Gramática Normativa: Conceitos Fundamentais

GRAMÁTICA
NORMATIVA E
ANÁLISE
LINGUÍSTICA
DOCENTE:
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
DISCENTES:
Lukas Santana
Mariana Moraes

No capítulo anterior...
FRASE ORAÇÃO PERÍODO
Enunciado que possui
sentido completo:
★ FRASE NOMINAL
EX: Silêncio!
★ FRASE VERBAL
EX: Faça silêncio!
Frase constituída por uma
forma verbal:
★ Ex:
1. Mariana é uma moça
inteligente.
2. Alguém abriu a porta.
Frase constituída de UMA ou
mais orações:
★ PERÍODO SIMPLES
Ex: O aluno fez a prova.
★ PERÍODO COMPOSTO
★ Ex: O aluno estudou e
passou na prova.

Verbos Principais Verbos Copulativos Verbos Auxiliares Verbos Vicários
Classificação dos verbos na frase
(Nocionais/Significativos)
VERBOS TRANSITIVOS:
* direto;
* indireto;
* bitransitivo
VERBOS INTRANSITIVOS
★ EX:
1. O gato saiu de casa.
2. O dono deu comida ao gato.
3. O gato morreu.
(de Ligação)
★ EX:
1. O gato estava
feliz.
2. O gato era
satisfeito.
(antecedem os
principais)
★ EX:
1. O gato tem
feito muita
bagunça.
(sinônimo de um que
ja foi dito)
★ EX:
1. Ele não viaja como
viajava antigamente.
Ele não viaja como
fazia antigamente.

É o termo da frase sobre o qual é dito algo/alguma coisa. Geralmente,
estabelece relação de concordância com o verbo.
EX: O professor Peel ministra a disciplina de Gramática Normativa.
★ SUJEITO SIMPLES;
★ SUJEITO COMPOSTO;
★ SUJEITO ELÍPTICO/OCULTO/DESINENCIAL;
★ SUJEITO INDETERMINADO;
★ ORAÇÃO SEM SUJEITO.
Sujeito

★ SUJEITO SIMPLES: formado por apenas UM núcleo.
Ex:
1. “Quincas Borba sentou-se na cama” (ASSIS, 2019, p. 15);
2. As meninas foram aprovadas no concurso;
Sujeito

★ SUJEITO COMPOSTO: formado por MAIS DE UM núcleo.
Ex:
1. “Moléstia e saúde eram dois caroços do mesmo fruto” (ASSIS, 2019, p.
19);
2. Luiz e o amigo foram aprovados no concurso.
Sujeito

★ SUJEITO ELÍPTICO/OCULTO/DESINENCIAL: apesar de não estar explícito
na oração, é perceptível, seja pelo contexto, seja pela forma verbal.
Ex:
1. Seremos professores;
2. Gosto de Literatura;
Sujeito

★ SUJEITO INDETERMINADO: é aquele que não se quer ou não se pode
explicitá-lo.
HÁ DUAS DE MANEIRAS:
1ª Terceira pessoa do singular + acompanhado do “se”.
Ex:
1. Vende-se geladinho;
2. Compra-se motos e carros.
Sujeito

★ SUJEITO INDETERMINADO: é aquele que não se quer ou não se pode
explicitá-lo.
HÁ DUAS DE MANEIRAS:
2ª Terceira pessoa do plural sem referência textual.
Ex:
1. Roubaram o cavalo branco;
2. “Começaram a mofar do Rubião e da singular incumbência de guardar
um cão” (ASSIS, 2019, p. 21).
Sujeito

★ ORAÇÃO SEM SUJEITO: tem como núcleo um verbo unipessoal, isto é,
que se apresentam, geralmente, na 3ª pessoa do singular e do plural
apenas.
* Exprimem fenômenos da natureza;
* Denotam tempo (hora, minuto, dia);
* Exprimem clima;
* Verbo ‘HAVER’ no sentido de existir;
* Denotam sensação ou suficiência.
Sujeito

★ ORAÇÃO SEM SUJEITO: tem como núcleo um verbo unipessoal, isto é,
que se apresentam, geralmente, na 3ª pessoa do singular e do plural
apenas.
Ex:
1. Ontem choveu torrencialmente.
2. Havia multidões na praça;
3. Basta de guerras!
4. Faz frio!
5. Já estou aqui há dois dias.
Sujeito

