2. OBJETIVOS
• Oferecer uma visão objetiva da dinâmica do
desenvolvimento econômico e social e seus
impactos sobre o meio ambiente.
• Indicar os custos ambientais do
desenvolvimento econômico e social.
• Identificar os requisitos de sustentabilidade
global e setorial.
• Estabelecer as políticas ambientais
requeridas na era contemporânea.
3. SUMÁRIO
1. O sistema econômico nacional e global e seu
funcionamento
2. O conceito de desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento capitalista e desenvolvimento
sustentável
3. Custos ambientais e contabilidade ambiental
4. Agropecuária, impactos ambientais e sustentabilidade
5. Indústria, impactos ambientais e sustentabilidade
6. Energia, impactos ambientais e sustentabilidade
7. Transportes, impactos ambientais e sustentabilidade
8. Cidades, impactos ambientais e sustentabilidade
9. Políticas ambientais requeridas na era contemporânea
4. O SISTEMA ECONÔMICO NACIONAL E
GLOBAL E SEU FUNCIONAMENTO
• Dinâmica de desenvolvimento da
economia mundial
• Economia mundial e economia nacional
• A crítica da perspectiva nacional: A
análise dos sistemas-mundo
• Cenários de evolução da economia
mundial e das economias nacionais
5. DINÂMICA DE DESENVOLVIMENTO DA
ECONOMIA MUNDIAL
ANTIMERCADO
ECONOMIA DE MERCADO
VIDA MATERIAL
Estrutura do capitalismo em camadas segundo Fernand Braudel
6. DINÂMICA DE DESENVOLVIMENTO DA
ECONOMIA MUNDIAL
• Giovanni Arrighi defende a tese de que existiram quatro
ciclos sistêmicos de acumulação de capital durante a
evolução do capitalismo como sistema mundial:
• o ciclo genovês do Século XV ao início do Século XVII
• o ciclo holandês do fim do Século XVI até decorrida a
maior parte do Século XVIII
• o ciclo britânico da segunda metade do Século XVIIII até o
início do Século XX
• o ciclo norte-americano, iniciado no fim do Século XIX e
que prossegue na atual fase de expansão financeira
• O regime genovês durou 160 anos, o holandês 140 anos, o
britânico 160 anos e o norte-americano 100 anos
7. DINÂMICA DE DESENVOLVIMENTO DA
ECONOMIA MUNDIAL
• Para Immanuel Wallerstein existe um moderno sistema-
mundo que se originou no Século XVI, o “longo século XVI”
no dizer de Braudel, isto é, de 1450 a 1640, denominado
capitalismo.
• Capitalismo e economia-mundo são as faces de uma mesma
moeda. O capitalismo foi, desde o início, um assunto da
economia-mundo e não de estados-nações e que se trata de
um equívoco afirmar que é somente no Século XX que o
capitalismo se tornou mundial.
• Foi apenas com a emergência da moderna economia-mundo
na Europa do Século XVI que se viu o pleno desenvolvimento
e a predominância econômica do comércio.
8. DINÂMICA DE DESENVOLVIMENTO DA
ECONOMIA MUNDIAL
• Immanuel Wallerstein defende a tese de que a economia
capitalista mundial que passou a existir na Europa no Século
XVI é uma rede de processos de produção integrados,
unificados em uma simples divisão do trabalho.
• Seu imperativo básico é a incessante acumulação de capital
que é centralizada via acumulação-primitiva, a concentração
de capital e os mecanismos de troca desiguais.
• Sua superestrutura política é o sistema interestatal
composto por “estados”, alguns soberanos, outros coloniais.
• As zonas sob a jurisdição desses estados no sistema
interestatal não têm sido economicamente autônomas,
desde que elas têm sido sempre integradas em uma grande
divisão do trabalho da economia mundial.
9. FATORES GERADORES DA
GLOBALIZAÇÃO
Ação conjunta de Conquista de
Governos e fontes de
Grupos Capitalistas matérias primas
Globalização da Conquista de
Avanço técnico
economia novos mercados
Acumulação do Obtenção de
capital lucros crescentes
10. PERÍODOS DA
GLOBALIZAÇÃO
Data Período Característica
1450-1850 Primeira fase Expansionismo
mercantilista
1850-1950 Segunda fase Industrial-
imperialista-
colonialista
1950-1989 Terceira fase Descolonização-
Guerra Fria-
Reestruturação
produtiva
Pós 1989 Globalização Declínio do
recente Estado-Nação-
Reestruturação do
sistema inter-
estatal
12. IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA-
DISPARIDADES ENTRE OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E OS
DEMAIS
Progresso
técnico nos países
capitalistas
desenvolvidos
Acumulação de
Progresso dos
capital nos países
países capitalistas
capitalistas
desenvolvidos
desenvolvidos
Modos de
Disparidades
produção
entre países
pré-capitalistas
desenvolvidos e
em países
os periféricos e
semiperiféricos
semiperiféricos
e periféricos
Atraso
Atraso ou
econômico
inviabilidade do
dos países
processo de
periféricos e
industrialização
semiperiféricos
Ação
colonialista e
imperialista das
grandes potências
capitalistas
13. LIMITES AO PROCESSO DE
ACUMULAÇÃO DO CAPITAL
A consciência política alcançada pelas
populações em todo o planeta torna difícil
evitar o aumento dos níveis salariais, restringir
investimentos no bem-estar-social (educação e
saúde) e não assegurar renda firme.
