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A WWW E O ENSINO DE INGLÊSVera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG) Heliandro Rosa
INTRODUÇÃO
Os velhos laboratórios de línguas estrangeiras estão em agonia acelerada.  As cabines que isolavam os alunos com seus fones de ouvido e gravadores individuais, impedindo quase sempre a interação com os demais colegas, cedem lugar aos laboratórios multimídia com acesso à Internet.
Os novos laboratórios rompem as paredes da sala de aula ao propiciar a comunicação com o mundo, trazendo para dentro da escola possibilidades variadas de interação com nativos ou aprendizes da língua alvo.
A INTERNET
 A Internet surgiu em 1969, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, preocupado com a guerra fria, a corrida armamentista e a necessidade de compartilhar de forma segura informações sigilosas, criou uma rede eletrônica –  A ARPANET. Essa rede tinha a finalidade de transferir, de forma espantosamente rápida, uma grande quantidade de dados de um computador para outro.
A ferramenta inicial da Internet foi o correio eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos textos através de acesso remoto (FTP – file transferprotocol). Em seqüência, veio aWorldWide Web (WWW) que reúne informações em forma de texto, imagens, vídeo e som, de forma isolada ou multimídia. 
No que diz respeito ao ensino de língua inglesa como segunda língua, podemos afirmar que a criação, em maio de 1991, da lista de discussão eletrônica TESL-L foi um marco na área. Essa lista, financiada em seus 3 primeiros anos pelo Ministério de Educação Americano é, atualmente, um projeto conjunto da USIS e da City University de Nova York. Em 1997, a lista possuía 14155 membros em 99 países. Em 27 de fevereiro de 2001, as estatísticas da lista registravam 27.749 membros em 159 países, com uma média de 10 mensagens por dia.
Com o desenvolvimento da Internet e o crescimento da WWW, um número incalculável de homepages tem sido criadas e os recursos para a aprendizagem de inglês foram ficando cada vez mais diversificados e sofisticados.
Segundo Félix (1998:19), os materiais vão se tornando mais interessantes, em termos do que consideramos ideal para um bom ensino de língua,  à medida que a tecnologia vai se desenvolvendo.
Ela descreve a progressão de interatividade proporcionada pela tecnologia da Web na seguinte seqüência: livros didáticos eletrônicos; som e vídeo (numa extensão menor); exercícios com feedback online; tarefas interativas; mecanismos que permitem a comunicação direta com o professor e com outras pessoas.
Beaugrande, ao discutir cognição e tecnologia na educação e “engarrafamentos” na transmissão de informação, afirma que a tecnologia sempre esteve presente na educação para viabilizar a representação da informação.
Seguindo a linha de raciocínio de Beaugrande, podemos prever que os recursos disponíveis na Web, por serem não-lineares e multidimensionais, podem oferecer aos aprendizes um ambiente mais rico para aquisição da língua inglesa do que os materiais tradicionais.
Assim, a Web, além de sua característica “just in time” pode ser explorada de forma a ser “just for”, ou seja, adequada aos diferentes estilos cognitivos e às formas preferidas de aprender.
Os inúmeros sites disponíveis na Web e todos os recursos reunindo imagem e som criam um ambiente cognitivo que proporciona à nossa mente experiências semelhantes àquelas vividas no nosso dia a dia.
Quando usamos o material eletrônico, é impossível prever todas as conexões que o aluno fará através das inúmeras possibilidades que o hipertexto possibilita.
As pessoas e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Novos caminhos podem ser gerados a qualquer momento quando uma pessoa faz uma conexão justapondo conceitos que nunca haviam sido antes associados.
Esse ambiente, além de ser mais propício a um tipo de educação menos conservadora, representa um estímulo a abordagens de ensino mais centradas no aluno.
A Web nos ajuda a sair do foco no ensino para o da aprendizagem. O professor deixa de ser aquele que transmite conhecimentos...
... para ser aquele que ajuda a organizar as informações e que oferece trilhas de conhecimentos, exercendo o papel de guia para seus alunos.
SUPORTE TEÓRICO
O CONSTRUTIVISMO E O SÓCIOINTERACIONISMO Para Piaget, os aprendizes aprendem buscando informação no mundo e construindo seu próprio conhecimento e não através de informações transmitidas por outros. O conhecimento é construído pelo indivíduo através de ações no mundo.
Vygotsky ( 19984:31) ressalta o papel social da linguagem ao dizer que Signos e palavras constituem para as crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de uma forma nova e superior de atividade nas crianças, distinguindo-as dos animais.
