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IGREJAS E CAPELASIGREJAS E CAPELAS
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A Igreja de São Martinho de Cedofeita é considerada a igreja
mais antiga da cidade do Porto.
Não se sabe quando terá sido construída a igreja original, sendo no
entanto pacífica a ideia de que será um resquício da povoação
sueva, que se localizava em Cedofeita.
Uma das teorias maioritárias entre os historiadores é a de que terá
sido erguida pelo rei suevo Reciário em 446.
Outros defendem que foi o rei Teodomiro também suevo, quem a
mandou construir, em 559, tendo sido baptizado nela conjuntamente
com o seu filho Ariamiro.
A acreditar nesta última versão da história, o nome de Cedofeita será
uma referência à igreja.
Conta a lenda que Teodomiro, desesperado porque não encontrava
cura para a doença do Ariamiro, recorreu a São Martinho de Tours
enviando a esta cidade, embaixadores com ofertas de prata e ouro
em peso igual ao do seu filho.
Acabou por ser o bispo de Braga São Martinho de Dume o portador de uma relíquia de São Martinho de Tours, perante a exposição da qual o filho
do rei foi curado, e todo o povo suevo presente, convertido ao catolicismo.
Esta relíquia está guardada nesta igreja de Cedofeita, juntamente com outras do evangelizador dos suevos, o bispo de Braga e de Dume.
Teodomiro ordenou o início da construção de uma nova igreja em honra do referido santo.
O templo foi construído com tal celeridade que se terá dito acerca dele Cito Facta, o que significa Feita Cedo, derivando em (Cedo feita) Cedofeita.
A igreja foi alvo de sucessivas transformações, adquirindo um traço românico quando foi erguido no mesmo local o Mosteiro de Cedofeita no início
do século XII.
Em 1742 o prior D. Luís de Sousa Carvalho ordenou várias modificações, dando-lhe o desenho que hoje vemos.
Em 1930 a Direcção dos Edifícios e Monumentos Nacionais reconstruiu-a de forma a eliminar alguns elementos ornamentais colocados ao longo
dos tempos
Igreja de São Martinho de Cedofeita
Primeiro Farol Português de 1527 – Passeio Alegre – Foz do Douro
Em 1527, foi mandado construir, conforme reza uma inscrição latina na parede voltada para o rio, que traduzida diz: "Miguel da Silva, bispo eleito
de Viseu, mandou construir esta torre para dirigir a navegação, ele mesmo deu e consignou campos comprados com o seu dinheiro, com o
rendimento dos quais foram acesos fogos de noite perpetuamente na torre, no ano de 1527.
Em 1841 foi construído um edifício anexo à Capela Farol, para aí instalar um posto da Guarda-Fiscal.
Em 1852 foi edificada uma torre anexa, com 3 pisos, onde foi instalada uma estação telegráfica.
Capela Farol de S. Miguel o Anjo
Capela dos Alfaiates
Rua do Sol / Rua de S. Luís
São Bom Homem e Nossa Senhora de Agosto foram os
padroeiros e protectores da Confraria dos Alfaiates e a
imagem da primeira era, no início do século XVI, venerada no
primeiro andar de uma casa junto à Sé, cujo piso térreo servia
de celeiro do cabido.
Em 1554, iniciou-se a construção de uma nova capela frente à
fachada principal da Sé do Porto, em edifício cedido à
Confraria pelo bispo D. Rodrigo Pinheiro.
Onze anos depois, só as paredes tinham sido levantadas e,
com o empenho do prelado, o mestre pedreiro Manuel Luís
contratou com a Irmandade a conclusão do templo.
Em 1853, a capela teve obras de beneficiação, promovidas
pela Associação dos Alfaiates.
Foi considerada monumento nacional em 1927, tendo, em
1935, devido às obras de demolição programadas para a
abertura do Terreiro da Sé, sido expropriada pela Câmara
Municipal do Porto.
Em 1953, foi reedificada na sua actual implantação, no Largo
do Actor Dias, entre as Ruas do Sol e de São Luís, e pela
mesma época foram restaurados, pelo pintor Abel de Moura,
os painéis da Epístola, os quais representam a Anunciação, a
Adoração dos Reis Magos, a Visita de Santa Isabel,
Natividade, o Menino Jesus entre os Doutores e a Fuga para o
Egipto.
Capela dos Alfaiates - Retábulo em talha dourada - séc. XVII
Igreja de São Francisco
Rua do Infante Dom Henrique
Em substituição da Capela de S. Miguel, a Igreja de São Francisco, a única de arquitectura gótica na cidade do Porto, começou a ser edificada em 1383, tendo sido acabada em
1410.
Sofrendo várias alterações ao longo dos tempos, estas não alteraram o seu cunho arquitectónico.
No século XVII e século XVIII, contrastando com a austeridade das linhas góticas exteriores, a igreja foi exuberantemente decorada interiormente por talha barroca dourada.
Em seguimento à extinção das Ordens religiosas cuja lei data de 30 de Maio de 1834, a igreja serviu de armazém da Alfândega até 1839, tendo depois sido devolvida à Venerável
Ordem Terceira de S. Francisco.
Igreja de São Francisco - Revestida a talha dourada do séc. XVII
Capela
das
Almas
A sua construção data dos princípios do séc. XVIII.
A capela tem dois corpos, sendo o segundo mais baixo, e sofreu obras de ampliação e restauro que modificaram o estilo original, em 1801.
O revestimento é constituído por 15.947 azulejos que cobrem cerca de 360 metros quadrados de parede.
Os azulejos que revestem a capela são da autoria de Eduardo Leite e foram executados pela Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, em
Lisboa.
Datam de 1929 e representam os passos da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina, que são venerados na capela.
Esquina de:
Rua Santa Catarina com Fernandes Tomás
Capela das almas
Igreja da Lapa
A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa foi
instituída em 1755 pelo Papa Bento XIV.
No dia 17 de Julho de 1756 foi começada a
construir a Igreja, de modo a substituir uma
capela menor.
Na capela-mor, por trás duma pesada porta de
bronze, está o coração de D. Pedro IV
oferecido à cidade pela viúva a Imperatriz D.
Amélia de Beauharnais, cumprindo o
desejo do marido.
De 4 em 4 anos a porta é aberta, por
funcionários da Câmara Municipal do Porto,
para substituir o líquido na jarra em que o
coração está inserido.