O Estado não pode ao mesmo tempo expandir
subsídios às empresas privadas e aumentar os
investimentos em bem-estar-social para os
cidadãos.
A combinação do aumento da consciência
política da população e da crise fiscal dos
Estados levará a uma luta de massas que
poderá tomar a forma de guerra civil ao nível
global e de cada Estado.
14. CENÁRIOS DE IMMANUEL
WALLERSTEIN
• Há uma limitação do crescimento econômico
mundial no período 2000-2025 em face das
restrições ambientais.
• Custos reais de produção devem crescer
globalmente e, portanto, os lucros devem
declinar.
• A expansão da globalização será abortada com o
colapso político do sistema mundial.
• A base ecológica será debilitada mais do que
fisicamente possível para a Terra dar-lhe
sustentação, com a ocorrência de catástrofes
tais como o aquecimento global.
• Os custos sociais de limpeza, limitação de uso e
regeneração ambiental poderão levar à redução
do lucro global e da prosperidade nos países do
Norte, além de ampliar as disparidades e
tensões entre os países do Norte e do Sul.
16. A INSUSTENTABILIDADE DO
DESENVOLVIMENTO
CAPITALISTA NO SÉCULO XX
DE 1900 ATÉ 1996 :
• a população mundial mais do que triplicou;
• o produto mundial bruto cresceu cerca de 20
vezes;
• o consumo de combustíveis foi elevado em 30
vezes, e
• a produção industrial se expandiu 50 vezes.
• Cerca de 80 % desse crescimento aconteceu a
partir de 1950.
17. A INSUSTENTABILIDADE DO MODELO
ATUAL DE DESENVOLVIMENTO
• Exaustão das florestas, espécies
animais e vegetais e solos que
sustentam a vida
• Degradação em ritmo acelerado das
águas potáveis e dos oceanos
• Destruição da camada de ozônio que
protege a vida
• Aquecimento global- efeito estufa
18. O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
•O desenvolvimento que procura satisfazer as
necessidades da geração atual sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de satisfazerem
as suas próprias necessidades
•Significa possibilitar que as pessoas, agora e no
futuro, atinjam um nível satisfatório de
desenvolvimento social e econômico e de
realização humana e cultural fazendo, ao mesmo
tempo, um uso razoável dos recursos da terra e
preservando as espécies e os habitats naturais
Relatório Brundtland
19. CONCEITO DE
ECODESENVOLVIMENTO
(Maurice Strong)
Caminhos do Desenvolvimento :
• satisfação das necessidades básicas da
população
• solidariedade com as gerações futuras
• participação da população envolvida
• preservação dos recursos naturais e do meio
ambiente
• implantação de um sistema social que garanta
emprego, segurança social e respeito a outras
culturas, programas de educação
20. ECONOMIA E MEIO AMBIENTE
RECI-
CLA-
MATÉRIA-PRIMA DO
PRODU-
TORES
RESÍDUOS DESCARGA
MEIO
BENS AMBIENTE
CONSU- RESÍDUOS
MIDO-
RES DESCARGA
RECI-
CLA-
DO
MATÉRIA-PRIMA
21. LOGÍSTICA REVERSA
• A logística reversa é a área da logística que trata dos
aspectos de retornos de produtos, embalagens ou
materiais ao seu centro produtivo.
• Empresas incentivadas pelas Normas ISO 14000 e
preocupadas com a gestão ambiental, também
conhecida como "logística verde", começaram a
reciclar materiais e embalagens descartáveis, como
latas de alumínio, garrafas plásticas e caixas de
papelão, entre outras, que passaram a se destacar
como matéria-prima e deixaram de ser tratadas como
lixo.
• A logística reversa no processo de reciclagem faz com
que os materiais retornem a diferentes centros
produtivos em forma de matéria prima.
22. LOGÍSTICA REVERSA
• Atividades da administração da logística reversa prevê o
reaproveitamento e remoção de refugo e a administração de
devoluções.
• Em várias empresas, foi demonstrado que um pequeno
investimento no gerenciamento da Logística Reversa resulta
em economias substanciais. A Logística Reversa é a última
fronteira em redução de custos.
• A logística reversa aplica-se a todos os fluxos físicos
inversos, isto é, do ponto de consumo até à origem ou
deposição em local seguro de embalagens, produtos em fim
de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de
aplicação.
• Os fluxos físicos de sentido inverso, estão ligados às novas
indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais
em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e
detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos
deteriorados ou objeto de reclamação e consequente
devolução, retorno de embalagens utilizadas e a
23. DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• O complexo metabólico natureza/capitalismo é
usado para a produção de lucro e para uma cada
vez maior acumulação de capital (Sweezy, 2004,
p.92).
• A natureza do capitalismo é capitalizar a
natureza no sentido de a adequá-la aos intentos
da produção de lucro.
