Este documento discute as linhas de financiamento e incentivos fiscais disponíveis no Brasil para promover a inovação tecnológica, como o Plano Brasil Maior e a Lei do Bem. Apresenta as principais medidas do plano Brasil Maior voltadas para a inovação e fornece detalhes sobre os incentivos fiscais da Lei do Bem, como deduções no imposto de renda e exclusões na base de cálculo de impostos sobre gastos com pesquisa e desenvolvimento.
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Promovendo a Inovação: Uma análise das linhas de fomento Governamentais
1. CI1119
Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no
Desempenho das Empresas Brasileiras
Promovendo a inovação: uma análise das linhas de fomento
governamentais
Carlos Arruda, Fabian Salum, Telma Dias Ragonezi, Raoni Pereira, Luiza Grisolia
empresarial, possuir revisões constantes pelos
Introdução órgãos competentes e ainda ser um tema de pouco
conhecimento pelo grupo empresarial que nos levanta
N o Brasil, como em alguns outros países, foi criada
uma estrutura de incentivos à inovação, com o intuito
a hipótese se o tema é pouco explorado por falta de
conhecimento empresarial ou porque é divulgado pelas
fontes promotoras de tais recursos. Eis a questão....!
de alavancar os gastos privados em pesquisa e
desenvolvimento, dando suporte assim para o aumento
da competitividade e produtividade da economia. No
entanto, a relação entre o setor privado e o governo,
no que se refere aos fomentos para a inovação, ainda
é delicada, já que o nível de empresas que recorrem a
incentivos fiscais e/ou linha de crédito para inovação O cenário Brasileiro: uma
ainda é baixo, de acordo com as pesquisas realizadas
na área. análise do Plano Brasil
As iniciativas do governo brasileiro têm buscado Maior
melhorar essa sinergia, envolvendo também as
universidades, os centros tecnológicos e demais atores
do processo inovativo. O Plano Brasil Maior e outras O Plano Brasil Maior foi lançado recentemente pelo
ações do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Governo Federal prevendo diversas ações que buscam
demonstram como essa questão vem sendo tratada estimular a inovação. O Ministério da Ciência e
como estratégica pelo governo na busca de maior Tecnologia (MCT), que passou a se chamar Ministério da
competitividade das empresas brasileiras. Ciência, Tecnologia e Inovação, tem a missão de levar o
Este Caderno de Ideias busca então apresentar de Programa adiante e gerir as ações que envolvem, dentre
forma sistêmica as linhas de fomento disponibilizadas outras coisas, a ampliação dos recursos financeiros para
pelo governo para incentivar a inovação e também à inovação.
uma análise do Plano Brasil Maior. Além disso, será Com o plano, o governo pretende criar uma política
apresentada uma análise de pesquisa realizada pela industrial de longo prazo e de forma ativa que possa
Fundação Dom Cabral, demonstrando de que forma assim assegurar o crescimento e a competitividade da
as médias empresas brasileiras buscam e utilizam os economia brasileira. Dentro desse contexto, percebe-
incentivos como também as parcerias institucionais se que o plano Brasil Maior busca dar continuidade às
para inovar. políticas industriais anteriores - PICTE (2003-2007) e
A grande questão que levou à pesquisa e publicação PDP (2008-2010). A maior diferença desse plano é trazer
desse tema por meio deste Caderno de Ideias é o fato à tona o tema inovação, ainda que de forma muito rasa,
de ser um assunto muito relevante para a dinâmica e também buscar convergir com a estratégia Nacional de
2. Ciência Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2011-2014. Outra ação do governo na busca de descomplicar
e melhorar o acesso às politicas de inovação e de
A seguir, destacamos as principais medidas voltadas à
desenvolvimento é a criação do Código Nacional
inovação no Plano Brasil Maior:
de Ciência, Tecnologia e Inovação. O projeto, Lei nº
2.177/2011, está em discussão na Câmara Federal e sua
QUADRO 1 intenção é reunir em um único documento todo o conjunto
de leis de apoio e fomento à inovação tecnológica. No
Principais medidas do plano Brasil Maior no que tange à entanto, devido à complexidade e debate da matéria, e
inovação também a outros fatores políticos, a votação do projeto
foi adiada para 2012.
Desoneração tributária
Essas medidas anunciadas pretendem que o Brasil, a
•• Redução de IPI sobre bens de investimento.
partir da inovação, possa alavancar a competitividade
•• Redução gradual do prazo para devolução das empresas através de um salto tecnológico que
dos créditos do PIS-Pasep/Cofins sobre bens passa por mais recursos e novas regras para a
de capital. pesquisa e desenvolvimento. Tendo em vista esse
cenário, apresentamos uma análise, desenvolvida pela
Financiamento ao investimento
professora associada da Fundação Dom Cabral, Telma
•• Extensão do PSI até dezembro de 2012 Ragonezzi, das linhas de financiamentos e as formas de
(BNDES) incentivos fiscais disponíveis para a inovação.
•• Ampliação de capital de giro para MPMEs
BNDES Progeren
•• Rel ança mento do Programa B N DES
Revitaliza Incentivos Governamentais
de apoio à inovação no Brasil
Financiamento à inovação (Dezembro/2011)
•• Novos recursos para a Finep Telma Dias Ragonezi
•• BNDES: crédito pré-aprovado planos de
inovação empresas Desde o final dos anos 1990 o Brasil vem promovendo
•• BNDES: ampliação dos programas setoriais profundas reformas nas políticas de apoio à inovação.
Elas têm por objetivo estimular processos mais intensivos
•• BNDES: Financiamento para redução de de modernização tecnológica nas empresas e criar um
emissões ambiente institucional mais favorável ao aprofundamento
Marco legal da inovação da cooperação entre os agentes públicos da área de
ciência e tecnologia e o setor produtivo. Dentre os
•• Permitir contratos com cláusulas de risco diversos tipos de políticas, destacam-se os incentivos
tecnológico previstas na Lei de Inovação. fiscais e os incentivos financeiros.
•• Permitir inclusão de projetos de entidades
de ciência e tecnologia privadas sem fins
lucrativos na utilização dos incentivos da Lei
Os incentivos fiscais
do Bem.