Indicam as formas como os verbos se expressam. Há três tipos de modo de
verbal:
★ MODO INDICATIVO;
★ MODO SUBJUNTIVO;
★ MODO IMPERATIVO.
Modos verbais

★ MODO INDICATIVO: Exprime, geralmente, uma ação ou um estado
considerados na sua realidade ou na sua certeza.
Ex:
1. Amanhã faremos a prova!
2. Está chovendo!
3. “Quincas Borba chorava pelo outro Quincas Borba”. (ASSIS, 2019, p. 20).
Modos verbais

★ MODO SUBJUNTIVO: ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a
existência ou não existência do fato como uma coisa incerta, duvidosa,
eventual ou irreal.
Ex:
1. Duvido que ela estude;
2. Talvez ela apareça;
3. Pode ser que ela venha
Modos verbais

★ MODO IMPERATIVO: é empregado para exortar o interlocutor a cumprir
a ação indicada pelo verbo. É, assim, o modo da exortação, do
conselho, do convite, do comando e da ordem.
Ex:
1. “Vá sossegado”. (ASSIS, 2019, p. 20);
2. Estude para a prova!
3. Vamos trabalhar, querida!
Modos verbais

Fique agora com o
capítulo de hoje...

Predicado e núcleo
do predicado

PREDICADO
O predicado e o sujeito são os termos essenciais da oração.
O predicado é a soma de todos os termos da oração, exceto o sujeito e o vocativo.
É tudo o que se declara na oração referindo-se ao sujeito (quando há sujeito).
Sempre apresenta um verbo.

Predicação verbal (ou transitividade verbal) é a relação entre o verbo e
outros termos da oração, principalmente dentro do predicado. E, quanto à
predicação, diz-se que os verbos podem ser de ligação, intransitivo,
transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.
Ex:
(s) ( verbo de ligação)
João/ ficou alegre.

PREDICATIVO
Predicativo é o termo sintático que expressa estado, qualidade ou condição
do ser ao qual se refere, ou seja, é um atributo. Normalmente aparece ligado
ao sujeito por um verbo de ligação, mas não pense que só há predicativo do
sujeito com verbo de ligação. Esse termo sintático pode ocorrer em orações
com verbos intransitivos e transitivos. Seu núcleo é representado por um
adjetivo (normalmente), um substantivo, um numeral, um pronome, uma
palavra substantivada, um advérbio (segundo Bechara e Sacconi) ou uma
oração.

1) Predicativo do sujeito: refere-se ao sujeito, caracterizando-o; não
necessariamente aparece só com verbo de ligação.
(Nós) Estamos felizes.
O ônibus da seleção chegou atrasado para o jogo.
Ele foi nomeado supervisor pelo gerente
Continuamos com sono.

Predicativo do objeto direto: normalmente é uma característica dada pelo sujeito ao
objeto direto: é um termo sintático que modifica o objeto direto. predicativo do objeto
direto normalmente com os verbos transobjetivos (julgar, chamar, nomear, eleger,
proclamar, designar, considerar, declarar, adotar, tornar, encontrar, deixar, achar...),
os quais indicam opinião ou designação e normalmente exigem um objeto seguido de
um predicativo do objeto. Note que predicativo do objeto é uma característica
atribuída, e não inerente ao ser.
– O povo elegeu-o presidente pela segunda vez

3) Predicativo do objeto indireto: refere-se ao objeto indireto,
caracterizando-o.
Gosto de vocês quietinhos
Eu preciso do meu marido consciente, doutor!

Classificação do Predicado
1) Nominal: o nome, o predicativo do sujeito, é a parte mais
significativa do predicado; é constituído sempre de verbo de ligação +
predicativo do sujeito.
Os alunos parecem bem interessados ultimamente.
Esses moradores continuam sem moradia

2) Verbal: expressa ideia de ação/movimento e tem como
núcleo um verbo; constituído de qualquer verbo, exceto o de
ligação; não há predicativo algum
Meus alunos não estão em sala de aula. (verbo intransitivo)
O rapaz informou sua classificação ao mestre. (verbo transitivo
direto e indireto)

3) Verbo-nominal: é a mistura dos dois anteriores; composto de um
verbo qualquer que não seja de ligação + um predicativo (do sujeito ou
do objeto).
A relação do casal, inicialmente caótica, amadureceu.
O povo reelegerá Dilma presidenta daqui a poucos anos?

