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1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA


               O estágio aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Coronel Jacob Guilherme Frantz, situada na cidade de São João do Rio do Peixe. A
mesma foi fundada em 04 de março de 1970, portanto, possui 40 anos de história.
            A direção é composta pela diretora, Maria pereira de Sá e os vice-
diretores, João Bosco da Silva e Raimunda Gomes de Sousa.
            O quadro atual de professores é composto por 43 professores e o total de
alunos matriculados é 940 alunos dos quais 371 estão matriculados no ensino
fundamental, 411 no Ensino e Médio e 158 no EJA Médio.
            A estrutura física da escola é constituída por 17 salas de aula, 01 quadra
de esportes, 01 sala de vídeo, 01 laboratório de informática que dispõe de 12
computadores com acesso a internet, 01 sala de leitura, 01 cantina, 01 biblioteca
com uma quantidade razoável de livros, 01 secretaria escolar, 01 sala para os
professores, 01sala de direção, além de um laboratório único para Química, Física e
Biologia.
            Apesar da existência de um laboratório, ele é muito pouco utilizado.
Mesmo alguns recursos como data show e retroprojetor raramente são utilizados,
sendo assim a grande maioria das aulas baseiam-se no método expositivo
tradicional.
            Há um controle sobre a saída e entrada de estudantes. Observei que o
calendário escolar é muito susceptível a interferências exteriores, resultando em
dificuldades para cumpri-lo.
            Aparentemente a escola tem um bom funcionamento, porém observa-se a
falta de um bom projeto pedagógico que valorize mais os alunos, pois a meu ver
eles encontram-se muito esquecidos.
4



2. INTRODUÇÃO

          O período de estágio é uma atividade muito importante onde
conseguimos vivenciar a relação entre teoria e prática. O estágio do componente
curricular Prática do Ensino de Ciências foi desenvolvido na Escola Estadual de
Ensino Fundamental e Médio Coronel Jacob Guilherme Frantz, localizada na cidade
de São João do Rio do Peixe, no 6º ano, turma C, no turno da tarde, com a
professora Lúcia de Fátima Fernandez de Melo, licenciada em Ciências.
          A escolha do assunto foi determinada pela sequência adotada pela
professora, de acordo com a sequência do livro didático. O tema que estava sendo
trabalhado era sobre os materiais, até então a professora já tinha abordado os tipos
de transformações que a matéria pode sofrer, então, pediu que eu ministrasse as
aulas sobre as “características dos materiais: suas propriedades, estados físicos e
suas mudanças”. Há três aulas por semana e todas acontecem apenas na sexta-
feira (1ª, 3ª e 6ª aula). A turma apresenta em registro no diário 36 alunos. Porém,
apenas 18 alunos frequentam regularmente, mas durante o período de estágio
nenhuma aula contou com mais de 14 alunos. Chamou minha atenção o fato da
maioria da turma estar repetindo o 6º ano.
          O período de estagio dividiu-se em duas etapas. Na primeira etapa
aconteceu o período de observação que ocorreu no dia 23 de outubro de 2010.
Neste dia os alunos apenas copiaram o exercício presente no livro didático. Na
segunda etapa, ministrei as aulas sobre as propriedades da matéria, estados físicos
e suas mudanças, que aconteceram nos dias 05, 12 e 19 de novembro de 2010.
         A escola adota o seguinte livro: Projeto Araribá: obra coletiva. Ciências.
São Paulo: Moderna, 2006. Utilizei o livro didático como meio de ilustração, o
mesmo não aborda plenamente o assunto, mas utilizei textos e elaborei alguns
resumos que o complementaram.
5



