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TÉCNICAS DE NORMALIZAÇÃO
DOCUMENTAL
Técnicas de normalização documental
Objetivos:
- Reconhecer e aplicar as normas documentais.
Conteúdos:
- Normalização
- Principais normas
- NP 5; NP 6; NP 7; NP 9; NP 13; NP 17; NP 950
- Tipo de letra
- Mancha de escrita
- Marginação
- Entrelinhamento e espaçamento
- Centragem vertical e horizontal
- Técnicas de elaboração de documentação
- Conceito e funções dos documentos
- Classificação dos documentos
- Tipos de documentos
- Textos e relatórios
- Cartas/Ofícios
2
Técnicas de normalização documental
- Sobrescrito
- Nota de serviço
- Memorando
- Comunicado/Comunicação/Nota informativa/Informação
- Outros documentos
Índice
1.Normalização………………………………………………………………………………………
…2
1.1.Principais
normas…………………………………………………………………………………………….
.2
1.2.Tipo de
letra……………………………………………………………………………………….……….
…20
1.2.1. Mancha de
escrita…………………………………………………………………………….20
1.2.2.Marginação………………………………………………………………………
…………….…21
3
Técnicas de normalização documental
1.2.3.Entrelinhamento e
espaçamento…………………………………………………………21
1.2.4.Centragem vertical e
horizontal………………………………………………………….21
2.Técnicas de elaboração de
documentação………………………………………………….24
2.1.Conceito e funções dos documentos…………………………………………….
…………………24
2.2.Classificação dos
documentos………………………………………………………………………..25
2.3.Tipos de
documentos…………………………………………………………………………………….2
5
2.3.1.Textos e
relatórios……………………………………………………………………………25
2.3.2.Cartas/Ofícios……………………………………………………………………
…………..…29
2.3.3.Sobrescrito………………………………………………………………………
……………….43
2.3.4.Nota de
serviço…………………………………………………………………………………43
2.3.5.Memorando………………………………………………………………………
……………..46
4
Técnicas de normalização documental
2.3.6.Comunicado/Comunicação/Nota
informativa/Informação……………………48
2.3.7.Outros
documentos……………………………………………………………………….…50
Bibliografia…………………………………………………………………………………………….
56
1.Normalização
1.1.Principais normas: NP 5; NP 6; NP 7; NP 9; NP 13; NP 17; NP 950
Quando se estabelece uma regra a um universo. A normalização está em todo o
lado e serve para limitar a diversidade de critérios.
5
Técnicas de normalização documental
A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras
orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em
sociedade.
A existência, a observância e o cumprimento de normas contribui de forma decisiva
para uma melhor vivência facilitando a comunicação, orientando os
comportamentos, etc.
Vantagens da Normalização
• Economia
• Facilidade de fabricação -> mais barato -> mais qualidade
As Normas podem ser:
• Internacionais
• Nacionais
• Particulares
Internacionais
Elaboradas por um organismo internacional. Estabelecem uniformização de normas,
estipulando formatos, dimensões e pesos.
Objectivo: Facilitar a cooperação técnica, industrial e económica entre os vários
países e assegurar a coordenação das normas nacionais.
6
Técnicas de normalização documental
ISA (International Standardization Association) - 1ª Associação para a normalização,
surgiu em 1930
Em 1947 criou-se a ISO (International Standardization Organization), desde 1949
que Portugal é membro da ISO. A organização estabelece as normas para os seus
países membros, prevalecendo essas sobre as normas nacionais.
No âmbito do mercado comum, criou-se também, um organismo para a
normalização (C.E.N.).
Nacionais
• Elaboradas dentro de cada país, o limite é a fronteira.
• Definem orientações com vista à uniformização de procedimentos e sempre
eu possível de acordo com as normas internacionais.
• A repartição da normalização, em Portugal, está integrada na Direcção Geral
de Qualidade do Ministério da Indústria e Energia.
Particulares
• Encontram-se dentro de cada organização, para funcionamento interno.
O IPQ e as Normas Portuguesas - NP
Ao IPQ – Instituto Português da Qualidade, como organismo normalizador compete-
lhe promover a elaboração das normas Portuguesas, actualizá-las e garantir o seu
ajustamento às normas da União Europeia. Assegura a representação de Portugal
em entidades Europeias e internacionais relevantes para a sua missão.
7
Técnicas de normalização documental
A competência da elaboração de normas pertence às Comissões Técnicas
constituídas por peritos de várias especialidades, sob a responsabilidade do
Instituto Português da Qualidade.
As normas portuguesas são identificadas por um conjunto de letras e números:
• Se for uma norma portuguesa, designa-se por NP, seguida de um número;
• Se for uma norma portuguesa que adoptou uma norma europeia, designa-se
por NP EN, seguida de um número;
• Se for uma norma portuguesa que resultou de uma norma europeia que, por
sua vez, resultou de uma norma internacional, designa-se por NP EN ISSO,
também seguida por um número.
Exemplo de Normas Portuguesas de documentação e informação:
NP1 – “Normas Portuguesas – Designação e Numeração”
NP4 – “Papel – Aplicação dos formatos da série A”
NP5 – “Ofício ou Carta – Formato A4 (Primeira Página)
NP6 – “Ofício ou Carta – Formato A4 (Página de Continuação)
NP7 – “Sobrescritos e Bolsas – Formatos”
NP8 – “Ofício ou carta – Formato A5”
NP9 – “Escrita dos Números”
NP10 – “Fichas e Ficheiros – Formatos”
NP17 – “Formatos dos Papéis”
NP20 – “Sobrescrito – Carta – Formato A4”
NP24 – Caixas, Pastas e Capas de Arquivo”
NP37 – “Arredondamento dos valores numéricos”
8
Técnicas de normalização documental
NP72 – “Unidade de medida”
NP79 – “Arredondamento de Números Ligados”
NP112 – “Fotocópias – Formatos”
NP113 – “Numeração Progressiva das Secções de um Documento”
NP139 – “publicações periódicas – Abreviaturas dos Títulos”
NP 154 – “Símbolos das grandezas e das Unidades de Medida”
NP303 – “Microcópias – Terminologia e Definições”
NP950 – “Tratamento da Informação – Escrita Numérica das datas”
NP951 – “Numeração das Semanas do Ano”
NP 5
Ofício ou carta em formato A4 (210 x 297 mm) – impressão da primeira
página
9
Técnicas de normalização documental
10
Técnicas de normalização documental
Legenda:
A – Margem lateral esquerda
B – cabeçalho – Logo; NIPC; Matrícula na Conservatório do registo comercial
C – Espaço livre para despachos e notas
D – Endereço
E – Espaço em Branco
F – referências
G – Assunto
H – texto
I – Margem inferior – telefone; morada; etc.
J – Margem lateral direita
11
Técnicas de normalização documental
12
Técnicas de normalização documental
NP 7
Sobrescritos e bolsas – formatos
No fabrico de sobrescritos atende-se aos formatos normalizados do papel que neles
vais ser inserido e também às exigências dos CTT, tendo em vista o tratamento
mecanizado da correspondência.
Os sobrescritos C6 e DL, sendo de utilização mais frequente, merecem que se lhes
conceda o devido destaque.
FORMATO C6 (tipo comercial)
Este formato tem as dimensões 11,4 cm x 16,2 cm e é vulgarmente usado para
expedição da correspondência comercial.
As empresas, ao optarem por este tipo de sobrescrito, têm, de acordo com as suas
conveniências, a possibilidade de escolher um entre os seguintes modelos:
• Com janela
• Sem janela
O primeiro modelo evita ter de se repetir, no sobrescrito, o endereço dos
destinatários, desde o momento que se cumpram determinadas regras ao dobrar a
carta.
13
Técnicas de normalização documental
Seguindo a orientação da figura, a carta inserida no sobrescrito com janela deixa
ver, por fora, o endereço do destinatário. Não é necessária a repetição da
endereçagem no sobrescrito.
Este formato é utilizado para o envio de todo o tipo de correspondência, desde o
momento que não exceda determinado volume.
FORMATO DL (tipo ofício)
O formato DL tem as seguintes dimensões – 11 cm x 22 cm. É bastante utilizado
pelas empresas, mas a sua designação – tipo oficio – deriva essencialmente do seu
uso estar associado à correspondência oficial.
Existem também os modelos:
 Com janela
 Sem janela
14
Técnicas de normalização documental
O primeiro modelo, para se tirar partido da janela, requer que na dobragem da
carta haja os cuidados já acima referidos, dispensando-se, contudo, a dobragem à
esquerda.
O papel de carta e o papel de ofício, modelos normalizados, têm, normalmente,
junto à margem esquerda, traços que indicam os locais por onde deve ser feita a
dobragem.
OUTROS FORMATOS
Embora os formatos anteriormente referidos sejam, sem dúvida, os vulgarmente
utilizados, não podemos deixar de mencionar outros a que, por vezes, temos
necessidade de recorrer.
Os formatos B4, B5 e B6 são utilizados para conter remessas volumosas dos
formatos A4, A5 e A6, respectivamente.
15
Técnicas de normalização documental
Os formatos C4, C5 e C6 utilizam-se para conter remessas menos volumosas dos
formatos A4, A5, e A6, respectivamente.
NP 9
Escrita dos números
Para facilitar a representação e a leitura dos números e simultaneamente afastar a
possibilidade de erros de interpretação, a Nona Conferência Geral de Pesos e
Medidas votou uma série de resoluções tendentes a atingir aquela finalidade.
A principal alteração a que essas resoluções conduziram foi a de se utilizarem sinais
gráficos unicamente para separar a parte inteira da parte decimal.
Esses sinais são o ponto e a vírgula, sendo o primeiro empregado nos países de
língua inglesa, e o segundo, nos restantes.
A supressão de qualquer sinal gráfico destinado a dividir um número, para
facilidade de leitura, em grupos de três algarismos, evita a confusão actualmente
possível, quando se utilizam simultaneamente, na escrita de um mesmo número, o
ponto e a vírgula.
Os grupos de três algarismos serão separados por um espaço em branco, que será
igual ao ocupado por qualquer dos algarismos no caso da escrita dactilografada, e
um pouco inferior, no caso da impressão.
Assim, por exemplo:
21 000,34 e 21000,34
16
Técnicas de normalização documental
representam sempre vinte e uma mil unidades e trinta e quatro centésimos.
Com a aplicação desta norma, consegue-se, sem esforço, o hábito natural de
escrever os números de acordo com as prescrições que em seguida se apresentam.
Como se está habituado a empregar um ponto na separação dos grupos de três
algarismos, a própria supressão desse ponto lembrará, no momento próprio, o
espaço a prever para o intervalo que se deve deixar entre os referidos grupos.
Princípios
• A vírgula é exclusivamente destinada a separar, nos números, a parte inteira
da parte decimal.
• Os números serão escritos em grupos de três algarismos a partir das
unidades, quer para a esquerda, quer para a direita (parte decimal).
Exemplos:
32 048 21 237,459 32
• Os grupos de três algarismos, tanto da parte inteira como da parte decimal,
se ela existir, devem ser separados por um espaço igual ao ocupado por
qualquer dos algarismos, no caso da escrita dactilográfica, e um pouco
inferior, no caso da impressão.
Portanto, deve escrever-se:
1 437 385,327 61
e não 1.437.385,327.61
17
Técnicas de normalização documental
nem 1437385,327661
nem tão-pouco 1:437:385,327:61
etc.
Excepções
• Os princípios atrás expostos não se aplicam à parte inteira ou à parte decimal
no caso de as mesmas serem formadas só por quatro algarismos, salvo
quando os números são escritos em coluna.
Exemplos:
a) 1437,327 61 e 14 373,2761
b) 5 321,003 4
1 465,005 35
3 679,002 1
10 465,010 85
18
Técnicas de normalização documental
NP 13
Sobrescritos e bolsas – sua impressão e utilização
A mecanização introduzida pelos CTT no tratamento do correio reflecte-se numa
prestação de serviços com maior eficácia. O utente, para poder usufruir dos
benefícios proporcionados, terá de, no preenchimento dos sobrescritos, cumprir as
normas definidas pelos CTT.
Sendo importante o correcto preenchimento dos sobrescritos, respeitando as zonas
de endereçagem e colocando devidamente os códigos postais, é indispensável
ainda cumprir normas sobre:
• Formatos, dimensões (comprimento, largura e espessura), cor e peso
• Estado de conservação (a correspondência não deve estar amarrotada, nem
rasgada)
A utilização das zonas de endereçagem é clarificada pela observação da seguinte
figura:
19
Técnicas de normalização documental
• A cor deverá ser branca ou bastante clara.
