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Lição 1                                                                                                      29 de setembro a 6 de outubro

                                     O grande conflito: fundamento de nossas crenças




Sábado à tarde                                                                                                        Ano Bíblico: Zc 1–4

VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te
ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).

Leituras da semana: Gn 3:15; Ap 12:1-17; Is 14:4-21; Ez 28:12-19; Is 53:6; Rm 1:20-28; Jo 16:2

Pensamento-chave: O tema do grande conflito é o conceito abrangente que dá coesão às crenças fundamentais da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.

Dizem que “a necessidade é a mãe da invenção.” A palavra mãe, nesse caso, significa “a fonte”, “a força motriz” e “o
fundamento”. É a carência, a necessidade de algo que move as pessoas à ação. Por exemplo, a necessidade de um ar
mais puro é a base, a força motriz por trás do movimento por outras fontes de energia diferentes dos combustíveis
fósseis.

Assim como ocorre com as invenções físicas, um sistema de crenças também precisa de uma base, um princípio que o
explique.

Os adventistas do sétimo dia professam um corpo de 28 crenças fundamentais. Essas crenças têm o fundamento no
conceito que chamamos de “grande conflito”. Cada uma das 28 crenças fundamentais aborda um aspecto específico
desse conflito cósmico. As crenças que serão estudadas neste trimestre têm mais sentido contra o pano de fundo do
tema do grande conflito. Nesta semana, consideraremos alguns dos pontos principais desse fundamento.

Domingo                                                             Ano Bíblico: Zc 5–8

O conflito e seus atores

Ao longo de toda a história registrada, as pessoas têm percebido que a humanidade está em um tipo de batalha, uma
guerra, uma luta entre forças inimigas.

O poeta T. S. Eliot escreveu: “Em todos os meus anos, uma coisa não muda./Por mais que você a disfarce, essa coisa não
muda:/A perpétua luta entre o bem e o mal” (T. S. Eliot: The Complete Poems & Plays [T. S. Eliot: Peças de Teatro e
Poemas Completos]; Nova York, San Diego, Londres; Harcourt Brace & Company, 1952, p. 98).

Embora essa compreensão seja comum, as pessoas têm visões radicalmente diferentes a respeito do significado do
conflito, acerca de quem está envolvido, o que está em jogo e como ele vai acabar. No entanto, como adventistas do
sétimo dia, temos uma perspectiva decididamente sobrenaturalista acerca dessa batalha, uma perspectiva que vem da
nossa compreensão bíblica e da forma pela qual a Bíblia descreve o que chamamos de “grande conflito entre Cristo e
Satanás”.

1. Quais são os atores principais no conflito? Embora símbolos às vezes sejam utilizados para descrever os atores, por
que acreditamos que os poderes descritos são seres reais, literais? O que aconteceria com todo o nosso sistema de
crenças se entendêssemos apenas de modo espiritual a realidade do grande conflito entre Cristo e Satanás e nosso papel
nele? Gn 3:15; Ap 12:1-17

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. (Gên. 3:15)

Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que,
achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão,
grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do

                                                           ramos@advir.com
céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando
nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus
até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil
duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus
anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se
chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do
céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de
nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro
e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e
vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.
Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas
da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo,
fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse
arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar. (Apoc. 12:1-17)

Não é incomum as pessoas usarem termos como diabo, anjos e até mesmo Deus, quando querem falar de algo muito
diferente do que aquelas palavras normalmente significam. Por exemplo, há alguns cujo interesse no uso da palavra
“Deus” focaliza apenas a função que essa palavra desempenha na linguagem e sociedade humanas. Elas não têm
interesse em saber se “Deus”, de alguma forma, existe.

Sejam quais forem os símbolos utilizados para descrevê-las, a Bíblia ensina que essas figuras são entidades reais,
envolvidas em um conflito real. É assim que os adventistas do sétimo dia as entendem. A maioria das doutrinas
estudadas neste trimestre não terão sentido se os atores identificados no conflito não forem considerados literalmente, o
que muitas vezes nos coloca decididamente em conflito com a cultura dominante.

De fato, embora o secularismo tenha assumido diferentes contornos e formas ao longo dos últimos dois séculos, nada o
caracteriza mais do que o esforço para eliminar toda a linguagem sobrenatural do discurso humano. Com o sucesso da
ciência, a cultura contemporânea está testemunhando uma extinção gradual da crença no sobrenatural.

A cultura de sua região é fortemente afetada pela visão secular e científica acerca do mundo? Você foi influenciado por
essa visão? Contra que aspectos dela especialmente devemos nos guardar?

Segunda                                                              Ano Bíblico: Zc 9–11

A queda de Lúcifer

Embora a Bíblia não mencione explicitamente as questões envolvidas no conflito entre Deus e Satanás, elas podem ser
deduzidas a partir de algumas passagens bíblicas relacionadas ao assunto, tais como Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19. Em
seus cenários originais, esses textos representavam os reis pagãos de Tiro e Babilônia, mas, quando lidos
cuidadosamente, apresentam detalhes que vão além desses antigos governantes orientais. Na verdade, eles apontam
para a origem, posição e queda de Satanás.

2. Em 1 Timóteo 3:6, Paulo adverte contra a ordenação de um novo converso, alertando que isso pode levar a pessoa a se
tornar vaidosa e a cair na mesma condenação do diabo. Como a declaração de Paulo esclarece Isaías 14:4-21 e Ezequiel
28:12-19? De que forma essas três passagens nos ajudam a entender algumas questões do conflito?

não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. (1 Tim. 3:6)

então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como acabou a tirania! Quebrou o SENHOR a
vara dos perversos e o cetro dos dominadores, que feriam os povos com furor, com golpes incessantes, e com ira dominavam as nações,
com perseguição irreprimível. Já agora descansa e está sossegada toda a terra. Todos exultam de júbilo. Até os ciprestes se alegram
sobre ti, e os cedros do Líbano exclamam: Desde que tu caíste, ninguém já sobe contra nós para nos cortar. O além, desde o profundo,
se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada; ele, por tua causa, desperta as sombras e todos os príncipes da terra e faz
levantar dos seus tronos a todos os reis das nações. Todos estes respondem e te dizem: Tu também, como nós, estás fraco? E és
semelhante a nós? Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os
vermes são a tua coberta. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as
nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado
para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que
fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não
deixava ir para casa? Todos os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada um, no seu túmulo. Mas tu és lançado fora da
tua sepultura, como um renovo bastardo, coberto de mortos traspassados à espada, cujo cadáver desce à cova e é pisado de pedras.
Com eles não te reunirás na sepultura, porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos jamais será
nomeada. Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e
encham o mundo de cidades. (Isa. 14:4-21)

Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio
de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o
berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste
criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das
pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do
teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó
querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria
por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela
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injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas
sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser
objeto de espanto e jamais subsistirás. (Ezeq. 28:12-19)

Pelo menos três questões são levantadas nos textos citados acima: orgulho, autonomia e independência. O Antigo
Testamento retrata um ser criado, dependente, desejando ser autossuficiente e independente. Mas independência é
sempre independência de algo ou alguém. A primeira carta de João 3:8 diz que o diabo vive pecando desde o princípio; 1
João 3:4 define “pecado” como transgressão da lei. Segue-se, então, que o pecado de Satanás, que se manifestou como
uma busca por independência e autonomia – representava o desejo de ser livre das “restrições” de Deus e de Suas leis.
Assim, ao recusar se submeter à autoridade da lei de Deus, Satanás mostrou que desejava viver sob um conjunto
diferente de condições. Essa rebelião também implicava que o sistema de leis do Céu não era o ideal e que, na verdade,
algo estava errado com essas leis. Mas, pelo fato de que a lei de Deus é um reflexo de Seu caráter, um defeito na lei
equivaleria a um defeito no caráter de Deus. Em resumo, a rebelião de Satanás foi tanto contra o próprio Deus como
contra qualquer outra coisa.