3. DESENVOLVIMENTO

          O período de estágio iniciou-se no dia 23 de outubro. Como as três aulas
ocorrem em um único dia, observei as duas primeiras aulas, pois a última aula não
aconteceu devido ao fato da professora não ter se sentido bem, ficando assim,
impossibilitada para ministrar a aula. Durante as duas aulas os alunos apenas
copiaram o exercício presente no livro didático que, por sinal, todos tinham. Isto por
que, a metodologia da professora resume-se em resolver os exercícios presente no
livro didático, ou seja, não há a discussão do tema juntamente com os alunos, e
grande parte das aulas destina-se para a atividade de copiar o exercício. A
professora relatou-me que os alunos primeiro realizam uma leitura prévia do
assunto, copiam o exercício, o respondem de acordo com o que compreenderam na
leitura inicial e depois ela o corrige juntamente com os alunos, não deixando assim
as “respostas erradas” em seus cadernos. Infelizmente não pude observar essa
discussão dos exercícios que seria um momento importante onde os alunos iriam
expor suas idéias sobre o tema em questão, pois a última aula não aconteceu,
mesmo assim acho que não se destinaria para a discussão do exercício, mas para a
continuação da atividade anterior. Durante as aulas os alunos mantinham conversas
paralelas, dos dezoito alunos que freqüentam regularmente as aulas, apenas nove
estavam presentes. No dia 28 de outubro de 2010 não houve aula em virtude do
período eleitoral, sendo assim, resolvi iniciar a ministrar as aulas no dia 05 de
novembro de 2010, em razão do prazo para o cumprimento do período de estagio.
          No dia 05 de novembro de 2010 mostrei como iria trabalhar, iríamos
inicialmente abordar o assunto para só então depois debatermos alguns exercícios.
Comecei a ministrar as aulas sobre as propriedades gerais da matéria, abordando
inicialmente o que seria matéria e corpo, e como tudo o que nos rodeia é constituído
por matéria. Inicialmente encontrei algumas dificuldades, os alunos tentavam manter
conversas paralelas e não participavam das discussões que eu tentava promover
sobre algumas propriedades gerais da matéria. Levei um texto para eles sobre a
história de Arquimedes e como ele havia solucionado o problema da coroa de
Hierão, nesse momento houve um maior interesse dos alunos pela aula, logo após
utilizei uma experimentação simples como uma motivação inicial para discutir as
propriedades gerais da matéria, impenetrabilidade e compressibilidade, que
consistia na utilização de um recipiente com água no qual mergulhamos um copo
6



com uma bolinha friccionada em seu interior, onde pudemos observar que o papel
não molhou. Esse momento foi bastante proveitoso, pois eles tentaram explicar o
fenômeno com base no que eles conheciam e eu fui questionando junto com eles
sobre as explicações que eles iam apresentando até que um deles afirmou que
existia algo que impedia que a água molhasse o papel, mas precisamente o ar, daí
então, comecei a abordar o que seria essa propriedade- a impenetrabilidade- e
como podíamos observá-la no nosso dia-a-dia, por exemplo, que por causa dela não
podíamos atravessar a paredes ou outros objetos, porém quando começava a expor
as idéias percebia uma falta de interesse dos alunos, mesmo assim eu ainda utilizei
uma seringa para compararmos a compressibilidade da água, um líquido, com a
capacidade de compressibilidade do ar, esses três momentos foram os mais
interessantes da minha primeira aula.
           Na segunda aula, que aconteceu no mesmo dia, comecei a abordar as
propriedades específicas da matéria, preferi abordar somente sobre a densidade,
pois achei desnecessário falar sobre ponto de fusão e ebulição. Também utilizei uma
experiência muito simples para abordar o tema, que consistia em usar massinha de
modelar e um recipiente com água para discutir as razões que permitem que um
corpo flutue ou não. Como os alunos demonstraram um maior interesse durante a
realização das experiências, resolvi usá-las enquanto explicava o tema, assim os
alunos mostraram-se mais interessados na aula, também ia fazendo alguns
questionamentos sobre situações muito comuns no nosso dia-a-dia que envolve
essa propriedade, como por exemplo, se colocarmos uma garrafa PET em um
recipiente com água ela irá flutuar, porém se a enchermos totalmente com água e
tornarmos a colocá-la no recipiente com água ela irá afundar, por quê? Que fatores
interferiram no fato dela flutuar ou não? Dessa forma consegui contornar algumas
das dificuldades iniciais.
           Destinei a ultima aula para a discussão de uma atividade que já trouxe
preparada e distribui para eles para que não precisassem perder tempo
transcrevendo os enunciados, utilizei o livro didático apenas pra ilustrar algumas
questões do exercício, porém o tempo da ultima aula é muito curto e não pude
discuti-lo como gostaria. Durante a realização da atividade percebi uma grande
dificuldade dos alunos em compreender o que estava sendo pedido e até mesmo em
relacioná-los.
7