• O peso nunca deve exceder os 20g.
• As dimensões deverão ter os seguintes valores máximos e mínimos.
No sentido de garantir a confidencialidade da correspondência a enviar, as folhas
deverão ser dobradas do seguinte modo:
Tipo de
envelope
Dobragem
DL Em harmónio, no sentido de se poderem ver os dados do
destinatário no caso do envelope de janela, mas impedindo
que se consiga ler o resto do texto pela transparência, se o
sobrescrito não for totalmente opaco.
C5 Dobrada sobre si mesma, isto é, sem deixar ver o texto.
C4 Quando a natureza da correspondência o ditar, terá de ser
colocada uma folha branca entre o envelope e a primeira
página.
Há empresas que recorrem à utilização de máquinas com o intuito de dobrar, inserir
e franquiar a correspondência, de modo a acelerar o processo de expedição.
Hoje em dia, a utilização e a tecnologia informática proporcionam a realização de
etiquetas em série. Esta situação permite poupar muito tempo ao nível do envio da
correspondência.
O microsoft word, juntamente com o microsoft excel e o microsoft acess são alguns
destes exemplos. Com recurso a estas ferramentas é possível, através da
impressão em série, criar cartas de formulário, etiquetas de endereço, envelopes,
20
Técnicas de normalização documental
bem como efectuar a distribuição de correio electrónico e de faxes em grande
número, num curto espaço de tempo, desde que as moradas estejam em suporte
informático.
A impressão em série permite criar cartas de formulário, etiquetas de endereço,
envelopes, bem como efectuar a distribuição do correio electrónico e de faxes em
grande número.
As formas mais comuns de remeter documentos dizem respeito ao envio:
Via CTT
• Correio Normal
• Correio azul nacional – É entregue em 24 horas e aplica-se a
correspondência até 2 Kg.
• Correio registado – Permite confirmar o envio ao destinatário.
• Com aviso de recepção – Permite confirmar a entrega ao destinatário, com
recepção do comprovativo respectivo.
• Correio azul internacional – É entregue até 3 dias úteis na Europa e 5 dias
no resto do Mundo e aplica-se a correspondência até 2 Kg.
• Correio verde nacional ou internacional – O envelope terá de ser pré-
comprado, mas dispensa pesagem ou selagem.
Pessoalmente
• P.M.P. (por mão própria) – Entregue ao destinatário por portador, quer
este seja um colaborador da organização ou um estafeta externo (neste caso,
em regra é preenchido um formulário onde depois é recolhida a assinatura do
destinatário);
• Por protocolo – Entregue ao destinatário por portador, que este seja um
colaborador da organização ou um estafeta externo. Em ambas as situações,
21
Técnicas de normalização documental
o destinatário terá que assinar um livro, afirmando ter recebido a
correspondência em causa.
• Via courrier – Serviço expresso porta a porta, nacional ou internacional – ex:
SEM (CTT), DHL, Seur, Fedex, etc. Existem diversas situações em termos de
prazos de entrega, volumes, pesos, modos de envio e, consequentemente,
preços.
• Por encomenda – Correspondência entre 2 Kg e 20 Kg, no caso dos CTT.
• Por camionagem – Os envios também poderão ser despachados por este
meio, podendo o peso ser superior a 2 Kg por volume.
NP 17
Formato dos papéis
As vantagens da normalização dos formatos de papel tornam-se evidentes ao
apercebermo-nos dos benefícios que proporcionam no fabrico padronizado de
pastas de arquivo e de mobiliário de escritório. O fabrico deste tipo de materiais
passou a ser mais simplificado, tendo em atenção a existência de formatos
normalizados de papel.
Todas as empresas, de uma maneira geral, beneficiaram com os formatos
normalizados de papel, pois, para além das vantagens já assinaladas, tornou-se
mais fácil, mais rápida e menos onerosa a impressão de documentos. As tipografias
possuem papel para impressão de acordo com os formatos normalizados.
Partindo do sistema métrico, o formato-base é uma folha de papel medindo 1 m² de
área (A0). O grande trunfo é a proporção entre os lados do papel, a mesma em
todos os tamanhos do padrão, aproximadamente igual a (raiz quadrada de 2, igual
22
Técnicas de normalização documental
a 1,4142…), que tem a propriedade de se manter quando a folha é cortada pela
metade ou dobrada.
Sucessivos cortes definem a série A de tamanhos A1, A2, A3, A4…, cujas medidas
são arredondadas na ordem dos milímetros. Manter a mesma proporção entre
diferentes tamanhos, propriedade inexistente nos formatos tradicionais de papel,
facilita a ampliação e redução de um tamanho para o outro e a confecção de
folhetos e brochuras com duas páginas em cada folha, na qual o tamanho do papel
deve ser, na série, de uma ordem acima do tamanho da página, p.ex., folhas A3 são
dobradas para fazer brochuras A4.
Medidas standard para cada formato (em mm):
Série A Série B Série C
23
Técnicas de normalização documental
A0 841 X 1189 B0 1000 x 1414 C0 917 x 1297
A1 594 x 841 B1 707 x 1000 C1 648 x 917
A2 420 x 594 B2 500 x 707 C2 458 x 648
A3 297 x 420 B3 353 x 500 C3 324 x 458
A4 210 x 297 B4 250 x 353 C4 229 x 324
A5 148 x 210 B5 176 x 250 C5 162 x 229
A6 105 x 148 B6 125 x 176 C6 114 x 162
A7 74 x 195 B7 88 x 125 C7 81 x 114
A8 52 x 74 B8 62 x 88 C8 57 x 81
A9 37 x 52 B9 44 x 62 C9 40 x 57
A10 26 x 37 B1
0
31 x 44 C10 28 x 40
24
Técnicas de normalização documental
NP 950
Tratamento da informação – escrita numérica das datas
As datas devem ser escritas colocando os elementos pela seguinte ordem.
ANO – MÊS - DIA
A representação de uma data sob forma inteiramente numérica será feita em
algarismos.
20080930 2008 09 30
Os elementos na representação numérica de uma data devem separar-se por
travessões, por um espaço ou não serem separados. Exemplos:
1960-04-12
1986 10 15
19861015
25
Técnicas de normalização documental
1.2.Tipo de letra
1.2.1.Mancha de escrita
As características essenciais da letra são: o seu tipo, o tamanho, a cor e alguns
efeitos especiais que lhe podem ser atribuídos.
Exemplos de tipos de letra:
Normas para o estilo e tamanho da letra:
26
Técnicas de normalização documental
• Utilizar fontes com fácil reconhecimento de caracteres. Ex.: Verdana, Arial,
Helvética.
• Deve-se procurar evitar a confusão entre os algarismos: 3, 5, 8, 0.
1.2.2.Marginação
Normas para a marginação das páginas:
• Todas as páginas devem respeitar a seguinte configuração: do lado da
lombada, uma margem de 3 cm; nos restantes lados (de topo, margem
exterior e fundo de página), entre 2 e 3 cm.
• A paginação deverá ser efectuada em todas as páginas, em numeração
árabe, a partir da página de rosto.
• As margens e espaçamento devem ser suficientes entre as manchas de
texto.
• Evitar colunas de texto muito estreitas ou próximas entre si.
1.2.3.Entrelinhamento e espaçamento
Normas para o entrelinhamento e espaçamento:
27
Técnicas de normalização documental
• O processamento de texto deve ser efectuado, em corpo 12 ou, no máximo
13 (p. ex. Times 12 ou 13, ou Arial 12), com um espaçamento ‘normal’ entre
caracteres, utilizando um entrelinhamento de espaço e meio.
• O Espaçamento de 1.5 ou duplo facilita a navegação ao longo do texto.
• Evitar linhas de texto demasiado extensas (acima de 70 caracteres).
• O espaçamento entre letras demasiadamente reduzido dificulta a leitura.
• Devem utilizar-se fontes proporcionalmente espaçadas, pois são mais
legíveis que as mono-espaçadas.
1.2.4.Centragem vertical e horizontal
É possível centrar o texto entre as margens laterais e entre as margens superior e
inferior numa página.
Centrar o texto horizontal e verticalmente numa página é a função mais
frequentemente utilizada para criar uma folha de rosto para um documento.
No Microsoft Office Word, é possível escolher a partir de uma galeria de folhas de
rosto pré-desenhadas ou criar uma folha de rosto manualmente, centrando o texto
na página. Se criar uma folha de rosto manualmente, centra o texto entre as
margens laterais e entre as margens superior e inferior.
Exemplo de texto: Arial 12, espaçamento 1,5
28
Técnicas de normalização documental
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida
do homem em sociedade.
Exemplo de texto: Arial 12, espaçamento Duplo
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida
do homem em sociedade.
Exemplo de texto: Times New Roman 13, espaçamento 1,5
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do
homem em sociedade.
Exemplo de texto: Times New Roman 13, espaçamento Duplo
29
Técnicas de normalização documental
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do
homem em sociedade.
Exemplo de texto: Arial 12, Espaçamento 1,5, Alinhamento à esquerda
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida
do homem em sociedade.
Exemplo de texto: Arial 12, Espaçamento Duplo, Justificado
A normalização tem a sua origem na palavra norma.
As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida
do homem em sociedade.
30
Técnicas de normalização documental
2.Técnicas de elaboração de documentação
2.1.Conceito e funções dos documentos
Os documentos são todos os papéis contendo informações que ajudem a tomar
decisões, comuniquem decisões tomadas, registarem assuntos de interesse da
organização ou do indivíduo. Qualquer informação escrita, objecto ou facto
registado materialmente, susceptível de ser utilizado para estudo, consulta ou
prova.
A rapidez com que se processam as trocas comerciais, a sua internacionalização, e
as exigências das novas tecnologias informáticas têm conduzido a uma crescente
normalização da documentação comercial.
No caso dos documentos, fala-se em normalização a propósito do processo técnico
de criação de normas que definem condições de elaboração e preenchimento dos
documentos.
Os principais objectivos da normalização dos documentos são:
• Harmonização de conteúdos;
• Prevenção do erro no preenchimento;
• Aumento da segurança na circulação.
Os documentos normalizados obedecem a uma idêntica estrutura, conteúdo e
dimensão, permitindo, por exemplo, a sua leitura óptica com as naturais vantagens
daí resultantes em matéria de processamento e arquivo.
31
Técnicas de normalização documental
A estrutura dos documentos está directamente dependente do seu conteúdo, pelo
que não existe uma estrutura tipo para os documentos em geral.
2.2.Classificação dos documentos
Quanto à natureza:
• Unitários: Aqueles que se bastam a si próprios. Contêm um conjunto
completo de informação.
• Processo ou Dossier: Conjunto de doc. ordenados que dizem respeito ao
mesmo assunto e que podem ser objecto de várias utilizações. Ex: factura
• Não protegidos ou sem classificação: São de larga difusão
• Confidenciais: São objecto de medidas restritivas
• Comerciais: Destinam-se a fins comerciais.
• Científicos: Informação científica ou didáctica
• Oficiais: A sua organização tem como função auxiliar e assessorar a
Administração Pública. Ex: decretos
Quanto à Finalidade
• Posição: Objectivo de conservar ideias ou informações, o doc. funciona como
fonte de informação. Ex: registo de um hotel
• Circulação ou transmissão: Servem para fazer circular as ideias ou
informações, o doc. é veículo de transporte. Ex: factura, letra.
32
Técnicas de normalização documental
2.3.Tipos de documentos
2.3.1.Textos e relatórios
Um relatório é uma forma de comunicação organizada, fundamentada e
comentada, sobre um facto ou conjunto de factos ocorridos ou ainda a decorrer.
Funciona como elemento de informação, consulta ou prova e tem grande valor na
análise e solução de problemas concretos, na transmissão e apresentação de
resultados de acções de pesquisa, de inspecção e gestão, bem como no
apuramento de responsabilidades.
Tipos de relatório
• Formal / Informal
• Interno / Externo
• De rotina / acontecimento específico
Situações em que se podem apresentar relatórios
• Decorrer normal de um trabalho;
• Exercício de gestão;
• Estágios, estudos
33
Técnicas de normalização documental
• Infracções, acidentes;
• Vendas;
• Inspecções, revisões;
• Participações em congressos, conferências, seminários;
• Anomalias, avarias;
• Estudos de mercado;
• Peritagem;
• Relatório de contas.
Estrutura
Nos relatórios mais simples:
• Introdução, desenvolvimento do tema e conclusão.
