O documento apresenta uma proposta de workshops para avaliação da biblioteca escolar. O objetivo é envolver diferentes agentes educativos na análise e definição de estratégias de melhoria da biblioteca com base no Modelo de Avaliação. Os workshops abordarão conceitos como avaliação, plano de ação e literacia da informação e aplicarão o Modelo de Avaliação para identificar áreas fortes e fracas e estratégias de intervenção.
2. 2 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA DE WORKSHOP
A proposta de planificação a seguir apresentada surge no contexto da nossa experiência anterior de gestão e
articulação pedagógica do nosso agrupamento, em termos de concepção e monitorização do seu projecto educativo e
equaciona a sua concretização efectiva. Desenvolver-se-á em duas etapas correspondentes a dois workshops. Dadas as
características desta modalidade formativa, que conjuga teoria e prática numa sessão única, é imperativo restringir o
número de elementos em função de critérios funcionais e de eficácia face aos objectivos de informação, articulação e
acção visados.
Assim, aliando a necessidade à oportunidade de formação do staff, transformaremos uma reunião regular da equipa
BE num workshop que integrará as duas assistentes técnicas e os professores colaboradores de actividades-chave,
para que, de forma participada, mobilizem a informação sobre o Modelo de Avaliação da BE integrando a sua
experiência das áreas de intervenção e gestão da BE.
Um segundo workshop, a ter lugar numa segunda fase, terá como destinatário o Conselho Pedagógico por aí se
encontrarem representadas as estruturas de orientação educativa, os pais e encarregados de educação, os auxiliares
de acção educativa, os apoios educativos e o coordenador do Plano Tecnológico, para além da direcção do
agrupamento. Esta representatividade global constitui-os como elos de ligação/comunicação privilegiados com a
comunidade educativa. Nesse sentido, o Conselho Pedagógico parece-nos apresentar-se como a estrutura
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AVALIAR, REFLECTIR, MELHORAR A BE NA PROMOÇÃO DO P.B. Cristina Calado
CONHECIMENTO
3. 3 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
intermediária mais profícua para a articulação de informação e de acções a empreender no âmbito do plano de
acção/melhoria e avaliação da BE.
Pretende-se desta forma construir uma visão estratégica e uma política de intervenção e interacção proactiva e
colaborativa.
Na planificação destes workshops temos por base a literatura recomendada sobre avaliação das bibliotecas escolares, o
próprio Modelo de Avaliação da RBE e ainda a proposta de orientação do ciclo de melhoria de Eunice Góis e Conceição
Gonçalves (2005) cujo diagrama abaixo se transcreve.
FAZER AUDITORIA
Definir
prioridades
Identificar os
Avaliar
objectivos
Implementar Seleccionar
o plano estratégias
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CONHECIMENTO
4. 4 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
OBJECTIVOS DO WORKSHOP
Elucidar sobre a missão e os desafios que se colocam à BE na escola de hoje, em termos de projecto educativo e
avaliação;
Esclarecer o papel do professor bibliotecário e da equipa BE;
Dar a conhecer o Modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares;
Implicar os diferentes agentes educativos na análise, planificação, execução e avaliação do plano de
acção/melhoria da BE, em termos do Projecto Educativo do Agrupamento;
Percepcionar áreas fortes e fracas da BE e definir estratégias e políticas de intervenção.
DESTINATÁRIOS
1.º Equipa da Biblioteca
2.º Conselho Pedagógico
METODOLOGIA
Realização faseada de dois workshops, destinados a grupos diferentes, estruturados do seguinte modo:
I. Parte teórica, dirigida aos dois grupos, da responsabilidade da professora bibliotecária
II. Parte prática, a realizar pelos intervenientes, sob orientação da professora bibliotecária e suportada pelo
Modelo de Avaliação do ME.