          No dia 12 de novembro de 2010 abordei os estados físicos da matéria e
as suas características na primeira aula, inicialmente fiz uma breve revisão sobre os
temas que haviam sido abordados nas aulas anteriores, pois alguns alunos tinham
faltado a essa aulas, busquei exemplificar cada uma das características dos estados
físicos com situações bem comuns do nosso cotidiano, observei que os alunos
demonstravam dificuldades até de identificar os estados físicos da matéria
demonstrando assim uma grande defasagem de aprendizagem, pois os mesmos já
haviam discutido sobre a água, tema no qual os estados físicos já havia sido
abordado. Na segunda aula discutimos sobre as mudanças dos estados físicos da
matéria, os tipos e os fatores que influenciavam nesses processos, como por
exemplo, a temperatura. Utilizei um esquema que distribuí para todos para abordar o
tema e exemplifiquei utilizando algumas mudanças de estados físicos comuns no
nosso dia-a-dia. Para proporcionar uma maior compreensão e facilitar o estudo para
o teste escrito que eu iria aplicar, trouxe um mapa conceitual sobre os temas que
haviam sido abordados em sala de aula, também já pronto para não perder tempo
copiando, porém o ideal seria construí-lo juntamente com eles, mas isso demandava
uma maior quantidade de tempo e este já encontrava-se bem resumido. Discuti o
mapa conceitual juntamente com eles questionando se os mesmos tinham algumas
dúvidas, porém ninguém acrescentou mais nada e então na última aula discutimos
algumas questões do exercício, alertando-os para que estudassem para o teste
escrito que seria realizado na próxima aula sobre todos os temas abordados em
sala, e que avisassem aos demais alunos que haviam faltado á aula.
          No dia 19 de novembro, durante a primeira aula, fiz uma revisão sobre os
temas discutidos em sala de aula. Utilizei uma dinâmica para isso: dividi a turma em
quatro grupos, previamente havia escrito em papeizinhos cada um dos conceitos
abordados em sala de aula e escrevi no quadro quatro categorias- propriedades
gerais da matéria; propriedades específicas; características dos estados físicos e
mudanças dos estados físicos- depois pedi para que cada pessoa do grupo,
seguindo uma sequência alternada entre os grupos, sorteassem um papelzinho e
identificasse a que grupo tal conceito pertencia, foi um momento muito interessante
por que eles se interessaram pela aula e todos participaram, fato que não aconteceu
durante as outras aulas, porém alguns alunos não conseguiram relacioná-los
corretamente, principalmente aqueles que não compareceram a nenhuma das aulas
anteriores, mas esse momento serviu para diminuir algumas confusões que estavam
8



acontecendo, durante esse momento ficou claro que alguns alunos não tinham
estudado para o teste escrito mesmo eu tendo os alertado desde o primeiro dia de
aula que o mesmo aconteceria naquele dia.
          Na segunda e terceira aula do dia 19/11/10 apliquei o teste escrito, que foi
realizado em dupla. Desde o primeiro dia de aula havia falado como se daria a
avaliação, esta seria realizada por meio de um teste escrito que valeria 8,0 (oito),
juntamente com uma avaliação sobre o desenvolvimento de cada um durante as
aulas, como a participação nas discussões realizadas, a realização das atividades e
outros critérios que seriam analisados.
          A professora resolveu adotar esta avaliação realizada por mim como a
primeira nota do quarto bimestre, em razão do grande atraso na realização dos
exercícios de verificação de aprendizagem. Algumas questões presentes no texto
escrito tinham por objetivo avaliar a capacidade dos alunos relacionarem os
conhecimentos abordados em sala com algumas situações presentes na realidade,
mesmo aquelas observadas por meio de desenhos, filmes, etc., que muitas vezes
mostram fatos que cientificamente são impossíveis de ocorrerem, mas de uma forma
geral não foi muito diferente dos quais estavam acostumados a fazerem. Algumas
questões eram bem diretas, porém estas receberam um peso menor comparada a
questões que visavam verificar alguns fatores já especificados acima.
          Dos 18 alunos que freqüentam regularmente as aulas, quatro deles não
compareceram no dia do teste escrito e raramente às aulas anteriores. Outros
quatro alunos compareceram somente no dia do teste escrito, participando apenas
da dinâmica realizada em sala como revisão do assunto e do teste escrito, logo
obtiveram notas muito baixas no teste escrito. Quanto aos que participaram de todas
as aulas que ministrei ou grande parte delas, se saíram bem na prova com notas
oscilando entre 7,0 (sete) e 9,0 (nove)
          No dia 26/ 11/2010 fui até a escola e pedi a professora autorização para
entregar as notas e corrigir o teste escrito juntamente com eles pra que
observassem seus erros e acertos.
          Mediante os resultados do teste escrito, avalio que as metodologias que
utilizei ajudaram na aprendizagem da maioria dos alunos que freqüentaram a todas
as aulas, mas se houvesse um tempo maior de estágio, procuraria levar mais
questões sobre a história dos conhecimentos que estão sendo abordados em sala
de aula, experiências que poderiam resultar em discussões mais proveitosas e
9



