SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
A Norma NB-88, da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), define resumo como “apresentação concisa dos principais pontos de
um texto”. Significa fazer uma apresentação sucinta, compacta, sintética, dos
pontos relevantes do texto lido.
FICHA RESUMO DO TEXTO
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel
Área: Subprojeto das Ciências Sociais
Nome do Bolsista::
Eunice Lopes de Moraes
Referência Bibliográfica: POMBO,Olga. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 15,
jan/jun 2006, p. 402-411
Titulo do texto: Práticas Interdisciplinares
Corpo da Ficha(texto)
Sabemos que a ciência é esse tipo de conhecimento que se
caracteriza por estar em crescimento permanente. Na perspectiva
do positivismo clássico, esse crescimento não é
mais do que a progressiva aproximação a uma verdade da
qual a humanidade estivera durante séculos afastada por
representações teológicas e metafísicas. O processo inevitável de expansão
de domínios em direcção à verdade arrastaria consigo um fenómeno de
amplificação de escala das disciplinas, da sua subdivisão interna, numa palavra,
da sua especialização exponencial. O crescimento da ciência teria
então como seu corolário um mecanismo de subdivisão infinita dos campos
de investigação. Essa perspectiva encontra-se bem formulada por De Zan
(1983) quando, no contexto de uma análise circunstanciada do fenômeno
da desintegração do saber e das suas conseqüências culturais, escreve:
Uma das tendências mais características que se tem
manifestado no desenvolvimento das ciências modernas
é a sua progressiva fragmentação e especialização.
No decurso deste processo, foram-se constituindo constantemente
novas disciplinas que se emanciparam das
anteriores, reclamando cada uma delas a dignidade de
ciência independente e proclamando a sua completa
* Doutora em História e Filosofia da Educação pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Professora auxiliar com
nomeação definitiva da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e coordenadora científica do Centro de Filosofia das
Ciências desta Universidade. Portugal.
1 Publicado in Pombo, Olga (2004), Interdisciplinaridade: Ambições e limites, Lisboa: Relógio d’Água, pp. 73-104.
S_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 209
Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 15, jan/jun 2006, p. 208-249
autonomia face a todas as outras. (...) A reivindicada
autonomia de cada uma das disciplinas teve como resultado
a fragmentação do universo teórico do saber
numa multiplicidade crescente de especialidades desligadas
entre si, que não se fundam já em princípios
comuns, nem se podem integrar numa unidade sistemática.
Esta dispersão das ciências trouxe também a
sua incomunicação e isolamento, devido à diversidade
de métodos que cada uma foi desenvolvendo e à especialização
da linguagem própria cujos termos não
têm equivalência na linguagem das outras e resultam,
na maior parte das vezes, intraduzíveis, visto que a sua
significação apenas adquire sentido no contexto das
suas próprias teorias. (...) Com o correr do tempo, a
progressiva especialização que separava as ciências
umas das outras foi igualmente desmembrando os diversos
ramos de cada ciência, desintegrando a sua própria
unidade interna até a pulverizar em secções superespecializadas,
fechadas sobre si, que muitas vezes..........
Citação:Talvez o facto mais interessante
que caracteriza a interdisciplinaridade
enquanto fenômeno, não da sociologia,
mas, digamos assim, da ontologia
da ciência, é que ela só se deixa pensar
no cruzamento da perspectiva
veritativa e da perspectiva sociológica da
ciência. Não se trata agora, nem
só da subdivisão contínua dos domínios
disciplinares num movimento
iniludivelmente orientado em direcção à
verdade, nem da expansão quantitativa
da comunidade dos investigadores.
Página
03
Comentário
Baseado no inicio do texto e esta
pequena citação, verificamos
que a interdisciplinaridade
passou de uma perspectiva