Termos
Integrantes da
Oração
“Subordinados respectivamente ao
núcleo substantivo e ao núcleo verbal,
distinguem-se na oração duas
espécies de termos integrantes ou
complementos:
- Complementos verbais;
- Complemento nominal;
- Agente da passiva.” (ROCHA
LIMA, 2011, p. 296).

Termos
Integrantes da
Oração
“Os termos integrantes da oração
servem para completar o sentido de
certos verbos e certos nomes para
que a oração fique plena, por isso são
chamados de complementos
verbais (objeto direto e objeto
indireto), complemento nominal e
agente da passiva.” (PESTANA,
2013, p. 726).

COMPLEMENTOS VERBAIS
Objeto Direto
Objeto Indireto
Similarities Object two
Despite being
red, Mars is a
cold place
Venus is the
second planet
from the Sun

Objeto Direto
“É o complemento que, na voz ativa, representa o paciente
da ação verbal. Identifica-se facilmente:
a) porque pode ser o sujeito da voz passiva;
Ex:
Vendeu-se uma casa
Sujeito na voz passiva analítica = Uma casa foi vendida.
b) porque corresponde, na 3a pessoa, às formas pronominais átonas
o, a, os, as.” (ROCHA LIMA, 2011, p. 299).
Ex:
1. Eu o vi ontem [ele].
2. Foi eu quem a trouxe de casa [ela].
3. Letícia disse que os admira [eles].
4. Ela falou que as encontraria no clube [elas].

Objeto Direto
“O objeto direto é o alvo da ação verbal e não vem preposicionado.” (PESTANA,
2013, p. 728).
VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO = COMPLEMENTO.
Ex:
HENRIQUE BRITO CONSTRUIU A PRIMEIRA CASA DE TELHAS (LEANDRO,
2008, p.58) =
HENRIQUE BRITO = Sujeito
CONSTRUIU = Verbo transitivo direto
A PRIMEIRA CASA DE TELHAS = Objeto direto

Objeto Direto
Conforme Rocha Lima (2011, p. 299) “O objeto direto indica:
a) o ser sobre o qual recai a ação:
Castigar o filho.
Louvar os bons.
b) o resultado da ação:
Construir uma casa.
Criar um poema.
c) o conteúdo da ação:
Prever a morte do ditador.
Discutir política.”

Objeto Direto Preposicionado
O objeto direto preposicionado liga-se ao verbo transitivo por meio de uma
preposição.
Ex:
1. Nós adoramos a Deus.
2. Amo a todos aqui.
“Pode parecer um pouco estranho um verbo transitivo direto necessitar de auxílio
preposicional, mas há alguns casos sugeridos pela Gramática Normativa.” (ABURRE,
2010, p. 396)

Vejamos os casos em que isto pode ocorrer:
1. O Objeto Direto deve ser Preposicionado quando o objeto direto forem um dos
Pronomes Pessoais Tônicos, como: mim, ti, ele, eles, ela, elas.
★ Se deres ouvido a ele, ofenderás a mim.
★ Quero sentir a ti.
★ Marina ama a ela.
2. O Objeto Direto deve ser Preposicionado quando representar o nome de Deus.
★ É bom que todos amem a Deus.
★ Adorar a Deus fortalece.
★ Ana ama a Deus.

3. Quando o Objeto Direto é um Pronome Substantivo Demonstrativo Indefinido ou
Interrogativo, este deve ser Preposicionado.
★ Sugiro agora a este.
★ O presidente ofendeu a todos.
★ A quem amas?
4. O Objeto Direto deve ser Preposicionado
quando for possível solucionar uma ambiguidade
(duplo sentido).
★ Na Copa do Mundo, dominaram aos argentinos os brasileiros.
★ Venceram aos brancos os exércitos vermelhos.

