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Amanda da Costa da Silveira
Orientação: prof. William B. Gomes
Bolsista de IC: Manoela Ziebell de Oliveira
Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição.
George Mead
William James
(no Brasil, 1865)
Charles Sanders Peirce
Norbert Wiley (1994) propôs “modelo Peirce-Mead”:
Conversação interna enquanto um diálogo inter e
intrapessoal que ocorre entre três papéis temporais de
si mesmo ou self
- Entrevista
- Questionário de auto-relato
Tarefa: resolução de problemas
1ª pessoa
3ª pessoa
O Self Semiótico:
Se a cognição de qualquer objeto é mediada por signos,
então o mesmo processo ocorre quando pensamos em nós
mesmos ou nos outros.
Self: resultado das
comunicações sociais e
sua unidade está nos
signos
O self não é fisiológico nem
psicológico, ele compreende a
consistência lógica de seus
sentimentos, ações e
pensamentos, os quais também
são uma consistência da
simbolização: “Minha linguagem é
a soma total do meu self.”
(C. S. Peirce, 1997, p. 192)
sai
SelfSelf
3. Conversa3. Conversa InternaInterna
1. Objetos1. Objetos
2. Relaç2. Relaç ão com outrosão com outros
Morin, 1990, 1993.
• Não é fisiológico nem psicológico, mas, sim, a consistência
existente nos sentimentos, ações e pensamentos, ou seja, a
consistência da simbolização: “Minha linguagem é a soma
total do meu self” (Peirce, 1997, p. 162)
• Resultado das comunicações sociais e sua unidade está
nos signos
SelfSelf
3. Conversa3. Conversa InternaInterna
1. Objetos1. Objetos
2. Relaç2. Relaç ão com outrosão com outros
Morin, 1990, 1993.
• Consistência existente entre sentimentos, ações e
pensamentos, ou seja, a consistência do processo de produção
de sentido:
“Minha linguagem é a soma total do meu self” (Peirce, 1997, p. 162)
• Resultado das comunicações sociais e sua unidade está nos
signos
 Atividade de se conversar
silenciosamente consigo mesmo.
self-talk
subvocal speech
inner dialogue
internal dialogue
monologue
utterances
self-statements
automatic thoughts.
Morin, 2006.
ConversaçConversaçãoão InternaInterna
Reflexividade
 Uma atenção que está em nós. (Leibniz, 1988)
 Para Wiley (1994), conversação interna é
reflexividade.
 Paradoxo da auto-absorção:
Altos escores de autoconsciência privada correlacionaram
positivamente com distúrbios psicológicos (ex.: Depressão)
- fator neuroticismo
Trapnell & Campbell, 1999,
Reflexão x Ruminação
 Reflexão:
Intellectual self-
attentiveness
(Curiosidade)
 Ruminação:
Neurotic self-
attentiveness
(Ansiedade)
Trapnell & Campbell, 1999.
Dados empíricos
1990 - 2007
* Wiley (1994) apresenta apenas dados ilustrativos
da conversação interna observada, ex.: fala durante
o sono, ou conversa de uma secretária consigo
mesma durante o trabalho.
Estudos quantitativos
 Self Observation Auto-Verbalization Inventory (Morin, 1993)
 Scale of Inner Speech (Siegrist, 1995)
Estudos qualitativos
 Bertau, 1999: Método da CI Verbalizada na resolução de
problemas com o Teste Matrizes Progressivas de Raven.
 DeSouza, 2005: Estudo das Relações Dialógicas na CI.
Análise fenomenológico-semiótica nos dados da CI
verbalizada na resolução de problemas.
Descrição visual Raciocínio lógico Diálogos
informacional comunicacional
Registrar e propor formas de análise
para a manifestação audível da
conversação interna, comparando-a com
medidas de reflexividade.
Até realizei estudo como a Bertau
para ver medidas de verbalização..
Objetivo:
 A externalização da conversa interna deverá
corresponder ao modelo semiótico de Wiley;
 A qualidade e não a quantidade de verbalização
estará associada a maior resolução de problemas;
 Os perfis ruminativos deverão se associar com
neuroticismo;
 A predominância de reflexividade e ruminação
não afetará o desempenho na resolução de
problemas.