 É através da linguagem e da interação com os outros que as crianças vão ampliando seus conhecimentos. No caso da aprendizagem de uma língua, a interação é imprescindível, pois a língua é por sua natureza social. Aprende-se uma língua para se comunicar com os outros, seja por meio escrito ou por meio oral.
Para Hatch, antes da aquisição das estruturas sintáticas, o falante aprende como conduzir uma conversação.
Ao interagir, o falante vai adquirindo as estruturas sintáticas. Assim, podemos concluir que a aprendizagem se dá através do esforço em se comunicar e não através da repetição e imitação de estruturas sintáticas ordenadas em um nível crescente de dificuldade como prescrito pelas abordagens estruturais.
A Internet oferece um ambiente propício à interação com falantes nativos ou  aprendizes de línguas estrangeiras em todas as partes do mundo. Revela-se um excelente espaço para o aprendiz ao construir seu conhecimento do idioma e melhorar seu desempenho no uso da língua.
Ao contrário da sala de aula tradicional, que muitas vezes estimula a mera imitação de modelos lingüísticos, a Internet oferece situações de comunicação autênticas.
A ABORDAGEM COMUNICATIVA E A WEB
O objetivo da abordagem comunicativa é desenvolver a competência comunicativa do aprendiz.
Para tanto, o ensino é baseado em funções e noções da língua com ênfase no processo comunicativo. Como ressalta Littlewood (1981: 4) “o aprendiz necessita adquirir não somente um repertório de itens lingüísticos, mas também um repertório de estratégias para usá-las em situações concretas[x].”
O material disponível na web apresenta uma série de características típicas da abordagem comunicativa (ver Richards & Rodgers, 1986:67-8)
Dentre elas, ressalta-se o fato de o foco da maioria dos recursos disponíveis na web ser no significado e não na forma, pois a rede mundial de computadores é uma grande biblioteca que oferece os mais diversos gêneros e as mais diversas fontes de informação. O material da Web é geralmente contextualizado e a leitura se torna mais rica devido às possibilidades de uso do hipertexto que gera mais conexões e , conseqüentemente, mais contexto.
Um dos recursos mais interessantes para a prática do idioma é o chat, uma excelente forma de diálogo em que o aluno se engaja com o objetivo de comunicar com falantes do inglês, nativos ou não.
A possibilidade de comunicação é talvez a maior qualidade da Web. O aprendiz tem a oportunidade de participar de uma série de formas de comunicação autêntica. Alguns exemplos são: deixar mensagens em “livro de visitas”, enviar avaliação sobre um texto lido para o autor; receber feedback automático e pessoal após fazer exercícios on-line, etc.
Assim, o aluno não precisa mais esperar pelo feedback do professor e não pode mais ludibriar a si mesmo, buscando a resposta em apêndices ou encartes nos materiais didáticos antes de fazer os exercícios.
O material na Web não está organizado de acordo com nenhum tipo de seqüência. É o navegante quem estabelece as seqüências através de seu interesse e motivação. A complexidade lingüística não é o fator determinante e sim o significado.
O papel do professor que integra a internet à sala de aula tradicional ou que trabalha na modalidade à distância é o de moderador e não o de transmissor de conhecimentos.
O professor modera as discussões on-line e sugere endereços que ele considera interessantes, assegurando, sempre que possível, uma margem de escolha feita pelo próprio aprendiz. 
Warschaueretal (2000:7) listam 5 razões principais para o uso da Internet no ensino de inglês: contextos autênticos e significativos; aumento de letramento através da leitura, escrita e oportunidades de publicação na Internet; interação, a melhor forma para se adquirir uma língua; vitalidade obtida pela comunicação em um meio  flexível e multimídia; e empowerment, pois o domínio das ferramentas da Internet os torna autônomos ao longo da vida.
 Resta ao professor saber tirar proveito do que a Web  nos oferece.