•• Modernização do Marco Legal do Inmetro. Têm por objetivo estimular investimentos privados em
pesquisa e desenvolvimento tecnológico, decisivos
•• Maior facilidade em parcerias e mobilização para aumentar o nível de competitividade das empresas
de especialistas externos. industriais brasileiras. Os incentivos fiscais reduzem
•• Incentivo a investidores de títulos mobiliários o custo e o risco dos projetos de P,D&I, tornando-os
de longo prazo e Fundos de Participação suficientemente atrativos para as empresas. De maneira
voltados para projetos de investimentos em geral, pode-se afirmar que os incentivos fiscais às
PD&I. atividades de P&D podem ser oferecidos seguindo dois
formatos: dedução do imposto de renda e crédito fiscal
Fonte: Elaborado pelos autores. destacados a seguir:
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3. Lei n.º 11.196/2005 Dentre os benefícios fiscais destacam-se:
A Lei 11.196 de 21 de novembro de 2005, conhecida a. Dedução na apuração do Imposto de Renda
como Lei do Bem, em seu Capítulo III, regulamentada devido dos dispêndios com P&D, inclusive aqueles
pelo Decreto 5.798 de 07 de junho de 2006, alterado pelo com instituições de pesquisa, universidades ou
decreto 6.909 de 22 de julho de 2009, permite, de forma inventores independentes.
automática, o usufruto de incentivos fiscais pelas pessoas
jurídicas enquadradas no lucro real que realizem pesquisa b. Exclusão na determinação do Lucro Real para
tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. calculo do IRPJ e da base de cálculo da CSLL
(Cabe ao contribuinte concluir se ele cumpre ou não os do valor correspondente a até 60% da soma dos
requisitos previstos na Lei nº 11.196/2005. A partir daí dispêndios efetuados com P&D. Esse percentual
ele, de maneira, automática, elabora sua contabilidade poderá atingir 70% em função do acréscimo de
usando ou não os benefícios, vez que não compete ao até 5% no número de empregados que forem
MCTI aprovar ou reprovar os projetos das empresas.) contratados exclusivamente para atividades
de P&D; e 80%, no caso de esse aumento ser
Os benefícios visam estimular a fase de maior incerteza superior a 5%. Além disto, poderá haver também
quanto à obtenção de resultados econômicos e uma exclusão de 20% do total dos dispêndios
financeiros pelas empresas no processo de criação e efetuados em P&D objeto de patente concedida
testes de novos produtos, processos ou aperfeiçoamento ou cultivar registrado.
dos mesmos (risco tecnológico).
c. Redução de IPI 50% (cinquenta por cento) na
As atividades de P&D não precisam se relacionar compra de equipamentos destinados à P&D.
necessariamente à atividade-fim da empresa, bastando que
sejam classificadas como no Decreto no. 5.798/2006: d. Depreciação imediata dos equipamentos
comprados para P&D.
•• Pesquisa básica dirigida: Os trabalhos executados
com o objetivo de adquirir conhecimentos quanto e. Amortização acelerada dos dispêndios para
à compreensão de novos fenômenos, com vistas aquisição de bens intangíveis para P&D.
ao desenvolvimento de produtos, processos ou f. Crédito do imposto de renda retido na fonte
sistemas inovadores. incidente sobre as remessas ao exterior de
•• Pesquisa aplicada: São os trabalhos executados valores para pagamento de royalties relativos
com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, a assistência técnica ou científica e de serviços
com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento especializados para P&D (revogado pela Lei no
de produtos, processos e sistemas. 12.350 de 20 de dezembro de 2010).
•• Desenvolvimento experimental: São os trabalhos g. Redução a zero da alíquota do IRRF nas
sistemáticos delineados a partir de conhecimentos remessas efetuadas para o exterior, destinadas
preexistentes, visando à comprovação ou ao registro e manutenção de marcas, patentes
demonstração da viabilidade técnica ou funcional e cultivares.
de novos produtos, processos, sistemas e
serviços ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento h. Dedução, como despesas operacionais no
dos já produzidos ou estabelecidos. cálculo do IRPJ e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido - CSLL, dos valores transferidos a
•• Atividades de tecnologia industrial básica: microempresas e empresas de pequeno porte não
tais como aferição e calibração de máquinas
optantes do sistema do “SIMPLES”, destinados
e equipamentos, o projeto e a confecção
à execução de P&D, de interesse e por conta da
de instrumentos de medida específicos, a
pessoa jurídica que promoveu a transferência.
certificação de conformidade, inclusive os
ensaios correspondentes, a normalização ou a
documentação técnica gerada e o patenteamento O Ministério da Ciência e Tecnologia aprovou, por
do produto ou processo desenvolvido. meio da Portaria nº 327, de 29 de abril de 2010, o
•• Serviços de apoio técnico: São aqueles FORMULÁRIO ELETRÔNICO para que as pessoas
indispensáveis à implantação e à manutenção jurídicas beneficiárias dos incentivos fiscais previstos
das instalações ou dos equipamentos destinados no Capítulo III da Lei nº 11.196, de 2005, regulamentados
exclusivamente à execução dos projetos pelo Decreto nº 5.798, de 2006, prestem ao mesmo as
de pesquisa, desenvolvimento ou inovação informações anuais sobre os seus programas de pesquisa
tecnológica, bem como à capacitação dos e desenvolvimento de inovação tecnológica até 31 de julho
recursos humanos a eles dedicados. do ano subsequente de cada exercício fiscal.
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4. Cabe ao MCTI, conforme determina o art. 14, § 2° do II) Os gastos com a contratação de serviços de
Decreto 5.798/2006, remeter à Secretaria da Receita terceiros não poderão ser considerados no
Federal as informações relativas aos incentivos fiscais cálculo dos incentivos relacionados às atividades
declarados pelas empresas nos Formulários. Vale de P,D&I. Entretanto, tal vedação não se aplica
ressaltar que o Relatório que o MCTI gera para a (i) à contratação de universidade, instituição
Receita Federal é desprovido de caráter decisório, e de pesquisa ou inventor independente, nos
sim informativo, isto é, consolidador das informações casos em que a pessoa jurídica que efetuou o
prestadas pelas empresas em seus formulários. dispêndio ficar com a responsabilidade, o risco
empresarial, a gestão e o controle da utilização
Para uma boa gestão tecnológica e controle do
dos resultados dos dispêndios; (ii) à contratação
programa de P&D nas empresas, é fundamental uma
de microempresas e empresas de pequeno porte
perfeita articulação entre o gestor, a área técnica
e (iii) à contratação de serviços técnicos, tais
executora das atividades de P&D e os setores contábil
como exames laboratoriais e testes, desde que
e jurídico das mesmas. A identificação e comprovação
não caracterizem transferência de execução da
dos dispêndios e investimentos em P&D bem como o
pesquisa, ainda que parcialmente.
preenchimento do formulário de envio das informações
anuais ao MCTI serão facilitados se a empresa tiver um III). As despesas dos departamentos de gestão
programa de P&D formalizado por escrito, contendo administrativa e financeira dos projetos
todos os projetos, com indicação dos dispêndios incentivados, os gastos com pessoal na
planejados e realizados que atendam os itens a, b e c prestação de serviços indiretos (tais como
do art. 2º Decreto 5798/2006, no que se refere a pessoal serviços de biblioteca e documentação) e as
próprio alocado nas atividades de P&D, serviços de despesas gerais (tais como segurança, limpeza,
terceiros (realizados por universidades e instituições de manutenção, aluguel e refeitórios) não poderão
pesquisa, inventores independentes ou microempresas ser considerados no cálculo do incentivo.
e empresas de pequeno porte, conforme definido
IV) Os dispêndios enquadráveis no cálculo do
pela Lei Complementar 123/2004), bem como os que
incentivo ficaram restritos aos salários e encargos
atendem os itens d e e do art. 2º Decreto 5798/2006,
sociais e trabalhistas dos pesquisadores e
materiais de consumo, além dos investimentos em bens
do pessoal de apoio técnico e à capacitação
de capital e intangíveis. (http://www.mct.gov.br/index.
dos respectivos profissionais, não sendo
php/content/view/8563.html)
possível considerar os gastos com remuneração
indireta. Vale destacar que a RFB não tratou da
possibilidade de considerar no respectivo cálculo
A Instrução Normativa RFB nº 1.187 de 29 de os gastos com viagens e com a aquisição de
agosto de 2011 (DOU de 30.8.2011) material de uso e consumo comprovadamente
Foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 relacionados com os projetos incentivados.
de agosto de 2011 a Instrução Normativa RFB nº
1.187/2011, através do qual a Receita Federal do Brasil
Mais informações no site da Receita: http://www.receita.