ontológica local para uma
perspectiva global interlinear.
Por interdisciplinas entendem-se as
novas disciplinas que aparecem
com autonomia académica a partir de
1940/50 e que surgem do cruzamento
de várias disciplinas científicas com o
campo industrial e
organizacional, tais como as Relações
Industriais e Organizacionais (disciplina
que estuda o comportamento dos
homens nas organizações em que
eles trabalham), Psicologia Industrial
(aptidões dos indivíduos, problemas
ligados ao manuseamento de máquinas e
relações interpessoais), Selecção
04
a interdisciplinaridade sempre
existiu nos meios acadêmicos,
seus cruzamentos só vieram
reforçar a importância das
e Formação Profissional (adaptação dos
traços de personalidade às carreiras
profissionais), Sociologia dos Pequenos
Grupos (normas dos grupos de trabalho
e questões de liderança), Sociologia das
Organizações (inovação,
mudanças e solução de conflitos nas
organizações),
O4
junções das disciplinas em
qualquer área de atuação que
buscaram contribuir nos
aspectos maneiras
esclarecedoras para um maior
desenvolvimento da ciência.
O exemplo das Ciências
Cognitivas; Por enquanto, não parece
possível identificar o que
seria uma ciência cognitiva ou a ciência
da cognição. Cabe aos progressos
futuros que se vierem a registrar
proceder à reclamação de uma
designação
unitária que traduza uma possível
orientação unificadora dos seus
desenvolvimentos
ou, ao contrário, legitimar a pluralidade
presente.
07
A evolução da ciência nos
permitiu a busca por
identificação,e por conotações
esclarecedoras dos termos
cognitivos e suas influencias .
Bastará comparar as duas figuras a
seguir transcritas
(adiante, figuras 1 e 2) para nos darmos
conta, não apenas da diversidade,
mas também da flutuação das disciplinas
que podem fazer parte
daquilo a que, recentemente, Ganascia
(1996: 76) chamava ainda a “grande
confraria das ciências cognitivas”.
08
Nas figuras, está claro a junção
de todas as disciplinas e suas
cognitivas
Ora, a
cognição (e, ainda mais, “os processos
mentais” ou “o espírito”), tal como
hoje é perspectivada pelas diferentes
ciências cognitivas, é ainda um terreno
insuficientemente delimitado. Até agora
ela tem sido compreendida
sobretudo segundo três características:
a) funcionalidade, b) formalidade e
c) internalidade.
11
É uma forma de expandir a
ciência e também um modo
diferente de explicá-la
A hipótese mais forte é a de que as
ciências cognitivas constituem
uma nova disciplina científica no sentido
clássico do termo. Tal como antes
aconteceu com a física, a química, a
biologia ou a sociologia, a emergência
hoje das ciências cognitivas
corresponderia ao lento desvelar de uma
área inexplorada da realidade - a
cognição - mediante a qual se caminharia
no sentido de uma crescente
complexidade e aproximação ao humano.
14
Na verdade esse é um resultado
de aproximação das ciências e
suas variantes cognitivas.
Nesta perspectiva, portanto, a existência
de uma área de investigação
comum às ciências cognitivas seria já o
resultado de uma prática de
trabalho transversal às delimitações
disciplinares estabelecidas. Como se,
neste caso, fosse a riqueza da
comunicação a criar o pólo de
confluência de
interesses e não o inverso.
15
Dessa forma começa a ficar
evidente a influencia da
interdisciplinaridade
Nesse caso, às ciências cognitivas, como
a todas as outras
ciências, aplicar-se-ia a metáfora
planificada do “mosaico“ pela qual
Neurath
(1937a: 245-246) se propunha pensar a
tarefa unitária das ciências.
17
Teorizando um mecanismo
diferente de como usar de forma
cientifica a cognição
Novas estruturas institucionais da
investigação interdisciplinar:
17 Interdisciplinaridade em contexto
Digamos que a interdisciplinaridade
existe sobretudo como prática.
Ela traduz-se na realização de diferentes
tipos de experiências interdisciplinares
de investigação (pura e aplicada) em
universidades, laboratórios,
departamentos
técnicos; na experimentação e
institucionalização de novos sistemas
de organização, programas
interdepartamentais, redes e grupos