No coro alto foi colocado em 1995 um órgão de
tubos da autoria do mestre organeiro alemão
Georg Jann.
Trata-se do maior órgão da Península Ibérica.
Igreja da Lapa
Igreja de Campanhã
Foi edificada no séc. XVIII, em 1714, aparecendo ligada à
construção do Palácio do Freixo, sendo a Igreja Paroquial do
Palácio.
Possui imagens do século XIV, mas principalmente do século
XVIII.
Saqueada e quase destruída em diversas invasões (1809, 1832 e
1834) e abandonada depois, esta igreja possui um valor
incalculável, em risco de se perder.
Sofreu obras de restauro nos séculos XIX e XX (em 1905 a igreja
sofre importantes obras gerais de reforma e ampliação).
Fachada e Interior
A Igreja matriz, de uma só nave, de cantaria granítica, possui uma
torre sineira do lado direito, a fachada e o lado direito da torre
sineira são forrados com azulejos monocromáticos de cor azul.
A fachada é de autoria de José Francisco de Paiva.
A Igreja possui uma notável escultura em calcário policromado de
Nossa Senhora de Campanhã atribuída ao século XIV
Além desta imagem destaquem-se igualmente as imagens da
Senhora do Rosário, de pedra Ançã, policromada, com 85 cm
de altura e que têm características do século XIV/XV e a da
Nossa Senhora das Dores atribuída ao século XVII.
Possui outras imagens de grande valor artístico e cultural, a maior
parte delas dos séculos XIX e XX.
Destaca-se também, pela sua qualidade artística, a talha dourada
da tribuna e Altar-mor (séc. XVIII, embora com vários
restauros) e um conjunto de painéis pintados representando cenas
da vida religiosa
Situada na rua do Falcão e nas proximidades da Praça da Corujeira e da Estrada da Circunvalação.
Igreja de Campanhã
Igreja de Campanhã – Imagem em pedra Ançã
Foi fundada por uma confraria marinheira (Irmandade das Almas do Corpo Santo Massarelos) no século XVII.
É também conhecida como a Igreja de São Pedro Gonçalves Telmo, pela grande pintura a óleo dele do lado esquerdo da
porta principal.
Tem apenas uma sala, com a porta principal entre duas torres com sino e relógio.
A fachada traseira é decorada com um mural de azulejos, o que a torna inconfundível desde a margem do Douro
Igreja do
Corpo
Santo de
Massarelo
s
R. Restauração / Largo do Adro
Igreja de Paranhos
A Igreja Matriz de Paranhos data de pelo menos
1.123, se não for mais antiga, pois 1.123 é apenas a
primeira referência documental, nada inviabiliza uma
existência mais remota.
Desse período conhecemos pouco.
Terá sido uma igreja em estilo românico, semelhante a
tantas outras do Entre Douro e Minho.
A igreja que vemos hoje assemelha-se a muitas das igrejas
das aldeias do Norte de Portugal, porque Paranhos era
mesmo uma aldeia, até ser incorporada na malha urbana
do Porto.
Desconhece-se a sua data de construção, mas sabe-se
que foi reconstruída em 1.845.
Tal facto é compreensível colocando-o em contexto:
Paranhos foi um campo de batalha muito usado e
estratégico nas Invasões Francesas e nas Lutas
Liberais, principalmente no último caso.
Torna-se agora compreensível o estado ruinoso da igreja.
A fachada é ladeada por duas torres sineiras, sendo que
uma delas data do século XIX e a outra foi construída em
1946.
Cada uma tem um relógio: um é de sol, de 1.878, e o outro
é mecânico, de 1.857.
O seu interior tem uma só nave separada da capela-mor
por um arco cruzeiro.
(Largo da Igreja de Paranhos)
Igreja de Paranhos
Igreja de S. João
Baptista
A necessidade de uma igreja na Foz do Douro fez-se sentir no final do segundo quartel do século
XVII, em consequência das obras efectuadas no Forte de São João da Foz, que alteraram o normal
funcionamento da igreja matriz situada no seu interior.
Assim, e em 1640, foram doados uns "Palácios", sitos na Foz, ao Mosteiro de Santo Tirso, que
imediatamente iniciou a sua adaptação a igreja paroquial, comprometendo-se ainda a custear a
construção da capela-mor.
Mais tarde, e de acordo com Magalhães Basto, o corpo da igreja terá sido modificado (BASTO, 1945,
pp. 173-190).
No entanto, estas obras, exclusivamente financiadas com os inconstantes rendimentos do couto da
Foz, foram muito demoradas e a nova capela-mor, cuja primeira pedra foi lançada entre 1709 e 1712,
só se concluiu em 1726 / 27 (QUARESMA, 1995).
As campanhas arquitectónicas e decorativas sucederam-se durante a primeira metade do século
XVIII.
Entre 1713 e 1715 construíram-se os retábulos do Bom Sucesso, do Senhor Jesus, da Senhora do
Rosário, e de Santa Gertrudes, dotados das respectivas imagens.
Em 1728 iniciou-se, na igreja, a construção da abóbada, torres, novo frontispício, remate do arco
sobre a capela-mor, pátio em frente, e levantamento do coro; obras que estariam concluídas em
1733.
No ano seguinte, 1734, foi assinado o contrato para a realização do retábulo da capela-mor com os
mestres entalhadores Manuel da Rocha e Manuel da Costa Andrade, mas sob desenho de Miguel
Francisco da Silva, autor dos retábulos das igrejas de Santo Ildefonso e São Francisco, entre outros.
Este deveria estar pronto em 1735.
No entanto, a campanha decorativa prolongou-se e o retábulo foi alterado ao gosto do novo Abade,
que acrescentou ainda às obras em curso a construção dos presbitérios e das escadas da capela-
mor, tendo mandado executar o altar de pedra de ara e o frontal de talha da capela-mor
(QUARESMA, 1995).
Resulta desta extensa campanha uma igreja barroca, de planta longitudinal, nave única, seis capelas
colaterais e capela-mor, todas com retábulos de talha dourada.
Na fachada, o portal emoldurado e rematado por frontão circular interrompido é
encimado por um nicho onde se exibe a imagem de São João Baptista.
Nos nichos laterais figuraram, outrora, as imagens de São Bento e Santa Escolástica.
O alçado termina em frontão circular e cruz de pedra, ladeado pelas torres sineiras.
