O documento discute a teoria sintética da evolução, incluindo: (1) como as mutações e a seleção natural levam à evolução das populações ao longo do tempo; (2) as bases genéticas da evolução, incluindo mutações e recombinação; e (3) a importância do princípio de Hardy-Weinberg para entender os fatores que afetam o equilíbrio gênico de uma população.
2. A teoria sintética da evolução
De 1900 até cerca de 1920, os adeptos da genética mendeliana
acreditavam que apenas as mutações eram responsáveis pela evolução
e que a seleção natural não tinha importância nesse processo.
Conforme Darwin já havia proposto, essa teoria considera a população
como a unidade evolutiva. Cada população apresenta determinado
conjunto gênico, que pode ser alterado de acordo com fatores
evolutivos e cada população apresenta determinado conjunto gênico.
Assim, quanto maior for o conjunto gênico da população, maior será a
variação genética
Sabe-se que uma população está evoluindo quando se verificam
alterações na freqüência de seus genes. Atualmente considera-se a
evolução como o conceito central e unificador da Biologia, e uma frase
marcante que enfatiza essa idéia foi escrita pelo cientista Dobzhansky:
“Nada se faz em biologia a não ser à luz da evolução”.
3. Bases genéticas da evolução
A mutação cria novos genes, e a recombinação os mistura com os genes já
existentes, originando os indivíduos geneticamente variados de uma
população Em função da atuação desses e de outros fatores evolutivos ( a
seleção natural ), a composição gênica das populações se modifica ao longo
do tempo.
Existem as mutações que podem ser cromossômicas ou gênicas. As
mutações cromossômicas podem ser alterações no número ou na forma dos
cromossomos. As mutações gênicas originam-se de alterações na
seqüência de bases nitrogenadas de determinado gene durante a
duplicação da molécula de DNA.
Existem as mutações que podem ser cromossômicas ou gênicas. As
mutações cromossômicas podem ser alterações no número ou na forma dos
cromossomos. As mutações gênicas originam-se de alterações na
seqüência de bases nitrogenadas de determinado gene durante a
duplicação da molécula de DNA
4. Importância do princípio de
Hardy-Weinberg
O princípio de Hardy-Weinberg estabelece um padrão teórico para o
comportamento gênico ao longo das gerações. Na prática, ele nos ajuda a
perceber se uma população se encontra ou não em equilíbrio,
chamando a atenção para os possíveis fatores evolutivos que estão
atuando.
O geneticista F. J. Ayala (1934), da Universidade de Califórnia (EUA),
compara o princípio de Hardy-Weinberg com a primeira lei da mecânica de
Newton.O princípio de Hardy-Weinberg diz que na ausência de fatores
evolutivos as freqüências gênicas se mantêm constantes em uma população
teórica. Sempre há fatores evolutivos em ação nas populações reais. No
entanto a lei de Hardy-Weinberg é importante porque permite determinar
quanto e como o equilíbrio de uma população está sendo afetado pelos
fatores evolutivos.
5. Existem fatores que alteram o equilíbrio gênico, que são a mutação,
a migração, a seleção e a deriva gênica.
Um caso extremo de deriva gênica é o chamado principio do fundador:
uma nova população é “fundada” por um ou poucos indivíduos, seja porque
a população ancestral sofreu uma diminuição drástica, seja porque um
pequeno número de indivíduos de uma população migrou para outra região,
onde deu origem a uma nova população.
Um exemplo do princípio do fundador na espécie humana foi verificado
em comunidades religiosas, originárias da Alemanha, que se
estabeleceram nos Estados Unidos. Devido a seus costumes e religião,
os membros dessas comunidades, chamadas Dunker, mantiveram-se
isolados da população norte-americana.
6. Considera-se que as espécies mudam com o decorrer do tempo. Hoje
existem aproximadamente dois milhões de espécies de organismos vivos
sobre a Terra, incluindo bactérias, fungos, plantas e animais. Todas elas
procedem de um antepassado comum, conforme uma grande quantidade de
provas biológicas reunidas por estudos científicos. Porém, não é a mesma
variedade de organismos vista há milhões de anos, quando havia espécies
muito diferentes das atuais e outras que desapareceram. A teoria da
evolução trata das evidências da origem dos seres vivos e das mudanças
lentas e graduais que sofreram desde seu aparecimento até os dias atuais.