interuniversitários
adequados às previsíveis tarefas e
potencialidades da
18
Temos aqui uma explicação
objetiva dos fenômenos que
envolve a interdisciplinaridade e
seus desdobramentos nos textos
elaborados das disciplinas
interdisciplinaridade; na criação de
diversos tipos de institutos e centros de
investigação interdisciplinar que, em
alguns casos, se constituem mesmo
como o pólo organizador de novas
ciências, a sua única ou predominante
base institucional.17
O ponto de partida é o reconhecimento
da natureza interdisciplinar
das ciências da complexidade, do inédito
cruzamento que aí se opera entre
biologia, computação, imunologia,
economia, informação, ciências sociais,
antropologia, vida artificial, teoria dos
jogos, teoria da aprendizagem.
Reconhece-
se também a natureza, ela mesma
complexa, do seu objecto de
estudo - o comportamento dos sistemas
complexos, de que são exemplos
os mercados financeiros, o sistema
imunológico humano, as regulações
climatéricas globais, as redes
informáticas, os circuitos cerebrais, os
sistemas
ecológicos, a aprendizagem, etc.
19
A importância da
interdisciplinaridade se evidencia
em todas as áreas do
conhecimento que permite
explicar os modos diferentes no
campo da investigação cientifica
Para uma tipologia das práticas de
investigação
interdisciplinar
22
Modelos de interdisciplinaridades
O que não impede
a proliferação de práticas a que se
assiste, a realização de experiências de
diversos tipos, o ensaio de modelos e
métodos de trabalho que são claramente
interdisciplinares ou, pelo menos,
procuram sê-lo.
23 De forma que permita o conteúdo
cientifico apresentado seja de
fácil compreensão para os que
dele iram fazer uso na
elaboração de textos e estudos.
Práticas de importação; Referimo-
nos, antes de mais, àquelas práticas
decorrentes de limites
sentidos no interior das disciplinas
especializadas.
24 Disciplinas que tem um potencial
De investigação e qualificação
elaborada
Práticas de cruzamento; Estamos
agora perante práticas relativas a
problemas que, tendo a
sua origem numa determinada disciplina,
irradiam para outras, invadem
outros domínios, circulam, revelam-se
enquanto “problemas
indisciplinados”.
24
Disciplinas que são distintas em
seu fator histórico
Práticas de convergência; Referimo-
nos agora a práticas de convergência na
análise de um terreno
comum. Como é que diferentes
disciplinas, distintas, vizinhas,
apreendem
um mesmo objecto, que tipo de relações
e de respostas estabelecem?
Conhecido também pelo nome de
“estudos por áreas“, quando posto
em prática pelas ciências sociais, este
tipo de interdisciplinaridade toma
frequentemente por objecto regiões
geograficamente circunscritas dotadas
de unidade cultural, histórica ou
linguística.
26
Estudos efetuados por áreas
praticados pela Ciências Socias
Práticas de descentração;
Práticas que têm na sua origem a
irrupção de problemas impossíveis
de reduzir às disciplinas tradicionais.
Estes problemas podem ser problemas
novos, como o ambiente,32 em grande
parte resultantes dos próprios
desenvolvimentos
científicos e da capacidade tecnológica
que o homem adquiriu
para perturbar a ordem natural.
27
É um formato bem adequado
para o estudo da ecologia e suas
variantes.
Práticas de comprometimento;
Existem ainda aquelas práticas que
visam questões vastas e difíceis,
questões que resistem a todos os
esforços desenvolvidos ao longo dos
séculos
com vista à sua solução, mas que
reclamam soluções urgentes.
28
Análise que necessita um
aprofundamento ontológico.
Análise crítica do texto:
O texto nos leva a uma grande
reflexão sobre a importância da
cognição e da
interdisciplinaridade, que nos
permiti analisar que as Ciências
Sociais abre esse leque de
variantes transformando esse
tema de uma riqueza de
conhecimentos primoroso
cientifico e crítico.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ficha resumo-do-texto-olga
Ficha resumo-do-texto-olgaFicha resumo-do-texto-olga
Ficha resumo-do-texto-olgapibidsociais
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete pibidsociais
 
