião
 
Apresentação Bahia Antiga
Apresentação Bahia AntigaApresentação Bahia Antiga
Apresentação Bahia Antiga
 
História do Porto Os miradouros da cidade do Porto - Artur Filipe dos Santos ...
História do Porto Os miradouros da cidade do Porto - Artur Filipe dos Santos ...História do Porto Os miradouros da cidade do Porto - Artur Filipe dos Santos ...
História do Porto Os miradouros da cidade do Porto - Artur Filipe dos Santos ...
 
Historia do porto rua de sá da bandeira - artur filipe dos santos
Historia do porto   rua de sá da bandeira - artur filipe dos santosHistoria do porto   rua de sá da bandeira - artur filipe dos santos
Historia do porto rua de sá da bandeira - artur filipe dos santos
 
Locais historicos do_patrimonio_cultural
Locais historicos  do_patrimonio_culturalLocais historicos  do_patrimonio_cultural
Locais historicos do_patrimonio_cultural
 
São Paulo
São PauloSão Paulo
São Paulo
 
Porto ontem e hoje bach
Porto ontem e hoje   bachPorto ontem e hoje   bach
Porto ontem e hoje bach
 
Bahia Antiga
Bahia AntigaBahia Antiga
Bahia Antiga
 
Neoclassicismo no Brasil
Neoclassicismo no BrasilNeoclassicismo no Brasil
Neoclassicismo no Brasil
 
Lisboa - Portugal
Lisboa - PortugalLisboa - Portugal
Lisboa - Portugal
 
Paisagens De Salvador Antigas E Atuais
Paisagens De Salvador Antigas E AtuaisPaisagens De Salvador Antigas E Atuais
Paisagens De Salvador Antigas E Atuais
 
Património Cultural
Património CulturalPatrimónio Cultural
Património Cultural
 
História do porto o porto de leixões
História do porto   o porto de leixõesHistória do porto   o porto de leixões
História do porto o porto de leixões
 
Lisboa Portugal
Lisboa   PortugalLisboa   Portugal
Lisboa Portugal
 
Estação Ferroviária de S. Bento
Estação Ferroviária de S. BentoEstação Ferroviária de S. Bento
Estação Ferroviária de S. Bento
 
Sé Velha de Coimbra
Sé Velha de CoimbraSé Velha de Coimbra
Sé Velha de Coimbra
 
Brasília
BrasíliaBrasília
Brasília
 

Destaque (20)

Apartamentos
ApartamentosApartamentos
Apartamentos
 
O Emirado do Dubai
O Emirado do DubaiO Emirado do Dubai
O Emirado do Dubai
 
Ô GLÓRIA! – HISTÓRIA, CULTURA, BOEMIA E PAISAGENS (PARTE 1) _ O CLUSTER
Ô GLÓRIA! – HISTÓRIA, CULTURA, BOEMIA E PAISAGENS (PARTE 1) _ O CLUSTERÔ GLÓRIA! – HISTÓRIA, CULTURA, BOEMIA E PAISAGENS (PARTE 1) _ O CLUSTER
Ô GLÓRIA! – HISTÓRIA, CULTURA, BOEMIA E PAISAGENS (PARTE 1) _ O CLUSTER
 
Metrô
MetrôMetrô
Metrô
 
Praça xv
Praça xvPraça xv
Praça xv
 
Zona sul 5
Zona sul 5Zona sul 5
Zona sul 5
 
Santa teresa
Santa teresaSanta teresa
Santa teresa
 
Metrô 2
Metrô 2Metrô 2
Metrô 2
 
Morro da conceição
Morro da conceiçãoMorro da conceição
Morro da conceição
 
Rj séc xx
Rj séc xxRj séc xx
Rj séc xx
 
Tour pelas ruas e estátuas
Tour pelas ruas e estátuasTour pelas ruas e estátuas
Tour pelas ruas e estátuas
 
Metrô 3
Metrô 3Metrô 3
Metrô 3
 
Nova friburgo
Nova friburgoNova friburgo
Nova friburgo
 
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
Passeio Cultural Jornal Rio Carioca.
 