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. (1 João 3:4)

Orgulho, autonomia, independência. O que essas palavras trazem à sua mente? De que maneira todos nós estamos em
perigo de cair nas armadilhas, às vezes muito sutis, que o orgulho, a autonomia e a independência colocam diante de
nós? Afinal de contas, sob as condições corretas, o que há de errado nesses conceitos?

Terça                                                               Ano Bíblico: Zc 12–14

A arma de Deus

3. De que forma o grande conflito é revelado em Gênesis 3:15?

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. (Gên. 3:15)

A linguagem enigmática de Gênesis 3:15, na qual o conflito está predito, nos dá um indício das regras divinas para essa
guerra. Podemos ver que o conflito, que tinha acabado de começar na Terra, envolvendo a serpente e a mulher, tomaria
forma, envolvendo os seguidores dos participantes iniciais: a “semente” da mulher e a “semente” da serpente. No devido
tempo, como sabemos, o conflito culminaria em um confronto mortal entre Satanás e um descendente da mulher, Jesus
de Nazaré. A arma escolhida por Deus foi Jesus, que viria para lutar em favor da mulher, seria ferido, mas finalmente
desferiria um golpe mortal na serpente. A arma escolhida foi um ato de sacrifício, por meio de Jesus, um ato de amor
altruísta.

4. Que assuntos envolvidos no grande conflito são esclarecidos nos textos a seguir? Por que o plano da salvação é central
nessa questão?

A) Compare Gn 4:4 com Hb 11:4;

Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua
oferta; (Gên. 4:4)

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a
aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. (Heb. 11:4)

B) Compare Gn 12:3 e 22:18 com Gl 3:16;

Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da
terra. (Gên. 12:3)

nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Gên. 22:18)

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos,
porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. (Gál. 3:16)

C) Compare Êx 25:9 com Hb 4:2;

Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o
fareis. (Êxo. 25:9)

Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes
aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. (Heb. 4:2)

D) Compare Is 53:6 com Rm 5:8;

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos. (Isa. 53:6)

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
(Rom. 5:8)


                                                          ramos@advir.com
E) Leia Mt 16:18; 18:16-20;

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela. (Mat. 16:18)

Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três
testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja,
considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e
tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós,
sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que
está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. (Mat. 18:16-20)

F) Leia Hb 8:1, 2

Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da
Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. (Heb.
8:1-2)

Quarta                                                         Ano Bíblico: Malaquias

A batalha de Satanás

Se você olhar atentamente para a lição de ontem, verá uma progressão na maneira pela qual Deus manifestou a Si
mesmo e Sua verdade, em meio ao grande conflito. Deus atuou por meio dos rituais no tempo dos patriarcas e no
santuário israelita, por intermédio da morte expiatória e sacrifical de Cristo, por meio da igreja e no próprio ministério de
Cristo no santuário celestial.

No entanto, Satanás tem trabalhado incansavelmente para minar os planos do Senhor. Grande parte do grande conflito
tem sido, e ainda é, travada em torno desses mesmos temas.

Por exemplo, o sistema de sacrifícios praticado pelos patriarcas e no ritual do santuário de Israel, foi designado por Deus
para que a humanidade se lembrasse do Criador e para manter viva a esperança de redenção.

5. Como Satanás procurou usurpar e destruir a verdade sobre o plano da salvação, especialmente a verdade revelada no
sistema de sacrifícios? Rm 1:20-28; Dt 32:17, 18

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por
isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por
sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível,
bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de
seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando
e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a
paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à
natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente
em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu
erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental
reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, (Rom. 1:20-28)

Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco,
dos quais não se estremeceram seus pais. Olvidaste a Rocha que te gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser.
(Deut. 32:17-18)

Claro, a encarnação de Cristo, Seu ministério na Terra e Seu sacrifício expiatório na cruz foram as partes centrais do
modo como Deus preferiu derrotar Satanás no grande conflito. A morte de Cristo garantiria a destruição de Satanás, que
trabalhou incansavelmente contra Cristo.

6. De que maneiras Satanás trabalhou contra Jesus? Mt 2:1-18; 4:1-11; 16:21-23; 27:39-42

Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E
perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.
Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais
sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles,
porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as
principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. Com isto, Herodes, tendo chamado
secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a
Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me,
para eu também ir adorá-lo. Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até
que, chegando, parou sobre onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.
Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros,
entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não
voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra. Tendo eles partido, eis que apareceu um
anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que
eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe

                                                      ramos@advir.com
e partiu para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por
intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho. Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e
mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do
qual com precisão se informara dos magos. Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-
se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque
não mais existem. (Mat. 2:1-18)

A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e
quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras
se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra
que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse:
Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles
te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás
o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles
e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está
escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o
serviram. (Mat. 4:1-11)

Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e
sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E
Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te
acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas
das coisas de Deus, e sim das dos homens. (Mat. 16:21-23)

Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o
reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os
escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da
cruz, e creremos nele. (Mat. 27:39-42)

Depois de Sua morte e ressurreição, Cristo estabeleceu Sua igreja na Terra, para proclamar à humanidade perdida a boa
notícia da salvação. Desde o início da igreja, Satanás tem procurado enfraquecê-la e destruí-la. As passagens a seguir
mostram algumas das táticas que ele usa contra a igreja (leia At 5:17, 18; 7:54-60; 2Ts 2:1-4; 1Tm 4:1; 2Pe 2:1; Ap 12:13-17).

Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de
inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública. (Atos 5:17-18)

Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo,
fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o
Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes,
arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de
um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então,
ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu. (Atos 7:54-
60)

Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não
vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola,
como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque
isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o
qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de
Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. (2 Ts 2:1-4)

Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos
enganadores e a ensinos de demônios, (1 Tim. 4:1)

Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais
introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. (2 Ped. 2:1)

Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à
mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um
tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da
mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a
terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar
com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se
pôs em pé sobre a areia do mar. (Apoc. 12:13-17)

Entretanto, a carta aos Hebreus fala de um santuário real no Céu, onde Cristo entrou depois de Sua ascensão (Hb 4:14-
16;9:24), para realizar uma função sacerdotal em favor da humanidade pecadora (Hb 7:27). Em Daniel 8:11-14, podemos ver a
atividade de Satanás oposta ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial e sua tentativa de usurpar esse
ministério.

Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa
confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado
em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da
graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (Heb. 4:14-16)

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Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer,
agora, por nós, diante de Deus; (Heb. 9:24)

que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios
pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. (Heb. 7:27)

Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado
abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o
que fez prosperou. Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão
do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem
pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. (Dan. 8:11-14)

Uma coisa é ler 1 Pedro 5:8, 9 e ter uma compreensão intelectual dessa advertência; outra coisa é realmente vivê-la em
nosso dia a dia. Como podemos, de fato, resistir ao diabo? Quantas vezes durante um único dia você está ciente dos
esforços de Satanás contra você?

Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade
espalhada pelo mundo. (1 Ped. 5:8-9)

Quinta                                                       Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento

Escolhas

Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que
estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Js 24:15). Como esse texto revela o que é, em muitos aspectos, a questão mais fundamental no grande conflito?

Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais
que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao
SENHOR. (Josué 24:15)

As profecias apresentam uma visão das cenas finais do conflito entre Deus e Satanás. Por um período de 1.260 anos ( Dn
7:25; 12:7; Ap 11:2; 12:14; 13:5), Satanás esporadicamente, mas persistentemente, perseguiu o povo de Deus. Em um
confronto final descrito em Apocalipse 12 e 13, ele emprega dois poderes terrestres: uma besta semelhante a leopardo (Ap
13:1-10) e uma besta de dois chifres (Ap 13:11-17). Esses poderes empregam todas as táticas de Satanás, mencionadas na
lição de ontem.

Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos
lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. (Dan. 7:25)

Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e
jurou, por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E,
quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão. (Dan. 12:7)

e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é
sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. (Apoc. 12:14)

Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; (Apoc. 13:5)

Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças,
nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o
dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa
ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua
autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?
Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a
boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-
lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo,
língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da
Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva para
cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança
e a fidelidade dos santos. (Apoc. 13:1-10)

Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a
autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja
ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos
homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos
que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado
comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não
adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que
lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão
aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. (Apoc. 13:11-17)



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7. Apocalipse 14 descreve o contra-ataque divino às manobras de Satanás, durante as etapas finais do conflito, com o
objetivo de encerrar a guerra. De que maneira algumas questões do grande conflito serão reveladas? Ap 14:6-13

Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a
cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do
seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Seguiu-se outro anjo, o segundo,
dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.
Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a
sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice
da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu
tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e
da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que,
desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham. (Apoc. 14:6-13)

Do ponto de vista de Deus, uma proclamação clara das questões envolvidas no conflito (aqui representadas como sendo
transmitidas por três anjos) é necessária antes do fim do conflito. A humanidade precisa ser informada de modo
inteligente para que as pessoas tomem uma decisão sobre essas questões.

No conflito final haverá pessoas que permanecerão leais a Deus. Em Apocalipse 14 elas são simbolizadas com o número
144.000, possivelmente representativo de um povo inumerável de todas as nações da Terra (Ap 7:4). Mas elas
permanecerão obedientes aos mandamentos de Deus em um tempo de grande angústia e serão inteiramente dedicadas
à adoração de seu Deus Criador. Receberão a aprovação de Deus e serão vitoriosas com Ele, enquanto as impenitentes
serão destruídas na colheita seguinte (Ap 14:14-20). O ponto é que um dia esse grande conflito estará terminado.

Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de
Israel: (Apoc. 7:4)

Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa
de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava
sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. Então, saiu do
santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada. Saiu ainda do altar outro anjo,
aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice
afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas! Então, o anjo passou a sua
foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. E o lagar foi pisado fora da
cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios. (Apoc. 14:14-
20)

Uma coisa a respeito do grande conflito: ninguém pode ser neutro. Você está de um lado ou do outro. Qualquer um pode
alegar estar do lado do Senhor (Jo 16:2). Como você pode saber, com certeza, que realmente está do lado certo? Comente
com a classe.

Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.
(João 16:2)

Sexta                                                        Ano Bíblico: Mt 1–4

Estudo adicional

Leia de Frank B. Holbrook, “The Great Controversy” [O Grande Conflito], p. 969-1008, em Raoul Dederen (editor),
Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia].

“A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra
como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do
propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve
compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através
dos relatos da História e da profecia, até a grande consumação. Deve enxergar como esse conflito penetra em todos os
aspectos da experiência humana; como em cada ato da vida ele revela um ou outro daqueles dois princípios
antagônicos; e como, quer queira ou não, ele está agora mesmo decidindo de que lado do conflito estará” (Ellen G.
White, Educação, p. 190).

Perguntas para reflexão
1. Alguns falam sobre uma “demora” na segunda vinda de Cristo. Com a quantidade de injustiça e de sofrimento sem
sentido no mundo, parece que cada dia adicional de vida na Terra já é demais. Peça que os alunos compartilhem suas
perspectivas sobre o tema do grande conflito do ponto de vista da assim chamada “demora”.
2. Como podemos saber que estamos do lado do Senhor? A resposta é relevante especialmente por causa do nosso
entendimento de quem serão os perseguidores nos últimos dias. Como podemos ter certeza de que estaremos no lado
certo?

Respostas sugestivas: 1. Jesus e Satanás; a Bíblia afirma que o conflito e seus atores são reais. Se tudo fosse apenas algo
espiritual, não haveria esperança real. 2. Satanás ficou orgulhoso por causa da beleza, perfeição e privilégios que o
Criador havia dado a ele; quis ser igual a Deus, cobiçou a adoração dos anjos e corrompeu sua santidade, dando origem
ao conflito. 3. Na inimizade entre a serpente e a mulher; Jesus, o descendente da mulher esmagaria, na cruz, a cabeça da

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serpente. 4. O plano da salvação está em todas as questões: (A) O verdadeiro e o falso sistema de adoração; a
verdadeira fé, que obedece, e a presunção, que se rebela contra Deus; (B) A bênção será dada aos que aceitarem o
sacrifício de Jesus, descendente de Abraão; os seguidores da serpente serão amaldiçoados; (C) O ritual do santuário
anunciou o evangelho no Antigo Testamento, mas nem todos aproveitaram; (D) Nossos pecados foram lançados sobre
Jesus por causa do amor de Deus por nós; (E) Fundamentada em Cristo, a igreja tem autoridade para resolver problemas
internos e vencer as forças externas do mal; (F) Jesus está à direita do trono da majestade, ministrando como Sumo
Sacerdote, em favor de Seu povo. 5. Buscou transformar a glória de Deus na semelhança do homem corruptível e de
animais; levou as pessoas a desonrar o corpo e a adorar a criatura em lugar do Criador; e a oferecer sacrifícios aos
demônios. 6. Procurou matar o menino Jesus; apresentou tentações para que Jesus pecasse; usou Pedro para desviar
Cristo de Sua missão; desafiou Jesus a descer da cruz. 7. Os mensageiros divinos apresentarão: o evangelho eterno, o
dever de adorar somente ao Criador e o juízo divino; diante do evangelho, as mentiras de Babilônia serão derrubadas; os
adoradores da besta serão destruídos e os adoradores do Criador receberão a vida.


                       Resumo da Lição 1: O grande conflito: fundamento de nossas crenças

Texto-chave: Gênesis 3:15

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. (Gên. 3:15)

O aluno deverá:
Conhecer: Os eventos do grande conflito entre Deus e Satanás e como este afeta todos os aspectos da vida do cristão e
seu sistema de crenças.
Sentir: O significado eterno da escolha individual nesse grande conflito.
Fazer: Aceitar o sacrifício de Cristo em seu favor e cooperar para partilhar esse evangelho como parte essencial do
grande conflito.

Esboço do aprendizado
I. Conhecer: O quadro completo
A. Que eventos críticos ocorreram até a presente data, e que eventos terão lugar no futuro, a fim de erradicar o mal do
Universo?
B. De que forma o conflito entre o bem e o mal afeta tudo o que os cristãos, bem como os não cristãos, fazem e pensam
no dia a dia?

II. Sentir: Escolhas com significado eterno
A. Que parte as decisões diárias desempenham na formação do destino eterno?
B. Por que é tão importante proteger as oportunidades que todos têm de escolher entre o caminho de Deus e o caminho
de Satanás, bem como de influenciar os outros sobre as escolhas eternas que Deus os convoca a fazer?

III. Fazer: Cooperar com os agentes divinos
A. Por que é essencial aceitarmos o sacrifício de Cristo em base diária?
B. Que oportunidades de partilhar o evangelho estão à disposição todos os dias?
C. Quais são as melhores maneiras de cooperar com os agentes celestiais em partilhar a mensagem do evangelho nestes
últimos dias?

Resumo: O grande conflito entre o bem e o mal afeta a vida de todos no Universo. O mais importante é a escolha que
cada um deve fazer entre Deus e Satanás.

CICLO DO APRENDIZADO

MOTIVAÇÃO
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A vida é uma guerra constante entre o bem e o mal, entre Cristo e
Satanás. Ao estudarmos esse conflito e como afeta nossa vida e destino, a questão central deve ser: de que lado
escolhemos estar – de Cristo ou de Satanás?
Só para o professor: Em uma época em que as pessoas se recusam a reconhecer a necessidade de fidelidade moral e
espiritual a Deus, é essencial reconhecer que estamos envolvidos em uma verdadeira guerra espiritual. Entender que
guerra é essa e como obter a vitória é o foco central de nossa lição desta semana.