Expectativas:
Instrumentos Participantes
1. Questionário de Ruminação e
Reflexão (QRR)
(Trapnell & Cambpell, 1999 / Zanon & Teixeira, 2006)
2. Escala Fatorial de Ajustamento
Emocional/Neuroticismo (EFN)
(Hutz & Nunes, 2001)
3. Teste Matrizes Progressivas de
Raven - Escala Avançada (TMPR)
(Segundo o Método de Conversação Interna
Verbalizada de Bertau, 1999)
4. Entrevista de Complementação
(Investiga a perspectiva experiencial dos participantes
quanto à CI )
39
participantes
Idade = 19,33
DP = 6,8
23
participantes
15 mulheres
8 homens
Método:
Análise dos dados
 Combinação de critérios qualitativos e quantitativos.
1. Levantamento das medidas
delimitadoras da CI
Tempo
Nº de palavras
Acertos
Perfis ruminativos e
reflexivos Neuroticismo
QRR EFN
2. Correlação
3. Correlação
4. Análise qualitativa
dos dados
TMPR
5. Estudo de casos
extremos
Critério de seleção
dos casos
Critério de avaliação
dos casos
6. Análise qualitativa fenomenológica
Entrevista de complementação
3ª pessoa
1ª pessoa
5. Estudo de casos
extremos
Tempo
Duração média: 40’41”
15’63” - 121’08”
 Diretamente
proporcional à
dificuldade da tarefa
Nº de palavras
 Média: 2649,61
palavras
687 - 9157 palavras
 Diretamente
proporcional à
dificuldade da tarefa
Desempenho
 Desempenho médio:
77,1%
22% - 97%
 Inversamente
proporcional à
dificuldade da tarefa
Resultados:
1. Levantamento das medidas delimitadoras da CI
2. Classificação dos perfis:
Reflexão, ruminação e neuroticismo
 n = 39
 Ruminação: m = 42.72 (DP = 9.31)
 Reflexão: m = 47.97 (DP = 6.23)
 Nove diferentes perfis baixo/médio/alto - ruminação/reflexão
 Neuroticismo:
 Correlação positiva moderada com Ruminação (r
= .514, p < .001)
3. TMPR x QRR
 n = 23
 Correlação positiva alta (r = .760, p < .001) entre
tempo de realização do TMPR e número de palavras
verbalizadas
 Não se encontrou correlação significativa entre perfis
ruminativos, reflexivos e tempo, número de palavras
verbalizadas e desempenho dos participantes no
TMPR.
 Variações entre os participantes reforçaram
necessidade de se estudar os casos individualmente.
4. Análise qualitativa das
manifestações audíveis da CI
 Aplicação da classificação de enunciados
desenvolvida no estudo fenomenoloógico de
DeSouza (2005).
 Acrescentou-se distinção entre o objeto da CI
centrado na tarefa ou no próprio sujeito
(self).
Tem um tezinho, uma cruzinha, e um negocinho com
um negocinho embaixo. Nesse aqui é um tezinho
com um outro aqui. (P 23)
Bah, eu tô ouvindo uns pensamentos, tô
tentando bani-los pra não precisar dizer… (P 13)
Ocorre um desmonte. De cima pra baixo ocorre um
desmonte. O círculo sai pra fora, o círculo desliza pra
fora (P 15)
Quanto mais eu falo menos eu me concentro! (P 02)
Cara, se concentra! (P 13)
Então talvez os dois embaixo a direita e o branquinho, sei lá, em cima, à esquerda.
Não! Não tem nenhum. (P 23)
Estou no caminho… não, não vou chegar a lugar nenhum assim, é… (P 15)
Que que tem a ver uma coisa com a outra? Depois uma riscada… (P 23)
Será que tem alguma profissão que seja só fazer isso? (P 13)
Só que então como é que vai ser? Vai ser do outro lado. (P 23)
E daí o que que eu vou fazer? Não sei! Que droga! (P 23)
Teria que ser o 1 ou teria que ser o 7? Teria que ser o 1, porque eu to vendo pela
primeira linha que ele não está deitado, está apenas curvo. (P 17)
Como é que eu poderia descrever isso? Bom pra mIm é difícil descrever, mas eu
vejo que de cima pra baixo ocorre a soma dos padrões d'água... (P 15)
Será que vai ser um x? Não. (P23)
Tô demorando muito? Não, tô bem… (P 17)
Ai, que bizarro isso aqui, meu Deus! (P 03)
Ah, entendi! (P 03)
5. Estudo de casos extremos
Justificativa:Justificativa:Observação de regularidades intra e
interparticipantes
RavenRaven
QRRQRR
CritCritério classificatório para os sete casos:ério classificatório para os sete casos:
Conteúdo Forma
DiálogosDiálogos
DiálogosDiálogos
DescriçãoDescrição //
RaciocínioRaciocínio
P11
Desempenho: 97%
Verbalizações pessoais: 25%
Conteúdo Forma
Conteúdo Forma
P11
Desempenho: 97%
Verbalizações pessoais: 25%
P02
Desempenho: 80%
Verbalizações pessoais: 19%
P15
Desempenho: 22%
Verbalizações pessoais: 41%
P11
Desempenho: 97%
Verbalizações pessoais: 25%
P12
Desempenho: 89%
Verbalizações pessoais: 25%
P18
Desempenho: 64%
Verbalizações pessoais: 64%
P14
Desempenho: 50%
Verbalizações pessoais: 0,0%
P15
Desempenho: 89%
Verbalizações pessoai1: 25%
6. A experiência de conversar internamente
Como os participantes percebem sua própria conversa interna.
