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AS COMUNIDADES VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM COMO
COMUNIDADES DE PRÁTICA




                    Adelina Silva
                Universidade Aberta
                Porto, Fevereiro 2008
COMUNIDADES DE PRÁTICA
ETIENNE WENGER



     Grupos  de indivíduos que têm em comum
      uma ‘preocupação’, um conjunto de
      problemas ou uma paixão acerca de um
      tema e que desenvolvem o seu conhecimento
      e especialização nessa área interagindo
      numa base regular.

      Formadas por indivíduos que se empenham num
     processo colectivo de aprendizagem num domínio
     partilhado de actividade.
AS COMUNIDADES IDENTIFICAM-
SE PELAS PRÁTICAS...
   resolução de            discussão de ideias
    problemas               documentação de
   pedidos de               processos
    informação              visitas
   partilha de             procura de soluções e
    experiências             recursos
   partilha de recursos




  PARTICIPAÇÃO - REIFICAÇÃO
PRÁTICA ENQUANTO SIGNIFICADO

                                 Linguagem                      processo
       negociação                                             contínuo de
       de sentido                 Relações sociais           reajustamento




                                               a elaboração, a concepção, o que
                                            representa, nomeando, a codificação e
participação         reificação             a descrição, bem como o apreender, o
                                             interpretar, utilizando, reutilizando, a
                essencial, pois é um dos       descodificação e a reformulação.
               constituintes de processos
                 de negociação de seu
                       significado
PRÁTICA ENQUANTO
COMUNIDADE
 Empenhamento mútuo – diversidade,
  manutenção da comunidade
 Empreendimento comum- responsabilidade
  mútua, ritmos
 Repertório comum- histórias, estilo, artefactos,
  rotinas (combina aspectos reificativos e
  participativos)
PRÁTICA ENQUANTO
APRENDIZAGEM
                                      Estádios de Desenvolvimento

                                                 Activo
                                                                       Dispersão
                                             Os membros
                        Adesão              comprometem-          Os membros já não se
    Potencial                                                            envolvem              Memória
                                             se a negociar
                      Os membros              uma prática          intensamente, mas a
  Os indivíduos                                                   comunidade ainda está     A comunidade já
                      juntam-se e                                                          não é o centro, mas
  experienciam     reconhecem o seu                                viva como uma força
     situações                                                          e centro de        os indivíduos ainda
                       potencial                                                            se lembram como
 similares sem o                                                      conhecimento
   benefício da                                                                             parte significativa
      prática                                                                                 das suas vidas
                                         Actividades Típicas
    partilhada.
                                              Realização de
                                               actividades
                                          conjuntas, criação de
                    Exploração das        artefactos, adaptação     Mantêm contacto,
                     suas ligações,         a circunstâncias,         comunicando,
  Descoberta do       definição de            renovação de          reunindo, pedindo
                   empreendimento                                       conselhos.        Contando histórias,
   Outro e das                                  interesses,
                       conjunto,                                                            conservando e
       suas                                  compromissos e
                     negociando a                                                           coleccionando
   preferências                                  relações
                      comunidade                                                              artefactos
     comuns.


                                                                                           Tempo
PRÁTICA ENQUANTO FRONTEIRA
   Um indivíduo poderá pertencer a diferentes
    CdPs fazendo a ligação (deliberada ou não...) entre elas
    através de:
      Objectos de ligação – artefactos, conceitos

      Pessoas de ligação – um-para-um, imersão
       (visitas), delegação

Participação Legítima Periférica
    Para Lave e Wenger , a PLP é a característica de aprendizagem como uma forma de aprendizagem. Os
       membros, ao aprender a prática da comunidade, participam na prática da comunidade, passando
     gradualmente de periféricos à plena participação. Ou seja, a PLP faz parte do processo pelo qual um
                                 aprendiz se torna um membro de uma CdP.
NÍVEIS DE PARTICIPAÇÃO
                              exterior