Nos relatórios mais complexos:
• Capa ou página de título- título do relatório, nome do autor, nome dos
destinatários, data e referência (nalguns casos);
• Índice - Deve conter todas as secções do relatório com referência às páginas,
incluindo capítulos e subcapítulos;
• Resumo - síntese geral para que o leitor tenha uma ideia geral do que trata o
relatório;
• Introdução - Introduzir o leitor para dentro do relatório. Define-se o objectivo
do relatório (para que vai servir, o que deu origem). Explica-se a forma como
vai ser desenvolvido e explica-se a o ordenamento dos temas, a metodologia;
34
Técnicas de normalização documental
• Corpo de desenvolvimento - Narração dos factos, apresentação de toda a
fundamentação para as conclusões e recomendações;
• Conclusão - Resumo de todas as ideias apresentadas. Não podem aparecer
dados novos. Num relatório muito longo, no fim de cada capítulo deve-se
apresentar uma breve conclusão;
• Recomendações - Sugerir alternativas à matéria tratada. As recomendações
devem estar devidamente argumentadas e fundamentadas.
• Anexos / Apêndice - documentos que podem vir a completar a informação do
relatório. Os apêndices funcionam como dados suplementares (essenciais
para completar os factos narrados) e como forma de actualizar o relatório.
Glossário - Pode ser de termos técnicos, uma listagem de abreviaturas.
• Agradecimentos - No fim. Podem também vir no início a seguir ao índice.
• Referências - Lista de material não publicado aos quais fomos recolher
informação.
• Bibliografia - Livros ou outras fontes de pesquisa. Apelido, nome do autor,
nome do livro, nº de edição; local, editora, ano.
• Glossário - Quando se trata de um relatório muito técnico deverá conter um
glossário de termos.
Linguagem
A linguagem do relatório depende dos objectivos e do destinatário.
• Deve ser precisa, exacta - verificar se está a usar a palavra certa no trabalho
certo;
• Breve e concisa. Evitar construções complexas. Quanto mais simples, mais
eficaz è a comunicação e maior é o seu alcance;
35
Técnicas de normalização documental
• Clareza - não deve deixar lugar a ambiguidades e ideias erradas;
• Evitar palavras compridas;
• Usar a voz activa, deve dar-se a informação pela positiva porque agarra mais
a atenção do leitor;
• Deve ser feito na 1ª pessoa do singular. Quando realizado por várias pessoas
na 1ª pessoa do plural
• Ser concreto - usar termos práticos, evitar termos indefinidos (um certo,
alguns...)
• Evitar a gíria;
• Frases curtas. Parágrafos curtos e frequentes. Cada nova ideia um novo
parágrafo;
• O relatório deve ser completo e não deixar espaço a dúvidas;
• Deve-se ter em conta a pontuação, bem como a ortografia;
• Quando é criado por um grupo restrito, utilizando palavras muito técnicas, no
fim do relatório deve-se criar um glossário.
36
Técnicas de normalização documental
2.3.2.Cartas/Ofícios
A carta
Estrutura de uma carta
Há vários tipos de disposição, vários estilos. A empresa opta por um estilo próprio e
deverá seguir sempre o mesmo estilo.
Cabeçalho ou timbre
• É centrado ou à esquerda
• Deverá conter: nome da empresa, nº de contribuinte, nº de registo, capital
social, endereço, apartado postal, nº telefone. Fax, e-mail, URL...
Endereço do destinatário
• Colocado à esquerda
• Deve conter: nome da empresa; departamento, secção, a pessoa à atenção
de quem vai a carta e o endereço.
Referências
• Indicação impressa que permitirá identificar e localizar as cartas mais
rapidamente.
• É o espaço onde vão ser indicadas:
o As iniciais do remetente, o nº da comunicação (N/ Refª)
o Os mesmos elementos referentes a uma comunicação anterior do n/
destinatário (V/ Refª:)
Data
• Todas as cartas devem ser datadas.
• Pode colocar-se do lado direito, por baixo do destinatário;
37
Técnicas de normalização documental
• À esquerda a seguir ao cabeçalho e alinhado com o destinatário;
• Não se usam abreviaturas ou formas numéricas: deve ser, por ex: 5 de
Agosto de 2000.
• Deve também colocar-se o local antes da data: Lisboa, 5 de Agosto de 2000
Assunto
• Trata-se de resumir o conteúdo da carta no menor nº de palavras, não
deixando contudo, escapar todos os factores relevantes para a posterior
identificação da carta.
Vocativo
• É a forma de cortesia com a qual se inicia a carta.
o Ex.mos Senhores;
o V. Exª;
o Ex.ª;
o Senhor;
o Caro
Introdução
O primeiro parágrafo da carta deve identificar claramente:
• A recepção de qualquer comunicação anterior (com referência à data);
• Quem é o remetente;
• A razão porque escreve a carta.
Corpo da carta
• Constituído por factos, explicações, opiniões que desenvolvem o assunto
ordenados de forma lógica.
Parágrafo de encerramento
38
Técnicas de normalização documental
• É o modo de terminar a carta (fórmulas finais),
Assinatura
• Por cima do nome e cargo escritos por extenso.
P. S.
• Anotação na margem que podem dizer respeito a qualquer pormenor que,
por lapso, não foi incluído no corpo.
Anexos
• Espaço reservado para referir os documentos que acompanham a carta.
Iniciais identificativas
• De quem redige e de quem dactilografou.
Tipos de cartas comerciais
Carta de Encomenda
Podemos servir-nos de uma carta comercial para efectuar uma encomenda de
produtos ou esta pode servir para acompanhar a nota de encomenda/venda.
A nota de encomenda é emitida pela empresa compradora – em documento com o
seu timbre, especificando a quantidade, qualidade e condições de transporte, de
entrega e de pagamento dos artigos a encomendar.
39
Técnicas de normalização documental
A nota de venda é um documento emitido pela empresa vendedora – em
documento com o seu timbre -, especificando quantidade, qualidade e condições de
transporte, de entrega e de pagamento dos artigos a vender.
O objectivo é o mesmo: registar a encomenda de artigos – o que constitui o
primeiro passo de um contrato compra e venda.
40
Técnicas de normalização documental
Exemplo de carta de encomenda:
Lisboa, 26 de Março de 2009
RESINET, Lda.
Praceta Luís de Camões, Lote E, nº 103
1900-333 Lisboa
Exmo. Senhores,
Vimos por este meio proceder à encomenda dos seguintes produtos:
-refª xx 20 caixas Preço unitário:….€
-refª yy 10 caixas Preço unitário:….€
A presente encomenda está sujeita à aceitação das condições habituais de
pagamento, ou seja, 30 dias a contar da data da factura.
Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos
MARTIFOR, S. A.
41
Técnicas de normalização documental
Alexandre Vieira
Alexandre Vieira
Departamento de aprovisionamento
42
Técnicas de normalização documental
Carta de Reserva
Habitualmente, uma carta de reserva é utilizada para confirmar uma reserva feita
por telefone, formalizando assim o contacto.
Elementos estruturais:
• Data de entrada e saída ou, em alternativa, a data de partida pretendida
(reserva de hotel).
• Dados de identificação de quem reserva e número de pessoas.
• Especificação do que se pretende reservar.
• Pedido de confirmação por escrito da reserva.
• A forma de pagamento – em especial se se tratar de pagamentos a serem
facturados a empresas, devendo, nesse caso, indicar-se o número de
contribuinte da empresa que vai efectuar o pagamento.
43
Técnicas de normalização documental
Exemplo de carta de reserva:
Lisboa, 26 de Março de 2009
HOTEL CIDADE INVICTA
Rua do sol, nº 34-40
4300-999 Porto
Assunto: Formalização de reserva de alojamento
Exmo. Senhores,
Vimos por este meio formalizar a reserva previamente acordada por via telefone,
especificando as condições da mesma:
-Modalidade de alojamento: APA
-2 PAX
-2 quartos single
-Data de check-in: 21 de Julho de 2009
-Data de check-out: 23 de Julho de 2019
Solicitamos facturação à nossa empresa, de acordo com o estabelecido em anterior
protocolo de colaboração.
Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos
44
Técnicas de normalização documental
MARTIFOR, S. A.
Margarida Bessa
Margarida Bessa
Secretariado de Administração
45
Técnicas de normalização documental
A carta de envio, transporte e entrega de mercadorias
Estrutura:
• Especifique correctamente o assunto – refira a que nota de
encomenda/venda diz respeito ao envio;
• Forneça detalhes sobre o envio:
• Informação sobre documentação anexa ao envio: guia de remessa, factura,
conhecimento de embarque, senha…
• Confirmação das condições de venda/ pagamento acordadas;
• Encerramento.
Relativamente às mercadorias, a carta deve conter os seguintes elementos:
• A sua descrição;
• Quantidade e qualidade;
• Preço unitário acordado.
Quanto ao transporte, deve ter-se em conta:
• A designação do meio de transporte a utilizar:
• Condições e local de entrega – envolvendo as despesas de frete e o seguro
de transporte.
Quanto ao pagamento, a carta deve mencionar:
• Condições especiais de pagamento (ex. descontos);
• Forma de pagamento (ex. cheque, letra, transporte, transferência bancária);
46
Técnicas de normalização documental
• Prazo de pagamento (ex. 30, 60, 90 dias).
47
Técnicas de normalização documental
Exemplo de carta de envio de mercadorias:
Lisboa, 15 de Abril de 2009
AMBINAR, Lda.
Rua Fernão Mendes Pinto, nº 456 Lote B
Zona Industrial
1400-087 Porto
Assunto: Vossa encomenda Ref.ª 123/2009
Exmo. Senhores,
Agradecemos a v/ encomenda em epígrafe para os seguintes produtos:
-Máquina de impressão Refª xxx quantidade:10
Estes equipamentos serão enviados após a recepção do valor correspondente (…€),
conforme factura proforma em anexo.
Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos
48
Técnicas de normalização documental
MARTIFOR, S. A.
Nuno Henriques
Nuno Henriques
Departamento de Logística
49
Técnicas de normalização documental
A carta de Cobranças
• Aviso de rotina – nesta fase limite-se a lembrar ao seu cliente que o prazo
acordado para efectuar o pagamento já foi ultrapassado.
• Incumprimento do prazo de pagamento – se o cliente é habitualmente
cumpridor, mas não efectuou o pagamento no prazo acordado, pode estar a
passar dificuldades, pelo que, em nome do seu comportamento passado, há
que delicadamente abordar a situação, enviando uma carta onde se sugere
ajuda e não se pressiona demasiado.
• Incumprimento do prazo de pagamento – o contencioso – quando o
incumprimento do prazo de pagamento já ultrapassou todas as fases e não
se obtiveram quaisquer resultados, há que enviar uma carta em tom mais
duro, onde se pode chegar à ameaça de cobrança por meios judiciais.
50
Técnicas de normalização documental
Exemplo de carta de cobranças:
Lisboa, 5 de Janeiro de 2009
VSM, comércio e serviços, unipessoal
Calçada da Estrela, nº 125 5º
1200-112 Lisboa
Exmo. Senhores,
De forma a encerrar as contas relativas ao ano anterior, solicitamos por esta via a
liquidação da factura nº 34567/2008, relativa a transacção efectuada no ano
anterior.
Junto anexamos cópia de solicitações anteriores relativas à liquidação da mesma, a
qual excedeu largamente o prazo de pagamento acordado (60 dias).
A não observação do presente aviso terá como consequência última a passagem do
processo para o nosso departamento jurídico, com as consequências legais
inerentes, situação que gostaríamos de evitar.
Certos da vossa compreensão, com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos
MARTIFOR, S. A.
51
Técnicas de normalização documental
Olga Peres
Olga Peres
Departamento Financeiro
52
Técnicas de normalização documental
Carta de Reclamação
Nesta situação específica da carta de reclamação, pretende-se reclamar, ou seja,
apresentar queixa contra uma situação incorrecta.
Estrutura:
• Identificação do remetente;
• Identificação do destinatário;
• Data;
• Resumo do assunto da carta (numa linha só e em poucas palavras);
• Corpo da carta:
o Descrição da situação que levou ao envio da carta;
o Exposição clara do que se pretende.
o Assinatura;
o Referência a documentos em anexo (se for necessário).
Cuidados a ter
Guarde cuidadosamente uma cópia (uma fotocópia da carta já assinada) e, se a
entregar em mão, peça que o destinatário a assine, com a menção “Recebi em
___/___/___”. Se se tratar de uma empresa ou outra entidade, também deverá ser
carimbada.