Atividade de abertura: Gautama, herdeiro do trono de Kapilavastu, no antigo Nepal, era o único objeto de amor e cuidado
de seu pai. O rei protegeu o príncipe de qualquer conhecimento ou experiência com a dor, o sofrimento e a morte. Mas,
um dia, quando ainda era adolescente, o príncipe saiu do palácio e, pela primeira vez, viu as aflições da velhice, da
doença e da morte. Muito aflito, Gautama deixou o palácio, sua jovem esposa e o filho, e vagou pelas florestas,
suportando anos de muita aflição, jejum e meditação, até que, um dia, afirmou ter encontrado a resposta para a questão
do mal. Assim nasceu Buda, cujo ensino essencial era este: a resposta para o problema do sofrimento pode ser
encontrada na renúncia a todo desejo de sensualidade.

Essa é uma resposta. O hinduísmo oferece outra: a morte nada mais é que a porta para uma nova forma de vida no ciclo
infinito de reencarnações. Alguns negam a realidade do pecado, enquanto outros consideram a morte o fim normal de
um processo biológico.

Mas que diz a Bíblia sobre a origem e as soluções para a dor, o sofrimento e a morte? Veja Gn 3:1-23, Rm 5:12, 6:23, Is 14:12-
15 e Ap 12:1-4; 20:7-15.


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Comente: A partir dos versos acima, e de outras passagens, quais são as causas da dor, do sofrimento e da morte? Onde
se originou o pecado, e quais foram seus resultados no conflito conhecido como o grande conflito entre Deus e Lúcifer?
Quando será o fim do grande conflito, e qual será o resultado final?

Compreensão
Só para o professor: Conduza em sua classe uma breve revisão do grande conflito em relação à sua natureza, origem, os
oponentes e sua conclusão final.

Comentário Bíblico

Na história cristã, nenhuma outra igreja entende tão bem quanto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a importância do
tema do grande conflito no tocante ao problema do pecado e sua destruição final. A série de cinco volumes de Ellen G.
White, "O Conflito dos Séculos", começa com as palavras "Deus é amor" e termina com as palavras "Deus é amor". Nesse
ínterim, mais de três mil páginas de narrativa traçam a história do grande conflito entre Cristo e Satanás, proporcionando
um comentário mais ampliado sobre a história da redenção, desde a origem do pecado até a restauração definitiva da
justiça, conforme está retratado na Bíblia. A lição de hoje analisa a origem, a natureza e a conclusão do grande conflito.

I. A origem do grande conflito
"Houve guerra nos Céus" (Ap 12:7, NVI). A frase em si é um paradoxo e um mistério. Como pode haver guerra no Céu – o
lugar em que está o trono de Deus (Is 66:1) e habitam absoluta santidade, justiça, amor e paz? A palavra guerra indica
que no Céu surgiu alguém contrário à vontade de Deus. Apocalipse 12:7-9 identifica o rebelde como o "dragão", "o grande
dragão", "a antiga serpente chamada Diabo ou Satanás" (NVI). Além disso, a mesma passagem diz que Satanás e seus
anjos lutaram contra "Miguel e Seus anjos" (v. 7). Miguel, nome usado apenas em passagens apocalípticas (veja Dn
10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7) para representar Cristo em conflito direto com Satanás, prevaleceu na guerra. Isso levou à
expulsão de Satanás e seu exército para a Terra, onde a antiga serpente enganou Adão e Eva e mergulhou o mundo no
pecado (Gn 3:1-15). Assim começou o grande conflito, um conflito cósmico entre Cristo e Satanás, entre as forças do bem
e do mal.

Pense nisto: Todo ato contrário à vontade de Deus, como fez Lúcifer, é um ato de guerra contra o trono de Deus. Por que
Deus não exterminou simplesmente o pecado e Satanás nos primeiros sinais da revolta, antes que se transformasse em
uma guerra em grande escala, que terminou com a expulsão de Satanás e seus anjos rebeldes para a Terra? O que a
resposta revela sobre a justiça e a misericórdia de Deus?

II. O grande conflito: Sua natureza
Várias passagens bíblicas, como Isaías 14:12-15, Ezequiel 28:12-17, Gênesis 3:1-15 e Apocalipse 12:1-17 revelam alguns dos aspectos
básicos do grande conflito.

Primeiramente, o grande conflito é uma batalha entre a criatura e o Criador a respeito do caráter de amor e a soberania
de Deus. Por sua própria essência, a relação Criador-criatura traz em si um limite. O Criador concede à criatura vida,
amor e comunhão, e a criatura deve responder com amor, obediência e louvor. O desrespeito a esse limite representa
rebelião. Esse foi um dos primeiros pecados de Lúcifer, além de inveja e ambição. Ele se gabava: "Serei como o
Altíssimo" (Is 14:14, NVI). O orgulho levou a arrogância, orgulho e ilegalidade, culminando com uma revolta contra a
autoridade de Deus.

Segundo, o grande conflito é uma batalha pela fidelidade. Pertencemos a Deus ou a Satanás? "Em vez de procurar fazer
com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era esforço de Lúcifer conquistar para si o seu
serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, esse príncipe dos anjos aspirou ao
poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 494).

Terceiro, o grande conflito é uma batalha universal que afeta cada pessoa até culminar com a destruição de Satanás ( Ap
20:7-10). Desde que Satanás introduziu esse conflito cósmico na história da raça humana, enganando Adão e Eva ( Gn 3:1-
15), a criação inteira se tornou campo de batalha entre Cristo e Satanás. Ninguém pode escapar da batalha, e todos
podem aproveitar a vitória disponível por meio de Cristo. O cristão "deve compreender a natureza dos dois princípios que
contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à
grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em
cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não,
ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará" (Ellen G. White, Educação, p. 190).

Pense nisto: Um pensamento preocupante: cada ato da vida revela de que lado do grande conflito estamos: de Cristo ou
de Satanás. Tente compreender realmente todas as implicações desse pensamento. Por que é um engano fatal crer em
algo menos que essa realidade? Por que realmente não há terreno neutro nesse conflito, e o que isso diz sobre a verdade
de que todos – pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos – estamos envolvidos?

III. O grande conflito: sua conclusão
O conflito cósmico teve origem na acusação de Satanás de que Deus é arbitrário, Seu amor é falso e Sua lei não pode ser
guardada. Embora o conflito no Céu tenha sido resolvido quando Cristo esmagou suas raízes e Satanás foi expulso para a
Terra, o arqui-inimigo de Deus continua o conflito na Terra, onde espera enganar toda a humanidade e se tornar o
príncipe deste mundo. Ele verificou que se não podia possuir a Terra mediante o poder de criação, iria fazê-lo enganando
os habitantes da Terra e voltando-os contra Deus. Mas Deus não deixou este mundo desprotegido e, de fato, demonstrou
ter um plano para atender a essa contingência do mal: Cristo certamente foi “conhecido antes da criação do mundo,
revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. Por meio dEle vocês creem em Deus, que O ressuscitou dentre os
mortos e O glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus" (1Pe 1:20, 21, NVI). Pela cruz e pela
ressurreição, Cristo obteve a vitória final sobre o pecado e Satanás. No entanto, o conflito aguarda sua consumação final
no fim do milênio, quando pecado e pecadores não mais existirão e o próprio diabo será lançado "no lago de fogo" ( Ap
20:7-10).

                                                        ramos@advir.com
Pense nisto: Na seção dois, lemos em Ezequiel 28:12-17 como Lúcifer andava entre as pedras afogueadas no Céu. Seja qual
for o significado dessas pedras, uma coisa é clara. Lúcifer andava com impunidade entre essas pedras, imune às chamas.
Ele era "à prova de fogo". Mas, na consumação final do grande conflito, Satanás será inflamável e sua imunidade não
mais existirá. Esse contraste contém uma lição espiritual para nós. Nosso Deus é um fogo consumidor. Temos uma
escolha entre duas: permitir que, durante este período de prova, na fornalha da aflição, Ele refine nosso caráter de toda
escória até que brilhe o ouro puro de Sua imagem, ou recusar submissão e sofrer o processo de refino no lago de fogo. As
duas escolhas queimam o pecado em nós. Mas uma consome o pecado, apenas, e tem como resultado a vida eterna; a
outra nos consome e resulta em morte eterna. Que tipo de proteção Deus nos dá agora, assim como deu aos três amigos
de Daniel, à prova de fogo na fornalha da aflição, assim como o fogo purifica e refina?