Funções da CI
(Mundo externo x
interno)
CI descrita como capaz de:
 Organizar o pensamento lógico em resolução de tarefas específicas
 Nomear sentimentos e aspectos emocionais para si mesmo
Contexto em que a
CI é usada
 Ferramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de ações doFerramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de ações do passadopassado););
 Auxilio na organização do pensamento para resolver problemas (reflexão noAuxilio na organização do pensamento para resolver problemas (reflexão no
presentepresente););
 Ensaio para situações em que ocorrerá um diálogo externo (reflexão sobre algoEnsaio para situações em que ocorrerá um diálogo externo (reflexão sobre algo
futurofuturo););
 Pensamento indesejado que os participantes procuram evitar, por aparecerPensamento indesejado que os participantes procuram evitar, por aparecer
como obstáculo na resolução de problemascomo obstáculo na resolução de problemas
Verbalizar a CI? Preferência dos participantes em verbalizar a conversa interna em contextosPreferência dos participantes em verbalizar a conversa interna em contextos
privados e evitprivados e evitáá-la em público.-la em público.
CI na pesquisa A conversa interna é percebida como diferente da conversa pensada e nãoA conversa interna é percebida como diferente da conversa pensada e não
verbalizada.verbalizada.
A conversa interna verbalizada passa por uma espécie de “filtro”: nem sempre seA conversa interna verbalizada passa por uma espécie de “filtro”: nem sempre se
fala o que se pensou.fala o que se pensou.
A conversa interna é um fenômeno em que os participantes nunca haviamA conversa interna é um fenômeno em que os participantes nunca haviam
prestado atenção.prestado atenção.
 exemplos
Funções da CI
(Mundo
externo x
interno)
CI descrita como capaz de:
 Organizar o pensamento lógico em resolução de tarefas
específicas
 Nomear sentimentos e aspectos emocionais para si
mesmo
ÉÉ que sempre que eu resolvo matemática, exercícios, euque sempre que eu resolvo matemática, exercícios, eu
falo comigo, senão eu não consigo fazer.falo comigo, senão eu não consigo fazer.
Às vezes algum problema, tipo, sei lá. Digamos que euÀs vezes algum problema, tipo, sei lá. Digamos que eu
tenha discutido com alguém, assim, e isso me deixatenha discutido com alguém, assim, e isso me deixa
preocupada, né? Aí eu acabo pensando (...) E às vezespreocupada, né? Aí eu acabo pensando (...) E às vezes
eu acabo falando, acabo exteriorizando, assimeu acabo falando, acabo exteriorizando, assim
Contexto em
que a CI é
usada
 Ferramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão deFerramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de
ações doações do passadopassado););
 Auxilio na organização do pensamento para resolverAuxilio na organização do pensamento para resolver
problemas (reflexão noproblemas (reflexão no presentepresente););
 Ensaio para situações em que ocorrerá um diálogoEnsaio para situações em que ocorrerá um diálogo
externo (reflexão sobre algoexterno (reflexão sobre algo futurofuturo););
 Pensamento indesejado que os participantes procuramPensamento indesejado que os participantes procuram
evitar, por aparecer como obstáculo na resolução deevitar, por aparecer como obstáculo na resolução de
problemasproblemas
Eu digo assim, ai, ‘por que que eu fiz isso. Por que queEu digo assim, ai, ‘por que que eu fiz isso. Por que que
eu não fiz diferente?’ e aí ‘eu devia ter ficado quieta’,eu não fiz diferente?’ e aí ‘eu devia ter ficado quieta’,
sabe? Aquelas assim, ‘não devia ter gaguejado tanto’,sabe? Aquelas assim, ‘não devia ter gaguejado tanto’,
sabe?sabe?