                                  coordenação


                central


              activa

        periférica




    Constelações de comunidades de prática
ELEMENTOS ESTRUTURANTES

                                       Prática
         Domínio                os métodos, as histórias,
        ‘terreno comum’         os casos, os instrumentos,
     ‘área de investigação’          os documentos...
 a razão de ser da comunidade       ‘repertório comum’



                    Comunidade
                relações entre os membros
                          partilha
                    sentido de pertença
ASPECTOS CENTRAIS

 autonomia
 empenhamento

 liderança partilhada (papéis desempenhados e
    negociáveis)
 responsabilidade e interdependência
 negociação de sentido

 participação legítima periférica

 aprendizagem (situada e/ou distribuída)
TEORIA DA APRENDIZAGEM
Aprendizagem situada/distribuída

 aprende-se através de processos de
participação social
 experiência – situações de cooperação
 itinerário partilhado
 estrutura social – currículo
 aprendiz - mestre
.... em vez de perguntar que processos cognitivos estão
implícitos na aprendizagem perguntamos que tipo de interacção
e empenhamento social fornece o contexto ideal para que a
aprendizagem tenha lugar...
PROCESSO DE
      COMUNICAÇÃO/INTERACÇÃO


   Ideias                                                                                                                                     Compre
                           Os m eus                                 A minha                           Filtros dos
     na                                                                                                                                        -ensão
                           filtros                                  mensagem                            outros
   minha                                                                                                                                         do
  cabeça                                                                                                                                        outro


Tenho uma ideia que     Percepções,                          Digo ou faço qualquer                 Percepções,                        O significado que
quero dar a conhecer    estereótipos e                       coisa para dar a                      estereótipos e                     o outro atribui ao
                        preconceitos próprios                conhecer a minha                      preconceitos do                    que ouve ou vê
                        de:                                  ideia                                 outro, próprios de:
                        -    a minha idade                                                         -    a sua idade
                        -    o meu sexo                                                            -    o seu sexo
                        -    a minha classe                                                        -    a sua classe
                        social                                                                     social
                        -    a minha profissão                                                     -    a sua profissão
                        tal como a minha cultura                                                   tal como a sua
                        me ‘ensinou’                                                               cultura lhe ‘ensinou’




                                                            Retroacção/Feedback
                       In LaFortune, L. Gaudet, É. (2000). Une pédagogie interculturelle. Pour une éducation à la citoyenneté. Éditions du Renouveau
                                                                                                                                         Pédagogique.
O QUE SEPARA AS CVA DAS CDP?


Respostas do Fórum Comunidades de Prática e ….
 (Facebook)


 “I think a CoP is also a Learning community, as learning co-exists as part of the community members'
 practice, but there isn't a very clear difference between the 2.
 In the end what matters is that the participants learn what they need and what they want to learn. Since
 they learn together, they form a community.
 I think that a Community of Practice (CoP) in comparison to a learning Community (LC) emphasizes
 more the interaction among individuals and the social aspect of learning. It also refers to learning
 related to the exploration of ideas, which frequently leads to innovation. There is also an applicability of
 what is learned to the professional environment.”

                                                                                             Cristina Costa
                                                                                       University of Salford
“For what it is worth, I think that a Community of Practice will always be a Learning
   Community, but a Learning Community need not always be a Community of Practice.
   (…)
Communities of Practice are about learning - that is what the reason they exist. (…)
However, CoPs only deal with one form of learning called variously social learning /
  informal learning /situated learning / learning by doing / social learning: other groups
  (which may or may not be described as communities) also engage in learning. It is quite easy to
  conceive of a group of people in, for example, a traditional classroom setting who come together
  to learn. Consequently, depending on how you define community, all sorts of groups could
  be described as a "learning communities" but, to my mind, they could not all be
  described as a Community of Practice.
 Where does the boundary lie between a learning community and a community of practice? - that is
   more difficult to answer. If you look at the Wenger's work you can see that he has shifted ground
   on this over the years.
                                                                                      Chris Kimble
                                                                                 University of York
I interprete CoP as a group of practitioners who share common interest and identity in
    learning, innovating and exploring more about a particular area where learning
    includes a significant element of hands on experience.
 A learning community on the other hand need not have a shared identity and
    learning can be theoretical base. It need not be tied to a practitioner based form of
    learning that is usual for CoP.
                                                                                              