Fichamento do texto
Fichamento do texto Fichamento do texto
Fichamento do texto pibidsociais
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdiscelena_va
 
Fichamento - Giliane
Fichamento - GilianeFichamento - Giliane
Fichamento - Gilianepibidsociais
 
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalCiência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalThiago De Melo Martins
 
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...Paulo Lima
 
Resenha crítica modelo
Resenha crítica   modeloResenha crítica   modelo
Resenha crítica modelotaise_paz
 
O papel da experimentação no Ensino de Ciências
O papel da experimentação no Ensino de CiênciasO papel da experimentação no Ensino de Ciências
O papel da experimentação no Ensino de Ciênciasblogplec
 
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoO ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoZara Hoffmann
 
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...Augusto Santana
 
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-201158850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011renato1047
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIASEXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIASryanfilho
 

Mais procurados (20)

Ficha resumo-do-texto-olga
Ficha resumo-do-texto-olgaFicha resumo-do-texto-olga
Ficha resumo-do-texto-olga
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete
 
Fichamento do texto
Fichamento do texto Fichamento do texto
Fichamento do texto
 
Fichamento 2 - Francine
Fichamento 2 - FrancineFichamento 2 - Francine
Fichamento 2 - Francine
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdisc
 
Paradigma emergente
Paradigma emergenteParadigma emergente
Paradigma emergente
 
Fichamento - Giliane
Fichamento - GilianeFichamento - Giliane
Fichamento - Giliane
 
Texto 2
Texto 2Texto 2
Texto 2
 
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalCiência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
 
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
 
Interdisciplinaridade
InterdisciplinaridadeInterdisciplinaridade
Interdisciplinaridade
 
Resenha crítica modelo
Resenha crítica   modeloResenha crítica   modelo
Resenha crítica modelo
 
O papel da experimentação no Ensino de Ciências
O papel da experimentação no Ensino de CiênciasO papel da experimentação no Ensino de Ciências
O papel da experimentação no Ensino de Ciências
 
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoO ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
 
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
 
Fichamento - Sandra
Fichamento - SandraFichamento - Sandra
Fichamento - Sandra
 
Sociologia funcionalista de Durkheim
Sociologia funcionalista de DurkheimSociologia funcionalista de Durkheim
Sociologia funcionalista de Durkheim
 
Resenha critica
Resenha criticaResenha critica
Resenha critica
 
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-201158850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011
58850836 resenhas-do-conc-peb-ii-2011
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIASEXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
 

Semelhante a Fichamento - Eunice

Fichamento do texto aline
Fichamento do texto alineFichamento do texto aline
Fichamento do texto alinepibidsociais
 
O estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemO estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemQuitriaSilva2
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGZara Hoffmann
 
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseResenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseJuliana Gulka
 
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Marco Bonito
 
A dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeA dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeabussafy
 
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.ppt
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.pptFilosofia, ensino médio tema: epistemologia.ppt
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.pptSrJorgeH
 
Aula 09 - Disciplinarização da comunicação
Aula 09 - Disciplinarização da comunicaçãoAula 09 - Disciplinarização da comunicação
Aula 09 - Disciplinarização da comunicaçãoMarco Bonito
 
Fichamento alfredo jose de veiga neto
Fichamento  alfredo jose de veiga netoFichamento  alfredo jose de veiga neto
Fichamento alfredo jose de veiga netopibidsociais
 
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídico
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídicoArtigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídico
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídicorqmjr2003
 
A.Ensino.Ciencias.Ppoint
A.Ensino.Ciencias.PpointA.Ensino.Ciencias.Ppoint
A.Ensino.Ciencias.PpointAlbano Novaes
 
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
Designação de campo  ciência e epistemologia [3]Designação de campo  ciência e epistemologia [3]
Designação de campo ciência e epistemologia [3]MarliQLeite
 
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finalCurrículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finaltelasnorte1
 
Artigo comunicação científica uma revisão de seus elementos básicos
Artigo   comunicação científica uma revisão de seus elementos básicosArtigo   comunicação científica uma revisão de seus elementos básicos
Artigo comunicação científica uma revisão de seus elementos básicosJackeline Ferreira
 
1377 002
1377 0021377 002
1377 002maurila
 
Paty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencPaty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencFranco Bressan
 

Semelhante a Fichamento - Eunice (20)

Fichamento do texto aline
Fichamento do texto alineFichamento do texto aline
Fichamento do texto aline
 
O estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemO estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagem
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
 
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseResenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
 
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
 
A dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeA dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridade
 
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.ppt
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.pptFilosofia, ensino médio tema: epistemologia.ppt
Filosofia, ensino médio tema: epistemologia.ppt
 
subi pra pegar outro
subi pra pegar outrosubi pra pegar outro
subi pra pegar outro
 