53
Técnicas de normalização documental
Exemplo de carta de reclamação:
Lisboa, 7 de Fevereiro de 2009
FLEXIGATE, Lda.
Av. João XXI, 1340
1300-888 Lisboa
Exmo. Senhores,
Informamos a ocorrência de um erro no aprovisionamento do material requisitado
na nota de encomenda nº….
Com efeito, foram solicitadas x quantidades relativas à referência 345/ee, tendo
sido remetidas apenas y quantidades da mesma mercadoria.
Tal facto resultou numa falha de produção, impedindo-nos de cumprir os prazos
estabelecidos com os nossos clientes.
Junto anexamos cópia da nota de encomenda, solicitando a correcção do erro e
posterior envio das quantidades solicitadas, com a maior brevidade possível.
Certos da vossa compreensão para os possíveis efeitos do não cumprimento do
solicitado, aguardamos vossa comunicação no sentido de rectificar e justificar o
incumprimento.
54
Técnicas de normalização documental
Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos
MARTIFOR, S. A.
João Azevedo
João Azevedo
Departamento comercial
55
Técnicas de normalização documental
O Ofício
O ofício é uma forma de correspondência que se utiliza no serviço público.
É por meio de ofício que:
• Uma repartição se dirige a uma pessoa ou empresa;
• Uma repartição se dirige a outra repartição.
A redacção de um ofício obedece a determinadas normas. Além da correcção, deve-
se observar:
• Simplicidade: uso da linguagem simples, evitando-se frases rebuscadas ou
muito adjectivadas.
• Clareza: expressão clara e lógica do pensamento, de modo que a mensagem
possa ser entendida perfeitamente.
• Objectividade: abordagem directa do assunto, evitando-se palavras
desnecessárias ou expressões que nada acrescentam ao texto.
• Concisão: resumo do texto ao essencial, evitando-se alongar muito o
assunto.
O ofício deve ser digitado, como toda comunicação que se faz entre repartições.
56
Técnicas de normalização documental
Exemplo de ofício:
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Nossa referência: Proc. OP 198/ 2007 Data: 2007-09-13
Ofício nº 45381
Assunto: DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIO E CONSTRUÇÃO DE NOVO
Rua Amália Rodrigues, 45, 1900-093 Lisboa
Relativamente ao assunto acima mencionado, e no uso da competência que me foi
subdelegada, informo V. Exa. De que nesta data foi oficiado à entidade abaixo
mencionada, a fim de emitir o respectivo parecer:
BRITOFER, Lda.
Rua Sophia Mello Breyner, nº 34
1300-093 Lisboa
Com os melhores cumprimentos
57
Técnicas de normalização documental
A Chefe de Secção
Maria da Luz Novais
Maria da Luz Novais
58
Técnicas de normalização documental
2.3.3.Sobrescrito
Depois de escrita a carta, esta deve ser dobrada com as dimensões do sobrescrito
que a transportará. Este deve ser preenchido de acordo com as normas correntes:
• Registar o nome e a morada do remetente (é quem remete a carta) no
canto superior esquerdo.
• Registar (de acordo com o modelo acima) o nome e a morada do
destinatário (é aquele a quem é destinada a mensagem), não esquecendo o
código postal, seguido do nome da localidade.
• Colar o selo no canto superior direito.
• Ter cuidado de deixar em branco, a toda a volta do sobrescrito, uma margem
com cerca de um centímetro, não a ocupando com qualquer registo, nem
com a colagem do selo.
59
Margarida Silva
Rua de Angola, 216
1900-099 Lisboa
Ex.mo Sr.
Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa
(……..)
Lg. dos Paços
do Concelho
---- ---
Lisboa
Técnicas de normalização documental
2.3.4.Nota de serviço
Tem uma redacção mais formal e implica uma responsabilização do receptor. Parte
de um superior hierárquico para os subordinados. Muitas vezes é emitida em
duplicado, devolve-se o duplicado assinado pelo receptor com a indicação da hora e
dia em que foi recebida. Obedece a uma numeração.
Elementos:
• Nº
• Assunto;
• De e para;
• Data;
• Assinaturas.
60
Técnicas de normalização documental
Exemplo de ordem de serviço:
MARTIFOR, S.A.
ORDEM DE SERVIÇO
Nº 567/2009
De: Cristina Filipe Departamento de Recursos Humanos
Para: Luísa Taborda Secção de Recrutamento
Assunto:
Por ordem expressa da direcção-geral, solicita-se a obrigatoriedade de comunicação
das datas de realização das entrevistas profissionais de selecção com o mínimo de
uma semana de antecedência à direcção do departamento.
Esta norma entra em vigor a partir de hoje.
Lisboa, 5 de Abril de 2009
Cristina Filipe
Cristina Filipe
61
Técnicas de normalização documental
Departamento de Recursos Humanos
62
Técnicas de normalização documental
2.3.5.Memorando
Na linguagem comercial, significa a nota ou comunicação ligeira entre
departamentos de uma mesma empresa, ou entre matriz e suas filiais e vice -
versa, ou entre as filiais. É conhecido também como comunicado interno (CI).
O memorando pode ainda indicar um livro de apontamentos, ou notas, com a
finalidade de registar fatos ou lembretes.
Na terminologia jurídica, significa nota diplomática enviada por um país a outro,
com a exposição sucinta sobre determinada questão.
Dispensa o uso de formalidades exigidas em uma carta. É uma comunicação rápida
e objectiva, assemelhando-se a um bilhete.
O formato do memorando, em geral, é de 21 cm de largura por 15 cm de altura (ou
148 m.mx 210 m.m.). E ainda pode ser interno ou externo. No 1º caso é dirigido a
funcionários de um mesmo órgão ou departamento. No 2º é dirigido a pessoas
alheias ao departamento.
Estrutura:
1) Timbre
2) Número
63
Técnicas de normalização documental
3) Remetente
4) Destinatário
5) Assunto
6) Local e Data
7) Texto
8) Fecho
9) Assinatura e Cargo
Exemplo de memorando:
MARTIFOR, S.A.
MEMORANDO
Nº 356/2010
De: Olga Peres Departamento Financeiro
Para: Cristina Filipe Departamento de Recursos Humanos
Assunto: Processamento de vencimentos
64
Técnicas de normalização documental
Relembramos a necessidade de instrução aos novos colaboradores da empresa
quanto às datas de processamento dos vencimentos, para que estes possam
entregar em tempo útil os recibos de prestação de serviços.
Ao dispor para qualquer esclarecimento
Lisboa, 23 de Junho de 2010
Olga Peres
Olga Peres
Departamento Financeiro
65
Técnicas de normalização documental
2.3.6.Comunicado/Comunicação/Nota informativa/Informação
As situações que dão origem a circulares informativas são:
• A abertura de uma sucursal;
• A renovação das instalações;
• A introdução de novos serviços ou acessibilidades;
• As mudanças de instalações;
• As alterações de horário;
• A divulgação da situação financeira da empresa;
• O recrutamento de alguém;
• O despedimento colectivo.
Estrutura:
• Enquadrar o acontecimento – se referir um melhoramento do serviço da
empresa, deve valorizar o facto e realçar as vantagens para os clientes e
colaboradores;
• Informar pormenorizadamente em que consiste a mudança;
• Encerrar com uma nota de optimismo, se houver motivo para congratulações.
66
Técnicas de normalização documental
Exemplo de uma nota informativa
MARTIFOR, S. A.
NOTA INFORMATIVA Nº 345/ 2009
Informam-se todos os funcionários que, devido ao atraso nas obras de remodelação
na cantina da empresa, esta encontrar-se-á indisponível até ao final do próximo
mês de Outubro.
Solicitamos desde já a vossa compreensão.
Atentamente
Salvador Sousa
Departamento de Qualidade
67
Técnicas de normalização documental
2.3.7.Outros documentos
Circular
A Circular é o meio de comunicação escrita, utilizado por um órgão ou por uma
empresa para se dirigir a vários outros órgãos ou a várias pessoas, sobre o assunto
de interesses geral.
A circular é uma correspondência multidireccional e, por isso, dela não consta o
destinatário. O endereçamento só aparece no envelope de encaminhamento.
Quando um Ofício, uma Carta ou um Memorando forem dirigidos a mais de uma
entidade ou pessoa, serão denominados.
A circular apresenta a seguinte estrutura ou esquema gráfico
Timbre:
O timbre ou cabeçalho é a identificação do órgão ou de empresa expedidor (a) e já
vem impresso na folha de papel utilizada.
Numeração:
A numeração, seguida dos dois últimos algarismos do ano de exercício, separados
por barra, vem junto á margem esquerda, dois espaços duplos abaixo do timbre,
após a palavra “circular”, acompanhada do dia, mês e ano do exercício.
68
Técnicas de normalização documental
Procedência:
Em determinadas circulares costuma-se indicar a procedência (origem). Nesses
casos, junto à margem esquerda, dois espaços duplos da numeração, vem do
nome completo do Sector, da Secção ou do Órgão expedidor.
Assunto:
O resumo do conteúdo da circular, em todas as circulares, vem junto á margem
esquerda, dois espaços duplos abaixo da numeração ou da procedência.
Contexto:
O contexto da circular é constituído pela “Introdução” que consta da titulação do
signatário da circular, seguida da expressão “no uso de suas atribuições, (ou
expressões semelhantes) e pela numeração dos itens da Circular, cuja numeração
vem rente á margem esquerda, mas os itens iniciam-se na posição do parágrafo,
bem como a “introdução”.
Assinatura, nome e cargo:
A assinatura do remetente da Circular sobre o seu nome e cargo vem na posição do
parágrafo, dos espaços duplos abaixo do contexto ou da localidade e data, caso
essa seja utilizada no final da Circular.
Iniciais do signatário e do digitador:
As iniciais do remetente e do digitador vêm, separados por barra, ao pé da folha.
69
Técnicas de normalização documental
Exemplo de uma circular:
MARTIFOR, S. A.
Lisboa, 21 de Maio de 2009
Exmos. Srs.
Devido à recente subida de preço das matérias-primas, informamos que formos
obrigados a rever os nossos preços em 2%, pelo que a partir do próximo dia 1 de
Junho de 2009 entrarão em vigor as novas listas de preços.
Assim, aproveitamos para vos remetermos as respectivas listas, que substituem
todas as anteriores.
Certos da vossa compreensão, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
Atentamente
João Azevedo
Director Comercial
70
Técnicas de normalização documental
Requerimento
Dá-se o nome de requerimento a uma petição geralmente escrita, segundo as
normas legais, dirigida a uma entidade oficial, da justiça ou da administração.
Intencionalidade comunicativa - Solicitar algo a que se tem direito ou se julga ter:
• Obter informações sobre determinado assunto;
• Solicitar providências;
• Convocar uma ou mais sessões;
• Obter determinado documento;
Obedece a uma estrutura formal e linguística, normalizada por formulários dos
serviços competentes. Deve:
• Ser preenchido com clareza e perfeição;
• Ser apresentado numa folha branca, ou formulário fornecido para o efeito;
• Separar os diferentes pontos do texto por um espaço em branco.
Frequentemente obedece a um texto designado por “minuta” (o modelo) e, depois
de preenchido, o original fica nos serviços competentes e a cópia é entregue ao
requerente, após autenticação com o selo do estabelecimento.
Estrutura
Abertura
71
Técnicas de normalização documental
• Vocativo ou destinatário/ entidade a quem se dirige (parte superior direita da
folha);
• Indicação do seu cargo ou função, com a forma de tratamento adequada/
órgão a que se dirige;
Encadeamento (ou texto principal)
• Identificação o mais completa possível do requerente: nome completo,
nacionalidade, profissão, endereço, nº de BI, nº de contribuinte;
• Assunto: pedido e sua justificação; pode ser fundamentado recorrendo a leis,
decretos, portarias e outros documentos legais;
Fecho - fórmula final, do lado direito da folha:
• Pedido de deferimento;
• Local;
• Data;
• Assinatura do requerente ou seu representante legal.
72
Técnicas de normalização documental
Exemplo de requerimento:
Exmo. Sr.
Chefe da Repartição de Finanças
Serviço de Finanças de Lisboa-4
Martifor, S. A., empresa com sede na Avenida da Liberdade, nº 666, 1300-366
Lisboa, NIPC 334554557, matriculada na 3ª secção da Conservatória de Registo
Comercial de Lisboa sob o nº 78 566, com o capital social de 50 000 €, requer que
V. Exa. Se digne emitir certidão onde conste que a referida não é devedora à
Fazenda Nacional de quaisquer impostos.
Pede deferimento.
