O documento resume a história do café no Brasil desde sua introdução no século XVIII até os dias atuais. Começa na Etiópia e chegada na Europa, depois plantado no Brasil por Francisco de Mello Palheta em 1727. O café se espalhou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, tornando o Brasil o maior produtor mundial no século XIX. A política do "Café com Leite" entre São Paulo e Minas Gerais dominou a política nacional no século XX. O documento também fornece dados atuais sobre produção e preços do café no
1. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 241
A História do Café no Brasil
Adriano Soares Andrade1 Rosana Sueli da Motta Jafelice2
adrianosandrade@bol.com.br rmotta@ufu.br
Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Matemática
INTRODUÇÃO
Iniciaremos com um breve resumo da origem do café na Etiópia e sua vinda para o
Brasil no século XVII. Na época do Barroco, das monarquias absolutas e a expansão do
comércio internacional. A seguir um breve resumo da Política Café com Leite realizado pelos
estados de São Paulo e Minas Gerais, uma troca de políticos no governo do país que acabou
não dando certo.
Após esta parte histórica iniciamos com dados pesquisados na internet onde se
mostraremos o papel do Brasil no comércio internacional, quanto à sua agricultura cafeeira e à
exportação do produto CAFÉ.
Veremos tabelas e a interpretação das mesmas com gráficos e fórmulas matemáticas, de
modo a facilitar o entendimento e a compreensão da verdadeira posição do país frente à
globalização.
A HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL
Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos remotos, o café atravessou o
Mediterrâneo e chegou à Europa durante a segunda metade do século XVII. Era a época do
Barroco, das monarquias absolutas e a expansão do comércio internacional enriquecia a
burguesia.
A palavra "café" escrito em amárico, idioma oficial da Etiópia.
Já no início do século XVIII, os Cafés tornaram-se centros de encontro e reunião
elegante de aristocratas, burgueses e intelectuais. Precedido pela fama de "provocar idéias", o
café conquistou, desde logo, o gosto de escritores, artistas e pensadores.
Lord Bacon (à esquerda) atribuía-lhe a capacidade de "dar espírito ao que não o tem".
Os enciclopedistas eram adeptos fervorosos do café e dos Cafés, que Eça de Queiroz (à
direita) chegou a afirmar, muito depois, que foi do fundo das negras taças "que brotou o raio
1
Discente do curso de Matemática.
2
Docente da disciplina Instrumentalização para o Ensino de Matemática.
2. 242 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
luminoso de 89", referindo-se às discussões entre iluministas que precederam a Revolução
Francesa [1].
No Brasil
No Brasil, o café cresce, derruba matas, desbrava as terras do Oeste. Foi em 1727 que o
tenente (alguns dizem que era sargento-mor) Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana
Francesa trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil. Recebera-as de presente das
mãos de Madame d'Orvilliers, esposa do governador de Caiena.
Ora, como a saída de sementes e mudas de café estava proibida na Guiana Francesa, é
licito pensar que o aventureiro português recebeu de Madame não só os frutos, mas outros
favores talvez mais doces. As mudas foram plantadas no Pará, onde floresceram sem
dificuldade.
Pintura a óleo do artista Henrique Cavalheiro, datada de 1943, retratando Palheta, recém-
chegado da Guiana, plantando as primeiras mudas de café em solo brasileiro.
Mas não seria no ambiente amazônico que a nova planta iria tornar-se a principal do
país, um século e meio mais tarde. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da
bebida crescia extraordinariamente, exigindo o constante aumento da produção, o café saltou
3. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 243
para o Rio de Janeiro, onde começou a ser plantado em 1781 por João Alberto de Castello
Branco.
Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. Esgotado o ciclo da
mineração do ouro em Minas Gerais, outra riqueza surgia, provocando a emergência de uma
aristocracia e promovendo o progresso do Império e da Primeira República.
Colheita de café em São Paulo, em 1930.