Igreja São João Batista
ou Igreja de São João da
Foz
Largo da Igreja da Foz
Igreja de São João da Foz
Igreja de São João da Foz
Igreja de S.
Nicolau
Com a necessidade de melhorar a administração da cidade do Porto, em
finais do século XVI, a única freguesia então existente, a de Santa Maria da
Sé, foi dividida em quatro pelo bispo do Porto, Marcos de Lisboa: Sé,
Vitória, São Nicolau e São João Baptista de Belmonte, sendo esta última
extinta e repartida entre Vitória e São Nicolau.
Inicialmente efectuados numa pequena ermida do século XIII os serviços
religiosos da freguesia de São Nicolau tinham necessidade de um espaço
maior tendo sido para isso demolida a ermida para dar lugar à Igreja de
São Nicolau em 1671.
A Igreja de São Nicolau sofreu um incêndio em 1758. A sua reconstrução,
concluída em 1762, em estilo misto neoclássico e barroco, é da autoria de
Frei Manuel de Jesus Maria e foi executada durante o bispado de D. Frei
António de Sousa.
No alto da fachada, encontra-se um frontão cortado por um nicho, com a
imagem calcária do padroeiro.
O interior do templo, de uma só nave, é coberto com abóbada em tijolo. O
retábulo, em talha dourada rococó, é da autoria de Frei Manuel de
Jesus Monteiro. O painel é do pintor João Glama.
Na sacristia, encontram-se várias obras de arte e valiosas peças de
ourivesaria.
Os arcazes, que vieram de Hamburgo, em 1817, têm os puxadores em
bronze.
Das peças de ourivesaria destacam-se um cálice do século XVI, com
tintinábulos, uma píxide rococó, de prata, com legenda na base, um cálice
em prata dourada, também rococó, e dois gomis com as respectivas salvas,
do século XVIII, da autoria do ourives portuense Domingos Sousa
Coelho.
Em 1832 foi acrescentado um adro gradeado para a protecção das
sepulturas e em 1861 cobriu se a frontaria com azulejos. Rua do Infante D. Henrique
Igreja de São Nicolau
Igreja de S. Pedro de Miragaia
Largo de S. Pedro Miragaia – Perto da Alfândega do Porto
Igreja de São Pedro de Miragaia
Está localizada na freguesia de Miragaia, na cidade do Porto
Miragaia era terra de pescadores, quando nasceu, há séculos. Como tal, é natural
que o seu orago fosse o santo pescador, São Pedro. A igreja de São Pedro de
Miragaia que hoje podemos ver é a mais recente de várias outras que terão existido
naquele mesmo local. Tem origem na Idade Média e terá tido diversas configurações
e aspectos. Mais tarde, a pequena vila de pescadores acabou por se aproximar ao
Porto, graças à expansão espacial da cidade, que forçou à construção da segunda
cintura de muralhas, a Muralha Fernandina, que já passava paredes meias com o
chamado Arrabalde de Miragaia. Os pescadores, que estavam no areal de Miragaia,
acabariam por se ir embora, para zonas mais distantes do Porto, pelo menos a
maioria, para Lordelo ou Afurada. O areal de Miragaia foi então ocupado pelos
estaleiros navais onde se construíram muitos dos barcos usados na expansão
portuguesa ultramarina e no comércio do Porto com o Norte da Europa.
São Pantaleão
Em 1453, a cidade cristã de Constantinopla cai às mãos dos turcos. Então, alguns
cristãos de origem arménia embarcaram e fugiram da cidade, atravessando todo o
Mar Mediterrâneo e aportando no Douro. Então, desembarcando com uma carga
muito valiosa, foram à Igreja de Miragaia e entregaram o que traziam, o que haviam
salvo aos turcos: as relíquias de São Pantaleão, uma carga muito valiosa, numa
época de fé como foi aquele século XV. As relíquias do santo foram depositadas na
igreja e alvo da devoção popular, até que o bispo D. Diogo de Sousa, décadas
depois
as transladou para a Sé, um local mais adequado para as relíquias de um santo do que uma igreja de pescadores. Foi feito padroeiro da cidade,
a par com Nossa Senhora de Vandoma. Ainda lá está, num cofre de prata, tendo apenas ficado em Miragaia um braço. Os arménios que
trouxeram a relíquia ficaram por cá a residir, em Miragaia, na depois chamada rua dos Arménios ou Rua da Arménia. Daí o nome da rua
(carece de fontes)
As obras
Em 1672, o bispo D. Nicolau Monteiro reformou a igreja. Nada que não fosse usual, dado que cada bispo gostava de eternizar a sua
passagem pela diocese na pedra do burgo. Mas não foi só isso que moveu as obras. A igreja, com o avançar dos anos, o crescimento da
população e consequentemente, do número de fiéis, era pequena demais. Em 1740, foi parcialmente demolida, aproveitando-se na actual
construção só a capela-mor e o transepto. É desta campanha de obras que resulta a igreja actual.
A igreja é muito simples. A fachada tem um portal com frontão e um grande janelão gradeado e é rematada por um frontão triangular com a
legenda «Divo Petro Dicata» (Dedicada a S. Pedro) e encimado por uma cruz. As paredes foram revestidas de azulejos entre 1863 e 1876. A
nave única da igreja é enriquecida apenas pelo altar de talha dourada dedicado a Nossa Senhora do Carmo e que pertenceu à igreja do extinto e
arruinado Convento de Monchique e pelo altar de Santa Rita, do século XVII. A capela-mor é revestida de talha reforçada com elementos
vindos de Monchique-
Igreja de S. Pedro de Miragaia – O magnífico altar-mor
Igreja de
Sta Maria da Vitória
Edifício construído na zona da antiga judiaria no séc. XVI,
foi destruído por um incêndio e reconstruído no séc. XVIII
Igreja de Santa Maria da Vitória
Igreja de
Santo
Ildefonso
Praça da Batalha
A Igreja de Santo Ildefonso, construída em honra de Santo Ildefonso está localizada na freguesia de Santo Ildefonso, no centro da cidade do
Porto, igreja foi reconstruída a partir de 1730, por se encontrar em ruínas a primeira igreja e ficou concluída em 1739.
A fachada é composta por duas torres sineiras com dentilhões nas cornijas, rematadas em cada face por esferas e frontões de fantasia.
Por cima do entablamento ergue-se o nicho do padroeiro. Guarnecem as paredes azulejos de Jorge Colaço (1932), com cenas da vida de Santo
Ildefonso e alegorias da Eucaristia.