É mais fácil. Se eu conseguir externar o que tem dentroÉ mais fácil. Se eu conseguir externar o que tem dentro
prá organizar. Porque às vezes fica uma bagunça, aí euprá organizar. Porque às vezes fica uma bagunça, aí eu
não consigo me organizarnão consigo me organizar
Quando eu tenho alguma coisa prá fazer, tipo algumQuando eu tenho alguma coisa prá fazer, tipo algum
trabalho prá apresentar, eu repasso todo ele em voz altatrabalho prá apresentar, eu repasso todo ele em voz alta
(...) eu uso a voz interna prá me sentir mais segura(...) eu uso a voz interna prá me sentir mais segura
Sabe que esses dias eu não consegui dormir de tantoSabe que esses dias eu não consegui dormir de tanto
pensar? Às vezes eu me sinto rápida, assim, sabepensar? Às vezes eu me sinto rápida, assim, sabe
Verbalizar a
CI?
Preferência dos participantes em verbalizar a conversaPreferência dos participantes em verbalizar a conversa
interna em contextos privados e evitinterna em contextos privados e evitáá-la em público.-la em público.
Daí eu, nossa, na hora que eu acabei de falar, que euDaí eu, nossa, na hora que eu acabei de falar, que eu
ouvi, sabe? Eu acho que foi quase tudo ao mesmoouvi, sabe? Eu acho que foi quase tudo ao mesmo
tempo:eu percebi que eu falei alto e ela me perguntou. Etempo:eu percebi que eu falei alto e ela me perguntou. E
aquilo me causou uma vergonha, sabe ‘Nossa, meu deusaquilo me causou uma vergonha, sabe ‘Nossa, meu deus
do Céu, se ela soubesse, assim, ela ia me achar louca,do Céu, se ela soubesse, assim, ela ia me achar louca,
falar comigo mesma, assim.falar comigo mesma, assim.
CI na pesquisa A conversa interna é percebida como diferente daA conversa interna é percebida como diferente da
conversa pensada e não verbalizada.conversa pensada e não verbalizada.
A conversa interna verbalizada passa por uma espécieA conversa interna verbalizada passa por uma espécie
de “filtro”: nem sempre se fala o que se pensou.de “filtro”: nem sempre se fala o que se pensou.
A conversa interna é um fenômeno em que osA conversa interna é um fenômeno em que os
participantes nunca haviam prestado atenção.participantes nunca haviam prestado atenção.
Ah não, mas aí se a pessoa falar sobre o que ela acha,Ah não, mas aí se a pessoa falar sobre o que ela acha,
não é bem o que ela pensa.não é bem o que ela pensa.
Tipo naquelas folhinhas que tu entregou, aí às vezes temTipo naquelas folhinhas que tu entregou, aí às vezes tem
várias coisas que tu fica tipo ‘não vou responder isso,várias coisas que tu fica tipo ‘não vou responder isso,
porque vão achar ah, não, sabe, que eu faço errado’,porque vão achar ah, não, sabe, que eu faço errado’,
tipo. Mas aí tu acaba pensando ‘não, vamos sertipo. Mas aí tu acaba pensando ‘não, vamos ser
sinceras’, né? (...) Acaba pensando um pouco sobre assinceras’, né? (...) Acaba pensando um pouco sobre as
coisas de como é que tu age em determinadascoisas de como é que tu age em determinadas
situações, assim, é legal.situações, assim, é legal.
Discussão
 Quantidade de CI foi diretamente proporcional à
dificuldade do problema (Bertau, 1999), mas não esteve
associada ao sucesso na resolução do problema nem à
ruminação. Isso indicou que a evidência pode estar no
conteúdo, e não na forma dos enunciados verbalizados.
Conteúo x forma da Conversa Interna
Sugestão de diferenciar ruminaçãoruminação de ruminaçãoruminação
sobre o selfsobre o self e reflexãoreflexão de reflexãoreflexão sobre o selfsobre o self.
 Estudo indicou que reflex es sõ obre traços de
personalidade e traços físicos dos próprios participantes e
de uma personalidade (a rainha da Dinamarca) ativam
diferentes regiões cerebrais. (Kjaer, Nowak & Lou, 2002)
 Enunciados cujo foco está no self e não na tarefa podem
influenciar o comportamento adaptativo e melhorar o
desempenho na tarefa (Rohrkemper, 1986)
Conteúdo: falar sobre si ou sobre o problema?