(RFB) disciplinou os incentivos fiscais relacionados às
fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2011/in11872011.htm
atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento
de inovação tecnológica (P,D&I) de que tratam os arts.
17 a 26 da Lei nº 11.196/05.
Portaria MF nº 426, de 30 de agosto de 2011
Dentre as principais questões dessa Instrução
(DOU de 3.8.2011)
Normativa, os maiores impactos para a aplicação dos
incentivos são: Dispõe sobre o crédito decorrente do Imposto sobre a
Renda Retido na Fonte incidente sobre valores pagos,
I) Para utilização dos incentivos às atividades de remetidos ou creditados a beneficiários residentes
P,D&I, a pessoa jurídica deverá ter o controle ou domiciliados no exterior, a título de royalties,
analítico dos custos por projeto incentivado, de assistência técnica ou científica e de serviços
incluindo as horas dedicadas, trabalhos especializados, previstos em contratos de transferência
desenvolvidos e os cust7os respectivos de de tecnologia averbados ou registrados nos termos da
cada pesquisador e de cada funcionário de apoio Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Será efetuado nos
técnico. seguintes percentuais:
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5. I - 20% (vinte por cento) relativamente aos períodos descontados também valores referentes à exportação
de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de produtos e referentes à compra de produtos
de 2006, até 31 de dezembro de 2008; e incentivados.
II - 10% (dez por cento) relativamente aos períodos A empresa deve atender os seguintes requisitos:
de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro
•• Os produtos devem atender o PPB (Processo
de 2009, até 27 de julho de 2010.
Produtivo Básico), que é um processo que
determina o nível de nacionalização necessário
Somente poderá se beneficiar do crédito de que trata para cada tipo de produto, de forma que ele
o caput a pessoa jurídica que comprovar a realização possa ser considerado “incentivável”, já que a
de dispêndios em projetos de pesquisa no País, em iniciativa visa incentivar produtos produzidos
montante equivalente a, no mínimo, uma vez e meia localmente. O PPB é definido em portaria
do valor do benefício, para pessoas jurídicas nas áreas conjunta do Ministério da Ciência e Tecnologia
de atuação da Superintendência do Desenvolvimento e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
do Nordeste (Sudene) e da Superintendência do Comércio.
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam); e o dobro do •• Implantação de Sistema de Qualidade, na
valor do benefício, nas demais regiões. forma definida em portaria conjunta dos
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ Ministros de Estado da Ciência e Tecnologia
Portarias/2011/MinisteriodaFazenda/portmf426.htm e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior; e
•• Programa de Participação dos Trabalhadores
Lei da Informática nos Lucros ou Resultados da Empresa, nos
A Lei da Informática n. 8.248/91, alterada pela Lei n. termos da legislação vigente aplicável.
8.387/91, 10.176/01 e 11.077/04 concede incentivos •• Consideram-se atividades de pesquisa e
fiscais para empresas produtoras de alguns hardwares desenvolvimento em tecnologias da
específicos e que tenham por prática investir em informação:
Pesquisa e Desenvolvimento.
•• trabalho teórico ou experimental realizado
O incentivo concedido é uma diminuição do Imposto sobre de forma sistemática para adquirir novos
Produtos Industrializados (IPI). Como contrapartida, a conhecimentos, visando a atingir objetivo
empresa deve investir um percentual de seu faturamento específico, descobrir novas aplicações ou obter
decorrente dos produtos incentivados em atividades de ampla e precisa compreensão dos fundamentos
Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos. subjacentes aos fenômenos e fatos observados,
sem prévia definição para o aproveitamento
A empresa pode obter redução de 80% do IPI do
prático dos resultados;
produto incentivado (esta regra vale até 2014, sendo
reduzida após esta data). Sendo assim, por exemplo, •• trabalho sistemático utilizando o conhecimento
se a alíquota de IPI do produto incentivado é de 15%, adquirido na pesquisa ou experiência prática,
a empresa recolherá somente 3%, ao invés de 15%. para desenvolver novos materiais, produtos,
Se o produto tem alíquota de 5%, a empresa recolherá dispositivos ou programas de computador,
somente 1%. para implementar novos processos, sistemas
ou serviços ou, então, para aperfeiçoar os
Para saber se um produto é passível de ser incentivado,
já produzidos ou implantados, incorporando
é necessário saber se o código NCM (Nomenclatura
características inovadoras;
Comum do Mercosul) está na lista de produtos
incentiváveis. A lista mais recente dos produtos que •• serviço científico e tecnológico de assessoria,
podem ser incentivados consta no Decreto nº 6.405, consultoria, estudos, ensaios, metrologia,
de 19.03.2008. O incentivo é dado para hardwares. normalização, gestão tecnológica, fomento
Softwares não são incentivados pela Lei, já que não há à invenção e inovação, gestão e controle da
incidência de IPI sobre eles. propriedade intelectual gerada dentro das
atividades de pesquisa e desenvolvimento, bem
O investimento a ser feito, até o ano de 2014, é de
como implantação e operação de incubadoras de
4% do faturamento anual dos produtos incentivados,
base tecnológica em tecnologias da informação,
descontados os impostos de comercialização (Cofins,
desde que associadas a quaisquer das atividades
PIS, ICMS, IPI). Existem regras para que sejam
previstas nos incisos I e II deste artigo;
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6. •• formação ou capacitação profissional de níveis Programas de Desenvolvimento Tecnológico
médio e superior: Industrial e os Programas de Desenvolvimento
a. para aperfeiçoamento e desenvolvimento Industrial Agropecuário (PDTI e PDTA):
de recursos humanos em tecnologias da Instituídos pela Lei n.º 8.661, de 2 de junho de 1993
informação; foram os primeiros conjuntos de incentivos fiscais
estabelecidos no sentido de estimular as atividades de
b. para aperfeiçoamento e desenvolvimento de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas empresas
recursos humanos envolvidos nas atividades de
brasileiras. Posteriormente, no Capítulo III da Lei n.º
que tratam os incisos de I a III deste artigo; e
11.196, (Lei do Bem) de 21 de novembro de 2005,
c. em cursos de formação profissional, de nível foram redefinidos e ampliados, a fim de incentivar
superior e de pós-graduação, observado o a capacidade das empresas de desenvolverem
disposto no inciso III do art. 27. internamente inovações tecnológicas. Podem estar
presentes na concepção de novos produtos – como no
processo de fabricação – bem como na agregação de
A empresa deve submeter um pleito ao MCT, que novas funcionalidades ou características ao produto ou
analisará a proposta e concederá ou não o incentivo. processo que gerem melhorias incrementais e efetivo
No pleito devem constar informações referentes aos ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior
produtos cujo incentivo está sendo solicitado, detalhes competitividade no mercado.
do projeto de pesquisa que a empresa pretende conduzir
como contrapartida e informações gerais sobre a
empresa e sobre o processo de fabricação.
