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Eletrônica I
     Gustavo Fabro de Azevedo
gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
                                      1
Constituição da Matéria
         A matéria pode ser encontrada no estado
  sólido, liquido ou gasoso é constituída por moléculas
  e estas podem ainda ser subdivididas em partículas
  menores que são os átomos.
  Exemplo:
                              2 átomos de
      1 molécula de
                              hidrogénio               1 átomo de oxigénio
      água


           H2O        ⇒             H2           +              O


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O que é um ÁTOMO? ...
                                             NÍVEIS DE
                                             ENERGIA                    ELÉTRONS
                                                               NÚCLEO

      Segundo o Modelo
atômico de Bohr, o átomo
 é um elemento químico
que compõem a molécula
            formado por...
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                         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Quais as partículas que compõem o átomo?

                                                           Elétrons...

                                                           Prótons...

                                                           Nêutrons...
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Estrutura do Átomo
                                             O átomo é basicamente
                                      formado por três tipos de partículas
                                      elementares: elétrons, prótons e
                                      nêutrons.
                                              Os prótons e os nêutrons
           Órbita electrónica         estão no núcleo do átomo e os
                                      elétrons giram em órbitas eletrônicas
                                      em volta do núcleo do átomo.
                                              O número de elétrons,
                                      prótons e nêutrons é diferente para
                                      cada tipo de elemento.
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Carga Elétrica das Partículas
                          A carga elétrica do elétron
                   é igual à carga do próton, porém
                   de sinal contrário: o elétron
                   possui carga negativa (-) e o
                   próton carga elétrica positiva (+).


                           O nêutron não possui
                   carga elétrica, isto é, a sua carga
                   é nula.
                                                         6
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Órbitas Eletrônicas



        Num átomo, os elétrons que giram em volta do núcleo distribuem-se
em várias órbitas ou camadas electrónicas num total máximo de sete (K, L,
M, N, O, P, Q).
        Quanto maior a energia do elétron, maior é o raio de sua órbita.
Assim, um elétron da órbita Q tem mais energia que um elétron da órbita P.
        O mesmo ocorre com os prótons, aqueles que possuem maior
energia estão situados nas órbitas mais externas.
                                                                             7
                          gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
As condições de estabilidade dos elétrons em
determinadas órbitas fazem com que em cada uma delas seja
possível um número máximo de elétrons como mostrado
abaixo.




      K=2 L=8 M=18 N=32 O=32 P=18 Q=2
        Número máximo de elétrons por camada.
                                                            8
                    gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Segundo o Modelo Atômico de Bohr...
     Os elétrons giram em
      
     órbitas ou níveis bem
     definidos, conhecidos
        como camadas
   K L M N O P Q
    cada camada terá um
       número máximo de
 K    L   M elétrons:
               N   O   P   Q
  2         8   18   32   32       18          8

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Ionização
O átomo altera as suas
 características elétricas
 por meio da ionização:
  perdendo elétrons, o
átomo torna-se um íon
   positivo ou cátion;
   ganhando elétrons
    torna-se um íon
   negativo ou ânion.
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Íons positivos e Íons negativos
        Um átomo quando eletricamente neutro poderá ganhar (receber) ou
perder (ceder) elétrons.

       Quando ele ganha um ou mais elétrons, dizemos que se transforma
num íon negativo.

        Quando um átomo perde um ou mais elétrons, dizemos que ele se
transforma num íon positivo.
Exemplo: Se o átomo de sódio (Na) ceder um elétron ao átomo de cloro (Cl)
passamos a ter um íon positivo de sódio e um íon negativo de cloro.
              íon negativo                                   íon positivo
              de cloro
                             Cl-                       N+
                                                        a
                                                             de sódio


                                                                            11
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Elétrons de Valência
                 A última órbita de um átomo ou camada mais afastada do
núcleo define a sua valência, ou seja, a quantidade de elétrons desta órbita
que pode se libertar do átomo através do bombardeio de energia externa
(calor, luz ou outro tipo de radiação) ou se ligar a outro átomo através de
ligações covalentes.
       Os elétrons dessa camada são chamados de elétrons de
valência.
         Ligações Covalentes: compartilhamento dos elétrons da última
órbita com os da última órbita de outro átomo.
        Num átomo, o número máximo de elétrons de valência é de
oito.
                                                                           12
                          gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Os elétrons da banda de valência são os que têm mais
facilidade de sair do átomo.