A nave é de tipo poligonal em estilo proto-barroco, com tecto em madeira e estuques ornamentais repetidos nas paredes.
Os altares laterais são obras neo-clássicas e os colaterais são de talha rococó.
O retábulo em talha barroca é rococó da segunda metade do século XVIII.
Igreja de Santo Ildefonso
Estilo
De estilo barroco/rococó, foi construída na segunda
metade do século XVIII, entre 1756 e 1768, pela
Ordem Terceira do Carmo, sendo o projecto do
arquitecto José Figueiredo Seixas.
A construção do hospital começou mais tarde, ficando
concluído em 1801.
Fachada
A fachada de cantaria, ricamente trabalhada, possui um portal rectangular, ladeado de duas esculturas religiosas dos profetas Elias e Eliseu
executadas em Itália, rematado por um amplo frontão e no corpo superior da frontaria, coruchéus e esculturas das figuras dos quatro Evangelistas,
revelando influências do estilo “barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni.
Azulejos
A fachada lateral da Igreja do Carmo está revestida por um grandioso painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem
Carmelita e ao Monte Carmelo.
A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada na fábrica da Torrinha, em Gaia e datados de 1912.
Interior
No interior da Igreja do Carmo, destaca-se a excelente talha dourada nas capelas laterais e no altar-mor, a estatuária e diversas pinturas a óleo.
Igrejas do
Carmo e
Carmelitas
Praça Carlos Alberto / Rua do Carmo
Igreja do Carmo
Igreja dos
Congregados
Praça Almeida Garrett
A Igreja dos Congregados foi inaugurada a 8 de Dezembro de 1680 e pertencia à Congregação de Filipe de Néri.
A sua frontaria em estilo Barroco é do século XVII. As janelas são forradas com azulejos modernos, representando cenas da vida de Santo António.
Os vitrais são já construção deste século.
O interior deste templo é composto por uma só nave e o coro, assente em colunas Jónicas suportadas por três arcos.
Dois portais em estilo Barroco abrem o transcepto.
A decoração do interior da capela-mor foi feita com painéis representando passagens da vida de Santo António, além dos painéis podemos ainda
vislumbrar duas séries de relevos esculpidos de Santo António.
Ainda no interior do templo destacam-se dos painéis, um representando a «Assunção da Virgem» e o outro a «Sagrada Família».
Na Sacristia encontram-se guardados arcazes de pau preto e uma tela da Virgem e o Menino.
Púlpitos e Retábulos
séc. XVIII
Igreja dos
Igreja dos
Em 1582, a diocese do Porto era constituída por uma única freguesia, a freguesia de Santa
Maria da Sé. Esta, por razões de ordem pastoral, foi subdividida em quatro, passando a
freguesia de Santa Maria da Sé, a de Nossa Senhora de Victória, a de S. Nicolau e a de S.
João Batista de Belomonte.
A paróquia de S. João Batista de Belomonte durou apenas nove anos pois quando o bispo
D. Jerónimo de Meneses, em 1592, sucedeu a D. Frei Marcos (bispo de Lisboa que tomou
a diocese do Porto, em 1582), este extinguiu-a, repartindo a sua área pelas freguesias de
Victória e de S. Nicolau. A própria igreja paroquial foi doada ao frades Eremita Calçados de
Santo Agostinho. Estes logo começaram a construir o seu convento dedicando-o a S. João
de S. Fecundo. Daí o convento se ter chamado de S. João-o-Novo, e posteriormente para
simplificar, S. João Novo.
Neste convento que foi abandonado em 1832, encontra-se actualmente instalado o Tribunal
Criminal e Correccional, que ainda conserva o antigo nome do convento.
Quanto à igreja, os frades Eremitas Calçados de Santo Agostinho, consideraram-na
imprópria e demoliram-na. Foi construida no mesmo sítio uma nova igreja que ainda hoje
está ao lado do tribunal.
O estilo de construção da igreja de S. João Novo encontra-se numa transição entre o
clássico e o barroco.
Existem alguns entendidos como, por exemplo, Carlos de Passos, que afirma que esta
igreja apresenta incorrecções de proporções como, por exemplo, a desproporção das
colunas que ladeiam o portal, face à grandiosidade da fachada.
A fachada encontra-se dividida em partes.
A primeira, assenta num estilóbata onde se firmam quatro pilastras. A meio situa-se um portal com duas colunas de cada lado, duas janelas gradeadas que
ladeiam o portal e mais outras duas a nível superior.
A segunda parte, possui seis pilastras que prolongam as do altar inferior e janelas com as mesmas parecenças que as do primeiro andar.
A terceira parte da fachada é composta por torres laterais e três frontões em que o do meio termina em cruz.
A capela-mor, situada no interior da igreja, é coberta por uma abóbada de pedra. Nas paredes abrem-se quatro portais decorados e com emblemas e
legendas alusivas a Nossa Senhora, Santo Agostinho e Santo Patrício. O interior também possui uns azulejos decorativos, datados de 1741 e as obras lá
encontradas são de origem dos séculos XVII e XVIII.
O altar-mor foi mandado construir pelo bispo D. Frei António de Sousa (1757/ 1766), um frade que pertenceu à Ordem e o seu túmulo (simbólico), como
memória, encontra-se do lado esquerdo da capela-mor.
Igreja de São João Novo - Rua de São João
Novo
Igreja de São João
A Igreja de Santa Clara, no Porto, pertenceu ao
antigo convento do mesmo nome, fundado por D.
João I, em 1416. Esta igreja terá ficado concluída
em 1457, e modificada nos séculos XVII e XVIII.
A entrada da igreja é de estilo barroco com
elementos renascentistas, o interior é revestido de
talha dourada, do século XVIII. No altar-mor está
colocado um painel de Joaquim Rafael, de 1821.
Igreja de Santa Clara
Uma das mais belas igrejas de Portugal, inteiramente
recoberta de talha dourada setecentista.
Considerada um dos melhores exemplares das
denominadas igrejas forradas a ouro do barroco joanino,
Santa Clara conserva a sua estrutura arquitectónica gótica,
que remonta ao século XV. A cerimónia de instituição do
mosteiro das clarissas do Porto decorreu a 28 de Março de
1416, tendo sido marcada pela presença das mais
importantes figuras do reino - D. João I e os príncipes D.