Aplicação
Só para o professor: A Bíblia é um grande livro texto sobre o assunto do grande conflito entre Cristo e Satanás. Por meio
de fracassos e triunfos de muitos dos personagens bíblicos, nos altos e baixos da história de Israel, nas advertências e
bênçãos proféticas, na vida, morte e ressurreição de Jesus e nos eventos finais da história da Terra, devemos crer que
Deus está no controle da história e que levará os que nEle confiam ao triunfo inevitável.

Perguntas de aplicação
Por que o estudo do grande conflito é importante para a vida cristã?
José. Davi. Ester. Pedro. Judas. Como esses personagens ilustram que os seres humanos estão muito envolvidos no
grande conflito?

Criatividade
Só para o professor: Para cada ser humano assaltado pelo poder do pecado e de Satanás, a cruz é a garantia de triunfo.
Enfatize perante a classe esta lição de maneira tão poderosa quanto puder.

Atividade: Leia com a classe a seguinte citação. Comente a esperança de vitória que Satanás alimentava e como essa
esperança se desfez. Por que Satanás continua insistindo, mesmo sabendo que, finalmente, deve morrer?

"Quando Jesus foi posto no sepulcro, Satanás triunfou. Ousou esperar que o Salvador não retomaria novamente a vida.
Reclamava o corpo do Senhor, e pôs sua guarda em torno do túmulo, procurando manter Cristo prisioneiro. Ficou furioso
quando seus anjos fugiram diante do mensageiro celestial. Ao ver Cristo sair em triunfo compreendeu que seu reino
chegaria a termo, e que ele devia morrer afinal" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 782).




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O grande conflito: fundamento de nossas crenças_Lição da Escola Sabatina_original_com_textos

