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ECONOMIA SEM TRUQUES Baseado no livro Economia Sem Truques de Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bernardo Guimarães Editora Campus
OBJETIVOS ,[object Object],[object Object]
LIBERDADE PARA ESCOLHER Nossas escolhas do dia-a-da sofrem inúmeras restrições, tais como: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
LIBERDADE PARA ESCOLHER - EXEMPLOS Em tempos de alta inflação verifica-se o inchaço dos departamentos financeiros das empresas – torna-se importante proteger as receitas da erosão inflacionária. Contudo, quando a inflação cai, os recursos são direcionados para os departamentos de recursos humanos e de marketing, pois ter os melhores profissionais e criar novos produtos vira prioridade.
O mesmo fenômeno acontece na política... Até o início do século XIX, apenas os ricos e instruídos votavam. As campanhas políticas levavam isso em consideração e programas de sociais não eram considerados . LIBERDADE PARA ESCOLHER - EXEMPLOS Mais tarde quando os pobres passaram a votar a situação mudou consideravelmente. Se o pobre vota, os olhos do político a ele se voltam.
EXTERNALIDADES Quando decidimos, comparamos os custos e os benefícios que obteremos em cada uma das opções que se apresentam. Entretanto, como estamos interagindo o tempo todo em sociedade, às vezes, os custos e benefícios das nossas escolhas recaem sobre outros, seja de maneira positiva , seja de maneira negativa.  A esses impactos da escolha individual, que transcendem os limites do indivíduo, os economistas dão o nome de “externalidades”.
EXTERNALIDADES NEGATIVAS Quando uma empresa produtora de papel lança dejetos tóxicos oriundos do processo de produção em um rio, matando seus peixes e contaminando sua água; Quando um proprietário de terras do Mato Grosso promove uma queimada em seu terreno  com vistas a abrir espaço para novas plantações ele acaba por liberar uma quantidade de gás carbônico que prejudica  a qualidade de vida de outras pessoas.
EXTERNALIDADES POSITIVAS A decisão individual de se educar é um dos mais citados atos geradores de externalidades positivas. Pessoas mais educadas (no sentido amplo da palavra) convivem melhor em sociedade, votam melhor nas eleições em que se escolhem os representantes que tomarão decisões afetando a todos, disseminam parte de seus novos conhecimentos a seus colegas de trabalho, criam filhos mais educados, respeitam mais as leis do trânsito, etc.
EXTERNALIDADES POSITIVAS – JESUS ECONÔMICO A Bíblia ensina que Jesus Cristo aconselhava:  “ amar o próximo como a si mesmo”. No linguajar do economista o ensinamento quer dizer:  “  atribua às externalidades de seus atos o mesmo valor que você atribui aos efeitos de suas ações sobre si mesmo”.
TEORIA DOS PREÇOS Os preços dos bens em uma economia de mercado são uma escolha das empresas. De uma maneira geral, o preço escolhido pela empresa dependerá de dois fatores: ,[object Object],[object Object]
TEORIA DOS PREÇOS – ANÁLISE DOS CUSTOS Custos mais altos comprimem o lucro por unidade, e à medida que este diminui, torna-se mais interessante para a empresa aumentar o preço, ainda que isso implique em alguma redução da quantidade vendida. A empresa não repassa a variação dos custos aos consumidores porque considera “justo” que eles pagam pelo aumento. A relação positiva entre preços e custos não depende dos sentimento da empresa por seus clientes. Uma empresa que apenas objetiva maximizar o lucro cobra preços mais altos quando os custos são maiores.
TEORIA DOS PREÇOS – ELASTICIDADE Além do custo, outro fator que determina os preços é a chamada elasticidade-preço da demanda. Diz-se que a demanda pelo bem é “elástica” quando um aumento do preço acarreta forte redução de vendas, e “inelástica”, no caso oposto. Quanto maior a elasticidade, menor será o preço de venda escolhido pela empresa.