                                                                                  Lee Chao Rui
                                                                                    Hong Kong
“A learning community would probably be a CoP but not necessarily vice versa.
You asked what makes a CoP. I worked on the following basis:

   (1) there is some common ground - the knowledge, beliefs and suppositions shared by members of the community
   (2) common purpose - there will be a common purpose or motivation which will give the group an internal
   impetus. The motivation of the members is what makes it a CoP. Even when the group is formally constituted, part
   of what makes it a CoP will be the internal motivation that drives the group rather than any external pressures.
   (3) Legitimate Peripheral Participation - I still think Lave and Wenger's LPP is a key feature of a CoP
   (4) Fluidity/Regeneration - the fluidity refers to the arrival of newcomers and the departure of old-timers.
   (5) Evolution - a CoP will go thro some sort of evolution. It might be that the CoP owes its very existence to
   evolution in that it grew out of a need and a shared interest. On the other hand the group might have been formally
   constituted but has evolved into a CoP
   (6) Relationships - relationships are a key part of what makes it a CoP. It is possible for a team to become a CoP
   as informal relationships begin to devlop and the source of legitimation changes in emphasis
   (7) Community/Identity - the internal motivation and the development of relationships contribute to a feeling of
   identity
   (8) Narration - often a means by which soft knowledge is developed. Story telling was a key part of Lave &
   Wenger's original examples and shown as a central part of the transition from newcomer to old-timer
   (9) Dynamism/creation of new knowledge - dynamism relates to the social distribution of the knowledge within
   the group. Over a period of time as the group's work progresses, different members will learn different things at
   different rates and people will become 'gurus' of different aspects. This process can also help create new knowledge
   eg as people bounce ideas off each other to solve problems
   (10) Informal - it is often the case that a CoP has no hierarchy and has no specific deliverable . The group is run
   on informal lines. this has close links with the legitimation aspect of LPP. In such an informal group the
   legitimation is bestowed by the informal relationships and not by and externally imposed rank.
   (11) unofficial - this is relevant to a CoP in an organisation - in many cases a CoP is not formally created by an
   organisation.
   (12) Similar jobs - this is also relevant to where a CoP is found in an organisational context and refers to the
   identification of CoPs. In many cases a CoP may form around a particular job - the job is the practice.


                                                                                                       Paul Hildreth
                                                                                                 University of York
EM RESUMO...
AS COMUNIDADES VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM COMO
COMUNIDADES DE PRÁTICA




                    Adelina Silva
                Universidade Aberta
                Porto, Fevereiro 2008

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Comunidades Virtuais de Aprendizagem x Comunidades de Prática

