SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Universidade Federal da Paraíba
 Materiais de Construção Civil I




       Prof. Belarmino Lira
O que é calcário?

•   Os calcários ( do latim "calx
    -cis" , "cal" ) são rochas
    sedimentares que contêm
    minerais com quantidades
    acima de 30% de
    carbonato de cálcio
•   ( aragonita ou calcita ).

•   Quando o mineral
    predominante é a dolomita
    (CaMg{ CO3}2 ou CaCO3 .
    MgCO3) a rocha calcária é
    denominada calcário
    dolomítico.
Formação
•    Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo
    acúmulo de organismos inferiores ou precipitação de
    carbonato de cálcio na forma de bicarbonatos,
    principalmente em meio marinho. Também podem ser
    encontrados em rios, lagos e no subsolo (cavernas).

•   No caso do calcário quimiogénico, a formação é em meio
    marinho: a calcite (CaCO3), é um mineral que se pode
    formar a partir de sedimentos químicos, nomeadamente
    iões de Cálcio e Bicarbonato: Cálcio + Bicarbonato -->
    CaCO3 (calcite) + H2O (Água) + CO2 (dióxido de carbono)

•   Isto acontece quando os meios marinhos sofrem perda de
    dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao aumento
    da temperatura ou à diminuição da pressão).

•   Deste modo, para que os níveis de dióxido de carbono que
    se perdeu sejam repostos, a equação química começa a
    evoluir no sentido de formar CO2, o que leva também a
    formação de Calcite e assim à precipitação desta que, mais
    tarde, depois de uma deposição e de uma diagénese dá
    origem ao calcário
Impurezas

    As principais impurezas que contém o
    calcário são:

•     Silicas, argilas, fosfatos, carbonato de
    magnésio, gipso, glauconita, fluorita,
    óxidos de ferro e magnésio, sulfetos,
    siderita, dolomita e matéria orgânica entre
    outros.
Colorações
•   A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser
    cinza claro ou cinza escuro. Muitos calcários apresentam tons de
    vermelho, amarelo, azul ou verde dependendo do tipo e quantidade
    de impurezas que apresentam.
Lavra
• As jazidas

• Medida, indicada
• e inferida.

• O beneficiamento
  inicia-se na lavra,
Rejeitos

• Em alguns casos, o
  rejeito é utilizado para
  aterrar as partes baixas,
  para facilitar o tráfego e
  estacionamento de
  veículos. Ultimamente
  também é utilizado para
  aterrar lagos.
Classificação
                   CALCÁRIO DOLOMÍTICO - Faixa D
                  Registro de Produto ES-05260 00002-9
Natureza física             Pó solúvel      Retenção nas Peneiras
Poder de Neutralização          98,0 %    ABNT 50 (0,30mm)    98,0 %
PRNT (poder relativo
                                97,0 %    ABNT 20 (0,84mm)   100,0 %
de neutralização total)
Óxido de Magnésio               13,0 %    ABNT 10 (2,00mm)   100,0 %

Óxido de Cálcio                 37,0 %


                     CALCÁRIO CALCÍTICO - Faixa C
                  Registro de Produto ES-05260 00004-5
Natureza física              Pó solúvel      Retenção nas Peneiras
Poder de Neutralização          92,3 %    ABNT 50 (0,30mm)     85,0 %
PRNT (poder relativo de
                                86,0 %    ABNT 20 (0,84mm)     99,1 %
neutralização total)
Óxido de Magnésio                4,0 %    ABNT 10 (2,00mm)    100,0 %
Óxido de Cálcio                 46,0 %
Usos e Aplicações
• Os principais usos do calcário são:

  Produção de cimento Portland.

  Produção de cal (CaO).

  Correção do pH do solo para a agricultura.

  Produção de giz (material na forma de bastonete para
  escrever na lousa escolar}

  Fundente em metalurgia.

  Fabricação de vidro.

  Como pedra ornamental.
Calcários para a indústria de cimento
            Cimentos hidráulicos
•   Cimento hidráulico se refere à
    capacidade de endurecimento pela
    ação da água sem intervenção do ar.

•   O tipo de cimento mais importante e de
    maior aplicação é o cimento “Portland”.

