o O documento discute as origens do Carnaval, remontando a festividades da antiguidade no Egito, Roma e Grécia, e como chegou ao Brasil através dos portugueses.
o A doutrina espírita vê o Carnaval como um período em que espíritos perturbadores se aproveitam para influenciar negativamente os vivos através de pensamentos e comportamentos desregrados.
o Do ponto de vista espiritual, o período é marcado por uma população invisível maior
2. “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...”.
Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são
somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se
aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de
outras plagas onde se comemore o Carnaval.
“Atrás do trio elétrico também vai
quem já “morreu”...”.
3. 1. Origem do Carnaval
A história do Carnaval começa há
mais de 4 mil anos antes de Cristo,
com festas promovidas no antigo
Egito, como as festas de culto a deusa
Ísis e quando celebravam o recuo das
águas do Nilo e cultuavam o deus
Osíris.
4. 1. Origem do Carnaval
Em Roma e na Grécia as raízes deste acontecimento estão
ligadas as danças em homenagem a Dionísio, Pã e Baco e
ficaram conhecidas como Lupercais, Bacanais ou
Dionísicas.
Também existiam as
“saturnalias”, quando se
imolava uma vítima
humana e era uma festa
de infeliz caráter.
5. 1. Origem do Carnaval
O carnaval se constitui em uma
série de folguedos populares,
promovidos habitualmente nos
três dias que antecedem o início
da quaresma (40 dias que vão
da quarta-feira de cinzas até
domingo de Páscoa, conforme
ortodoxia católica).
6. 1. Origem do Carnaval
No Brasil, o carnaval se originou no entrudo português
vindo com as primeiras caravelas da colonização.
Recebeu também muitas influências das máscaras
italianas e no século XX, recebeu elementos
africanos (escravos).
7. 1. Origem do Carnaval
As máscaras e fantasias começaram a
ser difundidas aqui ainda na primeira
metade do século XIX. O primeiro
baile de máscaras do Brasil foi
realizado no RJ e logo virou um hábito
e contagiou a cidade.
8. 1. Origem do Carnaval
Segundo Dr. Bezerra de Menezes (“Nas Fronteiras da
Loucura” – pg. 52, Manoel P. Miranda), o carnaval tem
origem:
1. NAS FESTAS POPULARES DOS POVOS ANTIGOS, QUE SE
ENTREGAVAM AOS PRAZERES COLETIVOS;
2. NAS FESTAS ROMANAS, CHAMADAS SATURNÁLIA, QUANDO
SE IMOLAVA UMA VÍTIMA HUMANA, PREVIAMENTE
ESCOLHIDA;
3. NAS BACANÁLIAS, DA GRÉCIA, QUANDO ERA
HOMENAGEADO O DEUS DIONÍSIO.
9. 1. Origem do Carnaval
SIGNIFICADO DOS TERMOS:
Saturnália ou saturnal = festas romanas em honra de saturno,
nas quais predominava a libertinagem; devassidão; orgia.
Os dias de carnaval são pequenas saturnais.
Bacanália ou bacanal = festas antigas em honra de baco; festim
dissoluto; devasso; libertino; orgia.
Baco = deus romano do vinho
Dionísio = deus grego da vinha e do vinho
o verbete “carnaval” foi composto com a
primeira sílaba das palavras a “carne nada vale”.
10. 2. A Doutrina Espírita
“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
(I Cor. 6,12).
A Doutrina Espírita é o
Consolador prometido pelo
Mestre Jesus, que vem
despertar as nossas
consciências para a
responsabilidade dos nossos
atos.
11. 2. A Doutrina Espírita
É a Doutrina dos Espíritos que nos dá forças suficientes,
coragem e resignação para ultrapassarmos as
dificuldades presentes, sem desesperos, sem lamúrias e
sem tristezas.
12. 2. A Doutrina Espírita
Somos livres para agir, mas
escravos das nossas ações,
com relação às suas
consequências. As dores que
hoje sentimos, são as mesmas
que infringimos aos nossos
semelhantes em épocas
passadas, geralmente em
outras vidas. É a lei de causa
e efeito que se cumpre.
13. 2. A Doutrina Espírita
A alegria deve fazer parte da vida cotidiana do espírita. A
alegria fundada nos princípios éticos e morais, que não se
identificam nos prazeres da carne, no exibicionismo da
nudez, nas orgias, nas bebedeiras, nos entorpecentes, que
normalmente resultam no aumento das intrigas, do ciúme,
da violência, do adultério, dos
assassinatos e do suicídio, como
frequentemente assistimos nos
dias de carnaval.