• A configuração econômica e social das
formações sociais do sistema capitalista mundial
concorre diretamente para a degradação do
meio ambiente.
24. DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• Um dos problemas ambientais que mais tem afetado a periferia
capitalista nas últimas três décadas é a recepção de lixos e
refugos provenientes do centro, dos países capitalistas mais
avançados.
• A poluição e a destruição do ambiente não se restringem aos
países periféricos.
• A feroz industrialização da Coreia da Sul – o principal “Tigre
Asiático” dos anos 1960 e 1970 – e da China – futura potência
hegemônica do mundo- resultou em enorme degradação
ecológica, pondo a nu o carácter intrinsecamente destruidor do
capitalismo.
• Tem havido um aumento dramático pela procura de recursos
naturais de todos os gêneros, incluindo água, terra e recursos
energéticos. Ao mesmo tempo, os níveis de poluição da água e
do ar dispararam.
• Mais de 75% das águas dos rios que percorrem as zonas urbanas
da China são impróprias para consumo ou para pescar. Cerca de
60 milhões de pessoas não têm acesso a água potável, e quase
três vezes esse número bebem água contaminada.
25. DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• A super-concentração de indústria capitalista em determinadas
zonas do globo comporta fortes desfigurações do meio
ambiente e da saúde pública.
• A euforia patenteada na década de 1990 de que a “Nova
Economia” (neoliberal) constituiria um momento histórico do
capitalismo liberto de contradições, de desigualdades sociais e
de desastres ecológicos revelou-se uma noção falaciosa.
• O capitalismo – mesmo na sua forma econômica e
tecnologicamente mais desenvolvida – não produz nem
seleciona as tecnologias ou recursos energéticos com uma
menor carga poluente.
• Com a produção capitalista, a natureza transforma-se num mero
objeto a ser subjugado. Este processamento instrumental da
natureza, conduzido pelo objetivo da acumulação monetária,
prossegue sem qualquer preocupação com a natureza.
26. INDICADORES DIFERENCIADOS
Recomendações do Report by the
Commission on the Measurement of
Economic Performance and Social
Progress (Stiglitz-Sen-Fitoussi, 2009):
• Desempenho econômico (PIB)
• Qualidade de vida (ou bem-estar)
• Sustentabilidade do
desenvolvimento
27. INDICADORES DIFERENCIADOS
1. O PIB (ou PNB) deve ser inteiramente substituído
por uma medida bem precisa de renda domiciliar
disponível, e não de produto.
2. A qualidade de vida só pode ser medida por um
índice composto bem sofisticado, que incorpore
até mesmo as recentes descobertas desse novo
ramo que é a economia da felicidade.
3. A sustentabilidade exige um pequeno grupo de
indicadores físicos, e não de malabarismos que
artificialmente tentam precificar coisas que não
são mercadorias.
28. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Recomendações do Report by the Commission on the
Measurement of Economic Performance and Social Progress
(Stiglitz-Sen-Fitoussi, 2009) referentes aos indicadores de
sustentabilidade:
• Mensagem 1: Medir sustentabilidade difere da prática estatística
standard em uma questão fundamental. Para que seja adequada, são
necessárias projeções e não apenas observações.
• Mensagem 2: Medir sustentabilidade também exige necessariamente
algumas respostas prévias a questões normativas. Também nesse
aspecto há forte diferença com a atividade estatística standard.
• Mensagem 3: Medir sustentabilidade também envolve outra dificuldade
no contexto internacional. Pois não se trata apenas de avaliar
sustentabilidades de cada país em separado. Como o problema é global,
sobretudo em sua dimensão ambiental, o que realmente mais interessa
é a contribuição que cada país pode estar dando para a sustentabilidade
global.
29. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
RECOMENDAÇÕES DE JOSÉ ELI DA VEIGA
• A avaliação da sustentabilidade requer um pequeno
conjunto bem escolhido de indicadores, bem
diferente dos que podem avaliar qualidade de vida
e desempenho econômico
• Característica fundamental dos componentes desse
conjunto deve ser a possibilidade de interpretá-los
como variações de estoques e não de fluxos
• Um índice monetário de sustentabilidade até pode
fazer parte, mas deve permanecer exclusivamente
focado na dimensão estritamente econômica da
sustentabilidade
• Os aspectos ambientais da sustentabilidade exigem
acompanhamento específico por indicadores físicos
30. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
(Yale e Columbia University)
• 68 variáveis e 20 indicadores essenciais foi
calculado para 142 países.
• Cinco dimensões: 1) sistemas ambientais
(água, ar, solo e ecossistemas) ; 2) estresses
(tipo crítico de poluição ou exploração
exorbitante de recurso natural); 3)
vulnerabilidade humana (situação nutricional e
doenças relacionadas com o meio ambiente); 4)
capacidade social e institucional para enfrentar
os problemas com o meio ambiente; e, 5)
responsabilidade global (esforços de cooperação
internacional).