•   As matérias-primas para a sua
    fabricação são o calcário, a argila e a
    gipsita. O calcário fornece o óxido de
    cálcio,

•   A argila fornece sílica, óxido de
    alumínio e óxido de ferro.
•   A gipsita é adicionada ao clínquer
    (calcário+argila), para regular o tempo
    de endurecimento da mistura após a
    adição de água.
Calcários para a indústria da cal
           cimentos não-hidráulicos
•   A cal é o resultado da calcinação de rochas calcárias quando
    aquecidas em fornos a temperaturas superiores a 725ºC. A
    qualidade comercial de uma cal depende sobretudo das
    propriedades químicas do calcário e da qualidade da queima.

•   Basicamente compreendem quatro tipos, definidos pela sua
    composição:
    cales de calcários puros (cales calcíticas)
    cales dolomíticas ou magnesianas
    cales silicosas
    cales argilosas

    As cales são constituídas basicamente de óxidos de cálcio ou de
    uma mistura de óxidos de cálcio e magnésio e podem ser
    apresentadas sob a forma de pedras ou moídas e ensacadas,
    recebendo a denominação de cal virgem ou cal viva.
Cal – aglomerante já conhecido dos egípcios,
              gregos, romanos

• Cal hidratada: hidróxido de cálcio Ca(OH) 2
  (sempre tem também MgO)
           Cal – aglomerante já conhecido dos
 vem da calcinação das rochas calcárias:
                egípcios, gregos, romanos




     CO3 + Calor => CaO + CO2

     CaO + água => Ca(OH)2
Matéria prima para produção Cal :
Rocha calcária – CaCO3; MgCO3
Britagem
Calcinação
Jazida de calcário
Calcários aplicados “in natura”

• blocos ornamentais: estatuária,
  revestimentos de interiores e exteriores,
  arte fúnebre, lajes, etc.

• britado: usado na preparação de
  argamassas e agregados, em
  pavimentos rodoviários, lastros de
  ferrovias, pedras para enrocamento,
  pedriscos para cobertura, alvenaria e
  pedras para áreas rurais.

• Quando a brita apresenta um bom
  aspecto, possibilitando o polimento, é
  utilizada na confecção de blocos
  ornamentais (pedras para terraços,
  tampos de mesa, pias e banheiros), em
  mistura com cimento branco, constituindo
  as pedras chamadas “marmorites”.
•   moído: utilizado principalmente como
    corretivo de solo para a agricultura. Para a
    utilização e comercialização as
    especificações legais exigidas estabelecem
    que os calcários devem ter as seguintes
    características físicas:

    100% das partículas menores que 2,00mm
    (peneira ABNT – 10)
    70% das partículas menores que 0,84mm
    (peneira ABNT - 20)
    50% das partículas menores que 0,30mm
    (peneira ABNT – 50)

•   Os limites mínimos para as características
    químicas são:
                                                   38% para a soma de
•   67% para o PN (poder de neutralização) ,       CaO mais MgO. É
    equivalente em carbonato de cálcio;            utilizado na correção de
                                                   solos ácidos sendo
                                                   empregados calcários,
•   45% para o PRNT (poder relativo de             calcários dolomíticos e
    neutralização total) e
                                                   dolomitos.
Benefícios do calcário ao solo
•   Proporciona os nutrientes Cálcio e Magnésio para as plantas;

•   Neutraliza a acidez do solo, reduzindo também a solubilidade do manganês,
    ferro e do alumínio, que são tóxicos às plantas quando em grandes
    quantidades;

•   Aumenta a atividade e o número de bactérias benéficas ao solo, acelerando a
    decomposição dos resíduos das plantas, liberando Nitrogênio e Fósforo,
    benéficos ao crescimento dos vegetais;

•   Com a aplicação de calcário nos solos, ficam disponíveis outros elementos mais
    raros às plantas;

•   Melhora as condições de drenagem e arejamento do solo;

•   O Cálcio afeta diretamente a ocorrência e evolução das doenças, aumentando a
    resistência das plantas ao agente causador (fungo, bactéria ou vírus), e,
    indiretamente, através da reação do solo.

