2. Bem, a lei geral você já está cansado de
saber, ano após ano: crase é a contração
da preposição “a” com o artigo “a”,
marcado na escrita pelo acento grave (`).
Isso, é claro, não ajuda muito, né?
3. A crase é especificamente um
problema de regência. Isto é,
para saber se há ou não há
crase, temos que saber se a
regência da palavra anterior
exige ou não a preposição a.
4. No português do Brasil, é também um
problema exclusivo da escrita. Para os
falantes brasileiros, não há rigorosamente
nenhuma diferença entre o som de a,
quando preposição, e o som de a, quando
artigo. Esse é o primeiro motivo da
dificuldade em acertar a crase – nós não
ouvimos a crase! A outra razão é a distância
entre a regência de muitas palavras na
variedade oral da língua e a regência do
padrão escrito.
5. Talvez o melhor modo de dominar
a crase seja apreendê-la ao
contrário, eliminando por princípio
e para sempre os casos em que ela
NÃO é usada.
6. REGRA DO “AO”
Quando tiver dúvidas quanto ao uso (ou não) da
crase, faça o seguinte teste:
Devido ___ quantidade de passageiros, o motorista
se recusou a trabalhar.
É preciso levar __ tecnologia __ agricultura.
Eles não fizeram nenhuma referência __ questão.
7. REGRA DA “VOLTA”
Com lugares, faça a volta:
Irei __ Curitiba.
VOLTO DE CURITIBA
Faço questão de ir __ Itália com você.
VOLTO DA ITÁLIA
Semana passada, fomos ___ Itaitinga.
VOLTO DE ITAITINGA
8. 1. JAMAIS use crase
diante de verbo.
Ele ficou a ver navios.
Limitou-se a comprar o mínimo indispensável.
Começo a entender o fenômeno da crase.
9. 1. JAMAIS use crase
diante de palavra masculina
Andou a cavalo.
Escreveu a lápis.
Passeou de barco a vapor.
Atenção!!!
O governador reclamou àquele (a + aquele)
mesmo secretário que havia nomeado.
Contou uma piada à Jô Soares.