5. O Objeto Direto deve ser Preposicionado quando acompanhado de Verbos
Transitivos Diretos que exprimem sentimentos.
★ Saúdo a todos.
★ Não quero magoar a ninguém.
★ A todos, sempre amarei.
(ABURRE, 2010, p. 397)

Objeto Indireto
Segundo Pestana (2013, p. 733), “o objeto indireto é um termo que estabelece uma
relação sintática com um verbo transitivo indireto ou transitivo direto e
indireto (bitransitivo), complementando seu sentido. Normalmente o objeto
indireto é um complemento que representa o ser beneficiado ou o alvo de uma ação
e vem sempre preposicionado, a não ser que venha em forma de pronome oblíquo
átono (me, te, se, nos, vos, lhe(s)). Os objetos indiretos são iniciados pelas
preposições: a, com, contra, de, em, para, por.”
VERBO TRANSITIVO INDIRETO + PREPOSIÇÃO + OBJETO INDIRETO
Ex:
“MAANAPE GOSTAVA [...] DE CAFÉ” (ANDRADE, 1993, p. 37)
Maanape = Sujeito
Gostava = Verbo transitivo indireto
De café = Objeto indireto.

Objeto Indireto
Ex:
1. Fabiana precisa de ajuda.
2. Bruno está falando com você.
3. As crianças necessitam de carinho.
4. O professor deu-lhes um livro. > O professor deu a eles [OI] um livro
[OD].
5. As crianças enviaram-nos uma carta. > As crianças enviaram uma carta
[OD] para nós [OI].
6. “No dia seguinte revelou-me o mistério.” (ASSIS, 1996, p. 110)
> No dia seguinte revelou o mistério [OD] para mim [OI].

Diferença entre Objeto Direto
Preposicionado e Objeto Indireto

Em qual das alternativas os termos destacados são objetos indiretos, sem
problemas gramaticais?
a) Necessitamos de ajuda. / Maria ama aos seus filhos.
b) Eu lhe roubei um beijo. / Temos a necessidade de ajuda.
c) Machado de Assis escreveu-me uma carta. / Eu lhe dei um bolo.
d) Capitu não o traiu. / Bentinho a amava de mais.
e) Precisa-se de pessoas felizes. / É necessário louvar a Deus.

Em qual das alternativas os termos destacados são objetos indiretos, sem
problemas gramaticais.
a) Necessitamos de ajuda. / Maria ama aos seus filhos.
b) Eu lhe roubei um beijo. / Temos a necessidade de ajuda.
c) Machado de Assis escreveu-me uma carta. / Eu lhe dei um bolo.
d) Capitu não o traiu. / Bentinho a amava de mais.
e) Precisa-se de pessoas felizes. / É necessário louvar a Deus.

COMPLEMENTO NOMINAL
“Assim como os verbos, os nomes também podem ser “transitivos”, uma vez
que exigem complementos. Na boa... o que seria um complemento no-mi-nal
senão um com-ple-men-to de um no-me? O próprio nome dado a esse termo
sintático diz o que ele é, ora.
O complemento nominal é um termo que estabelece uma relação
sintática com um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio de base
adjetiva, terminado em -mente), complementando seu sentido.
Normalmente, o complemento nominal é um termo de valor semântico
passivo e vem sempre preposicionado.” (PESTANA, 2013, p. 736).
Ex:
1. Isso é prejudicial [à saúde.]
2. A bebida tem gosto [de laranja.]

COMPLEMENTO NOMINAL
3. “Os moradores desciam por uma trilha cheia de mato” (LEANDRO, 2008,
p. 57).
4. A sociedade tem necessidade de pessoas empáticas.
5. José estava consciente de tudo.
6. O professor agiu favoravelmente aos alunos.
7. Pedro meteu o livro debaixo do braço e foi embora.
8. Carla tem muito amor à vida.

COMPLEMENTO NOMINAL X OBJETO INDIRETO
“O complemento nominal se diferencia do objeto indireto por uma razão muito simples: enquanto
o CN é exigido por um nome, o OI é exigido por um VTI ou VTDI. Veja como é fácil:
– Crer em Deus é importante. (OI)
– A crença em Deus é importante. (CN)
– O povo necessita de atenção. (OI)
– O povo tem necessidade de atenção. (CN)”
(PESTANA, 2013, p. 738)

Os termos destacados, nas seguintes frases: “Ana fez uma viagem a
Araguaína” / “Maria viajou a Araguaína”, são, respectivamente:
a) Complemento Verbal e Objeto Direto.
b) Complemento Nominal e Objeto Direto.
c) Objeto Indireto e Complemento Verbal.
d) Complemento Nominal e Objeto Indireto.
e) Objeto Indireto e Objeto Direto.