O tema da CI:
 Realidade conhecida mas nem sempre é objeto de
atenção ou interesse (Archer, 2003)
 Temporalidade como dinâmica marcante do self
(DeSouza, 2005): CI reconhecida no planejamento
de ações futuras, na solução de tarefas no presente
e na reconsideração de ações do passado
 Conversar consigo mesmo: negativo e positivo:
ruminação x reflexão (Trapnell & Campbell, 1999)
Atenção do self sobre si mesmo
 Modelo de Wiley fica evidente nas perguntas pessoais:
fazer uma pergunta a si mesmo subentende que você
sabe a resposta.
Modelo de Wiley
www.ufrgs.br/museupsi
amandadacosta@gmail.com

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Inner speech and first and third person data

  • 1. Amanda da Costa da Silveira Orientação: prof. William B. Gomes Bolsista de IC: Manoela Ziebell de Oliveira Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição.
  • 2.
  • 5. Norbert Wiley (1994) propôs “modelo Peirce-Mead”:
  • 6. Conversação interna enquanto um diálogo inter e intrapessoal que ocorre entre três papéis temporais de si mesmo ou self
  • 7.
  • 11. O Self Semiótico: Se a cognição de qualquer objeto é mediada por signos, então o mesmo processo ocorre quando pensamos em nós mesmos ou nos outros. Self: resultado das comunicações sociais e sua unidade está nos signos O self não é fisiológico nem psicológico, ele compreende a consistência lógica de seus sentimentos, ações e pensamentos, os quais também são uma consistência da simbolização: “Minha linguagem é a soma total do meu self.” (C. S. Peirce, 1997, p. 192) sai
  • 12. SelfSelf 3. Conversa3. Conversa InternaInterna 1. Objetos1. Objetos 2. Relaç2. Relaç ão com outrosão com outros Morin, 1990, 1993. • Não é fisiológico nem psicológico, mas, sim, a consistência existente nos sentimentos, ações e pensamentos, ou seja, a consistência da simbolização: “Minha linguagem é a soma total do meu self” (Peirce, 1997, p. 162) • Resultado das comunicações sociais e sua unidade está nos signos
  • 13. SelfSelf 3. Conversa3. Conversa InternaInterna 1. Objetos1. Objetos 2. Relaç2. Relaç ão com outrosão com outros Morin, 1990, 1993. • Consistência existente entre sentimentos, ações e pensamentos, ou seja, a consistência do processo de produção de sentido: “Minha linguagem é a soma total do meu self” (Peirce, 1997, p. 162) • Resultado das comunicações sociais e sua unidade está nos signos
  • 14.  Atividade de se conversar silenciosamente consigo mesmo. self-talk subvocal speech inner dialogue internal dialogue monologue utterances self-statements automatic thoughts. Morin, 2006. ConversaçConversaçãoão InternaInterna
  • 15. Reflexividade  Uma atenção que está em nós. (Leibniz, 1988)  Para Wiley (1994), conversação interna é reflexividade.  Paradoxo da auto-absorção: Altos escores de autoconsciência privada correlacionaram positivamente com distúrbios psicológicos (ex.: Depressão) - fator neuroticismo Trapnell & Campbell, 1999,
  • 16. Reflexão x Ruminação  Reflexão: Intellectual self- attentiveness (Curiosidade)  Ruminação: Neurotic self- attentiveness (Ansiedade) Trapnell & Campbell, 1999.
  • 17.
  • 19. * Wiley (1994) apresenta apenas dados ilustrativos da conversação interna observada, ex.: fala durante o sono, ou conversa de uma secretária consigo mesma durante o trabalho.