Penetrando pelo vale do Rio Paraíba do Sul, a mancha verde dos cafezais, que já
dominava paisagem fluminense, chegou a São Paulo, que, a partir da década de 1880, passou
a ser o principal produtor nacional da rubiácea (o café). Na sua marcha foi criando cidades e
fazendo fortunas. Ao terminar o século XIX, o Brasil controlava o mercado cafeeiro mundial.
Política do Café com Leite
O Presidente Campos Sales buscou o apoio de Minas Gerais que possuía 37 deputados
federais constituindo-se na maior bancada, devido a sua população. Em 1899, Silviano
Brandão, governador de Minas Gerais, aceitou o pacto com São Paulo. Era a oportunidade
para Minas Gerais ocupar uma situação privilegiada, tirando vantagens políticas e econômicas
para a elite mineira.
A Política do Café-com-Leite permitiu a burguesia cafeeira paulista controlar no âmbito
nacional, a política monetária e cambial, a negociação no exterior de empréstimos para a
compra das sacas de café excedentes, enfim, uma política de intervenção que garantia aos
cafeicultores lucros seguros. Para Minas Gerais, o apoio a São Paulo garantia a nomeação dos
membros da elite mineira para cargos na área federal e verbas para obras públicas, como a
construção de ferrovias.
Os paulistas e os mineiros ocupavam os cargos de Presidente da República e os
ministérios da Justiça, das Finanças, da Agricultura, Vice Presidência etc. Nos Estados as
famílias oligárquicas ocupavam os cargos de Governador do Estado, e as Secretarias das
Finanças, da Educação e Saúde, a Prefeitura da Capital, a Chefia de Polícia Estadual, a
Diretoria da Imprensa Oficial, a presidência dos Bancos Estaduais e da Assembléia
Legislativa.
A Política dos Governadores consolidou o poder das famílias ricas dos Estados
formando as oligarquias. Em Minas as principais famílias eram representadas por: Cesário
Alvim, Bias Fortes, Bueno Brandão, Afonso Pena, Francisco Sales, Artur Bernardes e outros.
Para integrar a oligarquia mineira contavam 'os laços de família, educação e dinheiro' estando
aberta aos indivíduos talentosos que formavam-se principalmente em Direito nas
Universidades do Rio de Janeiro e São Paulo. De volta ao Estado, ele tornava-se promotor
4. 244 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
público, juiz, casava-se com moça da elite da cidade, podia tornar-se político elegendo-se
vereador, prefeito e deputado [1].
Irrigação da lavoura
A oligarquia mineira controlava o poder através do Partido Republicano Mineiro. A lista
dos candidatos era organizada pela Comissão Executiva do PRM que mandava os nomes para
serem homologados pelo governador do Estado. Para integrar esta lista o candidato tinha que
ser da confiança dos chefes políticos da região, os coronéis, ou indicados pelo governo devido
ao talento e cultura. Não havia lugar no Partido para os dissidentes.
Lavoura cafeeira
Triângulo Mineiro: Safra de café de 2003
A reação obtida nos preços do café nos últimos meses não deve ser suficiente para
animar os produtores. Informações de cooperativas da região, de entidades de classe e de
órgãos governamentais apontam para uma queda significativa na produção para a safra
2002/2003. No início de julho deste ano, a saca de café no Triângulo Mineiro era negociada a
R$ 130,00.
No fechamento do mercado, a saca fechou a R$ 145. Mesmo assim os produtores não
estão otimistas, analisa o vice-presidente do Conselho das Associações dos Cafeicultores do
Cerrado (Caccer), Reinaldo Caetano. Apesar da melhora aparente, o preço de mercado ainda
está abaixo dos custos de produção, estimada em R$150,00 a saca.
5. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 245
Produtividade
Para o presidente da Comissão Técnica para a Cafeicultura da Federação da Agricultura
do Estado de Minas Gerais (Faemg), Breno Pereira de Mesquita, ainda é cedo para se fazer
previsões, mas a redução na produtividade das lavouras é quase certa.