•   A prática de calagem também controla parcialmente a ocorrência e a severidade
    das doenças modificando o solo de tal forma que proporciona um maior ou
    menor desenvolvimento de microrganismos prejudiciais à planta.
CLASSIFICAÇÃO DOS CORRETIVOS DO
                 SOLO

•   Natureza química dos constituintes;
•   Poder de neutralização (PN);
•   Teores de cálcio e de magnésio;
•   Solubilidade;
•   Granulometria;
•   Reatividade e efeito residual;
•   Poder Relativo de Neutralização Total
    (PRNT).
OBTENÇÃO DO CaCO3 A PARTIR DO
                  REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS
                        DA MALACOCULTURA



Malacocultura é o termo técnico utilizado, basicamente, para
 designar toda atividade de criação ou cultivo de Moluscos
    para consumo humano, sejam estes indistintamente
          marinhos, de águas doces ou terrestres.



 mais tradicional e popularmente conhecido
  tipo de criação de Moluscos no Brasil,”
Referências

• www.arvore.com.br

• http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/sedimentares/
  calcarios.html

• www.pr.gov.br/mineropar

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Calc%C3%A1rio


  www.conchasbrasil.org.br/materias/malacocultura/m
                     marinha.asp

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Idade Relativa e Idade Radiométrica
Idade Relativa e Idade RadiométricaIdade Relativa e Idade Radiométrica
Idade Relativa e Idade RadiométricaGabriela Bruno
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicasCatir
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicosmargaridabt
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticasmargaridabt
 
Rochas sedimentares classificação detríticas
Rochas sedimentares  classificação detríticasRochas sedimentares  classificação detríticas
Rochas sedimentares classificação detríticasIsabel Lopes
 
9.DataçãO Absoluta
9.DataçãO Absoluta9.DataçãO Absoluta
9.DataçãO Absolutaguestfa5e9
 
Resumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoResumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoRita Pereira
 
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11º
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11ºRelatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11º
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11ºRicardo Dias
 
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasGeo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasNuno Correia
 
Método científico
Método científicoMétodo científico
Método científicoAna Castro
 
Princípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosPrincípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosGabriela Bruno
 
Os minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasOs minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasCatir
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoMarília Pereira
 
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
Resumo   10º ano - ciclo das rochasResumo   10º ano - ciclo das rochas
Resumo 10º ano - ciclo das rochasHugo Martins
 

Mais procurados (20)

Idade Relativa e Idade Radiométrica
Idade Relativa e Idade RadiométricaIdade Relativa e Idade Radiométrica
Idade Relativa e Idade Radiométrica
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicos
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticas
 
8 vulcanologia
8   vulcanologia8   vulcanologia
8 vulcanologia
 
Abertura e fecho dos estomas
Abertura e fecho dos estomasAbertura e fecho dos estomas
Abertura e fecho dos estomas
 
Rochas sedimentares
Rochas sedimentaresRochas sedimentares
Rochas sedimentares
 
Rochas sedimentares classificação detríticas
Rochas sedimentares  classificação detríticasRochas sedimentares  classificação detríticas
Rochas sedimentares classificação detríticas
 
8 sismologia
8   sismologia8   sismologia
8 sismologia
 
9.DataçãO Absoluta
9.DataçãO Absoluta9.DataçãO Absoluta
9.DataçãO Absoluta
 
Resumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoResumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º ano
 
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11º
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11ºRelatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11º
Relatório Atividades Laboratoriais 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 11º
 
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasGeo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
 
Método científico
Método científicoMétodo científico
Método científico
 
Princípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosPrincípios Estratigráficos
Princípios Estratigráficos
 
Tabela de iões
Tabela de iõesTabela de iões
Tabela de iões
 
Os minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasOs minerais e as suas características
Os minerais e as suas características
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interação
 
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
Resumo   10º ano - ciclo das rochasResumo   10º ano - ciclo das rochas
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
 

Semelhante a Apresentação calcário

Semelhante a Apresentação calcário (20)

16 agrominerais-calcario-dolomito
16 agrominerais-calcario-dolomito16 agrominerais-calcario-dolomito
16 agrominerais-calcario-dolomito
 
Introdução e uso
Introdução e usoIntrodução e uso
Introdução e uso
 
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van RaijNovidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
 
Apostila calcario-02
Apostila calcario-02Apostila calcario-02
Apostila calcario-02
 
A8 - Tratamento de aguas.pdf
A8 - Tratamento de aguas.pdfA8 - Tratamento de aguas.pdf
A8 - Tratamento de aguas.pdf
 
Cimento Portland
Cimento PortlandCimento Portland
Cimento Portland
 
Rochas carbonatadas
Rochas carbonatadasRochas carbonatadas
Rochas carbonatadas
 
Cimento polimig
Cimento polimigCimento polimig
Cimento polimig
 
Cimento conceitos basicos
Cimento   conceitos basicos Cimento   conceitos basicos
Cimento conceitos basicos
 