Aula 09 - Disciplinarização da comunicação
Aula 09 - Disciplinarização da comunicaçãoAula 09 - Disciplinarização da comunicação
Aula 09 - Disciplinarização da comunicação
 
Etapa i – caderno iv
Etapa i – caderno ivEtapa i – caderno iv
Etapa i – caderno iv
 
Fichamento alfredo jose de veiga neto
Fichamento  alfredo jose de veiga netoFichamento  alfredo jose de veiga neto
Fichamento alfredo jose de veiga neto
 
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídico
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídicoArtigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídico
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídico
 
A.Ensino.Ciencias.Ppoint
A.Ensino.Ciencias.PpointA.Ensino.Ciencias.Ppoint
A.Ensino.Ciencias.Ppoint
 
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
Designação de campo  ciência e epistemologia [3]Designação de campo  ciência e epistemologia [3]
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
 
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finalCurrículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
 
Visao cienc
Visao ciencVisao cienc
Visao cienc
 
Artigo comunicação científica uma revisão de seus elementos básicos
Artigo   comunicação científica uma revisão de seus elementos básicosArtigo   comunicação científica uma revisão de seus elementos básicos
Artigo comunicação científica uma revisão de seus elementos básicos
 
1377 002
1377 0021377 002
1377 002
 
document-7.pdf
document-7.pdfdocument-7.pdf
document-7.pdf
 
Paty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencPaty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-cienc
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 