Lisboa, 14 de Novembro de 2008
Manuel Martins
Representante da Empresa/ Director Geral
73
Técnicas de normalização documental
74
Técnicas de normalização documental
Bibliografia
AA VV. Normas Portuguesas de Documentação e informação - CT, Biblioteca
Nacional de Portugal/ Instituo Português da Qualidade, 2010
Borges, Maria João, Secretariado: uma visão prática, Lidel, 2009
Estrela, Edite et. al, Saber escrever uma tese e outros textos, D. Quixote, 2006
Lousã, Aires et al., Técnicas administrativas, Porto Editora, 2006
Moreira, Isabel, Correspondência comercial, Lidel, 2010
Webgrafia
Instituto Português da Qualidade
http://www.ipq.pt
75

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  • 2. Técnicas de normalização documental Objetivos: - Reconhecer e aplicar as normas documentais. Conteúdos: - Normalização - Principais normas - NP 5; NP 6; NP 7; NP 9; NP 13; NP 17; NP 950 - Tipo de letra - Mancha de escrita - Marginação - Entrelinhamento e espaçamento - Centragem vertical e horizontal - Técnicas de elaboração de documentação - Conceito e funções dos documentos - Classificação dos documentos - Tipos de documentos - Textos e relatórios - Cartas/Ofícios 2
  • 3. Técnicas de normalização documental - Sobrescrito - Nota de serviço - Memorando - Comunicado/Comunicação/Nota informativa/Informação - Outros documentos Índice 1.Normalização……………………………………………………………………………………… …2 1.1.Principais normas……………………………………………………………………………………………. .2 1.2.Tipo de letra……………………………………………………………………………………….………. …20 1.2.1. Mancha de escrita…………………………………………………………………………….20 1.2.2.Marginação……………………………………………………………………… …………….…21 3
  • 4. Técnicas de normalização documental 1.2.3.Entrelinhamento e espaçamento…………………………………………………………21 1.2.4.Centragem vertical e horizontal………………………………………………………….21 2.Técnicas de elaboração de documentação………………………………………………….24 2.1.Conceito e funções dos documentos……………………………………………. …………………24 2.2.Classificação dos documentos………………………………………………………………………..25 2.3.Tipos de documentos…………………………………………………………………………………….2 5 2.3.1.Textos e relatórios……………………………………………………………………………25 2.3.2.Cartas/Ofícios…………………………………………………………………… …………..…29 2.3.3.Sobrescrito……………………………………………………………………… ……………….43 2.3.4.Nota de serviço…………………………………………………………………………………43 2.3.5.Memorando……………………………………………………………………… ……………..46 4
  • 5. Técnicas de normalização documental 2.3.6.Comunicado/Comunicação/Nota informativa/Informação……………………48 2.3.7.Outros documentos……………………………………………………………………….…50 Bibliografia……………………………………………………………………………………………. 56 1.Normalização 1.1.Principais normas: NP 5; NP 6; NP 7; NP 9; NP 13; NP 17; NP 950 Quando se estabelece uma regra a um universo. A normalização está em todo o lado e serve para limitar a diversidade de critérios. 5
  • 6. Técnicas de normalização documental A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. A existência, a observância e o cumprimento de normas contribui de forma decisiva para uma melhor vivência facilitando a comunicação, orientando os comportamentos, etc. Vantagens da Normalização • Economia • Facilidade de fabricação -> mais barato -> mais qualidade As Normas podem ser: • Internacionais • Nacionais • Particulares Internacionais Elaboradas por um organismo internacional. Estabelecem uniformização de normas, estipulando formatos, dimensões e pesos. Objectivo: Facilitar a cooperação técnica, industrial e económica entre os vários países e assegurar a coordenação das normas nacionais. 6
  • 7. Técnicas de normalização documental ISA (International Standardization Association) - 1ª Associação para a normalização, surgiu em 1930 Em 1947 criou-se a ISO (International Standardization Organization), desde 1949 que Portugal é membro da ISO. A organização estabelece as normas para os seus países membros, prevalecendo essas sobre as normas nacionais. No âmbito do mercado comum, criou-se também, um organismo para a normalização (C.E.N.). Nacionais • Elaboradas dentro de cada país, o limite é a fronteira. • Definem orientações com vista à uniformização de procedimentos e sempre eu possível de acordo com as normas internacionais. • A repartição da normalização, em Portugal, está integrada na Direcção Geral de Qualidade do Ministério da Indústria e Energia. Particulares • Encontram-se dentro de cada organização, para funcionamento interno. O IPQ e as Normas Portuguesas - NP Ao IPQ – Instituto Português da Qualidade, como organismo normalizador compete- lhe promover a elaboração das normas Portuguesas, actualizá-las e garantir o seu ajustamento às normas da União Europeia. Assegura a representação de Portugal em entidades Europeias e internacionais relevantes para a sua missão. 7
  • 8. Técnicas de normalização documental A competência da elaboração de normas pertence às Comissões Técnicas constituídas por peritos de várias especialidades, sob a responsabilidade do Instituto Português da Qualidade. As normas portuguesas são identificadas por um conjunto de letras e números: • Se for uma norma portuguesa, designa-se por NP, seguida de um número; • Se for uma norma portuguesa que adoptou uma norma europeia, designa-se por NP EN, seguida de um número; • Se for uma norma portuguesa que resultou de uma norma europeia que, por sua vez, resultou de uma norma internacional, designa-se por NP EN ISSO, também seguida por um número. Exemplo de Normas Portuguesas de documentação e informação: NP1 – “Normas Portuguesas – Designação e Numeração” NP4 – “Papel – Aplicação dos formatos da série A” NP5 – “Ofício ou Carta – Formato A4 (Primeira Página) NP6 – “Ofício ou Carta – Formato A4 (Página de Continuação) NP7 – “Sobrescritos e Bolsas – Formatos” NP8 – “Ofício ou carta – Formato A5” NP9 – “Escrita dos Números” NP10 – “Fichas e Ficheiros – Formatos” NP17 – “Formatos dos Papéis” NP20 – “Sobrescrito – Carta – Formato A4” NP24 – Caixas, Pastas e Capas de Arquivo” NP37 – “Arredondamento dos valores numéricos” 8
  • 9. Técnicas de normalização documental NP72 – “Unidade de medida” NP79 – “Arredondamento de Números Ligados” NP112 – “Fotocópias – Formatos” NP113 – “Numeração Progressiva das Secções de um Documento” NP139 – “publicações periódicas – Abreviaturas dos Títulos” NP 154 – “Símbolos das grandezas e das Unidades de Medida” NP303 – “Microcópias – Terminologia e Definições” NP950 – “Tratamento da Informação – Escrita Numérica das datas” NP951 – “Numeração das Semanas do Ano” NP 5 Ofício ou carta em formato A4 (210 x 297 mm) – impressão da primeira página 9
  • 11. Técnicas de normalização documental Legenda: A – Margem lateral esquerda B – cabeçalho – Logo; NIPC; Matrícula na Conservatório do registo comercial C – Espaço livre para despachos e notas D – Endereço E – Espaço em Branco F – referências G – Assunto H – texto I – Margem inferior – telefone; morada; etc. J – Margem lateral direita 11
  • 13. Técnicas de normalização documental NP 7 Sobrescritos e bolsas – formatos No fabrico de sobrescritos atende-se aos formatos normalizados do papel que neles vais ser inserido e também às exigências dos CTT, tendo em vista o tratamento mecanizado da correspondência. Os sobrescritos C6 e DL, sendo de utilização mais frequente, merecem que se lhes conceda o devido destaque. FORMATO C6 (tipo comercial) Este formato tem as dimensões 11,4 cm x 16,2 cm e é vulgarmente usado para expedição da correspondência comercial. As empresas, ao optarem por este tipo de sobrescrito, têm, de acordo com as suas conveniências, a possibilidade de escolher um entre os seguintes modelos: • Com janela • Sem janela O primeiro modelo evita ter de se repetir, no sobrescrito, o endereço dos destinatários, desde o momento que se cumpram determinadas regras ao dobrar a carta. 13
  • 14. Técnicas de normalização documental Seguindo a orientação da figura, a carta inserida no sobrescrito com janela deixa ver, por fora, o endereço do destinatário. Não é necessária a repetição da endereçagem no sobrescrito. Este formato é utilizado para o envio de todo o tipo de correspondência, desde o momento que não exceda determinado volume. FORMATO DL (tipo ofício) O formato DL tem as seguintes dimensões – 11 cm x 22 cm. É bastante utilizado pelas empresas, mas a sua designação – tipo oficio – deriva essencialmente do seu uso estar associado à correspondência oficial. Existem também os modelos:  Com janela  Sem janela 14
  • 15. Técnicas de normalização documental O primeiro modelo, para se tirar partido da janela, requer que na dobragem da carta haja os cuidados já acima referidos, dispensando-se, contudo, a dobragem à esquerda. O papel de carta e o papel de ofício, modelos normalizados, têm, normalmente, junto à margem esquerda, traços que indicam os locais por onde deve ser feita a dobragem. OUTROS FORMATOS Embora os formatos anteriormente referidos sejam, sem dúvida, os vulgarmente utilizados, não podemos deixar de mencionar outros a que, por vezes, temos necessidade de recorrer. Os formatos B4, B5 e B6 são utilizados para conter remessas volumosas dos formatos A4, A5 e A6, respectivamente. 15
  • 16. Técnicas de normalização documental Os formatos C4, C5 e C6 utilizam-se para conter remessas menos volumosas dos formatos A4, A5, e A6, respectivamente. NP 9 Escrita dos números Para facilitar a representação e a leitura dos números e simultaneamente afastar a possibilidade de erros de interpretação, a Nona Conferência Geral de Pesos e Medidas votou uma série de resoluções tendentes a atingir aquela finalidade. A principal alteração a que essas resoluções conduziram foi a de se utilizarem sinais gráficos unicamente para separar a parte inteira da parte decimal. Esses sinais são o ponto e a vírgula, sendo o primeiro empregado nos países de língua inglesa, e o segundo, nos restantes. A supressão de qualquer sinal gráfico destinado a dividir um número, para facilidade de leitura, em grupos de três algarismos, evita a confusão actualmente possível, quando se utilizam simultaneamente, na escrita de um mesmo número, o ponto e a vírgula. Os grupos de três algarismos serão separados por um espaço em branco, que será igual ao ocupado por qualquer dos algarismos no caso da escrita dactilografada, e um pouco inferior, no caso da impressão. Assim, por exemplo: 21 000,34 e 21000,34 16
  • 17. Técnicas de normalização documental representam sempre vinte e uma mil unidades e trinta e quatro centésimos. Com a aplicação desta norma, consegue-se, sem esforço, o hábito natural de escrever os números de acordo com as prescrições que em seguida se apresentam. Como se está habituado a empregar um ponto na separação dos grupos de três algarismos, a própria supressão desse ponto lembrará, no momento próprio, o espaço a prever para o intervalo que se deve deixar entre os referidos grupos. Princípios • A vírgula é exclusivamente destinada a separar, nos números, a parte inteira da parte decimal. • Os números serão escritos em grupos de três algarismos a partir das unidades, quer para a esquerda, quer para a direita (parte decimal). Exemplos: 32 048 21 237,459 32 • Os grupos de três algarismos, tanto da parte inteira como da parte decimal, se ela existir, devem ser separados por um espaço igual ao ocupado por qualquer dos algarismos, no caso da escrita dactilográfica, e um pouco inferior, no caso da impressão. Portanto, deve escrever-se: 1 437 385,327 61 e não 1.437.385,327.61 17
  • 18. Técnicas de normalização documental nem 1437385,327661 nem tão-pouco 1:437:385,327:61 etc. Excepções • Os princípios atrás expostos não se aplicam à parte inteira ou à parte decimal no caso de as mesmas serem formadas só por quatro algarismos, salvo quando os números são escritos em coluna. Exemplos: a) 1437,327 61 e 14 373,2761 b) 5 321,003 4 1 465,005 35 3 679,002 1 10 465,010 85 18
  • 19. Técnicas de normalização documental NP 13 Sobrescritos e bolsas – sua impressão e utilização A mecanização introduzida pelos CTT no tratamento do correio reflecte-se numa prestação de serviços com maior eficácia. O utente, para poder usufruir dos benefícios proporcionados, terá de, no preenchimento dos sobrescritos, cumprir as normas definidas pelos CTT. Sendo importante o correcto preenchimento dos sobrescritos, respeitando as zonas de endereçagem e colocando devidamente os códigos postais, é indispensável ainda cumprir normas sobre: • Formatos, dimensões (comprimento, largura e espessura), cor e peso • Estado de conservação (a correspondência não deve estar amarrotada, nem rasgada) A utilização das zonas de endereçagem é clarificada pela observação da seguinte figura: 19
