A filosofia patrística (séculos I-VII) buscou estabelecer o papel da igreja e divulgar ideais cristãos, enquanto a filosofia escolástica (séculos IX-XV) retomou princípios filosóficos gregos e buscou unir razão e ciência aos dogmas da igreja católica através da teologia. Embora tenham contribuído ideologicamente, ambas se diferenciaram por não aceitarem verdades contrárias aos dogmas religiosos.
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Escolástica e patrística marlon 23m
1. Escolástica e Patrística
Foi um período aproximado de mil anos que denominamos como idade medieval, da queda do
império romano no século V até o século XV e o início do renascimento, foram desenvolvidas duas
correntes filosóficas diferentes: A filosofia patrística e a filosofia escolástica, as duas possuíam pontos
de vistas religiosos, porém com diferentes abordagens.
Filosofia da Escolástica (séc. IX ao séc. XV)
Nesta época muitos princípios filosóficos gregos foram retomados. A maior preocupação da igreja
era unir a razão e a ciência aos ideais da igreja católica. Nesse contexto, surgiu a teologia que foi uma
ciência que buscava explicar de modo racional a existência de Deus, da alma, do céu e inferno e as
relações entre homem, razão e fé.
Filosofia Patrística (século I ao VII)
Nesta época foi desenvolvida uma filosofia que teve como objetivo firmar o papel da igreja e divulgar
os ideais do cristianismo. Baseadas nas Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João, a escola
patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original, a
criação do mundo por Deus, ressureição de juízo final.
Apesar das contribuições ideológicas e em alguns aspectos científicos, a filosofia patrística e
escolástica se diferenciam das demais correntes de pensamento pelo fato de não aceitar verdades
que poderiam, porventura, contrariar dogmas religiosos e os demais pressupostos cristãos. Pelo seu
caráter em alguns aspectos manipulador, a filosofia medieval não costuma receber muita atenção de
indivíduos engajados na busca científica da existência humana e do próprio universo.
Marlon A. Propodolski, Eduardo Buratti, Alessandro Arsego.