  • 1. AS COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO COMUNIDADES DE PRÁTICA Adelina Silva Universidade Aberta Porto, Fevereiro 2008
  • 2. COMUNIDADES DE PRÁTICA ETIENNE WENGER  Grupos de indivíduos que têm em comum uma ‘preocupação’, um conjunto de problemas ou uma paixão acerca de um tema e que desenvolvem o seu conhecimento e especialização nessa área interagindo numa base regular.  Formadas por indivíduos que se empenham num processo colectivo de aprendizagem num domínio partilhado de actividade.
  • 3. AS COMUNIDADES IDENTIFICAM- SE PELAS PRÁTICAS...  resolução de  discussão de ideias problemas  documentação de  pedidos de processos informação  visitas  partilha de  procura de soluções e experiências recursos  partilha de recursos PARTICIPAÇÃO - REIFICAÇÃO
  • 4. PRÁTICA ENQUANTO SIGNIFICADO Linguagem processo negociação contínuo de de sentido Relações sociais reajustamento a elaboração, a concepção, o que representa, nomeando, a codificação e participação reificação a descrição, bem como o apreender, o interpretar, utilizando, reutilizando, a essencial, pois é um dos descodificação e a reformulação. constituintes de processos de negociação de seu significado
  • 5. PRÁTICA ENQUANTO COMUNIDADE  Empenhamento mútuo – diversidade, manutenção da comunidade  Empreendimento comum- responsabilidade mútua, ritmos  Repertório comum- histórias, estilo, artefactos, rotinas (combina aspectos reificativos e participativos)
  • 6. PRÁTICA ENQUANTO APRENDIZAGEM Estádios de Desenvolvimento Activo Dispersão Os membros Adesão comprometem- Os membros já não se Potencial envolvem Memória se a negociar   Os membros uma prática intensamente, mas a Os indivíduos comunidade ainda está A comunidade já juntam-se e não é o centro, mas experienciam reconhecem o seu viva como uma força situações e centro de os indivíduos ainda potencial se lembram como similares sem o conhecimento benefício da parte significativa prática das suas vidas Actividades Típicas partilhada. Realização de actividades conjuntas, criação de Exploração das artefactos, adaptação Mantêm contacto, suas ligações, a circunstâncias, comunicando, Descoberta do definição de renovação de reunindo, pedindo empreendimento conselhos. Contando histórias, Outro e das interesses, conjunto, conservando e suas compromissos e negociando a coleccionando preferências relações comunidade artefactos comuns. Tempo
  • 7. PRÁTICA ENQUANTO FRONTEIRA  Um indivíduo poderá pertencer a diferentes CdPs fazendo a ligação (deliberada ou não...) entre elas através de:  Objectos de ligação – artefactos, conceitos  Pessoas de ligação – um-para-um, imersão (visitas), delegação Participação Legítima Periférica Para Lave e Wenger , a PLP é a característica de aprendizagem como uma forma de aprendizagem. Os membros, ao aprender a prática da comunidade, participam na prática da comunidade, passando gradualmente de periféricos à plena participação. Ou seja, a PLP faz parte do processo pelo qual um aprendiz se torna um membro de uma CdP.
  • 8. NÍVEIS DE PARTICIPAÇÃO exterior coordenação central activa periférica Constelações de comunidades de prática
  • 9. ELEMENTOS ESTRUTURANTES Prática Domínio os métodos, as histórias, ‘terreno comum’ os casos, os instrumentos, ‘área de investigação’ os documentos... a razão de ser da comunidade ‘repertório comum’ Comunidade relações entre os membros partilha sentido de pertença
  • 10. ASPECTOS CENTRAIS  autonomia  empenhamento  liderança partilhada (papéis desempenhados e negociáveis)  responsabilidade e interdependência  negociação de sentido  participação legítima periférica  aprendizagem (situada e/ou distribuída)
  • 11. TEORIA DA APRENDIZAGEM Aprendizagem situada/distribuída  aprende-se através de processos de participação social  experiência – situações de cooperação  itinerário partilhado  estrutura social – currículo  aprendiz - mestre .... em vez de perguntar que processos cognitivos estão implícitos na aprendizagem perguntamos que tipo de interacção e empenhamento social fornece o contexto ideal para que a aprendizagem tenha lugar...
  • 12. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO/INTERACÇÃO Ideias Compre Os m eus A minha  Filtros dos na -ensão filtros mensagem outros minha do cabeça outro Tenho uma ideia que Percepções, Digo ou faço qualquer Percepções, O significado que quero dar a conhecer estereótipos e coisa para dar a estereótipos e o outro atribui ao preconceitos próprios conhecer a minha preconceitos do que ouve ou vê de: ideia outro, próprios de: - a minha idade - a sua idade - o meu sexo - o seu sexo - a minha classe - a sua classe social social - a minha profissão - a sua profissão tal como a minha cultura tal como a sua me ‘ensinou’ cultura lhe ‘ensinou’ Retroacção/Feedback In LaFortune, L. Gaudet, É. (2000). Une pédagogie interculturelle. Pour une éducation à la citoyenneté. Éditions du Renouveau Pédagogique.
