O documento discute a produção e consumo de cogumelos comestíveis no Brasil. Resume que o país produz cerca de 12 mil toneladas de cogumelos por ano, principalmente por pequenos produtores. O consumo per capita brasileiro é baixo em comparação a outros países, mas vem crescendo gradualmente.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Negocios e leiloes 01 09-14
1. COGUMELOS COMESTÍVEIS
Estima-se que o Brasil tenha cerca de 300 produtores de cogumelos frescos, levando
o volume de produção a cerca de 12 SEGUNDA 01.09.2014 mil toneladas por ano.
oglobo.com.br
Trazidos pelos imigrantes
japoneses e europeus que
chegaram ao Brasil em
massa, a partir da primeira
metade do século 20, os
cogumelos comestíveis hoje
fazem parte do cardápio
brasileiro. A produção do
alimento está disseminada em
várias regiões do país,
especialmente nos estados de
São Paulo e Paraná, além de
Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Sul, onde há
condições climáticas favoráveis
para o cultivo.
Segundo a Associação
Nacional de Produtores de
Cogumelos (ANPC), estima-se
que existam hoje cerca de 300
produtores no Brasil que, em
sua maioria, são micro e
pequenos agricultores fami-liares.
Eles têm no cultivo do
produto sua principal fonte de
renda. O volume de produção
“in natura” (cogumelos frescos)
gira em torno de 12 mil
toneladas por ano, sendo o
Champignon Paris o mais
popular, seguido do Shitake,
Shimeji e Portobello.
Apesar do crescimento da
produção de cogumelos frescos
observados nos últimos anos, o
consumo per capita no Brasil
ainda é baixo comparado a
países da Europa e da Ásia,
segundo a ANPC. Por falta de
tradição e de conhecimento
sobre os benefícios do
cogumelo e de como prepará-los,
os brasileiros consomem
cerca de 160 gramas anuais. Na
França, Itália e Alemanha, a
média é superior a dois quilos.
Já na China e Coreia do Sul,
cada pessoa consome cerca de
oito quilos por ano.
Investimento baixo – Na
avaliação do pesquisador da
Agência Paulista de Tecnologia
dos Agronegócios (APTA),
Daniel Gomes, é possível
começar a produzir cogumelos
das mais variadas espécies com
investimento inicial de R$ 5
mil. Porém, o produtor terá um
cultivo primitivo, com altos
custos e baixa produtividade.
Para ele, vale mais a pena
investir em equipamentos e
tecnologias para gerar lucro
líquido mais satisfatório.
“Com um aporte financeiro
de R$ 120 mil, o produtor
monta um excelente barracão de
100 metros quadrados. Com a
colheita do Champignon Paris,
por exemplo, cujo cultivo dura
cerca de três meses, o agricultor
terá aproximadamente seis
toneladas do produto. A receita
líquida vai girar em torno de
R$ 20 mil”.
Localizada em Petrópolis, na
região serrana do Rio, a
Cogumelos Imperiais é uma das
maiores produtoras do estado.
No sítio do sócio Ricardo
Fernandes são produzidos três
tipos de cogumelos frescos:
Shitake, Shimeji e Cardoncello.
“Este último, com certeza, é o
mais saboroso dos cogumelos
ostra”, afirma.
O volume mensal de
produção é de 300 quilos,
vendidos em média por R$ 60/kg
para supermercados e res-taurantes
da capital. Fernades
ainda aproveita a colheita para
preparar pratos especiais com
cogumelos em seu restaurante,
em Petrópolis. Contando com
este negócio, o faturamento
total do produtor é de R$ 30 a
40 mil por mês.
O empresário destaca duas
vantagens do cultivo: a
facilidade de comercialização e
o preço elevado. “Em função da
pouca oferta no mercado, tudo
o que produzimos é vendido por
um valor bem razoável”. Mas a
sensibilidade do cogumelo à
variação do clima é uma
desvantagem. “O Shitake é o
mais rentável por se adaptar a
uma temperatura de 18 graus,
que é a média da região serrana
na maior parte do ano.”
Crescimento do mercado – O
produtor Carlos Abe, da
Fazenda Guirra, em São
Francisco Xavier (SP), cultiva
cogumelos desde 1994. Ele
colhe mais de 13 toneladas do
produto por mês em uma área
de dois hectares e também dá
cursos sobre a atividade.
Atualmente, produz seis tipos
em sua propriedade: Shitake,
Champignon Paris, Portobello,
Agaricus blazei (medicinal),
Shimeji e Hiratake.
Ele afirma que o mercado de
cogumelos frescos tem crescido
ano a ano, provavelmente
devido a mudanças no hábito
alimentar, inserção da cozinha
oriental e aumento do poder
aquisitivo da população. Abe
prefere não divulgar números
sobre produção e faturamento,
mas garante que é um bom
negócio.
