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Bullying

Agressão na Escola
Bullying
O que é?
Por que ocorre?
O que fazer?
Quando acontece e onde.
Consequências
O que é?
   “Bullying” origina-se do ingles, significando: Gozação, agressão, ofensa e
humilhação...
    A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente.
Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e
morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a
alterações emocionais e à depressão.
    Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela Associação
Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia),
organização não-governamental, dos 5.482 alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas
públicas e particulares do Rio de Janeiro que foram ouvidos na pesquisa, mais de
40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying.
    Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que
aproximadamente um em cada cinco alunos (22%) entre seis (6) e dezesseis (16)
anos já foi vítima de violência moral na escola. A pesquisa mostrou também que o
local mais comum de ocorrência dos maus-tratos são os pátios de recreio, seguidos
dos corredores.
Quando ocorre pela internet é o cyberbullying, que é deixar alguma mensagem
vexatória no Orkut, MSN, entre outros. Isso acaba virando problema da escola,
principalmente quando montam uma comunidade contra alguém, ou reclamando de
alguma aula. Às vezes o aluno briga na escola e a briga se estende para a internet.
MEDO > DEPRESSÃO > TRISTEZA > SOLIDÃO

As agressões físicas ou morais não podem ser
consideradas normais, principalmente quando as
vítimas se sentem humilhadas ou desprezadas.
Porque ocorre?

   O bullying é realizado, por que o praticante, quer
obter:
Esconder o próprio medo, amedrontando aos demais;
Tornar outras pessoas infelizes, já que o próprio é infeliz;
Obter força e poder;
Vitimar outras pessoas por ter sido vítima no passado, e
Conquistar popularidade na escola.
      Acontece mais entre os meninos, mas as meninas também não
ficam muito atrás. Os alunos ‘tramam’ formas de desestabilizar o colega,
destacando seus pontos negativos, geralmente se a criança é muito
magra, obesa, ou se tem alguma característica que chame a atenção,
como um dente muito para frente, por exemplo. A criança que pratica o
bullying não olha para o outro, não é solidária.
O que fazer?
       A escola deve chamar os pais do agressor e da vítima, e relatar o
problema. O correto é trabalhar com o agressor, para suavizar seu
comportamento e também com a vítima, buscando fortalecê-la. A escola
não pode deixar passar nada sem tratamento. O correto é chamar e ouvir
as partes, porque às vezes o jovem não entende o que está
acontecendo.
       Se a vítima conta somente aos pais, eles tem que procurar a
escola e relatar o que está acontecendo. Às vezes o aluno não conta
para o professor por medo, receio dos colegas.
       As vitimas tem que tomar providencias, como:
Evitar a companhia de quem pratica o bullying ou dos chamados
“carrascos”;
       Jamais falar com o agressor sozinho. É mais seguro falar com ele
perto de outras pessoas;
Não responder às provocações;
Não manter a agressão em segredo. Não se deixar intimidar. Relatar os
fatos aos professores, coordenadores, diretores ou responsáveis.
Quando acontece e onde:
O bullying não tem idade para ocorrer.Entre crianças de 3 a 6
anos já é possível identificar atos relacionados, ou pequenas
mentiras. De 9 anos em diante o bullying fica mais evidente, é
uma fase em que o menino não quer brincar com menina, por
exemplo. Mas o auge ocorre entre 13 e 14 anos, porque
começam os conflitos da adolescência.

Bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e
qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico
de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural
ou urbana.
Consequências:
  Consequências sobre o ambiente escolar: quando não há intervenções
efetivas, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as
crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a
experimentar sentimentos de ansiedade e medo.
  Consequências sobre os alvos: as crianças que sofrem bullying,
dependendo de suas características individuais e de suas relações com
os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar,
parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer
com sentimentos negativos, especialmente com baixa autoestima,
tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão
assumir, também, um comportamento agressivo.
  Consequências para os autores: aqueles que praticam bullying contra
seus colegas poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento
antissocial, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência
doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Depressão
    A depressão não é somente uma tristeza. Depressão é o nome que é dado
a certos estados de sofrimento psíquico que podem causar transtornos no
comportamento, na afetividade e nos relacionamentos sociais e familiares. A
depressão é sempre um problema difícil para se enfrentar e pode tornar-se ainda
mais assustador quando ocorre na adolescência, uma fase da vida por si só
repleta de mudanças e de estresse. Na maioria das vezes os adolescentes não
conseguem entender o turbilhão de sentimentos que afloram e nem mesmo
conversar sobre a sua depressão por não encontram um interlocutor que os
compreenda.
     As dificuldades acadêmicas, problemas de relacionamento com colegas,
aumento da irritabilidade e agressão e tentativas de suicídio podem estar
associadas com a depressão em adolescentes. Os dados mostram que 7 a 14%
das crianças experienciaram um episódio depressivo sério antes de 15 anos e
20 a 30% de pacientes adultos relataram que seu primeiro episódio depressivo
aconteceu antes dos 20 anos. Aqueles adolescentes que já tinham sintomas de
depressão apresentaram duas vezes maior chance de se tornarem fumantes, o
que fez os autores da pesquisa sinalizar a importância de providenciar
orientação para o não uso do tabaco e estímulo para que aqueles que fumam
deixem de fazê-lo.
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Bullying