  • 20. Técnicas de normalização documental • A cor deverá ser branca ou bastante clara. • O peso nunca deve exceder os 20g. • As dimensões deverão ter os seguintes valores máximos e mínimos. No sentido de garantir a confidencialidade da correspondência a enviar, as folhas deverão ser dobradas do seguinte modo: Tipo de envelope Dobragem DL Em harmónio, no sentido de se poderem ver os dados do destinatário no caso do envelope de janela, mas impedindo que se consiga ler o resto do texto pela transparência, se o sobrescrito não for totalmente opaco. C5 Dobrada sobre si mesma, isto é, sem deixar ver o texto. C4 Quando a natureza da correspondência o ditar, terá de ser colocada uma folha branca entre o envelope e a primeira página. Há empresas que recorrem à utilização de máquinas com o intuito de dobrar, inserir e franquiar a correspondência, de modo a acelerar o processo de expedição. Hoje em dia, a utilização e a tecnologia informática proporcionam a realização de etiquetas em série. Esta situação permite poupar muito tempo ao nível do envio da correspondência. O microsoft word, juntamente com o microsoft excel e o microsoft acess são alguns destes exemplos. Com recurso a estas ferramentas é possível, através da impressão em série, criar cartas de formulário, etiquetas de endereço, envelopes, 20
  • 21. Técnicas de normalização documental bem como efectuar a distribuição de correio electrónico e de faxes em grande número, num curto espaço de tempo, desde que as moradas estejam em suporte informático. A impressão em série permite criar cartas de formulário, etiquetas de endereço, envelopes, bem como efectuar a distribuição do correio electrónico e de faxes em grande número. As formas mais comuns de remeter documentos dizem respeito ao envio: Via CTT • Correio Normal • Correio azul nacional – É entregue em 24 horas e aplica-se a correspondência até 2 Kg. • Correio registado – Permite confirmar o envio ao destinatário. • Com aviso de recepção – Permite confirmar a entrega ao destinatário, com recepção do comprovativo respectivo. • Correio azul internacional – É entregue até 3 dias úteis na Europa e 5 dias no resto do Mundo e aplica-se a correspondência até 2 Kg. • Correio verde nacional ou internacional – O envelope terá de ser pré- comprado, mas dispensa pesagem ou selagem. Pessoalmente • P.M.P. (por mão própria) – Entregue ao destinatário por portador, quer este seja um colaborador da organização ou um estafeta externo (neste caso, em regra é preenchido um formulário onde depois é recolhida a assinatura do destinatário); • Por protocolo – Entregue ao destinatário por portador, que este seja um colaborador da organização ou um estafeta externo. Em ambas as situações, 21
  • 22. Técnicas de normalização documental o destinatário terá que assinar um livro, afirmando ter recebido a correspondência em causa. • Via courrier – Serviço expresso porta a porta, nacional ou internacional – ex: SEM (CTT), DHL, Seur, Fedex, etc. Existem diversas situações em termos de prazos de entrega, volumes, pesos, modos de envio e, consequentemente, preços. • Por encomenda – Correspondência entre 2 Kg e 20 Kg, no caso dos CTT. • Por camionagem – Os envios também poderão ser despachados por este meio, podendo o peso ser superior a 2 Kg por volume. NP 17 Formato dos papéis As vantagens da normalização dos formatos de papel tornam-se evidentes ao apercebermo-nos dos benefícios que proporcionam no fabrico padronizado de pastas de arquivo e de mobiliário de escritório. O fabrico deste tipo de materiais passou a ser mais simplificado, tendo em atenção a existência de formatos normalizados de papel. Todas as empresas, de uma maneira geral, beneficiaram com os formatos normalizados de papel, pois, para além das vantagens já assinaladas, tornou-se mais fácil, mais rápida e menos onerosa a impressão de documentos. As tipografias possuem papel para impressão de acordo com os formatos normalizados. Partindo do sistema métrico, o formato-base é uma folha de papel medindo 1 m² de área (A0). O grande trunfo é a proporção entre os lados do papel, a mesma em todos os tamanhos do padrão, aproximadamente igual a (raiz quadrada de 2, igual 22
  • 23. Técnicas de normalização documental a 1,4142…), que tem a propriedade de se manter quando a folha é cortada pela metade ou dobrada. Sucessivos cortes definem a série A de tamanhos A1, A2, A3, A4…, cujas medidas são arredondadas na ordem dos milímetros. Manter a mesma proporção entre diferentes tamanhos, propriedade inexistente nos formatos tradicionais de papel, facilita a ampliação e redução de um tamanho para o outro e a confecção de folhetos e brochuras com duas páginas em cada folha, na qual o tamanho do papel deve ser, na série, de uma ordem acima do tamanho da página, p.ex., folhas A3 são dobradas para fazer brochuras A4. Medidas standard para cada formato (em mm): Série A Série B Série C 23
  • 24. Técnicas de normalização documental A0 841 X 1189 B0 1000 x 1414 C0 917 x 1297 A1 594 x 841 B1 707 x 1000 C1 648 x 917 A2 420 x 594 B2 500 x 707 C2 458 x 648 A3 297 x 420 B3 353 x 500 C3 324 x 458 A4 210 x 297 B4 250 x 353 C4 229 x 324 A5 148 x 210 B5 176 x 250 C5 162 x 229 A6 105 x 148 B6 125 x 176 C6 114 x 162 A7 74 x 195 B7 88 x 125 C7 81 x 114 A8 52 x 74 B8 62 x 88 C8 57 x 81 A9 37 x 52 B9 44 x 62 C9 40 x 57 A10 26 x 37 B1 0 31 x 44 C10 28 x 40 24
  • 25. Técnicas de normalização documental NP 950 Tratamento da informação – escrita numérica das datas As datas devem ser escritas colocando os elementos pela seguinte ordem. ANO – MÊS - DIA A representação de uma data sob forma inteiramente numérica será feita em algarismos. 20080930 2008 09 30 Os elementos na representação numérica de uma data devem separar-se por travessões, por um espaço ou não serem separados. Exemplos: 1960-04-12 1986 10 15 19861015 25
  • 26. Técnicas de normalização documental 1.2.Tipo de letra 1.2.1.Mancha de escrita As características essenciais da letra são: o seu tipo, o tamanho, a cor e alguns efeitos especiais que lhe podem ser atribuídos. Exemplos de tipos de letra: Normas para o estilo e tamanho da letra: 26
  • 27. Técnicas de normalização documental • Utilizar fontes com fácil reconhecimento de caracteres. Ex.: Verdana, Arial, Helvética. • Deve-se procurar evitar a confusão entre os algarismos: 3, 5, 8, 0. 1.2.2.Marginação Normas para a marginação das páginas: • Todas as páginas devem respeitar a seguinte configuração: do lado da lombada, uma margem de 3 cm; nos restantes lados (de topo, margem exterior e fundo de página), entre 2 e 3 cm. • A paginação deverá ser efectuada em todas as páginas, em numeração árabe, a partir da página de rosto. • As margens e espaçamento devem ser suficientes entre as manchas de texto. • Evitar colunas de texto muito estreitas ou próximas entre si. 1.2.3.Entrelinhamento e espaçamento Normas para o entrelinhamento e espaçamento: 27
  • 28. Técnicas de normalização documental • O processamento de texto deve ser efectuado, em corpo 12 ou, no máximo 13 (p. ex. Times 12 ou 13, ou Arial 12), com um espaçamento ‘normal’ entre caracteres, utilizando um entrelinhamento de espaço e meio. • O Espaçamento de 1.5 ou duplo facilita a navegação ao longo do texto. • Evitar linhas de texto demasiado extensas (acima de 70 caracteres). • O espaçamento entre letras demasiadamente reduzido dificulta a leitura. • Devem utilizar-se fontes proporcionalmente espaçadas, pois são mais legíveis que as mono-espaçadas. 1.2.4.Centragem vertical e horizontal É possível centrar o texto entre as margens laterais e entre as margens superior e inferior numa página. Centrar o texto horizontal e verticalmente numa página é a função mais frequentemente utilizada para criar uma folha de rosto para um documento. No Microsoft Office Word, é possível escolher a partir de uma galeria de folhas de rosto pré-desenhadas ou criar uma folha de rosto manualmente, centrando o texto na página. Se criar uma folha de rosto manualmente, centra o texto entre as margens laterais e entre as margens superior e inferior. Exemplo de texto: Arial 12, espaçamento 1,5 28
  • 29. Técnicas de normalização documental A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. Exemplo de texto: Arial 12, espaçamento Duplo A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. Exemplo de texto: Times New Roman 13, espaçamento 1,5 A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. Exemplo de texto: Times New Roman 13, espaçamento Duplo 29
  • 30. Técnicas de normalização documental A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. Exemplo de texto: Arial 12, Espaçamento 1,5, Alinhamento à esquerda A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. Exemplo de texto: Arial 12, Espaçamento Duplo, Justificado A normalização tem a sua origem na palavra norma. As normas são regras orientadoras, adaptadas às necessidades, que disciplinam a vida do homem em sociedade. 30
  • 31. Técnicas de normalização documental 2.Técnicas de elaboração de documentação 2.1.Conceito e funções dos documentos Os documentos são todos os papéis contendo informações que ajudem a tomar decisões, comuniquem decisões tomadas, registarem assuntos de interesse da organização ou do indivíduo. Qualquer informação escrita, objecto ou facto registado materialmente, susceptível de ser utilizado para estudo, consulta ou prova. A rapidez com que se processam as trocas comerciais, a sua internacionalização, e as exigências das novas tecnologias informáticas têm conduzido a uma crescente normalização da documentação comercial. No caso dos documentos, fala-se em normalização a propósito do processo técnico de criação de normas que definem condições de elaboração e preenchimento dos documentos. Os principais objectivos da normalização dos documentos são: • Harmonização de conteúdos; • Prevenção do erro no preenchimento; • Aumento da segurança na circulação. Os documentos normalizados obedecem a uma idêntica estrutura, conteúdo e dimensão, permitindo, por exemplo, a sua leitura óptica com as naturais vantagens daí resultantes em matéria de processamento e arquivo. 31
  • 32. Técnicas de normalização documental A estrutura dos documentos está directamente dependente do seu conteúdo, pelo que não existe uma estrutura tipo para os documentos em geral. 2.2.Classificação dos documentos Quanto à natureza: • Unitários: Aqueles que se bastam a si próprios. Contêm um conjunto completo de informação. • Processo ou Dossier: Conjunto de doc. ordenados que dizem respeito ao mesmo assunto e que podem ser objecto de várias utilizações. Ex: factura • Não protegidos ou sem classificação: São de larga difusão • Confidenciais: São objecto de medidas restritivas • Comerciais: Destinam-se a fins comerciais. • Científicos: Informação científica ou didáctica • Oficiais: A sua organização tem como função auxiliar e assessorar a Administração Pública. Ex: decretos Quanto à Finalidade • Posição: Objectivo de conservar ideias ou informações, o doc. funciona como fonte de informação. Ex: registo de um hotel • Circulação ou transmissão: Servem para fazer circular as ideias ou informações, o doc. é veículo de transporte. Ex: factura, letra. 32
  • 33. Técnicas de normalização documental 2.3.Tipos de documentos 2.3.1.Textos e relatórios Um relatório é uma forma de comunicação organizada, fundamentada e comentada, sobre um facto ou conjunto de factos ocorridos ou ainda a decorrer. Funciona como elemento de informação, consulta ou prova e tem grande valor na análise e solução de problemas concretos, na transmissão e apresentação de resultados de acções de pesquisa, de inspecção e gestão, bem como no apuramento de responsabilidades. Tipos de relatório • Formal / Informal • Interno / Externo • De rotina / acontecimento específico Situações em que se podem apresentar relatórios • Decorrer normal de um trabalho; • Exercício de gestão; • Estágios, estudos 33