TEORIA DOS PREÇOS – CONCORRÊNCIA Quando a concorrência é acirrada, as empresas que não conseguirem produzir a um custo próximo das empresas mais eficientes acabarão sendo varridas do mercado. Por quê? Sendo o preço de venda próximo ao custo de produção, as empresas com custos menores venderão seus produtos a preços inferiores aos custos de produção das empresas menos eficientes.
SALÁRIOS O salário é um preço, o preço do trabalho. Salários dependem da interação entre empresas e trabalhadores. Três fatores jogam papel importante nessa interação: ,[object Object],[object Object],[object Object]
SALÁRIOS – O CUSTO DE OPORTUNIDADE DO TRABALHO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ENDIVIDAMENTO – O PREÇO DO FUTURO Consumir mais hoje contraindo dívida no banco ou utilizando o cartão de crédito significa consumir menos amanhã; endividar-se para investir na produção, comprando máquinas ou insumos, implica ceder parte do valor produzido aos credores quando o momento do pagamento chegar. Endividar-se é, essencialmente, trocar o futuro pelo presente, poupar é o reverso da moeda. A dívida não amplia nossa capacidade de gastar: ela amplia nossa capacidade de gastar hoje e reduz as nossas possibilidade de consumo no futuro.
ENDIVIDAMENTO – O PREÇO DO FUTURO Mas de onde vêm os recursos ofertados no mercado de crédito? Os recursos vêm de alguém que não tem necessidade de compra hoje e prefere poupar para consumir mais no futuro. Para isso, ele deposita seu dinheiro no banco que intermedeia a transação com o tomador do financiamento.  Em uma operação de empréstimo, o tomador está comprando dinheiro hoje e dando em troca, ou melhor, se comprometendo a dar em troca dinheiro amanhã.
O JURO É O PREÇO DO FUTURO O juro é o preço do futuro, ou melhor, o preço relativo entre dinheiro no futuro e dinheiro hoje. Se a taxa de juros é de 10% ao ano, R$ 100 hoje equivalem a R$ 110 daqui a um ano. Os  R$ 10 são o custo de ter as coisas hoje ao invés de no futuro. Dessa forma, o aumento do preço do crédito – a taxa de juros – desestimula a demanda por dinheiro hoje, e estimula simultaneamente a poupança, que é o mesmo que estimular a demanda por dinheiro amanhã. O presente fica mais caro, e o futuro mais barato, e em vista disso as pessoas alteram suas escolhas.
ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO Um dos fatores que atrapalha o funcionamento dos mercados é o que os economistas chamam de “assimetria de informação” entre as partes envolvidas em uma transação. Por exemplo, para um comprador é muito difícil avaliar a qualidade dos automóveis usados à venda. Devido a isso, o comprador não está disposto a pagar por um bom carro usado tanto quanto estaria se tivesse informação precisa sobre sua qualidade. Do outro lado da transação, o dono de um bom carro usado possui melhor informação sobre seu automóvel e não está disposta a vendê-lo a um preço baixo. Essa assimetria de informação sobre a qualidade do carro é um problema sério porque pode inviabilizar a informação.
COMÉRCIO Comércio nada mais é do que a tecnologia que nos permite trocar  um produto qualquer por outro diferente. O comércio é equivalente a uma invenção tecnológica de última geração que possibilita transformar laranja, que nós, brasileiros, temos em abundância, em vinho de alta qualidade, que não produzimos em nosso territórios por motivos ligados ao clima, ao solo e aos processos produtivos.
CRÉDITO – UMA FORÇA LIBERTADORA Os intermediários do mercado financeiro são os responsáveis por promover o encontro dos indivíduos que querem guardar recursos para o futuro com os que precisam desse dinheiro hoje para investir, digamos abrir um novo negócio. Os bancos surgem para intermediar essa transação por que a operação direta é custosa, arriscada e ineficiente. Os bancos são especialistas em captar os recursos dos poupadores e alocá-los onde lhes parece mais rentável. Os profissionais do mercado financeiro usam seu tempo coletando e analisando informações sobre empresas nas quais podem alocar o dinheiro dos poupadores.