  • 1. Lição 1 29 de setembro a 6 de outubro O grande conflito: fundamento de nossas crenças Sábado à tarde Ano Bíblico: Zc 1–4 VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Leituras da semana: Gn 3:15; Ap 12:1-17; Is 14:4-21; Ez 28:12-19; Is 53:6; Rm 1:20-28; Jo 16:2 Pensamento-chave: O tema do grande conflito é o conceito abrangente que dá coesão às crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Dizem que “a necessidade é a mãe da invenção.” A palavra mãe, nesse caso, significa “a fonte”, “a força motriz” e “o fundamento”. É a carência, a necessidade de algo que move as pessoas à ação. Por exemplo, a necessidade de um ar mais puro é a base, a força motriz por trás do movimento por outras fontes de energia diferentes dos combustíveis fósseis. Assim como ocorre com as invenções físicas, um sistema de crenças também precisa de uma base, um princípio que o explique. Os adventistas do sétimo dia professam um corpo de 28 crenças fundamentais. Essas crenças têm o fundamento no conceito que chamamos de “grande conflito”. Cada uma das 28 crenças fundamentais aborda um aspecto específico desse conflito cósmico. As crenças que serão estudadas neste trimestre têm mais sentido contra o pano de fundo do tema do grande conflito. Nesta semana, consideraremos alguns dos pontos principais desse fundamento. Domingo Ano Bíblico: Zc 5–8 O conflito e seus atores Ao longo de toda a história registrada, as pessoas têm percebido que a humanidade está em um tipo de batalha, uma guerra, uma luta entre forças inimigas. O poeta T. S. Eliot escreveu: “Em todos os meus anos, uma coisa não muda./Por mais que você a disfarce, essa coisa não muda:/A perpétua luta entre o bem e o mal” (T. S. Eliot: The Complete Poems & Plays [T. S. Eliot: Peças de Teatro e Poemas Completos]; Nova York, San Diego, Londres; Harcourt Brace & Company, 1952, p. 98). Embora essa compreensão seja comum, as pessoas têm visões radicalmente diferentes a respeito do significado do conflito, acerca de quem está envolvido, o que está em jogo e como ele vai acabar. No entanto, como adventistas do sétimo dia, temos uma perspectiva decididamente sobrenaturalista acerca dessa batalha, uma perspectiva que vem da nossa compreensão bíblica e da forma pela qual a Bíblia descreve o que chamamos de “grande conflito entre Cristo e Satanás”. 1. Quais são os atores principais no conflito? Embora símbolos às vezes sejam utilizados para descrever os atores, por que acreditamos que os poderes descritos são seres reais, literais? O que aconteceria com todo o nosso sistema de crenças se entendêssemos apenas de modo espiritual a realidade do grande conflito entre Cristo e Satanás e nosso papel nele? Gn 3:15; Ap 12:1-17 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gên. 3:15) Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do ramos@advir.com
  • 2. céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar. (Apoc. 12:1-17) Não é incomum as pessoas usarem termos como diabo, anjos e até mesmo Deus, quando querem falar de algo muito diferente do que aquelas palavras normalmente significam. Por exemplo, há alguns cujo interesse no uso da palavra “Deus” focaliza apenas a função que essa palavra desempenha na linguagem e sociedade humanas. Elas não têm interesse em saber se “Deus”, de alguma forma, existe. Sejam quais forem os símbolos utilizados para descrevê-las, a Bíblia ensina que essas figuras são entidades reais, envolvidas em um conflito real. É assim que os adventistas do sétimo dia as entendem. A maioria das doutrinas estudadas neste trimestre não terão sentido se os atores identificados no conflito não forem considerados literalmente, o que muitas vezes nos coloca decididamente em conflito com a cultura dominante. De fato, embora o secularismo tenha assumido diferentes contornos e formas ao longo dos últimos dois séculos, nada o caracteriza mais do que o esforço para eliminar toda a linguagem sobrenatural do discurso humano. Com o sucesso da ciência, a cultura contemporânea está testemunhando uma extinção gradual da crença no sobrenatural. A cultura de sua região é fortemente afetada pela visão secular e científica acerca do mundo? Você foi influenciado por essa visão? Contra que aspectos dela especialmente devemos nos guardar? Segunda Ano Bíblico: Zc 9–11 A queda de Lúcifer Embora a Bíblia não mencione explicitamente as questões envolvidas no conflito entre Deus e Satanás, elas podem ser deduzidas a partir de algumas passagens bíblicas relacionadas ao assunto, tais como Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19. Em seus cenários originais, esses textos representavam os reis pagãos de Tiro e Babilônia, mas, quando lidos cuidadosamente, apresentam detalhes que vão além desses antigos governantes orientais. Na verdade, eles apontam para a origem, posição e queda de Satanás. 2. Em 1 Timóteo 3:6, Paulo adverte contra a ordenação de um novo converso, alertando que isso pode levar a pessoa a se tornar vaidosa e a cair na mesma condenação do diabo. Como a declaração de Paulo esclarece Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19? De que forma essas três passagens nos ajudam a entender algumas questões do conflito? não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. (1 Tim. 3:6) então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como acabou a tirania! Quebrou o SENHOR a vara dos perversos e o cetro dos dominadores, que feriam os povos com furor, com golpes incessantes, e com ira dominavam as nações, com perseguição irreprimível. Já agora descansa e está sossegada toda a terra. Todos exultam de júbilo. Até os ciprestes se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano exclamam: Desde que tu caíste, ninguém já sobe contra nós para nos cortar. O além, desde o profundo, se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada; ele, por tua causa, desperta as sombras e todos os príncipes da terra e faz levantar dos seus tronos a todos os reis das nações. Todos estes respondem e te dizem: Tu também, como nós, estás fraco? E és semelhante a nós? Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua coberta. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa? Todos os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada um, no seu túmulo. Mas tu és lançado fora da tua sepultura, como um renovo bastardo, coberto de mortos traspassados à espada, cujo cadáver desce à cova e é pisado de pedras. Com eles não te reunirás na sepultura, porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos jamais será nomeada. Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e encham o mundo de cidades. (Isa. 14:4-21) Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela ramos@advir.com
  • 3. injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás. (Ezeq. 28:12-19) Pelo menos três questões são levantadas nos textos citados acima: orgulho, autonomia e independência. O Antigo Testamento retrata um ser criado, dependente, desejando ser autossuficiente e independente. Mas independência é sempre independência de algo ou alguém. A primeira carta de João 3:8 diz que o diabo vive pecando desde o princípio; 1 João 3:4 define “pecado” como transgressão da lei. Segue-se, então, que o pecado de Satanás, que se manifestou como uma busca por independência e autonomia – representava o desejo de ser livre das “restrições” de Deus e de Suas leis. Assim, ao recusar se submeter à autoridade da lei de Deus, Satanás mostrou que desejava viver sob um conjunto diferente de condições. Essa rebelião também implicava que o sistema de leis do Céu não era o ideal e que, na verdade, algo estava errado com essas leis. Mas, pelo fato de que a lei de Deus é um reflexo de Seu caráter, um defeito na lei equivaleria a um defeito no caráter de Deus. Em resumo, a rebelião de Satanás foi tanto contra o próprio Deus como contra qualquer outra coisa. Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. (1 João 3:4) Orgulho, autonomia, independência. O que essas palavras trazem à sua mente? De que maneira todos nós estamos em perigo de cair nas armadilhas, às vezes muito sutis, que o orgulho, a autonomia e a independência colocam diante de nós? Afinal de contas, sob as condições corretas, o que há de errado nesses conceitos? Terça Ano Bíblico: Zc 12–14 A arma de Deus 3. De que forma o grande conflito é revelado em Gênesis 3:15? Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gên. 3:15) A linguagem enigmática de Gênesis 3:15, na qual o conflito está predito, nos dá um indício das regras divinas para essa guerra. Podemos ver que o conflito, que tinha acabado de começar na Terra, envolvendo a serpente e a mulher, tomaria forma, envolvendo os seguidores dos participantes iniciais: a “semente” da mulher e a “semente” da serpente. No devido tempo, como sabemos, o conflito culminaria em um confronto mortal entre Satanás e um descendente da mulher, Jesus de Nazaré. A arma escolhida por Deus foi Jesus, que viria para lutar em favor da mulher, seria ferido, mas finalmente desferiria um golpe mortal na serpente. A arma escolhida foi um ato de sacrifício, por meio de Jesus, um ato de amor altruísta. 4. Que assuntos envolvidos no grande conflito são esclarecidos nos textos a seguir? Por que o plano da salvação é central nessa questão? A) Compare Gn 4:4 com Hb 11:4; Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; (Gên. 4:4) Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. (Heb. 11:4) B) Compare Gn 12:3 e 22:18 com Gl 3:16; Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gên. 12:3) nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Gên. 22:18) Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. (Gál. 3:16) C) Compare Êx 25:9 com Hb 4:2; Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis. (Êxo. 25:9) Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. (Heb. 4:2) D) Compare Is 53:6 com Rm 5:8; Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. (Isa. 53:6) Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rom. 5:8) ramos@advir.com