AGENTE DA PASSIVA
“É o complemento de um verbo na voz passiva analítica; sempre precedido
da preposição por (ou de, mais raramente).” (PESTANA, 2013, p. 739).
Ex:
1. O aluno foi atendido pelo professor.
*Para ficar mais claro, não custa fazermos uma retrospectiva nas vozes
verbais, mais detalhadamente, na voz passiva.

AGENTE DA PASSIVA
Voz passiva analítica: é expressa por uma locução verbal formada pelo
verbo ser + particípio passado do verbo principal.
O gato foi retirado da árvore pelo bombeiro.
(Verbo Auxiliar + Verbo Particípio)
Voz passiva sintética: é formada pelo acréscimo do pronome pessoal “se”,
na função de partícula apassivadora, a uma forma verbal na 3ª pessoa.
Descobre-se sempre o culpado.
(Verbo Transitivo + [se] Partícula Apassivadora)

AGENTE DA PASSIVA
“Lembre-se de que o nome dado ao termo diz muita coisa, portanto um agente da
passiva é um termo que age, ou seja, é um termo que pratica uma ação, só que na
voz passiva. Tanto isso é verdade que, quando se passa o agente da passiva para a voz
ativa, ele vira um sujeito agente.” (PESTANA, 2013, p. 739)
Ex:
VOZ ATIVA
Sara comprou uma mansão
(Sujeito) + (V.T. Direto) + (Objeto Direto)
VOZ PASSIVA ANALÍTICA
A mansão foi comprada por Sara
(S. Paciente) + (V. Aux + V. Part) + (Agente da Passiva)

AGENTE DA PASSIVA
1. A vencedora foi escolhida pelos jurados.
2. Essa situação já era conhecida de todos.
3. O Brasil era povoado por indígenas.
4. O documento foi escrito pelos alunos.
5. As casas foram compradas pelos moradores.

Em que das opções o elemento destacado não é agente da passiva?
a) A sala está cheia de gente.
b) Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis.
c) O espaço foi alugado para a festa.
d) Os estudantes foram auxiliados pelo professor.
e) A atividade foi feita por Mariana.

Termos
Acessórios da
Oração
“O adjunto adnominal, o adjunto
adverbial e o aposto formam o
conjunto de termos acessórios. São
chamados assim, pois (em tese) são
dispensáveis à construção de uma
oração.” (PESTANA, 2013, p. 750)

ADJUNTO
O adjunto adnominal está para o substantivo como o adjunto adverbial
está para o verbo: nem um nem outro completam necessariamente, mas
ambos expandem o núcleo nominal ou verbal correspondente, e ambos
podem ser omitidos sem mutilar a ideia.”
J. Rebouças Macambira

Ao núcleo substantivo, qualquer que seja a função deste, pode juntar-se um termo de
VALOR ADJETIVO, para acrescentar-lhe um dado novo à significação.
Adjunto adnominal é expresso por:
1.1 Adjetivo:
Vem, noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração… (Fernando Pessoa)
ADJUNTO ADNOMINAL
1.2 Locuções adjetivas:
A bandeira verde-amarela tremula no
pódio olimpico.
As flores do campo são lindas.

1.5 Numerais:
Trinta dias de viagem, três dias de viagem, três horas
de viagem (Fernando Pessoa)
As primeiras pessoas.
1.3 Pronomes adjetivos:
Além da minha alma, que outra alma há na minha?
(Fernando Pessoa)
Nada de novo aconteceu.
1.4 Artigo (definido e indefinido)
O professor faltou.
Uma pessoa enviou cartas românticas.

NÃO CONFUNDIR!
Adjunto Adnominal com Complemento Nominal:

NÃO CONFUNDIR!
Adjunto adnominal com Agente da passiva:
Nem todo termo iniciado pela preposição por é um agente da passiva,
portanto não confunda adjunto adnominal com agente da passiva.
EX: Derrotada pelo Flamengo, a equipe do Vasco arrumou confusão.
(agente da passiva)
A derrota do Vasco pelo Flamengo desnorteou os vascaínos. (adjunto
adnominal)

Adjunto adnominal com Predicativo do sujeito e do objeto:
o adjunto adnominal é uma característica ou um estado inerente/permanente de um
ser, o predicativo é uma característica atribuída a um ser, indicando um estado
transitório. Mais especificamente, o predicativo do objeto é normalmente uma opinião
do sujeito sobre o objeto.
Ex: A apresentação deixou o aluno preocupado (predicativo do objeto)
O aluno preocupado negou o erro (adjunto adnominal)
– O aluno, preocupado, negou o erro (predicativo do sujeito)
NÃO CONFUNDIR!