pertinentes, assim como elaborar problemas iniciais mais ricos em conteúdo de
discussão, que motivassem os alunos a expressar suas idéias sobre o assunto em
questão, pois com a utilização desses métodos didáticos pude tornar mais
proveitosas as aulas que ministrei, então as aprofundando mais e implantando
outras, acho que conseguiria ampliar o desenvolvimento da turma e principalmente
de alguns alunos em especial, que apresentaram dificuldades de aprendizagem.
10



4. CONCLUSÃO

          O estágio aconteceu no período entre 23/10/10 e 19/11/10. Foi uma
atividade muito importante para minha formação acadêmica onde pude vivenciar
algumas das dificuldades que o exercício docente enfrenta. Foi a minha primeira
experiência como professora, onde pude experimentar o primeiro contato com uma
sala de aula formada por meninos e meninas com identidades, expectativas e
realidades diferentes.
          Após quase dois anos de curso pude realmente vivenciar a realidade de
uma sala de aula, constituída por pessoas, crianças ou adolescentes que são na
verdade, ou pelo menos deveriam ser, o centro do processo de ensino-
aprendizagem. Para mim este período de estágio foi muito proveitoso, pude
realmente concluir que uma prática mesmo que minimamente planejada, voltada
para proporcionar maiores condições de aprendizagem aos meninos e meninas,
apoiada nos pressupostos metodológicos que nós enquanto estudantes do curso de
licenciatura criticamos que só existam na teoria e nunca podem ser aplicados na
realidade, pode produzir melhores resultados, pois os alunos percebem quando o
professor está realmente preocupado com sua aprendizagem.
          Observei que alguns alunos melhoraram seu desenvolvimento durante as
aulas, mostraram-se mais interessados em aprender. Claro que nem todos
apresentaram bons resultados, visto que uma sala de aula é muito heterogênea e o
período de estágio é muito curto para se desenvolver um trabalho que atenda as
necessidades particulares de todos os alunos, porém sempre procurei envolver
todos eles nas discussões promovidas em sala de aula, mas alguns apresentam
dificuldades para expressar suas opiniões, até os entendo, pois também é um
problema que tenho que superar, por isso no último dia de estágio realizei uma
dinâmica com eles onde todos interagiram.
          Em resumo, apesar das dificuldades iniciais que enfrentei, gostei da
turma, penso que se o período de estágio fosse maior os resultados teriam sido
melhores, visto que haveria mais tempo pra discutir os exercícios, realizar
experiências mais interessantes e que pudessem abordar melhor o tema. Acho que
os alunos entenderam um pouco das propostas que tentei cumprir, já que me
perguntaram por que eu não ficava no lugar da professora, pois as aulas eram mais
interessantes.
11



          Portanto o período de estagio é de grande importância para a nossa
formação acadêmica, pois podemos a partir das experiências vivenciadas durante a
sua realização, buscar junto aos nossos professores orientação para enfrentar esses
e outros problemas a que o exercício docente é susceptível. Porém, mediante a
grande importância que esta atividade tem, o tempo destinado para a sua realização
é muito pouco, mas o suficiente para tomarmos consciência de alguns fatores que
interferem na prática docente, e nas escolhas ou posições que devem ser
assumidas com o intuito de tornar o ensinar Ciências Naturais não só mais um
componente curricular, mas um meio pelo qual possamos ajudar os meninos e
meninas a construírem uma postura crítica que os ajudem no seu estar no mundo.
12




   5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FELTRE, Ricardo. Química. 6. Ed. São Paulo: Moderna, 2004



FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: química geral. São Paulo: FTD, 1992



GALLO NETO, Carmo. Química: da teoria à realidade. São Paulo: Scipione, 1995.