  • 4. E) Leia Mt 16:18; 18:16-20; Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mat. 16:18) Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. (Mat. 18:16-20) F) Leia Hb 8:1, 2 Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. (Heb. 8:1-2) Quarta Ano Bíblico: Malaquias A batalha de Satanás Se você olhar atentamente para a lição de ontem, verá uma progressão na maneira pela qual Deus manifestou a Si mesmo e Sua verdade, em meio ao grande conflito. Deus atuou por meio dos rituais no tempo dos patriarcas e no santuário israelita, por intermédio da morte expiatória e sacrifical de Cristo, por meio da igreja e no próprio ministério de Cristo no santuário celestial. No entanto, Satanás tem trabalhado incansavelmente para minar os planos do Senhor. Grande parte do grande conflito tem sido, e ainda é, travada em torno desses mesmos temas. Por exemplo, o sistema de sacrifícios praticado pelos patriarcas e no ritual do santuário de Israel, foi designado por Deus para que a humanidade se lembrasse do Criador e para manter viva a esperança de redenção. 5. Como Satanás procurou usurpar e destruir a verdade sobre o plano da salvação, especialmente a verdade revelada no sistema de sacrifícios? Rm 1:20-28; Dt 32:17, 18 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, (Rom. 1:20-28) Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos quais não se estremeceram seus pais. Olvidaste a Rocha que te gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser. (Deut. 32:17-18) Claro, a encarnação de Cristo, Seu ministério na Terra e Seu sacrifício expiatório na cruz foram as partes centrais do modo como Deus preferiu derrotar Satanás no grande conflito. A morte de Cristo garantiria a destruição de Satanás, que trabalhou incansavelmente contra Cristo. 6. De que maneiras Satanás trabalhou contra Jesus? Mt 2:1-18; 4:1-11; 16:21-23; 27:39-42 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra. Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe ramos@advir.com
  • 5. e partiu para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho. Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu- se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem. (Mat. 2:1-18) A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram. (Mat. 4:1-11) Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. (Mat. 16:21-23) Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. (Mat. 27:39-42) Depois de Sua morte e ressurreição, Cristo estabeleceu Sua igreja na Terra, para proclamar à humanidade perdida a boa notícia da salvação. Desde o início da igreja, Satanás tem procurado enfraquecê-la e destruí-la. As passagens a seguir mostram algumas das táticas que ele usa contra a igreja (leia At 5:17, 18; 7:54-60; 2Ts 2:1-4; 1Tm 4:1; 2Pe 2:1; Ap 12:13-17). Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública. (Atos 5:17-18) Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu. (Atos 7:54- 60) Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. (2 Ts 2:1-4) Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, (1 Tim. 4:1) Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. (2 Ped. 2:1) Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar. (Apoc. 12:13-17) Entretanto, a carta aos Hebreus fala de um santuário real no Céu, onde Cristo entrou depois de Sua ascensão (Hb 4:14- 16;9:24), para realizar uma função sacerdotal em favor da humanidade pecadora (Hb 7:27). Em Daniel 8:11-14, podemos ver a atividade de Satanás oposta ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial e sua tentativa de usurpar esse ministério. Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (Heb. 4:14-16) ramos@advir.com
  • 6. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; (Heb. 9:24) que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. (Heb. 7:27) Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou. Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. (Dan. 8:11-14) Uma coisa é ler 1 Pedro 5:8, 9 e ter uma compreensão intelectual dessa advertência; outra coisa é realmente vivê-la em nosso dia a dia. Como podemos, de fato, resistir ao diabo? Quantas vezes durante um único dia você está ciente dos esforços de Satanás contra você? Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. (1 Ped. 5:8-9) Quinta Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento Escolhas Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15). Como esse texto revela o que é, em muitos aspectos, a questão mais fundamental no grande conflito? Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. (Josué 24:15) As profecias apresentam uma visão das cenas finais do conflito entre Deus e Satanás. Por um período de 1.260 anos ( Dn 7:25; 12:7; Ap 11:2; 12:14; 13:5), Satanás esporadicamente, mas persistentemente, perseguiu o povo de Deus. Em um confronto final descrito em Apocalipse 12 e 13, ele emprega dois poderes terrestres: uma besta semelhante a leopardo (Ap 13:1-10) e uma besta de dois chifres (Ap 13:11-17). Esses poderes empregam todas as táticas de Satanás, mencionadas na lição de ontem. Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. (Dan. 7:25) Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão. (Dan. 12:7) e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. (Apoc. 12:14) Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; (Apoc. 13:5) Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi- lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos. (Apoc. 13:1-10) Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. (Apoc. 13:11-17) ramos@advir.com
  • 7. 7. Apocalipse 14 descreve o contra-ataque divino às manobras de Satanás, durante as etapas finais do conflito, com o objetivo de encerrar a guerra. De que maneira algumas questões do grande conflito serão reveladas? Ap 14:6-13 Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição. Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham. (Apoc. 14:6-13) Do ponto de vista de Deus, uma proclamação clara das questões envolvidas no conflito (aqui representadas como sendo transmitidas por três anjos) é necessária antes do fim do conflito. A humanidade precisa ser informada de modo inteligente para que as pessoas tomem uma decisão sobre essas questões. No conflito final haverá pessoas que permanecerão leais a Deus. Em Apocalipse 14 elas são simbolizadas com o número 144.000, possivelmente representativo de um povo inumerável de todas as nações da Terra (Ap 7:4). Mas elas permanecerão obedientes aos mandamentos de Deus em um tempo de grande angústia e serão inteiramente dedicadas à adoração de seu Deus Criador. Receberão a aprovação de Deus e serão vitoriosas com Ele, enquanto as impenitentes serão destruídas na colheita seguinte (Ap 14:14-20). O ponto é que um dia esse grande conflito estará terminado. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: (Apoc. 7:4) Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu! E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. Então, saiu do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada. Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas! Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios. (Apoc. 14:14- 20) Uma coisa a respeito do grande conflito: ninguém pode ser neutro. Você está de um lado ou do outro. Qualquer um pode alegar estar do lado do Senhor (Jo 16:2). Como você pode saber, com certeza, que realmente está do lado certo? Comente com a classe. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. (João 16:2) Sexta Ano Bíblico: Mt 1–4 Estudo adicional Leia de Frank B. Holbrook, “The Great Controversy” [O Grande Conflito], p. 969-1008, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia]. “A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até a grande consumação. Deve enxergar como esse conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato da vida ele revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira ou não, ele está agora mesmo decidindo de que lado do conflito estará” (Ellen G. White, Educação, p. 190). Perguntas para reflexão 1. Alguns falam sobre uma “demora” na segunda vinda de Cristo. Com a quantidade de injustiça e de sofrimento sem sentido no mundo, parece que cada dia adicional de vida na Terra já é demais. Peça que os alunos compartilhem suas perspectivas sobre o tema do grande conflito do ponto de vista da assim chamada “demora”. 2. Como podemos saber que estamos do lado do Senhor? A resposta é relevante especialmente por causa do nosso entendimento de quem serão os perseguidores nos últimos dias. Como podemos ter certeza de que estaremos no lado certo? Respostas sugestivas: 1. Jesus e Satanás; a Bíblia afirma que o conflito e seus atores são reais. Se tudo fosse apenas algo espiritual, não haveria esperança real. 2. Satanás ficou orgulhoso por causa da beleza, perfeição e privilégios que o Criador havia dado a ele; quis ser igual a Deus, cobiçou a adoração dos anjos e corrompeu sua santidade, dando origem ao conflito. 3. Na inimizade entre a serpente e a mulher; Jesus, o descendente da mulher esmagaria, na cruz, a cabeça da ramos@advir.com
  • 8. serpente. 4. O plano da salvação está em todas as questões: (A) O verdadeiro e o falso sistema de adoração; a verdadeira fé, que obedece, e a presunção, que se rebela contra Deus; (B) A bênção será dada aos que aceitarem o sacrifício de Jesus, descendente de Abraão; os seguidores da serpente serão amaldiçoados; (C) O ritual do santuário anunciou o evangelho no Antigo Testamento, mas nem todos aproveitaram; (D) Nossos pecados foram lançados sobre Jesus por causa do amor de Deus por nós; (E) Fundamentada em Cristo, a igreja tem autoridade para resolver problemas internos e vencer as forças externas do mal; (F) Jesus está à direita do trono da majestade, ministrando como Sumo Sacerdote, em favor de Seu povo. 5. Buscou transformar a glória de Deus na semelhança do homem corruptível e de animais; levou as pessoas a desonrar o corpo e a adorar a criatura em lugar do Criador; e a oferecer sacrifícios aos demônios. 