31. CUSTOS AMBIENTAIS
• Diretos: transporte, tratamento e eliminação
dos resíduos
• Ocultos: notificações, análises, declarações,
medidas de segurança, etiquetas, seguros de
acidentes
• Intangíveis: qualidade do produto, impacto
ambiental, imagem da empresa, higiene
• Futuros: responsabilidade de saneamento do
solo, substituição de recursos, causas civis e
criminais, danos sanitários
32. CUSTOS AMBIENTAIS
• Custos resultantes da obtenção de informação ambiental: (1) custos gerais de
obtenção de informação ambiental; (2) quotas relacionadas com associações
ambientais; (3) ajudas a organizações ambientais; (4) custos de participação em
sistemas ambientais como eco-auditoria, eco-gestão,eco-etiqueta.
• Custos provenientes de um plano de gestão ambiental: (1) estudos de impacto
ambiental; (2) análise de riscos ambientais; (3) estudo de planos de emergências
internos e externos; (4) custos de formação dentro da empresa; (5) custo de
análises laboratoriais; (6) perdas incorridas em investigação e desenvolvimento
ambiental; (7) prémios de seguros.
• Custos derivados de adaptação tecnológica ambiental: (1) royalties pelo uso de
tecnologia ambiental; (2) amortização de ativos ambientais; (3) consumos de
equipamentos novos para a gestão ambiental; (4) donativos a fundos de
reutilização; (5) custos de restauração e recuperação dos recursos naturais.
• Custos derivados da gestão de resíduos, emissões e efluentes: (1) tratamento
prévio; (2) transporte; (3) armazenamento; (4) manipulação de substâncias
contaminantes e de embalagens retornáveis; (5) verificações por parte dos
gestores autorizados.
• Custos derivados da gestão do produto: (1) publicidade ecológica, (2) marketing
ambiental; (3) análise do ciclo de vida do produto, (4) peritagens profissionais
externas; (5) certificações e medições ambientais; (6) provisões por
obsolescência de existências.
• Custos administrativos: (1) licenças; 2) relatórios periódicos emitidos à
Administração; (3) materiais de análises e de laboratório; (4) tributos e impostos
ecológicos; (5) multas e sanções administrativas.
• Gastos derivados de auditorias ambientais.
33. CUSTOS AMBIENTAIS
• Custos derivados de sistemas de informação e prevenção
ambiental
• Custos derivados de investimentos em instalações
• Custos plurianuais de conservação e manutenção
• Custos derivados da interrupção do processo de fabricação
• Custos derivados de acidentes
• Custos derivados de novas exigências
• Custo derivado da melhoria da imagem ambiental da
empresa
• Custos de sistema de controle e medição
• Custos não desembolsáveis
• Custos jurídicos
• Outros custos de caráter cientifico
34. CUSTOS AMBIENTAIS
• Custos ambientais implícitos: os que produzem efeitos irreparáveis sobre o meio
ambiente, representando um elevado custo para a sociedade. Os danos causado
não permitem a renovação, o que representa graves riscos para a sobrevivência
das espécies e qualidade de vida.
• Custos derivados de investimentos: os que são efetuados com o objetivo de
adaptar processos produtivos ambientalmente mais corretos como a
incorporação de processos produtivos alternativos que substituem os atuais no
âmbito das tecnologias limpas; modificação dos processos atuais com o objectivo
de melhorar a qualidade do produto final e a diminuição dos efeitos negativos
sobre o ambiente; adição de equipamentos de tecnologia de fim de linha com o
intuito de tornar menos danosas as emissões de qualquer tipo de poluentes.
• Custos de produção: aqueles em que as empresas incorrem com o objetivo das
suas atividades industriais, destacando-se a contratação de mão-de-obra
qualificada e a sua formação; custos derivados da gestão de resíduos
provenientes do processo produtivo, nomeadamente reciclagens,
armazenamento, transporte e deposição.; dotações para provisões ambientais,
para cobertura de risco a longo prazo, como consequência das atividades
desenvolvidas.
• Custos Sociais: referentes a impostos, sanções, multas, seguros e outros custos
relacionados com a emissão de efluentes inevitáveis e todos os que se possam
incluir no Princípio do Poluidor Pagador.
• Os custos derivados são as dotações para amortizações, custos de manutenção e
todos os que resultem da detenção desses ativos. Inserem-se na categoria geral
de custos de prevenção ou redução da poluição.
35. CUSTOS AMBIENTAIS
• Custos Ecológicos – relacionados com a prevenção,
destinados a evitar e prevenir os efeitos nocivos ao meio
ambiente quer os relacionados com a pesquisa e
desenvolvimento ou com o ciclo produtivo, de distribuição
e de aprovisionamento, quer os dos sistemas de controle
e informação. Normalmente são fáceis de determinar e a
sua contabilização não levanta grandes problemas.
• Custos Ambientais - custos externos que incluem não só
as indenizações pagas ou a pagar a terceiros e
determinados por cálculo exato ou estimativa, mas
também os relacionados com a reposição do ambiente,
afetado pela atividade da empresa e outros prejuízos
causados à humanidade. Estes custos serão depois
trabalhados e imputados de forma a preparar os
elementos necessários às informações para a gestão.