“Uma sala de 5 x 18 metros
produz dois mil quilos de
cogumelo Portobello fresco
que, se vendido no atacado
pelo preço de R$ 15/kg, pode
gerar um faturamento de R$ 30
mil a cada 60 dias. Sendo o
custo na faixa de R$ 10 mil, o
lucro seria de R$ 20 mil por
sala”, exemplifica.
Projetos de Marketing
Divulgação/Carlos Abe
Cogumelos
frescos contra
concorrência
chinesa
O pesquisador da APTA, Daniel
Gomes, foi o responsável por estimular a
produção de cogumelos in natura entre os
produtores brasileiros, para fazer frente ao
cogumelo chinês em conserva. Ele conta
que iniciou em 2008 uma força-tarefa
para capacitar os agricultores e mostrar o
valor dos cogumelos frescos, as
possibilidades gastronômicas e as
melhores práticas de higiene e cultivo na
pré e na pós-colheita.
“A aceitação de produtos in natura no
mercado foi excepcional. Em três anos, o
volume de produção passou de 100 quilos
para uma tonelada por mês”. A prática
ajudou um grupo de 12 produtores de
Pinhalzinho, no interior paulista,
responsáveis por fornecer semanalmente de
seis a oito toneladas de cogumelos frescos.
Segundo o pesquisador, eles tiveram
um aumento de 40% da renda a partir do
início da venda deste tipo de alimento.
“Os agricultores têm a vantagem de não
competirem com a China, pois não existe
a possibilidade de importar alimentos
frescos de lá”.
Os preços variamcoma época do ano,
mas amédia é de R$ 22/kg. No inverno, o
valor cai devido ao aumento da produção.
A estimativa de Gomes é de que o
cogumelo fresco garanta lucro de atéR$ 15 o
quilo. “Por não exigirem gastos com o
cozimento, os cogumelos frescos têm
custo de produção menor, de R$ 6 a R$ 8
por quilo contra R$ 8 a R$ 10 por quilo
dos cogumelos cozidos, que têmo volume
reduzido em cerca de 30%”, explica.
Imóveis, veículos diversos e eletrodomésticos
Imóveis, automóveis,
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eletrodomésticos e
mobiliários recheiam
a pauta de leilões da
semana, que começa
amanhã, às 12h30,
quando Edgar de
Carvalho Jr. promove o
pregão de oito imóveis.
O destaque fica com um
prédio localizado na
Usina, ocupado pela
Companhia Brasileira
de Trens Urbanos
(CBTU), com seis
andares, ter raço e
es tacionamento com
48 vagas (aval iado
em R$ 6 mi lhões ) .
Os demais imóveis são:
um andar de um edifício
comercial no Centro do
Rio (R$ 3 milhões); uma
casa em Brás de Pina,
com quatro quartos, dois
banheiros, cozinha e
garagem (R$ 120 mil);
um prédio em Santíssimo,
ocupado pela empresa
Translitorânea Turística
(R$ 20,6 milhões); um
apartamento na Ilha do
Governador (R$ 450 mil);
um imóvel na Avenida
Atlântica, em Copaca-bana
(R$ 3,8 milhões); e
um apartamento na
Tijuca (R$ 500 mil). Na
quarta-feira, Edgar volta
a bater o martelo, às
14h, para uma casa
localizada no Jardim
Idália, em São Gonçalo,
com 360 m², avaliada
em R$ 35 mil.
Ainda amanhã, às 14h,
Murilo Chaves oferece
equipamentos eletrônicos,
eletrodomésticos, su-catas,
mobiliário e
veículos. Entre os itens,
destaques para um Audi
A3 2.0T FSI, ano
2009/2010 (avaliado em
R$ 45 mil); empilhadeiras
‘Feeler’, com capacidade
para 2,5 ton., com torre
tríplex e deslocador lateral
(R$ 13 mil) e uma ponte
rolante ‘Vastec’, com
capacidade estimada
em 8 ton. (R$ 5 mil).
Na sexta, João Emílio
faz nove leilões. O
primeiro às 10h, com
ofertas online, inclui
caminhão, ônibus, utili-tários,
veículos e
tratores pertencentes à
Força Aérea Brasileira
(FAB). A partir das 13h,
ele oferece sucatas,
motos e automóveis
pertencentes a segura-doras
e f inanceiras. Os
lances podem ser
presenciais e online,
com disputa simultânea.
Rogério Menezes
fecha a pauta da semana,
com seu tradicional
leilão de sextas-feiras,
oferecendo às 13h
centenas de veículos,
motos, utilitários e
caminhões de segura-doras
e f inanceiras dos
mais variados modelos,
cores e anos de
fabricação.