 Potencialidades da web para o ensino de língua inglesa Projetos colaborativos http://professor.21ccea.org.tw/fen/ http://www.kidlink.org/english/general/intro.html  http://www.ruthvilmi.net/hut/Project/
2. Cursos http://www.bluevalleys.com/english-lessons/  http://www.english-to-go.com  
3. Listas de discussão http://www.ling.lancs.ac.uk/staff/visitors/kenji/kitao/int-mail.htm
4. ResourceCenters http://www.comenius.com/ http://www.eslcafe.com/ http://www.study.com/ http://www.englishresources.co.uk/ http://ilc2.doshisha.ac.jp/users/kkitao/online/ http://www.learnenglish.org.uk/
5. Bibliotecas http://vlc.polyu.edu.hk/scripts/concordance/WWWConcappE.htm http://www.x-word.com/thesaurus/ http://encarta.msn.com http://www.netlibrary.net/
6. Multimídia http://windowsmedia.com/radiotuner/  http://us.imdb.com/ http://nzwwa.com/mirror/clipart/ http://www.clipart.com/ http://www.fg-a.com/gifs.html
7. Publicações http://www.freeservers.com/ http://help.freeservers.com/cgi-bin/help/ http://hotwired.lycos.com/webmonkey/kids/
8. Software http://www.orst.edu/dept/eli/softlist/ http://darkwing.uoregon.edu/~call/software.html
CONCLUSÃO
A Internet, apesar de ser, no meu entender, o maior avanço tecnológico na comunicação humana, não tem um administrador geral, é um território livre sem uma organização pré-determinada e problemas podem aparecer. 
Nesse território livre, nem sempre é tão fácil localizar o que se deseja e informações pouco confiáveis podem ser encontradas. Os benefícios da Internet, no entanto, em muito superam suas possíveis falhas, e  o professor pode fazer uso desse enorme banco de dados para criar  ambientes de aprendizagem.
Estamos diante de uma nova tecnologia que requer um novo modelo de comunicação e, conseqüentemente, nova demandas cognitivas. A língua da Internet é o inglês e é exatamente por isso que a aprendizagem de línguas estrangeiras se torna cada vez mais necessária e também cada vez mais acessível a um grande número de pessoas.
Usar a Internet no ensino de inglês é um desafio que demanda mudanças de atitude de alunos e professores. O aluno bem sucedido não é mais o que armazena informações, mas aquele que se torna um bom usuário da informação.
O bom professor não é mais o que tudo sabe, mas aquele que sabe promover ambientes que promovem a autonomia do aprendiz e que os desafia a aprender com o(s) outro(s) através de oportunidades de interação e de colaboração.

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  • 3. Os velhos laboratórios de línguas estrangeiras estão em agonia acelerada. As cabines que isolavam os alunos com seus fones de ouvido e gravadores individuais, impedindo quase sempre a interação com os demais colegas, cedem lugar aos laboratórios multimídia com acesso à Internet.
  • 4. Os novos laboratórios rompem as paredes da sala de aula ao propiciar a comunicação com o mundo, trazendo para dentro da escola possibilidades variadas de interação com nativos ou aprendizes da língua alvo.
  • 6.  A Internet surgiu em 1969, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, preocupado com a guerra fria, a corrida armamentista e a necessidade de compartilhar de forma segura informações sigilosas, criou uma rede eletrônica –  A ARPANET. Essa rede tinha a finalidade de transferir, de forma espantosamente rápida, uma grande quantidade de dados de um computador para outro.
  • 7. A ferramenta inicial da Internet foi o correio eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos textos através de acesso remoto (FTP – file transferprotocol). Em seqüência, veio aWorldWide Web (WWW) que reúne informações em forma de texto, imagens, vídeo e som, de forma isolada ou multimídia. 
  • 8. No que diz respeito ao ensino de língua inglesa como segunda língua, podemos afirmar que a criação, em maio de 1991, da lista de discussão eletrônica TESL-L foi um marco na área. Essa lista, financiada em seus 3 primeiros anos pelo Ministério de Educação Americano é, atualmente, um projeto conjunto da USIS e da City University de Nova York. Em 1997, a lista possuía 14155 membros em 99 países. Em 27 de fevereiro de 2001, as estatísticas da lista registravam 27.749 membros em 159 países, com uma média de 10 mensagens por dia.
  • 9. Com o desenvolvimento da Internet e o crescimento da WWW, um número incalculável de homepages tem sido criadas e os recursos para a aprendizagem de inglês foram ficando cada vez mais diversificados e sofisticados.
  • 10. Segundo Félix (1998:19), os materiais vão se tornando mais interessantes, em termos do que consideramos ideal para um bom ensino de língua,  à medida que a tecnologia vai se desenvolvendo.
  • 11. Ela descreve a progressão de interatividade proporcionada pela tecnologia da Web na seguinte seqüência: livros didáticos eletrônicos; som e vídeo (numa extensão menor); exercícios com feedback online; tarefas interativas; mecanismos que permitem a comunicação direta com o professor e com outras pessoas.
