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BREVE HISTÓRIA DA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
O reconhecimento da necessidade de proteger as vias respiratórias dos
trabalhadores é muito antigo. Plínio (23-79 AC)* menciona o uso de bexiga animal
como cobertura das vias das vias respiratórias sem vedação facial para proteção
contra a inalação oxido de chumbo nos trabalhos dentro das minas Outros autores AC
também citam o uso de outros respiradores feitos com bexiga de animais para uso por
mineiros. Leonardo da Vinci (1452-1519), antecipando de alguns Séculos a história,
recomendou o uso de um pano molhado contra agentes químicos no caso de guerra
química. Também se refere a uma substância misteriosa "Alito" que permitiria ao
usuário respirar sem uma fonte de ar externo. Outra de suas idéias foi o uso de um
"snorkel" ligado a um tubo longo que flutuava na superfície da água permitindo
mergulhos demorados. Bernardino Ramazzini (1633-1714) apresenta uma revisão
critica sobre a inadequada proteção respiratória dos mineiros de seu tempo que
trabalhavam com arsênico, gesso, calcário e de trabalhadores que manipulavam tabaco.
cereais em grão ou cortadores de pedra.
Em 1700, no início da Revolução Industrial, aparece a primeira descrição da
ancestral da máscara autônoma de circuito aberto e fechado, e da máscara de ar
natural.
Na fase mais intensa da Revolução Industrial de 1800 a 1850, começou-se fazer
diferença entre os contaminantes particulados e gasosos anteriormente reconhecidos
somente como "poeira".
Em 1825 John Roberts desenvolveu o "filtro contra fumaça” para bombeiros,
um capuz de couro com um tubo preso na perna do usuário que captava o ar menos
contaminado que estava próximo ao solo. A extremidade do tubo que ficava próxima ao
solo tinha um funil voltado para baixo contendo pedaços de tecido para filtrar
partículas, e uma esponja molhada para remover gases solúveis na água.
Provavelmente o desenvolvimento mais significante dos últimos séculos foi a
descoberta em 1854 da capacidade do carvão ativo em remover vapores orgânicos e
gases do ar contaminado. Nessa época, E.M. Shaw e o físico famoso Jonh Tyndall
criaram o "filtro contra fumaça” para bombeiros, que protegia contra particulados
(camada de algodão seco), gás carbônico (cal sodada) e outros gases e vapores (carvão
ativo).
O desenvolvimento da Proteção Respiratória está muito ligado à atividade de
mineração, principalmente aos trabalhos nas minas de carvão, sendo os conhecimentos
adquiridos também adotado nas fábricas e no combate a incêndios.
No fundo das minas surge pela decomposição de matéria orgânica o Gás Metano
que é asfixiante e em combinação com o ar atmosférico forma o temido grisú,
altamente explosivo, e, quando há a presença de enxofre, o que nas minas de carvão se
dá com alguma freqüência, forma também o gás sulfídrico altamente tóxico e mortal
em altas concentrações. Também havia o problema da falta de oxigênio causado pela
distância que as galerias seguem a partir da entrada.
*Antes de Cristo
Os mineiros costumavam levar pássaros em uma gaiola, para que pudessem ser
alertados a tempo se havia gases no ambiente.
Caso o pássaro apresentasse alterações no seu comportamento, desmaiando ou
morrendo isto indicava que no ambiente poderia haver gases explosivos, tóxicos ou
então que havia falta de oxigênio e os mineiros abandonavam imediatamente o local,
para que equipes especializadas pudessem providenciar a ventilação adequada,
evitando explosões, intoxicações e os riscos de baixo teor de oxigênio.
O químico inglês Humphry Davy (1778 - 1829) desenvolveu uma lanterna, que
recebeu o nome de Lanterna de Davy. No interior desta lanterna havia uma pequena
chama que, caso se apagasse, indicava falta de oxigênio e, caso a chama aumentasse
provocando pequenas explosões dentro da lanterna, isto significava que havia gás
explosivo no ambiente, devendo o local ser abandonado imediatamente.
A técnica de proteção respiratória foi evoluindo e passou a ser adotada em
ambientes fabris onde ocorriam escapes de gases. As fábricas, que antes pouco havia
e processavam materiais naturais e geravam poucos gases e partículas normalmente
grossas e de pouco risco na inalação, agora passavam a processar substâncias cada vez
mais complexas, gerando gases venenosos e partículas muito mais finas e tóxicas do
que as normalmente encontradas na natureza.
Mesmo já no início do século 20 ainda havia pouca preocupação social com o
trabalhador e um grande número de pessoas adoeciam após alguns anos de trabalho,
sofrendo de doenças Muitas vezes desconhecidas que raramente eram atribuídas ao
ambiente em que trabalhavam.
Nas minas de carvão por exemplo, levou-se muito tempo até que o adoecimento
nos pulmões fosse considerado um problema social e atribuído ao pó de carvão mineral.
Os trabalhadores, após alguns anos de atividade nas minas, sofriam de uma
pneumoconiose provocada pela inalação de pó de carvão mineral, hoje conhecida como
ANTRACOSE.
Os avanços mais rápidos ocorreram durante a I Guerra Mundial (1914 - 1918)
com as máscaras de uso militar. Os alemães geravam aerossóis altamente tóxicos no
campo de batalha forçando o desenvolvimento de filtros altamente eficientes contra
particulados. Um desses filtros desenvolvido em 1930 por Hansen usava lã animal
impregnada de resina, com eficiência em torno de 99,99 % ! Atualmente os filtros
contra aerossóis utilizam fibras mais baratas, de mais fácil obtenção, com baixa
resistência à respiração e com boas propriedades contra o entupimento superficial.
Também começaram a surgir cilindros de aço mais leves, que resistiam a
maiores pressões e assim podiam armazenar uma quantidade maior de ar respirável
comprimido tornando transportados nas costas. Havia problemas com os sistemas de
válvulas e registros mas já era um equipamento que podia ser usado pelos bombeiros e
equipes de salvamento com maior grau de confiabilidade.
Após a primeira Guerra Mundial, com a expansão das Industrias avanço da
medicina e o início de uma maior preocupação social com a saúde e o bem estar dos
trabalhadores reivindicações dos próprios trabalhadores que começaram a se
organizar em sindicatos, surgiram novos equipamentos com maior e mais confiáveis
capacidade de proteção e com mais conforto no uso.
Muitas doenças já eram diagnosticadas como decorrentes de trabalhos em
ambientes contaminados e algumas medidas de saneamento e precaução passaram a
ser adotadas.
Com a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) novas técnicas, novos materiais e
portanto novos problemas foram surgindo mas também novas soluções foram sendo
encontradas
No pós-guerra até nossos dias., a indústria desenvolveu enorme variedade de
materiais que trouxeram problemas ambientais mas também possibilitaram o
desenvolvimento de equipamentos de proteção individual eficazes, maiores
possibilidades de diagnóstico de doenças e determinação de suas origens técnicas
equipamentos para avaliação de ambientes para que os equipamentos de proteção ao
trabalhador pudessem sei desenvolvidos.
Novas Leis foram surgindo em função de uma maior preocupação com a saúde do
trabalhador.
É necessário que as empresas conheçam e reconheçam os riscos que estão
gerindo para a saúde de seus trabalhadores e ter em mente que um trabalhador
devidamente protegido certamente vai produzir mais e melhor
É necessário que o trabalhador seja esclarecido quanto aos riscos que corre
caso não use ou use de forma incorreta os equipamentos de proteção individual.
As empresas devem oferecer treinamento, esclarecimento e equipamentos
corretos, escolhidos de acordo com a boa técnica e não apenas pelo preço,
simplesmente para satisfazer a Lei.
No BRASIL equipamentos de proteção respiratória vêm sendo utilizados há
muitos anos. Talvez há 25 ou 30 anos, os equipamentos eram bastante simples, porém
com o tempo foram surgindo equipamentos mais modernos importados e a indústria
nacional também passou a se preocupar mais com a qualidade, eficiência e conforto
dos equipamentos que produzia.
Por volta de fins de 1992, início de 1993, um Sindicato de Trabalhadores do
Estado de S. Paulo detectou em fábricas de porte que alguns trabalhadores
apresentavam problemas respiratórios provocados principalmente por SÍLICA e
ASBESTO. Foi verificado que tais trabalhadores utilizavam respiradores descartáveis
sendo os problemas prontamente atribuídos à suposta ineficiência deste tipo de
respirador
O Ministério do Trabalho emitiu então uma INSTRUÇÃO NORMATIVA que
limitava o uso desse tipo de respiradores. O fornecedor dos respiradores, com base
em estudos internacionais entrou com uma defesa junto à SSST/MTb.
Foi então verificado que a Instrução Normativa carecia de maior embasamento
técnico, sendo prontamente convocada uma COMISSÃO DE ESTUDOS que em
curtíssimo prazo teve que elaborar documentação técnica que servisse como base para
a aplicação de proteção respiratória.
A comissão, sob a coordenação do Prof. Maurício Torloni, contou com a
colaboração de técnicos altamente especializados da FUNDACENTRO, e a
participação ativa de membros da própria Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho, representantes de Sindicato de Trabalhadores, DIESAT SESI E
ANIMASEG (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção
ao Trabalho) e muitos desses técnicos de cada uma das entidades, são também
membros ativos no Grupo de Trabalho de Proteção Respiratória do CB-32 da ABNT,
que está empenhado na elaboração das Normas Brasileiras deste segmento.
Resultado desse trabalho, foi a elaboração do PROGRAMA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA - Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, publicação esta
editada pela FUNDACENTRO e que faz parte integrante da Instrução Normativa nr. 1
de 11 de abril de 1994, que entrou em vigor a partir de Agosto de 1994.
Com base na publicação da FUNDACENTRO, que lá deve ser adquirida pelos
interessados, elaboramos o nosso trabalho dividindo a matéria em 12 passos.
Inicialmente, o simples manuseio da publicação faz com que se fique apreensivo
quanto à implantação de um PPR porém, segundo o sistema passo-a-passo, pode-se
verificar que a matéria não é tão complexa quanto aparenta.
Ao convidar o Prof. Maurício Torloni para participar na revisão desta 2a
Edição do Programa de Proteção Respiratória em 12 Passos da EPICON, contamos com
o conhecimento técnico, a experiência, a sensatez e a clareza de expressão do Prof.
Torloni, tendo a certeza de estarmos apresentando algo consistente e útil a todos
aqueles que precisam elaborar um PPR dentro de sua empresa.
Diadema Agosto de 1998
Vili Francisco Meusburger
INTRODUÇÃO
SEJA BEM VINDO AO PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) EM 12
PASSOS DA EPICON
O PPR é de vital importância para saúde e a vida dos trabalhadores que devam
utilizar um respirador. Sua implantação e manutenção é obrigatória conforme
determina a Instituição Normativa n.1 de 11/4/94, da Secretária de Segurança e
Saúde no Trabalho (SSST/Mtb) do Ministério do Trabalho.
No controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar
contaminado (por exemplo com poeiras, fumos, névoas, gases e vapores) o objetivo
principal deve ser minimizar a contaminação do local de trabalho. Isto deve ser
alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de controle coletivo (p. ex.
enclausuramento, ventilação local, etc.)
Quando as medidas de controle coletivo não são viáveis, ou enquanto estão
sendo implantadas ou avaliadas. ou nas Situações de emergência, devem ser usados
respiradores apropriados, em conformidade com os requisitos contidos no PPR
O GUIA É APRESENTADO NO FORMATO PASSO-A-PASSO PARA FACILITAR
A PREPARAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DE
SUA EMPRESA.
ESTE GUIA FOI PREPARADO COM BASE NO PROGRAMA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA - Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, PUBLICADO
PELA FUNDACENTRO, E QUE FAZ PARTE DA INSTRUÇÃO NORMATIVA No
1
DE 11/4/94 - SSST/MINISTÉRIO DO TRABALHO.
 Este Guia tem por objetivo auxiliar na preparação e implantação de um PPR,
não podendo haver qualquer imputação à EPICON pela seleção ou uso
inadequado de respiradores.
 Este Guia não deve ser considerado com única referência na preparação do
seu PPR. Entre as diversas fontes adicionais que existem destacam-se a CFR
29-1910.134 e a Norma z88.2.1980 Practices for Respiratory Protection –
American National Standard Institute (ANSI) disponíveis na Biblioteca da
Fundacentro em S. Paulo.