14. 3. O Carnaval
Lembremos que o Plano Espiritual é habitado por
Espíritos de diferentes naturezas.
15. 3. O Carnaval
Os Espíritos bons, que já avançaram bastante na escala
evolutiva, são aqueles que procuram nos ajudar nas
nossas dificuldades, amenizando os nossos sofrimentos e
transmitindo-nos boas intuições.
16. 3. O Carnaval
Os Espíritos maus são aqueles que se encontram
retardatários na senda do progresso e, infelizmente, ainda
se comprazem na prática do mal e se encontram na
espreita, aguardando qualquer oportunidade para
atuarem, principalmente
quando, desavisadamente,
entramos em sintonia com
eles, alimentando desejos
materialistas e sentimentos
animalizados.
17. 3. O Carnaval
Os maus Espíritos se aproveitam, nos dias de carnaval,
para extravasar em nós encarnados, todas as suas
maldades, quando os nossos pensamentos e sentimentos
se fixam mais nos prazeres da matéria.
18. 3. O Carnaval
Uma vez caídos nas armadilhas,
passamos a ser guiados pelas
forças malignas e a comprovação
disso tudo, encontramos na
realidade das estatísticas policiais e
hospitalares, pelo numero cada vez
crescente das ocorrências policiais,
hospitalares e de óbitos, no
período carnavalesco.
19. 3. O Carnaval
Segundo os conceitos de Bezerra de
Menezes, o Carnaval é festa que ainda
guarda vestígios da barbárie e do
primitivismo que ainda reina entre os
encarnados, marcado pelas paixões
do prazer violento. Como nosso
imperativo maior é a Lei de Evolução,
um dia tudo isso, todas essas
manifestações ruidosas que marcam
nosso estágio de inferioridade
desaparecerão da Terra.
20. 3. O Carnaval
Assim, em três ou mais dias de verdadeira
loucura, as pessoas desavisadas, se
entregam ao descompromisso,
exagerando nas atitudes, ao compasso de
sons febris e vapores alucinantes. Está no
materialismo, que vê o corpo, a matéria,
como inicio e fim em si mesmo, a causa
de tal desregramento. Esse
comportamento afeta inclusive aqueles
que se dizem religiosos, mas não têm, em
verdade, a necessária compreensão da
vida espiritual, deixando-se também
enlouquecer uma vez por ano.
21. 3. O Carnaval
As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e
fazem preparativos organizando fantasias e demais
apetrechos para o que consideram um simples e sadio
aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não
imaginam que,
muitas vezes, estão
sendo inspiradas por
entidades vinculadas
às sombras.
22. 3. O Carnaval
Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam
vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando
inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso
acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres
perturbadores, adotando
comportamento vicioso, quanto
com criaturas cujas atitudes as
identificam como pessoas
respeitáveis, embora sujeitas às
tentações que os prazeres
mundanos representam, por
também acreditarem que seja lícito
enlouquecer uma vez por ano.
23. 3. O Carnaval
O livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado
ao médium Divaldo Pereira Franco pelo
Espírito Manoel Philomeno de Miranda,
relata episódios protagonizados pelo
venerando Espírito Bezerra de Menezes, na
condução de equipes socorristas junto a
encarnados em desequilíbrios.
Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante
interesse, o encontro com o sambista desencarnado, Noel
Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de
Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas
equipes socorristas encarregadas de prestar
atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.
24. 3. O Carnaval
Suas canções traduzia as dores e
aspirações do povo, relatando os
dramas, angústias e tragédias
amorosas do submundo carioca,
mas compreendeu seu fracasso
ao desencarnar, despertando
“sob maior soma de amarguras,
com fortes vinculações aos
ambientes sórdidos, pelos quais
transitara em largas aflições”.
25. 3. O Carnaval
“Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem
que se desincumbira corretamente do dever, minha
memória gerou simpatias e a mensagem das musicas
provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado
pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros
sítios de tratamento e
renovação, onde despertei
para realidades novas”.
26. 3. O Carnaval
Noel conseguiu, pois, descobrir “que é
sempre tempo de recomeçar e de agir”
e assim ele iniciou a composição de
novos sambas, “ao compasso do bem,
com as melodias da esperança e os
ritmos da paz, numa Vila de amor
infinito...”.