Fichamento - Eunice

  • 1. A Norma NB-88, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define resumo como “apresentação concisa dos principais pontos de um texto”. Significa fazer uma apresentação sucinta, compacta, sintética, dos pontos relevantes do texto lido. FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista:: Eunice Lopes de Moraes Referência Bibliográfica: POMBO,Olga. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 15, jan/jun 2006, p. 402-411 Titulo do texto: Práticas Interdisciplinares Corpo da Ficha(texto) Sabemos que a ciência é esse tipo de conhecimento que se caracteriza por estar em crescimento permanente. Na perspectiva do positivismo clássico, esse crescimento não é mais do que a progressiva aproximação a uma verdade da qual a humanidade estivera durante séculos afastada por representações teológicas e metafísicas. O processo inevitável de expansão de domínios em direcção à verdade arrastaria consigo um fenómeno de amplificação de escala das disciplinas, da sua subdivisão interna, numa palavra, da sua especialização exponencial. O crescimento da ciência teria então como seu corolário um mecanismo de subdivisão infinita dos campos de investigação. Essa perspectiva encontra-se bem formulada por De Zan (1983) quando, no contexto de uma análise circunstanciada do fenômeno da desintegração do saber e das suas conseqüências culturais, escreve: Uma das tendências mais características que se tem manifestado no desenvolvimento das ciências modernas é a sua progressiva fragmentação e especialização. No decurso deste processo, foram-se constituindo constantemente novas disciplinas que se emanciparam das anteriores, reclamando cada uma delas a dignidade de ciência independente e proclamando a sua completa * Doutora em História e Filosofia da Educação pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Professora auxiliar com nomeação definitiva da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e coordenadora científica do Centro de Filosofia das Ciências desta Universidade. Portugal. 1 Publicado in Pombo, Olga (2004), Interdisciplinaridade: Ambições e limites, Lisboa: Relógio d’Água, pp. 73-104.
  • 2. S_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 209 Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 15, jan/jun 2006, p. 208-249 autonomia face a todas as outras. (...) A reivindicada autonomia de cada uma das disciplinas teve como resultado a fragmentação do universo teórico do saber numa multiplicidade crescente de especialidades desligadas entre si, que não se fundam já em princípios comuns, nem se podem integrar numa unidade sistemática. Esta dispersão das ciências trouxe também a sua incomunicação e isolamento, devido à diversidade de métodos que cada uma foi desenvolvendo e à especialização da linguagem própria cujos termos não têm equivalência na linguagem das outras e resultam, na maior parte das vezes, intraduzíveis, visto que a sua significação apenas adquire sentido no contexto das suas próprias teorias. (...) Com o correr do tempo, a progressiva especialização que separava as ciências umas das outras foi igualmente desmembrando os diversos ramos de cada ciência, desintegrando a sua própria unidade interna até a pulverizar em secções superespecializadas, fechadas sobre si, que muitas vezes.......... Citação:Talvez o facto mais interessante que caracteriza a interdisciplinaridade enquanto fenômeno, não da sociologia, mas, digamos assim, da ontologia da ciência, é que ela só se deixa pensar no cruzamento da perspectiva veritativa e da perspectiva sociológica da ciência. Não se trata agora, nem só da subdivisão contínua dos domínios disciplinares num movimento iniludivelmente orientado em direcção à verdade, nem da expansão quantitativa da comunidade dos investigadores. Página 03 Comentário Baseado no inicio do texto e esta pequena citação, verificamos que a interdisciplinaridade passou de uma perspectiva ontológica local para uma perspectiva global interlinear. Por interdisciplinas entendem-se as novas disciplinas que aparecem com autonomia académica a partir de 1940/50 e que surgem do cruzamento de várias disciplinas científicas com o campo industrial e organizacional, tais como as Relações Industriais e Organizacionais (disciplina que estuda o comportamento dos homens nas organizações em que eles trabalham), Psicologia Industrial (aptidões dos indivíduos, problemas ligados ao manuseamento de máquinas e relações interpessoais), Selecção 04 a interdisciplinaridade sempre existiu nos meios acadêmicos, seus cruzamentos só vieram reforçar a importância das
  • 3. e Formação Profissional (adaptação dos traços de personalidade às carreiras profissionais), Sociologia dos Pequenos Grupos (normas dos grupos de trabalho e questões de liderança), Sociologia das Organizações (inovação, mudanças e solução de conflitos nas organizações), O4 junções das disciplinas em qualquer área de atuação que buscaram contribuir nos aspectos maneiras esclarecedoras para um maior desenvolvimento da ciência. O exemplo das Ciências Cognitivas; Por enquanto, não parece possível identificar o que seria uma ciência cognitiva ou a ciência da cognição. Cabe aos progressos futuros que se vierem a registrar proceder à reclamação de uma designação unitária que traduza uma possível orientação unificadora dos seus desenvolvimentos ou, ao contrário, legitimar a pluralidade presente. 07 A evolução da ciência nos permitiu a busca por identificação,e por conotações esclarecedoras dos termos cognitivos e suas influencias . Bastará comparar as duas figuras a seguir transcritas (adiante, figuras 1 e 2) para nos darmos conta, não apenas da diversidade, mas também da flutuação das disciplinas que podem fazer parte daquilo a que, recentemente, Ganascia (1996: 76) chamava ainda a “grande confraria das ciências cognitivas”. 08 Nas figuras, está claro a junção de todas as disciplinas e suas cognitivas Ora, a cognição (e, ainda mais, “os processos mentais” ou “o espírito”), tal como hoje é perspectivada pelas diferentes ciências cognitivas, é ainda um terreno insuficientemente delimitado. Até agora ela tem sido compreendida sobretudo segundo três características: a) funcionalidade, b) formalidade e c) internalidade. 11 É uma forma de expandir a ciência e também um modo diferente de explicá-la