CRÉDITO – UMA FORÇA LIBERTADORA ,[object Object],[object Object],[object Object]

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  • 2. ECONOMIA SEM TRUQUES Baseado no livro Economia Sem Truques de Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bernardo Guimarães Editora Campus
  • 3.
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  • 5. LIBERDADE PARA ESCOLHER - EXEMPLOS Em tempos de alta inflação verifica-se o inchaço dos departamentos financeiros das empresas – torna-se importante proteger as receitas da erosão inflacionária. Contudo, quando a inflação cai, os recursos são direcionados para os departamentos de recursos humanos e de marketing, pois ter os melhores profissionais e criar novos produtos vira prioridade.
  • 6. O mesmo fenômeno acontece na política... Até o início do século XIX, apenas os ricos e instruídos votavam. As campanhas políticas levavam isso em consideração e programas de sociais não eram considerados . LIBERDADE PARA ESCOLHER - EXEMPLOS Mais tarde quando os pobres passaram a votar a situação mudou consideravelmente. Se o pobre vota, os olhos do político a ele se voltam.
  • 7. EXTERNALIDADES Quando decidimos, comparamos os custos e os benefícios que obteremos em cada uma das opções que se apresentam. Entretanto, como estamos interagindo o tempo todo em sociedade, às vezes, os custos e benefícios das nossas escolhas recaem sobre outros, seja de maneira positiva , seja de maneira negativa. A esses impactos da escolha individual, que transcendem os limites do indivíduo, os economistas dão o nome de “externalidades”.
  • 8. EXTERNALIDADES NEGATIVAS Quando uma empresa produtora de papel lança dejetos tóxicos oriundos do processo de produção em um rio, matando seus peixes e contaminando sua água; Quando um proprietário de terras do Mato Grosso promove uma queimada em seu terreno com vistas a abrir espaço para novas plantações ele acaba por liberar uma quantidade de gás carbônico que prejudica a qualidade de vida de outras pessoas.
  • 9. EXTERNALIDADES POSITIVAS A decisão individual de se educar é um dos mais citados atos geradores de externalidades positivas. Pessoas mais educadas (no sentido amplo da palavra) convivem melhor em sociedade, votam melhor nas eleições em que se escolhem os representantes que tomarão decisões afetando a todos, disseminam parte de seus novos conhecimentos a seus colegas de trabalho, criam filhos mais educados, respeitam mais as leis do trânsito, etc.
  • 10. EXTERNALIDADES POSITIVAS – JESUS ECONÔMICO A Bíblia ensina que Jesus Cristo aconselhava: “ amar o próximo como a si mesmo”. No linguajar do economista o ensinamento quer dizer: “ atribua às externalidades de seus atos o mesmo valor que você atribui aos efeitos de suas ações sobre si mesmo”.
  • 11.
  • 12. TEORIA DOS PREÇOS – ANÁLISE DOS CUSTOS Custos mais altos comprimem o lucro por unidade, e à medida que este diminui, torna-se mais interessante para a empresa aumentar o preço, ainda que isso implique em alguma redução da quantidade vendida. A empresa não repassa a variação dos custos aos consumidores porque considera “justo” que eles pagam pelo aumento. A relação positiva entre preços e custos não depende dos sentimento da empresa por seus clientes. Uma empresa que apenas objetiva maximizar o lucro cobra preços mais altos quando os custos são maiores.
  • 13. TEORIA DOS PREÇOS – ELASTICIDADE Além do custo, outro fator que determina os preços é a chamada elasticidade-preço da demanda. Diz-se que a demanda pelo bem é “elástica” quando um aumento do preço acarreta forte redução de vendas, e “inelástica”, no caso oposto. Quanto maior a elasticidade, menor será o preço de venda escolhido pela empresa.