Convém ressaltar que as Normas Regulamentadoras Brasileiras (NR), já existentes, ou
que venham a existir, evidentemente prevalecerão sobre qualquer regulamentação
estrangeira, por melhores que estas possam parecer.
O QUE É O PPR?
O PPR é um conjunto de medidas práticas e administrativas através das quais se
pretende proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso correto dos
respiradores.
O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais da NR-9 e o PCMSO -
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da NR-7, mantém relação direta
com o PPR.
O primeiro, faz o levantamento dos riscos ambientais e o segundo o controle
biológico dos funcionários.
Neste Gula você verá como redigir o PPR para a Sua empresa, acompanhando os
12 Passos.
CONSULTE UM PROFISSIONAL COMPETENTE DA ÁREA DE
SEGURANÇA OU DE SAÚDE OCUPACIONAL PARA AVALIAR CORRETAMENTE
O LOCAL DE TRABALHO
COMO PODEMOS SABER QUE NECESSITAMOS DE UM PPR?
Se os trabalhadores de sua empresa estão expostos à produtos químicos, gases,
vapores, poeiras névoas fumos, Ou à ambientes com deficiência de oxigênio o oca d
e trabalho
pode apresentar graves riscos respiratórios. São muitas as circunstâncias e
condições de exposição ao risco para que se possa fazer uma enumeração completa,
mas podem incluir:
 exposição durante as operações de fabricação
 trabalhos de manutenção
 construção e montagem
 vazamentos acidentais
 emergências
 combate a incêndios
Lembre-se de que os produtos químicos tóxicos, a sílica e o amianto não são os
únicos culpados. Mesmo os produtos comuns como solventes acetona, tiritas, poeiras
podem ser perigosos em concentrações elevadas, ou quando a exposição é contínua por
longos períodos de tempo.
O único modo de conhecer com segurança se os trabalhadores estão correndo
perigo é consultar um profissional competente, cuja avaliação é fundamental para o
estabelecimento e manutenção de um Programa eficiente.
CONHEÇA A LEGISLAÇÃO RELATIVA À PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA.
CONHEÇA A LEI
Uma vez conhecido o relatório do profissional da área de segurança ou de saúde
ocupacional, o empregador está em condições de preparar um PPR que satisfaça todos
os requisitos legais. É responsabilidade do empregador seguir ao pé da letra essas e
exigências. Falhas no Programa podem significar custo para a empresa, porém, o que é
mais importante ainda: graves doenças ou danos permanentes ao sistema respiratório,
ou mesmo a morte de um trabalhador.
SE VOCÊ TEM DÚVIDAS
Consulte a EPICON
Você pode. Também, consultar diretamente a FUNDACENTRO (011) 3066.6000.
COMO PREPARAR O PPR PARA A SUA EMPRESA?
O PPR pode ser preparado, seguindo as indicações que apresentamos adiante. Se
você tiver dúvidas a respeito consulte-nos.
O PPR pode ser redigido em duas partes:
 um documento básico, assinado pela representante legal pela empresa, que
contem a política da empresa na área de proteção respiratória, a indicação
do Administrador e as, suas responsabilidade, inclusive as relativas a
preparação dos Procedimentos Operacionais escritos. (ver Passo 1 )
 um conjunto de Anexos, preparado pelo Administrador do Programa, ou por
pessoa por ele indicada, contendo os diversos Procedimentos Operacionais.
os quais devem abranger, no mínimo:
 seleção de respiradores;
 ensaios de vedação;
 treinamento;
 avaliação médica;
 monitoramento ambiental;
 distribuição dos respiradores,
 guarda, limpeza, manutenção e inspeção;
 qualidade do ar comprimido;
 emergências;
 auditoria.
Esses Procedimentos podem ser preparados por pessoa por ele indicada, mas
somente podem ser alterados pelo Administrador do programa. (ver Passo 2 em
diante)
REQUISITOS MÍNIMOS PARA UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA
Da publicação da FUNDACENTRO: Programa de Proteção Respiratória,
Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, que é parte integrante da Instrução
Normativa nº 1 de 11/04/94 do Ministério do Trabalho, podemos identificar 12 pontos
importantes que resumem o conteúdo de um bom PPR e que serão detalhados a seguir:
1. Devem ser estabelecidos Procedimentos Escritos definindo como selecionar e usar
o respirador.
2. Os respiradores devem ser escolhidos considerando os riscos respiratórios aos
quais os trabalhadores estarão expostos.
3. O usuário deve ser instruído e treinado quanto ao uso correto dos respiradores e
suas limitações.
4. Quando viável. cada usuário deve receber um respirador para uso exclusivo
5. Os respiradores devem ser limpos e higienizados regularmente. Os usados por mais
de uma pessoa devem ser limpos e higienizados após o uso por cada uma delas.
6. Os respiradores devem ser guardados em local apropriado, limpo e higiênico.
7. Os respiradores usados rotineiramente devem ser inspecionados durante a
limpeza. Partes gastas ou deterioradas devem ser substituídas. Os respiradores
usados para emergência, como as máscaras autônomas, devem ser inspecionadas
pelo menos Uma vez por mês ou imediatamente após cada uso.
8. Deve haver monitoramento apropriado das condições da área de trabalho, do nível
de exposição, e do stress do trabalhador.
9. Para o PPR ser eficiente deve haver acompanhamento contínuo e uma avaliação
anual.
10. Não devem ser atribuídas tarefas que requeiram o uso de respirador antes de
verificar se a pessoa tem condições física de realiza-la usando o equipamento. O
médico da empresa definirá as condições físicas e de saúde necessárias. As
condições de saúde do usuário deverão ser avaliadas periodicamente (por ex:
anualmente).
11. Somente devem ser selecionados respiradores aprovados, isto é, com Certificado
de Aprovação (CA).
12. Quando selecionar, e cada vez que colocar o respirador é necessário verificar a
vedação no rosto.
PASSO 1
O PROGRAMA ESCRITO
"Devem ser estabelecidos Procedimentos Escritos definindo como selecionar
e usar o respirador"
O documento básico do programa define as linhas gerais do PPR Não entra em
pormenores mas define claramente como a empresa vai enfrentar os riscos
respiratórios potenciais ou presentes. Os Anexos contendo os diversos Procedimentos
Operacionais descem aos pormenores. O PPR poderá ser útil em eventual defesa da
empresa no caso de ocorrências graves provocadas pelo uso inadequado dos
respiradores
O conteúdo do Programa deve conter respostas às seguintes perguntas:
1. Qual o nome da sua empresa?
2. Em que data foram preparados o documento básico e os procedimentos?
3. Quem preparou os procedimentos?
4. Quais são as áreas ou processos de fabricação que necessitam de proteção
respiratória?
5. Quais os tipos de respiradores que devem ou podem ser usados?
6. Quem é o responsável pelo treinamento adequado, realização dos ensaios de
vedação, inspeção, manutenção e entrega dos respiradores?
7. Com que freqüência é feito o treinamento?
8. Qual a freqüência do monitoramento do local de trabalho e qual é a metodologia
utilizada?
9. Quais são os procedimento para as situações rotineiras não rotineiras, de
emergência e de resgate?
Os procedimento que dizem respeito direto ao usuário devem ser distribuído a
todos os trabalhadores que estejam sujeitos a riscos respiratórios. Fazendo com que
os trabalhadores saibam exatamente como funciona o Programa da empresa, a
segurança deles aumenta.
EXEMPLO DE UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
A finalidade deste exemplo é mostrar como é o Documento Básico citado neste
Guia, no item: "Como preparar o PPR para a sua empresa?".
Foi traduzido e adaptado do "Guide to Industrial Respiratoy Protection"
NIOSH 1987.
COMPANHIA ABC
O objetivo deste Programa é assegurar proteção à todos os trabalhadores
contra riscos respiratórios pelo uso correto de respiradores. Os respiradores
somente podem ser usados nesta empresa:
 onde as medidas de controle coletivo dos riscos respiratórios não são viáveis;
 enquanto as medidas de controle coletivo estão sendo adoradas;
 nas emergências
O funcionário Sr Fulano de Tal é o Administrador do Programa. Ele (ou ela) é o
responsável por todos os aspectos do mesmo, e tem toda autoridade para tomar as
decisões necessárias para garantir o seu sucesso. Esta autoridade inclui a indicação de
pessoas, ou a compra dos equipamentos necessários para a sua implantação.
A Companhia ABC autoriza expressamente o Administrador a parar qualquer
operação da companhia onde haja risco grave de ocorrência de danos sérios à pessoas.
Este Programa inclui os riscos respiratórios.
O Administrador, ou pessoa por ele indicada, preparará Procedimentos
Operacionais escritos, no mínimo, sobre:
 política da empresa na área de proteção respiratória;
 seleção de respiradores;
 treinamento dos usuários;
 ensaios de vedação;
 distribuição dos respiradores;
 limpeza, inspeção guarda e manutenção dos respiradores;
 acompanhamento do uso;
 monitoramento dos riscos respiratórios.
Os Procedimentos Operacionais devem obedecer, no mínimo o recomendado na
publicação da FUNDACENTRO: Programa de Proteção Respiratória Recomendações
Seleção e uso de respiradores. Havendo dúvidas, deverão ser consultados
especialistas externos, fabricantes dos respiradores, e autoridades competentes. Os
Procedimentos Operacionais detalhados deverão ser incluídos como Anexo à este
documento, e ambos constituirão o Programa de Proteção Respiratória da Companhia
ABC. Somente o Administrador do Programa poderá efetuar alterações nos
Procedimentos Operacionais.
Os respiradores deverão ser selecionados em função dos riscos aos Quais o
trabalhador estará exposto. Somente deverão ser selecionados respiradores com
Certificado de Aprovação (CA).
O usuário deverá ser instruído e treinado sobre o uso correto do respirador,
bem como, sobre suas características e limitações. O treinamento deve incluir os
supervisores e os usuários.
Nenhum trabalhador da Companhia ABC que necessite usar respirador que exija
vedação facial poderá usar barba. O empenho dos trabalhadores na observação destes
cuidados deverá ser avaliada por verificações periódicas.
Cada trabalhador deverá receber, quando viável, um respirador para uso
exclusivo.
Os respiradores de uso rotineiro ou para emergências, no momento do uso,
devem sempre estar limpos, higienizados, e em perfeitas condições de uso. Os
respiradores usados por mais de um deverão ser limpos e higienizados antes que o
outro trabalhador o use. O Administrador deverá providenciar local e meios para a
limpeza, inspeção, higienização e manutenção.
Deve ser feita verificação periódica apropriada nas condições ambientes, de
exposição, ou stress do trabalhador.
O funcionamento do Programa deve ser verificado por inspeções regulares e por
uma auditoria anual. O Administrador deverá fazer inspeções freqüentes em todas as
áreas onde aos respiradores são usados. com a finalidade de assegurar obediência ao
previsto no Programa.
Não poderão ser atribuídas tarefas que exijam o uso de respiradores, antes de
verificar, se o trabalhador está em condições apropriadas de saúde para executar a
tarefa usando respirador. O médico da Companhia ABC definirá quais são as condições
de saúde aceitáveis. Anualmente todo usuário de respirador deverá ser submetido a
exame médico, com ênfase das vias respiratórias, para confirmar o estado de saúde
do usuário.
As exigências deste Programa devem ser obedecidas por todas as empresas ou
pessoas contratadas para realização de trabalhos nesta companhia e que exijam o uso
de respiradores.
João dos Anzóis
Superintendente da Companhia ABC
EXEMPLO DE AVALIAÇÃO DO PPR
De um modo geral, o Programa deve ser avaliado como ele está sendo aplicado
em cada atividade e feitas as correções necessárias, de tal modo que os
Procedimentos escritos reflitam a realidade. Pelo menos anualmente deve-se fazer
uma auditoria a qual deve abranger a Administração e os aspectos do operacionais do
Programa.
A- ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA
 Está escrita a política que fixa a responsabilidade do empregador em manter um
local de trabalho seguro e saudável, atribuindo responsabilidade e autoridade
para o Administrador do Programa?
 A responsabilidade pelo Programa foi atribuída a uma pessoa que tenha
conhecimentos e capacidade de coordenar o Programa em todos os seus aspectos
no local de trabalho?