  • 13. O QUE SEPARA AS CVA DAS CDP? Respostas do Fórum Comunidades de Prática e …. (Facebook) “I think a CoP is also a Learning community, as learning co-exists as part of the community members' practice, but there isn't a very clear difference between the 2. In the end what matters is that the participants learn what they need and what they want to learn. Since they learn together, they form a community. I think that a Community of Practice (CoP) in comparison to a learning Community (LC) emphasizes more the interaction among individuals and the social aspect of learning. It also refers to learning related to the exploration of ideas, which frequently leads to innovation. There is also an applicability of what is learned to the professional environment.” Cristina Costa University of Salford
  • 14. “For what it is worth, I think that a Community of Practice will always be a Learning Community, but a Learning Community need not always be a Community of Practice. (…) Communities of Practice are about learning - that is what the reason they exist. (…) However, CoPs only deal with one form of learning called variously social learning / informal learning /situated learning / learning by doing / social learning: other groups (which may or may not be described as communities) also engage in learning. It is quite easy to conceive of a group of people in, for example, a traditional classroom setting who come together to learn. Consequently, depending on how you define community, all sorts of groups could be described as a "learning communities" but, to my mind, they could not all be described as a Community of Practice.  Where does the boundary lie between a learning community and a community of practice? - that is more difficult to answer. If you look at the Wenger's work you can see that he has shifted ground on this over the years. Chris Kimble University of York
  • 15. I interprete CoP as a group of practitioners who share common interest and identity in learning, innovating and exploring more about a particular area where learning includes a significant element of hands on experience.  A learning community on the other hand need not have a shared identity and learning can be theoretical base. It need not be tied to a practitioner based form of learning that is usual for CoP.   Lee Chao Rui Hong Kong
  • 16. “A learning community would probably be a CoP but not necessarily vice versa. You asked what makes a CoP. I worked on the following basis: (1) there is some common ground - the knowledge, beliefs and suppositions shared by members of the community (2) common purpose - there will be a common purpose or motivation which will give the group an internal impetus. The motivation of the members is what makes it a CoP. Even when the group is formally constituted, part of what makes it a CoP will be the internal motivation that drives the group rather than any external pressures. (3) Legitimate Peripheral Participation - I still think Lave and Wenger's LPP is a key feature of a CoP (4) Fluidity/Regeneration - the fluidity refers to the arrival of newcomers and the departure of old-timers. (5) Evolution - a CoP will go thro some sort of evolution. It might be that the CoP owes its very existence to evolution in that it grew out of a need and a shared interest. On the other hand the group might have been formally constituted but has evolved into a CoP (6) Relationships - relationships are a key part of what makes it a CoP. It is possible for a team to become a CoP as informal relationships begin to devlop and the source of legitimation changes in emphasis (7) Community/Identity - the internal motivation and the development of relationships contribute to a feeling of identity (8) Narration - often a means by which soft knowledge is developed. Story telling was a key part of Lave & Wenger's original examples and shown as a central part of the transition from newcomer to old-timer (9) Dynamism/creation of new knowledge - dynamism relates to the social distribution of the knowledge within the group. Over a period of time as the group's work progresses, different members will learn different things at different rates and people will become 'gurus' of different aspects. This process can also help create new knowledge eg as people bounce ideas off each other to solve problems (10) Informal - it is often the case that a CoP has no hierarchy and has no specific deliverable . The group is run on informal lines. this has close links with the legitimation aspect of LPP. In such an informal group the legitimation is bestowed by the informal relationships and not by and externally imposed rank. (11) unofficial - this is relevant to a CoP in an organisation - in many cases a CoP is not formally created by an organisation. (12) Similar jobs - this is also relevant to where a CoP is found in an organisational context and refers to the identification of CoPs. In many cases a CoP may form around a particular job - the job is the practice. Paul Hildreth University of York
  • 18. AS COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO COMUNIDADES DE PRÁTICA Adelina Silva Universidade Aberta Porto, Fevereiro 2008