Metrô 4
Metrô 4Metrô 4
Metrô 4
 
Zona sul 4
Zona sul 4Zona sul 4
Zona sul 4
 
Segredos subterrâneos da igreja da lapa dos mercadores
Segredos subterrâneos da igreja da lapa dos mercadoresSegredos subterrâneos da igreja da lapa dos mercadores
Segredos subterrâneos da igreja da lapa dos mercadores
 
Entalhadores e santeiros
Entalhadores e santeirosEntalhadores e santeiros
Entalhadores e santeiros
 
Zona sul 6
Zona sul 6Zona sul 6
Zona sul 6
 
O olhar estrangeiro e a cidade do Rio de Janeiro em 1920
O olhar estrangeiro e a cidade do Rio de Janeiro em 1920O olhar estrangeiro e a cidade do Rio de Janeiro em 1920
O olhar estrangeiro e a cidade do Rio de Janeiro em 1920
 

Semelhante a São cristóvão

Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioEd de Souza
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxFaustoBartole1
 
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses o ...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   o ...Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   o ...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses o ...Artur Filipe dos Santos
 
Petropolis - A Cidade Imperial
Petropolis  - A Cidade ImperialPetropolis  - A Cidade Imperial
Petropolis - A Cidade ImperialLuiz Carlos Dias
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotosIsabelPereira2010
 
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...Artur Filipe dos Santos
 
História do Porto - Jardins e Praças do Porto : JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...
História do Porto - Jardins e Praças do Porto: JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...História do Porto - Jardins e Praças do Porto: JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...
História do Porto - Jardins e Praças do Porto : JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...Universidade Sénior Contemporânea do Porto
 
Centro cultural do rio de janei
Centro cultural do rio de janei Centro cultural do rio de janei
Centro cultural do rio de janei luciafarialima
 
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Universidade Sénior Contemporânea do Porto
 
Apresentação do Grupo 1
Apresentação do Grupo 1Apresentação do Grupo 1
Apresentação do Grupo 1Team 1
 
Catalogo pelotas princesa do sul
Catalogo pelotas princesa do sulCatalogo pelotas princesa do sul
Catalogo pelotas princesa do sulQuetelim Andreoli
 
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoResenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoIZIS PAIXÃO
 

Semelhante a São cristóvão (20)

Cinelândia
CinelândiaCinelândia
Cinelândia
 
Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rio
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
 
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses o ...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   o ...Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   o ...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses o ...
 
Petropolis - A Cidade Imperial
Petropolis  - A Cidade ImperialPetropolis  - A Cidade Imperial
Petropolis - A Cidade Imperial
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
 
Arquitetura Eclética
Arquitetura EcléticaArquitetura Eclética
Arquitetura Eclética
 
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...
História do Porto - Jardim João Chagas - Professor Doutor Artur Filipe dos Sa...
 
História do Porto - Jardins e Praças do Porto : JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...
História do Porto - Jardins e Praças do Porto: JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...História do Porto - Jardins e Praças do Porto: JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...
História do Porto - Jardins e Praças do Porto : JARDIM DE JOÃO CHAGAS - Artur...
 
Centro cultural do rio de janei
Centro cultural do rio de janei Centro cultural do rio de janei
Centro cultural do rio de janei
 
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
Museu Nacional Machado de Castro - Património Cultural e Paisagístico Portugu...
 
São Paulo
São PauloSão Paulo
São Paulo
 
SãO Paulo
SãO PauloSãO Paulo
SãO Paulo
 
Porto 1914
Porto 1914Porto 1914
Porto 1914
 
Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914
 
Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914
 
Recife antigo l
Recife antigo lRecife antigo l
Recife antigo l
 
Apresentação do Grupo 1
Apresentação do Grupo 1Apresentação do Grupo 1
Apresentação do Grupo 1
 
Catalogo pelotas princesa do sul
Catalogo pelotas princesa do sulCatalogo pelotas princesa do sul
Catalogo pelotas princesa do sul
 
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoResenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
 