“O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade,
hoje, é-me festa de todo dia, qual primavera que surge
após inverno demorado, sombrio”.
27. 4. O outro lado da festa
Narram os Espíritos superiores
que a realidade do carnaval,
observada do além, é muito
diferente e lamentavelmente
mais triste. Multidões de
Espíritos infelizes também
invadem as avenidas num triste
espetáculo de grandes
proporções. Malfeitores das
trevas se vinculam aos foliões
pelos fios invisíveis do
pensamento, em razão das
preferências que trazem no
mundo íntimo.
28. 4. O outro lado da festa
Espíritos infelizes se aproveitam da onda de loucura que
toma conta das mentes, para concretizar vinganças cruéis
planejadas há muito tempo. Tramas macabras são
arquitetadas no além túmulo e levadas a efeito nesses
dias em que momo
reina soberano sobre as
criaturas que se
permitem cair na folia.
Quantos crimes
acontecem nesses dias...
quantos acidentes,
quanta loucura...
29. 4. O outro lado da festa
E as consequências desse
grotesco espetáculo se fazem
sentir por longo prazo. Nos
abortos realizados alguns
meses depois, fruto de
envolvimentos levianos, nas
separações de casais que já
não se suportam mais depois
das sensações vividas sob o
calor da festa, no desespero de
muitos, depois que cai a
máscara...
30. 5. Conclusão
Por todas essas razões vale a pena pensar se tudo
isso é válido. Se vale a pena pagar o alto preço
exigido por alguns dias de loucura.
??????
31. 5. Conclusão
Influências das trevas durante o carnaval:
o a população invisível ao olhar humano é acentuadamente
maior que a dos encarnados;
o disputam entre si a vampirização das vítimas encarnadas;
o estimulam a sensibilidade e as libações alcóolicas nos
encarnados;
o ingerem entorpecentes, utilizando-se dos comparsas no
corpo físico;
o se interligam a desmandos e orgias lamentáveis;
o grupos desenfreados atacam os transeuntes, transmitindo-lhes induções
de mau agouro;
o iniciam processos perversos de obsessões demoradas;
o espíritos de aspecto bestial, verdugos e técnicos de vampirização do
tônus sexual misturam-se inúmeros encarnados em promiscuidade
alarmante.
32. 5. Conclusão
Consequências
o moléstias graves se instalam em oportunidades dessas;
o gravidez indesejada;
o comportamentos morais se alteram sob o instigar dos apetites
desmedidos;
o distúrbios afetivos surgem após tais ilusões que passam;
o fracassos financeiros ficam em cobranças demoradas;
o homicídios tresvariados, suicídios alucinados,
paradas cardíacas por excesso de movimentos e
exaustão de forças;
o desencarnação por abuso de drogas;
o abortos decorrentes de relações sexuais.
33. 5. Conclusão
Por fim, cabe registrar que a
misericórdia divina é infinita, o socorro
sempre desce do alto. No campo
espiritual, grandes Prontos Socorros de
emergência são montados em locais
estratégicos, acima das grandes
cidades, onde o carnaval “fervilha”,
para o atendimento fraterno dos
vitimados de tais armadilhas e que se
acidentam e falecem nos dias de
carnaval, drasticamente, através de
lutas, acidentes, assassinatos e
suicídios.
34. 5. Conclusão
O Espiritismo não proíbe nada.
Somos livres para escolher
nossos caminhos, mas devemos
saber que os espíritos do Senhor
orientam-nos através da
Doutrina Espírita e que Deus vê
as nossas intenções. Jesus Cristo,
por seu turno, diz-nos, em Lucas
6:45, que onde estivesse o nosso
tesouro, aí estaria o nosso
coração, dizendo, sem dúvida,
que nos deslocaríamos em
espírito para aquilo a que
déssemos valor.
35. 5. Conclusão
Há um provérbio popular que prega que quem sai na
chuva é porque deseja molhar-se... Entendemos que, se
tomamos conhecimento do que está ocorrendo nas ruas e
nos clubes, se nos damos conta das nossas próprias
tendências pouco recomendáveis, na condição de
“homem velho” da referência paulina, há que pensarmos
um pouco, antes de nos expormos às
ruas, ainda que seja para assistir.