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5. 5 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
I. PARTE TEÓRICA
ESTRATÉGIAS & CONTEÚDOS
INSTRUMENTOS
1. A biblioteca escolar hoje: missão, valores, desafios, mudança; o seu papel fulcral em termos de Projecto Educativo
de Agrupamento, na promoção da leitura e das literacias
2. Competências e funções do professor bibliotecário como “information literacy teacher, readind advocate, and chief
information officer” (Eisenberg, 2002)
3. Características e papel da equipa BE
4. Plano de acção e plano de melhoria: conceitos (melhoria, eficiência, eficácia, qualidade,…) e exemplos
5. Monitorização e avaliação: práticas de auto-regulação de projectos – a recolha de evidências
6. Articulação da avaliação da BE com a avaliação interna e externa das escolas e da RBE, em termos do seu
Apresentação powerpoint de contributo para as aprendizagens, para o sucesso educativo e para a aprendizagem ao longo da vida.
diapositivos contendo informação 7. Modelo de Avaliação da BE:
Pressupostos (auto-regulação com incidência e mobilização colectivas; o ciclo da melhoria- continuidade e
flexibilidade na reformulação de objectivos e estratégias)
Metodologia qualitativa (incide sobre processos e resultados)
Domínios-objecto de avaliação
Indicadores temáticos e factores críticos de sucesso
Recolha de evidências: validação dos registos
Perfis de desempenho – descritores
8. Filosofia do processo de avaliação: foco de incidência em áreas problemáticas ou em áreas de maior investimento?
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6. 6 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
II. PARTE PRÁTICA
ESTRATÉGIAS & CONTEÚDOS
INSTRUMENTOS
FASE 1
FILOSOFIA- BASE DA SELECÇÃO DO DOMÍNIO A AVALIAR:
FASE 1
Incidência no domínio de maior investimento ou em que se percepciona maior fraqueza?
Definição conjunta da filosofia-
base da avaliação da BE
FASE 2
FASE 2 AUDITORIA PARA UM PLANO DE ACÇÃO/MELHORIA “Think strategically and politically”
Percepção do perfil de desempenho Eisenberg, M. & Danielle Miller
actual da BE e definição das áreas IDENTIFICAÇÃO ÁREAS ESTRATÉGIAS DE
prioritárias e respectivas PERCEPÇÃO DE PROBLEMAS PRIORITÁRIAS MELHORIA
EVIDÊNCIAS A
estratégias, ao nível do DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS DE ÁREAS Planeamento DE Planeamento INTERVENIENTES
RECOLHER
FORTES Acção INTERVENÇÃO Acção
planeamento, acções e interacções Interacção (1,2,3,4) Interacção
necessárias para a intervenção da A1. Articulação
BE na concretização das metas do curricular da BE com
as estruturas
PEA A. Apoio ao
pedagógicas e os
desenvolvimento
curricular
docentes
Preenchimento de uma matriz com A2. Desenvolvimento
da literacia da
base na leitura do Modelo de Auto- informação
Avaliação e no
conhecimento/experiência da B. Leitura e literacias
realidade da escola:
C1. Apoio a
AUDITORIA C. Projectos, actividades livres,
parcerias e extra-curriculares e de
actividades livres enriquecimento
Grupo 1 – equipa BE e de abertura à curricular
Visão Interna comunidade
C2. Projectos e
Preenchimento em grupo parcerias
D1. Articulação da BE
Grupo 2 – Conselho Pedagógico com a
Escola/Agrupamento.
Visão Com Acesso e serviços
Preenchimento em Departamentos prestados pela BE
Curriculares/Conselhos de D. Gestão da
Biblioteca Escolar D2. Condições
docentes/Associações de Pais/ humanas e materiais
para a prestação de
Conselhos de AAE (só as áreas da serviços
sua intervenção) D3. Gestão da
colecção/da
informação
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CONHECIMENTO
7. 7 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DOS WORKSHOPS
Critério
Pertinência de exequibilidade das propostas apresentadas, em termos de elaboração do Plano de Acção/Melhoria.
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AVALIAR, REFLECTIR, MELHORAR A BE NA PROMOÇÃO DO P.B. Cristina Calado
CONHECIMENTO
8. 8 MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
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Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação
Portaria 756/2009, de 14 de Julho
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