Além dos fatores econômicos - como os baixos preços do produto que desestimulam os
investimentos em tratos culturais - as lavouras de café registram uma redução natural na
produtividade. "O café é uma cultura bi-anual. É comum que um ano de alta produção seja
seguido de um período de queda na safra, e este ano atingimos uma boa safra", diz.
O coordenador técnico da Empresa de Assistência e Expansão Rural de Minas Gerais
(Emater), José Rodrigues, também estima que a produção possa ser reduzida. Os dois, no
entanto, ainda não conseguem calcular a dimensão da queda de produtividade da próxima
safra.
No último levantamento realizado para a safra 2002/2003, pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), constata-se que a produção no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba
deve superar as 4 milhões de sacas, resultado semelhante ao produzido este ano. A análise da
Companhia, entretanto, leva em consideração um levantamento feito nas lavouras no período
de pré-colheita, entre os meses de maio e junho.
Safra
A colheita de café da safra brasileira atual já chegou a 99% do total. O levantamento foi
feito com base na última estimativa da produção de café no Brasil. Do total previsto
inicialmente - estimado em 45,6 milhões de sacas de 60 quilos - foram colhidos até o
momento 45,09 milhões de sacas.
Fonte: Jornal Correio [4]
Dados a serem discutidos e verificados
A partir de agora iremos trabalhar com a modelagem no sistema Excel.
Será visto o grande desempenho e participação do Brasil em nível mundial.
Os dados recolhidos se referem ao ano de 2000 a 2003 em alguns aspectos e apenas ao
ano de 2003 em outros [3].
6. 246 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
Exportações de Café Arábica, Conillon, Solúvel e Torrado 2000/2003.
Podemos verificar na tabela a seguir (figura 1) os tipos de café que o Brasil mais
exporta. Dentre eles o que mais se destaca é o tipo Arábico com um percentual bastante
elevado no volume exportado e na receita cambial arrecadada.
Observa-se que o volume de exportação vem batendo seus recordes de 2000 a 2002 e
uma queda em 2003, não só no tipo Arábica, como também nos outros tipos como o Conillon,
Solúvel e Torrado.
Nos gráficos não foi colocado o tipo Torrado devido ao baixo volume de exportação
frente aos outros, não tendo um valor significativo para o estudo em questão [3].
Volume de Exportação - 2000/2003
25.000.000
20.000.000
15.000.000 Arábica
Sacas
Conillon
10.000.000
Solúvel
5.000.000
0
2000 2001 2002 *2003
Anos
Figura 1: Volume de exportação de alguns tipos de café nos anos de 2000 a 2003.
Volume de Exportação - 2000/2003
25.000.000
y = -2E+06x 2 + 1E+07x + 5E+06
Arábica
20.000.000
Conillon
15.000.000
Sacas
y = -574921x 2 + 4E+06x - 3E+06 Solúvel
10.000.000
Polinômio (Arábica)
y = -169292x 2 + 920972x + 1E+06
5.000.000
Polinômio (Solúvel )
0
Polinômio (Conillon)
0 1 2 3 4 5
Anos
Figura 2: Volume de exportação de alguns tipos de café nos anos de 2000 a 2003.
7. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 247
CAFÉ - Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 2002/2003
Iremos trabalhar aqui com o valor das sacas de café de 60 kg pagas ao produtor, ou seja,
quanto cada produtor recebeu por saca de café no ano de 2002 e 2003.
Podemos verificar na tabela 1 que o menor valor do ano de 2002 é de R$104,83 e foi no
mês de Julho enquanto que o maior valor no mesmo ano foi de R$167,72 e foi no mês de
outubro.
No ano de 2003 o menor valor foi de R$159,58 no mês de Junho e o maior valor foi de
R$193,03 e foi no mês de fevereiro.
Os dados acima se referem ao café tipo Arábica tipo 6 BC-Duro que manteve seus
preços mais altos nos dois anos, embora não podemos descartar a análise dos outros tipos
apresentados [3].