  • 34. Técnicas de normalização documental • Infracções, acidentes; • Vendas; • Inspecções, revisões; • Participações em congressos, conferências, seminários; • Anomalias, avarias; • Estudos de mercado; • Peritagem; • Relatório de contas. Estrutura Nos relatórios mais simples: • Introdução, desenvolvimento do tema e conclusão. Nos relatórios mais complexos: • Capa ou página de título- título do relatório, nome do autor, nome dos destinatários, data e referência (nalguns casos); • Índice - Deve conter todas as secções do relatório com referência às páginas, incluindo capítulos e subcapítulos; • Resumo - síntese geral para que o leitor tenha uma ideia geral do que trata o relatório; • Introdução - Introduzir o leitor para dentro do relatório. Define-se o objectivo do relatório (para que vai servir, o que deu origem). Explica-se a forma como vai ser desenvolvido e explica-se a o ordenamento dos temas, a metodologia; 34
  • 35. Técnicas de normalização documental • Corpo de desenvolvimento - Narração dos factos, apresentação de toda a fundamentação para as conclusões e recomendações; • Conclusão - Resumo de todas as ideias apresentadas. Não podem aparecer dados novos. Num relatório muito longo, no fim de cada capítulo deve-se apresentar uma breve conclusão; • Recomendações - Sugerir alternativas à matéria tratada. As recomendações devem estar devidamente argumentadas e fundamentadas. • Anexos / Apêndice - documentos que podem vir a completar a informação do relatório. Os apêndices funcionam como dados suplementares (essenciais para completar os factos narrados) e como forma de actualizar o relatório. Glossário - Pode ser de termos técnicos, uma listagem de abreviaturas. • Agradecimentos - No fim. Podem também vir no início a seguir ao índice. • Referências - Lista de material não publicado aos quais fomos recolher informação. • Bibliografia - Livros ou outras fontes de pesquisa. Apelido, nome do autor, nome do livro, nº de edição; local, editora, ano. • Glossário - Quando se trata de um relatório muito técnico deverá conter um glossário de termos. Linguagem A linguagem do relatório depende dos objectivos e do destinatário. • Deve ser precisa, exacta - verificar se está a usar a palavra certa no trabalho certo; • Breve e concisa. Evitar construções complexas. Quanto mais simples, mais eficaz è a comunicação e maior é o seu alcance; 35
  • 36. Técnicas de normalização documental • Clareza - não deve deixar lugar a ambiguidades e ideias erradas; • Evitar palavras compridas; • Usar a voz activa, deve dar-se a informação pela positiva porque agarra mais a atenção do leitor; • Deve ser feito na 1ª pessoa do singular. Quando realizado por várias pessoas na 1ª pessoa do plural • Ser concreto - usar termos práticos, evitar termos indefinidos (um certo, alguns...) • Evitar a gíria; • Frases curtas. Parágrafos curtos e frequentes. Cada nova ideia um novo parágrafo; • O relatório deve ser completo e não deixar espaço a dúvidas; • Deve-se ter em conta a pontuação, bem como a ortografia; • Quando é criado por um grupo restrito, utilizando palavras muito técnicas, no fim do relatório deve-se criar um glossário. 36
  • 37. Técnicas de normalização documental 2.3.2.Cartas/Ofícios A carta Estrutura de uma carta Há vários tipos de disposição, vários estilos. A empresa opta por um estilo próprio e deverá seguir sempre o mesmo estilo. Cabeçalho ou timbre • É centrado ou à esquerda • Deverá conter: nome da empresa, nº de contribuinte, nº de registo, capital social, endereço, apartado postal, nº telefone. Fax, e-mail, URL... Endereço do destinatário • Colocado à esquerda • Deve conter: nome da empresa; departamento, secção, a pessoa à atenção de quem vai a carta e o endereço. Referências • Indicação impressa que permitirá identificar e localizar as cartas mais rapidamente. • É o espaço onde vão ser indicadas: o As iniciais do remetente, o nº da comunicação (N/ Refª) o Os mesmos elementos referentes a uma comunicação anterior do n/ destinatário (V/ Refª:) Data • Todas as cartas devem ser datadas. • Pode colocar-se do lado direito, por baixo do destinatário; 37
  • 38. Técnicas de normalização documental • À esquerda a seguir ao cabeçalho e alinhado com o destinatário; • Não se usam abreviaturas ou formas numéricas: deve ser, por ex: 5 de Agosto de 2000. • Deve também colocar-se o local antes da data: Lisboa, 5 de Agosto de 2000 Assunto • Trata-se de resumir o conteúdo da carta no menor nº de palavras, não deixando contudo, escapar todos os factores relevantes para a posterior identificação da carta. Vocativo • É a forma de cortesia com a qual se inicia a carta. o Ex.mos Senhores; o V. Exª; o Ex.ª; o Senhor; o Caro Introdução O primeiro parágrafo da carta deve identificar claramente: • A recepção de qualquer comunicação anterior (com referência à data); • Quem é o remetente; • A razão porque escreve a carta. Corpo da carta • Constituído por factos, explicações, opiniões que desenvolvem o assunto ordenados de forma lógica. Parágrafo de encerramento 38
  • 39. Técnicas de normalização documental • É o modo de terminar a carta (fórmulas finais), Assinatura • Por cima do nome e cargo escritos por extenso. P. S. • Anotação na margem que podem dizer respeito a qualquer pormenor que, por lapso, não foi incluído no corpo. Anexos • Espaço reservado para referir os documentos que acompanham a carta. Iniciais identificativas • De quem redige e de quem dactilografou. Tipos de cartas comerciais Carta de Encomenda Podemos servir-nos de uma carta comercial para efectuar uma encomenda de produtos ou esta pode servir para acompanhar a nota de encomenda/venda. A nota de encomenda é emitida pela empresa compradora – em documento com o seu timbre, especificando a quantidade, qualidade e condições de transporte, de entrega e de pagamento dos artigos a encomendar. 39
  • 40. Técnicas de normalização documental A nota de venda é um documento emitido pela empresa vendedora – em documento com o seu timbre -, especificando quantidade, qualidade e condições de transporte, de entrega e de pagamento dos artigos a vender. O objectivo é o mesmo: registar a encomenda de artigos – o que constitui o primeiro passo de um contrato compra e venda. 40
  • 41. Técnicas de normalização documental Exemplo de carta de encomenda: Lisboa, 26 de Março de 2009 RESINET, Lda. Praceta Luís de Camões, Lote E, nº 103 1900-333 Lisboa Exmo. Senhores, Vimos por este meio proceder à encomenda dos seguintes produtos: -refª xx 20 caixas Preço unitário:….€ -refª yy 10 caixas Preço unitário:….€ A presente encomenda está sujeita à aceitação das condições habituais de pagamento, ou seja, 30 dias a contar da data da factura. Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos MARTIFOR, S. A. 41
  • 42. Técnicas de normalização documental Alexandre Vieira Alexandre Vieira Departamento de aprovisionamento 42
  • 43. Técnicas de normalização documental Carta de Reserva Habitualmente, uma carta de reserva é utilizada para confirmar uma reserva feita por telefone, formalizando assim o contacto. Elementos estruturais: • Data de entrada e saída ou, em alternativa, a data de partida pretendida (reserva de hotel). • Dados de identificação de quem reserva e número de pessoas. • Especificação do que se pretende reservar. • Pedido de confirmação por escrito da reserva. • A forma de pagamento – em especial se se tratar de pagamentos a serem facturados a empresas, devendo, nesse caso, indicar-se o número de contribuinte da empresa que vai efectuar o pagamento. 43
  • 44. Técnicas de normalização documental Exemplo de carta de reserva: Lisboa, 26 de Março de 2009 HOTEL CIDADE INVICTA Rua do sol, nº 34-40 4300-999 Porto Assunto: Formalização de reserva de alojamento Exmo. Senhores, Vimos por este meio formalizar a reserva previamente acordada por via telefone, especificando as condições da mesma: -Modalidade de alojamento: APA -2 PAX -2 quartos single -Data de check-in: 21 de Julho de 2009 -Data de check-out: 23 de Julho de 2019 Solicitamos facturação à nossa empresa, de acordo com o estabelecido em anterior protocolo de colaboração. Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos 44
  • 45. Técnicas de normalização documental MARTIFOR, S. A. Margarida Bessa Margarida Bessa Secretariado de Administração 45
  • 46. Técnicas de normalização documental A carta de envio, transporte e entrega de mercadorias Estrutura: • Especifique correctamente o assunto – refira a que nota de encomenda/venda diz respeito ao envio; • Forneça detalhes sobre o envio: • Informação sobre documentação anexa ao envio: guia de remessa, factura, conhecimento de embarque, senha… • Confirmação das condições de venda/ pagamento acordadas; • Encerramento. Relativamente às mercadorias, a carta deve conter os seguintes elementos: • A sua descrição; • Quantidade e qualidade; • Preço unitário acordado. Quanto ao transporte, deve ter-se em conta: • A designação do meio de transporte a utilizar: • Condições e local de entrega – envolvendo as despesas de frete e o seguro de transporte. Quanto ao pagamento, a carta deve mencionar: • Condições especiais de pagamento (ex. descontos); • Forma de pagamento (ex. cheque, letra, transporte, transferência bancária); 46
  • 47. Técnicas de normalização documental • Prazo de pagamento (ex. 30, 60, 90 dias). 47
  • 48. Técnicas de normalização documental Exemplo de carta de envio de mercadorias: Lisboa, 15 de Abril de 2009 AMBINAR, Lda. Rua Fernão Mendes Pinto, nº 456 Lote B Zona Industrial 1400-087 Porto Assunto: Vossa encomenda Ref.ª 123/2009 Exmo. Senhores, Agradecemos a v/ encomenda em epígrafe para os seguintes produtos: -Máquina de impressão Refª xxx quantidade:10 Estes equipamentos serão enviados após a recepção do valor correspondente (…€), conforme factura proforma em anexo. Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos 48
  • 49. Técnicas de normalização documental MARTIFOR, S. A. Nuno Henriques Nuno Henriques Departamento de Logística 49
  • 50. Técnicas de normalização documental A carta de Cobranças • Aviso de rotina – nesta fase limite-se a lembrar ao seu cliente que o prazo acordado para efectuar o pagamento já foi ultrapassado. • Incumprimento do prazo de pagamento – se o cliente é habitualmente cumpridor, mas não efectuou o pagamento no prazo acordado, pode estar a passar dificuldades, pelo que, em nome do seu comportamento passado, há que delicadamente abordar a situação, enviando uma carta onde se sugere ajuda e não se pressiona demasiado. • Incumprimento do prazo de pagamento – o contencioso – quando o incumprimento do prazo de pagamento já ultrapassou todas as fases e não se obtiveram quaisquer resultados, há que enviar uma carta em tom mais duro, onde se pode chegar à ameaça de cobrança por meios judiciais. 50
  • 51. Técnicas de normalização documental Exemplo de carta de cobranças: Lisboa, 5 de Janeiro de 2009 VSM, comércio e serviços, unipessoal Calçada da Estrela, nº 125 5º 1200-112 Lisboa Exmo. Senhores, De forma a encerrar as contas relativas ao ano anterior, solicitamos por esta via a liquidação da factura nº 34567/2008, relativa a transacção efectuada no ano anterior. Junto anexamos cópia de solicitações anteriores relativas à liquidação da mesma, a qual excedeu largamente o prazo de pagamento acordado (60 dias). A não observação do presente aviso terá como consequência última a passagem do processo para o nosso departamento jurídico, com as consequências legais inerentes, situação que gostaríamos de evitar. Certos da vossa compreensão, com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos MARTIFOR, S. A. 51
  • 52. Técnicas de normalização documental Olga Peres Olga Peres Departamento Financeiro 52
  • 53. Técnicas de normalização documental Carta de Reclamação Nesta situação específica da carta de reclamação, pretende-se reclamar, ou seja, apresentar queixa contra uma situação incorrecta. Estrutura: • Identificação do remetente; • Identificação do destinatário; • Data; • Resumo do assunto da carta (numa linha só e em poucas palavras); • Corpo da carta: o Descrição da situação que levou ao envio da carta; o Exposição clara do que se pretende. o Assinatura; o Referência a documentos em anexo (se for necessário). Cuidados a ter Guarde cuidadosamente uma cópia (uma fotocópia da carta já assinada) e, se a entregar em mão, peça que o destinatário a assine, com a menção “Recebi em ___/___/___”. Se se tratar de uma empresa ou outra entidade, também deverá ser carimbada. 53