Mais de Fatima de Luzie Cavalcante (14)

Consenso sobre rinite
Consenso sobre riniteConsenso sobre rinite
Consenso sobre rinite
 
Cartilha do consumidor - Construtoras
Cartilha do consumidor  - ConstrutorasCartilha do consumidor  - Construtoras
Cartilha do consumidor - Construtoras
 
Origem dos nomes dos estados do brasil
Origem dos nomes dos estados do brasilOrigem dos nomes dos estados do brasil
Origem dos nomes dos estados do brasil
 
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)
 
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte i)
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte i)O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte i)
O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte i)
 
Natal brasileiro
Natal brasileiroNatal brasileiro
Natal brasileiro
 
Rio de janeiro e seus arredores em 1948
Rio de janeiro e seus arredores em 1948Rio de janeiro e seus arredores em 1948
Rio de janeiro e seus arredores em 1948
 
Linguagem do corpo
Linguagem do corpoLinguagem do corpo
Linguagem do corpo
 
Zona sul 3
Zona sul 3Zona sul 3
Zona sul 3
 
Zona sul 1
Zona sul 1Zona sul 1
Zona sul 1
 
Unidades de conservação
Unidades de conservaçãoUnidades de conservação
Unidades de conservação
 
Tesouro da rua 1º de março
Tesouro da rua 1º de marçoTesouro da rua 1º de março
Tesouro da rua 1º de março
 