Pronomes Pessoais Oblíquos Átonos
Os pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, nos, vos e lhes
empregam, às vezes, com valor dos pronomes possessivos
meu, teu, seu nosso, vosso, seu e função de adjunto
adnominal. Ex:
Roubaram-me o carro
Bateram na criança abandonada e tiraram-lhe o pão das
mãos (Fernando Pessoa)
Narciso tinha-se grande paixão.

Identifique a função sintática da palavra campo:
As flores do campo são lindas.
Os sem-terra completaram a ocupação do campo.
Não gosto do campo.

Identifique a função sintática da palavra campo:
As flores do campo são lindas. (adj. adnominal)
Os sem-terra completaram a ocupação do campo. (compl.
nominal)
Não gosto do campo. (objeto indireto)

ADJUNTO ADVERBIAL
“É formado por uma palavra ou um grupo de palavras que exercem
sintaticamente a função do advérbio, ou seja, intensifica o adjetivo,
o advérbio e o verbo ou modifica o verbo, ajudando à significação
variadas circunstâncias de ocorrência: lugar, tempo, modo,
companhia, instrumento etc.” (Hauy, 2014)

ADJUNTO ADVERBIAL
Ele é muito bom aluno. (Intensifica o adjetivo)
Portou-se muito bem. (intensifica o advérbio)
Estuda muito. (intensifica o verbo)
Estuda com muito entusiasmo. (modifica o verbo)
Estuda no pátio. (modifica o verbo)

A classificação dos adjuntos adverbiais, segundo a circunstância que
exprimem, é sempre dependente do contexto. Algumas dessas
circunstâncias:
Lugar:
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.*
Cheguei à sala na hora certa, mas entrei atrasado no assunto.
Penso em ti e dentro de mim estou completo.*

Tempo:
Anteontem foi o melhor dia da minha vida.
Às vezes em dias de luz perfeita e exata,
Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio. *
Intensidade:
Ficou absolutamente realizado.

Modo:
Deste modo ou daquele modo.
Vou escrevendo os meus versos sem querer.
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma. *
Causa:
O homem suava com aquele calor carioca.
Fim:
Ele viajou para negociar.

Instrumento:
Correram o bobo a chicote do palácio sem razão.*
Meio:
A encomenda será enviada pelo correio.
Assunto:
Ele só fala de política.
Dúvida:
A velhice talvez tenha cura.

Concessão:
A despeito dos problemas, tivemos êxito
Conformidade:
Faça tudo conforme os regulamentos.
Negação:
Jamais voltarei a fazer isso.
Afirmação:
Certamente faremos o curso.

APOSTO
Conforme Rocha Lima (2011, p. 315) “um substantivo (ou pronome)
pode-se fazer acompanhar imediatamente de outro termo de
caráter nominal, a título de individualização ou esclarecimento”; e
Pestana (2013, p. 772) acrescenta que “é um termo sempre de valor
substantivo (nunca adjetivo!) que explica, esclarece, desenvolve,
resume outro termo sintático antecedente”.
Ex:
1. A autora de A Hora da Estrela, Clarice Lispector, escreveu essa
obra em 1977.

Há 6 tipos de aposto, cujo núcleo pode ser um substantivo, um pronome, um numeral,
uma palavra substantivada ou uma oração:
1) Explicativo:
Vem separado por pontuação: vírgula, dois-pontos, travessão ou parênteses. o aposto
pode ser iniciado pela preposição acidental como.
Ex: – Carolina, uma ótima pessoa, e seu amigo, um idiota, estavam íntimos demais.
2) Especificativo:
O aposto especificativo não vem separado por pontuação alguma e é um termo que
tem o mesmo valor semântico da palavra especificada anterior.
No mês de novembro, a presidenta Dilma foi eleita e usou a palavra satisfação no seu
discurso.