Lei de Regulamentação dos Fundos de Apoio
ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
Lei da Biossegurança (FNDCT)
Os Fundos de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
A Lei da Biossegurança n. 11.105/05 estabelece normas
Tecnológico n. 8.172 de 18 de janeiro de 1991 constituíram
de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a
um mecanismo inovador de estímulo ao fortalecimento do
construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o
sistema de C&T nacional. Foram implementados a partir
transporte, a transferência, a importação, a exportação,
de 1999. Seus recursos advêm de contribuições incidentes
o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o
sobre o faturamento de empresas e/ou sobre o resultado
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de
da exploração de recursos naturais pertencentes à União.
organismos geneticamente modificados (OGM) e seus
Tais fundos têm como objetivo garantir a ampliação e a
derivados. Tem como diretrizes o estímulo ao avanço
estabilidade do financiamento para a área de Ciência
científico na área de biossegurança e biotecnologia, a
e Tecnologia. Uma das premissas básicas é apoiar o
proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a
desenvolvimento e a consolidação de parcerias entre
observância do princípio da precaução para a proteção
universidades, centros de pesquisa e setor produtivo,
do meio ambiente. Regulamentou o funcionamento do
visando induzir o aumento dos investimentos privados
Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), vinculado
em C&T e impulsionar o desenvolvimento tecnológico dos
à presidência da República, órgão de assessoramento
setores considerados. Outra é o incentivo à geração de
superior do presidente da República, para a formulação
conhecimento e inovações que contribuam para a solução
e implementação da Política Nacional de Biossegurança
dos grandes problemas nacionais. Também é objetivo dos
– PNB. Reestruturou a Comissão Técnica Nacional de
fundos a redução das desigualdades regionais por meio da
Biossegurança – CTNBio, para prestar apoio técnico e
destinação de, no mínimo, 30% dos recursos para projetos
de assessoramento ao Governo Federal na formulação,
a serem implementados nas Regiões Norte, Nordeste e
atualização e implementação da PNB de OGM e seus
Centro-Oeste, estimulando um desenvolvimento mais
derivados, bem como no estabelecimento de normas
harmônico para o país. A gestão dos fundos envolve
técnicas de segurança e de pareceres técnicos referentes
a participação de vários segmentos sociais – governo,
à autorização para atividades que envolvam pesquisa e
academia e setor privado – para o estabelecimento de
uso comercial de OGM e seus derivados, com base na
estratégias de longo prazo, a definição de prioridades e
avaliação de seu risco zoofitossanitário, à saúde humana
o monitoramento das ações executadas.
e ao meio ambiente. A Lei abriu amplas possibilidades
para a pesquisa científica e tecnológica nesse importante Apesar de terem sido ampliados nos últimos anos, os
campo, entre elas os estudos com células-tronco mecanismos fiscais existentes continuam sendo pouco
embrionárias, até então proibidos no país. utilizados pelas empresas, dentre outras razões, por
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7. desconhecimento. Do ponto de vista financeiro, ainda desenvolvimento realizadas no país e cujos
são pouco compensadores. Além disso, principalmente, investimentos sejam compatíveis com a dinâmica
pela burocracia que envolvem. Sua utilização depende tecnológica dos setores em que atuam; inovação
de prévia autorização e aprovação dos programas com relevância regional ou inserida em arranjos
correspondentes pelos órgãos competentes. produtivos locais, objeto de programas do
Ministério da Ciência e Tecnologia; contribuição
mensurável para o adensamento tecnológico e
dinamização de cadeias produtivas; parceria com
Os incentivos financeiros universidades e/ou instituições de pesquisa do
Os Incentivos financeiros têm por objetivo estimular, país. As operações de crédito nessa modalidade
mediante linhas de financiamentos, projetos de são praticadas com encargos financeiros que
desenvolvimento tecnológico. Entre as ações de apoio dependem das características dos projetos. O
financeiro da Finep, destacam-se linhas de apoio à público-alvo são as médias, médias-grandes
inovação em empresas, apoio a instituições científicas e e grandes empresas. As linhas de apoio estão
tecnológicas, apoio à cooperação de empresas e ICTs e assim divididas:
apoio a ações de C&T para o desenvolvimento social
Linha 1 - Inovação Tecnológica - Apoio a projetos de
inovação de natureza tecnológica que envolvam risco
FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos tecnológico e oportunidades de mercado e que busquem
A FINEP opera os seus programas por meio de apoio o desenvolvimento de produtos ou processos novos; ou
financeiro reembolsável e não reembolsável (que não produtos ou processos significativamente aprimorados
precisa ser devolvido). As principais formas dos clientes (pelo menos para o mercado nacional), com encargos:
apresentarem as suas propostas são: 4% ao ano e prazos de até 120 meses, com até 36
•• Fluxo Contínuo: Mecanismo utilizado para meses de carência.
o atendimento das demandas induzidas ou Linha 2 - Capital Inovador - Apoio a projetos em
espontâneas das empresas para seus projetos capitais tangíveis, incluindo infraestrutura física e
de financiamentos reembolsáveis na área de capitais intangíveis, que deverão ser consistentes com
inovação. as estratégias de negócios das empresas e serem
•• Chamadas Públicas: Ações estruturadas apresentadas conforme plano de investimentos em
com seleção por meio de um processo de atividades de inovação que capacitem as empresas a
competição aberto ao público. São mais desenvolver atividades inovativas em caráter sistemático,
frequentemente utilizadas em programas de com encargos: 5% ao ano e prazos de até 96 meses,
subvenção econômica e programas de apoio com até 24 meses de carência.
com recursos não reembolsáveis. Linha 3 – Pré-Investimento - Apoio a projetos de pré-
investimento e de engenharia consultiva, intensivos em
conhecimento, enquadrados nas políticas governamentais
(I)Apoio à inovação em empresas prioritárias, com encargos: 8% ao ano e prazos: Até 96
meses, com até 24 meses de carência. (*) As fontes
de recursos da Linha 3 – Pré-Investimento ainda estão
Financiamentos
sendo estruturadas. Dessa forma, essa linha está
•• Programa de Incentivo à Inovação nas Empresas temporariamente inativa.
Brasileiras (FINEP INOVA BRASIL): tem por
objetivo o apoio aos Planos de Investimentos
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/inovabrasil.