  • 12. Beaugrande, ao discutir cognição e tecnologia na educação e “engarrafamentos” na transmissão de informação, afirma que a tecnologia sempre esteve presente na educação para viabilizar a representação da informação.
  • 13. Seguindo a linha de raciocínio de Beaugrande, podemos prever que os recursos disponíveis na Web, por serem não-lineares e multidimensionais, podem oferecer aos aprendizes um ambiente mais rico para aquisição da língua inglesa do que os materiais tradicionais.
  • 14. Assim, a Web, além de sua característica “just in time” pode ser explorada de forma a ser “just for”, ou seja, adequada aos diferentes estilos cognitivos e às formas preferidas de aprender.
  • 15. Os inúmeros sites disponíveis na Web e todos os recursos reunindo imagem e som criam um ambiente cognitivo que proporciona à nossa mente experiências semelhantes àquelas vividas no nosso dia a dia.
  • 16. Quando usamos o material eletrônico, é impossível prever todas as conexões que o aluno fará através das inúmeras possibilidades que o hipertexto possibilita.
  • 17. As pessoas e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Novos caminhos podem ser gerados a qualquer momento quando uma pessoa faz uma conexão justapondo conceitos que nunca haviam sido antes associados.
  • 18. Esse ambiente, além de ser mais propício a um tipo de educação menos conservadora, representa um estímulo a abordagens de ensino mais centradas no aluno.
  • 19. A Web nos ajuda a sair do foco no ensino para o da aprendizagem. O professor deixa de ser aquele que transmite conhecimentos...
  • 20. ... para ser aquele que ajuda a organizar as informações e que oferece trilhas de conhecimentos, exercendo o papel de guia para seus alunos.
  • 22. O CONSTRUTIVISMO E O SÓCIOINTERACIONISMO Para Piaget, os aprendizes aprendem buscando informação no mundo e construindo seu próprio conhecimento e não através de informações transmitidas por outros. O conhecimento é construído pelo indivíduo através de ações no mundo.
  • 23. Vygotsky ( 19984:31) ressalta o papel social da linguagem ao dizer que Signos e palavras constituem para as crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de uma forma nova e superior de atividade nas crianças, distinguindo-as dos animais.
  • 24.  É através da linguagem e da interação com os outros que as crianças vão ampliando seus conhecimentos. No caso da aprendizagem de uma língua, a interação é imprescindível, pois a língua é por sua natureza social. Aprende-se uma língua para se comunicar com os outros, seja por meio escrito ou por meio oral.
  • 25. Para Hatch, antes da aquisição das estruturas sintáticas, o falante aprende como conduzir uma conversação.
  • 26. Ao interagir, o falante vai adquirindo as estruturas sintáticas. Assim, podemos concluir que a aprendizagem se dá através do esforço em se comunicar e não através da repetição e imitação de estruturas sintáticas ordenadas em um nível crescente de dificuldade como prescrito pelas abordagens estruturais.
  • 27. A Internet oferece um ambiente propício à interação com falantes nativos ou  aprendizes de línguas estrangeiras em todas as partes do mundo. Revela-se um excelente espaço para o aprendiz ao construir seu conhecimento do idioma e melhorar seu desempenho no uso da língua.
  • 28. Ao contrário da sala de aula tradicional, que muitas vezes estimula a mera imitação de modelos lingüísticos, a Internet oferece situações de comunicação autênticas.
  • 30. O objetivo da abordagem comunicativa é desenvolver a competência comunicativa do aprendiz.
  • 31. Para tanto, o ensino é baseado em funções e noções da língua com ênfase no processo comunicativo. Como ressalta Littlewood (1981: 4) “o aprendiz necessita adquirir não somente um repertório de itens lingüísticos, mas também um repertório de estratégias para usá-las em situações concretas[x].”
  • 32. O material disponível na web apresenta uma série de características típicas da abordagem comunicativa (ver Richards & Rodgers, 1986:67-8)
  • 33. Dentre elas, ressalta-se o fato de o foco da maioria dos recursos disponíveis na web ser no significado e não na forma, pois a rede mundial de computadores é uma grande biblioteca que oferece os mais diversos gêneros e as mais diversas fontes de informação. O material da Web é geralmente contextualizado e a leitura se torna mais rica devido às possibilidades de uso do hipertexto que gera mais conexões e , conseqüentemente, mais contexto.
  • 34. Um dos recursos mais interessantes para a prática do idioma é o chat, uma excelente forma de diálogo em que o aluno se engaja com o objetivo de comunicar com falantes do inglês, nativos ou não.