6. Procurou matar o menino Jesus; apresentou tentações para que Jesus pecasse; usou Pedro para desviar Cristo de Sua missão; desafiou Jesus a descer da cruz. 7. Os mensageiros divinos apresentarão: o evangelho eterno, o dever de adorar somente ao Criador e o juízo divino; diante do evangelho, as mentiras de Babilônia serão derrubadas; os adoradores da besta serão destruídos e os adoradores do Criador receberão a vida. Resumo da Lição 1: O grande conflito: fundamento de nossas crenças Texto-chave: Gênesis 3:15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gên. 3:15) O aluno deverá: Conhecer: Os eventos do grande conflito entre Deus e Satanás e como este afeta todos os aspectos da vida do cristão e seu sistema de crenças. Sentir: O significado eterno da escolha individual nesse grande conflito. Fazer: Aceitar o sacrifício de Cristo em seu favor e cooperar para partilhar esse evangelho como parte essencial do grande conflito. Esboço do aprendizado I. Conhecer: O quadro completo A. Que eventos críticos ocorreram até a presente data, e que eventos terão lugar no futuro, a fim de erradicar o mal do Universo? B. De que forma o conflito entre o bem e o mal afeta tudo o que os cristãos, bem como os não cristãos, fazem e pensam no dia a dia? II. Sentir: Escolhas com significado eterno A. Que parte as decisões diárias desempenham na formação do destino eterno? B. Por que é tão importante proteger as oportunidades que todos têm de escolher entre o caminho de Deus e o caminho de Satanás, bem como de influenciar os outros sobre as escolhas eternas que Deus os convoca a fazer? III. Fazer: Cooperar com os agentes divinos A. Por que é essencial aceitarmos o sacrifício de Cristo em base diária? B. Que oportunidades de partilhar o evangelho estão à disposição todos os dias? C. Quais são as melhores maneiras de cooperar com os agentes celestiais em partilhar a mensagem do evangelho nestes últimos dias? Resumo: O grande conflito entre o bem e o mal afeta a vida de todos no Universo. O mais importante é a escolha que cada um deve fazer entre Deus e Satanás. CICLO DO APRENDIZADO MOTIVAÇÃO Conceito-chave para o crescimento espiritual: A vida é uma guerra constante entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Ao estudarmos esse conflito e como afeta nossa vida e destino, a questão central deve ser: de que lado escolhemos estar – de Cristo ou de Satanás? Só para o professor: Em uma época em que as pessoas se recusam a reconhecer a necessidade de fidelidade moral e espiritual a Deus, é essencial reconhecer que estamos envolvidos em uma verdadeira guerra espiritual. Entender que guerra é essa e como obter a vitória é o foco central de nossa lição desta semana. Atividade de abertura: Gautama, herdeiro do trono de Kapilavastu, no antigo Nepal, era o único objeto de amor e cuidado de seu pai. O rei protegeu o príncipe de qualquer conhecimento ou experiência com a dor, o sofrimento e a morte. Mas, um dia, quando ainda era adolescente, o príncipe saiu do palácio e, pela primeira vez, viu as aflições da velhice, da doença e da morte. Muito aflito, Gautama deixou o palácio, sua jovem esposa e o filho, e vagou pelas florestas, suportando anos de muita aflição, jejum e meditação, até que, um dia, afirmou ter encontrado a resposta para a questão do mal. Assim nasceu Buda, cujo ensino essencial era este: a resposta para o problema do sofrimento pode ser encontrada na renúncia a todo desejo de sensualidade. Essa é uma resposta. O hinduísmo oferece outra: a morte nada mais é que a porta para uma nova forma de vida no ciclo infinito de reencarnações. Alguns negam a realidade do pecado, enquanto outros consideram a morte o fim normal de um processo biológico. Mas que diz a Bíblia sobre a origem e as soluções para a dor, o sofrimento e a morte? Veja Gn 3:1-23, Rm 5:12, 6:23, Is 14:12- 15 e Ap 12:1-4; 20:7-15. ramos@advir.com
  • 9. Comente: A partir dos versos acima, e de outras passagens, quais são as causas da dor, do sofrimento e da morte? Onde se originou o pecado, e quais foram seus resultados no conflito conhecido como o grande conflito entre Deus e Lúcifer? Quando será o fim do grande conflito, e qual será o resultado final? Compreensão Só para o professor: Conduza em sua classe uma breve revisão do grande conflito em relação à sua natureza, origem, os oponentes e sua conclusão final. Comentário Bíblico Na história cristã, nenhuma outra igreja entende tão bem quanto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a importância do tema do grande conflito no tocante ao problema do pecado e sua destruição final. A série de cinco volumes de Ellen G. White, "O Conflito dos Séculos", começa com as palavras "Deus é amor" e termina com as palavras "Deus é amor". Nesse ínterim, mais de três mil páginas de narrativa traçam a história do grande conflito entre Cristo e Satanás, proporcionando um comentário mais ampliado sobre a história da redenção, desde a origem do pecado até a restauração definitiva da justiça, conforme está retratado na Bíblia. A lição de hoje analisa a origem, a natureza e a conclusão do grande conflito. I. A origem do grande conflito "Houve guerra nos Céus" (Ap 12:7, NVI). A frase em si é um paradoxo e um mistério. Como pode haver guerra no Céu – o lugar em que está o trono de Deus (Is 66:1) e habitam absoluta santidade, justiça, amor e paz? A palavra guerra indica que no Céu surgiu alguém contrário à vontade de Deus. Apocalipse 12:7-9 identifica o rebelde como o "dragão", "o grande dragão", "a antiga serpente chamada Diabo ou Satanás" (NVI). Além disso, a mesma passagem diz que Satanás e seus anjos lutaram contra "Miguel e Seus anjos" (v. 7). Miguel, nome usado apenas em passagens apocalípticas (veja Dn 10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7) para representar Cristo em conflito direto com Satanás, prevaleceu na guerra. Isso levou à expulsão de Satanás e seu exército para a Terra, onde a antiga serpente enganou Adão e Eva e mergulhou o mundo no pecado (Gn 3:1-15). Assim começou o grande conflito, um conflito cósmico entre Cristo e Satanás, entre as forças do bem e do mal. Pense nisto: Todo ato contrário à vontade de Deus, como fez Lúcifer, é um ato de guerra contra o trono de Deus. Por que Deus não exterminou simplesmente o pecado e Satanás nos primeiros sinais da revolta, antes que se transformasse em uma guerra em grande escala, que terminou com a expulsão de Satanás e seus anjos rebeldes para a Terra? O que a resposta revela sobre a justiça e a misericórdia de Deus? II. O grande conflito: Sua natureza Várias passagens bíblicas, como Isaías 14:12-15, Ezequiel 28:12-17, Gênesis 3:1-15 e Apocalipse 12:1-17 revelam alguns dos aspectos básicos do grande conflito. Primeiramente, o grande conflito é uma batalha entre a criatura e o Criador a respeito do caráter de amor e a soberania de Deus. Por sua própria essência, a relação Criador-criatura traz em si um limite. O Criador concede à criatura vida, amor e comunhão, e a criatura deve responder com amor, obediência e louvor. O desrespeito a esse limite representa rebelião. Esse foi um dos primeiros pecados de Lúcifer, além de inveja e ambição. Ele se gabava: "Serei como o Altíssimo" (Is 14:14, NVI). O orgulho levou a arrogância, orgulho e ilegalidade, culminando com uma revolta contra a autoridade de Deus. Segundo, o grande conflito é uma batalha pela fidelidade. Pertencemos a Deus ou a Satanás? "Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, esse príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 494). Terceiro, o grande conflito é uma batalha universal que afeta cada pessoa até culminar com a destruição de Satanás ( Ap 20:7-10). Desde que Satanás introduziu esse conflito cósmico na história da raça humana, enganando Adão e Eva ( Gn 3:1- 15), a criação inteira se tornou campo de batalha entre Cristo e Satanás. Ninguém pode escapar da batalha, e todos podem aproveitar a vitória disponível por meio de Cristo. O cristão "deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará" (Ellen G. White, Educação, p. 190). Pense nisto: Um pensamento preocupante: cada ato da vida revela de que lado do grande conflito estamos: de Cristo ou de Satanás. Tente compreender realmente todas as implicações desse pensamento. Por que é um engano fatal crer em algo menos que essa realidade? Por que realmente não há terreno neutro nesse conflito, e o que isso diz sobre a verdade de que todos – pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos – estamos envolvidos? III. O grande conflito: sua conclusão O conflito cósmico teve origem na acusação de Satanás de que Deus é arbitrário, Seu amor é falso e Sua lei não pode ser guardada. Embora o conflito no Céu tenha sido resolvido quando Cristo esmagou suas raízes e Satanás foi expulso para a Terra, o arqui-inimigo de Deus continua o conflito na Terra, onde espera enganar toda a humanidade e se tornar o príncipe deste mundo. Ele verificou que se não podia possuir a Terra mediante o poder de criação, iria fazê-lo enganando os habitantes da Terra e voltando-os contra Deus. Mas Deus não deixou este mundo desprotegido e, de fato, demonstrou ter um plano para atender a essa contingência do mal: Cristo certamente foi “conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. Por meio dEle vocês creem em Deus, que O ressuscitou dentre os mortos e O glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus" (1Pe 1:20, 21, NVI). Pela cruz e pela ressurreição, Cristo obteve a vitória final sobre o pecado e Satanás. No entanto, o conflito aguarda sua consumação final no fim do milênio, quando pecado e pecadores não mais existirão e o próprio diabo será lançado "no lago de fogo" ( Ap 20:7-10). ramos@advir.com
  • 10. Pense nisto: Na seção dois, lemos em Ezequiel 28:12-17 como Lúcifer andava entre as pedras afogueadas no Céu. Seja qual for o significado dessas pedras, uma coisa é clara. Lúcifer andava com impunidade entre essas pedras, imune às chamas. Ele era "à prova de fogo". Mas, na consumação final do grande conflito, Satanás será inflamável e sua imunidade não mais existirá. Esse contraste contém uma lição espiritual para nós. Nosso Deus é um fogo consumidor. Temos uma escolha entre duas: permitir que, durante este período de prova, na fornalha da aflição, Ele refine nosso caráter de toda escória até que brilhe o ouro puro de Sua imagem, ou recusar submissão e sofrer o processo de refino no lago de fogo. As duas escolhas queimam o pecado em nós. Mas uma consome o pecado, apenas, e tem como resultado a vida eterna; a outra nos consome e resulta em morte eterna. Que tipo de proteção Deus nos dá agora, assim como deu aos três amigos de Daniel, à prova de fogo na fornalha da aflição, assim como o fogo purifica e refina? Aplicação Só para o professor: A Bíblia é um grande livro texto sobre o assunto do grande conflito entre Cristo e Satanás. Por meio de fracassos e triunfos de muitos dos personagens bíblicos, nos altos e baixos da história de Israel, nas advertências e bênçãos proféticas, na vida, morte e ressurreição de Jesus e nos eventos finais da história da Terra, devemos crer que Deus está no controle da história e que levará os que nEle confiam ao triunfo inevitável. Perguntas de aplicação Por que o estudo do grande conflito é importante para a vida cristã? José. Davi. Ester. Pedro. Judas. Como esses personagens ilustram que os seres humanos estão muito envolvidos no grande conflito? Criatividade Só para o professor: Para cada ser humano assaltado pelo poder do pecado e de Satanás, a cruz é a garantia de triunfo. Enfatize perante a classe esta lição de maneira tão poderosa quanto puder. Atividade: Leia com a classe a seguinte citação. Comente a esperança de vitória que Satanás alimentava e como essa esperança se desfez. Por que Satanás continua insistindo, mesmo sabendo que, finalmente, deve morrer? "Quando Jesus foi posto no sepulcro, Satanás triunfou. Ousou esperar que o Salvador não retomaria novamente a vida. Reclamava o corpo do Senhor, e pôs sua guarda em torno do túmulo, procurando manter Cristo prisioneiro. Ficou furioso quando seus anjos fugiram diante do mensageiro celestial. Ao ver Cristo sair em triunfo compreendeu que seu reino chegaria a termo, e que ele devia morrer afinal" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 782). ramos@advir.com