Estratégicos em Inovação das Empresas asp#publico
Brasileiras, detalhados em metas e objetivos
pretendidos durante o período de tempo do
financiamento, em consonância com a Política de •• Financiamento a Atividades Inovadoras Micro
Desenvolvimento Produtivo – PDP do Governo e Pequenas Empresas Inovadoras (JURO
Federal e as seguintes diretrizes: aumento de ZERO): O Programa Juro Zero foi criado com
competitividade nacional e internacional; aumento a finalidade de estimular o desenvolvimento
de competitividade nacional e internacional; das Micro e Pequenas Empresas ”Inovadoras”
incremento de atividades de pesquisa e (MPEIs) brasileiras nos aspectos gerenciais,
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8. comerciais, de processo ou de produtos/serviços, competitividade das empresas e da economia.
viabilizando o acesso ao crédito por parte Essa modalidade de apoio financeiro permite a
dessas empresas. Trata-se de um financiamento aplicação de recursos públicos não reembolsáveis
sem juros e pagamento dividido em 100 (cem) diretamente em empresas, para compartilhar com
parcelas para empresas com faturamento anual elas os custos e riscos inerentes a tais atividades.
de até R$ 10,5 milhões. Os financiamentos O marco regulatório que viabiliza a concessão de
variam de R$ 100 mil a R$ 900 mil, corrigidos subvenção econômica foi estabelecido a partir
apenas pelo índice da inflação - Índice de Preços da aprovação da Lei nº 10.973 (Lei da Inovação)
ao Consumidor Amplo (IPCA), sem carência, e da Lei nº 11.196 (Lei do Bem).
com redução de burocracia, e sem exigência de Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/ subvencao_
garantias reais. economica.asp
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/ juro_zero.asp
•• Primeira Empresa Inovadora (Prime) : O
Programa foi criado em 2009 com o objetivo de
Capital de risco apoiar a empresa nascente na sua fase inicial,
possibilitando aos empreendedores dedicar-se
•• Projeto Inovar: Lançado em maio de 2000,
integralmente ao desenvolvimento dos produtos
o Projeto Inovar é uma ação estratégica da
e processos inovadores originais e à construção
Finep, com o objetivo de apoiar as empresas
de uma estratégia de inserção no mercado. O
inovadoras através de um programa estruturado
Prime baseia-se em Convênios de Cooperação
de venture capital. O projeto tem como parceiros
Institucional a serem firmados entre a FINEP e
o Banco Interamericano de Investimentos
operadores descentralizados para atender uma
(BID), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
grande demanda das empresas nascentes por
Empresas (SEBRAE), a Fundação Petrobras
recursos desta natureza em todas as regiões
de Seguridade Social (PETROS), o CNPQ, a
do País.
Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/prime.asp
Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), o
Programa Nacional de Software para Exportação
(SOFTEX) e o Instituto Evaldo Lodi (IEL). É PAPPE Integração (Programa de Apoio à Pesquisa
voltado para empresas de pequeno e médio em Empresas): O Programa baseia-se em convênios
portes que têm a inovação tecnológica como de cooperação a serem firmados pela FINEP com
elemento central em sua estratégia de negócios, fundações de amparo a pesquisa, secretarias de
frequentemente conhecidas como empresas de estado responsáveis pela função ciência e tecnologia
base tecnológica e vistas pela agência como ou entidades sem fins lucrativos indicadas formalmente
“clientes base Finep”, para as quais o capital por estas. Visa estimular a capacidade inovativa das
de risco é o instrumento de financiamento microempresas (faturamento até R$ 240 mil/ano) e das
mais adequado para estimular a inovação empresas de pequeno porte (faturamento até R$ 2,4
tecnológica. milhões/ano) das regiões Norte, Nordeste e Centro-
Fonte: http://www.venturecapital.gov.br/vcn/index.asp Oeste por meio do apoio a cerca de 500 projetos,
visando agregar valor aos seus negócios e ampliar seus
diferenciais competitivos. O PAPPE Integração destina
Apoio financeiro não reembolsável e outras recursos de Subvenção Econômica, não reembolsáveis
aos projetos de desenvolvimento de novos produtos,
formas de atuação
serviços e processos que auxiliem as empresas
•• Subvenção Econômica: É um instrumento de dessas regiões a ingressar numa estratégia econômica
política de governo largamente utilizado em vencedora por meio da ocupação de novos mercados.
países desenvolvidos, operado de acordo com
as normas da Organização Mundial do Comércio Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/integracao.asp
(OMS). Lançado no Brasil em agosto de 2006,
essa foi a primeira vez que um instrumento desse
•• 14 BIS: O Programa 14Bis é uma iniciativa do
tipo foi disponibilizado no país. O objetivo de tal
Governo Federal, coordenada pela FINEP, dentro
programa é promover um significativo aumento
dos trabalhos do Comitê Gestor da Copa 2014 na
das atividades de inovação e o incremento da
sua Câmara Temática de Promoção Comercial e
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 8
9. Tecnológica. Seu objetivo é identificar, planejar e modernização da infraestrutura de pesquisa
e promover projetos inovadores que utilizem de ICTs.
a imensa oportunidade aberta pelos eventos Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/programas_ini.
esportivos de 2014 e 2016 para alavancar asp#inovacao
empresas brasileiras no país e no exterior e
projetar uma imagem positiva do Brasil. A ideia é
•• Programa Nacional de Qualificação e
trabalhar em paralelo e para além das atividades
Modernização de IPTs (MODERNIT): Programa
essenciais de infraestrutura para os eventos. O
Nacional de Qualificação e Modernização dos
programa está em fase de reformulação.
IPTs: reestruturação dos institutos de pesquisa
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/14bis.asp
tecnológica (IPTs), reorientando suas prioridades
e recuperando infraestrutura, equipamentos e
•• O Programa Nacional de Apoio a Incubadoras quadros técnicos visando à melhoria de serviços
de Empresas (PNI) tem como objetivo geral tecnológicos, e atividades de P&D para atender
fomentar a consolidação e o surgimento de a demanda do setor empresarial.
incubadoras de empresas que contribuam Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/programas_ini.
para o desenvolvimento socioeconômico asp#inovacao
e, consequentemente, acelerar o processo
de criação de micro e pequenas empresas
•• Eventos (Feiras, congressos de CT&I): Apoio
caracterizadas pela inovação tecnológica, pelo
financeiro para a realização de encontros,
elevado conteúdo tecnológico de seus produtos,
seminários e congressos de C,T&I e feiras
processos e serviços, bem como pela utilização
tecnológicas. Hoje o CNPq é o responsável
de modernos métodos de gestão.
pela seleção, avaliação e contratação das
Fonte: http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/5228.
operações.
html
Fonte: http://www. finep.gov.br/finep_em_eventos/apoio_
eventos.asp
•• Paiss – Plano BNDES-FINEP de Apoio à
Inovação dos Setores Sucroenergético e
(III) Apoio à cooperação de empresas e às instituições
Sucroquímico – O PAISS é uma iniciativa
científicas e tecnológicas (ICTS)
conjunta do BNDES e da FINEP de seleção de
planos de negócios e fomento a projetos que
contemplem o desenvolvimento, a produção e a •• Sibratec (Sistema Brasileiro de Tecnologia):
comercialização de novas tecnologias industriais Foi instituído por meio do Decreto 6.259/07
destinadas ao processamento da biomassa com a finalidade de apoiar o desenvolvimento
oriunda da cana-de-açúcar, com a finalidade tecnológico do setor empresarial nacional. O
de organizar a entrada de pedidos de apoio SIBRATEC apoia atividades de P&D voltadas
financeiro no âmbito das duas instituições e para a inovação em produtos e processos, em
permitir uma maior coordenação das ações de consonância com as prioridades das políticas
fomento e melhor integração dos instrumentos de industrial, tecnológica e de comércio exterior.