       Isso ocorre porque eles têm uma energia maior e também estão a
uma distância maior em relação ao núcleo do átomo, a força de atração é
menor.

       São estes elétrons livres que, sob a ação de um capo elétrico
formam a corrente elétrica.

       Quando um átomo tem oito elétrons de valência diz-se que o
átomo tem estabilidade química ou molecular.


                                                                          13
                         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
No campo da eletrônica, dentre os diversos materiais
usados, encontramos os SEMICONDUTORES, que possuem
características intermediárias entre os condutores e os isolantes.
        Os materiais semicondutores mais utilizados são o SILICIO
(Si) e o GERMÂNIO (Ge) que na sua forma pura (intrínseca)
apresentam uma estrutura cristalina, tendo quatro elétrons na
camada de valência, sendo por isso considerados
TETRAVALENTES.




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Bandas de Energia
        O fato das órbitas estarem a distâncias bem-definidas em
relação ao núcleo do átomo, faz com que entre uma órbita e outra exista
uma região onde não é possível existir elétrons, denominada banda
proibida.
        O tamanho dessa banda proibida na última camada de elétrons
define o comportamento elétrico do material.
            Energia




                                                                      15
                         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Num material isolante é necessário aplicar muita energia
(por exemplo, muita tensão elétrica) para passar os elétrons da
banda de valência para a banda de condução já que a banda
proibida é muito larga.

       Pelo contrário, num material condutor a passagem dos
elétrons da banda de valência para a banda de condução faz-se
facilmente já que não existe banda proibida.

       Os materiais semicondutores estão numa situação
intermédia entre os materiais isoladores e condutores.


                                                                  16
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Surgimento da Lacuna ou Buraco

    Quando um elétron se
    torna livre, ao romper
    uma ligação covalente,
    cria-se um buraco ou
                                         Surgimento da lacuna ou
    uma lacuna.                         Buraco, no espaço de onde
                                          um elétrons se libertou



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Formação de uma carga positiva aparente
           (lacuna, buraco)




19/02/13      gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   18
Formação de uma carga positiva
       aparente (lacuna, buraco)
       Quando um elétron abandona uma ligação covalente,
         fica faltando nesse lugar uma carga elétrica negativa,
        constituindo-se uma lacuna, que pode ser considerada
           uma partícula autônoma, carregada positivamente.

          A lacuna é uma partícula fictícia, de propriedades
           análogas às do elétron, mas de carga positiva (+).


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Movimento “dirigido” de um elétron
  livre sob a ação de um campo
              elétrico.
                               Com o cristal sujeito a ação de
                                 um campo elétrico, os elétrons
                                livres se deslocarão em sentido
                                oposto, criando uma orientação
                               predominante, o que significa um
                               “transporte” de cargas elétricas e
                                com isso uma corrente elétrica.


19/02/13    gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                 20
Condutores x Isolantes
   Os materiais condutores são
     formados por átomos cujos
    elétrons da órbita de valência
    estão fracamente ligados ao
        núcleo, de modo que a
      temperatura ambiente tem
        energia suficiente para
         arrancá-los da órbita,
          tornando-os livres.

    19/02/13              gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   21
Condutores
         Os átomos com 1, 2 ou 3 elétrons de valência têm uma certa
facilidade em cedê-los já que a sua camada de valência está muito
incompleta (para estar completa deveria ter 8 elétrons de valência).

        Por exemplo, um átomo de cobre tem um elétron de valência o
que faz com que ele ceda com muita facilidade esse elétron (elétron
livre).
Número atómico do cobre = 29 (número total de elétrons no átomo)

      K=2     2n2 = 2x12 = 2
      L=8     2n2 = 2x22 = 8
      M=18    2n2 = 2x32 = 18
      N=1                                                              22
                        gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Isolantes
       Os átomos que têm entre 5 e 8 elétrons de valência não
cedem facilmente elétrons já que a sua camada de valência está
quase completa (para estar completa deveria ter 8 elétrons de
valência).

       O vidro, a mica, a borracha estão neste caso.