 É possível, através de medidas de engenharia, ou de Mudanças no processo de
produção, eliminar a necessidade do uso de respiradores?
 Existem Procedimentos Escritos, ou referências explicita no Programa,
abrangendo, no mínimo:
- designação do Administrador
- seleção de respiradores
- com para de apenas equipamentos com CA
- exame médico orientado para candidatos ao uso de respiradores
- distribuição dos respiradores
- ensaios de vedação
- treinamento
- manutenção guarda e inspeção
- higienização
- uso em condições especiais
- monitoramento dos riscos respiratórios
B- OPERAÇÃO DO PROGRAMA
B1 - Seleção dos respiradores
 Foi feito levantamento adequado do local de trabalho e da exposição a que estão
submetidos os trabalhadores?
 Os respiradores foram selecionados de acordo com os riscos a que estão
expostos os trabalhadores?
 A seleção foi feita por pessoa que conhece os Procedimentos de seleção?
B2 - Somente são adquiridos e usados respiradores com CA? Eles oferecem
proteção adequada para os riscos e concentrações específicas dos contaminantes?
B3 - Existe avaliação médica para verificar se o usuário em potencial está física
e psicologicamente apto a usar o respirador selecionado?
B4 - Os respiradores estão sendo distribuídos para uso exclusivo de uma pessoa
(quando possível) e existe registro da distribuição?
B5 - Ensaios de vedação
 Os usuários tem a oportunidade de escolher, entre diversos respiradores, aquele
que proporciona melhor vedação?
 O ensaio de vedação é repetido regularmente?
 É satisfatória a vedação do respirador usado por trabalhador com lentes
corretivas?
 Os usuários estão proibidos de usarem lente de contato enquanto estão com o
respirador?
 O ensaio de vedação é feito em uma atmosfera de teste?
 Os trabalhadores com barba por fazer, ou outras características que possam
prejudicar a vedação estão proibidos de usarem respiradores em áreas
contaminadas?
B6 - Uso de respiradores na área de trabalho Os respiradores estão sendo
usados corretamente? (Por exemplo, gorro ou outra cobertura da cabeça por cima dos
tirantes da peça facial) Os respiradores estão sendo usados durante todo o tempo que
os trabalhadores permanecem na área de risco?
B7 - Limpeza, higienização, guarda, inspeção e manutenção dos respiradores
Limpeza e Higienização
 Os respiradores usados por mais de uma pessoa estão sendo limpos e
higienizados após o uso de cada um, ou aqueles usados por um só, com a
freqüência necessária?
 Os procedimentos de limpeza e higienização são eficientes?
Guarda
 Os respiradores estão sendo guardados de modo que fiquem protegidos da
poeira, luz solar, calor, frio excessivo, umidade, ou agentes químicos?
 Os respiradores são guardados corretamente, de modo que não fiquem
deformados?
 Somente é permitida a guarda nos armários ou caixas de ferramentas quando o
respirador esta protegido por uma caixa ou estojo?
Inspeção
 Os respiradores são inspecionados antes, depois de cada uso, e durante a
limpeza?
 Há pessoas qualificadas ou usuários instruídos quanto à técnica de inspeção?
 Os respiradores designados para emergências são inspecionados, no mínimo, uma
vez por mês e adicionalmente após cada uso?
 A pressão do ar do cilindro das máscaras autônomas é verificada semanalmente?
 Para os respiradores para emergências é mantido atualizado o registro de
Inspeção?
Reparos
 As peças de reposição são do próprio fabricante do respirador?
 Os reparos são feitos pelo fabricante, ou por pessoas treinadas?
B8 - Condições especiais de uso
 Existe procedimento para uso de respiradores em ambientes IPVS?
(Imediatamente Perigoso à vida e saúde)
 Existe procedimento para uso de respiradores em espaços confinados?
B9 - Treinamento
 Os usuários estão treinados sobre o uso adequado, limpeza, guarda e inspeção
dos respiradores?
 Os usuários foram informados sobre como é feita a seleção dos respiradores?
 Os usuários são avaliados quanto ao aproveitamento, antes e depois do
treinamento?
PASSO 2
COMO SELECIONAR UM RESPIRADOR
"Os respiradores devem ser escolhidos com base nos riscos respiratórios
aos quais os trabalhadores estarão expostos"
Deve ser conhecida a forma como os contaminante se apresentam no ambiente
(poeira, névoa, fumos, gases, vapores), e a sua concentração, medida ou estimada.
A seleção dos diversos tipos de respiradores, filtros mecânicos e químicos deve
ser feita de acordo com as recomendações do item 4.2.2.2 da publicação da
FUNDACENTRO:
Programa de Proteção Respiratória - Recomendações, Seleção e uso de
respiradores.
Use as perguntas apresentadas a seguir como um roteiro para determinar qual o
tipo de
respirador que você necessita:
 Atualmente você está usando proteção respiratória? Se estiver, qual ? É
satisfatória?
1. A concentração do contaminante poderá atingira concentração IPVS
(Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde)?
2. Quanto tempo durante um dia ou semana os trabalhadores estão expostos?
3. Como o contaminante é utilizado no processo: aquecido, misturado com outras
substâncias químicas?
4. Quais são as condições existentes nas áreas vizinhas? Há outros processos de
produção nas proximidades que possam gerar contaminantes? Quais?
5. A área de trabalho é ventilada? Se for, qual a sua intensidade? É uma área
aberta ou um espaço confinado? Qual a temperatura e umidade?
6. Qual é o limite de exposição do contaminante? Tem fracas propriedades de
alerta Irrita a pele? Os olhos?
7. Há menos que 18% de oxigênio no local de trabalho?
8. Você calculou o Fator de Proteção Requerido? (Veja no Programa de Proteção
Respiratória da FUNDACENTRO - no anexo 1 - item 17)
GUIA PARA SELEÇÃO DE RESPIRADORES
ESTAS INFORMAÇÕES SÃO DE CARÁTER GERAL. CONSULTE O FORNECEDOR DO
SEU RESPIRADOR PARA MAIORES INFORMAÇÕES
RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR
Com Peça semifacial filtrante para partículas (PFF)
É a chamada máscara descartável. Leve, confortável e de baixo custo. Oferece
proteção contra poeiras, névoas e fumos. Dispensa limpeza, manutenção e higienização.
Para uso em até 10 vezes o Limite de Tolerância. Existem tipos especiais, denominadas
de Filtros de Baixa Capacidade (FBC) com camada de carvão ativo para baixas
concentrações de vapores orgânicos ou de alguns gases ácidos.
Com peça semifacial, de baixa manutenção, com filtros químicos/mecânicos
Peças semifacial de baixo custo e filtros substituíveis. A peça facial permite
limpeza, mas não a substituição de componentes, exceto os filtros. Reduz o tempo de
treinamento e custos de peças de reposição. Indicado para até 10 vezes o Limite de
Tolerância, desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima
Concentração de uso do filtro químico.
Com peça semifacial com filtros substituíveis
Leve, fácil manutenção, pequena restrição à visão e aos movimentos. Os filtros
são substituíveis. Poucas peças de reposição. Protege contra poeiras névoas, fumos
gases e vapores. Indicado para até 10 vezes o Limite de Tolerância, desde que menor
que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima Concentração de uso do filtro
químico.
Com peça facial inteira e filtros substituíveis
Oferece proteção muito maior que a semifacial. Protege os olhos. Pode usar
filtro químico pequeno, médio ou grande. Poucas peças de reposição. Protege contra
poeiras, névoas, fumos, gases e vapores. Indicado para até 100 vezes o Limite de
Tolerância desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima
Concentração de uso do filtro químico.
Motorizado, com peça facial inteira e filtros substituíveis
Mais confortável de usar que os não motorizados resultando maior
produtividade. Usa filtros químicos ou mecânicos fixados na peça facial ou no cinturão.
A bateria alimenta o motor de uma ventoinha que força o ar através do filtro até a
peça facial. Indicado para até 1000 vezes o Limite de Tolerância (com P3, ou 100
vezes o LT, com P2) desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a
Máxima Concentração de uso do filtro químico.
RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR
Respirador de linha de ar comprimido respirável
Usa fonte externa de ar. Refresca o usuário. Maior proteção que os
purificadores de ar não motorizados. Podem ser de fluxo contínuo, de demanda, com
ou sem pressão positiva. Exige ar respirável provindo de compressor ou bateria de
cilindros. Para situações IPVS deve ser com peça facial inteira, com fluxo contínuo ou
de demanda com pressão positiva, e, obrigatoriamente com cilindro auxiliar para fuga.
Indicado para até 1000 vezes o LT (com peça facial inteira, fluxo contínuo, ou
demanda com pressão positiva), ou até 50 LT (com peça semifacial, fluxo contínuo, ou
demanda com pressão positiva).
Respirador para fuga
Para uso em situações de escape em atmosferas lPVS, ou com deficiência de
oxigênio. Autonomia de 5 a 10 minutos, dependendo do volume e da pressão do cilindro
de ar. Não serve para resgate. Não se especifica o fator de proteção.
Máscara Autônoma
É o respirador que oferece maior proteção. Uso em atmosfera lPVS, com
deficiência de oxigênio e em emergências. Cilindros de aço, e composite. Boa
mobilidade, porém, com restrições devido o cilindro nas costas. Indicada para até
10000 vezes o LT.
PASSO 3
TREINAMENTO DOS USUÁRIOS
"O usuário deve ser instruído e treinado quanto ao uso correto dos
respiradores e suas limitações"
Antes de usar um respirador, você precisa conhecer os tipos disponíveis e as
condições sob as quais podem ser usados. Todas as informações e cuidados
recomendados devem ser obedecidas. Todos os usuários devem estar familiarizados
com a publicação da FUNDACENTRO" Programa de Proteção Respiratória,
Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores", na parte que for conveniente ou
aplicável, e informados sobre os contaminantes presentes.
De acordo com essa publicação a pessoa que distribui os respiradores e os
usuários devem receber, de pessoa qualificada, treinamento adequado sobre o uso do
respirador. Se existirem dúvidas sobre qualquer aspecto do treinamento, consulte um
profissional competente ou o fabricante do respirador.
O que o usuário necessita saber antes de usar o respirador:
 As razões pelas quais se necessita de proteção respiratória;
 A natureza, extensão e efeitos dos riscos respiratórios aos quais está exposto;
 Explicação sobre porque as medidas de proteção coletiva não estão sendo
aplicadas, ou não são adequadas, e o que esta sendo feito para reduzir, ou
dispensar O uso de respiradores,
 Explicação do porque um determinado respirador foi escolhido;
 Explicação sobre o funcionamento, características e ]imitações do respirador
selecionado;
 Instruções sobre como inspecionar, colocar, verificar a vedação e usar o
respirador;
 Durante o treinamento cada usuário deve ter a oportunidade de manusear,
colocar, ajustar e verificar a vedação do respirador bem como usa-lo em
atmosfera não contaminada e em atmosfera de teste; atmosfera de teste;
 Instruções sobre a guarda e o modo correto de fazer a inspeção e manutenção;
 Instruções sobre como reconhecer e enfrentar situações de emergências;
 Instruções necessárias sobre o uso de respiradores especiais;
 Regulamentos sobre o uso de respiradores.
Todos os usuários de respiradores devem ser retreinados ao menos uma vez por
ano quanto mais informações o usuário receber sobre a necessidade e razões do uso,
mais motivação terá para conservar e usar corretamente o equipamento. Fazendo com
que os trabalhadores atuais e os novos saibam como e porque o PPR funciona, eles
estarão mais protegidos e a empresa também.
PASSO 4
DISTRIBUIÇÃO DOS RESPIRADORES AOS USUÁRIOS
"Quando viável, cada usuário deve receber um respirador para uso
exclusivo"
Uma vez feita a escolha do tipo de respirador para cada aplicação em
particular, e incluída essa informação nos Procedimentos Escritos do PPR, é chegado o
momento de distribui-lo para casa usuário.
Sempre que viável, cada usuário deve receber um respirador para uso exclusivo.
Deve ser marcado de modo de forma indelével para identificar a quem pertence. A
marcação não deve afetar o desempenho.
Se possível, registre de forma conveniente a distribuição, o uso previsto, a data
da distribuição, das redistribuições e dos reparos efetuados.