apoio financeiro disponíveis. As linhas temáticas O objetivo final do SIBRATEC é aumentar a
envolvem Biotetanol de segunda geração; competitividade das empresas brasileiras. As
Novos produtos da cana de açúcar; Tecnologias, entidades integrantes do SIBRATEC estão
Equipamentos, Gaseificação. organizadas em três redes: Redes de Centros
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/paiss.asp de Inovação, que são unidades ou grupos de
desenvolvimento pertencentes aos institutos de
pesquisa tecnológica ou às universidades, com
(II) Apoio às instituições científicas e tecnológicas
experiência no desenvolvimento de produtos ou
(ICTS)
processos em parceria com empresas. Redes de
Serviços Tecnológicos que apoiam as empresas,
•• Programa de Modernização de Infraetrutura prestando serviços de metrologia, normalização e
d a s ICTs ( PROINFRA ) : P r o g r a m a d e avaliação de conformidade visando à superação
Modernização da Infraestrutura das ICTs: de exigências técnicas de acesso a mercados.
apoio a projetos de manutenção, atualização Redes de Extensão Tecnológica que promovem
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 9
10. a assistência técnica especializada ao processo O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
de inovação, em todos os seus aspectos, por e Tecnológico (CNPq) é uma agência do Ministério
meio de arranjos de instituições especializadas. da Ciência e Tecnologia (MCT) destinada ao fomento
Tais redes são formadas em âmbito estadual e da pesquisa científica e tecnológica e à formação de
têm como prioridade o atendimento de setores recursos humanos para a pesquisa no país.
produtivos pelos estados.
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/sibratec.asp
Programas
•• RHAE-Inovação - Programa de Capacitação
(IV)Apoio à Ações de C&T para o Desenvolvimento
de Recursos Humanos para o Desenvolvimento
Social
Tecnológico: Programa de Formação de Recursos
Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) foi
•• Programa de Pesquisas em Saneamento criado em 1987, com gestão do Ministério da
B á s i c o ( PROSA B ) : Te m p o r o b j e t i v o Ciência e Tecnologia (MCT) e execução feita
apoiar o desenvolvimento de pesquisas e o pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
aperfeiçoamento de tecnologias nas áreas de Científico e Tecnológico (CNPq). Utiliza um
águas de abastecimento, águas residuárias e conjunto de modalidades de bolsas de Fomento
resíduos sólidos que sejam de fácil aplicabilidade, Tecnológico, especialmente criado para agregar
baixo custo de implantação, operação e pessoal altamente qualificado em atividades de
manutenção e que resultem na melhoria das P&D nas empresas, além de formar e capacitar
condições de vida da população brasileira, recursos humanos que atuem em projetos
especialmente as menos favorecidas. de pesquisa aplicada ou de desenvolvimento
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/prosab.asp
tecnológico.
Fonte: http://rhae.cnpq.br/
•• Programa de Estímulo à Fixação de Recursos
•• Programa de Tecnologia de Habitação Humanos de Interesse dos Fundos Setoriais
(HABITARE): Tem por objetivo apoiar o – PROSET: Tem por objetivo estimular a
desenvolvimento científico, tecnológico e fixação no país de recursos humanos com
a difusão do conhecimento no campo da destacado desempenho acadêmico e/ou
Tecnologia do Ambiente Construído, por meio de reconhecida competência profissional em áreas
pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação vinculadas aos Fundos Setoriais, para atuação,
que visem a contribuir para a solução do déficit preferencialmente, em regiões consideradas
habitacional do País e a modernização do setor mais carentes.
da construção civil, no sentido da melhoria Fonte: http://www.cnpq.br/normas/rn_07_028.htm
da qualidade, aumento da produtividade e
redução de custos na produção e recuperação
de moradias, especialmente destinadas aos •• Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
segmentos de baixa renda. Científica- PIBIC: Tem por objetivo contribuir
Fonte: http://www.finep.gov.br/programas/habitare.asp para a formação de recursos humanos para a
pesquisa bem como estimular o desenvolvimento
do pensar cientificamente e da criatividade,
decorrentes das condições criadas pelo confronto
•• Programa Nacional de Incubadoras
direto com os problemas de pesquisa.
Tecnológicas de Cooperativas Populares
Fonte: http://www.cnpq.br/programas/pibic/index.htm
(PRONINC): Apoio ao desenvolvimento
do processo de incubação tecnológica de
cooperativas populares realizadas por ICTs, •• Programa Institucional de Bolsas de
articuladas com entidades comunitárias Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico
interessadas em gerar trabalho e renda. e Inovação – PIBITI: Tem por objetivo estimular
Fonte: http://www.finep. gov.br/programas/proninc.asp os jovens do ensino superior nas atividades,
metodologias, conhecimentos e práticas próprias
ao desenvolvimento tecnológico e processos
Conselho nacional de desenvolvimento científico e
de inovação. O CNPq ampliou o programa para
tecnológico (CNPQ)
os estudantes de escolas públicas do Ensino
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 10
11. Médio (PIBITI Ensino Médio) , criando, em 2003, financiamento para a área e, simultaneamente,
a Iniciação Científica Júnior e o (PIBIC nas criar um novo modelo de gestão, fundado na
Ações Afirmativas) com o objetivo de ampliar participação de vários segmentos sociais,
a oportunidade de formação técnico-científica no estabelecimento de estratégias de longo
pela concessão de bolsas de IC para os alunos prazo, na definição de prioridades e com
do ensino superior, cuja inserção no ambiente foco nos resultados. Há 16 Fundos Setoriais,
acadêmico se deu por uma ação afirmativa no sendo 14 relativos a setores específicos e dois
vestibular. transversais. Destes, um é voltado à interação
Fonte: http://www.cnpq.br/programas/pibiti/index.htm universidade-empresa – Fundo Verde-Amarelo
(FVA) – enquanto o outro é destinado a apoiar
a melhoria da infraestrutura de ICTs. As receitas
dos Fundos são oriundas de contribuições
O poder de compra do Estado
incidentes sobre o resultado da exploração de
São as chamadas “encomendas tecnológicas”, recursos naturais pertencentes à União, parcelas
instrumento através do qual o Estado, em vez de do Imposto sobre Produtos Industrializados de
comprar indiscriminadamente a partir do menor preço certos setores e de Contribuição de Intervenção
internacional, faz uma opção pelo desenvolvimento do no Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre
produto numa empresa nacional. os valores que remuneram o uso ou aquisição
de conhecimentos tecnológicos/transferência de
No Brasil, o poder de compra do Estado já foi usado
tecnologia do exterior.
algumas vezes, mas não se estabeleceu ainda como
Fonte: http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/fundos_
uma tradição. Quando foi usado, deu bons resultados, setoriais_ini.asp?codSessaoFundos=1
como o desenvolvimento da Embraer. A Embraer pôde se
estabelecer como empresa competitiva porque o governo
brasileiro encomendou seus primeiros aviões. Isso
permitiu à Embraer dominar a tecnologia aeronáutica a Outros instrumentos de apoio gerencial
ponto de se colocar entre os quatro maiores fabricantes
•• Portal Inovação: Iniciativa conjunta do MCT
de aviões médios do mundo. Em pouco tempo, as suas
e do CGEE (Centro de Gestão e Estudos
aeronaves se tornaram o principal item da pauta de
Estratégicos) gerida pela Agência Brasileira
exportações brasileira. Um outro exemplo da eficácia
de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o
do poder de compra do Estado no desenvolvimento de
Portal Inovação objetiva promover a inovação
C&T se deu quando o Ministério da Saúde encomendou
tecnológica e o aumento da competitividade da
à Farmanguinhos – laboratório de pesquisa da Fundação
indústria nacional. É uma plataforma eletrônica
Oswaldo Cruz – uma série de medicamentos para
na qual, por meio da interação entre os diversos
compor o seu coquetel antiaids.
atores do Sistema Nacional de Inovação e da
cooperação tecnológica entre a comunidade
técnico-científica e o setor produtivo, podem
Instrumentos de apoio tecnológico e ser encontradas as competências, ofertas ou
gerencial demandas tecnológicas do país, em todos os
setores econômicos e áreas do conhecimento.