SITES DA WEB:

http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/propriedades-gerais-e-especificas-da-materia

http://www.colegioweb.com.br/quimica/propriedades-dos-materiais.html

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/estados-fisicos-da-materia/estados-fisicos-da-
materia-1.php

http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/estados-fisicos-materia.htm

http://www.infoescola.com/quimica/estados-fisicos-da-materia/

www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1242.html

http://educacao.uol.com.br/biografias/arquimedes.jhtm
13




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Relatòrio de pratica

  • 1. 3 1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA O estágio aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Coronel Jacob Guilherme Frantz, situada na cidade de São João do Rio do Peixe. A mesma foi fundada em 04 de março de 1970, portanto, possui 40 anos de história. A direção é composta pela diretora, Maria pereira de Sá e os vice- diretores, João Bosco da Silva e Raimunda Gomes de Sousa. O quadro atual de professores é composto por 43 professores e o total de alunos matriculados é 940 alunos dos quais 371 estão matriculados no ensino fundamental, 411 no Ensino e Médio e 158 no EJA Médio. A estrutura física da escola é constituída por 17 salas de aula, 01 quadra de esportes, 01 sala de vídeo, 01 laboratório de informática que dispõe de 12 computadores com acesso a internet, 01 sala de leitura, 01 cantina, 01 biblioteca com uma quantidade razoável de livros, 01 secretaria escolar, 01 sala para os professores, 01sala de direção, além de um laboratório único para Química, Física e Biologia. Apesar da existência de um laboratório, ele é muito pouco utilizado. Mesmo alguns recursos como data show e retroprojetor raramente são utilizados, sendo assim a grande maioria das aulas baseiam-se no método expositivo tradicional. Há um controle sobre a saída e entrada de estudantes. Observei que o calendário escolar é muito susceptível a interferências exteriores, resultando em dificuldades para cumpri-lo. Aparentemente a escola tem um bom funcionamento, porém observa-se a falta de um bom projeto pedagógico que valorize mais os alunos, pois a meu ver eles encontram-se muito esquecidos.
  • 2. 4 2. INTRODUÇÃO O período de estágio é uma atividade muito importante onde conseguimos vivenciar a relação entre teoria e prática. O estágio do componente curricular Prática do Ensino de Ciências foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Coronel Jacob Guilherme Frantz, localizada na cidade de São João do Rio do Peixe, no 6º ano, turma C, no turno da tarde, com a professora Lúcia de Fátima Fernandez de Melo, licenciada em Ciências. A escolha do assunto foi determinada pela sequência adotada pela professora, de acordo com a sequência do livro didático. O tema que estava sendo trabalhado era sobre os materiais, até então a professora já tinha abordado os tipos de transformações que a matéria pode sofrer, então, pediu que eu ministrasse as aulas sobre as “características dos materiais: suas propriedades, estados físicos e suas mudanças”. Há três aulas por semana e todas acontecem apenas na sexta- feira (1ª, 3ª e 6ª aula). A turma apresenta em registro no diário 36 alunos. Porém, apenas 18 alunos frequentam regularmente, mas durante o período de estágio nenhuma aula contou com mais de 14 alunos. Chamou minha atenção o fato da maioria da turma estar repetindo o 6º ano. O período de estagio dividiu-se em duas etapas. Na primeira etapa aconteceu o período de observação que ocorreu no dia 23 de outubro de 2010. Neste dia os alunos apenas copiaram o exercício presente no livro didático. Na segunda etapa, ministrei as aulas sobre as propriedades da matéria, estados físicos e suas mudanças, que aconteceram nos dias 05, 12 e 19 de novembro de 2010. A escola adota o seguinte livro: Projeto Araribá: obra coletiva. Ciências. São Paulo: Moderna, 2006. Utilizei o livro didático como meio de ilustração, o mesmo não aborda plenamente o assunto, mas utilizei textos e elaborei alguns resumos que o complementaram.