36. CUSTOS AMBIENTAIS
1. CUSTOS AMBIENTAIS ENDÓGENOS
• São aqueles induzidos pela administração. É interna à célula
social. Ocorrem quando a administração aplica meios de
pagamentos na compra de utensílios que vão ser utilizados para
cuidar do entorno ecológico. Isto pode ocorrer como estratégia de
negócios, marketing, consciência ecológica etc.
2. CUSTOS AMBIENTAIS EXÓGENOS
• São aqueles induzidos por pressão e influência do entorno como
legislação ambiental do governo, clientes, acionistas
(stakeholders), investidores, fornecedores, ambientalistas,
organizações não governamentais (ONGs) e outros.
3. ATIVO AMBIENTAL
• São os utensílios (bens) incorporados na célula social para serem
usados na preservação do meio ambiente.
4. PASSIVO AMBIENTAL
• São as obrigações com terceiros na compra de ativos que serão
utilizados na preservação do meio ambiente e aqueles
provenientes das penalidades impostas à empresa por infração à
legislação ambiental e danos no meio ambiente.
37. CONTABILIDADE AMBIENTAL
• Contabilidade ambiental é o registro do patrimônio
ambiental (bens, direitos e obrigações ambientais) de
determinada entidade, e suas respectivas mutações -
expressos monetariamente.
• Seu objetivo é propiciar informações regulares aos usuários
internos e externos acerca dos eventos ambientais que
causaram modificações na situação patrimonial da
respectiva entidade, quantificado em moeda.
• Historicamente, a Contabilidade do Meio Ambiente passou a
ter status de um novo ramo da ciência contábil em fevereiro
de 1998, com a finalização do "relatório financeiro e contábil
sobre passivo e custos ambientais" pelo Grupo de trabalho
inter-governamental das Nações Unidas de Especialistas em
padrões Internacionais de Contabilidade e relatórios (ISAR –
United Nations Intergovernanmental Working Group of
Experts on International Standards of Accounting and
Reporting).
38. IMPACTOS AMBIENTAIS
• Toda atividade humana gera impacto ambiental, em maior ou menor escala. A
legislação brasileira pede Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto
no Meio Ambiente (RIMA) nas seguintes situações:
• Construção de
rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos
coletores e emissários de esgoto
• Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica (acima de 230 kV);
• Obras hidráulicas para fins de saneamento, drenagem, irrigação, retificação de curso
d'água, transposição de bacias, canais de navegação, hidrelétricas, diques
• Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão, gás natural) e minério
• Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos
• Instalação de usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia
primária (acima de 10 MW), inclusive a instalação de parques eólicos
• Complexos e unidades industriais (petroquímicas, siderúrgicas, cloroquimicas) e agro-
industriais (destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos)
• Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEI)
• Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou
menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental
• Projetos urbanísticos (acima de 100 ha), ou em áreas consideradas de relevante
interesse ambiental
• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal em quantidade superior a dez
toneladas por dia
39. IMPACTOS AMBIENTAIS DA
ATIVIDADE AGROPECUÁRIA
• Erosão dos solos
• Desertificação
• Assoreamento de cursos d’água
• Contaminação dos solos e água por agrotóxicos, fertilizantes,
medicação veterinária, detergentes e óleos, dejetos agrícolas
e outros resíduos orgânicos e microorganismos patogênicos
• Monocultura
• Redução da biodiversidade biológica
• Cultivo de organismos geneticamente modificados
• Diminuição de áreas de vegetação nativa
• Desmatamento
• Queimadas e emissão de CO2
• Superlotação e degradação de pastagens
• Emissão de CO2 pelo gado
40. IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDÚSTRIA
• O resíduo industrial, vulgarmente chamado de lixo industrial, é
proveniente de processos industriais. É muito variado o processo
de produção industrial o que gera grande variedade de resíduos
sólidos, líquidos e gasosos.
• Diferentes são as indústrias e também os processos por elas
utilizados e os dejetos resultantes. Alguns resíduos podem ser
reutilizados ou reaproveitados. Muito dos resíduos das indústrias
alimentícias são utilizados como ração animal. Por outro lado, o
das que geram material químico são bem menos aproveitados por
apresentarem maior grau de toxicidade e elevado custo para
reciclagem.
• A liberação de resíduos ou produtos “não-necessários” da
indústria para o ambiente pode causar a poluição do ar, da água e
do solo.
• No Brasil, a indústria vem reduzindo a poluição do ar, porém o
descarte indevido e ilegal em locais clandestinos tem provocado
uma considerável poluição do solo e contaminando as águas de
superfícies, bem como as subterrâneas (lençóis freáticos).