Esses instrumentos, programas e portais de informações O Portal oferece acesso aos sites das agências
são de fundamental importância para auxiliar a empresa e bancos de fomento, entidades empresariais,
na gestão da inovação e, dessa forma, servem como fundações estaduais de apoio à pesquisa etc.,
complemento aos programas de créditos e de incentivos. o que auxilia na busca por iniciativas de apoio e
Todavia, os programas de apoio tecnológico e gerencial fomento à inovação. Fonte: www.portalinovacao.
não transferem recursos financeiros para as empresas; mct.gov.br
ao contrário, em alguns deles, as empresas precisam
•• Protec – Sociedade Brasileira Pró-Inovação:
colocar recursos a título de contrapartida ao apoio
A Protec, uma associação civil em prol da
recebido do governo.
inovação tecnológica nacional, tem como objetivo
•• Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia, estimular, fomentar e mobilizar os diversos
criados a partir de 1999, são instrumentos segmentos da sociedade e do poder público
de financiamento de projetos de pesquisa, em toda e qualquer atividade que promova a
desenvolvimento e inovação no país. Têm como pesquisa e o desenvolvimento de inovações
objetivo garantir a ampliação e a estabilidade do tecnológicas realizadas no País, procurando
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 11
12. elevar a competitividade e a eficiência das e Social (BNDES), que pela sua natureza e missão, não
empresas em geral na produção de bens, é voltado exclusivamente à pesquisa, desenvolvimento
processos e serviços. e inovação (PD&I). Vários dos programas respaldam
Fonte: http://www.protec.org.br/ políticas industriais e, como parte delas, as políticas de
PD&I. Assim, o BNDES tem a vantagem de uma ação de
promoção da inovação tecnológica que não se esgota no
financiamento de P&D, mas que, ao contrário, se concatena
Incentivos técnicos
com seu fomento ao desenvolvimento industrial. Por essa
Mecanismos Técnicos são aqueles que têm um impacto mesma razão, fica mais difícil isolar os programas mais
direto sobre a gestão da empresa. Como exemplos de especificamente voltados para inovação tecnológica.
mecanismos técnicos ou não financeiros, podem ser De modo geral, os diversos programas têm sua ação
mencionados: direcionada para determinados setores, especialmente
aqueles definidos como opções estratégicas do governo.
•• Infraestrutura de Pesquisa e Desenvolvimento
As linhas de apoio financeiro obedecem às especificações
(P&D): Oferecida pelo Estado para gerar
das políticas operacionais do BNDES. Essas linhas refletem
conhecimento e soluções técnicas para
as condições básicas e as diversas formas de apoio direto
empresas, tais como laboratórios e centros de
(operação realizada diretamente com o BNDES) ou de
pesquisas.
apoio indireto (operação realizada através de instituição
•• Sistema de Propriedade Intelectual: Envolve a financeira credenciada). As principais linhas e programas
legislação que o rege, o órgão público de registro são:
de patentes.
•• Sistema de Metrologia, Normalização e
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Qualidade: Apoiam esse sistema os organismos
Social (BNDES)
de normalização, os laboratórios de metrologia
científica e industrial e de metrologia legal Alguns Produtos do BNDES se dividem em Linhas de
dos estados. Essa estrutura está formada Financiamento, com finalidades e condições financeiras
para atender às necessidades da indústria, do específicas. A critério do Banco, um projeto de
comércio, do governo e do consumidor. investimento pode se beneficiar de uma combinação de
Linhas de Financiamento, de um mesmo ou de diferentes
•• Laboratórios de Análises de Caracterização:
Produtos, de acordo com o segmento, a finalidade do
Laboratórios de análises químicas e avaliação
empreendimento e os itens a serem apoiados.
de propriedades e comprovação de desempenho
de vários tipos de materiais.
•• Veículos de Difusão Tecnológica: bibliotecas, Linhas
publicações etc. •• Linha Capital Inovador (Foco na Empresa): Tem
•• Laboratórios de Calibração e Ajuste: laboratórios por objetivo apoiar empresas no desenvolvimento
de comparação de unidade de medida-padrão de capacidade para empreender atividades
e ajuste. inovativas em caráter sistemático. Isso
compreende investimentos em capitais tangíveis,
•• Sistema de Importação de Tecnologia e
incluindo infraestrutura física, e em capitais
Mecanismos de Políticas de Comércio Exterior:
intangíveis, incluindo a implementação de
com seus instrumentos de proteção dos
centro de pesquisa e desenvolvimento. Tais
mercados domésticos e de promoção comercial
investimentos deverão ser consistentes com as
no exterior.
estratégias de negócios das empresas e serem
apresentados conforme modelo de Plano de
Investimento em Inovação (PII).
Instituições de Certificação: Entidade que Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Areas_de_Atuacao/Inovacao/capital_inovador.html
credencia uma rede de laboratórios e
instituições certificadoras.
•• Linha Inovação Produção: Tem por objetivo apoiar
Outras linhas de financiamento
a pesquisa e o desenvolvimento ou inovação
Entre outras linhas de financiamento e programas, pode-se que apresentem oportunidade comprovada de
destacar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico mercado ou os projetos de investimentos que
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 12
13. visem à modernização da capacidade produtiva •• FUNTTEL – Fundo para o Desenvolvimento
necessária à absorção dos resultados do processo Tecnológico das Telecomunicações: Estimular
de pesquisa e desenvolvimento ou inovação. o processo de inovação tecnológica, incentivar
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/ a capacitação de recursos humanos, fomentar
Areas_de_Atuacao/Inovacao/inovacao_producao.html a geração de empregos e promover o acesso
de pequenas e médias empresas a recursos de
capital, de modo a ampliar a competitividade da
•• Linha Inovação Tecnológica (Foco no
indústria brasileira de telecomunicações.
Projeto): Tem por objetivo apoiar projetos de
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
inovação de natureza tecnológica que busquem Areas_de_Atuacao/Inovacao/funttel.html
o desenvolvimento de produtos e/ou processos
novos ou significativamente aprimorados (pelo
menos para o mercado nacional) e que envolvam
risco tecnológico e oportunidades de mercado. Programas
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/
•• BNDES P&G - Programa BNDES de Apoio ao
bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/Inovacao/
Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores
inovacao_tecnologica.html
de Bens e Serviços relacionados ao setor de
Petróleo e Gás Natural: Apoio a empreendimentos
que contribuam para o desenvolvimento da
Cartão BNDES:
Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços
Tem por objetivo apoiar micro, pequenas e médias relacionados ao setor de Petróleo e Gás Natural
empresas (MPMEs) que pretendam investir em inovação. (P&G), incluindo projetos de inovação.
