O documento discute os conceitos de sintaxe, incluindo as funções sintáticas de sujeito, predicado e adjunto adverbial. Também aborda os tipos de sujeito, predicado, verbos e adjuntos adverbiais.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Revisão sintaxe
1. REVISÃO – SINTAXE Professora Adriana Carrion
Quando falamos em análise sintática, estamos nos referindo à reflexão das funções que as palavras exercem
em determinada oração. Sabemos que na morfologia, cada palavra pertence a um grupo específico, ou seja,
substantivo, adjetivo, artigo, verbo, preposição e outras. Assim, a palavra casa será sempre um substantivo,
qualquer que seja a oração em que ela apareça.
Já na sintaxe, a palavra assume funções diferentes de acordo com a combinação de palavras na oração.
Veja a palavra casa nas orações que seguem:
- Minha casa está pronta. (casa faz parte do sujeito Minha casa)
- Meu pai comprou uma casa nova para nós. (casa é faz parte do objeto direto uma casa nova)
- Eu moro naquela casa. (casa faz parte do adjunto adverbial de lugar naquela casa)
As funções sintáticas abordadas até agora foram:
1. Sujeito e Predicado
O sujeito é o assunto sobre o qual se fala na oração.
Ex.: Meus irmãos estudam à tarde. (assunto da oração: Meus irmãos)
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. O verbo da oração sempre faz parte do predicado.
Ex.: Meus irmãos estudam à tarde. (informação sobre o sujeito: estudam à tarde)
2. Tipos de Sujeito
De acordo com a forma como o sujeito se apresenta na oração, podemos verificar a ocorrência de quatro
tipos distintos:
a) Sujeito simples: quando o sujeito está escrito na oração e apresenta apenas um núcleo (palavra mais
importante).
Ex.: Minhas melhores amigas viajaram para a Alemanha.
Sujeito: Minhas melhores amigas Núcleo: amigas – sujeito simples
b) Sujeito composto: quando o sujeito está escrito na oração e apresenta dois ou mais núcleos.
Ex.: Joaquim e seu irmão trabalham bastante,
Sujeito: Joaquim e seu irmão Núcleo: Joaquim, irmão – sujeito composto
c) Sujeito oculto (ou desinencial): quando o sujeito não está escrito, mas pode ser identificado por meio da
desinência (terminação) verbal.
Ex.: Fui ao cinema ontem.
Sujeito: (eu), pois usamos a forma verbal fui. - sujeito oculto
O sujeito também é oculto quando refere-se a um termo já citado anteriormente.
Ex.: José e seus amigos são inseparáveis. Viajam sempre juntos, são companheiros e se divertem bastante.
No primeiro período, sabemos que o texto fala sobre José e seus amigos. Assim, no segundo período, o
sujeito das orações não é oculto, pois mesmo não aparecendo escrito, já foi citado anteriormente.
d) Sujeito indeterminado: quando o sujeito não está escrito na oração e não pode ser identificado pela
terminação verbal. Apresenta-se de duas formas:
- com o verbo na 3a pessoa do plural (Roubaram meu carro.)
- com o verbo na 3a pessoa do singular, seguido da partícula se. (Precisa-se de vendedores.)
e) Oração sem sujeito (Sujeito inexistente) é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de
um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito Predicado
- Havia formigas na casa.
- Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através
do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processoverbal. Os casos
mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
2. a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem tersujeito determinado.
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser: Fazer:
É noite. (Período do dia) Faz dois anos que não vejo meu pai.
Eram duas horas da manhã. (Hora) (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Estar:
Haver:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura) Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula.
(Verbo Haver significandoexistir)
3. Tipos de Predicado
De acordo com o tipo de informação (ação ou estado do sujeito) expressa no predicado, ele pode se apresentar de três
formas:
a) Predicado nominal: quando expressa um estado do sujeito. É formado de verbo de ligação, que liga o sujeito à
característica do sujeito, e predicativo do sujeito, característica do sujeito, principal informação do predicado.
Ex.: Lucas está doente.
b) Predicado verbal: quando expressa uma ação do sujeito. É formado por um verbo significativo, que pode ser
intransitivo ou transitivo. Nesse último caso, o verbo é acompanhado pelo objeto, que completa seu sentido Ex.: O
bebê acordou.
Júlia comprou sapatos novos.
c) Predicado verbo-nominal: quando expressa uma ação e um estado do sujeito. É formado por um verbo
significativo (transitivo ou intransitivo) e um predicativo do sujeito.
Ex.: Marcos chegou na escola atrasado.
4. Predicação Verbal
De acordo com o sentido expresso pelos verbos, eles podem ser:
a) de ligação: utilizados no predicado nominal, expressam estado do sujeito.
Ex.: Lúcia é muito inteligente.
Meu pai continua doente.
João anda nervoso ultimamente.
b) intransitivos: utilizados nos predicados verbal ou verbo-nominal, têm seu sentido completo e não necessitam de
um complemento para que se entenda a ação por eles expressa.
Ex.: A plantinha morreu por falta de água. (Mesmo sem dizer a causa – por falta de água -, é possível entender a ação
do verbo – morrer)
c) transitivos diretos: utilizados nos predicados verbal ou verbo-nominal, não têm sentido completo, e precisam de
um complemento, chamado de objeto direto, ao qual se ligam sem a necessidade de uma preposição.
Ex.: Garfield adora lasanha. (adora: verbo transitivo direto; lasanha: objeto direto)
d) transitivos indiretos: utilizados no predicado verbal, não têm sentido completo, e precisam de um complemento,
chamado de objeto indireto, ao qual se ligam por meio de uma preposição.
Ex.: Soninha gosta de chocolate. (gosta: verbo transitivo indireto; de chocolate: objeto indireto)
e) transitivos diretos e indiretos: quando necessitam de dois complementos, um objeto direto e um objeto indireto.
Ex.: Minha mãe deu um relógio para meu pai. (deu: verbo transitivo direto e indireto; um relógio: objeto direto; para
meu pai: objeto indireto)
5. Adjunto Adverbial
O adjunto adverbial é uma palavra ou expressão que amplia o sentido de um verbo, indicando circunstâncias de
tempo, lugar, modo, causa, finalidade, dúvida etc.
Ex.: Moro em Tupã desde 2006. (em Tupã: adjunto adverbial de lugar; desde 2006: adjunto adverbial de tempo)