41. CONSUMO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO
POR SETOR NO BRASIL EM 2009- %
consumo na transformação
4%
setor
energético
consumo final não comercial
5%
energético 0%
residencial público
14% 6% 1%
agropecuário
industrial 6%
13%
transportes
51%
42. OFERTA INTERNA DE ENERGIA ELÉTRICA POR FONTE
EM 2009- %
importação
eólica 8%
0%
biomassa
gás natural 5%
3%
derivados de petróleo
3%
nuclear
3%
carvão e derivados
1%
hidráulica
77%
43. OFERTA INTERNA DE ENERGIA ELÉTRICA
NO BRASIL POR FONTE EM 2030- %
cogeração biomassa da eólicas resíduos urbanos outras
cana 1% 1% 1%
3% carvão
3%
nucleares
5%
gás natural
9%
hidráulica
77%
44. IMPACTOS AMBIENTAIS DO SETOR DE
PETRÓLEO
1. Poluição atmosférica
• O setor petrolífero é responsável por 75% do dióxido de carbono
lançado à atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre e
cerca de 76% dos óxidos de nitrogênio.
• O consumo de derivados de petróleo pelo setor de transporte é o que
apresenta a maior contribuição para a degradação do meio ambiente
em nível local e global. Estima-se que 50% dos hidrocarbonetos
emitidos em áreas urbanas e aproximadamente 25% do total das
emissões de todo dióxido de carbono gerado no mundo, resultem das
atividades desenvolvidas com os sistemas de transporte.
2. O efeito estufa
• Um dos mais complexos e maiores efeitos das emissões do setor
energético são os problemas globais relacionados com mudanças
climáticas.
• O acúmulo de gases, como o dióxido de carbono na atmosfera, acentua
o efeito estufa natural do ecossistema terrestre a ponto de romper os
padrões de clima que condicionam a vida humana, de
animais, peixes, agricultura, vegetação, etc.
45. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS
TERMELÉTRICAS
• A produção de eletricidade em termelétricas representa
em escala mundial cerca de um terço das emissões
antropogênicas de dióxido de carbono, sendo seguida
pelas emissões do setor de transporte e industrial.
• Os principais combustíveis utilizados em todo o mundo
são o carvão, derivados de petróleo e, crescentemente, o
gás natural.
• Existem ainda outros tipos de usinas termelétricas que
queimam resíduos de biomassa (lenha, bagaço) e até
mesmo lixo urbano.
• É importante notar também que houve bastante
progresso com relação ao aumento da eficiência de usinas
termelétricas através da introdução de tecnologias de co-
geração e turbinas a gás.
• As possibilidades de gaseificação de carvão, madeira e
bagaço oferecem novas oportunidades de usinas mais
eficientes e com menores impactos que as convencionais.
46. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS
HIDRELÉTRICAS
• Muitas vezes faz-se referência a hidroeletricidade como sendo
uma fonte "limpa" e de pouco impacto ambiental.
• Embora a construção de reservatórios, grandes ou
pequenos, tenham trazidos enormes benefícios para o
país, ajudando a regularizar cheias, promover irrigação e
navegabilidade de rios, elas também trazem impactos irreversíveis
ao meio ambiente. Isso é especialmente verdadeiro no caso de
grandes reservatórios.
• Existem problemas com mudanças na composição e propriedades
químicas da água, mudanças na temperatura, concentração de
sedimentos, e outras modificações que ocasionam problemas
para a manutenção de ecossistemas à jusante dos reservatórios.
• Esses empreendimentos, mesmo bem controlados, têm tido
impactos na manutenção da diversidade de espécies (fauna e
flora) e afetado a densidade de populações de peixes, mudando
ciclos de reprodução.
• As hidrelétricas na Amazônia podem contribuir também para a
destruição da floresta, além de afetar populações indígenas.
47. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS CENTRAIS
ELÉTRICAS NUCLEARES
• A energia nuclear é aquela que mais tem chamado atenção quanto aos seus
impactos ao meio ambiente e à saúde humana.
• São três os principais problemas ambientais dessa fonte de energia. O
primeiro é a manipulação de material radioativo no processo de produção de
combustível nuclear e nos reatores nucleares, com riscos de vazamentos e
acidentes. O segundo problema está relacionado com a possibilidade de
desvios clandestinos de material nuclear para utilização em armamentos, por
exemplo, acentuando riscos de proliferação nuclear. Finalmente existe o grave
problema de armazenamento dos rejeitos radioativos das usinas.
• Já houve substancial progresso no desenvolvimento de tecnologias que
diminuem os riscos de contaminação radioativa por acidente com reatores
nucleares, aumentando consideravelmente o nível de segurança desse tipo de
usina, mas ainda não se apresentam soluções satisfatórias e aceitáveis para o
problema do lixo atômico.