  • 20. Estudos quantitativos  Self Observation Auto-Verbalization Inventory (Morin, 1993)  Scale of Inner Speech (Siegrist, 1995) Estudos qualitativos  Bertau, 1999: Método da CI Verbalizada na resolução de problemas com o Teste Matrizes Progressivas de Raven.  DeSouza, 2005: Estudo das Relações Dialógicas na CI. Análise fenomenológico-semiótica nos dados da CI verbalizada na resolução de problemas. Descrição visual Raciocínio lógico Diálogos informacional comunicacional
  • 21. Registrar e propor formas de análise para a manifestação audível da conversação interna, comparando-a com medidas de reflexividade. Até realizei estudo como a Bertau para ver medidas de verbalização.. Objetivo:
  • 22.  A externalização da conversa interna deverá corresponder ao modelo semiótico de Wiley;  A qualidade e não a quantidade de verbalização estará associada a maior resolução de problemas;  Os perfis ruminativos deverão se associar com neuroticismo;  A predominância de reflexividade e ruminação não afetará o desempenho na resolução de problemas. Expectativas:
  • 23. Instrumentos Participantes 1. Questionário de Ruminação e Reflexão (QRR) (Trapnell & Cambpell, 1999 / Zanon & Teixeira, 2006) 2. Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (EFN) (Hutz & Nunes, 2001) 3. Teste Matrizes Progressivas de Raven - Escala Avançada (TMPR) (Segundo o Método de Conversação Interna Verbalizada de Bertau, 1999) 4. Entrevista de Complementação (Investiga a perspectiva experiencial dos participantes quanto à CI ) 39 participantes Idade = 19,33 DP = 6,8 23 participantes 15 mulheres 8 homens Método:
  • 24. Análise dos dados  Combinação de critérios qualitativos e quantitativos. 1. Levantamento das medidas delimitadoras da CI Tempo Nº de palavras Acertos Perfis ruminativos e reflexivos Neuroticismo QRR EFN 2. Correlação 3. Correlação 4. Análise qualitativa dos dados TMPR 5. Estudo de casos extremos Critério de seleção dos casos Critério de avaliação dos casos 6. Análise qualitativa fenomenológica Entrevista de complementação 3ª pessoa 1ª pessoa 5. Estudo de casos extremos
  • 25. Tempo Duração média: 40’41” 15’63” - 121’08”  Diretamente proporcional à dificuldade da tarefa Nº de palavras  Média: 2649,61 palavras 687 - 9157 palavras  Diretamente proporcional à dificuldade da tarefa Desempenho  Desempenho médio: 77,1% 22% - 97%  Inversamente proporcional à dificuldade da tarefa Resultados: 1. Levantamento das medidas delimitadoras da CI
  • 26. 2. Classificação dos perfis: Reflexão, ruminação e neuroticismo  n = 39  Ruminação: m = 42.72 (DP = 9.31)  Reflexão: m = 47.97 (DP = 6.23)  Nove diferentes perfis baixo/médio/alto - ruminação/reflexão  Neuroticismo:  Correlação positiva moderada com Ruminação (r = .514, p < .001)
  • 27. 3. TMPR x QRR  n = 23  Correlação positiva alta (r = .760, p < .001) entre tempo de realização do TMPR e número de palavras verbalizadas  Não se encontrou correlação significativa entre perfis ruminativos, reflexivos e tempo, número de palavras verbalizadas e desempenho dos participantes no TMPR.  Variações entre os participantes reforçaram necessidade de se estudar os casos individualmente.
  • 28. 4. Análise qualitativa das manifestações audíveis da CI  Aplicação da classificação de enunciados desenvolvida no estudo fenomenoloógico de DeSouza (2005).  Acrescentou-se distinção entre o objeto da CI centrado na tarefa ou no próprio sujeito (self).
  • 29. Tem um tezinho, uma cruzinha, e um negocinho com um negocinho embaixo. Nesse aqui é um tezinho com um outro aqui. (P 23) Bah, eu tô ouvindo uns pensamentos, tô tentando bani-los pra não precisar dizer… (P 13) Ocorre um desmonte. De cima pra baixo ocorre um desmonte. O círculo sai pra fora, o círculo desliza pra fora (P 15) Quanto mais eu falo menos eu me concentro! (P 02)
  • 30. Cara, se concentra! (P 13) Então talvez os dois embaixo a direita e o branquinho, sei lá, em cima, à esquerda. Não! Não tem nenhum. (P 23) Estou no caminho… não, não vou chegar a lugar nenhum assim, é… (P 15) Que que tem a ver uma coisa com a outra? Depois uma riscada… (P 23) Será que tem alguma profissão que seja só fazer isso? (P 13) Só que então como é que vai ser? Vai ser do outro lado. (P 23) E daí o que que eu vou fazer? Não sei! Que droga! (P 23) Teria que ser o 1 ou teria que ser o 7? Teria que ser o 1, porque eu to vendo pela primeira linha que ele não está deitado, está apenas curvo. (P 17) Como é que eu poderia descrever isso? Bom pra mIm é difícil descrever, mas eu vejo que de cima pra baixo ocorre a soma dos padrões d'água... (P 15) Será que vai ser um x? Não. (P23) Tô demorando muito? Não, tô bem… (P 17) Ai, que bizarro isso aqui, meu Deus! (P 03) Ah, entendi! (P 03)