  • 3. 5 3. DESENVOLVIMENTO O período de estágio iniciou-se no dia 23 de outubro. Como as três aulas ocorrem em um único dia, observei as duas primeiras aulas, pois a última aula não aconteceu devido ao fato da professora não ter se sentido bem, ficando assim, impossibilitada para ministrar a aula. Durante as duas aulas os alunos apenas copiaram o exercício presente no livro didático que, por sinal, todos tinham. Isto por que, a metodologia da professora resume-se em resolver os exercícios presente no livro didático, ou seja, não há a discussão do tema juntamente com os alunos, e grande parte das aulas destina-se para a atividade de copiar o exercício. A professora relatou-me que os alunos primeiro realizam uma leitura prévia do assunto, copiam o exercício, o respondem de acordo com o que compreenderam na leitura inicial e depois ela o corrige juntamente com os alunos, não deixando assim as “respostas erradas” em seus cadernos. Infelizmente não pude observar essa discussão dos exercícios que seria um momento importante onde os alunos iriam expor suas idéias sobre o tema em questão, pois a última aula não aconteceu, mesmo assim acho que não se destinaria para a discussão do exercício, mas para a continuação da atividade anterior. Durante as aulas os alunos mantinham conversas paralelas, dos dezoito alunos que freqüentam regularmente as aulas, apenas nove estavam presentes. No dia 28 de outubro de 2010 não houve aula em virtude do período eleitoral, sendo assim, resolvi iniciar a ministrar as aulas no dia 05 de novembro de 2010, em razão do prazo para o cumprimento do período de estagio. No dia 05 de novembro de 2010 mostrei como iria trabalhar, iríamos inicialmente abordar o assunto para só então depois debatermos alguns exercícios. Comecei a ministrar as aulas sobre as propriedades gerais da matéria, abordando inicialmente o que seria matéria e corpo, e como tudo o que nos rodeia é constituído por matéria. Inicialmente encontrei algumas dificuldades, os alunos tentavam manter conversas paralelas e não participavam das discussões que eu tentava promover sobre algumas propriedades gerais da matéria. Levei um texto para eles sobre a história de Arquimedes e como ele havia solucionado o problema da coroa de Hierão, nesse momento houve um maior interesse dos alunos pela aula, logo após utilizei uma experimentação simples como uma motivação inicial para discutir as propriedades gerais da matéria, impenetrabilidade e compressibilidade, que consistia na utilização de um recipiente com água no qual mergulhamos um copo
  • 4. 6 com uma bolinha friccionada em seu interior, onde pudemos observar que o papel não molhou. Esse momento foi bastante proveitoso, pois eles tentaram explicar o fenômeno com base no que eles conheciam e eu fui questionando junto com eles sobre as explicações que eles iam apresentando até que um deles afirmou que existia algo que impedia que a água molhasse o papel, mas precisamente o ar, daí então, comecei a abordar o que seria essa propriedade- a impenetrabilidade- e como podíamos observá-la no nosso dia-a-dia, por exemplo, que por causa dela não podíamos atravessar a paredes ou outros objetos, porém quando começava a expor as idéias percebia uma falta de interesse dos alunos, mesmo assim eu ainda utilizei uma seringa para compararmos a compressibilidade da água, um líquido, com a capacidade de compressibilidade do ar, esses três momentos foram os mais interessantes da minha primeira aula. Na segunda aula, que aconteceu no mesmo dia, comecei a abordar as propriedades específicas da matéria, preferi abordar somente sobre a densidade, pois achei desnecessário falar sobre ponto de fusão e ebulição. Também utilizei uma experiência muito simples para abordar o tema, que consistia em usar massinha de modelar e um recipiente com água para discutir as razões que permitem que um corpo flutue ou não. Como os alunos demonstraram um maior interesse durante a realização das experiências, resolvi usá-las enquanto explicava o tema, assim os alunos mostraram-se mais interessados na aula, também ia fazendo alguns questionamentos sobre situações muito comuns no nosso dia-a-dia que envolve essa propriedade, como por exemplo, se colocarmos uma garrafa PET em um recipiente com água ela irá flutuar, porém se a enchermos totalmente com água e tornarmos a colocá-la no recipiente com água ela irá afundar, por quê? Que fatores interferiram no fato dela flutuar ou não? Dessa forma consegui contornar algumas das dificuldades iniciais. Destinei a ultima aula para a discussão de uma atividade que já trouxe preparada e distribui para eles para que não precisassem perder tempo transcrevendo os enunciados, utilizei o livro didático apenas pra ilustrar algumas questões do exercício, porém o tempo da ultima aula é muito curto e não pude discuti-lo como gostaria. Durante a realização da atividade percebi uma grande dificuldade dos alunos em compreender o que estava sendo pedido e até mesmo em relacioná-los.