Metrô 5
Metrô  5Metrô  5
Metrô 5
 
Ipanema
IpanemaIpanema
Ipanema
 

São cristóvão

  • 1. MUSEU MILITAR CONDE DE LINHARES – AVENIDA PEDRO II, 383 – SÂO CRISTÓVÃO Criado em 1998, o Museu Militar Conde de Linhares (MMCL) foi implantado, paulatinamente, passando por obras de revitalização em suas instalações e em seu sistema de iluminação, que contaram com o apoio da Fundação Cultural Exército Brasileiro (FUNCEB), Fundação Rio Luz, Companhia Estadual de Gás (CEG), Light Serviços de Eletricidade S/A , e do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Rio de Janeiro (DER RJ). Com esse esforço, a DAC - Departamento de Assuntos Culturais – procura dar ao Museu o aspecto de um Centro Cultural, para ocupar um importante espaço no campo da cultura, no Estado do Rio de Janeiro. O Museu Militar Conde de Linhares (MMCL), no Rio de Janeiro, reabriu suas exposições ao público, em 6 de maio de 2002. Na oportunidade, os visitantes, em média 1.200 pessoas, receberam atendimento médico, com verificação da pressão arterial; atendimento odontológico, com aplicação de flúor; além de assistirem a exibições de vídeos, apresentação de Banda de Música e de cães de guerra; tudo inserido no "Festival Verde-Oliva", que foi um Projeto idealizado pela Diretoria de Assuntos Culturais, a quem o Museu está vinculado. O evento foi promovido e executado por Organizações Militares do Comando Militar do Leste. O MMCL está à disposição do público de terça a domingo, das 10h às 16h, oferecendo exposições permanentes de armamento e material militar, e do Acervo Histórico Documental do Exército. Quanto ao edifício onde está presentemente instalado, anteriormente abrigou a 5a. Brigada de Artilharia Blindada e o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Quanto a este último, o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, foi criado em 22 de abril de 1927, conforme Despacho Ministerial daquela data, fruto do esforço e dedicação do então Cap Art LUIZ ARAÚJO CORREIA LIMA, tendo em vista a necessidade da ampliação do quadro de Oficiais Subalternos. Somente em 20 de abril de 1928, o CPOR/RJ começou a funcionar provisoriamente no quartel do 1º Grupo de Artilharia Pesada, em São Cristóvão (atual 21º GAC). Em 24 de janeiro de 1931, desmembrado daquela Unidade de Artilharia, passou a ocupar o prédio existente na Av. Pedro II nº 383, no mesmo bairro (atual museu Conde de Linhares). Posteriormente, a 08 de maio de 1935, parte desse Estabelecimento de Ensino, o Comando e as Seções de Infantaria e Cavalaria, foram transferidos para as dependências do Colégio Militar, Permanecendo no antigo bairro imperial o contingente e a Seção de Artilharia. Os Instrutores Chefes dos Cursos eram oficiais-alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. No ano seguinte, em 19 de outubro, retornando às instalações da então 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (atual museu Conde de Linhares), o Comando e as Seções de Infantaria e Cavalaria, unindo-se ao restante da tropa, reiniciavam as atividades profissionais, agora, como um todo. Em meados de 1966, o Estado-Maior do Exército criou os Cursos de Comunicação e Material Bélico, transferindo o CPOR para o aquartelamento dos Dragões da Independência em virtude da transferência deste para Brasília.Este novo aquartelamento foi ocupado em 05 de outubro de 1968. 1 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
  • 2. No final de 1997, o CPOR/RJ foi transferido para suas atuais instalações, na Av. Brasil nº 5292, ocupando, assim, as antigas dependências do 1º Regimento de Carros de Combate. CASA DA MARQUESA DE SANTOS - AVENIDA PEDRO II, 283 - SÃO CRISTÓVÃO Para instalar Domitila de Castro Canto e Melo, Marquesa de Santos, D. Pedro I adquiriu uma chácara de propriedade do médico Theodoro Ferreira de Aguiar, situada defronte ao caminho principal da Estrada de São Cristóvão, próxima ao Palácio Imperial. Nela mandou construir uma casa, confiando as obras a Pedro Alexandre Cavroé, português por ele nomeado, em 1825, arquiteto das Armas Nacionais e Imperiais. O projeto geral era do arquiteto francês Pedro José Pezerat, seu amigo particular. Da decoração interna incumbiu-se o pintor Francisco Pedro do Amaral. Instalando-se no belo solar, em 1828, a marquesa nele não ficaria por muito tempo: em 1829, após o casamento de D. Pedro com