  • 4. A hipótese mais forte é a de que as ciências cognitivas constituem uma nova disciplina científica no sentido clássico do termo. Tal como antes aconteceu com a física, a química, a biologia ou a sociologia, a emergência hoje das ciências cognitivas corresponderia ao lento desvelar de uma área inexplorada da realidade - a cognição - mediante a qual se caminharia no sentido de uma crescente complexidade e aproximação ao humano. 14 Na verdade esse é um resultado de aproximação das ciências e suas variantes cognitivas. Nesta perspectiva, portanto, a existência de uma área de investigação comum às ciências cognitivas seria já o resultado de uma prática de trabalho transversal às delimitações disciplinares estabelecidas. Como se, neste caso, fosse a riqueza da comunicação a criar o pólo de confluência de interesses e não o inverso. 15 Dessa forma começa a ficar evidente a influencia da interdisciplinaridade Nesse caso, às ciências cognitivas, como a todas as outras ciências, aplicar-se-ia a metáfora planificada do “mosaico“ pela qual Neurath (1937a: 245-246) se propunha pensar a tarefa unitária das ciências. 17 Teorizando um mecanismo diferente de como usar de forma cientifica a cognição Novas estruturas institucionais da investigação interdisciplinar: 17 Interdisciplinaridade em contexto Digamos que a interdisciplinaridade existe sobretudo como prática. Ela traduz-se na realização de diferentes tipos de experiências interdisciplinares de investigação (pura e aplicada) em universidades, laboratórios, departamentos técnicos; na experimentação e institucionalização de novos sistemas de organização, programas interdepartamentais, redes e grupos interuniversitários adequados às previsíveis tarefas e potencialidades da 18 Temos aqui uma explicação objetiva dos fenômenos que envolve a interdisciplinaridade e seus desdobramentos nos textos elaborados das disciplinas
  • 5. interdisciplinaridade; na criação de diversos tipos de institutos e centros de investigação interdisciplinar que, em alguns casos, se constituem mesmo como o pólo organizador de novas ciências, a sua única ou predominante base institucional.17 O ponto de partida é o reconhecimento da natureza interdisciplinar das ciências da complexidade, do inédito cruzamento que aí se opera entre biologia, computação, imunologia, economia, informação, ciências sociais, antropologia, vida artificial, teoria dos jogos, teoria da aprendizagem. Reconhece- se também a natureza, ela mesma complexa, do seu objecto de estudo - o comportamento dos sistemas complexos, de que são exemplos os mercados financeiros, o sistema imunológico humano, as regulações climatéricas globais, as redes informáticas, os circuitos cerebrais, os sistemas ecológicos, a aprendizagem, etc. 19 A importância da interdisciplinaridade se evidencia em todas as áreas do conhecimento que permite explicar os modos diferentes no campo da investigação cientifica Para uma tipologia das práticas de investigação interdisciplinar 22 Modelos de interdisciplinaridades O que não impede a proliferação de práticas a que se assiste, a realização de experiências de diversos tipos, o ensaio de modelos e métodos de trabalho que são claramente interdisciplinares ou, pelo menos, procuram sê-lo. 23 De forma que permita o conteúdo cientifico apresentado seja de fácil compreensão para os que dele iram fazer uso na elaboração de textos e estudos.
  • 6. Práticas de importação; Referimo- nos, antes de mais, àquelas práticas decorrentes de limites sentidos no interior das disciplinas especializadas. 24 Disciplinas que tem um potencial De investigação e qualificação elaborada Práticas de cruzamento; Estamos agora perante práticas relativas a problemas que, tendo a sua origem numa determinada disciplina, irradiam para outras, invadem outros domínios, circulam, revelam-se enquanto “problemas indisciplinados”. 24 Disciplinas que são distintas em seu fator histórico Práticas de convergência; Referimo- nos agora a práticas de convergência na análise de um terreno comum. Como é que diferentes disciplinas, distintas, vizinhas, apreendem um mesmo objecto, que tipo de relações e de respostas estabelecem? Conhecido também pelo nome de “estudos por áreas“, quando posto em prática pelas ciências sociais, este tipo de interdisciplinaridade toma frequentemente por objecto regiões geograficamente circunscritas dotadas de unidade cultural, histórica ou linguística. 26 Estudos efetuados por áreas praticados pela Ciências Socias Práticas de descentração; Práticas que têm na sua origem a irrupção de problemas impossíveis de reduzir às disciplinas tradicionais. Estes problemas podem ser problemas novos, como o ambiente,32 em grande parte resultantes dos próprios desenvolvimentos científicos e da capacidade tecnológica que o homem adquiriu para perturbar a ordem natural. 27 É um formato bem adequado para o estudo da ecologia e suas variantes.
  • 7. Práticas de comprometimento; Existem ainda aquelas práticas que visam questões vastas e difíceis, questões que resistem a todos os esforços desenvolvidos ao longo dos séculos com vista à sua solução, mas que reclamam soluções urgentes. 28 Análise que necessita um aprofundamento ontológico. Análise crítica do texto: O texto nos leva a uma grande reflexão sobre a importância da cognição e da interdisciplinaridade, que nos permiti analisar que as Ciências Sociais abre esse leque de variantes transformando esse tema de uma riqueza de conhecimentos primoroso cientifico e crítico.