       Estes materiais não são condutores da corrente elétrica
porque não têm elétrons livres sendo necessário aplicar-lhes uma
grande energia para passar os elétrons de banda de valência para a
banda de condução.
                                                                 23
                       gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Semicondutores
       Existem vários tipos de semicondutores. Os mais comuns
são o silício (Si) e o germânio (Ge).
                                         Número atómico do Germânio:
                                         32
                                         K=2, L=8, M=18 e N=4.
                                         Número atómico do Silício: 14
                                         K=2, L=8 e M=4.
       Os átomos com 4 elétrons de valência geralmente não ganham nem
perdem elétrons, é o que acontece com os materiais semicondutores,
Germânio (Ge) e Silício (Si).
                                                                         24
                        gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
Representação plana das ligações do Si

Os materiais como Si, Ge, Arseneto de Gálio (GaAs) e fosfeto de índio
(InP) são chamados de semicondutores intrínsecos ou puros pois
encontram-se em seu estado natural.
                                                                        25
                        gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
A Partir do SEMICONDUTOR INTRÍNSECO, podemos
formar os SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS,
adicionando impurezas, ou seja outros materiais, por um
processo conhecido como dopagem.




 19/02/13           gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   26
Dopagem
 Altera a resistividade do material;


 Substituição de um átomo de Silício por átomos de impurezas
    dopantes;

 Átomos chamados trivalentes ou aceitadores são usados para
    criar camadas com predominância de buracos, ou tipo P.

 Átomos chamados pentavalentes ou doadores são sados para
    criar camadas com predominância de elétrons, ou tipo N.

19/02/13                 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br    27
“Impurezas” para dopagem
     Exemplos de impurezas para
          dopagem no silício:
                   Tipo P:
       Boro (B), Alumínio (Al) e Gálio
                    (Ga).
                   Tipo N:

        Fósforo (P), Arsênio (As) e

    19/02/13
               Antimônio (Sb).
                           gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   28
Oscilações térmicas da estrutura
cristalina intrínseca do Si ou Ge a T >
                  0º K  Como conseqüência do
                                              acréscimo de temperatura
                                                 (energia térmica), os
                                                 átomos e os elétrons
                                               vibram em torno de suas
                                                 posições de repouso,
                                             provocando a liberação dos
                                              elétrons de suas ligações
                                             covalentes surgindo assim
                                                  os - elétrons livres
 19/02/13       gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                  29
Surgimento da Lacuna ou
                 Buraco

     Quando um elétron se
      torna livre, ao romper
      uma ligação covalente,
      cria-se um buraco ou
      uma lacuna.            Surgimento da lacuna ou
                                  Buraco, no espaço de onde
                                   um elétrons se libertou
    19/02/13               gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   30
Formação do Cristal de Silício
             tipo “N”.
                                           Com o acréscimo de um
                                             elemento do grupo V da
                                                  Tabela Periódica
                                           (pentavalente - 5 elétrons
                                           na camada de valência, ou
                                             doador), na estrutura do
                                            Silício intrínseco vamos ter
                                            elétrons livres em excesso
                                          (carga negativa) formando-se
                                               o silício tipo “N” ou de
                                                    dopagem “N”.
19/02/13      gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                      31
Semicondutores tipo N
                     Silício tipo N
Elétron
 livre

                                                          Silício


                                                         elétron
  Íon
positivo

                                                         Dopante
                                                       pentavalente
19/02/13         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                  32
Formação do Cristal de Silício tipo
              “P”.
                        Com o acréscimo de um elemento do
                                    grupo III da Tabela
                           Periódica(trivalente- 3 elétrons na
                         camada de valência, ou receptor), na
                         estrutura do Silício intrínseco vamos
                          ter a falta de elétrons livres em uma
                                          ligação,

                            Originando-se uma lacuna ou
                          buraco (carga positiva) formando-se
                          o silício tipo “P”, ou de dopagem “P.”
19/02/13     gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br               33
Semicondutores tipo P
                    Silício tipo P

 Buraco
  livre                                                 Silício


                                                       elétron
  Íon
negativo

                                                        Dopante
                                                       trivalente
19/02/13         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                34
Condução no material
  semicondutor tipo “P” ou “N”.
                                             Quando aplicamos
                                             uma tensão através
                                             de um semicondutor,
                                             tipo P ou N ocorre
                                             uma condução pelo
                                             movimento de
                                             elétrons e lacunas.
19/02/13    gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                35
Condução de Elétrons e Lacunas no
 material semicondutor tipo “P” ou “N”.