50. O SETOR DE TRANSPORTES NO
MUNDO
• O setor de transportes é responsável por 23% das
emissões mundiais de gases do efeito estufa (emissões
ligadas ao consumo de energia: cálculo sem
desmatamento) (International Energy Agency, 2006; Kahn
Ribeiro et al., 2007)
• Emissões do setor de transportes vem aumentando mais
do que os demais setores relacionados ao consumo de
energia, com o transporte de cargas aumentando mais do
que o de passageiros
• 90 % das mercadorias são transportadas pelos oceanos
• Navegação conta com menos de 10% das emissões de
gases do setor de transportes (Kahn Ribeiro et al., 2007;
Fugelstvedt et al., 2008)
51. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS RODOVIAS
• Grande efeito poluidor dos gases liberados
pelos escapamentos dos automóveis e
caminhões
• Retirada e transferência de enormes
quantidades de terra
• Desmatamento
• Alterações na forma de escoamento das
águas
• Assoreamento de rios
• Expansão urbana associada
52. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS FERROVIAS
• Desmatamento de áreas
• Remoção de terra para nivelamento dos
trilhos
• Alterações na forma de escoamento das
águas
• Devastação de áreas já beneficiadas
para agricultura e pecuária
• Construção de pontes para a travessia
de biomas
53. FERROVIAS, RODOVIAS E MEIO AMBIENTE
• As ferrovias têm uma eficiência energética 2,5 vezes maior que
as rodovias
• Cotejando eficiência energética e danos ao meio ambiente, a
ferrovia é disparada o meio de transporte de carga que deve ser
visto como o modal do século XXI, tal como foi o precursor no
século XIX
• Na década DE 1980, 4,4 litros de diesel na ferrovia
movimentavam, em média, uma tonelada de carga por 378
quilômetros. No momento, a mesma quantidade de
combustível já transporta, em média, uma tonelada de carga
por 653 quilômetros
• No caso de caminhões com capacidade de 15
toneladas, como, por exemplo, um modelo 1620 da
Mercedes, utilizado no Brasil, o consumo de diesel para
transportar uma tonelada de carga por 653 quilômetros
aumenta para 12 litros, considerando um desempenho médio
54. PRINCIPAIS HIDROVIAS NO BRASIL
• Hidrovias da Bacia Amazônica - formadas pelo trecho
Ocidental, navegável por embarcações
marítimas, pela hidrovia do Solimões e pela hidrovia
do Rio Madeira
• Hidrovia do Tocantins e Araguaia
• Hidrovia do Rio São Francisco
• Hidrovia do Rio Paraguai
• Hidrovia Paraná-Tietê, onde se destaca o tramo norte
formado pelo reservatório de Ilha Solteira e o Tietê
• Hidrovias do Sul, formadas pelos rios Jacuí e Taquari
• Hidrovias do Nordeste, de menor porte no cenário
nacional, compostas pelos rios Parnaíba, Mearim e
outros
55. VANTAGENS DAS HIDROVIAS EM
RELAÇÃO ÀS RODOVIAS E FERROVIAS
• As hidrovias possibilitam a diminuição do
consumo de óleo diesel para o
transporte, promovendo economia e redução da
emissão de poluentes.
• A infra-estrutura para a implantação de uma
grande hidrovia requer menos investimento do
que na implantação de rodovias e ferrovias.
• As hidrovias têm menor impacto ambiental do
que a construção de rodovias e ferrovias por
utilizar uma via já existente - o rio.
56. IMPACTOS AMBIENTAIS DO SETOR AÉREO
• O setor aéreo responde por cerca de 2% das emissões
de dióxido de carbono do mundo , com previsão para
que este número cresça para 3% até 2050
• As emissões de gases do efeito estufa provenientes da
aviação cresceram 87% entre 1990 e 2006
• O impacto ambiental da aviação ocorre porque os
motores de aviões emitem ruídos , partículas e gases
que contribuem para as mudanças climáticas
• A indústria da aviação contribui também com as
emissões dos veículos internos aos aeroportos e
daqueles utilizados pelos passageiros e funcionários
que para eles se dirigem, bem como com as emissões
geradas pela produção de energia utilizada nos
edifícios dos aeroportos, a fabricação de aeronaves e
construção de infra-estrutura aeroportuária
57. POLUENTES GERADOS PELO
TRANSPORTE MARÍTIMO
• Água de lastro
• Hidrocarbonetos e águas oleosas
• Águas residuais
• Águas cinzas
• Resíduos sólidos
• Emissões dos motores (CO2, NOx, SO2 e
material particulado)
58. PROPOSTA PARA REDUÇÃO DE EMISSÕES
NO TRANSPORTE MARÍTIMO
• Otimizar as formas do navio para reduzir a
resistência à propulsão e, consequentemente, a
potência das máquinas e o consumo de combustível
• Aperfeiçoar as atuais configurações de instalação
propulsora com o aumento do rendimento de
hélices e da eficiência térmica de motores
• Adequar o processo de combustão dos motores
para reduzir o consumo de combustíveis e a
emissão de poluentes
• Utilizar fontes renováveis de energia como a eólica
com alterações significativas nas formas dos navios
59. COMPETITIVIDADE DOS MEIOS DE
TRANSPORTE
• A competitividade dos meios de transporte depende do
custo para transportar mercadorias e pessoas. O custo
varia com a distância a percorrer e com o meio de
transporte utilizado.
• Os transportes rodoviários são os mais indicados para
transportar pessoas e mercadorias a curtas distâncias.
• Os transportes ferroviários são os mais indicados para o
transporte de muitas pessoas e grandes cargas a média e a
longa distância.
• Os transportes marítimos são os mais adequados
no transporte de grandes cargas a longas distâncias.
• Os transportes aéreos são os mais rápidos (chegam mais
longe em menos tempo), mas são caros, poluentes e têm
um consumo elevado de combustível, sendo preferido nos
deslocamentos a média e longa distância no tráfego de
passageiros devido à sua velocidade, conforto e rapidez.