ESCOLHA DO TAMANHO CORRETO
Não é fácil a escolha do respirador que vede bem por causa da grande
variedade de formatos e dimensões de rostos. Colocando vários tamanhos e marcas à
disposição do usuário para experimentá-los a tarefa ficará mais simples. Permita que o
usuário escolha, entre os tamanhos e marcas, o mais confortável. Se ele puder
participar da decisão de escolha, aumentará a sua aceitação.
PASSO 5
LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS RESPIRADORES
"Os respiradores devem ser limpos e higienizados regularmente. Os usados
por mais de uma pessoa devem ser limpos e higienizados após ouso por cada uma
delas"
Os respiradores devem ser limpos e higienizados antes de serem distribuídos
aos usuários e depois, com a freqüência necessária. Os de emergência devem ser
limpos e higienizados após cada uso.
PARA LIMPAR OS RESPIRADORES
Retire os filtros suportes de filtros e tirantes. Desmonte completamente o
respirador.
Lave a peça facial com água e sabão, ou com a solução recomendada pelo
fabricante. A seguir faça a higienização. No Anexo 4 da citada publicação da
FUNDACENTRO você encontrará recomendações sobre limpeza e higienização de
respiradores. Consulte também o fabricante.
Enxágüe novamente em água morna e deixe secar ao ar sobre prateleira. Não
pendure a peça facial pois poderá provocar distorção prejudicando a vedação.
Desejando usar um pano impregnado com substâncias para remover o suor ou a
gordura facial, é necessário certificar-se junto ao fabricante de que o processo de
limpeza escolhido e seu agente químico não são prejudiciais ao material de que é
confeccionado o respirador.
PASSO 6
GUARDA
"Os respiradores devem ser guardados em local apropriado, limpo e
higiênico"
Os respiradores devem ser guardados de modo que fiquem protegidos contra
poeira, luz solar, calor e frio intensos, umidade excessiva ou agentes químicos. E
recomendável o uso um saco plástico que possa ser fechado quando necessário. Não
pendurar o respirador pelos tirante ou de modo que provoque a deformação da peça
facial, pois a vedação no rosto ficará prejudicada.
Mantenha os respiradores de emergência e resgate em áreas de rápido e fácil
acesso. Se estiverem guardados em armários ou caixas, identifique-os de modo que
sejam facilmente achados.
PASSO 7
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
"Os respiradores usados rotineiramente devem ser inspecionados durante a
limpeza. Partes gastas ou deterioradas devem ser substituídas. Os respiradores
usados para emergência, como as mascaras autônomas, devem ser inspecionadas
pelo menos uma vez por mês, ou imediatamente após cada uso"
INSPEÇÃO
Toda vez que for usar, e após o uso, verifique se o seu respirador está em boas
condições. Esse cuidado é a garantia de que ele protegerá contra poeiras, névoas,
fumos gases ou vapores perigosos.
 Verifique o funcionamento das válvulas e membranas. Observe se existe
poeira ou fiapos depositados que possam provocar vazamentos;
 Verifique se existem partes gastas ou deterioradas principalmente rias
peças de Borracha ou plástico. Troque qualquer peça que esteja gasta ou
apresente sinais de deterioração;
 As máscaras autônomas e as de escape devem ser inspecionadas no mínimo,
mensalmente. Os reparos e ajustes nestes respiradores devem ser feitos
pelo fabricante ou pessoa por ele treinada;
 Lembre-se de registrar em local apropriado a data de inspeção, o que foi
encontrado, o que e quem fez o serviço.
MANUTENÇÃO
Se na inspeção de rotina for observado algo errado com o respirador, ou a
informação vier do usuário, o reparo deve ser feito imediatamente, ou então
providenciado outro respirador. Os reparos somente devem ser realizados por pessoas
treinadas e utilizando peças originais. Se forem necessários ajustes que não constem
das instruções do fabricante, peça a sua ajuda.
EXEMPLO DE REGISTRO DE INSPEÇÃO
Data da inspeção __________________ Feita por
______________________________
1. Tipo de respirador
______________________________________________________
2. Número ____________Marca
_____________________________________________
3. Defeitos encontrados
a- peça facial
_______________________________________________________
b- válvula de inalação
________________________________________________
c- conjunto da válvula de exalação
______________________________________
d- tirantes
_________________________________________________________
e- suporte do cartucho
________________________________________________
f- cartucho
_________________________________________________________
g- filtro/préfiltro
______________________________________________________
h- suportes e cinturão
________________________________________________
i- mangueiras, traquéia, tubos flexíveis
__________________________________
j- diafragma de voz
__________________________________________________
k- guarnições "O" ring
________________________________________________
l- conexões
________________________________________________________
m- outros defeitos
____________________________________________________
PASSO 8
MONITORAMENTO DA ÁREA DE TRABALHO
"Deve haver monitoramento apropriado das condições da área de trabalho,
do nível de exposição, e do stress do trabalhador"
Uma vez implantado o PPR é necessário continuar o monitoramento do local de
trabalho, a identificar os riscos bem como o grau de exposição do trabalhador e do
seu stress.
Mesmo pequenos ajustes no processo ou no modo de operação, mudanças de
temperatura, movimentação do ar e umidade podem mudar a concentração de uma
substância no ambiente e influir na eficiência da proteção respiratória implantada.
Para garantir que os trabalhadores estejam protegidos como devem é
fundamental que se monitore o contaminante periodicamente. Desse modo você terá
certeza que os níveis, de exposição não ultrapassem a capacidade de proteção do
respirador em uso.
PASSO 9
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO SEU PROGRAMA
"Para o PPR ser eficiente deve haver acompanhamento contínuo e tinta
avaliação anual"
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Uma vez por ano todo o PPR deve ser avaliado para verificar a sua eficácia.
Nessa ocasião, faça as alterações que julgar convenientes, nos Procedimentos
Escritos. Implante os melhoramentos e corrija os erros imediatamente, para garantir
proteção e segurança dos trabalhadores. A habilidade e percepção dos líderes de
equipe serão de grande auxílio. O conhecimento das tarefas e as observações que
tenham feito durante a avaliação poderão melhorar cada vez mais o PPR.
O QUE DEVE SER OBSERVADO
• Aceitação do respirador
Pergunte sobre o conforto vedação resistência à respiração, cansaço,
interferência na visão ou na comunicação. restrição de movimentos. interferência com
as atividades realizadas e nível de confiança. O PPR somente será eficaz se os
trabalhadores usarem os respiradores. Aproveite as reclamações deles para fazer as
alterações necessárias 1 irias e melhorar a aceitação.
• Verificação do cumprimento dos Procedimentos Escritos
Verifique se está ;crido utilizado o respirador que foi selecionado, se os
usuários estão bem treinados, com a barba feita e se estão bem a ajustados no rosto,
inspecionados em bom estado e guardados corretamente. Verifique se os riscos estão
sendo monitorados e se o acompanhamento médico está sendo feito.
AVALIAÇÃO
Use os resultados documentados da inspeção realizada para avaliar a eficácia do
Programa Registre, por escrito, os problemas identificados e investigue porque a
proteção respiratória não foi eficaz. Adote medidas corretivas imediatas para
preservar a saúde e a segurança dos usuários.
Os resultados da avaliação devem ser apresentados por escrito num relatório e
devem conter os planos para correção das falhas, datas e prazos para sua implantação.
PASSO 10
AVALIAÇÃO MÉDICA
"Não devem ser atribuídas tarefas que requeiram o uso de respirador antes
de verificar se a pessoa tem condições físicas de realiza-Ia usando o
equipamento. O médico da empresa definirá as condições físicas e de saúde
necessárias. As condições de saúde do usuário deverão ser avaliadas
periodicamente (por ex. anualmente)"
Somente devem realizar- tarefas que exijam o uso de respirador aquelas
pessoas capazes de usa-lo. Tais trabalhadores devem ser avaliados anualmente pelo
médico para verificar se podem continuar a realizar aquela tarefa.
PERGUNTE AO TRABALHADOR SOBRE
• histórico de doenças respiratórias Identifique os trabalhadores com
história de asma, efisema, doenças pulmonares crônicas.
• histórico laboral. Identifique os trabalhadores que estiveram expostos ao
amianto, sílica poeira de algodão, berílio etc., nos últimos dez anos ou que
trabalharam em ocupações ou indústrias onde a exposição a essas
substâncias foi provável.
• outras informações médicas. Tais informações podem fornecer evidências
sobre a capacidade ou incapacidade do trabalhador usar o respirador.
A análise dessas respostas podem ajudar na avaliação da eficiência do PPR. Se
algum trabalhador apresentar sinais de exposição você deverá observar o local de
trabalho e tentar achar alguma correlação entre o fato e o uso do respirador.
PASSO 11
RESPIRADORES APROVADOS
“Somente devem ser selecionados respiradores aprovados, isto é, com
Certificado de Aprovação (CA)”
Somente devem ser selecionados e utilizados respiradores com Certificado de
Aprovação (CA) emitido pela Secretaria de Saúde e Medicina do Trabalho do
Ministério do Trabalho, dentro do prazo de validade. Os respiradores devem, em sua
confecção, obedecer às Normas Brasileiras (NBR) feitas pela ABNT e na sua falta
podem ser aceitas normas de outros países (USA, Comunidade Européia).
Quando adquirir o respirador, observe se a embalagem vem com instruções
adequadas, isto é, se o fabricante explica claramente quais as aplicações e as
limitações, como usar e conservar, etc.
PASSO 12
VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO E ENSAIOS DE VEDAÇÃO
"Quando selecionar, e cada vez que colocar o respirador, é necessário
verificar a vedação no rosto"
Cada vez que colocar o respirador é necessário verificar a vedação no rosto. A
Verificação de vedação é feita rápida e facilmente pelo teste tia pressão positiva ou
negativa. Se os trabalhadores usam as peças semifacial filtrantes ou respiradores de
pressão negativa (como o purificadores de ar não motorizados) é de fundamental
importância a realização de um dos Ensaios de Vedação aprovados pela
FUNDACENTRO: qualitativos (sacarina, óleo de banana, fumaça irritante) ou
quantitativos. A realização do Ensaio de Vedação para cada usuário, durante a seleção
do respirador, garante uma escolha mais segura entre os diversos tipos e formatos
disponíveis no mercado
ENSAIO DE VEDAÇÃO QUALITATIVO
Neste ensaio o usuário é exposto a uma fumaça irritante ou a um vapor orgânico
com cheiro (óleo de banana), ou a partículas com gosto (sacarina) enquanto executa
movimentos com a cabeça, semelhantes aos que faz durante o seu trabalho a fim de
verificar a vedação. O respirador deve estar equipado com um filtro que retenha o
agente de ensaio. Se o usuário não sentir irritação da garganta o cheiro ou o gosto do
agente de ensaio é porque esse modelo e tamanho de respirador está perfeitamente
adaptado ao seu rosto isto é, a vedação satisfatória.
ENSAIO DE VEDAÇÃO QUANTITATIVO
O Ensaio de Vedação Quantitativo, mede, por exemplo, a concentração do
contaminante na atmosfera de teste e dentro do respirador enquanto executa os
mesmos movimentos que no ensaio qualitativo. Este ensaio dá um indicação mais segura
que o Ensaio Qualitativo.
VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO
A verificação de Vedação pelo teste de pressão positiva ou negativa deve ser
feito toda vez que o usuário colocar ou reajustar o respirador. Com isso você terá que
ele esta bem colocado e que está funcionado corretamente. Os procedimentos para
esta verificação podem variar entre fabricantes Consulte as instruções de uso do seu
respirador.