Tabela 1: Cotação Mensal
Cotação Mensal - 2003
250,00
200,00
Arábica Tipo B6 Duro
150,00
R$
Arábica Tipo C Int. 500
100,00
Arábica Tipo C Int. G ll
50,00 Robusta Tipo 7
0,00
FEVEREIRO
SETEMBRO
JANEIRO
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
OUTUBRO
ABRIL
MARÇO
Meses
Figura 3: Cotação mensal dos tipos de café, no ano de 2003.
8. 248 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
ESTOQUES GOVERNAMENTAIS DE CAFÉ
Podemos verificar na tabela 2 a quantidade de armazéns no país e em quais estados se
concentram a maior parte deles. Nota-se que 67% dos armazéns, ou seja, 18 o total de
encontram em Londrina devido à grande produção e escoamento do café para os estados
portuários.
Podemos observar que a Funcafé e o Tesouro Nacional são responsáveis pelo estoque
oficial do país caso necessite abastecer o mercado nacional ou internacional, onde envolve
nesta estocagem o preço do café, safra, entressafra, mercado exterior e futuras negociações
[3].
Tabela 2: Estoque Nacional
ESTOQUE
NÚMERO OFICIAL
DECAF DE FUNCAFÉ TESOURO TOTAIS
ARMAZENS NACIONAL
LONDRINA 18 4.438.310 76.896 4.515.206
VARGINHA 6 321.241 59.494 380.735
SÃO PAULO 2 227.122 - 227.122
VITÓRIA 1 39.830 - 39.830
TOTAIS 27 5.026.503 136.390 5.162.893
Armazéns
7% 4%
LONDRINA
22% VARGINHA
SÃO PAULO
VITÓRIA
67%
Fonte: DECAF Elaboração: SPC/MAPA
Figura 4: Percentual dos armazéns em algumas cidades do Brasil.
OBS: Os armazéns de Aimorés e Caratinga são detentores apenas de cafés pendentes de seleção.
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CAFÉ EM GRÃOS
Podemos observar na tabela 3 que o volume de grãos exportados no ano de 2002 é
maior do que em 2003, ou seja, enquanto que em 2002 exportamos 25.850.552 sacas de café,
no ano de 2003 exportamos apenas 18.892.349 sacas.
9. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 249
Observa-se também que a receita gerada em 2002 de janeiro a outubro foi de
R$930.754,00 e em 2003 no mesmo período foi de R$1.056.712,00.
Nota-se (figura 5) que embora o ano de 2003 obteve um menor percentual no volume de
exportações, em contrapartida (figura 6) obteve uma receita superior ao ano de 2002 devido
ao preço médio da saca de café que em 2002 era de R$46,23 e em 2003 chegou à R$55,93 [3].
Tabela 3: Exportações
Volume 2003/2002
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000 2003 - volume
1.500.000 2002 - volume
1.000.000
500.000
0
te to
ril
v e ro
Ag o
o
Ju o
ço
ze ro
M o
ve o
O ro
o
lh
nh
ai
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Se os
Fe e ir
br
Ab
ub
De mb
b
ar
re
M
Ju
m
m
n
ut
Ja
No
Mês
Figura 5: Volume das exportações nos anos de 2002 e 2003
Receita Cambial 2003/2002
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000 Receita - 2003
60.000 Receita - 2002
40.000
Figura
20.000 6: Receita Cambial nos anos de 2002 e 2003.
0
Agosto
Junho
Julho
Outubro
Abril
Março
Maio
Novembro
Janeiro
Setembro
Dezembro
Fevereiro
Mês
Figura 6: Receita cambial nos anos de 2002 e 2003
10. 250 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
Volume 2003/2002
4.500.000
4.000.000
2003 - volume
3.500.000
3.000.000 2002 - volume
2.500.000 Polinômio (2002 - volume)
2.000.000 Polinômio (2003 - volume)
1.500.000
1.000.000
500.000 y = -8966,9x3 + 173431x2 - 786855x + 2E+06
R2 = 0,7507
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 y = 5059,2x3 - 52227x2 + 46284x + 2E+06
R2 = 0,6365
Mês
Figura 7: Volume de exportação nos anos de 2002 e 2003.