61. IMPACTOS AMBIENTAIS NAS CIDADES
• Nas grandes cidades um dos mais graves
problemas é a contaminação do ar. Gases
tóxicos são respirados pelos habitantes
urbanos que se reflete no aumento de
enfermidades respiratórias e da mortalidade
infantil
• As ´´ilhas de calor`` são um fenômeno cada
vez mais comum nas grandes cidades
• A poluição atmosférica também traz a
inversão térmica, caracterizada pela inversão
da variação normal da temperatura com a
altitude
62. IMPACTOS AMBIENTAIS NAS CIDADES
• Poluição sonora
• Poluição visual
• Poluição do ar
• Desmatamentos
• Excesso de consumo e desperdício de água
• Poluição dos mananciais por resíduos
domésticos e industriais
• Congestionamentos freqüentes de veículos
• Ocupação desordenada do solo urbano
• Verticalização das edificações
63. CIDADES SUSTENTÁVEIS
• Aperfeiçoar a eficiência energética para a obtenção de
economias de energia nas edificações, nas indústrias e nos
meios de transporte em geral contribuindo, dessa forma, para a
redução das emissões globais de carbono
e, conseqüentemente, do efeito estufa
• Os veículos automotores e equipamentos de usos domésticos e
industriais devem ter maior rendimento
• As edificações devem ser projetadas objetivando o máximo de
economia de iluminação, refrigeração e calefação
• As indústrias devem ser modeladas no sentido de requererem o
mínimo de recursos energéticos e matérias-
primas, contemplando também a autoprodução de energia com
o uso de resíduos de seus processos de produção
• Utilização de novas alternativas de transporte desde a bicicleta
até aqueles de alta capacidade baseadas em ferrovias, dentre
outras iniciativas
64. CIDADES SUSTENTÁVEIS
• Combater a poluição da terra, do ar e da água nas cidades
• Reduzir os desperdícios com a reciclagem dos materiais
atualmente utilizados e descartados
• Os materiais essenciais só devem ser utilizados nos
processos produtivos e em outras aplicações apenas em
último caso
• Os materiais essenciais devem, em primeiro lugar, ser
reutilizados inúmeras vezes; em segundo lugar, devem ser
reciclados para formarem um novo produto; em terceiro
lugar, devem ser queimados de modo a extrair toda a
energia que contenham e, apenas em última
instância, devem ser removidos para um aterro sanitário
• Reduzir as desigualdades sociais, contemplando a adoção
de medidas que contribuam para o atendimento das
necessidades básicas da população das cidades, tais como
alimentos, vestuário, habitação, serviços de
saúde, emprego e uma melhor qualidade de vida
65. PROBLEMAS DA POLÍTICA AMBIENTAL
NO BRASIL
• Desfiguração do código florestal
• Enfraquecimento do Zoneamento Ecológico-
econômico
• Eliminação do poder normativo do CONAMA
• Supressão da prerrogativa do poder executivo de criar
unidades de conservação
• Supressão do poder supletivo do órgão ambiental
federal para o exercício da fiscalização
• Revisão do Plano Nacional de Prevenção e Controle
dos Desmatamentos na Amazônia
• Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
pautado fundamentalmente em obras de infra-
estrutura altamente impactantes e despidas de
avaliação ambiental
66. POLÍTICA AMBIENTAL NECESSÁRIA AO BRASIL
• Reduzir as emissões globais de carbono promovendo mudanças no atual
modelo energético substituindo combustíveis fósseis (carvão e petróleo)
e usinas nucleares por recursos energéticos renováveis baseados na
hidroeletricidade, na biomassa e nas fontes de energia solar e eólica
para evitar ou minimizar o aquecimento global e, consequentemente, a
ocorrência de mudanças catastróficas no clima da Terra
• Combater os desmatamentos e queimadas dos recursos florestais
existentes
• Aperfeiçoar a eficiência energética desenvolvendo ações que levem à
obtenção de economias de energia na cidade e no campo, nas
edificações, na agricultura, nas indústrias e nos meios de transporte em
geral contribuindo, desta forma, também, para a redução das emissões
globais de carbono e, consequentemente, do efeito estufa
• Combater a poluição da terra, do ar e da água
• Reduzir os desperdícios com a reciclagem dos materiais atualmente
utilizados e descartados
• Ajustar o crescimento da população aos recursos disponíveis no Brasil
reduzindo suas taxas de natalidade
• Reduzir as desigualdades sociais contemplando a adoção de medidas
que contribuam para o atendimento das necessidades básicas da
população mundial em termos de
alimentos, vestuário, habitação, serviços de saúde e emprego, e uma
melhor qualidade de vida
67. UM NOVO CONTRATO
SOCIAL PLANETÁRIO
• Baseado na cooperação
internacional- solidariedade entre os
povos
• Defesa do patrimônio comum da
humanidade
• Compromisso pela preservação e
boa gestão dos recursos da Terra e
do desenvolvimento econômico e
social
• Nova ordem mundial: organizar as
relações entre os homens e destes
com a natureza