EXEMPLO DE FORMULÁRIO PARA USUÁRIO DE RESPIRADOR
Nome da empresa _______________________
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________
Contaminantes Concentração l. T
________________________________________________________________
_______
RESPIRADORES RECOMENDADOS
Primeira escolha ______________ Segunda escolha ______________
Num. do CA / data de validade ________________________________
DISTRIBUIÇÃO DO RESPIRADOR E TREINAMENTO
Nome do empregado/ Numero Função Data
________________________________________________________________
_______
Respirador entregue
Respirador semifacial filtrante (descartável) _______ com filtro mecânico P-1 ___ P-
2 ___
Respirador semifacial filtrante (descartável) com filtro combinado P-1 ___ P-
2 ___
Mascara autônoma ________ Linha de Ar____________
Respirador semifacial ________ 1/4 facial ____________ com filtro recambiável
Filtro Químico Classe ___________ Tipo ___________
Filtro mecânicos P1 ______ P2 ______ P3 ______
Purificador motorizado ______
ENSAIO DE VEDAÇÃO
Respirador ensaiado ______ modelo ______ tamanho ______ fabricante______
Aprovado ______ Reprovado ______
Qualitativos:
óleo de banana ______ sacarina ______ fumos irritantes ______
Quantitativo ______
Características pessoais:
Barba _____ dentadura _____ cicatriz _____ óculos _____ nenhuma _____ outras
_____
assinatura do empregado ________________________________ data:
___/___/____
assinatura de quem conduziu o ensaio ________________________
CUIDADOS
Limpeza: todo dia ______ toda semana ______ outro ______
Descartar: todo dia ______ toda semana ______ outro ______
Manutenção: Individual ______ empresa ______ outro ______
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Breve história da proteção respiratória

  • 1. BREVE HISTÓRIA DA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA O reconhecimento da necessidade de proteger as vias respiratórias dos trabalhadores é muito antigo. Plínio (23-79 AC)* menciona o uso de bexiga animal como cobertura das vias das vias respiratórias sem vedação facial para proteção contra a inalação oxido de chumbo nos trabalhos dentro das minas Outros autores AC também citam o uso de outros respiradores feitos com bexiga de animais para uso por mineiros. Leonardo da Vinci (1452-1519), antecipando de alguns Séculos a história, recomendou o uso de um pano molhado contra agentes químicos no caso de guerra química. Também se refere a uma substância misteriosa "Alito" que permitiria ao usuário respirar sem uma fonte de ar externo. Outra de suas idéias foi o uso de um "snorkel" ligado a um tubo longo que flutuava na superfície da água permitindo mergulhos demorados. Bernardino Ramazzini (1633-1714) apresenta uma revisão critica sobre a inadequada proteção respiratória dos mineiros de seu tempo que trabalhavam com arsênico, gesso, calcário e de trabalhadores que manipulavam tabaco. cereais em grão ou cortadores de pedra. Em 1700, no início da Revolução Industrial, aparece a primeira descrição da ancestral da máscara autônoma de circuito aberto e fechado, e da máscara de ar natural. Na fase mais intensa da Revolução Industrial de 1800 a 1850, começou-se fazer diferença entre os contaminantes particulados e gasosos anteriormente reconhecidos somente como "poeira". Em 1825 John Roberts desenvolveu o "filtro contra fumaça” para bombeiros, um capuz de couro com um tubo preso na perna do usuário que captava o ar menos contaminado que estava próximo ao solo. A extremidade do tubo que ficava próxima ao solo tinha um funil voltado para baixo contendo pedaços de tecido para filtrar partículas, e uma esponja molhada para remover gases solúveis na água. Provavelmente o desenvolvimento mais significante dos últimos séculos foi a descoberta em 1854 da capacidade do carvão ativo em remover vapores orgânicos e gases do ar contaminado. Nessa época, E.M. Shaw e o físico famoso Jonh Tyndall criaram o "filtro contra fumaça” para bombeiros, que protegia contra particulados (camada de algodão seco), gás carbônico (cal sodada) e outros gases e vapores (carvão ativo). O desenvolvimento da Proteção Respiratória está muito ligado à atividade de mineração, principalmente aos trabalhos nas minas de carvão, sendo os conhecimentos adquiridos também adotado nas fábricas e no combate a incêndios.
  • 2. No fundo das minas surge pela decomposição de matéria orgânica o Gás Metano que é asfixiante e em combinação com o ar atmosférico forma o temido grisú, altamente explosivo, e, quando há a presença de enxofre, o que nas minas de carvão se dá com alguma freqüência, forma também o gás sulfídrico altamente tóxico e mortal em altas concentrações. Também havia o problema da falta de oxigênio causado pela distância que as galerias seguem a partir da entrada. *Antes de Cristo Os mineiros costumavam levar pássaros em uma gaiola, para que pudessem ser alertados a tempo se havia gases no ambiente. Caso o pássaro apresentasse alterações no seu comportamento, desmaiando ou morrendo isto indicava que no ambiente poderia haver gases explosivos, tóxicos ou então que havia falta de oxigênio e os mineiros abandonavam imediatamente o local, para que equipes especializadas pudessem providenciar a ventilação adequada, evitando explosões, intoxicações e os riscos de baixo teor de oxigênio. O químico inglês Humphry Davy (1778 - 1829) desenvolveu uma lanterna, que recebeu o nome de Lanterna de Davy. No interior desta lanterna havia uma pequena chama que, caso se apagasse, indicava falta de oxigênio e, caso a chama aumentasse provocando pequenas explosões dentro da lanterna, isto significava que havia gás explosivo no ambiente, devendo o local ser abandonado imediatamente. A técnica de proteção respiratória foi evoluindo e passou a ser adotada em ambientes fabris onde ocorriam escapes de gases. As fábricas, que antes pouco havia e processavam materiais naturais e geravam poucos gases e partículas normalmente grossas e de pouco risco na inalação, agora passavam a processar substâncias cada vez mais complexas, gerando gases venenosos e partículas muito mais finas e tóxicas do que as normalmente encontradas na natureza. Mesmo já no início do século 20 ainda havia pouca preocupação social com o trabalhador e um grande número de pessoas adoeciam após alguns anos de trabalho, sofrendo de doenças Muitas vezes desconhecidas que raramente eram atribuídas ao ambiente em que trabalhavam. Nas minas de carvão por exemplo, levou-se muito tempo até que o adoecimento nos pulmões fosse considerado um problema social e atribuído ao pó de carvão mineral. Os trabalhadores, após alguns anos de atividade nas minas, sofriam de uma pneumoconiose provocada pela inalação de pó de carvão mineral, hoje conhecida como ANTRACOSE. Os avanços mais rápidos ocorreram durante a I Guerra Mundial (1914 - 1918) com as máscaras de uso militar. Os alemães geravam aerossóis altamente tóxicos no campo de batalha forçando o desenvolvimento de filtros altamente eficientes contra
  • 3. particulados. Um desses filtros desenvolvido em 1930 por Hansen usava lã animal impregnada de resina, com eficiência em torno de 99,99 % ! Atualmente os filtros contra aerossóis utilizam fibras mais baratas, de mais fácil obtenção, com baixa resistência à respiração e com boas propriedades contra o entupimento superficial. Também começaram a surgir cilindros de aço mais leves, que resistiam a maiores pressões e assim podiam armazenar uma quantidade maior de ar respirável comprimido tornando transportados nas costas. Havia problemas com os sistemas de válvulas e registros mas já era um equipamento que podia ser usado pelos bombeiros e equipes de salvamento com maior grau de confiabilidade. Após a primeira Guerra Mundial, com a expansão das Industrias avanço da medicina e o início de uma maior preocupação social com a saúde e o bem estar dos trabalhadores reivindicações dos próprios trabalhadores que começaram a se organizar em sindicatos, surgiram novos equipamentos com maior e mais confiáveis capacidade de proteção e com mais conforto no uso. Muitas doenças já eram diagnosticadas como decorrentes de trabalhos em ambientes contaminados e algumas medidas de saneamento e precaução passaram a ser adotadas. Com a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) novas técnicas, novos materiais e portanto novos problemas foram surgindo mas também novas soluções foram sendo encontradas No pós-guerra até nossos dias., a indústria desenvolveu enorme variedade de materiais que trouxeram problemas ambientais mas também possibilitaram o desenvolvimento de equipamentos de proteção individual eficazes, maiores possibilidades de diagnóstico de doenças e determinação de suas origens técnicas equipamentos para avaliação de ambientes para que os equipamentos de proteção ao trabalhador pudessem sei desenvolvidos. Novas Leis foram surgindo em função de uma maior preocupação com a saúde do trabalhador. É necessário que as empresas conheçam e reconheçam os riscos que estão gerindo para a saúde de seus trabalhadores e ter em mente que um trabalhador devidamente protegido certamente vai produzir mais e melhor É necessário que o trabalhador seja esclarecido quanto aos riscos que corre caso não use ou use de forma incorreta os equipamentos de proteção individual. As empresas devem oferecer treinamento, esclarecimento e equipamentos corretos, escolhidos de acordo com a boa técnica e não apenas pelo preço, simplesmente para satisfazer a Lei. No BRASIL equipamentos de proteção respiratória vêm sendo utilizados há muitos anos. Talvez há 25 ou 30 anos, os equipamentos eram bastante simples, porém
  • 4. com o tempo foram surgindo equipamentos mais modernos importados e a indústria nacional também passou a se preocupar mais com a qualidade, eficiência e conforto dos equipamentos que produzia. Por volta de fins de 1992, início de 1993, um Sindicato de Trabalhadores do Estado de S. Paulo detectou em fábricas de porte que alguns trabalhadores apresentavam problemas respiratórios provocados principalmente por SÍLICA e ASBESTO. Foi verificado que tais trabalhadores utilizavam respiradores descartáveis sendo os problemas prontamente atribuídos à suposta ineficiência deste tipo de respirador O Ministério do Trabalho emitiu então uma INSTRUÇÃO NORMATIVA que limitava o uso desse tipo de respiradores. O fornecedor dos respiradores, com base em estudos internacionais entrou com uma defesa junto à SSST/MTb. Foi então verificado que a Instrução Normativa carecia de maior embasamento técnico, sendo prontamente convocada uma COMISSÃO DE ESTUDOS que em curtíssimo prazo teve que elaborar documentação técnica que servisse como base para a aplicação de proteção respiratória. A comissão, sob a coordenação do Prof. Maurício Torloni, contou com a colaboração de técnicos altamente especializados da FUNDACENTRO, e a participação ativa de membros da própria Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, representantes de Sindicato de Trabalhadores, DIESAT SESI E ANIMASEG (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho) e muitos desses técnicos de cada uma das entidades, são também membros ativos no Grupo de Trabalho de Proteção Respiratória do CB-32 da ABNT, que está empenhado na elaboração das Normas Brasileiras deste segmento. Resultado desse trabalho, foi a elaboração do PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, publicação esta editada pela FUNDACENTRO e que faz parte integrante da Instrução Normativa nr. 1 de 11 de abril de 1994, que entrou em vigor a partir de Agosto de 1994. Com base na publicação da FUNDACENTRO, que lá deve ser adquirida pelos interessados, elaboramos o nosso trabalho dividindo a matéria em 12 passos. Inicialmente, o simples manuseio da publicação faz com que se fique apreensivo quanto à implantação de um PPR porém, segundo o sistema passo-a-passo, pode-se verificar que a matéria não é tão complexa quanto aparenta. Ao convidar o Prof. Maurício Torloni para participar na revisão desta 2a Edição do Programa de Proteção Respiratória em 12 Passos da EPICON, contamos com o conhecimento técnico, a experiência, a sensatez e a clareza de expressão do Prof. Torloni, tendo a certeza de estarmos apresentando algo consistente e útil a todos aqueles que precisam elaborar um PPR dentro de sua empresa.
  • 5. Diadema Agosto de 1998 Vili Francisco Meusburger INTRODUÇÃO SEJA BEM VINDO AO PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) EM 12 PASSOS DA EPICON O PPR é de vital importância para saúde e a vida dos trabalhadores que devam utilizar um respirador. Sua implantação e manutenção é obrigatória conforme determina a Instituição Normativa n.1 de 11/4/94, da Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST/Mtb) do Ministério do Trabalho. No controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado (por exemplo com poeiras, fumos, névoas, gases e vapores) o objetivo principal deve ser minimizar a contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de controle coletivo (p. ex. enclausuramento, ventilação local, etc.)
  • 6. Quando as medidas de controle coletivo não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas ou avaliadas. ou nas Situações de emergência, devem ser usados respiradores apropriados, em conformidade com os requisitos contidos no PPR O GUIA É APRESENTADO NO FORMATO PASSO-A-PASSO PARA FACILITAR A PREPARAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DE SUA EMPRESA. ESTE GUIA FOI PREPARADO COM BASE NO PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, PUBLICADO PELA FUNDACENTRO, E QUE FAZ PARTE DA INSTRUÇÃO NORMATIVA No 1 DE 11/4/94 - SSST/MINISTÉRIO DO TRABALHO.  Este Guia tem por objetivo auxiliar na preparação e implantação de um PPR, não podendo haver qualquer imputação à EPICON pela seleção ou uso inadequado de respiradores.  Este Guia não deve ser considerado com única referência na preparação do seu PPR. Entre as diversas fontes adicionais que existem destacam-se a CFR 29-1910.134 e a Norma z88.2.1980 Practices for Respiratory Protection – American National Standard Institute (ANSI) disponíveis na Biblioteca da Fundacentro em S. Paulo. Convém ressaltar que as Normas Regulamentadoras Brasileiras (NR), já existentes, ou que venham a existir, evidentemente prevalecerão sobre qualquer regulamentação estrangeira, por melhores que estas possam parecer.