Receita Cambial 2003/2002
300.000
250.000 Receita - 2003
200.000 Receita - 2002
Polinômio (Receita - 2002)
150.000
Polinômio (Receita - 2003)
100.000
y = 347,58x3 - 3573,6x2 + 4718,5x + 112161
50.000 R2 = 0,7222
0 y = -280,07x3 + 5753,2x2 - 26235x + 100474
R2 = 0,8087
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
Figura 8: Receita Cambial nos anos de 2002 e 2003.
Produção Mundial de Café
Principais Países
O Brasil se destaca como o maior produtor de café mundial, como pode ser visto no na
tabela 4.
Podemos notar também que no período de 1999/2000 o Brasil se encontra na segunda
posição em relação a todos os outros países produtores de café que não se encontram na
tabela. Já no período de 2000/2001 o Brasil ultrapassa todos os países produtores de café que
não se encontram na tabela e assim permanece até o período de 2002/2003.
A participação do Brasil subiu de 23,72% em 1999 para 40,81% em 2003 o que mostra
um grande avanço na agricultura cafeeira [3].
11. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 251
Tabela 4: Principais Países Produtores
Produção Mundial
45 Brasil
40 y = 2,0925x 2 - 5,2575x + 27,623
Outros Paises
R2 = 0,9336
35 Colômbia
30 Vietnã
25 Indonésia
%
20 Índia
15 México
10 Guatemala
5 Costa do Marfim
0 Polinômio (Brasil)
1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003
Período
Figura 9: Produção Mundial de café ao longo dos anos.
Exportação Mundial de Café
Principais Países
O Brasil se destaca como o maior exportador de café mundial, como pode ser visto no
na tabela 5.
Podemos notar assim como no gráfico anterior que no período de 1999/2001 o Brasil
se encontra na segunda posição em relação a todos os outros países exportadores de café que
não se encontram na tabela. Já no período de 2001/2002 o Brasil ultrapassa todos os países
exportadores de café que não se encontram na tabela e assim permanece até o período de
2002/2003.
A participação do Brasil subiu de 27,02% em 1999 para 32,41% em 2003 o que
mostra um grande avanço na exportação cafeeira e uma aceitação maior do produto no
mercado internacional [3].
12. 252 FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005
Tabela 5: Principais Exportadores
Exportação Mundial
35,00 *Brasil
2
y = 3,3339x - 14,5x + 37,628
30,00 Outros países
2
R = 0,9153
Colômbia
25,00
Vietnã
20,00
% Indonésia
15,00 Costa do Marfim
10,00 Guatemala
5,00 Índia
-
México
1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Polinômio (*Brasil)
Período
Figura 10: Exportação Mundial ao longo dos anos.
CONCLUSÃO
Com este trabalho podemos constatar que o Brasil é um grande produtor e exportador de
café e que a cada ano estes índices vêm aumentando e confirmando esta estatística.
Quando se trata de uma reunião internacional referente ao produto café, o Brasil se
destaca entre os demais, com isso o respeito pelos chefes de estados é digno de um excelente
líder neste mercado, hoje completamente competitivo.
Estes gráficos e tabelas são apenas demonstrativos numéricos deste mercado mundial
que especula e qualifica com selo de qualidade internacional estes produtos.
O Brasil conquistou este espaço e não pode perdê-lo por incompetência ou
desorganização, mas o que se vê é o crescimento competente e organizado em todos os ramos,
ou seja, desde o início do plantio até as negociações internacionais. Portas estas abertas
diretamente ao produtor ou as cooperativas que exportam com menos burocracia e maior
agilidade no escoamento dos grãos [2].
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] www.libreria.com.br/portal/artigos/geografia/cafe
13. FAMAT em Revista - Número 04 - Abril de 2005 253
[2] Revista BREMEN MAGAZINE, Novembro/Dezembro 2003.
[3] www.revistacafeicultura.com.br/outubro_03.htm
[4] www.coffeebreak.com.br