Maria Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Leuchtemberg, ela foi expulsa do Rio. Voltando o solar à sua posse, D. Pedro I o doou à sua filha D. Maria II, em favor de quem abdicara da Coroa Portuguesa. A partir de então o solar teve vários proprietários, destacando-se Ireneu Evangelista de Sousa, o Barão, depois Visconde de Mauá, que nele fez a primeira reforma. No século XX foi sede do Serviço Nacional de Febre Amarela. Em 1961 foi declarado de utilidade pública. Em 1965, por determinação do Governador Carlos Lacerda, foi restaurado pelo arquiteto Edson Motta, que conseguiu remover a pintura a óleo dos inúmeros cômodos, recuperando os afrescos primitivos. A 02 de dezembro de 1965, através de decreto estadual, o solar foi destinado à sede do Museu do Primeiro Reinado, que não chegou a ser instalado de imediato. Em 1969 passou a sede da Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em março de 1979 foi ali inaugurado o Museu do Primeiro Reinado. Prédio assobradado, de linhas neoclássicas, frente de rua. Influência da escola francesa. Possui bandas e ombreiras de cantaria. Moldura sobre as vergas aplicadas como simples ornato. Entablamento com frisa ornada. Platibanda e falsos frontões com seus campos ornados. Pilastras jônicas e vasos de mármore sobre a platibanda. Na fachada lateral, tímpano com alegoria da deusa Minerva e folhas de acanto em relevo no medalhão central. A fachada de fundo é considerada exemplo de atributo neoclássico dos mais nítidos e puros construídos no Rio de Janeiro. Parte posterior recurvada, saliente, com sacadas e duas elegantes escadarias em curvas, lançadas sobre os jardins. No interior, pinturas alegóricas, trabalho de estuque em estilo rococó. Relevo do forro do Salão dos Deuses representando a Corte do Olimpo, trabalho de Marcos e Zeferino Ferrez. PEDRO ALEXANDRE CAVROÉ - DADOS BIOGRÁFICOS Arquiteto português, nascido em Lisboa em c. 1800, filho de pai francês. Chegou ao Rio de Janeiro em 1824, sendo logo nomeado Arquiteto da Câmara Municipal, Fiscal das obras da Academia e Arquiteto da Casa Imperial, de 07 de janeiro de 1825 a 16 de março de 1830, quando foi exonerado, sob acusação de desvio de obras de arte da Academia Imperial de Belas Artes. Era detestado pelos membros da Missão Artística Francesa. Além dos serviços prestados na Capela Imperial, onde completou a fachada em 1825-26, cujo 2 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
  • 3. frontispício em madeira substituiu por elegante frontão em pedra, demolido em 1922, construiu, segundo projeto de Pedro José Pezerat, a Casa da Marquesa de Santos, na atual rua Pedro II, em São Cristóvão (1826-28). Deve-se-lhe um plano de numeração das ruas do Rio de Janeiro, aprovado por Aviso do Ministério da Justiça, de 21 de maio de 1824. Substituindo a caótica numeração então vigente, as ruas passaram, pela primeira vez, a ter lados par e impar; as placas exibiam números verdes em fundo amarelo quando eram paralelas à marinha da cidade, e números amarelos em fundo verde se porventura perpendiculares. A Intendência Geral da Polícia fornecia as placas dos logradouros públicos e os proprietários contribuíam com vinte réis por número pintado. Após a renúncia de D. Pedro I, a sete de abril de 1831, Cavroé retornou a Portugal, onde faleceu. FRANCISCO PEDRO DO AMARAL - DADOS BIOGRÁFICOS Pintor, nasceu na segunda metade do século XVIII. Freqüentou a Aula Régia de Desenho e Pintura, criada no Rio de Janeiro em 1800 e entregue à orientação de Manuel Dias de Oliveira Brasiliense. Por Decreto Real de 23 de novembro de 1820, estabelecendo no Rio de Janeiro a Academia e Escola Real das Artes, dela tornou-se pensionário, recebendo 300$000 anuais. Indicando-o como brasileiro e dando como data de sua morte a 10 de novembro de 1830, Jean Baptiste Debret citou-o em Voyage Pittoresque et Historique au Brésil (1834-39), entre os alunos fundadores, em 1824, da classe de pintura da Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro, comentando a seu respeito: “Pintor, diretor das obras de pinturas para a decoração dos palácios imperiais e da Biblioteca Imperial”. De fato, ocupou o cargo de Decorador da Casa Imperial, realizando trabalhos em salas do Paço da Cidade e da Quinta da Boa Vista, bem como em residências particulares de altas personalidades da época, entre as quais as da Marquesa de Santos, em São Cristóvão; referindo-as como os