19/02/13      gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   36
Condução no material
               semicondutor tipo “P” ou “N”.

      Os elétrons (cargas
       negativas) são
       atraídos pela tensão
       positiva e repelidos
       pela tensão negativa.



    19/02/13            gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   37
Condução no material
       semicondutor tipo “P” ou “N”.

                                            As lacunas (cargas
                                             positivas) se
                                             movimentam no
                                             sentido oposto ao dos
                                             elétrons.



19/02/13         gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br                 38
Condução no material
    semicondutor tipo “P” ou “N”.

   As lacunas são atraídas
    pela tensão negativa e
    repelidos pela tensão
    positiva.




    19/02/13          gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br   39

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  • 1. Eletrônica I Gustavo Fabro de Azevedo gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 1
  • 2. Constituição da Matéria A matéria pode ser encontrada no estado sólido, liquido ou gasoso é constituída por moléculas e estas podem ainda ser subdivididas em partículas menores que são os átomos. Exemplo: 2 átomos de 1 molécula de hidrogénio 1 átomo de oxigénio água H2O ⇒ H2 + O 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 2
  • 3. O que é um ÁTOMO? ... NÍVEIS DE ENERGIA ELÉTRONS NÚCLEO Segundo o Modelo atômico de Bohr, o átomo é um elemento químico que compõem a molécula formado por... 19/02/13 3 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 4. Quais as partículas que compõem o átomo?  Elétrons...  Prótons...  Nêutrons... 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 4
  • 5. Estrutura do Átomo O átomo é basicamente formado por três tipos de partículas elementares: elétrons, prótons e nêutrons. Os prótons e os nêutrons Órbita electrónica estão no núcleo do átomo e os elétrons giram em órbitas eletrônicas em volta do núcleo do átomo. O número de elétrons, prótons e nêutrons é diferente para cada tipo de elemento. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 5
  • 6. Carga Elétrica das Partículas A carga elétrica do elétron é igual à carga do próton, porém de sinal contrário: o elétron possui carga negativa (-) e o próton carga elétrica positiva (+). O nêutron não possui carga elétrica, isto é, a sua carga é nula. 6 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 7. Órbitas Eletrônicas Num átomo, os elétrons que giram em volta do núcleo distribuem-se em várias órbitas ou camadas electrónicas num total máximo de sete (K, L, M, N, O, P, Q). Quanto maior a energia do elétron, maior é o raio de sua órbita. Assim, um elétron da órbita Q tem mais energia que um elétron da órbita P. O mesmo ocorre com os prótons, aqueles que possuem maior energia estão situados nas órbitas mais externas. 7 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 8. As condições de estabilidade dos elétrons em determinadas órbitas fazem com que em cada uma delas seja possível um número máximo de elétrons como mostrado abaixo. K=2 L=8 M=18 N=32 O=32 P=18 Q=2 Número máximo de elétrons por camada. 8 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 9. Segundo o Modelo Atômico de Bohr... Os elétrons giram em  órbitas ou níveis bem definidos, conhecidos como camadas K L M N O P Q  cada camada terá um número máximo de K L M elétrons: N O P Q 2 8 18 32 32 18 8 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 9
  • 10. Ionização O átomo altera as suas características elétricas por meio da ionização: perdendo elétrons, o átomo torna-se um íon positivo ou cátion; ganhando elétrons torna-se um íon negativo ou ânion. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 10
