1. CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A
AGROINDÚSTRIA
E PROCESSOS AGROINDUSTRIAIS
PROF.: RONE ÍTALO
ALUNOS: FAGNER LOPES
PAULO VITOR
MÁRCIO
VALFRIDO
SEMINÁRIO SOBRE PRODUÇÃO
DE CAJUINA
2. INTRODUÇÃO
O caju (Anacardium occidentale L.), frutífera originária do
Nordeste brasileiro, foi descoberto pelos nativos destas terras,
que o utilizavam das mais diversas formas, seja como fruto (in
natura), seja como suco extraído por prensagem manual ou como
uma bebida fermentada (o caoi ou caoim), a qual era utilizada em
comemorações e em ocasiões especiais.
O caju é composto da castanha, o verdadeiro fruto, e do
pedúnculo, que é um pseudo ou falso fruto. O pedúnculo de
estrutura carnosa e suculenta é muito rico em vitamina C e fibras.
Um copo de suco de caju supre todas as necessidades diárias de
vitamina C de uma pessoa adulta. O suco apresenta ainda teores
de Açúcares e minerais, principalmente o ferro.
3. Além de ser consumido ao natural, como fruta fresca, o
pedúnculo pode ser utilizado na fabricação dos mais diversos
tipos de doces e bebidas. O suco fresco clarificado, engarrafado e
cozido em banhomaria, dá origem à cajuína, bebida refrescante,
não alcóolica, sem aditivos químicos incorporados e com
açúcares do próprio suco, tendo um sabor e uma coloração
semelhante ao suco de maçã clarificado e cantada em versos
como uma bebida "cristalina produzida em Teresina".
O Piauí é o estado do Nordeste que mais produz cajuína. Estima-
se que existem cerca de quatrocentos unidades nos municípios
produtores de caju do estado respondendo por mais da
metade de toda a cajuína produzida no Brasil, cuja produção é de
aproximadamente 10 milhões de garrafas anualmente.
INTRODUÇÃO
4. INTRODUÇÃO
A Cajuína é uma bebida típica do Nordeste Brasileiro,
sem áicool, clarificada e esterilizada, preparada a partir
do suco de cajú, no interior da embalagem, apresentando
uma cor amarelo-ãmbar, resultante
da caramelização dos açúcares naturais do suco. Preparada de
maneira artesanal, é muito comum nos estados
do Ceará, Piauí e Pernambuco. Foi inventada
em 1900 pelo farmaceutico, cearense por adoção, Rodolfo
Teófilo ( baiano naturalizado no Ceará) que pretendia com ela
combater o alcooolismo.
5. Nas regiões produtoras de caju, principalmente nos estados do
Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a cajuína é um produto
muito apreciado pelo seu sabor bastante característico e pelo
aspecto de uma bebida refrescante que deve ser consumida de
preferência gelada. Há um grande potencial de exploração de
mercado desse produto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste,
principalmente na cidade de São Paulo e no Distrito Federal,
onde há uma grande concentração de habitantes de origem
nordestina. O suco clarificado e concentrado pode ainda ser
INTRODUÇÃO
6. CADEIA PRODUTIVA OU FLUXOGRAMA
1. Colheita
2. Transporte
3. Recepção e pesagem
4. Descastanhamento
5. Primeira lavagem
6. Seleção
7. Segunda lavagem
8. Preçagem ou extração do
suco
9. Clarificalçao
10.Filtração
11.Pré-aquecimento
12.Envasamento
13.Fechamento
14.Tratamento térmico
15.Esfriamento
16.Rotulagem
17.armazenamento
Pela ordem , a cadeia produtiva da cajuína e sua industrialização,
funciona da seguinte forma:
18. RECOMENDAÇÕES CONCLUSÃO
Trabalhar a cajucultura sem o beneficiamento do pedunculo,
produzir apenas castanha castanha, deixou de ser um bom
negócio. Com os autos custos de podagem, limpeza do cajueiro
e colheita dastanha, e baixo preço da castanha, o resultdo
financeiro é baixíssimo, tornando inviável a cultura.
Pra se ter uma idéia, pra cada kilo de castanha, se produz nove
kilos de caju. Transformando em cajuína, a média é de dois kilos
de caju para um litro de cajuína.
Fazendo uma análise financeira, podemos chegar aos seguintes
dados:
19. • 10 kilos de castnha com caju = 1 kg de castnha + 9 kg de
pedúculo
•1 kg de castanha hoje custa R$ 1,70
•9 kg de caju dá pra produzir 4,5 litros de cajuína
•1 litro de cajuína hoje custa em média R$ 4,00 X 4,5 = R$18,00
20. Recomendo aos cajucultores, que vale apena
investir na agroindústria do caju, não só na
cajuína, mas em outros derivados como doces,
polpa, suco, e no beneficiamento da própria
castanha, agregando mais valor a sua produção,
gerando mais renda e qualidade de vida para os
que trabalham na cajucultura.
21. Cajuína
CAETANO VELOSO
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina