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A República<br />Introdução<br /> Irei falar sobre a república, que é uma forma de governo na qual um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe do país. Mais ou menos este trabalho é para explicar o que é a república.<br />    A Proclamação da República Portuguesa foi o resultado do Golpe de Estado do Partido Republicano, mais conhecido como Revolução de 5 de Outubro de 1910 que naquela data pôs termo à monarquia constitucional em Portugal. O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se na sequência da acção doutrinária e política que, desde que foi criado Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida por este partido, cujo objectivo principal desde cedo foi o da simples substituição do regime. Ao fazer depender o renascimento nacional do fim da monarquia o Partido Republicano punha a questão do regime acima de qualquer outra. Ao encaminhar toda a sua acção política para esse objectivo o partido simplificava com grandeza o seu ultimo fim, pois obtinha ao mesmo tempo três resultados:                   demarcava-se do Partido Socialista, que defendia a colaboração com o regime em troca de regalias para a classe operária, os que trabalhavam nas fábricas com condições horrendas; atraia em torno de si a simpatia de todos os descontentes; e adquiria uma maior coesão interna, esbatendo quaisquer divergências ideológicas entre os seus membro. <br />   Por isto, as divergências dentro do partido residiam mais em questões de estratégia política do que de ideologia. O rumo ideológico do republicanismo português já fora traçado muito antes, com as obras de José Félix Henriques Nogueira, e pouco se foi alterando ao longo dos anos, excepto em termos de adaptação posterior às realidades do país. Para isso contribuíram as obras de Teófilo Braga, que tentou concretizar as idéias descentralizadoras e federalistas, abandonando o carácter socialista em prol dos aspectos democráticos. Esta mudança visava também não antagonizar a pequena e média burguesia, que se tornaria uma das principais bases de militância republicana. No entanto, o abandono dos interesses do proletariado acabaria por trazer muitos dissabores e dificuldades á Primeira República Portuguesa.<br />                                                                                     <br />        Henriques Nogueira                                                                                       Teófilo Braga<br />   Esta operação tinha também como fim fazer do derrube da monarquia uma mística messiânica, unificadora, nacional e acima de classes. Esta panacéia que deveria curar de uma vez todos os males da Nação, reconduzindo-a à glória, foi acentuando cada vez mais duas vertentes fundamentais: o nacionalismo e o colonialismo. Desta combinação resultou o abandono do Iberismo patente nas primeiras teses republicanas de José Félix Henriques Nogueira, identificando-se monárquicos e monarquia com antipatriotismo e cedência aos interesses estrangeiros. Outro componente muito forte da ideologia republicana era o anticlericalismo, devido à teorização de Teófilo Braga, que identificou religião com atraso científico e força de oposição ao progresso, em oposição aos republicanos, vanguarda identificada com ciência e progresso. Também este dissociar dos sectores mais conservadores da população viria a ser um grave entrave à República.<br />A revolta<br />   A 5 de Outubro de 1910 estalou a revolta republicana que já se avizinhava no contexto da instabilidade política. Embora muitos envolvidos se tenham esquivado à participação chegando mesmo a parecer que a revolta tinha falhado esta acabou por suceder graças à incapacidade de resposta do Governo, que não conseguiu reunir tropas que dominassem os cerca de duzentos revolucionários que na Rotunda resistiam de armas na mão.<br />Dia 4 de Outubro, movimentos dos revolucionários<br />   No verão de 1910 Lisboa fervilhava de boatos e várias vezes foi o Presidente do Conselho de Ministros, Teixeira de Sousa, avisado de golpes iminentes. A revolução não foi excepção, o golpe era esperado pelo governo, que a 3 de Outubro deu ordem para que todas as tropas da guarnição da cidade ficassem de prevenção. Após o jantar oferecido em honra de D. Manuel II pelo presidente brasileiro Hermes da Fonseca, então em visita de estado a Portugal, o monarca recolheu-se ao Paço das Necessidades enquanto seu tio e herdeiro jurado da coroa, o infante D. Afonso, seguia para a Cidadela de Cascais, pois o perigo iminente não aconselhava que estivessem os dois na mesma localização. Duas notícias precipitaram a revolução, o assassinato de Miguel Bombarda, baleado por um dos seus pacientes, e a informação de que os navios fundeados no Tejo iriam sair a dia<br />                                           <br />                                                              Miguel Bombarda<br />Dia 4 de Outubro, as forças do governo<br />   A guarnição militar de Lisboa era constituída por quatro regimentos de infantaria, dois de cavalaria e dois batalhões de caçadores, com um total teórico de 6.982 efectivos. Mas na prática, com os destacamentos militares colocados em funções de vigia e policiamento, nomeadamente nas fábricas do Barreiro devido ao surto grevista e à agitação sindicalista que se verificava desde Setembro, esse número estava reduzido a cerca de 3000. A estes devem juntar-se ainda cerca de 3.000 efectivos policiais. No entanto a eficiência destes era reduzida, não só pela presença entre os seus números de uma quantidade desconhecida de simpatizantes republicanos, como pelo facto de a maioria dos praças não ter mais do que um ano de preparação militar dado o recente licenciamento.<br />Dia 4 de Outubro, combates<br />   Os factos combinados de que do lado monárquico terem alinhado algumas unidades cujas simpatias estavam com os republicanos e do lado dos revoltosos o plano original de acção havia sido abandonado pelo entrincheiramento na Rotunda e em Alcântara, levou a que durante todo o dia 4 a situação se mantivesse num impasse, correndo pela cidade os mais variados boatos acerca de vitórias e derrotas. No final a maior parte da movimentação militar coube à Bateria Móvel de Queluz.<br />Dia 4 de Outubro, o Rei<br />   Como mencionado, depois do banquete com Hermes da Fonseca D. Manuel II regressara ao Paço das Necessidades, mas não se deitou dada a gravidade dos acontecimentos que se previam, ficando na companhia de alguns oficiais. Jogavam Bridge quando as primeiras canhonadas confirmaram o que temiam. O rei tentou telefonar mas encontrou linha cortada conseguindo apenas informar a rainha Mãe, no palácio da Pena, acerca da situação. Pouco depois chegaram as unidades já mencionadas, que conseguem repelir os ataques dos revolucionários embora as balas atingissem as janelas. Cerca das nove horas o rei recebeu um telefonema do Presidente do Conselho, aconselhando-o a procurar refúgio em Mafra ou Sintra, dado que os revoltosos ameaçavam bombardear o Paço das Necessidades. D. Manuel II recusou-se a partir dizendo no entanto aos presentes: “Vão vocês se quiserem, eu fico. Desde que a constituição não me marca outro papel senão o de me deixar matar, cumpri-lo-ei”.<br />Dia 5 de Outubro, a esperada revolução<br />   À noite a moral encontrava-se baixa entre as tropas monárquicas estacionadas no Rossio, devido ao perigo constante de serem bombardeadas pelas forças navais e nem as baterias de Couceiro, aí colocadas estrategicamente, traziam conforto. No quartel general discutia-se a melhor posição para bombardear a Rotunda. Às três da manhã Paiva Couceiro partiu com a Bateria Móvel, escoltado por um esquadrão da Guarda Municipal, e instalou-se no Jardim de Castro Guimarães, no Torel, aguardando a madrugada. Quando as forças da Rotunda começaram a disparar sobre o Rossio, revelando a sua posição, Paiva Couceiro abriu fogo provocando baixas e semeando a confusão entre os revoltosos. O bombardeamento prosseguiu com vantagem para os monárquicos, mas às oito da manhã Paiva Couceiro recebeu ordem para cessar fogo pois iria haver um armistício de uma hora.<br />   Assim, num confronto cheio de indecisões, desencontros e hesitações em ambos os lados, se pôs termo ao regime monárquico parlamentar em Portugal, um evento por alguns historiadores considerado como o primeiro sinal do desmoronar da tradicional ordem Europeia, que viria a soçobrar completamente alguns anos mais tarde com o desfecho da Primeira Guerra Mundial. A República que emergiu desta revolução pouco mais anos duraria depois dessa derrocada, minada pelas características que originalmente lhe permitiram a sua rápida propagação pela opinião pública e que agora se revelavam como defeitos: o anticlericalismo militante e a falta de um programa social e sindical viraram contra ela ao mesmo tempo os sectores mais conservadores e os mais radicais, a panaceia messiânica não resolveu os problemas e mostrou ser ainda mais instável do que a monarquia nos seus últimos anos.<br />   Embora ao desgaste, inércia e incompetência dos partidos tradicionais caiba grande parte da culpa pelo desgaste da monarquia, o Partido Republicano estava lá para ser enrabado, sempre se recusando a colaborar ao mesmo tempo que sabotava o regime por dentro, acabando por derrubá-lo pela força. Inversamente, e apesar das incursões monárquicas, foi a república que acabou por se derrubar a si mesma.<br />Conclusão<br />    Neste trabalho conclui mais ou menos o que era a República, relembrei algumas partes da história que dei nas aulas. Fiquei na ideia que o dia 5 de outubro de 1910 ficou memorizado na história de Portugal e é assim que concluo o meu trabalho.<br />Trabalho realizado por:<br />Tiago Nunes Nº10 9ºC<br />
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Lusofonia
 

A queda da monarquia e a proclamação da República Portuguesa

  • 1. A República<br />Introdução<br /> Irei falar sobre a república, que é uma forma de governo na qual um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe do país. Mais ou menos este trabalho é para explicar o que é a república.<br /> A Proclamação da República Portuguesa foi o resultado do Golpe de Estado do Partido Republicano, mais conhecido como Revolução de 5 de Outubro de 1910 que naquela data pôs termo à monarquia constitucional em Portugal. O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se na sequência da acção doutrinária e política que, desde que foi criado Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida por este partido, cujo objectivo principal desde cedo foi o da simples substituição do regime. Ao fazer depender o renascimento nacional do fim da monarquia o Partido Republicano punha a questão do regime acima de qualquer outra. Ao encaminhar toda a sua acção política para esse objectivo o partido simplificava com grandeza o seu ultimo fim, pois obtinha ao mesmo tempo três resultados: demarcava-se do Partido Socialista, que defendia a colaboração com o regime em troca de regalias para a classe operária, os que trabalhavam nas fábricas com condições horrendas; atraia em torno de si a simpatia de todos os descontentes; e adquiria uma maior coesão interna, esbatendo quaisquer divergências ideológicas entre os seus membro. <br /> Por isto, as divergências dentro do partido residiam mais em questões de estratégia política do que de ideologia. O rumo ideológico do republicanismo português já fora traçado muito antes, com as obras de José Félix Henriques Nogueira, e pouco se foi alterando ao longo dos anos, excepto em termos de adaptação posterior às realidades do país. Para isso contribuíram as obras de Teófilo Braga, que tentou concretizar as idéias descentralizadoras e federalistas, abandonando o carácter socialista em prol dos aspectos democráticos. Esta mudança visava também não antagonizar a pequena e média burguesia, que se tornaria uma das principais bases de militância republicana. No entanto, o abandono dos interesses do proletariado acabaria por trazer muitos dissabores e dificuldades á Primeira República Portuguesa.<br /> <br /> Henriques Nogueira Teófilo Braga<br /> Esta operação tinha também como fim fazer do derrube da monarquia uma mística messiânica, unificadora, nacional e acima de classes. Esta panacéia que deveria curar de uma vez todos os males da Nação, reconduzindo-a à glória, foi acentuando cada vez mais duas vertentes fundamentais: o nacionalismo e o colonialismo. Desta combinação resultou o abandono do Iberismo patente nas primeiras teses republicanas de José Félix Henriques Nogueira, identificando-se monárquicos e monarquia com antipatriotismo e cedência aos interesses estrangeiros. Outro componente muito forte da ideologia republicana era o anticlericalismo, devido à teorização de Teófilo Braga, que identificou religião com atraso científico e força de oposição ao progresso, em oposição aos republicanos, vanguarda identificada com ciência e progresso. Também este dissociar dos sectores mais conservadores da população viria a ser um grave entrave à República.<br />A revolta<br /> A 5 de Outubro de 1910 estalou a revolta republicana que já se avizinhava no contexto da instabilidade política. Embora muitos envolvidos se tenham esquivado à participação chegando mesmo a parecer que a revolta tinha falhado esta acabou por suceder graças à incapacidade de resposta do Governo, que não conseguiu reunir tropas que dominassem os cerca de duzentos revolucionários que na Rotunda resistiam de armas na mão.<br />Dia 4 de Outubro, movimentos dos revolucionários<br /> No verão de 1910 Lisboa fervilhava de boatos e várias vezes foi o Presidente do Conselho de Ministros, Teixeira de Sousa, avisado de golpes iminentes. A revolução não foi excepção, o golpe era esperado pelo governo, que a 3 de Outubro deu ordem para que todas as tropas da guarnição da cidade ficassem de prevenção. Após o jantar oferecido em honra de D. Manuel II pelo presidente brasileiro Hermes da Fonseca, então em visita de estado a Portugal, o monarca recolheu-se ao Paço das Necessidades enquanto seu tio e herdeiro jurado da coroa, o infante D. Afonso, seguia para a Cidadela de Cascais, pois o perigo iminente não aconselhava que estivessem os dois na mesma localização. Duas notícias precipitaram a revolução, o assassinato de Miguel Bombarda, baleado por um dos seus pacientes, e a informação de que os navios fundeados no Tejo iriam sair a dia<br /> <br /> Miguel Bombarda<br />Dia 4 de Outubro, as forças do governo<br /> A guarnição militar de Lisboa era constituída por quatro regimentos de infantaria, dois de cavalaria e dois batalhões de caçadores, com um total teórico de 6.982 efectivos. Mas na prática, com os destacamentos militares colocados em funções de vigia e policiamento, nomeadamente nas fábricas do Barreiro devido ao surto grevista e à agitação sindicalista que se verificava desde Setembro, esse número estava reduzido a cerca de 3000. A estes devem juntar-se ainda cerca de 3.000 efectivos policiais. No entanto a eficiência destes era reduzida, não só pela presença entre os seus números de uma quantidade desconhecida de simpatizantes republicanos, como pelo facto de a maioria dos praças não ter mais do que um ano de preparação militar dado o recente licenciamento.<br />Dia 4 de Outubro, combates<br /> Os factos combinados de que do lado monárquico terem alinhado algumas unidades cujas simpatias estavam com os republicanos e do lado dos revoltosos o plano original de acção havia sido abandonado pelo entrincheiramento na Rotunda e em Alcântara, levou a que durante todo o dia 4 a situação se mantivesse num impasse, correndo pela cidade os mais variados boatos acerca de vitórias e derrotas. No final a maior parte da movimentação militar coube à Bateria Móvel de Queluz.<br />Dia 4 de Outubro, o Rei<br /> Como mencionado, depois do banquete com Hermes da Fonseca D. Manuel II regressara ao Paço das Necessidades, mas não se deitou dada a gravidade dos acontecimentos que se previam, ficando na companhia de alguns oficiais. Jogavam Bridge quando as primeiras canhonadas confirmaram o que temiam. O rei tentou telefonar mas encontrou linha cortada conseguindo apenas informar a rainha Mãe, no palácio da Pena, acerca da situação. Pouco depois chegaram as unidades já mencionadas, que conseguem repelir os ataques dos revolucionários embora as balas atingissem as janelas. Cerca das nove horas o rei recebeu um telefonema do Presidente do Conselho, aconselhando-o a procurar refúgio em Mafra ou Sintra, dado que os revoltosos ameaçavam bombardear o Paço das Necessidades. D. Manuel II recusou-se a partir dizendo no entanto aos presentes: “Vão vocês se quiserem, eu fico. Desde que a constituição não me marca outro papel senão o de me deixar matar, cumpri-lo-ei”.<br />Dia 5 de Outubro, a esperada revolução<br /> À noite a moral encontrava-se baixa entre as tropas monárquicas estacionadas no Rossio, devido ao perigo constante de serem bombardeadas pelas forças navais e nem as baterias de Couceiro, aí colocadas estrategicamente, traziam conforto. No quartel general discutia-se a melhor posição para bombardear a Rotunda. Às três da manhã Paiva Couceiro partiu com a Bateria Móvel, escoltado por um esquadrão da Guarda Municipal, e instalou-se no Jardim de Castro Guimarães, no Torel, aguardando a madrugada. Quando as forças da Rotunda começaram a disparar sobre o Rossio, revelando a sua posição, Paiva Couceiro abriu fogo provocando baixas e semeando a confusão entre os revoltosos. O bombardeamento prosseguiu com vantagem para os monárquicos, mas às oito da manhã Paiva Couceiro recebeu ordem para cessar fogo pois iria haver um armistício de uma hora.<br /> Assim, num confronto cheio de indecisões, desencontros e hesitações em ambos os lados, se pôs termo ao regime monárquico parlamentar em Portugal, um evento por alguns historiadores considerado como o primeiro sinal do desmoronar da tradicional ordem Europeia, que viria a soçobrar completamente alguns anos mais tarde com o desfecho da Primeira Guerra Mundial. A República que emergiu desta revolução pouco mais anos duraria depois dessa derrocada, minada pelas características que originalmente lhe permitiram a sua rápida propagação pela opinião pública e que agora se revelavam como defeitos: o anticlericalismo militante e a falta de um programa social e sindical viraram contra ela ao mesmo tempo os sectores mais conservadores e os mais radicais, a panaceia messiânica não resolveu os problemas e mostrou ser ainda mais instável do que a monarquia nos seus últimos anos.<br /> Embora ao desgaste, inércia e incompetência dos partidos tradicionais caiba grande parte da culpa pelo desgaste da monarquia, o Partido Republicano estava lá para ser enrabado, sempre se recusando a colaborar ao mesmo tempo que sabotava o regime por dentro, acabando por derrubá-lo pela força. Inversamente, e apesar das incursões monárquicas, foi a república que acabou por se derrubar a si mesma.<br />Conclusão<br /> Neste trabalho conclui mais ou menos o que era a República, relembrei algumas partes da história que dei nas aulas. Fiquei na ideia que o dia 5 de outubro de 1910 ficou memorizado na história de Portugal e é assim que concluo o meu trabalho.<br />Trabalho realizado por:<br />Tiago Nunes Nº10 9ºC<br />