Fernando e D. Afonso -, que desde a primeira hora
privilegiaram a nova casa, e pelo Bispo D. Fernando
Guerra.
Tema musicalTema musical
Ópera Nabuco - Coro dos Hebreus de VerdiÓpera Nabuco - Coro dos Hebreus de Verdi
Interpretado pela
Orquestra de Luís Cobos
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Igrejas e capelas do porto

  • 1. PORTOPORTO IGREJAS E CAPELASIGREJAS E CAPELAS CLICAR SEMPRECLICAR SEMPRE
  • 2. A Igreja de São Martinho de Cedofeita é considerada a igreja mais antiga da cidade do Porto. Não se sabe quando terá sido construída a igreja original, sendo no entanto pacífica a ideia de que será um resquício da povoação sueva, que se localizava em Cedofeita. Uma das teorias maioritárias entre os historiadores é a de que terá sido erguida pelo rei suevo Reciário em 446. Outros defendem que foi o rei Teodomiro também suevo, quem a mandou construir, em 559, tendo sido baptizado nela conjuntamente com o seu filho Ariamiro. A acreditar nesta última versão da história, o nome de Cedofeita será uma referência à igreja. Conta a lenda que Teodomiro, desesperado porque não encontrava cura para a doença do Ariamiro, recorreu a São Martinho de Tours enviando a esta cidade, embaixadores com ofertas de prata e ouro em peso igual ao do seu filho. Acabou por ser o bispo de Braga São Martinho de Dume o portador de uma relíquia de São Martinho de Tours, perante a exposição da qual o filho do rei foi curado, e todo o povo suevo presente, convertido ao catolicismo. Esta relíquia está guardada nesta igreja de Cedofeita, juntamente com outras do evangelizador dos suevos, o bispo de Braga e de Dume. Teodomiro ordenou o início da construção de uma nova igreja em honra do referido santo. O templo foi construído com tal celeridade que se terá dito acerca dele Cito Facta, o que significa Feita Cedo, derivando em (Cedo feita) Cedofeita. A igreja foi alvo de sucessivas transformações, adquirindo um traço românico quando foi erguido no mesmo local o Mosteiro de Cedofeita no início do século XII. Em 1742 o prior D. Luís de Sousa Carvalho ordenou várias modificações, dando-lhe o desenho que hoje vemos. Em 1930 a Direcção dos Edifícios e Monumentos Nacionais reconstruiu-a de forma a eliminar alguns elementos ornamentais colocados ao longo dos tempos Igreja de São Martinho de Cedofeita
  • 3. Primeiro Farol Português de 1527 – Passeio Alegre – Foz do Douro Em 1527, foi mandado construir, conforme reza uma inscrição latina na parede voltada para o rio, que traduzida diz: "Miguel da Silva, bispo eleito de Viseu, mandou construir esta torre para dirigir a navegação, ele mesmo deu e consignou campos comprados com o seu dinheiro, com o rendimento dos quais foram acesos fogos de noite perpetuamente na torre, no ano de 1527. Em 1841 foi construído um edifício anexo à Capela Farol, para aí instalar um posto da Guarda-Fiscal. Em 1852 foi edificada uma torre anexa, com 3 pisos, onde foi instalada uma estação telegráfica. Capela Farol de S. Miguel o Anjo
  • 4. Capela dos Alfaiates Rua do Sol / Rua de S. Luís São Bom Homem e Nossa Senhora de Agosto foram os padroeiros e protectores da Confraria dos Alfaiates e a imagem da primeira era, no início do século XVI, venerada no primeiro andar de uma casa junto à Sé, cujo piso térreo servia de celeiro do cabido. Em 1554, iniciou-se a construção de uma nova capela frente à fachada principal da Sé do Porto, em edifício cedido à Confraria pelo bispo D. Rodrigo Pinheiro. Onze anos depois, só as paredes tinham sido levantadas e, com o empenho do prelado, o mestre pedreiro Manuel Luís contratou com a Irmandade a conclusão do templo. Em 1853, a capela teve obras de beneficiação, promovidas pela Associação dos Alfaiates. Foi considerada monumento nacional em 1927, tendo, em 1935, devido às obras de demolição programadas para a abertura do Terreiro da Sé, sido expropriada pela Câmara Municipal do Porto. Em 1953, foi reedificada na sua actual implantação, no Largo do Actor Dias, entre as Ruas do Sol e de São Luís, e pela mesma época foram restaurados, pelo pintor Abel de Moura, os painéis da Epístola, os quais representam a Anunciação, a Adoração dos Reis Magos, a Visita de Santa Isabel, Natividade, o Menino Jesus entre os Doutores e a Fuga para o Egipto.
  • 5. Capela dos Alfaiates - Retábulo em talha dourada - séc. XVII
  • 6. Igreja de São Francisco Rua do Infante Dom Henrique Em substituição da Capela de S. Miguel, a Igreja de São Francisco, a única de arquitectura gótica na cidade do Porto, começou a ser edificada em 1383, tendo sido acabada em 1410. Sofrendo várias alterações ao longo dos tempos, estas não alteraram o seu cunho arquitectónico. No século XVII e século XVIII, contrastando com a austeridade das linhas góticas exteriores, a igreja foi exuberantemente decorada interiormente por talha barroca dourada. Em seguimento à extinção das Ordens religiosas cuja lei data de 30 de Maio de 1834, a igreja serviu de armazém da Alfândega até 1839, tendo depois sido devolvida à Venerável Ordem Terceira de S. Francisco.
  • 7. Igreja de São Francisco - Revestida a talha dourada do séc. XVII
  • 8. Capela das Almas A sua construção data dos princípios do séc. XVIII. A capela tem dois corpos, sendo o segundo mais baixo, e sofreu obras de ampliação e restauro que modificaram o estilo original, em 1801. O revestimento é constituído por 15.947 azulejos que cobrem cerca de 360 metros quadrados de parede. Os azulejos que revestem a capela são da autoria de Eduardo Leite e foram executados pela Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, em Lisboa. Datam de 1929 e representam os passos da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina, que são venerados na capela. Esquina de: Rua Santa Catarina com Fernandes Tomás
  • 10. Igreja da Lapa A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa foi instituída em 1755 pelo Papa Bento XIV. No dia 17 de Julho de 1756 foi começada a construir a Igreja, de modo a substituir uma capela menor. Na capela-mor, por trás duma pesada porta de bronze, está o coração de D. Pedro IV oferecido à cidade pela viúva a Imperatriz D. Amélia de Beauharnais, cumprindo o desejo do marido. De 4 em 4 anos a porta é aberta, por funcionários da Câmara Municipal do Porto, para substituir o líquido na jarra em que o coração está inserido. No coro alto foi colocado em 1995 um órgão de tubos da autoria do mestre organeiro alemão Georg Jann. Trata-se do maior órgão da Península Ibérica.