  • 14. TEORIA DOS PREÇOS – CONCORRÊNCIA Quando a concorrência é acirrada, as empresas que não conseguirem produzir a um custo próximo das empresas mais eficientes acabarão sendo varridas do mercado. Por quê? Sendo o preço de venda próximo ao custo de produção, as empresas com custos menores venderão seus produtos a preços inferiores aos custos de produção das empresas menos eficientes.
  • 15.
  • 16.
  • 17. ENDIVIDAMENTO – O PREÇO DO FUTURO Consumir mais hoje contraindo dívida no banco ou utilizando o cartão de crédito significa consumir menos amanhã; endividar-se para investir na produção, comprando máquinas ou insumos, implica ceder parte do valor produzido aos credores quando o momento do pagamento chegar. Endividar-se é, essencialmente, trocar o futuro pelo presente, poupar é o reverso da moeda. A dívida não amplia nossa capacidade de gastar: ela amplia nossa capacidade de gastar hoje e reduz as nossas possibilidade de consumo no futuro.
  • 18. ENDIVIDAMENTO – O PREÇO DO FUTURO Mas de onde vêm os recursos ofertados no mercado de crédito? Os recursos vêm de alguém que não tem necessidade de compra hoje e prefere poupar para consumir mais no futuro. Para isso, ele deposita seu dinheiro no banco que intermedeia a transação com o tomador do financiamento. Em uma operação de empréstimo, o tomador está comprando dinheiro hoje e dando em troca, ou melhor, se comprometendo a dar em troca dinheiro amanhã.
  • 19. O JURO É O PREÇO DO FUTURO O juro é o preço do futuro, ou melhor, o preço relativo entre dinheiro no futuro e dinheiro hoje. Se a taxa de juros é de 10% ao ano, R$ 100 hoje equivalem a R$ 110 daqui a um ano. Os R$ 10 são o custo de ter as coisas hoje ao invés de no futuro. Dessa forma, o aumento do preço do crédito – a taxa de juros – desestimula a demanda por dinheiro hoje, e estimula simultaneamente a poupança, que é o mesmo que estimular a demanda por dinheiro amanhã. O presente fica mais caro, e o futuro mais barato, e em vista disso as pessoas alteram suas escolhas.
  • 20. ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO Um dos fatores que atrapalha o funcionamento dos mercados é o que os economistas chamam de “assimetria de informação” entre as partes envolvidas em uma transação. Por exemplo, para um comprador é muito difícil avaliar a qualidade dos automóveis usados à venda. Devido a isso, o comprador não está disposto a pagar por um bom carro usado tanto quanto estaria se tivesse informação precisa sobre sua qualidade. Do outro lado da transação, o dono de um bom carro usado possui melhor informação sobre seu automóvel e não está disposta a vendê-lo a um preço baixo. Essa assimetria de informação sobre a qualidade do carro é um problema sério porque pode inviabilizar a informação.
  • 21. COMÉRCIO Comércio nada mais é do que a tecnologia que nos permite trocar um produto qualquer por outro diferente. O comércio é equivalente a uma invenção tecnológica de última geração que possibilita transformar laranja, que nós, brasileiros, temos em abundância, em vinho de alta qualidade, que não produzimos em nosso territórios por motivos ligados ao clima, ao solo e aos processos produtivos.
  • 22. CRÉDITO – UMA FORÇA LIBERTADORA Os intermediários do mercado financeiro são os responsáveis por promover o encontro dos indivíduos que querem guardar recursos para o futuro com os que precisam desse dinheiro hoje para investir, digamos abrir um novo negócio. Os bancos surgem para intermediar essa transação por que a operação direta é custosa, arriscada e ineficiente. Os bancos são especialistas em captar os recursos dos poupadores e alocá-los onde lhes parece mais rentável. Os profissionais do mercado financeiro usam seu tempo coletando e analisando informações sobre empresas nas quais podem alocar o dinheiro dos poupadores.
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