O documento descreve um relatório sobre um exame de urina tipo I realizado em uma paciente. O resumo apresenta:
1) O exame de urina mostrou cor, aspecto e densidade normais, sem achados anormais nos testes químicos ou microscópicos;
2) A sedimentoscopia indicou microbiota aumentada e quantidade levemente elevada de leucócitos, porém dentro da normalidade;
3) Foi recomendado cultura da urina para maiores investigações sobre possível infecção urinária baixa sugerida pela sintomatologia
1. Faculdades Integradas Pitágoras
Curso de Medicina
Adalton Meireles Cínthia Corrêa
Jessica Fargnoli Karide Ladeia
Luara Paiva Maria Fernanda Sales
Poliana Diniz Waldomiro Junior
Relatório:
Exame de Urina tipo I
Montes Claros
2014
2. INTRODUÇÃO
O exame de urina é usado como método diagnóstico complementar desde o
século II. Trata-se de um exame indolor e de simples coleta, o que o torna muito menos
penoso para os pacientes do que as análises de sangue, que só podem ser colhidas
através de agulhas. O exame sumário da urina pode nos fornecer pistas importantes
sobre doenças sistêmicas, principalmente as doenças dos rins. (PINHEIRO, 2014).
Como via de excreção, a urina "traduz" o estado fisiológico do organismo,
baseando-se nas suas características de quantidade, aspecto físico, presença ou não de
elementos anormais e sua composição bioquímica. (BIOMEDICINABRASIL, 2014)
O exame de urina é um dos exames complementares coadjuvantes mais
utilizados na clínica. A análise da urina pode ser feita quanto à quantidade; densidade;
pH; aspecto físico (cor, transparência, cheiro, etc.); presença ou não de elementos e
sedimentos anormais e de germes; composição bioquímica e pesquisa microscópica.
(ROSSINI, 2013).
Muitas substâncias são encontradas regularmente na urina, em taxas fisiológicas
normais, mas podem estar aumentadas em determinadas condições patológicas, entre as
quais se conta a glicose, a ureia, a creatina, o ácido úrico, o sódio, o cloreto, o potássio,
o cálcio, o magnésio, a amônia, o fosfato e o sulfato. (CARDOSO, 2011)
Por ser fornecer muitas informações sobre as principais funções metabólicas do
organismo e por ser de rápida obtenção e fácil coleta e análise, o exame de urina é muito
requisitado em laboratórios, pois não só detecta doenças renais, mas também o início
assintomático de doenças metabólicas, como o diabetes mellitus e hepatopatias. A
obtenção da amostra de urina é fácil e rápida, comumente o laboratório pede ao paciente
a primeira urina da manhã (no caso para exame de urina tipo 1), sempre feita uma
assepsia antes da coleta para evitar contaminações.(ROSSINI, 2013).
3. METODOLOGIA
O EAS é o exame de urina mais simples, feito através da coleta de 40-50 ml de
urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente é solicitado que se use a primeira
urina da manhã, desprezando o primeiro jato. Esta pequena quantidade de urina
desprezada serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra (canal urinário
que traz a urina da bexiga). Após a eliminação do primeiro jato, enche-se o recipiente
com o resto da urina.
A primeira urina da manhã é a mais usada, mas não é obrigatório. A urina pode
ser coletada em qualquer período do dia.
A amostra de urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois
quanto mais fresca estiver, mais confiáveis são os seus resultados. Um intervalo de mais
de duas horas entre a coleta e a avaliação pode invalidar o resultado, principalmente se a
urina não tiver sido mantida sob refrigeração.
O EAS é divido em duas partes. A primeira é feita através de reações químicas e
a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio.
Na primeira parte mergulha-se uma fita na urina, chamada de dipstick. Cada fita
possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem
com determinados elementos da urina. Esta parte é tão simples que pode ser feita no
próprio consultório médico. Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com
uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.
Através destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos
detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina:
– Densidade.
– pH.
– Glicose.
– Proteínas.
– Hemácias (sangue).
– Leucócitos.
4. – Cetonas.
– Urobilinogênio e bilirrubina.
– Nitrito.
– Cristais.
– Células epiteliais e cilindros.
Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos, isto é, a fita
identifica a presença dessas substâncias citadas acima, mas a quantificação é apenas
aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de 1 a 4 cruzes.
RESULTADOS E DISCURSÃO
EAS (urina tipo I): No teste a olho nu ou físico foi identificada a cor amarelo
claro, aspecto límpido de cheiro sui generis, o que caracteriza uma amostra de urina
normal.
A urina normal é composta em maior proporção de água, possui coloração
variável entre o incolor e o amarelo (dependente da dieta, atividades físicas e
principalmente da ingestão de água), e carreia substâncias de excreção, resultantes do
metabolismo do organismo, por isso é importante que o paciente informe se fez uso de
alguma substância ou medicamento no período anterior a realização do o exame de
urina.
No teste químico feito com fita reagente, é possível identificar a densidade, PH,
glicose, proteína, acetona, bilirrubina, urobilinogênio, leucócitos, hemoglobina e nitrito.
O pH na fita reagente possui a cor salmão, no resultado da paciente apresentou a
cor salmão claro, estimando um pH 6,5 que é considerado normal.
A densidade na fita é indicada pela cor verde escuro, no resultado apresentou
uma coloração verde oliva, isso estima quantitativamente a densidade em 1,025,
considerada normal.
A proteína é indicada pela cor amarela, no resultado permaneceu a mesma cor
indicando a ausência de proteínas na urina, ou seja, aspecto normal.
A glicose é representada pela cor verde piscina, no resultado a cor permaneceu
inalterada, indicando glicose normal.
A cetona é indicada pela cor rosa, que também permaneceu inalterada.
O sangue é representado pela cor amarela permanecendo inalterada no resultado.
A bilirubina, o urobilinogênio, o nitrito e o leucócito também permaneceram
inalterados, indicando resultado normal para a amostra analisada.
5. COR ---- amarelo citrino
ASPECTO ---- levemente turva
DENSIDADE ---- 1.025 (normal varia entre 1005 e 1030)
PH ---- 6,5 (normal varia entre 5,5 a 7.5)
EXAME QUÍMICO
Glicose ---- ausente
Proteínas ---- ausente
Cetona ---- ausente
Bilirrubina ---- ausente
Urobilinogênio ---- ausente
Leucócitos ---- +- 15
Hemoglobina ---- ausente
Nitrito ---- negativo
MICROSCOPIA DO SEDIMENTO (sedimentoscopia)
Células epiteliais ---- raras
Leucócitos ---- 2 por campo
Hemácias ---- 1 por campo
Muco ---- presente
Bactérias ---- microbiota aumentada
Cristais ---- ausentes
Cilindros ---- ausentes
Na sedimentoscopia, o resultado indicou microbiota aumentada, uma
quantidade maior de leucócitos do que o esperado, mas dentro da normalidade, raras
hemácias e raras células epiteliais, indicando uma urina de aspectos normais e
comprovando o que já havia sido informado acima.
6. CONCLUSÃO:
A análise do exame de urina é importante para a vida profissional de um médico.
O material (urina) colhida deve ser armazenada e processada adequadamente, além
disso o exame requer equipamentos calibrados e matéria-prima específica e
profissionais qualificados para a realização do exame.
A uroanálise é rápida, simples e contribui para o diagnostico de diversas
patologias. A correta análise da lâmina trará informações importantes para que o médico
possa fazer o diagnostico preciso e proporcionar o melhor tratamento para o paciente.
A respeito da paciente estudada, ela apresentava sintomatologia de infecção
urinária baixa, quantidade de leucócitos um pouco aumentados, mas dentro da
normalidade e microbiota aumentada. Assim, a conduta para maiores investigações foi o
encaminhamento da paciente para a realização de cultura da urina.
7. REFERENCIAS
BIOMEDICINA BRASIL. Urina tipo 1. Disponível em:
http://www.biomedicinabrasil.com/2014/05/urina-tipo-1.html. Acesso em: 11 de Nov.
2014.
CARDOSO, Isabel. Eas exame de urina. São Paulo, 2011.
PINHEIRO, Pedro. Exame de urina I: leucócitos nitritos, hemoglobina. 2014.
ROSSINI, Kamila. Relatório sobre urinário tipo 1. São Paulo, 2013.