  • 12. Igreja de Campanhã Foi edificada no séc. XVIII, em 1714, aparecendo ligada à construção do Palácio do Freixo, sendo a Igreja Paroquial do Palácio. Possui imagens do século XIV, mas principalmente do século XVIII. Saqueada e quase destruída em diversas invasões (1809, 1832 e 1834) e abandonada depois, esta igreja possui um valor incalculável, em risco de se perder. Sofreu obras de restauro nos séculos XIX e XX (em 1905 a igreja sofre importantes obras gerais de reforma e ampliação). Fachada e Interior A Igreja matriz, de uma só nave, de cantaria granítica, possui uma torre sineira do lado direito, a fachada e o lado direito da torre sineira são forrados com azulejos monocromáticos de cor azul. A fachada é de autoria de José Francisco de Paiva. A Igreja possui uma notável escultura em calcário policromado de Nossa Senhora de Campanhã atribuída ao século XIV Além desta imagem destaquem-se igualmente as imagens da Senhora do Rosário, de pedra Ançã, policromada, com 85 cm de altura e que têm características do século XIV/XV e a da Nossa Senhora das Dores atribuída ao século XVII. Possui outras imagens de grande valor artístico e cultural, a maior parte delas dos séculos XIX e XX. Destaca-se também, pela sua qualidade artística, a talha dourada da tribuna e Altar-mor (séc. XVIII, embora com vários restauros) e um conjunto de painéis pintados representando cenas da vida religiosa Situada na rua do Falcão e nas proximidades da Praça da Corujeira e da Estrada da Circunvalação.
  • 14. Igreja de Campanhã – Imagem em pedra Ançã
  • 15. Foi fundada por uma confraria marinheira (Irmandade das Almas do Corpo Santo Massarelos) no século XVII. É também conhecida como a Igreja de São Pedro Gonçalves Telmo, pela grande pintura a óleo dele do lado esquerdo da porta principal. Tem apenas uma sala, com a porta principal entre duas torres com sino e relógio. A fachada traseira é decorada com um mural de azulejos, o que a torna inconfundível desde a margem do Douro Igreja do Corpo Santo de Massarelo s R. Restauração / Largo do Adro
  • 16. Igreja de Paranhos A Igreja Matriz de Paranhos data de pelo menos 1.123, se não for mais antiga, pois 1.123 é apenas a primeira referência documental, nada inviabiliza uma existência mais remota. Desse período conhecemos pouco. Terá sido uma igreja em estilo românico, semelhante a tantas outras do Entre Douro e Minho. A igreja que vemos hoje assemelha-se a muitas das igrejas das aldeias do Norte de Portugal, porque Paranhos era mesmo uma aldeia, até ser incorporada na malha urbana do Porto. Desconhece-se a sua data de construção, mas sabe-se que foi reconstruída em 1.845. Tal facto é compreensível colocando-o em contexto: Paranhos foi um campo de batalha muito usado e estratégico nas Invasões Francesas e nas Lutas Liberais, principalmente no último caso. Torna-se agora compreensível o estado ruinoso da igreja. A fachada é ladeada por duas torres sineiras, sendo que uma delas data do século XIX e a outra foi construída em 1946. Cada uma tem um relógio: um é de sol, de 1.878, e o outro é mecânico, de 1.857. O seu interior tem uma só nave separada da capela-mor por um arco cruzeiro. (Largo da Igreja de Paranhos)
  • 18. Igreja de S. João Baptista A necessidade de uma igreja na Foz do Douro fez-se sentir no final do segundo quartel do século XVII, em consequência das obras efectuadas no Forte de São João da Foz, que alteraram o normal funcionamento da igreja matriz situada no seu interior. Assim, e em 1640, foram doados uns "Palácios", sitos na Foz, ao Mosteiro de Santo Tirso, que imediatamente iniciou a sua adaptação a igreja paroquial, comprometendo-se ainda a custear a construção da capela-mor. Mais tarde, e de acordo com Magalhães Basto, o corpo da igreja terá sido modificado (BASTO, 1945, pp. 173-190). No entanto, estas obras, exclusivamente financiadas com os inconstantes rendimentos do couto da Foz, foram muito demoradas e a nova capela-mor, cuja primeira pedra foi lançada entre 1709 e 1712, só se concluiu em 1726 / 27 (QUARESMA, 1995). As campanhas arquitectónicas e decorativas sucederam-se durante a primeira metade do século XVIII. Entre 1713 e 1715 construíram-se os retábulos do Bom Sucesso, do Senhor Jesus, da Senhora do Rosário, e de Santa Gertrudes, dotados das respectivas imagens. Em 1728 iniciou-se, na igreja, a construção da abóbada, torres, novo frontispício, remate do arco sobre a capela-mor, pátio em frente, e levantamento do coro; obras que estariam concluídas em 1733. No ano seguinte, 1734, foi assinado o contrato para a realização do retábulo da capela-mor com os mestres entalhadores Manuel da Rocha e Manuel da Costa Andrade, mas sob desenho de Miguel Francisco da Silva, autor dos retábulos das igrejas de Santo Ildefonso e São Francisco, entre outros. Este deveria estar pronto em 1735. No entanto, a campanha decorativa prolongou-se e o retábulo foi alterado ao gosto do novo Abade, que acrescentou ainda às obras em curso a construção dos presbitérios e das escadas da capela- mor, tendo mandado executar o altar de pedra de ara e o frontal de talha da capela-mor (QUARESMA, 1995). Resulta desta extensa campanha uma igreja barroca, de planta longitudinal, nave única, seis capelas colaterais e capela-mor, todas com retábulos de talha dourada. Na fachada, o portal emoldurado e rematado por frontão circular interrompido é encimado por um nicho onde se exibe a imagem de São João Baptista. Nos nichos laterais figuraram, outrora, as imagens de São Bento e Santa Escolástica. O alçado termina em frontão circular e cruz de pedra, ladeado pelas torres sineiras. Igreja São João Batista ou Igreja de São João da Foz Largo da Igreja da Foz
  • 19. Igreja de São João da Foz
  • 20. Igreja de São João da Foz