Aglomerantes
AglomerantesAglomerantes
Aglomerantes
 
Aglomerantes
AglomerantesAglomerantes
Aglomerantes
 
apostila_cimentos.pdf
apostila_cimentos.pdfapostila_cimentos.pdf
apostila_cimentos.pdf
 
Descrição das principais matérias primas cerâmicas
Descrição das principais matérias primas cerâmicasDescrição das principais matérias primas cerâmicas
Descrição das principais matérias primas cerâmicas
 
Carvão
CarvãoCarvão
Carvão
 
Amaciamento de Águas
Amaciamento de ÁguasAmaciamento de Águas
Amaciamento de Águas
 
Amaciamento das Águas
Amaciamento das  ÁguasAmaciamento das  Águas
Amaciamento das Águas
 
Quartzo dióxido de silício
Quartzo dióxido de silício  Quartzo dióxido de silício
Quartzo dióxido de silício
 
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbonoAula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
 
Aglomerantes
AglomerantesAglomerantes
Aglomerantes
 
Aglomerantes
AglomerantesAglomerantes
Aglomerantes
 

Mais de PublicaTUDO

Propriedades basicas
Propriedades basicasPropriedades basicas
Propriedades basicasPublicaTUDO
 
Propriedades minerais
Propriedades mineraisPropriedades minerais
Propriedades mineraisPublicaTUDO
 
Propriedades dos materias2
Propriedades dos materias2Propriedades dos materias2
Propriedades dos materias2PublicaTUDO
 
Propriedades dos materiais
Propriedades dos materiaisPropriedades dos materiais
Propriedades dos materiaisPublicaTUDO
 
Mineração e meio ambiente iso14 a
Mineração e meio ambiente iso14 aMineração e meio ambiente iso14 a
Mineração e meio ambiente iso14 aPublicaTUDO
 
Métodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aulaMétodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aulaPublicaTUDO
 
Massa especifica mat pulv
Massa especifica  mat pulvMassa especifica  mat pulv
Massa especifica mat pulvPublicaTUDO
 
Lectureon liberation separation extraction
Lectureon liberation separation extractionLectureon liberation separation extraction
Lectureon liberation separation extractionPublicaTUDO
 
Introdução aos materiais
Introdução aos materiaisIntrodução aos materiais
Introdução aos materiaisPublicaTUDO
 
Geologia na engenharia
Geologia na engenhariaGeologia na engenharia
Geologia na engenhariaPublicaTUDO
 
Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2PublicaTUDO
 
Apresentacao campinas
Apresentacao campinasApresentacao campinas
Apresentacao campinasPublicaTUDO
 
Apostila geologia
Apostila geologiaApostila geologia
Apostila geologiaPublicaTUDO
 
Analise granulométricas
Analise granulométricasAnalise granulométricas
Analise granulométricasPublicaTUDO
 
Analise granulométrica
Analise granulométricaAnalise granulométrica
Analise granulométricaPublicaTUDO
 

Mais de PublicaTUDO (20)

Tsunami
TsunamiTsunami
Tsunami
 
Propriedades basicas
Propriedades basicasPropriedades basicas
Propriedades basicas
 
Propriedades minerais
Propriedades mineraisPropriedades minerais
Propriedades minerais
 
Propriedades dos materias2
Propriedades dos materias2Propriedades dos materias2
Propriedades dos materias2
 
Propriedades dos materiais
Propriedades dos materiaisPropriedades dos materiais
Propriedades dos materiais
 
Mineração e meio ambiente iso14 a
Mineração e meio ambiente iso14 aMineração e meio ambiente iso14 a
Mineração e meio ambiente iso14 a
 
Métodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aulaMétodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aula
 
Materiais
MateriaisMateriais
Materiais
 
Massa especifica mat pulv
Massa especifica  mat pulvMassa especifica  mat pulv
Massa especifica mat pulv
 
Lectureon liberation separation extraction
Lectureon liberation separation extractionLectureon liberation separation extraction
Lectureon liberation separation extraction
 
Introdução aos materiais
Introdução aos materiaisIntrodução aos materiais
Introdução aos materiais
 
Geologia na engenharia
Geologia na engenhariaGeologia na engenharia
Geologia na engenharia
 
Estatigrafia
EstatigrafiaEstatigrafia
Estatigrafia
 
Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Argamassas
ArgamassasArgamassas
Argamassas
 