  • 35. A possibilidade de comunicação é talvez a maior qualidade da Web. O aprendiz tem a oportunidade de participar de uma série de formas de comunicação autêntica. Alguns exemplos são: deixar mensagens em “livro de visitas”, enviar avaliação sobre um texto lido para o autor; receber feedback automático e pessoal após fazer exercícios on-line, etc.
  • 36. Assim, o aluno não precisa mais esperar pelo feedback do professor e não pode mais ludibriar a si mesmo, buscando a resposta em apêndices ou encartes nos materiais didáticos antes de fazer os exercícios.
  • 37. O material na Web não está organizado de acordo com nenhum tipo de seqüência. É o navegante quem estabelece as seqüências através de seu interesse e motivação. A complexidade lingüística não é o fator determinante e sim o significado.
  • 38. O papel do professor que integra a internet à sala de aula tradicional ou que trabalha na modalidade à distância é o de moderador e não o de transmissor de conhecimentos.
  • 39. O professor modera as discussões on-line e sugere endereços que ele considera interessantes, assegurando, sempre que possível, uma margem de escolha feita pelo próprio aprendiz. 
  • 40. Warschaueretal (2000:7) listam 5 razões principais para o uso da Internet no ensino de inglês: contextos autênticos e significativos; aumento de letramento através da leitura, escrita e oportunidades de publicação na Internet; interação, a melhor forma para se adquirir uma língua; vitalidade obtida pela comunicação em um meio  flexível e multimídia; e empowerment, pois o domínio das ferramentas da Internet os torna autônomos ao longo da vida.
  • 41.  Resta ao professor saber tirar proveito do que a Web  nos oferece.
  • 42.  Potencialidades da web para o ensino de língua inglesa Projetos colaborativos http://professor.21ccea.org.tw/fen/ http://www.kidlink.org/english/general/intro.html  http://www.ruthvilmi.net/hut/Project/
  • 43. 2. Cursos http://www.bluevalleys.com/english-lessons/  http://www.english-to-go.com  
  • 44. 3. Listas de discussão http://www.ling.lancs.ac.uk/staff/visitors/kenji/kitao/int-mail.htm
  • 45. 4. ResourceCenters http://www.comenius.com/ http://www.eslcafe.com/ http://www.study.com/ http://www.englishresources.co.uk/ http://ilc2.doshisha.ac.jp/users/kkitao/online/ http://www.learnenglish.org.uk/
  • 46. 5. Bibliotecas http://vlc.polyu.edu.hk/scripts/concordance/WWWConcappE.htm http://www.x-word.com/thesaurus/ http://encarta.msn.com http://www.netlibrary.net/
  • 47. 6. Multimídia http://windowsmedia.com/radiotuner/  http://us.imdb.com/ http://nzwwa.com/mirror/clipart/ http://www.clipart.com/ http://www.fg-a.com/gifs.html
  • 48. 7. Publicações http://www.freeservers.com/ http://help.freeservers.com/cgi-bin/help/ http://hotwired.lycos.com/webmonkey/kids/
  • 49. 8. Software http://www.orst.edu/dept/eli/softlist/ http://darkwing.uoregon.edu/~call/software.html
  • 51. A Internet, apesar de ser, no meu entender, o maior avanço tecnológico na comunicação humana, não tem um administrador geral, é um território livre sem uma organização pré-determinada e problemas podem aparecer. 
  • 52. Nesse território livre, nem sempre é tão fácil localizar o que se deseja e informações pouco confiáveis podem ser encontradas. Os benefícios da Internet, no entanto, em muito superam suas possíveis falhas, e  o professor pode fazer uso desse enorme banco de dados para criar  ambientes de aprendizagem.
  • 53. Estamos diante de uma nova tecnologia que requer um novo modelo de comunicação e, conseqüentemente, nova demandas cognitivas. A língua da Internet é o inglês e é exatamente por isso que a aprendizagem de línguas estrangeiras se torna cada vez mais necessária e também cada vez mais acessível a um grande número de pessoas.
  • 54. Usar a Internet no ensino de inglês é um desafio que demanda mudanças de atitude de alunos e professores. O aluno bem sucedido não é mais o que armazena informações, mas aquele que se torna um bom usuário da informação.
  • 55. O bom professor não é mais o que tudo sabe, mas aquele que sabe promover ambientes que promovem a autonomia do aprendiz e que os desafia a aprender com o(s) outro(s) através de oportunidades de interação e de colaboração.