  • 11. Íons positivos e Íons negativos Um átomo quando eletricamente neutro poderá ganhar (receber) ou perder (ceder) elétrons. Quando ele ganha um ou mais elétrons, dizemos que se transforma num íon negativo. Quando um átomo perde um ou mais elétrons, dizemos que ele se transforma num íon positivo. Exemplo: Se o átomo de sódio (Na) ceder um elétron ao átomo de cloro (Cl) passamos a ter um íon positivo de sódio e um íon negativo de cloro. íon negativo íon positivo de cloro Cl- N+ a de sódio 11 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 12. Elétrons de Valência A última órbita de um átomo ou camada mais afastada do núcleo define a sua valência, ou seja, a quantidade de elétrons desta órbita que pode se libertar do átomo através do bombardeio de energia externa (calor, luz ou outro tipo de radiação) ou se ligar a outro átomo através de ligações covalentes. Os elétrons dessa camada são chamados de elétrons de valência. Ligações Covalentes: compartilhamento dos elétrons da última órbita com os da última órbita de outro átomo. Num átomo, o número máximo de elétrons de valência é de oito. 12 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 13. Os elétrons da banda de valência são os que têm mais facilidade de sair do átomo. Isso ocorre porque eles têm uma energia maior e também estão a uma distância maior em relação ao núcleo do átomo, a força de atração é menor. São estes elétrons livres que, sob a ação de um capo elétrico formam a corrente elétrica. Quando um átomo tem oito elétrons de valência diz-se que o átomo tem estabilidade química ou molecular. 13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 14. No campo da eletrônica, dentre os diversos materiais usados, encontramos os SEMICONDUTORES, que possuem características intermediárias entre os condutores e os isolantes. Os materiais semicondutores mais utilizados são o SILICIO (Si) e o GERMÂNIO (Ge) que na sua forma pura (intrínseca) apresentam uma estrutura cristalina, tendo quatro elétrons na camada de valência, sendo por isso considerados TETRAVALENTES. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 14
  • 15. Bandas de Energia O fato das órbitas estarem a distâncias bem-definidas em relação ao núcleo do átomo, faz com que entre uma órbita e outra exista uma região onde não é possível existir elétrons, denominada banda proibida. O tamanho dessa banda proibida na última camada de elétrons define o comportamento elétrico do material. Energia 15 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 16. Num material isolante é necessário aplicar muita energia (por exemplo, muita tensão elétrica) para passar os elétrons da banda de valência para a banda de condução já que a banda proibida é muito larga. Pelo contrário, num material condutor a passagem dos elétrons da banda de valência para a banda de condução faz-se facilmente já que não existe banda proibida. Os materiais semicondutores estão numa situação intermédia entre os materiais isoladores e condutores. 16 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 17. Surgimento da Lacuna ou Buraco Quando um elétron se torna livre, ao romper uma ligação covalente, cria-se um buraco ou Surgimento da lacuna ou uma lacuna. Buraco, no espaço de onde um elétrons se libertou 19/02/13 gustavozazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 17
  • 18. Formação de uma carga positiva aparente (lacuna, buraco) 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 18
  • 19. Formação de uma carga positiva aparente (lacuna, buraco)  Quando um elétron abandona uma ligação covalente, fica faltando nesse lugar uma carga elétrica negativa, constituindo-se uma lacuna, que pode ser considerada uma partícula autônoma, carregada positivamente.  A lacuna é uma partícula fictícia, de propriedades análogas às do elétron, mas de carga positiva (+). 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 19
  • 20. Movimento “dirigido” de um elétron livre sob a ação de um campo elétrico.   Com o cristal sujeito a ação de um campo elétrico, os elétrons livres se deslocarão em sentido oposto, criando uma orientação predominante, o que significa um “transporte” de cargas elétricas e com isso uma corrente elétrica. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 20
  • 21. Condutores x Isolantes  Os materiais condutores são formados por átomos cujos elétrons da órbita de valência estão fracamente ligados ao núcleo, de modo que a temperatura ambiente tem energia suficiente para arrancá-los da órbita, tornando-os livres. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 21
  • 22. Condutores Os átomos com 1, 2 ou 3 elétrons de valência têm uma certa facilidade em cedê-los já que a sua camada de valência está muito incompleta (para estar completa deveria ter 8 elétrons de valência). Por exemplo, um átomo de cobre tem um elétron de valência o que faz com que ele ceda com muita facilidade esse elétron (elétron livre). Número atómico do cobre = 29 (número total de elétrons no átomo) K=2 2n2 = 2x12 = 2 L=8 2n2 = 2x22 = 8 M=18 2n2 = 2x32 = 18 N=1 22 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 23. Isolantes Os átomos que têm entre 5 e 8 elétrons de valência não cedem facilmente elétrons já que a sua camada de valência está quase completa (para estar completa deveria ter 8 elétrons de valência). O vidro, a mica, a borracha estão neste caso. Estes materiais não são condutores da corrente elétrica porque não têm elétrons livres sendo necessário aplicar-lhes uma grande energia para passar os elétrons de banda de valência para a banda de condução. 