  • 21. Igreja de S. Nicolau Com a necessidade de melhorar a administração da cidade do Porto, em finais do século XVI, a única freguesia então existente, a de Santa Maria da Sé, foi dividida em quatro pelo bispo do Porto, Marcos de Lisboa: Sé, Vitória, São Nicolau e São João Baptista de Belmonte, sendo esta última extinta e repartida entre Vitória e São Nicolau. Inicialmente efectuados numa pequena ermida do século XIII os serviços religiosos da freguesia de São Nicolau tinham necessidade de um espaço maior tendo sido para isso demolida a ermida para dar lugar à Igreja de São Nicolau em 1671. A Igreja de São Nicolau sofreu um incêndio em 1758. A sua reconstrução, concluída em 1762, em estilo misto neoclássico e barroco, é da autoria de Frei Manuel de Jesus Maria e foi executada durante o bispado de D. Frei António de Sousa. No alto da fachada, encontra-se um frontão cortado por um nicho, com a imagem calcária do padroeiro. O interior do templo, de uma só nave, é coberto com abóbada em tijolo. O retábulo, em talha dourada rococó, é da autoria de Frei Manuel de Jesus Monteiro. O painel é do pintor João Glama. Na sacristia, encontram-se várias obras de arte e valiosas peças de ourivesaria. Os arcazes, que vieram de Hamburgo, em 1817, têm os puxadores em bronze. Das peças de ourivesaria destacam-se um cálice do século XVI, com tintinábulos, uma píxide rococó, de prata, com legenda na base, um cálice em prata dourada, também rococó, e dois gomis com as respectivas salvas, do século XVIII, da autoria do ourives portuense Domingos Sousa Coelho. Em 1832 foi acrescentado um adro gradeado para a protecção das sepulturas e em 1861 cobriu se a frontaria com azulejos. Rua do Infante D. Henrique
  • 22. Igreja de São Nicolau
  • 23. Igreja de S. Pedro de Miragaia Largo de S. Pedro Miragaia – Perto da Alfândega do Porto Igreja de São Pedro de Miragaia Está localizada na freguesia de Miragaia, na cidade do Porto Miragaia era terra de pescadores, quando nasceu, há séculos. Como tal, é natural que o seu orago fosse o santo pescador, São Pedro. A igreja de São Pedro de Miragaia que hoje podemos ver é a mais recente de várias outras que terão existido naquele mesmo local. Tem origem na Idade Média e terá tido diversas configurações e aspectos. Mais tarde, a pequena vila de pescadores acabou por se aproximar ao Porto, graças à expansão espacial da cidade, que forçou à construção da segunda cintura de muralhas, a Muralha Fernandina, que já passava paredes meias com o chamado Arrabalde de Miragaia. Os pescadores, que estavam no areal de Miragaia, acabariam por se ir embora, para zonas mais distantes do Porto, pelo menos a maioria, para Lordelo ou Afurada. O areal de Miragaia foi então ocupado pelos estaleiros navais onde se construíram muitos dos barcos usados na expansão portuguesa ultramarina e no comércio do Porto com o Norte da Europa. São Pantaleão Em 1453, a cidade cristã de Constantinopla cai às mãos dos turcos. Então, alguns cristãos de origem arménia embarcaram e fugiram da cidade, atravessando todo o Mar Mediterrâneo e aportando no Douro. Então, desembarcando com uma carga muito valiosa, foram à Igreja de Miragaia e entregaram o que traziam, o que haviam salvo aos turcos: as relíquias de São Pantaleão, uma carga muito valiosa, numa época de fé como foi aquele século XV. As relíquias do santo foram depositadas na igreja e alvo da devoção popular, até que o bispo D. Diogo de Sousa, décadas depois as transladou para a Sé, um local mais adequado para as relíquias de um santo do que uma igreja de pescadores. Foi feito padroeiro da cidade, a par com Nossa Senhora de Vandoma. Ainda lá está, num cofre de prata, tendo apenas ficado em Miragaia um braço. Os arménios que trouxeram a relíquia ficaram por cá a residir, em Miragaia, na depois chamada rua dos Arménios ou Rua da Arménia. Daí o nome da rua (carece de fontes) As obras Em 1672, o bispo D. Nicolau Monteiro reformou a igreja. Nada que não fosse usual, dado que cada bispo gostava de eternizar a sua passagem pela diocese na pedra do burgo. Mas não foi só isso que moveu as obras. A igreja, com o avançar dos anos, o crescimento da população e consequentemente, do número de fiéis, era pequena demais. Em 1740, foi parcialmente demolida, aproveitando-se na actual construção só a capela-mor e o transepto. É desta campanha de obras que resulta a igreja actual. A igreja é muito simples. A fachada tem um portal com frontão e um grande janelão gradeado e é rematada por um frontão triangular com a legenda «Divo Petro Dicata» (Dedicada a S. Pedro) e encimado por uma cruz. As paredes foram revestidas de azulejos entre 1863 e 1876. A nave única da igreja é enriquecida apenas pelo altar de talha dourada dedicado a Nossa Senhora do Carmo e que pertenceu à igreja do extinto e arruinado Convento de Monchique e pelo altar de Santa Rita, do século XVII. A capela-mor é revestida de talha reforçada com elementos vindos de Monchique-
  • 24. Igreja de S. Pedro de Miragaia – O magnífico altar-mor
  • 25. Igreja de Sta Maria da Vitória Edifício construído na zona da antiga judiaria no séc. XVI, foi destruído por um incêndio e reconstruído no séc. XVIII
  • 26. Igreja de Santa Maria da Vitória
  • 27. Igreja de Santo Ildefonso Praça da Batalha A Igreja de Santo Ildefonso, construída em honra de Santo Ildefonso está localizada na freguesia de Santo Ildefonso, no centro da cidade do Porto, igreja foi reconstruída a partir de 1730, por se encontrar em ruínas a primeira igreja e ficou concluída em 1739. A fachada é composta por duas torres sineiras com dentilhões nas cornijas, rematadas em cada face por esferas e frontões de fantasia. Por cima do entablamento ergue-se o nicho do padroeiro. Guarnecem as paredes azulejos de Jorge Colaço (1932), com cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias da Eucaristia. A nave é de tipo poligonal em estilo proto-barroco, com tecto em madeira e estuques ornamentais repetidos nas paredes. Os altares laterais são obras neo-clássicas e os colaterais são de talha rococó. O retábulo em talha barroca é rococó da segunda metade do século XVIII.