  • 5. 7 No dia 12 de novembro de 2010 abordei os estados físicos da matéria e as suas características na primeira aula, inicialmente fiz uma breve revisão sobre os temas que haviam sido abordados nas aulas anteriores, pois alguns alunos tinham faltado a essa aulas, busquei exemplificar cada uma das características dos estados físicos com situações bem comuns do nosso cotidiano, observei que os alunos demonstravam dificuldades até de identificar os estados físicos da matéria demonstrando assim uma grande defasagem de aprendizagem, pois os mesmos já haviam discutido sobre a água, tema no qual os estados físicos já havia sido abordado. Na segunda aula discutimos sobre as mudanças dos estados físicos da matéria, os tipos e os fatores que influenciavam nesses processos, como por exemplo, a temperatura. Utilizei um esquema que distribuí para todos para abordar o tema e exemplifiquei utilizando algumas mudanças de estados físicos comuns no nosso dia-a-dia. Para proporcionar uma maior compreensão e facilitar o estudo para o teste escrito que eu iria aplicar, trouxe um mapa conceitual sobre os temas que haviam sido abordados em sala de aula, também já pronto para não perder tempo copiando, porém o ideal seria construí-lo juntamente com eles, mas isso demandava uma maior quantidade de tempo e este já encontrava-se bem resumido. Discuti o mapa conceitual juntamente com eles questionando se os mesmos tinham algumas dúvidas, porém ninguém acrescentou mais nada e então na última aula discutimos algumas questões do exercício, alertando-os para que estudassem para o teste escrito que seria realizado na próxima aula sobre todos os temas abordados em sala, e que avisassem aos demais alunos que haviam faltado á aula. No dia 19 de novembro, durante a primeira aula, fiz uma revisão sobre os temas discutidos em sala de aula. Utilizei uma dinâmica para isso: dividi a turma em quatro grupos, previamente havia escrito em papeizinhos cada um dos conceitos abordados em sala de aula e escrevi no quadro quatro categorias- propriedades gerais da matéria; propriedades específicas; características dos estados físicos e mudanças dos estados físicos- depois pedi para que cada pessoa do grupo, seguindo uma sequência alternada entre os grupos, sorteassem um papelzinho e identificasse a que grupo tal conceito pertencia, foi um momento muito interessante por que eles se interessaram pela aula e todos participaram, fato que não aconteceu durante as outras aulas, porém alguns alunos não conseguiram relacioná-los corretamente, principalmente aqueles que não compareceram a nenhuma das aulas anteriores, mas esse momento serviu para diminuir algumas confusões que estavam
  • 6. 8 acontecendo, durante esse momento ficou claro que alguns alunos não tinham estudado para o teste escrito mesmo eu tendo os alertado desde o primeiro dia de aula que o mesmo aconteceria naquele dia. Na segunda e terceira aula do dia 19/11/10 apliquei o teste escrito, que foi realizado em dupla. Desde o primeiro dia de aula havia falado como se daria a avaliação, esta seria realizada por meio de um teste escrito que valeria 8,0 (oito), juntamente com uma avaliação sobre o desenvolvimento de cada um durante as aulas, como a participação nas discussões realizadas, a realização das atividades e outros critérios que seriam analisados. A professora resolveu adotar esta avaliação realizada por mim como a primeira nota do quarto bimestre, em razão do grande atraso na realização dos exercícios de verificação de aprendizagem. Algumas questões presentes no texto escrito tinham por objetivo avaliar a capacidade dos alunos relacionarem os conhecimentos abordados em sala com algumas situações presentes na realidade, mesmo aquelas observadas por meio de desenhos, filmes, etc., que muitas vezes mostram fatos que cientificamente são impossíveis de ocorrerem, mas de uma forma geral não foi muito diferente dos quais estavam acostumados a fazerem. Algumas questões eram bem diretas, porém estas receberam um peso menor comparada a questões que visavam verificar alguns fatores já especificados acima. Dos 18 alunos que freqüentam regularmente as aulas, quatro deles não compareceram no dia do teste escrito e raramente às aulas anteriores. Outros quatro alunos compareceram somente no dia do teste escrito, participando apenas da dinâmica realizada em sala como revisão do assunto e do teste escrito, logo obtiveram notas muito baixas no teste escrito. Quanto aos que participaram de todas as aulas que ministrei ou grande parte delas, se saíram bem na prova com notas oscilando entre 7,0 (sete) e 9,0 (nove) No dia 26/ 11/2010 fui até a escola e pedi a professora autorização para entregar as notas e corrigir o teste escrito juntamente com eles pra que observassem seus erros e acertos. Mediante os resultados do teste escrito, avalio que as metodologias que utilizei ajudaram na aprendizagem da maioria dos alunos que freqüentaram a todas as aulas, mas se houvesse um tempo maior de estágio, procuraria levar mais questões sobre a história dos conhecimentos que estão sendo abordados em sala de aula, experiências que poderiam resultar em discussões mais proveitosas e