3) Distributivo:
Normalmente os apostos vêm retomando dois ou três termos
anteriores.
Tenho dois filhos: um baixinho, outro altinho.
4) Enumerativo:
Apostos podem ser iniciados por expressões explicativas
Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber, preconceito,
antipatia e arrogância.

5) Resumitivo/Recapitulativo:
Aposto é representado pelos pronomes indefinidos nada,
ninguém, nenhum, tudo, todo(a/s).
Irei a Macau, Cabo Verde, Angola e Timor-Leste, lugares onde
se fala português.
6) De uma Oração:
Pode se referir a uma oração inteira por meio das palavras
sinal, coisa, fato, motivo, razão
– O noticiário disse que amanhã fará muito calor – ideia que
muito me agrada.

Indique a função sintática das palavras entre parênteses
a) A cidade (do Rio de Janeiro) é violenta.
b) Gosto do (Rio de Janeiro).
C) Vim (do Rio de janeiro).
d) Ouvi um gemido (de frio).
e) Não gosto (de frio).
f) Ele morreu (de frio).

Indique a função sintática das palavras entre parênteses
a) A cidade (do Rio de Janeiro) é violenta. (aposto)
b) Gosto do (Rio de Janeiro). (obj. indireto)
c) Vim (do Rio de janeiro). (adj. Adverbial de lugar)
d) Ouvi um gemido (de frio). (adj. adnominal)
e) Não gosto (de frio). (obj. indireto)
f) Ele morreu (de frio). (adj. Adverbial de causa)

VOCATIVO
Segundo Pestana (2013, p. 750), “o vocativo não é um termo
acessório, nem integrante, nem essencial, porque não se liga ao
verbo nem ao nome, também não faz parte do sujeito nem do
predicado, mas, por razões didáticas, é tradicionalmente colocado
neste grupo.”
“É o termo que põe em evidência algum ser a quem se dirige; indica
a invocação de alguém ou algo; vem sempre separado por
vírgula; pode se deslocar pela oração. Muito encontrado em textos
injuntivos, em que o locutor do texto se dirige diretamente ao
interlocutor.” (idem, 2013, p. 778).

VOCATIVO
Ex:
1. Letícia, responda as minhas mensagens!
2. Ó querida, não me deixe abandonado neste chão!
3. Sinto saudades das aulas presenciais, professor.

Questão 1
“Durante alguns meses, Rubião deixou de ir ao Flamengo” (ASSIS, 2019, p. 129).
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente” (ANDRADE, 1993, p. 9).
“O babaçu sempre foi importante na vida das populações do norte tocantinense” (LEANDRO,
2008, p. 61)
Tem-se destacado, respectivamente:
a) Adjunto adnominal de tempo / Vocativo / Adjunto adverbial
b) Complemento nominal / Aposto / Objeto indireto
c) Aposto / Objeto direto / Aposto
d) Adjunto adverbial / Aposto / Adjunto Adnominal
e) Complemento verbal / Aposto / Complemento nominal

Questão 2
Em qual das alternativas os termos destacados são complementos verbais, sem problemas
gramaticais?
a) Lara gosta de manga / Maria tem necessidade de notas.
b) Necessitamos de notas para a aprovação / Eles amam a todos.
c) Ele deu-lhe à carta / As pessoas precisam de alimentação.
d) Casamos ontem à noite / As aves cantam a beleza da vida.
e) Precisa-se de férias / Ana esqueceu das chaves.

Questão 3
Escolha a opção correspondente às alternativas corretas.
I - Os complementos nominais são o objeto direto e o indireto.
II - O agente da passiva é formado pela voz passiva reflexiva.
III - O complemento nominal liga-se a substantivos, a adjetivos e a advérbios.
IV - Os pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” são sempre objeto indireto.
V - O adjunto adverbial expressa circunstância, modificando o verbo, o adjetivo e o advérbio.
a) I e II estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) Todas estão corretas.
d) I, IV e V estão incorretas.
e) I, II e IV estão incorretas.

Questão 3
Escolha a opção correspondente ao que é verídico.
I - Os complementos nominais são o objeto direto e o indireto.
II - O agente da passiva é formado pela voz passiva reflexiva.
III - O complemento nominal liga-se a substantivos, a adjetivos e a advérbios.
IV - Os pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” são sempre objeto indireto.
V - O adjunto adverbial expressa circunstância, modificando o verbo, o adjetivo e o advérbio.
a) I e II estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) Todas estão corretas.
d) I, IV e V estão incorretas.
e) I, II e IV estão incorretas.