  • 31. 5. Estudo de casos extremos Justificativa:Justificativa:Observação de regularidades intra e interparticipantes RavenRaven QRRQRR
  • 32. CritCritério classificatório para os sete casos:ério classificatório para os sete casos: Conteúdo Forma DiálogosDiálogos DiálogosDiálogos DescriçãoDescrição // RaciocínioRaciocínio
  • 35. P02 Desempenho: 80% Verbalizações pessoais: 19% P15 Desempenho: 22% Verbalizações pessoais: 41% P11 Desempenho: 97% Verbalizações pessoais: 25% P12 Desempenho: 89% Verbalizações pessoais: 25% P18 Desempenho: 64% Verbalizações pessoais: 64% P14 Desempenho: 50% Verbalizações pessoais: 0,0% P15 Desempenho: 89% Verbalizações pessoai1: 25%
  • 36. 6. A experiência de conversar internamente Como os participantes percebem sua própria conversa interna. Funções da CI (Mundo externo x interno) CI descrita como capaz de:  Organizar o pensamento lógico em resolução de tarefas específicas  Nomear sentimentos e aspectos emocionais para si mesmo Contexto em que a CI é usada  Ferramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de ações doFerramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de ações do passadopassado););  Auxilio na organização do pensamento para resolver problemas (reflexão noAuxilio na organização do pensamento para resolver problemas (reflexão no presentepresente););  Ensaio para situações em que ocorrerá um diálogo externo (reflexão sobre algoEnsaio para situações em que ocorrerá um diálogo externo (reflexão sobre algo futurofuturo););  Pensamento indesejado que os participantes procuram evitar, por aparecerPensamento indesejado que os participantes procuram evitar, por aparecer como obstáculo na resolução de problemascomo obstáculo na resolução de problemas Verbalizar a CI? Preferência dos participantes em verbalizar a conversa interna em contextosPreferência dos participantes em verbalizar a conversa interna em contextos privados e evitprivados e evitáá-la em público.-la em público. CI na pesquisa A conversa interna é percebida como diferente da conversa pensada e nãoA conversa interna é percebida como diferente da conversa pensada e não verbalizada.verbalizada. A conversa interna verbalizada passa por uma espécie de “filtro”: nem sempre seA conversa interna verbalizada passa por uma espécie de “filtro”: nem sempre se fala o que se pensou.fala o que se pensou. A conversa interna é um fenômeno em que os participantes nunca haviamA conversa interna é um fenômeno em que os participantes nunca haviam prestado atenção.prestado atenção.  exemplos
  • 37. Funções da CI (Mundo externo x interno) CI descrita como capaz de:  Organizar o pensamento lógico em resolução de tarefas específicas  Nomear sentimentos e aspectos emocionais para si mesmo ÉÉ que sempre que eu resolvo matemática, exercícios, euque sempre que eu resolvo matemática, exercícios, eu falo comigo, senão eu não consigo fazer.falo comigo, senão eu não consigo fazer. Às vezes algum problema, tipo, sei lá. Digamos que euÀs vezes algum problema, tipo, sei lá. Digamos que eu tenha discutido com alguém, assim, e isso me deixatenha discutido com alguém, assim, e isso me deixa preocupada, né? Aí eu acabo pensando (...) E às vezespreocupada, né? Aí eu acabo pensando (...) E às vezes eu acabo falando, acabo exteriorizando, assimeu acabo falando, acabo exteriorizando, assim Contexto em que a CI é usada  Ferramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão deFerramenta para reavaliar o dia-a-dia (reflexão de ações doações do passadopassado););  Auxilio na organização do pensamento para resolverAuxilio na organização do pensamento para resolver problemas (reflexão noproblemas (reflexão no presentepresente););  Ensaio para situações em que ocorrerá um diálogoEnsaio para situações em que ocorrerá um diálogo externo (reflexão sobre algoexterno (reflexão sobre algo futurofuturo););  Pensamento indesejado que os participantes procuramPensamento indesejado que os participantes procuram evitar, por aparecer como obstáculo na resolução deevitar, por aparecer como obstáculo na resolução de problemasproblemas Eu digo assim, ai, ‘por que que eu fiz isso. Por que queEu digo assim, ai, ‘por que que eu fiz isso. Por que que eu não fiz diferente?’ e aí ‘eu devia ter ficado quieta’,eu não fiz diferente?’ e aí ‘eu devia ter ficado quieta’, sabe? Aquelas assim, ‘não devia ter gaguejado tanto’,sabe? Aquelas assim, ‘não devia ter gaguejado tanto’, sabe?sabe? É mais fácil. Se eu conseguir externar o que tem dentroÉ mais fácil. Se eu conseguir externar o que tem dentro prá organizar. Porque às vezes fica uma bagunça, aí euprá organizar. Porque às vezes fica uma bagunça, aí eu não consigo me organizarnão consigo me organizar Quando eu tenho alguma coisa prá fazer, tipo algumQuando eu tenho alguma coisa prá fazer, tipo algum trabalho prá apresentar, eu repasso todo ele em voz altatrabalho prá apresentar, eu repasso todo ele em voz alta (...) eu uso a voz interna prá me sentir mais segura(...) eu uso a voz interna prá me sentir mais segura Sabe que esses dias eu não consegui dormir de tantoSabe que esses dias eu não consegui dormir de tanto pensar? Às vezes eu me sinto rápida, assim, sabepensar? Às vezes eu me sinto rápida, assim, sabe Verbalizar a CI? Preferência dos participantes em verbalizar a conversaPreferência dos participantes em verbalizar a conversa interna em contextos privados e evitinterna em contextos privados e evitáá-la em público.-la em público. Daí eu, nossa, na hora que eu acabei de falar, que euDaí eu, nossa, na hora que eu acabei de falar, que eu ouvi, sabe? Eu acho que foi quase tudo ao mesmoouvi, sabe? Eu acho que foi quase tudo ao mesmo tempo:eu percebi que eu falei alto e ela me perguntou. Etempo:eu percebi que eu falei alto e ela me perguntou. E aquilo me causou uma vergonha, sabe ‘Nossa, meu deusaquilo me causou uma vergonha, sabe ‘Nossa, meu deus do Céu, se ela soubesse, assim, ela ia me achar louca,do Céu, se ela soubesse, assim, ela ia me achar louca, falar comigo mesma, assim.falar comigo mesma, assim. CI na pesquisa A conversa interna é percebida como diferente daA conversa interna é percebida como diferente da conversa pensada e não verbalizada.conversa pensada e não verbalizada. A conversa interna verbalizada passa por uma espécieA conversa interna verbalizada passa por uma espécie de “filtro”: nem sempre se fala o que se pensou.de “filtro”: nem sempre se fala o que se pensou. A conversa interna é um fenômeno em que osA conversa interna é um fenômeno em que os participantes nunca haviam prestado atenção.participantes nunca haviam prestado atenção. Ah não, mas aí se a pessoa falar sobre o que ela acha,Ah não, mas aí se a pessoa falar sobre o que ela acha, não é bem o que ela pensa.não é bem o que ela pensa. Tipo naquelas folhinhas que tu entregou, aí às vezes temTipo naquelas folhinhas que tu entregou, aí às vezes tem várias coisas que tu fica tipo ‘não vou responder isso,várias coisas que tu fica tipo ‘não vou responder isso, porque vão achar ah, não, sabe, que eu faço errado’,porque vão achar ah, não, sabe, que eu faço errado’, tipo. Mas aí tu acaba pensando ‘não, vamos sertipo. Mas aí tu acaba pensando ‘não, vamos ser sinceras’, né? (...) Acaba pensando um pouco sobre assinceras’, né? (...) Acaba pensando um pouco sobre as coisas de como é que tu age em determinadascoisas de como é que tu age em determinadas situações, assim, é legal.situações, assim, é legal.
  • 39.  Quantidade de CI foi diretamente proporcional à dificuldade do problema (Bertau, 1999), mas não esteve associada ao sucesso na resolução do problema nem à ruminação. Isso indicou que a evidência pode estar no conteúdo, e não na forma dos enunciados verbalizados. Conteúo x forma da Conversa Interna
  • 40. Sugestão de diferenciar ruminaçãoruminação de ruminaçãoruminação sobre o selfsobre o self e reflexãoreflexão de reflexãoreflexão sobre o selfsobre o self.  Estudo indicou que reflex es sõ obre traços de personalidade e traços físicos dos próprios participantes e de uma personalidade (a rainha da Dinamarca) ativam diferentes regiões cerebrais. (Kjaer, Nowak & Lou, 2002)  Enunciados cujo foco está no self e não na tarefa podem influenciar o comportamento adaptativo e melhorar o desempenho na tarefa (Rohrkemper, 1986) Conteúdo: falar sobre si ou sobre o problema?
  • 41. O tema da CI:  Realidade conhecida mas nem sempre é objeto de atenção ou interesse (Archer, 2003)  Temporalidade como dinâmica marcante do self (DeSouza, 2005): CI reconhecida no planejamento de ações futuras, na solução de tarefas no presente e na reconsideração de ações do passado  Conversar consigo mesmo: negativo e positivo: ruminação x reflexão (Trapnell & Campbell, 1999) Atenção do self sobre si mesmo
  • 42.  Modelo de Wiley fica evidente nas perguntas pessoais: fazer uma pergunta a si mesmo subentende que você sabe a resposta. Modelo de Wiley