  • 7. 9 pertinentes, assim como elaborar problemas iniciais mais ricos em conteúdo de discussão, que motivassem os alunos a expressar suas idéias sobre o assunto em questão, pois com a utilização desses métodos didáticos pude tornar mais proveitosas as aulas que ministrei, então as aprofundando mais e implantando outras, acho que conseguiria ampliar o desenvolvimento da turma e principalmente de alguns alunos em especial, que apresentaram dificuldades de aprendizagem.
  • 8. 10 4. CONCLUSÃO O estágio aconteceu no período entre 23/10/10 e 19/11/10. Foi uma atividade muito importante para minha formação acadêmica onde pude vivenciar algumas das dificuldades que o exercício docente enfrenta. Foi a minha primeira experiência como professora, onde pude experimentar o primeiro contato com uma sala de aula formada por meninos e meninas com identidades, expectativas e realidades diferentes. Após quase dois anos de curso pude realmente vivenciar a realidade de uma sala de aula, constituída por pessoas, crianças ou adolescentes que são na verdade, ou pelo menos deveriam ser, o centro do processo de ensino- aprendizagem. Para mim este período de estágio foi muito proveitoso, pude realmente concluir que uma prática mesmo que minimamente planejada, voltada para proporcionar maiores condições de aprendizagem aos meninos e meninas, apoiada nos pressupostos metodológicos que nós enquanto estudantes do curso de licenciatura criticamos que só existam na teoria e nunca podem ser aplicados na realidade, pode produzir melhores resultados, pois os alunos percebem quando o professor está realmente preocupado com sua aprendizagem. Observei que alguns alunos melhoraram seu desenvolvimento durante as aulas, mostraram-se mais interessados em aprender. Claro que nem todos apresentaram bons resultados, visto que uma sala de aula é muito heterogênea e o período de estágio é muito curto para se desenvolver um trabalho que atenda as necessidades particulares de todos os alunos, porém sempre procurei envolver todos eles nas discussões promovidas em sala de aula, mas alguns apresentam dificuldades para expressar suas opiniões, até os entendo, pois também é um problema que tenho que superar, por isso no último dia de estágio realizei uma dinâmica com eles onde todos interagiram. Em resumo, apesar das dificuldades iniciais que enfrentei, gostei da turma, penso que se o período de estágio fosse maior os resultados teriam sido melhores, visto que haveria mais tempo pra discutir os exercícios, realizar experiências mais interessantes e que pudessem abordar melhor o tema. Acho que os alunos entenderam um pouco das propostas que tentei cumprir, já que me perguntaram por que eu não ficava no lugar da professora, pois as aulas eram mais interessantes.
  • 9. 11 Portanto o período de estagio é de grande importância para a nossa formação acadêmica, pois podemos a partir das experiências vivenciadas durante a sua realização, buscar junto aos nossos professores orientação para enfrentar esses e outros problemas a que o exercício docente é susceptível. Porém, mediante a grande importância que esta atividade tem, o tempo destinado para a sua realização é muito pouco, mas o suficiente para tomarmos consciência de alguns fatores que interferem na prática docente, e nas escolhas ou posições que devem ser assumidas com o intuito de tornar o ensinar Ciências Naturais não só mais um componente curricular, mas um meio pelo qual possamos ajudar os meninos e meninas a construírem uma postura crítica que os ajudem no seu estar no mundo.
  • 10. 12 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FELTRE, Ricardo. Química. 6. Ed. São Paulo: Moderna, 2004 FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: química geral. São Paulo: FTD, 1992 GALLO NETO, Carmo. Química: da teoria à realidade. São Paulo: Scipione, 1995. SITES DA WEB: http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/propriedades-gerais-e-especificas-da-materia http://www.colegioweb.com.br/quimica/propriedades-dos-materiais.html http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/estados-fisicos-da-materia/estados-fisicos-da- materia-1.php http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/estados-fisicos-materia.htm http://www.infoescola.com/quimica/estados-fisicos-da-materia/ www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1242.html http://educacao.uol.com.br/biografias/arquimedes.jhtm
  • 12. 14