Questão 4
No trecho “a evolução científica ascendeu-o à condição de comodite no cenário mundial”
(LEANDRO, 2008, p. 62), o vocábulo que exerce a função de adjunto adnominal é:
a) evolução
b) científica
c) o
d) condição
e) cenário mundial

Questão 5
Os termos destacados nos trechos, “João tem orgulho do pai” “Frituras fazem mal ao fígado”,
são, respectivamente:
a) Complemento nominal / Complemento nominal
b) Adjunto adnominal / Objeto indireto
c) Objeto indireto / Objeto indireto
d) Adjunto adverbial / Adjunto adnominal
e) Complemento nominal / Adjunto nominal.

Questão 6
O adjunto adnominal faz parte dos termos integrantes da oração por completam o sentido de
nomes (substantivos).
Essa afirmativa é:
a) Verdadeira
b) Falsa

Questão 6
O adjunto adnominal faz parte dos termos integrantes da oração por completarem o sentido de
nomes (substantivos).
Essa afirmativa é:
a) Verdadeira
b) Falsa

Questão 7
Há somente predicado nominal em:
a) Nossos acadêmicos cursam letras. / As mulheres trabalham na feira.
b) Os alunos estão cansados. / A criança anda mal na escola.
c) O jovem é competente. / O vizinho caiu na lama.
d) Os estudantes saíram da sala felizes. / Ana viajou ao Maranhão.
e) Ana está muito realizada. / A criança anda devagar.

Questão 7
Há somente predicado nominal em:
a) Nossos acadêmicos cursam letras. / As mulheres trabalham na feira.
b) Os alunos estão cansados. / A criança anda mal na escola.
c) O jovem é competente. / O vizinho caiu na lama.
d) Os estudantes saíram da sala felizes. / Ana viajou ao Maranhão.
e) Ana está muito realizada. / A criança devagar.

Questão 8
“Mariana escreveu um livro em homenagem ao seu amigo”. O verbo que constrói a oração está:
a) transitivo direto preposicionado.
b) intransitivo direto.
c) transitivo direto e indireto.
d) intransitivo direto e indireto.
e) transitivo indireto.

Questão 9
O termo destacado corresponde à função sintática em:
a) Eu li o livro sobre Macunaíma. (Objeto indireto).
b) Machado de Assis foi um excelente escritor. (Objeto direto).
c) O Tocantins tem uma natureza bela. (Complemento nominal).
d) João de Deus é um excelente professor. (Adjunto adnominal).
e) Os estudantes necessitam de férias. (Objeto direto preposicionado).

Questão 10
O aposto explicativo está presente em qual das alternativas?
a) O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.
b) Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
c) Letras, estudo da língua, é o melhor curso do universo.
d) O professor Peel é um professor competente.
e) Do doce, pé de moleque, não sobrou nada.

Não te tornes e nem permitas que te façam de
termo acessório. Sejas sempre o termo essencial da
sua vida!
Obrigadooo!!

REFERÊNCIAS
ABURRE, Maria Luiza M. Gramática: texto: análise e construção de sentido.
Volume único. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 396, 397, 398.
ANDRADE, Mário de, 1893-1945. Macunaíma : o herói sem nenhum caráter; texto
amcrevisto por Telê Porto Ancona Lopez. - Belo Horizonte : Vila Rica Editoras Reunidas
Ltda, 1993. 135p.
ASSIS, Machado de, 1839-1908. Quincas Borba. - 3. Ed. - Jandira, SP : Principis,
2019
_______________. Dom Casmurro; biografia M. Calvacanti; introdução de Ivan C.
Proença; estudo introdutivo e notas de Afrânio Coutinho. - 33 ed. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1996.
LEANDRO, JJ. Babaçulândia : dos tempos de Coco aos dias de Agimiro Costa. -
Goiânia : Kelps, 2008

REFERÊNCIAS
LIMA, Rocha, 1915-1991. GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA.
49.ed . - 49.ed. - Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. –
1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1112 p. – (Provas e concursos)
HAUY, Amini Boainain. Gramática da língua portuguesa padrão: com comentários e
exemplários, redigida conforme o Novo Acordo Ortográfico. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2014.

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