únicos exemplos de seus trabalhos decorativos que chegaram aos nossos dias; casa do Marquês de Inhambupe, no Campo de Santana; e de Plácido Antônio Pereira de Abreu, no Campo dos Ciganos. Desenhou a nanquim e sépia o projeto e planta de um monumento em memória do dia 26 de fevereiro de 1821. Em relação ao Paço da Cidade, foi Francisco Pedro do Amaral um grande alegorista, autor de monumentos desse gênero em todas as festas do Primeiro Reinado. Por ocasião do segundo casamento de D. Pedro I, em 1829, restaurara os velhos coches, publicando um folheto interessante a esse respeito, transformou, por ordem de D. Pedro I, a pintura da antiga sala de audiência dos Vice-Reis (sobre o tema do “Gênio da América caminhando para o triunfo da Humanidade ao mesmo tempo em que o sol fazia o giro do oriente para o ocidente), atribuída a José de Oliveira Rosa e que já fora acrescentada por Manuel da Costa, na época de D. João, com o simbolismo do Reino Unido sustentando um estudo. Manuel de Araújo Pôrto Alegre referiu-o também como caricaturista. Existe no Museu Histórico Nacional um retrato da Marquesa de Santos cuja autoria lhe é atribuída. DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO - DADOS BIOGRÁFICOS Cortesã, Marquesa de Santos. Nasceu em Santos, em dezembro de 1797, sendo de família abastada. Casou-se aos 16 anos, em 1815, com o 3 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
  • 4. militar Felício Pinto Coelho de Mendonça, de quem teve três filhos: Felício, Francisca e João, este último morto em criança. Por desavenças conjugais, separou-se do marido em 06 de março de 1819, desquitando-se judicialmente do mesmo por sentença de 25 de maio de 1824. Por sua conduta escandalosa, perdeu a tutela dos filhos. Para reobtê-la, interpôs sua caleça diante da comitiva do Príncipe D. Pedro, a 29 de agosto de 1822, uma semana antes da Independência do Brasil, quando estava o Príncipe em caminho para São Paulo. Tornaram-se, segundo relato escrito dele próprio, amantes no mesmo dia. Após a Independência, D. Pedro mandou trazer a favorita em meados de 1823 para a Côrte, tornando-a primeira dama da Imperatriz Da. Leopoldina, a 04 de abril de 1825. Viveram escandaloso romance que perdurou sete anos. Além de cumulá-la de presentes, deu-lhe fabuloso palacete em São Cristóvão e uma casa em Iguaçu. Levava a favorita onde fosse, indo com ele à Salvador, o que causou escândalo nacional. D. Pedro deu-lhe o título de Viscondessa de Santos, a 15 de outubro de 1825, para logo depois torná-la Marquesa de Santos (1827). Condecorou-a com a Ordem de Santa Isabel, a Católica (1827), só conferida a mulheres ilibadamente honestas. Teve quatro filhos com o Imperador: Isabel Maria, Duquesa de Goiás (1824-98); Pedro, Maria Isabel (estes dois natimortos) e Maria Isabel (1830-76). Teve D. Pedro igualmente um filho, Rodrigo, com a irmã mais velha da Marquesa, Da. Maria Benedita Delfim Pereira, casada com Boaventura Delfim Pereira, Barões de Sorocaba. D. Pedro I, logo depois que enviuvou, em dezembro de 1826, cansou-se da favorita a 13 de agosto de 1829, haja vista o ódio popular contra a mesma, devido a seu comportamento acintoso. Contraiu novo casamento em 1829 com a Princesa Maria Amélia, de 17 anos. Foi então Domitila desterrada para São Paulo, donde voltou semanas depois, só para ser novamente desterrada, em caráter definitivo, em setembro de 1829. Em São Paulo, foi morar num casarão ainda existente no Pátio do Colégio. Ficou viúva de Felício em 1833, passando a viver maritalmente com seu primo, brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, com quem veio a casar-se a 14 de junho de 1842, quando rebentou a Revolução Liberal, em São Paulo. Dessa união nasceram os seguintes filhos: Rafael, João, Gertrudes, Antônio, Brasílico e Heitor, este último morto adolescente. Faleceu aos 69 anos, em 1867, sendo enterrada no Cemitério da Consolação, em São Paulo. Recentemente, formou-se movimento em prol de sua canonização. O GARANHÃO E AS GALINHAS D. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, mais conhecido entre nós como D. Pedro I, nasceu a 12 de outubro de 1798 no Palácio de Queluz, em Portugal. Era um dos nove filhos de D. João e de Da. Carlota Joaquina de Bourbon. O destino quis que fosse ele o futuro autor de nossa emancipação política. Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, veio para o Brasil em novembro de 1807, chegando no Rio de Janeiro em março de 1808, com nove anos. Aqui se fez homem. Quando do retorno de sua família a Portugal, em 1821, ficou no Brasil como Príncipe Regente. Influenciado por bons brasileiros, acabaria proclamando nossa Independência a 7 de setembro de 1822, sendo aclamado Imperador do Brasil 4 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