  • 54. Técnicas de normalização documental Exemplo de carta de reclamação: Lisboa, 7 de Fevereiro de 2009 FLEXIGATE, Lda. Av. João XXI, 1340 1300-888 Lisboa Exmo. Senhores, Informamos a ocorrência de um erro no aprovisionamento do material requisitado na nota de encomenda nº…. Com efeito, foram solicitadas x quantidades relativas à referência 345/ee, tendo sido remetidas apenas y quantidades da mesma mercadoria. Tal facto resultou numa falha de produção, impedindo-nos de cumprir os prazos estabelecidos com os nossos clientes. Junto anexamos cópia da nota de encomenda, solicitando a correcção do erro e posterior envio das quantidades solicitadas, com a maior brevidade possível. Certos da vossa compreensão para os possíveis efeitos do não cumprimento do solicitado, aguardamos vossa comunicação no sentido de rectificar e justificar o incumprimento. 54
  • 55. Técnicas de normalização documental Com os melhores cumprimentos, subscrevemo-nos MARTIFOR, S. A. João Azevedo João Azevedo Departamento comercial 55
  • 56. Técnicas de normalização documental O Ofício O ofício é uma forma de correspondência que se utiliza no serviço público. É por meio de ofício que: • Uma repartição se dirige a uma pessoa ou empresa; • Uma repartição se dirige a outra repartição. A redacção de um ofício obedece a determinadas normas. Além da correcção, deve- se observar: • Simplicidade: uso da linguagem simples, evitando-se frases rebuscadas ou muito adjectivadas. • Clareza: expressão clara e lógica do pensamento, de modo que a mensagem possa ser entendida perfeitamente. • Objectividade: abordagem directa do assunto, evitando-se palavras desnecessárias ou expressões que nada acrescentam ao texto. • Concisão: resumo do texto ao essencial, evitando-se alongar muito o assunto. O ofício deve ser digitado, como toda comunicação que se faz entre repartições. 56
  • 57. Técnicas de normalização documental Exemplo de ofício: CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Nossa referência: Proc. OP 198/ 2007 Data: 2007-09-13 Ofício nº 45381 Assunto: DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIO E CONSTRUÇÃO DE NOVO Rua Amália Rodrigues, 45, 1900-093 Lisboa Relativamente ao assunto acima mencionado, e no uso da competência que me foi subdelegada, informo V. Exa. De que nesta data foi oficiado à entidade abaixo mencionada, a fim de emitir o respectivo parecer: BRITOFER, Lda. Rua Sophia Mello Breyner, nº 34 1300-093 Lisboa Com os melhores cumprimentos 57
  • 58. Técnicas de normalização documental A Chefe de Secção Maria da Luz Novais Maria da Luz Novais 58
  • 59. Técnicas de normalização documental 2.3.3.Sobrescrito Depois de escrita a carta, esta deve ser dobrada com as dimensões do sobrescrito que a transportará. Este deve ser preenchido de acordo com as normas correntes: • Registar o nome e a morada do remetente (é quem remete a carta) no canto superior esquerdo. • Registar (de acordo com o modelo acima) o nome e a morada do destinatário (é aquele a quem é destinada a mensagem), não esquecendo o código postal, seguido do nome da localidade. • Colar o selo no canto superior direito. • Ter cuidado de deixar em branco, a toda a volta do sobrescrito, uma margem com cerca de um centímetro, não a ocupando com qualquer registo, nem com a colagem do selo. 59 Margarida Silva Rua de Angola, 216 1900-099 Lisboa Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (……..) Lg. dos Paços do Concelho ---- --- Lisboa
  • 60. Técnicas de normalização documental 2.3.4.Nota de serviço Tem uma redacção mais formal e implica uma responsabilização do receptor. Parte de um superior hierárquico para os subordinados. Muitas vezes é emitida em duplicado, devolve-se o duplicado assinado pelo receptor com a indicação da hora e dia em que foi recebida. Obedece a uma numeração. Elementos: • Nº • Assunto; • De e para; • Data; • Assinaturas. 60
  • 61. Técnicas de normalização documental Exemplo de ordem de serviço: MARTIFOR, S.A. ORDEM DE SERVIÇO Nº 567/2009 De: Cristina Filipe Departamento de Recursos Humanos Para: Luísa Taborda Secção de Recrutamento Assunto: Por ordem expressa da direcção-geral, solicita-se a obrigatoriedade de comunicação das datas de realização das entrevistas profissionais de selecção com o mínimo de uma semana de antecedência à direcção do departamento. Esta norma entra em vigor a partir de hoje. Lisboa, 5 de Abril de 2009 Cristina Filipe Cristina Filipe 61
  • 62. Técnicas de normalização documental Departamento de Recursos Humanos 62
  • 63. Técnicas de normalização documental 2.3.5.Memorando Na linguagem comercial, significa a nota ou comunicação ligeira entre departamentos de uma mesma empresa, ou entre matriz e suas filiais e vice - versa, ou entre as filiais. É conhecido também como comunicado interno (CI). O memorando pode ainda indicar um livro de apontamentos, ou notas, com a finalidade de registar fatos ou lembretes. Na terminologia jurídica, significa nota diplomática enviada por um país a outro, com a exposição sucinta sobre determinada questão. Dispensa o uso de formalidades exigidas em uma carta. É uma comunicação rápida e objectiva, assemelhando-se a um bilhete. O formato do memorando, em geral, é de 21 cm de largura por 15 cm de altura (ou 148 m.mx 210 m.m.). E ainda pode ser interno ou externo. No 1º caso é dirigido a funcionários de um mesmo órgão ou departamento. No 2º é dirigido a pessoas alheias ao departamento. Estrutura: 1) Timbre 2) Número 63
  • 64. Técnicas de normalização documental 3) Remetente 4) Destinatário 5) Assunto 6) Local e Data 7) Texto 8) Fecho 9) Assinatura e Cargo Exemplo de memorando: MARTIFOR, S.A. MEMORANDO Nº 356/2010 De: Olga Peres Departamento Financeiro Para: Cristina Filipe Departamento de Recursos Humanos Assunto: Processamento de vencimentos 64
  • 65. Técnicas de normalização documental Relembramos a necessidade de instrução aos novos colaboradores da empresa quanto às datas de processamento dos vencimentos, para que estes possam entregar em tempo útil os recibos de prestação de serviços. Ao dispor para qualquer esclarecimento Lisboa, 23 de Junho de 2010 Olga Peres Olga Peres Departamento Financeiro 65
  • 66. Técnicas de normalização documental 2.3.6.Comunicado/Comunicação/Nota informativa/Informação As situações que dão origem a circulares informativas são: • A abertura de uma sucursal; • A renovação das instalações; • A introdução de novos serviços ou acessibilidades; • As mudanças de instalações; • As alterações de horário; • A divulgação da situação financeira da empresa; • O recrutamento de alguém; • O despedimento colectivo. Estrutura: • Enquadrar o acontecimento – se referir um melhoramento do serviço da empresa, deve valorizar o facto e realçar as vantagens para os clientes e colaboradores; • Informar pormenorizadamente em que consiste a mudança; • Encerrar com uma nota de optimismo, se houver motivo para congratulações. 66
  • 67. Técnicas de normalização documental Exemplo de uma nota informativa MARTIFOR, S. A. NOTA INFORMATIVA Nº 345/ 2009 Informam-se todos os funcionários que, devido ao atraso nas obras de remodelação na cantina da empresa, esta encontrar-se-á indisponível até ao final do próximo mês de Outubro. Solicitamos desde já a vossa compreensão. Atentamente Salvador Sousa Departamento de Qualidade 67
  • 68. Técnicas de normalização documental 2.3.7.Outros documentos Circular A Circular é o meio de comunicação escrita, utilizado por um órgão ou por uma empresa para se dirigir a vários outros órgãos ou a várias pessoas, sobre o assunto de interesses geral. A circular é uma correspondência multidireccional e, por isso, dela não consta o destinatário. O endereçamento só aparece no envelope de encaminhamento. Quando um Ofício, uma Carta ou um Memorando forem dirigidos a mais de uma entidade ou pessoa, serão denominados. A circular apresenta a seguinte estrutura ou esquema gráfico Timbre: O timbre ou cabeçalho é a identificação do órgão ou de empresa expedidor (a) e já vem impresso na folha de papel utilizada. Numeração: A numeração, seguida dos dois últimos algarismos do ano de exercício, separados por barra, vem junto á margem esquerda, dois espaços duplos abaixo do timbre, após a palavra “circular”, acompanhada do dia, mês e ano do exercício. 68
  • 69. Técnicas de normalização documental Procedência: Em determinadas circulares costuma-se indicar a procedência (origem). Nesses casos, junto à margem esquerda, dois espaços duplos da numeração, vem do nome completo do Sector, da Secção ou do Órgão expedidor. Assunto: O resumo do conteúdo da circular, em todas as circulares, vem junto á margem esquerda, dois espaços duplos abaixo da numeração ou da procedência. Contexto: O contexto da circular é constituído pela “Introdução” que consta da titulação do signatário da circular, seguida da expressão “no uso de suas atribuições, (ou expressões semelhantes) e pela numeração dos itens da Circular, cuja numeração vem rente á margem esquerda, mas os itens iniciam-se na posição do parágrafo, bem como a “introdução”. Assinatura, nome e cargo: A assinatura do remetente da Circular sobre o seu nome e cargo vem na posição do parágrafo, dos espaços duplos abaixo do contexto ou da localidade e data, caso essa seja utilizada no final da Circular. Iniciais do signatário e do digitador: As iniciais do remetente e do digitador vêm, separados por barra, ao pé da folha. 69
  • 70. Técnicas de normalização documental Exemplo de uma circular: MARTIFOR, S. A. Lisboa, 21 de Maio de 2009 Exmos. Srs. Devido à recente subida de preço das matérias-primas, informamos que formos obrigados a rever os nossos preços em 2%, pelo que a partir do próximo dia 1 de Junho de 2009 entrarão em vigor as novas listas de preços. Assim, aproveitamos para vos remetermos as respectivas listas, que substituem todas as anteriores. Certos da vossa compreensão, apresentamos os nossos melhores cumprimentos. Atentamente João Azevedo Director Comercial 70
  • 71. Técnicas de normalização documental Requerimento Dá-se o nome de requerimento a uma petição geralmente escrita, segundo as normas legais, dirigida a uma entidade oficial, da justiça ou da administração. Intencionalidade comunicativa - Solicitar algo a que se tem direito ou se julga ter: • Obter informações sobre determinado assunto; • Solicitar providências; • Convocar uma ou mais sessões; • Obter determinado documento; Obedece a uma estrutura formal e linguística, normalizada por formulários dos serviços competentes. Deve: • Ser preenchido com clareza e perfeição; • Ser apresentado numa folha branca, ou formulário fornecido para o efeito; • Separar os diferentes pontos do texto por um espaço em branco. Frequentemente obedece a um texto designado por “minuta” (o modelo) e, depois de preenchido, o original fica nos serviços competentes e a cópia é entregue ao requerente, após autenticação com o selo do estabelecimento. Estrutura Abertura 71
  • 72. Técnicas de normalização documental • Vocativo ou destinatário/ entidade a quem se dirige (parte superior direita da folha); • Indicação do seu cargo ou função, com a forma de tratamento adequada/ órgão a que se dirige; Encadeamento (ou texto principal) • Identificação o mais completa possível do requerente: nome completo, nacionalidade, profissão, endereço, nº de BI, nº de contribuinte; • Assunto: pedido e sua justificação; pode ser fundamentado recorrendo a leis, decretos, portarias e outros documentos legais; Fecho - fórmula final, do lado direito da folha: • Pedido de deferimento; • Local; • Data; • Assinatura do requerente ou seu representante legal. 72
  • 73. Técnicas de normalização documental Exemplo de requerimento: Exmo. Sr. Chefe da Repartição de Finanças Serviço de Finanças de Lisboa-4 Martifor, S. A., empresa com sede na Avenida da Liberdade, nº 666, 1300-366 Lisboa, NIPC 334554557, matriculada na 3ª secção da Conservatória de Registo Comercial de Lisboa sob o nº 78 566, com o capital social de 50 000 €, requer que V. Exa. Se digne emitir certidão onde conste que a referida não é devedora à Fazenda Nacional de quaisquer impostos. Pede deferimento. Lisboa, 14 de Novembro de 2008 Manuel Martins Representante da Empresa/ Director Geral 73
  • 75. Técnicas de normalização documental Bibliografia AA VV. Normas Portuguesas de Documentação e informação - CT, Biblioteca Nacional de Portugal/ Instituo Português da Qualidade, 2010 Borges, Maria João, Secretariado: uma visão prática, Lidel, 2009 Estrela, Edite et. al, Saber escrever uma tese e outros textos, D. Quixote, 2006 Lousã, Aires et al., Técnicas administrativas, Porto Editora, 2006 Moreira, Isabel, Correspondência comercial, Lidel, 2010 Webgrafia Instituto Português da Qualidade http://www.ipq.pt 75