  • 28. Igreja de Santo Ildefonso
  • 29. Estilo De estilo barroco/rococó, foi construída na segunda metade do século XVIII, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projecto do arquitecto José Figueiredo Seixas. A construção do hospital começou mais tarde, ficando concluído em 1801. Fachada A fachada de cantaria, ricamente trabalhada, possui um portal rectangular, ladeado de duas esculturas religiosas dos profetas Elias e Eliseu executadas em Itália, rematado por um amplo frontão e no corpo superior da frontaria, coruchéus e esculturas das figuras dos quatro Evangelistas, revelando influências do estilo “barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni. Azulejos A fachada lateral da Igreja do Carmo está revestida por um grandioso painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem Carmelita e ao Monte Carmelo. A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada na fábrica da Torrinha, em Gaia e datados de 1912. Interior No interior da Igreja do Carmo, destaca-se a excelente talha dourada nas capelas laterais e no altar-mor, a estatuária e diversas pinturas a óleo. Igrejas do Carmo e Carmelitas Praça Carlos Alberto / Rua do Carmo
  • 31. Igreja dos Congregados Praça Almeida Garrett A Igreja dos Congregados foi inaugurada a 8 de Dezembro de 1680 e pertencia à Congregação de Filipe de Néri. A sua frontaria em estilo Barroco é do século XVII. As janelas são forradas com azulejos modernos, representando cenas da vida de Santo António. Os vitrais são já construção deste século. O interior deste templo é composto por uma só nave e o coro, assente em colunas Jónicas suportadas por três arcos. Dois portais em estilo Barroco abrem o transcepto. A decoração do interior da capela-mor foi feita com painéis representando passagens da vida de Santo António, além dos painéis podemos ainda vislumbrar duas séries de relevos esculpidos de Santo António. Ainda no interior do templo destacam-se dos painéis, um representando a «Assunção da Virgem» e o outro a «Sagrada Família». Na Sacristia encontram-se guardados arcazes de pau preto e uma tela da Virgem e o Menino.
  • 32. Púlpitos e Retábulos séc. XVIII Igreja dos
  • 34. Em 1582, a diocese do Porto era constituída por uma única freguesia, a freguesia de Santa Maria da Sé. Esta, por razões de ordem pastoral, foi subdividida em quatro, passando a freguesia de Santa Maria da Sé, a de Nossa Senhora de Victória, a de S. Nicolau e a de S. João Batista de Belomonte. A paróquia de S. João Batista de Belomonte durou apenas nove anos pois quando o bispo D. Jerónimo de Meneses, em 1592, sucedeu a D. Frei Marcos (bispo de Lisboa que tomou a diocese do Porto, em 1582), este extinguiu-a, repartindo a sua área pelas freguesias de Victória e de S. Nicolau. A própria igreja paroquial foi doada ao frades Eremita Calçados de Santo Agostinho. Estes logo começaram a construir o seu convento dedicando-o a S. João de S. Fecundo. Daí o convento se ter chamado de S. João-o-Novo, e posteriormente para simplificar, S. João Novo. Neste convento que foi abandonado em 1832, encontra-se actualmente instalado o Tribunal Criminal e Correccional, que ainda conserva o antigo nome do convento. Quanto à igreja, os frades Eremitas Calçados de Santo Agostinho, consideraram-na imprópria e demoliram-na. Foi construida no mesmo sítio uma nova igreja que ainda hoje está ao lado do tribunal. O estilo de construção da igreja de S. João Novo encontra-se numa transição entre o clássico e o barroco. Existem alguns entendidos como, por exemplo, Carlos de Passos, que afirma que esta igreja apresenta incorrecções de proporções como, por exemplo, a desproporção das colunas que ladeiam o portal, face à grandiosidade da fachada. A fachada encontra-se dividida em partes. A primeira, assenta num estilóbata onde se firmam quatro pilastras. A meio situa-se um portal com duas colunas de cada lado, duas janelas gradeadas que ladeiam o portal e mais outras duas a nível superior. A segunda parte, possui seis pilastras que prolongam as do altar inferior e janelas com as mesmas parecenças que as do primeiro andar. A terceira parte da fachada é composta por torres laterais e três frontões em que o do meio termina em cruz. A capela-mor, situada no interior da igreja, é coberta por uma abóbada de pedra. Nas paredes abrem-se quatro portais decorados e com emblemas e legendas alusivas a Nossa Senhora, Santo Agostinho e Santo Patrício. O interior também possui uns azulejos decorativos, datados de 1741 e as obras lá encontradas são de origem dos séculos XVII e XVIII. O altar-mor foi mandado construir pelo bispo D. Frei António de Sousa (1757/ 1766), um frade que pertenceu à Ordem e o seu túmulo (simbólico), como memória, encontra-se do lado esquerdo da capela-mor. Igreja de São João Novo - Rua de São João Novo
  • 35. Igreja de São João
  • 36. A Igreja de Santa Clara, no Porto, pertenceu ao antigo convento do mesmo nome, fundado por D. João I, em 1416. Esta igreja terá ficado concluída em 1457, e modificada nos séculos XVII e XVIII. A entrada da igreja é de estilo barroco com elementos renascentistas, o interior é revestido de talha dourada, do século XVIII. No altar-mor está colocado um painel de Joaquim Rafael, de 1821. Igreja de Santa Clara
  • 37.
  • 38. Uma das mais belas igrejas de Portugal, inteiramente recoberta de talha dourada setecentista. Considerada um dos melhores exemplares das denominadas igrejas forradas a ouro do barroco joanino, Santa Clara conserva a sua estrutura arquitectónica gótica, que remonta ao século XV. A cerimónia de instituição do mosteiro das clarissas do Porto decorreu a 28 de Março de 1416, tendo sido marcada pela presença das mais importantes figuras do reino - D. João I e os príncipes D. Fernando e D. Afonso -, que desde a primeira hora privilegiaram a nova casa, e pelo Bispo D. Fernando Guerra.
  • 39. Tema musicalTema musical Ópera Nabuco - Coro dos Hebreus de VerdiÓpera Nabuco - Coro dos Hebreus de Verdi Interpretado pela Orquestra de Luís Cobos FIMFIM