  • 7. O QUE É O PPR? O PPR é um conjunto de medidas práticas e administrativas através das quais se pretende proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso correto dos respiradores. O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais da NR-9 e o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da NR-7, mantém relação direta com o PPR. O primeiro, faz o levantamento dos riscos ambientais e o segundo o controle biológico dos funcionários. Neste Gula você verá como redigir o PPR para a Sua empresa, acompanhando os 12 Passos. CONSULTE UM PROFISSIONAL COMPETENTE DA ÁREA DE SEGURANÇA OU DE SAÚDE OCUPACIONAL PARA AVALIAR CORRETAMENTE O LOCAL DE TRABALHO COMO PODEMOS SABER QUE NECESSITAMOS DE UM PPR? Se os trabalhadores de sua empresa estão expostos à produtos químicos, gases, vapores, poeiras névoas fumos, Ou à ambientes com deficiência de oxigênio o oca d e trabalho pode apresentar graves riscos respiratórios. São muitas as circunstâncias e condições de exposição ao risco para que se possa fazer uma enumeração completa, mas podem incluir:  exposição durante as operações de fabricação  trabalhos de manutenção  construção e montagem  vazamentos acidentais  emergências  combate a incêndios Lembre-se de que os produtos químicos tóxicos, a sílica e o amianto não são os únicos culpados. Mesmo os produtos comuns como solventes acetona, tiritas, poeiras podem ser perigosos em concentrações elevadas, ou quando a exposição é contínua por longos períodos de tempo. O único modo de conhecer com segurança se os trabalhadores estão correndo perigo é consultar um profissional competente, cuja avaliação é fundamental para o estabelecimento e manutenção de um Programa eficiente. CONHEÇA A LEGISLAÇÃO RELATIVA À PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA. CONHEÇA A LEI
  • 8. Uma vez conhecido o relatório do profissional da área de segurança ou de saúde ocupacional, o empregador está em condições de preparar um PPR que satisfaça todos os requisitos legais. É responsabilidade do empregador seguir ao pé da letra essas e exigências. Falhas no Programa podem significar custo para a empresa, porém, o que é mais importante ainda: graves doenças ou danos permanentes ao sistema respiratório, ou mesmo a morte de um trabalhador. SE VOCÊ TEM DÚVIDAS Consulte a EPICON Você pode. Também, consultar diretamente a FUNDACENTRO (011) 3066.6000. COMO PREPARAR O PPR PARA A SUA EMPRESA? O PPR pode ser preparado, seguindo as indicações que apresentamos adiante. Se você tiver dúvidas a respeito consulte-nos. O PPR pode ser redigido em duas partes:  um documento básico, assinado pela representante legal pela empresa, que contem a política da empresa na área de proteção respiratória, a indicação do Administrador e as, suas responsabilidade, inclusive as relativas a preparação dos Procedimentos Operacionais escritos. (ver Passo 1 )  um conjunto de Anexos, preparado pelo Administrador do Programa, ou por pessoa por ele indicada, contendo os diversos Procedimentos Operacionais. os quais devem abranger, no mínimo:  seleção de respiradores;  ensaios de vedação;  treinamento;  avaliação médica;  monitoramento ambiental;  distribuição dos respiradores,  guarda, limpeza, manutenção e inspeção;  qualidade do ar comprimido;  emergências;  auditoria. Esses Procedimentos podem ser preparados por pessoa por ele indicada, mas somente podem ser alterados pelo Administrador do programa. (ver Passo 2 em diante)
  • 9. REQUISITOS MÍNIMOS PARA UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Da publicação da FUNDACENTRO: Programa de Proteção Respiratória, Recomendações, Seleção e uso de Respiradores, que é parte integrante da Instrução Normativa nº 1 de 11/04/94 do Ministério do Trabalho, podemos identificar 12 pontos importantes que resumem o conteúdo de um bom PPR e que serão detalhados a seguir: 1. Devem ser estabelecidos Procedimentos Escritos definindo como selecionar e usar o respirador. 2. Os respiradores devem ser escolhidos considerando os riscos respiratórios aos quais os trabalhadores estarão expostos. 3. O usuário deve ser instruído e treinado quanto ao uso correto dos respiradores e suas limitações. 4. Quando viável. cada usuário deve receber um respirador para uso exclusivo 5. Os respiradores devem ser limpos e higienizados regularmente. Os usados por mais de uma pessoa devem ser limpos e higienizados após o uso por cada uma delas. 6. Os respiradores devem ser guardados em local apropriado, limpo e higiênico. 7. Os respiradores usados rotineiramente devem ser inspecionados durante a limpeza. Partes gastas ou deterioradas devem ser substituídas. Os respiradores usados para emergência, como as máscaras autônomas, devem ser inspecionadas pelo menos Uma vez por mês ou imediatamente após cada uso. 8. Deve haver monitoramento apropriado das condições da área de trabalho, do nível de exposição, e do stress do trabalhador. 9. Para o PPR ser eficiente deve haver acompanhamento contínuo e uma avaliação anual. 10. Não devem ser atribuídas tarefas que requeiram o uso de respirador antes de verificar se a pessoa tem condições física de realiza-la usando o equipamento. O médico da empresa definirá as condições físicas e de saúde necessárias. As condições de saúde do usuário deverão ser avaliadas periodicamente (por ex: anualmente). 11. Somente devem ser selecionados respiradores aprovados, isto é, com Certificado de Aprovação (CA). 12. Quando selecionar, e cada vez que colocar o respirador é necessário verificar a vedação no rosto.
  • 10. PASSO 1 O PROGRAMA ESCRITO "Devem ser estabelecidos Procedimentos Escritos definindo como selecionar e usar o respirador" O documento básico do programa define as linhas gerais do PPR Não entra em pormenores mas define claramente como a empresa vai enfrentar os riscos respiratórios potenciais ou presentes. Os Anexos contendo os diversos Procedimentos Operacionais descem aos pormenores. O PPR poderá ser útil em eventual defesa da empresa no caso de ocorrências graves provocadas pelo uso inadequado dos respiradores O conteúdo do Programa deve conter respostas às seguintes perguntas: 1. Qual o nome da sua empresa? 2. Em que data foram preparados o documento básico e os procedimentos? 3. Quem preparou os procedimentos? 4. Quais são as áreas ou processos de fabricação que necessitam de proteção respiratória? 5. Quais os tipos de respiradores que devem ou podem ser usados? 6. Quem é o responsável pelo treinamento adequado, realização dos ensaios de vedação, inspeção, manutenção e entrega dos respiradores? 7. Com que freqüência é feito o treinamento? 8. Qual a freqüência do monitoramento do local de trabalho e qual é a metodologia utilizada? 9. Quais são os procedimento para as situações rotineiras não rotineiras, de emergência e de resgate? Os procedimento que dizem respeito direto ao usuário devem ser distribuído a todos os trabalhadores que estejam sujeitos a riscos respiratórios. Fazendo com que os trabalhadores saibam exatamente como funciona o Programa da empresa, a segurança deles aumenta. EXEMPLO DE UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA A finalidade deste exemplo é mostrar como é o Documento Básico citado neste Guia, no item: "Como preparar o PPR para a sua empresa?". Foi traduzido e adaptado do "Guide to Industrial Respiratoy Protection" NIOSH 1987. COMPANHIA ABC
  • 11. O objetivo deste Programa é assegurar proteção à todos os trabalhadores contra riscos respiratórios pelo uso correto de respiradores. Os respiradores somente podem ser usados nesta empresa:  onde as medidas de controle coletivo dos riscos respiratórios não são viáveis;  enquanto as medidas de controle coletivo estão sendo adoradas;  nas emergências O funcionário Sr Fulano de Tal é o Administrador do Programa. Ele (ou ela) é o responsável por todos os aspectos do mesmo, e tem toda autoridade para tomar as decisões necessárias para garantir o seu sucesso. Esta autoridade inclui a indicação de pessoas, ou a compra dos equipamentos necessários para a sua implantação. A Companhia ABC autoriza expressamente o Administrador a parar qualquer operação da companhia onde haja risco grave de ocorrência de danos sérios à pessoas. Este Programa inclui os riscos respiratórios. O Administrador, ou pessoa por ele indicada, preparará Procedimentos Operacionais escritos, no mínimo, sobre:  política da empresa na área de proteção respiratória;  seleção de respiradores;  treinamento dos usuários;  ensaios de vedação;  distribuição dos respiradores;  limpeza, inspeção guarda e manutenção dos respiradores;  acompanhamento do uso;  monitoramento dos riscos respiratórios. Os Procedimentos Operacionais devem obedecer, no mínimo o recomendado na publicação da FUNDACENTRO: Programa de Proteção Respiratória Recomendações Seleção e uso de respiradores. Havendo dúvidas, deverão ser consultados especialistas externos, fabricantes dos respiradores, e autoridades competentes. Os Procedimentos Operacionais detalhados deverão ser incluídos como Anexo à este documento, e ambos constituirão o Programa de Proteção Respiratória da Companhia ABC. Somente o Administrador do Programa poderá efetuar alterações nos Procedimentos Operacionais. Os respiradores deverão ser selecionados em função dos riscos aos Quais o trabalhador estará exposto. Somente deverão ser selecionados respiradores com Certificado de Aprovação (CA). O usuário deverá ser instruído e treinado sobre o uso correto do respirador, bem como, sobre suas características e limitações. O treinamento deve incluir os supervisores e os usuários. Nenhum trabalhador da Companhia ABC que necessite usar respirador que exija vedação facial poderá usar barba. O empenho dos trabalhadores na observação destes cuidados deverá ser avaliada por verificações periódicas. Cada trabalhador deverá receber, quando viável, um respirador para uso exclusivo.
  • 12. Os respiradores de uso rotineiro ou para emergências, no momento do uso, devem sempre estar limpos, higienizados, e em perfeitas condições de uso. Os respiradores usados por mais de um deverão ser limpos e higienizados antes que o outro trabalhador o use. O Administrador deverá providenciar local e meios para a limpeza, inspeção, higienização e manutenção. Deve ser feita verificação periódica apropriada nas condições ambientes, de exposição, ou stress do trabalhador. O funcionamento do Programa deve ser verificado por inspeções regulares e por uma auditoria anual. O Administrador deverá fazer inspeções freqüentes em todas as áreas onde aos respiradores são usados. com a finalidade de assegurar obediência ao previsto no Programa. Não poderão ser atribuídas tarefas que exijam o uso de respiradores, antes de verificar, se o trabalhador está em condições apropriadas de saúde para executar a tarefa usando respirador. O médico da Companhia ABC definirá quais são as condições de saúde aceitáveis. Anualmente todo usuário de respirador deverá ser submetido a exame médico, com ênfase das vias respiratórias, para confirmar o estado de saúde do usuário. As exigências deste Programa devem ser obedecidas por todas as empresas ou pessoas contratadas para realização de trabalhos nesta companhia e que exijam o uso de respiradores. João dos Anzóis Superintendente da Companhia ABC
  • 13. EXEMPLO DE AVALIAÇÃO DO PPR De um modo geral, o Programa deve ser avaliado como ele está sendo aplicado em cada atividade e feitas as correções necessárias, de tal modo que os Procedimentos escritos reflitam a realidade. Pelo menos anualmente deve-se fazer uma auditoria a qual deve abranger a Administração e os aspectos do operacionais do Programa. A- ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA  Está escrita a política que fixa a responsabilidade do empregador em manter um local de trabalho seguro e saudável, atribuindo responsabilidade e autoridade para o Administrador do Programa?  A responsabilidade pelo Programa foi atribuída a uma pessoa que tenha conhecimentos e capacidade de coordenar o Programa em todos os seus aspectos no local de trabalho?  É possível, através de medidas de engenharia, ou de Mudanças no processo de produção, eliminar a necessidade do uso de respiradores?  Existem Procedimentos Escritos, ou referências explicita no Programa, abrangendo, no mínimo: - designação do Administrador - seleção de respiradores - com para de apenas equipamentos com CA - exame médico orientado para candidatos ao uso de respiradores - distribuição dos respiradores - ensaios de vedação - treinamento - manutenção guarda e inspeção - higienização - uso em condições especiais - monitoramento dos riscos respiratórios B- OPERAÇÃO DO PROGRAMA B1 - Seleção dos respiradores  Foi feito levantamento adequado do local de trabalho e da exposição a que estão submetidos os trabalhadores?  Os respiradores foram selecionados de acordo com os riscos a que estão expostos os trabalhadores?  A seleção foi feita por pessoa que conhece os Procedimentos de seleção? B2 - Somente são adquiridos e usados respiradores com CA? Eles oferecem proteção adequada para os riscos e concentrações específicas dos contaminantes?
  • 14. B3 - Existe avaliação médica para verificar se o usuário em potencial está física e psicologicamente apto a usar o respirador selecionado? B4 - Os respiradores estão sendo distribuídos para uso exclusivo de uma pessoa (quando possível) e existe registro da distribuição? B5 - Ensaios de vedação  Os usuários tem a oportunidade de escolher, entre diversos respiradores, aquele que proporciona melhor vedação?  O ensaio de vedação é repetido regularmente?  É satisfatória a vedação do respirador usado por trabalhador com lentes corretivas?  Os usuários estão proibidos de usarem lente de contato enquanto estão com o respirador?  O ensaio de vedação é feito em uma atmosfera de teste?  Os trabalhadores com barba por fazer, ou outras características que possam prejudicar a vedação estão proibidos de usarem respiradores em áreas contaminadas? B6 - Uso de respiradores na área de trabalho Os respiradores estão sendo usados corretamente? (Por exemplo, gorro ou outra cobertura da cabeça por cima dos tirantes da peça facial) Os respiradores estão sendo usados durante todo o tempo que os trabalhadores permanecem na área de risco? B7 - Limpeza, higienização, guarda, inspeção e manutenção dos respiradores Limpeza e Higienização  Os respiradores usados por mais de uma pessoa estão sendo limpos e higienizados após o uso de cada um, ou aqueles usados por um só, com a freqüência necessária?  Os procedimentos de limpeza e higienização são eficientes? Guarda  Os respiradores estão sendo guardados de modo que fiquem protegidos da poeira, luz solar, calor, frio excessivo, umidade, ou agentes químicos?  Os respiradores são guardados corretamente, de modo que não fiquem deformados?  Somente é permitida a guarda nos armários ou caixas de ferramentas quando o respirador esta protegido por uma caixa ou estojo? Inspeção  Os respiradores são inspecionados antes, depois de cada uso, e durante a limpeza?  Há pessoas qualificadas ou usuários instruídos quanto à técnica de inspeção?
  • 15.  Os respiradores designados para emergências são inspecionados, no mínimo, uma vez por mês e adicionalmente após cada uso?  A pressão do ar do cilindro das máscaras autônomas é verificada semanalmente?  Para os respiradores para emergências é mantido atualizado o registro de Inspeção? Reparos  As peças de reposição são do próprio fabricante do respirador?  Os reparos são feitos pelo fabricante, ou por pessoas treinadas? B8 - Condições especiais de uso  Existe procedimento para uso de respiradores em ambientes IPVS? (Imediatamente Perigoso à vida e saúde)  Existe procedimento para uso de respiradores em espaços confinados? B9 - Treinamento  Os usuários estão treinados sobre o uso adequado, limpeza, guarda e inspeção dos respiradores?  Os usuários foram informados sobre como é feita a seleção dos respiradores?  Os usuários são avaliados quanto ao aproveitamento, antes e depois do treinamento? PASSO 2 COMO SELECIONAR UM RESPIRADOR "Os respiradores devem ser escolhidos com base nos riscos respiratórios aos quais os trabalhadores estarão expostos" Deve ser conhecida a forma como os contaminante se apresentam no ambiente (poeira, névoa, fumos, gases, vapores), e a sua concentração, medida ou estimada. A seleção dos diversos tipos de respiradores, filtros mecânicos e químicos deve ser feita de acordo com as recomendações do item 4.2.2.2 da publicação da FUNDACENTRO: Programa de Proteção Respiratória - Recomendações, Seleção e uso de respiradores. Use as perguntas apresentadas a seguir como um roteiro para determinar qual o tipo de respirador que você necessita:  Atualmente você está usando proteção respiratória? Se estiver, qual ? É satisfatória? 1. A concentração do contaminante poderá atingira concentração IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde)? 2. Quanto tempo durante um dia ou semana os trabalhadores estão expostos?
  • 16. 3. Como o contaminante é utilizado no processo: aquecido, misturado com outras substâncias químicas? 4. Quais são as condições existentes nas áreas vizinhas? Há outros processos de produção nas proximidades que possam gerar contaminantes? Quais? 5. A área de trabalho é ventilada? Se for, qual a sua intensidade? É uma área aberta ou um espaço confinado? Qual a temperatura e umidade? 6. Qual é o limite de exposição do contaminante? Tem fracas propriedades de alerta Irrita a pele? Os olhos? 7. Há menos que 18% de oxigênio no local de trabalho? 8. Você calculou o Fator de Proteção Requerido? (Veja no Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO - no anexo 1 - item 17) GUIA PARA SELEÇÃO DE RESPIRADORES ESTAS INFORMAÇÕES SÃO DE CARÁTER GERAL. CONSULTE O FORNECEDOR DO SEU RESPIRADOR PARA MAIORES INFORMAÇÕES RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR Com Peça semifacial filtrante para partículas (PFF) É a chamada máscara descartável. Leve, confortável e de baixo custo. Oferece proteção contra poeiras, névoas e fumos. Dispensa limpeza, manutenção e higienização. Para uso em até 10 vezes o Limite de Tolerância. Existem tipos especiais, denominadas de Filtros de Baixa Capacidade (FBC) com camada de carvão ativo para baixas concentrações de vapores orgânicos ou de alguns gases ácidos. Com peça semifacial, de baixa manutenção, com filtros químicos/mecânicos Peças semifacial de baixo custo e filtros substituíveis. A peça facial permite limpeza, mas não a substituição de componentes, exceto os filtros. Reduz o tempo de treinamento e custos de peças de reposição. Indicado para até 10 vezes o Limite de Tolerância, desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima Concentração de uso do filtro químico. Com peça semifacial com filtros substituíveis Leve, fácil manutenção, pequena restrição à visão e aos movimentos. Os filtros são substituíveis. Poucas peças de reposição. Protege contra poeiras névoas, fumos gases e vapores. Indicado para até 10 vezes o Limite de Tolerância, desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima Concentração de uso do filtro químico. Com peça facial inteira e filtros substituíveis Oferece proteção muito maior que a semifacial. Protege os olhos. Pode usar filtro químico pequeno, médio ou grande. Poucas peças de reposição. Protege contra poeiras, névoas, fumos, gases e vapores. Indicado para até 100 vezes o Limite de
  • 17. Tolerância desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima Concentração de uso do filtro químico. Motorizado, com peça facial inteira e filtros substituíveis Mais confortável de usar que os não motorizados resultando maior produtividade. Usa filtros químicos ou mecânicos fixados na peça facial ou no cinturão. A bateria alimenta o motor de uma ventoinha que força o ar através do filtro até a peça facial. Indicado para até 1000 vezes o Limite de Tolerância (com P3, ou 100 vezes o LT, com P2) desde que menor que a concentração IPVS, ou menor que a Máxima Concentração de uso do filtro químico. RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR Respirador de linha de ar comprimido respirável Usa fonte externa de ar. Refresca o usuário. Maior proteção que os purificadores de ar não motorizados. Podem ser de fluxo contínuo, de demanda, com ou sem pressão positiva. Exige ar respirável provindo de compressor ou bateria de cilindros. Para situações IPVS deve ser com peça facial inteira, com fluxo contínuo ou de demanda com pressão positiva, e, obrigatoriamente com cilindro auxiliar para fuga. Indicado para até 1000 vezes o LT (com peça facial inteira, fluxo contínuo, ou demanda com pressão positiva), ou até 50 LT (com peça semifacial, fluxo contínuo, ou demanda com pressão positiva). Respirador para fuga Para uso em situações de escape em atmosferas lPVS, ou com deficiência de oxigênio. Autonomia de 5 a 10 minutos, dependendo do volume e da pressão do cilindro de ar. Não serve para resgate. Não se especifica o fator de proteção. Máscara Autônoma É o respirador que oferece maior proteção. Uso em atmosfera lPVS, com deficiência de oxigênio e em emergências. Cilindros de aço, e composite. Boa mobilidade, porém, com restrições devido o cilindro nas costas. Indicada para até 10000 vezes o LT.
  • 18. PASSO 3 TREINAMENTO DOS USUÁRIOS "O usuário deve ser instruído e treinado quanto ao uso correto dos respiradores e suas limitações" Antes de usar um respirador, você precisa conhecer os tipos disponíveis e as condições sob as quais podem ser usados. Todas as informações e cuidados recomendados devem ser obedecidas. Todos os usuários devem estar familiarizados com a publicação da FUNDACENTRO" Programa de Proteção Respiratória, Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores", na parte que for conveniente ou aplicável, e informados sobre os contaminantes presentes. De acordo com essa publicação a pessoa que distribui os respiradores e os usuários devem receber, de pessoa qualificada, treinamento adequado sobre o uso do respirador. Se existirem dúvidas sobre qualquer aspecto do treinamento, consulte um profissional competente ou o fabricante do respirador. O que o usuário necessita saber antes de usar o respirador:  As razões pelas quais se necessita de proteção respiratória;  A natureza, extensão e efeitos dos riscos respiratórios aos quais está exposto;  Explicação sobre porque as medidas de proteção coletiva não estão sendo aplicadas, ou não são adequadas, e o que esta sendo feito para reduzir, ou dispensar O uso de respiradores,  Explicação do porque um determinado respirador foi escolhido;  Explicação sobre o funcionamento, características e ]imitações do respirador selecionado;  Instruções sobre como inspecionar, colocar, verificar a vedação e usar o respirador;  Durante o treinamento cada usuário deve ter a oportunidade de manusear, colocar, ajustar e verificar a vedação do respirador bem como usa-lo em atmosfera não contaminada e em atmosfera de teste; atmosfera de teste;  Instruções sobre a guarda e o modo correto de fazer a inspeção e manutenção;  Instruções sobre como reconhecer e enfrentar situações de emergências;  Instruções necessárias sobre o uso de respiradores especiais;  Regulamentos sobre o uso de respiradores. Todos os usuários de respiradores devem ser retreinados ao menos uma vez por ano quanto mais informações o usuário receber sobre a necessidade e razões do uso, mais motivação terá para conservar e usar corretamente o equipamento. Fazendo com que os trabalhadores atuais e os novos saibam como e porque o PPR funciona, eles estarão mais protegidos e a empresa também.
  • 19. PASSO 4 DISTRIBUIÇÃO DOS RESPIRADORES AOS USUÁRIOS "Quando viável, cada usuário deve receber um respirador para uso exclusivo" Uma vez feita a escolha do tipo de respirador para cada aplicação em particular, e incluída essa informação nos Procedimentos Escritos do PPR, é chegado o momento de distribui-lo para casa usuário. Sempre que viável, cada usuário deve receber um respirador para uso exclusivo. Deve ser marcado de modo de forma indelével para identificar a quem pertence. A marcação não deve afetar o desempenho. Se possível, registre de forma conveniente a distribuição, o uso previsto, a data da distribuição, das redistribuições e dos reparos efetuados. ESCOLHA DO TAMANHO CORRETO Não é fácil a escolha do respirador que vede bem por causa da grande variedade de formatos e dimensões de rostos. Colocando vários tamanhos e marcas à disposição do usuário para experimentá-los a tarefa ficará mais simples. Permita que o usuário escolha, entre os tamanhos e marcas, o mais confortável. Se ele puder participar da decisão de escolha, aumentará a sua aceitação. PASSO 5 LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS RESPIRADORES "Os respiradores devem ser limpos e higienizados regularmente. Os usados por mais de uma pessoa devem ser limpos e higienizados após ouso por cada uma delas" Os respiradores devem ser limpos e higienizados antes de serem distribuídos aos usuários e depois, com a freqüência necessária. Os de emergência devem ser limpos e higienizados após cada uso. PARA LIMPAR OS RESPIRADORES Retire os filtros suportes de filtros e tirantes. Desmonte completamente o respirador. Lave a peça facial com água e sabão, ou com a solução recomendada pelo fabricante. A seguir faça a higienização. No Anexo 4 da citada publicação da FUNDACENTRO você encontrará recomendações sobre limpeza e higienização de respiradores. Consulte também o fabricante.
  • 20. Enxágüe novamente em água morna e deixe secar ao ar sobre prateleira. Não pendure a peça facial pois poderá provocar distorção prejudicando a vedação. Desejando usar um pano impregnado com substâncias para remover o suor ou a gordura facial, é necessário certificar-se junto ao fabricante de que o processo de limpeza escolhido e seu agente químico não são prejudiciais ao material de que é confeccionado o respirador. PASSO 6 GUARDA "Os respiradores devem ser guardados em local apropriado, limpo e higiênico" Os respiradores devem ser guardados de modo que fiquem protegidos contra poeira, luz solar, calor e frio intensos, umidade excessiva ou agentes químicos. E recomendável o uso um saco plástico que possa ser fechado quando necessário. Não pendurar o respirador pelos tirante ou de modo que provoque a deformação da peça facial, pois a vedação no rosto ficará prejudicada. Mantenha os respiradores de emergência e resgate em áreas de rápido e fácil acesso. Se estiverem guardados em armários ou caixas, identifique-os de modo que sejam facilmente achados. PASSO 7 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO "Os respiradores usados rotineiramente devem ser inspecionados durante a limpeza. Partes gastas ou deterioradas devem ser substituídas. Os respiradores usados para emergência, como as mascaras autônomas, devem ser inspecionadas pelo menos uma vez por mês, ou imediatamente após cada uso" INSPEÇÃO Toda vez que for usar, e após o uso, verifique se o seu respirador está em boas condições. Esse cuidado é a garantia de que ele protegerá contra poeiras, névoas, fumos gases ou vapores perigosos.  Verifique o funcionamento das válvulas e membranas. Observe se existe poeira ou fiapos depositados que possam provocar vazamentos;  Verifique se existem partes gastas ou deterioradas principalmente rias peças de Borracha ou plástico. Troque qualquer peça que esteja gasta ou apresente sinais de deterioração;
  • 21.  As máscaras autônomas e as de escape devem ser inspecionadas no mínimo, mensalmente. Os reparos e ajustes nestes respiradores devem ser feitos pelo fabricante ou pessoa por ele treinada;  Lembre-se de registrar em local apropriado a data de inspeção, o que foi encontrado, o que e quem fez o serviço. MANUTENÇÃO Se na inspeção de rotina for observado algo errado com o respirador, ou a informação vier do usuário, o reparo deve ser feito imediatamente, ou então providenciado outro respirador. Os reparos somente devem ser realizados por pessoas treinadas e utilizando peças originais. Se forem necessários ajustes que não constem das instruções do fabricante, peça a sua ajuda. EXEMPLO DE REGISTRO DE INSPEÇÃO Data da inspeção __________________ Feita por ______________________________ 1. Tipo de respirador ______________________________________________________ 2. Número ____________Marca _____________________________________________ 3. Defeitos encontrados
  • 22. a- peça facial _______________________________________________________ b- válvula de inalação ________________________________________________ c- conjunto da válvula de exalação ______________________________________ d- tirantes _________________________________________________________ e- suporte do cartucho ________________________________________________ f- cartucho _________________________________________________________ g- filtro/préfiltro ______________________________________________________ h- suportes e cinturão ________________________________________________ i- mangueiras, traquéia, tubos flexíveis __________________________________ j- diafragma de voz __________________________________________________ k- guarnições "O" ring ________________________________________________ l- conexões ________________________________________________________ m- outros defeitos ____________________________________________________
  • 23. PASSO 8 MONITORAMENTO DA ÁREA DE TRABALHO "Deve haver monitoramento apropriado das condições da área de trabalho, do nível de exposição, e do stress do trabalhador" Uma vez implantado o PPR é necessário continuar o monitoramento do local de trabalho, a identificar os riscos bem como o grau de exposição do trabalhador e do seu stress. Mesmo pequenos ajustes no processo ou no modo de operação, mudanças de temperatura, movimentação do ar e umidade podem mudar a concentração de uma substância no ambiente e influir na eficiência da proteção respiratória implantada. Para garantir que os trabalhadores estejam protegidos como devem é fundamental que se monitore o contaminante periodicamente. Desse modo você terá certeza que os níveis, de exposição não ultrapassem a capacidade de proteção do respirador em uso. PASSO 9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO SEU PROGRAMA "Para o PPR ser eficiente deve haver acompanhamento contínuo e tinta avaliação anual" ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO Uma vez por ano todo o PPR deve ser avaliado para verificar a sua eficácia. Nessa ocasião, faça as alterações que julgar convenientes, nos Procedimentos Escritos. Implante os melhoramentos e corrija os erros imediatamente, para garantir proteção e segurança dos trabalhadores. A habilidade e percepção dos líderes de equipe serão de grande auxílio. O conhecimento das tarefas e as observações que tenham feito durante a avaliação poderão melhorar cada vez mais o PPR. O QUE DEVE SER OBSERVADO • Aceitação do respirador Pergunte sobre o conforto vedação resistência à respiração, cansaço, interferência na visão ou na comunicação. restrição de movimentos. interferência com as atividades realizadas e nível de confiança. O PPR somente será eficaz se os trabalhadores usarem os respiradores. Aproveite as reclamações deles para fazer as alterações necessárias 1 irias e melhorar a aceitação. • Verificação do cumprimento dos Procedimentos Escritos Verifique se está ;crido utilizado o respirador que foi selecionado, se os usuários estão bem treinados, com a barba feita e se estão bem a ajustados no rosto,
  • 24. inspecionados em bom estado e guardados corretamente. Verifique se os riscos estão sendo monitorados e se o acompanhamento médico está sendo feito. AVALIAÇÃO Use os resultados documentados da inspeção realizada para avaliar a eficácia do Programa Registre, por escrito, os problemas identificados e investigue porque a proteção respiratória não foi eficaz. Adote medidas corretivas imediatas para preservar a saúde e a segurança dos usuários. Os resultados da avaliação devem ser apresentados por escrito num relatório e devem conter os planos para correção das falhas, datas e prazos para sua implantação. PASSO 10 AVALIAÇÃO MÉDICA "Não devem ser atribuídas tarefas que requeiram o uso de respirador antes de verificar se a pessoa tem condições físicas de realiza-Ia usando o equipamento. O médico da empresa definirá as condições físicas e de saúde necessárias. As condições de saúde do usuário deverão ser avaliadas periodicamente (por ex. anualmente)" Somente devem realizar- tarefas que exijam o uso de respirador aquelas pessoas capazes de usa-lo. Tais trabalhadores devem ser avaliados anualmente pelo médico para verificar se podem continuar a realizar aquela tarefa. PERGUNTE AO TRABALHADOR SOBRE • histórico de doenças respiratórias Identifique os trabalhadores com história de asma, efisema, doenças pulmonares crônicas. • histórico laboral. Identifique os trabalhadores que estiveram expostos ao amianto, sílica poeira de algodão, berílio etc., nos últimos dez anos ou que trabalharam em ocupações ou indústrias onde a exposição a essas substâncias foi provável. • outras informações médicas. Tais informações podem fornecer evidências sobre a capacidade ou incapacidade do trabalhador usar o respirador. A análise dessas respostas podem ajudar na avaliação da eficiência do PPR. Se algum trabalhador apresentar sinais de exposição você deverá observar o local de trabalho e tentar achar alguma correlação entre o fato e o uso do respirador.
  • 25. PASSO 11 RESPIRADORES APROVADOS “Somente devem ser selecionados respiradores aprovados, isto é, com Certificado de Aprovação (CA)” Somente devem ser selecionados e utilizados respiradores com Certificado de Aprovação (CA) emitido pela Secretaria de Saúde e Medicina do Trabalho do Ministério do Trabalho, dentro do prazo de validade. Os respiradores devem, em sua confecção, obedecer às Normas Brasileiras (NBR) feitas pela ABNT e na sua falta podem ser aceitas normas de outros países (USA, Comunidade Européia). Quando adquirir o respirador, observe se a embalagem vem com instruções adequadas, isto é, se o fabricante explica claramente quais as aplicações e as limitações, como usar e conservar, etc. PASSO 12 VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO E ENSAIOS DE VEDAÇÃO "Quando selecionar, e cada vez que colocar o respirador, é necessário verificar a vedação no rosto" Cada vez que colocar o respirador é necessário verificar a vedação no rosto. A Verificação de vedação é feita rápida e facilmente pelo teste tia pressão positiva ou negativa. Se os trabalhadores usam as peças semifacial filtrantes ou respiradores de pressão negativa (como o purificadores de ar não motorizados) é de fundamental importância a realização de um dos Ensaios de Vedação aprovados pela FUNDACENTRO: qualitativos (sacarina, óleo de banana, fumaça irritante) ou quantitativos. A realização do Ensaio de Vedação para cada usuário, durante a seleção do respirador, garante uma escolha mais segura entre os diversos tipos e formatos disponíveis no mercado ENSAIO DE VEDAÇÃO QUALITATIVO Neste ensaio o usuário é exposto a uma fumaça irritante ou a um vapor orgânico com cheiro (óleo de banana), ou a partículas com gosto (sacarina) enquanto executa movimentos com a cabeça, semelhantes aos que faz durante o seu trabalho a fim de verificar a vedação. O respirador deve estar equipado com um filtro que retenha o agente de ensaio. Se o usuário não sentir irritação da garganta o cheiro ou o gosto do agente de ensaio é porque esse modelo e tamanho de respirador está perfeitamente adaptado ao seu rosto isto é, a vedação satisfatória. ENSAIO DE VEDAÇÃO QUANTITATIVO
  • 26. O Ensaio de Vedação Quantitativo, mede, por exemplo, a concentração do contaminante na atmosfera de teste e dentro do respirador enquanto executa os mesmos movimentos que no ensaio qualitativo. Este ensaio dá um indicação mais segura que o Ensaio Qualitativo. VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO A verificação de Vedação pelo teste de pressão positiva ou negativa deve ser feito toda vez que o usuário colocar ou reajustar o respirador. Com isso você terá que ele esta bem colocado e que está funcionado corretamente. Os procedimentos para esta verificação podem variar entre fabricantes Consulte as instruções de uso do seu respirador. EXEMPLO DE FORMULÁRIO PARA USUÁRIO DE RESPIRADOR Nome da empresa _______________________ DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ______________ Contaminantes Concentração l. T ________________________________________________________________ _______ RESPIRADORES RECOMENDADOS Primeira escolha ______________ Segunda escolha ______________ Num. do CA / data de validade ________________________________ DISTRIBUIÇÃO DO RESPIRADOR E TREINAMENTO Nome do empregado/ Numero Função Data ________________________________________________________________ _______ Respirador entregue Respirador semifacial filtrante (descartável) _______ com filtro mecânico P-1 ___ P- 2 ___ Respirador semifacial filtrante (descartável) com filtro combinado P-1 ___ P- 2 ___
  • 27. Mascara autônoma ________ Linha de Ar____________ Respirador semifacial ________ 1/4 facial ____________ com filtro recambiável Filtro Químico Classe ___________ Tipo ___________ Filtro mecânicos P1 ______ P2 ______ P3 ______ Purificador motorizado ______ ENSAIO DE VEDAÇÃO Respirador ensaiado ______ modelo ______ tamanho ______ fabricante______ Aprovado ______ Reprovado ______ Qualitativos: óleo de banana ______ sacarina ______ fumos irritantes ______ Quantitativo ______ Características pessoais: Barba _____ dentadura _____ cicatriz _____ óculos _____ nenhuma _____ outras _____ assinatura do empregado ________________________________ data: ___/___/____ assinatura de quem conduziu o ensaio ________________________ CUIDADOS Limpeza: todo dia ______ toda semana ______ outro ______ Descartar: todo dia ______ toda semana ______ outro ______ Manutenção: Individual ______ empresa ______ outro ______
  • 28. PPR