  • 2. Bullying O que é? Por que ocorre? O que fazer? Quando acontece e onde. Consequências
  • 3.
  • 4. O que é? “Bullying” origina-se do ingles, significando: Gozação, agressão, ofensa e humilhação... A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais e à depressão. Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), organização não-governamental, dos 5.482 alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro que foram ouvidos na pesquisa, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying. Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que aproximadamente um em cada cinco alunos (22%) entre seis (6) e dezesseis (16) anos já foi vítima de violência moral na escola. A pesquisa mostrou também que o local mais comum de ocorrência dos maus-tratos são os pátios de recreio, seguidos dos corredores. Quando ocorre pela internet é o cyberbullying, que é deixar alguma mensagem vexatória no Orkut, MSN, entre outros. Isso acaba virando problema da escola, principalmente quando montam uma comunidade contra alguém, ou reclamando de alguma aula. Às vezes o aluno briga na escola e a briga se estende para a internet.
  • 5. MEDO > DEPRESSÃO > TRISTEZA > SOLIDÃO As agressões físicas ou morais não podem ser consideradas normais, principalmente quando as vítimas se sentem humilhadas ou desprezadas.
  • 6. Porque ocorre? O bullying é realizado, por que o praticante, quer obter: Esconder o próprio medo, amedrontando aos demais; Tornar outras pessoas infelizes, já que o próprio é infeliz; Obter força e poder; Vitimar outras pessoas por ter sido vítima no passado, e Conquistar popularidade na escola. Acontece mais entre os meninos, mas as meninas também não ficam muito atrás. Os alunos ‘tramam’ formas de desestabilizar o colega, destacando seus pontos negativos, geralmente se a criança é muito magra, obesa, ou se tem alguma característica que chame a atenção, como um dente muito para frente, por exemplo. A criança que pratica o bullying não olha para o outro, não é solidária.
  • 7. O que fazer? A escola deve chamar os pais do agressor e da vítima, e relatar o problema. O correto é trabalhar com o agressor, para suavizar seu comportamento e também com a vítima, buscando fortalecê-la. A escola não pode deixar passar nada sem tratamento. O correto é chamar e ouvir as partes, porque às vezes o jovem não entende o que está acontecendo. Se a vítima conta somente aos pais, eles tem que procurar a escola e relatar o que está acontecendo. Às vezes o aluno não conta para o professor por medo, receio dos colegas. As vitimas tem que tomar providencias, como: Evitar a companhia de quem pratica o bullying ou dos chamados “carrascos”; Jamais falar com o agressor sozinho. É mais seguro falar com ele perto de outras pessoas; Não responder às provocações; Não manter a agressão em segredo. Não se deixar intimidar. Relatar os fatos aos professores, coordenadores, diretores ou responsáveis.
  • 8. Quando acontece e onde: O bullying não tem idade para ocorrer.Entre crianças de 3 a 6 anos já é possível identificar atos relacionados, ou pequenas mentiras. De 9 anos em diante o bullying fica mais evidente, é uma fase em que o menino não quer brincar com menina, por exemplo. Mas o auge ocorre entre 13 e 14 anos, porque começam os conflitos da adolescência. Bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.
  • 9. Consequências: Consequências sobre o ambiente escolar: quando não há intervenções efetivas, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Consequências sobre os alvos: as crianças que sofrem bullying, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa autoestima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Consequências para os autores: aqueles que praticam bullying contra seus colegas poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento antissocial, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
  • 10. Depressão A depressão não é somente uma tristeza. Depressão é o nome que é dado a certos estados de sofrimento psíquico que podem causar transtornos no comportamento, na afetividade e nos relacionamentos sociais e familiares. A depressão é sempre um problema difícil para se enfrentar e pode tornar-se ainda mais assustador quando ocorre na adolescência, uma fase da vida por si só repleta de mudanças e de estresse. Na maioria das vezes os adolescentes não conseguem entender o turbilhão de sentimentos que afloram e nem mesmo conversar sobre a sua depressão por não encontram um interlocutor que os compreenda. As dificuldades acadêmicas, problemas de relacionamento com colegas, aumento da irritabilidade e agressão e tentativas de suicídio podem estar associadas com a depressão em adolescentes. Os dados mostram que 7 a 14% das crianças experienciaram um episódio depressivo sério antes de 15 anos e 20 a 30% de pacientes adultos relataram que seu primeiro episódio depressivo aconteceu antes dos 20 anos. Aqueles adolescentes que já tinham sintomas de depressão apresentaram duas vezes maior chance de se tornarem fumantes, o que fez os autores da pesquisa sinalizar a importância de providenciar orientação para o não uso do tabaco e estímulo para que aqueles que fumam deixem de fazê-lo.