23 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 24. Semicondutores Existem vários tipos de semicondutores. Os mais comuns são o silício (Si) e o germânio (Ge). Número atómico do Germânio: 32 K=2, L=8, M=18 e N=4. Número atómico do Silício: 14 K=2, L=8 e M=4. Os átomos com 4 elétrons de valência geralmente não ganham nem perdem elétrons, é o que acontece com os materiais semicondutores, Germânio (Ge) e Silício (Si). 24 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 25. Representação plana das ligações do Si Os materiais como Si, Ge, Arseneto de Gálio (GaAs) e fosfeto de índio (InP) são chamados de semicondutores intrínsecos ou puros pois encontram-se em seu estado natural. 25 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br
  • 26. A Partir do SEMICONDUTOR INTRÍNSECO, podemos formar os SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS, adicionando impurezas, ou seja outros materiais, por um processo conhecido como dopagem. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 26
  • 27. Dopagem  Altera a resistividade do material;  Substituição de um átomo de Silício por átomos de impurezas dopantes;  Átomos chamados trivalentes ou aceitadores são usados para criar camadas com predominância de buracos, ou tipo P.  Átomos chamados pentavalentes ou doadores são sados para criar camadas com predominância de elétrons, ou tipo N. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 27
  • 28. “Impurezas” para dopagem  Exemplos de impurezas para dopagem no silício: Tipo P: Boro (B), Alumínio (Al) e Gálio (Ga). Tipo N: Fósforo (P), Arsênio (As) e 19/02/13 Antimônio (Sb). gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 28
  • 29. Oscilações térmicas da estrutura cristalina intrínseca do Si ou Ge a T > 0º K  Como conseqüência do acréscimo de temperatura (energia térmica), os átomos e os elétrons vibram em torno de suas posições de repouso, provocando a liberação dos elétrons de suas ligações covalentes surgindo assim os - elétrons livres 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 29
  • 30. Surgimento da Lacuna ou Buraco  Quando um elétron se torna livre, ao romper uma ligação covalente, cria-se um buraco ou uma lacuna. Surgimento da lacuna ou Buraco, no espaço de onde um elétrons se libertou 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 30
  • 31. Formação do Cristal de Silício tipo “N”.   Com o acréscimo de um elemento do grupo V da Tabela Periódica (pentavalente - 5 elétrons na camada de valência, ou doador), na estrutura do Silício intrínseco vamos ter elétrons livres em excesso (carga negativa) formando-se o silício tipo “N” ou de dopagem “N”. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 31
  • 32. Semicondutores tipo N Silício tipo N Elétron livre Silício elétron Íon positivo Dopante pentavalente 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 32
  • 33. Formação do Cristal de Silício tipo “P”.  Com o acréscimo de um elemento do grupo III da Tabela Periódica(trivalente- 3 elétrons na camada de valência, ou receptor), na estrutura do Silício intrínseco vamos ter a falta de elétrons livres em uma ligação,  Originando-se uma lacuna ou buraco (carga positiva) formando-se o silício tipo “P”, ou de dopagem “P.” 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 33
  • 34. Semicondutores tipo P Silício tipo P Buraco livre Silício elétron Íon negativo Dopante trivalente 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 34
  • 35. Condução no material semicondutor tipo “P” ou “N”.   Quando aplicamos uma tensão através de um semicondutor, tipo P ou N ocorre uma condução pelo movimento de elétrons e lacunas. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 35
  • 36. Condução de Elétrons e Lacunas no material semicondutor tipo “P” ou “N”. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 36
  • 37. Condução no material semicondutor tipo “P” ou “N”.  Os elétrons (cargas negativas) são atraídos pela tensão positiva e repelidos pela tensão negativa. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 37
  • 38. Condução no material semicondutor tipo “P” ou “N”.  As lacunas (cargas positivas) se movimentam no sentido oposto ao dos elétrons. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 38
  • 39. Condução no material semicondutor tipo “P” ou “N”.  As lacunas são atraídas pela tensão negativa e repelidos pela tensão positiva. 19/02/13 gustavoazevedo@pelotas.ifsul.edu.br 39