Apresentacao campinas
Apresentacao campinasApresentacao campinas
Apresentacao campinas
 
Apostila geologia
Apostila geologiaApostila geologia
Apostila geologia
 
Analise granulométricas
Analise granulométricasAnalise granulométricas
Analise granulométricas
 
Analise granulométrica
Analise granulométricaAnalise granulométrica
Analise granulométrica
 

Apresentação calcário

  • 1. Universidade Federal da Paraíba Materiais de Construção Civil I Prof. Belarmino Lira
  • 2. O que é calcário? • Os calcários ( do latim "calx -cis" , "cal" ) são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio • ( aragonita ou calcita ). • Quando o mineral predominante é a dolomita (CaMg{ CO3}2 ou CaCO3 . MgCO3) a rocha calcária é denominada calcário dolomítico.
  • 3. Formação • Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonatos, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados em rios, lagos e no subsolo (cavernas). • No caso do calcário quimiogénico, a formação é em meio marinho: a calcite (CaCO3), é um mineral que se pode formar a partir de sedimentos químicos, nomeadamente iões de Cálcio e Bicarbonato: Cálcio + Bicarbonato --> CaCO3 (calcite) + H2O (Água) + CO2 (dióxido de carbono) • Isto acontece quando os meios marinhos sofrem perda de dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao aumento da temperatura ou à diminuição da pressão). • Deste modo, para que os níveis de dióxido de carbono que se perdeu sejam repostos, a equação química começa a evoluir no sentido de formar CO2, o que leva também a formação de Calcite e assim à precipitação desta que, mais tarde, depois de uma deposição e de uma diagénese dá origem ao calcário
  • 4. Impurezas As principais impurezas que contém o calcário são: • Silicas, argilas, fosfatos, carbonato de magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de ferro e magnésio, sulfetos, siderita, dolomita e matéria orgânica entre outros.
  • 5. Colorações • A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escuro. Muitos calcários apresentam tons de vermelho, amarelo, azul ou verde dependendo do tipo e quantidade de impurezas que apresentam.
  • 6. Lavra • As jazidas • Medida, indicada • e inferida. • O beneficiamento inicia-se na lavra,
  • 7. Rejeitos • Em alguns casos, o rejeito é utilizado para aterrar as partes baixas, para facilitar o tráfego e estacionamento de veículos. Ultimamente também é utilizado para aterrar lagos.
  • 8. Classificação CALCÁRIO DOLOMÍTICO - Faixa D Registro de Produto ES-05260 00002-9 Natureza física Pó solúvel Retenção nas Peneiras Poder de Neutralização 98,0 % ABNT 50 (0,30mm) 98,0 % PRNT (poder relativo 97,0 % ABNT 20 (0,84mm) 100,0 % de neutralização total) Óxido de Magnésio 13,0 % ABNT 10 (2,00mm) 100,0 % Óxido de Cálcio 37,0 % CALCÁRIO CALCÍTICO - Faixa C Registro de Produto ES-05260 00004-5 Natureza física Pó solúvel Retenção nas Peneiras Poder de Neutralização 92,3 % ABNT 50 (0,30mm) 85,0 % PRNT (poder relativo de 86,0 % ABNT 20 (0,84mm) 99,1 % neutralização total) Óxido de Magnésio 4,0 % ABNT 10 (2,00mm) 100,0 % Óxido de Cálcio 46,0 %
  • 9. Usos e Aplicações • Os principais usos do calcário são: Produção de cimento Portland. Produção de cal (CaO). Correção do pH do solo para a agricultura. Produção de giz (material na forma de bastonete para escrever na lousa escolar} Fundente em metalurgia. Fabricação de vidro. Como pedra ornamental.
  • 10. Calcários para a indústria de cimento Cimentos hidráulicos • Cimento hidráulico se refere à capacidade de endurecimento pela ação da água sem intervenção do ar. • O tipo de cimento mais importante e de maior aplicação é o cimento “Portland”. • As matérias-primas para a sua fabricação são o calcário, a argila e a gipsita. O calcário fornece o óxido de cálcio, • A argila fornece sílica, óxido de alumínio e óxido de ferro. • A gipsita é adicionada ao clínquer (calcário+argila), para regular o tempo de endurecimento da mistura após a adição de água.