  • 5. a 12 de outubro seguinte. Apesar de nossa dívida de gratidão para com D. Pedro I, seu governo deixou muito a desejar, sendo obrigado a renunciar a 7 de abril de 1831, deixando aqui no Brasil seu filho D. Pedro II, então com cinco anos. De volta a Portugal, retomou, após longa campanha militar, o trono lusitano de seu irmão usurpador e morreu ainda muito jovem como Rei D. Pedro IV de Portugal, a 24 de setembro de 1834. Se foi um mau governante entre nós, deixou, entretanto, fama de bom amante. Com efeito, são lendárias as histórias e casos de D. Pedro I com as mais incríveis mulheres, compromissadas ou não. Ele próprio casou-se duas vezes, o que não o impediu de “pular a cerca” em todas as ocasiões que pôde. Deixou uma vasta legião de filhos legítimos, legitimados ou não. Aqui tentamos apenas listar os mais bem documentados. Do casamento de D. Pedro com Da. Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, primeira Imperatriz do Brasil, houve sete filhos legítimos: Da. Maria da Glória (1819); D. Miguel (1820, morreu criança); D. João Carlos (1821, morreu criança); Da. Januária (1822); Da. Paula Mariana (1823, morreu criança); D. Francisco (1824, morreu criança); e D. Pedro de Alcântara (1825). Houve ainda mais dois fetos abortados, o último deles em dezembro de 1826. Do segundo consórcio com Da. Amélia de Leuchtemberg, apenas uma filha, Da. Maria Amélia, nascida em França a 1o. de dezembro de 1831. Dos que podem ser citados, com relativa segurança, como filhos naturais, teve D. Pedro I os seguintes: Com a Marquesa de Santos, Da. Domitila de Castro Canto e Melo, desquitada de Felício Pinto Coelho de Mendonça e já mãe de três filhos: Isabel Maria (1824), Duquesa de Goiás; Maria Isabel e Pedro, falecidos em criança; e Maria Isabel (1830), Condêssa de Iguaçu. Com a Baronesa de Sorocaba, irmã da anterior, Da. Maria Benedita Delfim Pereira, casada com Boaventura Delfim Pereira e já mãe de nove filhos: Rodrigo Delfim Pereira (1830). Com Da. Joana Mosqueira: José de Bragança e Bourbon. Com a austríaca Ana Steinhaussem Schüch, casada com o bibliotecário da Imperatriz: Augusto Schüch (1817). Com a formosa mineira Da. Gertrudes Meireles: Teotônio Meireles da Silva (1823). Com a poetisa mineira Luísa de Menezes (Luizinha): Mariana Amélia de Albuquerque (1823). Com Da. Letícia Lacy, esposa de um violinista espanhol: D. Luiz Pablo Rosquellas, nascido no Rio a 25 de abril de 1823. Com Da. Cleménce Saisset, casada com Pierre Felix Saisset e já mãe de dois filhos: Pedro de Alcântara Brasileiro, nascido em Paris, a 23 de agosto de 1829. Com a bailarina do Teatro São João, Da. Noemi Valency: um filho, nascido em Pernambuco e que viveu pouco tempo (1817). Com Da. Adozinda Carneiro Leão (Zindinha): uma criança da qual não se teve mais notícias. Com Andreza dos Santos, preta quituteira do Palácio de São Cristóvão: uma menina mulata, nascida em 1831. Com a esposa de um de seus ministros: Da. Urbana de tal. Era também filha de D. Pedro I, uma tal de Isabel de Bourbon e Bragança, nascida no Rio de Janeiro, de mãe desconhecida. Uma outra 5 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com
  • 6. homônima, e morando na França, viúva de um tal Lafarge, afiançava também ser filha bastarda de nosso Imperador. E, finalmente, com uma freira, na Ilha Terceira: um menino, nascido em 1832. Ufa, excusez du peu! Somando tudo, podemos concluir que, de 1817 a 1832, num espaço de quinze anos, nosso primeiro Imperador foi pai de, pelo menos, umas 28 crianças, fora as de história duvidosa, que são muitas. As amantes com as quais não teve filhos somam-se às dezenas... Numa carta datada de fins de 1831, D. Pedro confessava a um amigo que “...não podia mais enrijecer certos músculos, o que o fazia com facilidade no passado”. Usou tanto que gastou... Morreu corroído pela sífilis três anos depois, aos trinta e cinco anos e onze meses de idade. Milton de Mendonça Teixeira. 6 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com