  • 11. Calcários para a indústria da cal cimentos não-hidráulicos • A cal é o resultado da calcinação de rochas calcárias quando aquecidas em fornos a temperaturas superiores a 725ºC. A qualidade comercial de uma cal depende sobretudo das propriedades químicas do calcário e da qualidade da queima. • Basicamente compreendem quatro tipos, definidos pela sua composição: cales de calcários puros (cales calcíticas) cales dolomíticas ou magnesianas cales silicosas cales argilosas As cales são constituídas basicamente de óxidos de cálcio ou de uma mistura de óxidos de cálcio e magnésio e podem ser apresentadas sob a forma de pedras ou moídas e ensacadas, recebendo a denominação de cal virgem ou cal viva.
  • 12. Cal – aglomerante já conhecido dos egípcios, gregos, romanos • Cal hidratada: hidróxido de cálcio Ca(OH) 2 (sempre tem também MgO) Cal – aglomerante já conhecido dos vem da calcinação das rochas calcárias: egípcios, gregos, romanos CO3 + Calor => CaO + CO2 CaO + água => Ca(OH)2
  • 13. Matéria prima para produção Cal : Rocha calcária – CaCO3; MgCO3
  • 17.
  • 18.
  • 19. Calcários aplicados “in natura” • blocos ornamentais: estatuária, revestimentos de interiores e exteriores, arte fúnebre, lajes, etc. • britado: usado na preparação de argamassas e agregados, em pavimentos rodoviários, lastros de ferrovias, pedras para enrocamento, pedriscos para cobertura, alvenaria e pedras para áreas rurais. • Quando a brita apresenta um bom aspecto, possibilitando o polimento, é utilizada na confecção de blocos ornamentais (pedras para terraços, tampos de mesa, pias e banheiros), em mistura com cimento branco, constituindo as pedras chamadas “marmorites”.
  • 20. moído: utilizado principalmente como corretivo de solo para a agricultura. Para a utilização e comercialização as especificações legais exigidas estabelecem que os calcários devem ter as seguintes características físicas: 100% das partículas menores que 2,00mm (peneira ABNT – 10) 70% das partículas menores que 0,84mm (peneira ABNT - 20) 50% das partículas menores que 0,30mm (peneira ABNT – 50) • Os limites mínimos para as características químicas são: 38% para a soma de • 67% para o PN (poder de neutralização) , CaO mais MgO. É equivalente em carbonato de cálcio; utilizado na correção de solos ácidos sendo empregados calcários, • 45% para o PRNT (poder relativo de calcários dolomíticos e neutralização total) e dolomitos.
  • 21. Benefícios do calcário ao solo • Proporciona os nutrientes Cálcio e Magnésio para as plantas; • Neutraliza a acidez do solo, reduzindo também a solubilidade do manganês, ferro e do alumínio, que são tóxicos às plantas quando em grandes quantidades; • Aumenta a atividade e o número de bactérias benéficas ao solo, acelerando a decomposição dos resíduos das plantas, liberando Nitrogênio e Fósforo, benéficos ao crescimento dos vegetais; • Com a aplicação de calcário nos solos, ficam disponíveis outros elementos mais raros às plantas; • Melhora as condições de drenagem e arejamento do solo; • O Cálcio afeta diretamente a ocorrência e evolução das doenças, aumentando a resistência das plantas ao agente causador (fungo, bactéria ou vírus), e, indiretamente, através da reação do solo. • A prática de calagem também controla parcialmente a ocorrência e a severidade das doenças modificando o solo de tal forma que proporciona um maior ou menor desenvolvimento de microrganismos prejudiciais à planta.
  • 22.
  • 23. CLASSIFICAÇÃO DOS CORRETIVOS DO SOLO • Natureza química dos constituintes; • Poder de neutralização (PN); • Teores de cálcio e de magnésio; • Solubilidade; • Granulometria; • Reatividade e efeito residual; • Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT).
  • 24. OBTENÇÃO DO CaCO3 A PARTIR DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA MALACOCULTURA Malacocultura é o termo técnico utilizado, basicamente, para designar toda atividade de criação ou cultivo de Moluscos para consumo humano, sejam estes indistintamente marinhos, de águas doces ou terrestres. mais tradicional e popularmente conhecido tipo de criação de Moluscos no Brasil,”
  • 25. Referências • www.arvore.com.br • http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/sedimentares/ calcarios.html • www.pr.gov.br/mineropar • http://pt.wikipedia.org/wiki/Calc%C3%A1rio www.conchasbrasil.org.br/materias/malacocultura/m marinha.asp