Financia a contratação de serviços de pesquisa aplicada, Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
desenvolvimento e inovação (P,D&I) voltados ao Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/bndes_
desenvolvimento de produtos e processos. pg.html
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/ bndes/bndes_pt/
Areas_de_Atuacao/Inovacao/cartao_bndes.html •• BNDES Pró-Aeronáutica - Programa BNDES de
Financiamento às Empresas da Cadeia Produtiva
Aeronáutica Brasileira - BNDES Proaeronáutica:
•• BNDES Automático: Apoio a projetos de Financiamento de longo prazo para apoiar
implantação, expansão e modernização de investimentos realizados por micro, pequenas e
empreendimentos, incluindo investimentos médias empresas (MPMEs) integrantes da cadeia
em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. produtiva da indústria aeronáutica brasileira.
Financiamento, de até R$ 10 milhões (para Fonte: http://www.bndes.gov.br/ SiteBNDES/
empresas de grande porte) ou até R$ 20 milhões bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/
(para empresas dos demais portes). Programas_e_Fundos/ Proaeronautica/index.
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/ html
Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos/BNDES_Automatico/
index.html •• BNDES Proengenharia: Financiar a engenharia
nos setores de Bens de Capital, Defesa,
Automotivo, Aeronáutico, Aeroespacial, Nuclear
Fundos e na cadeia de fornecedores das indústrias de
•• Fundo Tecnológico - BNDES-Funtec: O Fundo Petróleo e Gás e Naval, visando fortalecer as
Tecnológico - BNDES Funtec destina-se a áreas de engenharia das empresas e estimular
apoiar financeiramente projetos que objetivam o aprimoramento das competências e do
estimular o desenvolvimento tecnológico e a conhecimento técnico no país.
inovação de interesse estratégico para o País, Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Areas_de_Atuacao/Inovacao/proengenharia.html
em conformidade com os Programas e Políticas
Públicas do Governo Federal. Os projetos são
das seguintes areas: bioenergia, meio ambiente, •• Programa de Apoio ao Desenvolvimento do
saúde, eletrônica, novos materiais, química, Complexo Industrial da Saúde (PROFARMA):
transportes e petróleo e gás. Tem por objetivo financiar os investimentos
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/ de empresas sediadas no Brasil, inseridas
Areas_de_Atuacao/Inovacao/Funtec/index.html no complexo industrial da saúde, através dos
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 13
14. subprogramas: O BNDES Profarma objetiva Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
financiar os investimentos de empresas sediadas Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/Psi/
psi_inovacao.html
no Brasil, inseridas no Complexo Industrial da
Saúde, através dos subprogramas: BNDES
Profarma - Produção, BNDES Profarma - •• Programa de Apoio à Implementação do Sistema
Exportação, BNDES Profarma - Inovação e Brasileiro de TV Digital Terrestre (PROTVD-
BNDES Profarma - Reestruturação. Fornecedor): Apoiar os investimentos de
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/ empresas produtoras de software, componentes
Areas_de_Atuacao/Inovacao/Profarma/index.html
eletrônicos, equipamentos e infraestrutura para a
rede de transmissão, equipamentos de recepção
•• BNDES Proplástico – Inovação: Apoio a e equipamentos para produção de conteúdo
empresas da cadeia produtiva do plástico voltado relacionadas ao SBTVD-T.
a projetos de inovação de natureza tecnológica e Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/Protvd/
ao desenvolvimento da capacidade inovativa de
protvd_fornecedor.html
forma contínua e estruturada nessa cadeia.
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/
Proplastico/inovacao.html Fundos de Investimentos
•• BNDES – Fundo de Inovação em Meio Ambiente
•• Programa para o Desenvolvimento da Indústria (chamada de gestor): Apoio ao empreendedorismo
de Software e Serviços de Tecnologia da e exploração das oportunidades de investimentos
Informação (PROSOFT): Tem por objetivo em empresas inovadoras, de modo a propiciar o
contribuir para o desenvolvimento da desenvolvimento de tecnologias limpas.
indústria nacional de software e serviços de Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Tecnologia da Informação (TI). Almeja ampliar Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/fundo_
significativamente a participação das empresas inovacao_meio_ambiente.html
nacionais no mercado interno; promover o
crescimento de suas exportações; fortalecer o
•• Fundo de Investimentos de Capital Semente
processo de P&D e inovação no setor; fomentar
(CRIATEC): Fundo de capital semente que
a melhoria da qualidade e a certificação de
tem como objetivo a capitalização de micro e
produtos e processos associados ao setor;
pequenas empresas inovadoras.
promover o crescimento e a internacionalização
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
das empresas nacionais do setor; promover a
Areas_de_Atuacao/Inovacao/criatec.html
consolidação setorial; promover a difusão e a
crescente utilização do software nacional no
Brasil e no exterior; fortalecer as operações
Banco do Brasil/Caixa Econômica Federal
brasileiras de empresas multinacionais de
software e serviços de TI que desenvolvam Proger
tecnologia no Brasil e/ou utilizem o país como Urbano Empresarial – BB: Oferece linhas de crédito para
plataforma de exportação. São financiáveis ampliação, modernização ou implantação de empresas
os investimentos e os planos de negócios de com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões.
empresas de software e serviços de tecnologia da
informação sediados no Brasil, a comercialização Fonte: http://www.bb.com.br
no mercado interno e exportações, no âmbito
dos seguintes subprogramas: PROSOFT –
Empresa, Comercialização, Exportação. Investgiro Caixa PJ: Financia projetos de investimentos
com capital de giro associado de micro e pequenas
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Areas_de_Atuacao/Inovacao/Prosoft/index.html empresas, com faturamento fiscal bruto anual de até
R$ 5 milhões. Há ainda programas no âmbito regional,
específicos para empresas sediadas no Norte e no
•• BNDES PSI – Inovação: Apoio às empresas e Nordeste do Brasil.
aos projetos que podem ser enquadrados nas
linhas de financiamento destinadas a inovação Fonte: http://www.caixa.gov.br/
com taxas de juros reduzidas.
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 14
15. SEBRAE
O SEBRAE desenvolve, em todos os estados do Brasil, projetos e programas para impulsionar a tecnologia e inovação dentro das micro e pequenas empresas.
São soluções que vão de consultoria a capacitação. O objetivo é propiciar às MPEs, entre outros atributos, diferencial competitivo, aumento da produtividade,
fortalecimento da marca e fidelização de clientes. As soluções de inovação e tecnologia do SEBRAE estão voltadas para difusão tecnológica, prestação de
serviços, gestão da inovação e tecnologia,fomento à inovação, capacitação e infraestrutura tecnológicas.
Fonte: http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/solucoes-de-inovacao-e-tecnologia
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15
17. Resultados das Pesquisas TABELA 1
de inovação nas Empresas População e amostra da pesquisa
Brasileiras - Núcleo de Inovação
2010/2011 - FDC Potenciais
Participantes Amostra
Respostas
de Parcerias %
Como pode ser constatado, são diversas as linhas População Real Obtida
FDC
de fomento à inovação disponibilizados pelo governo Estimada
brasileiro em diferentes formas e programas. A
Fundação Dom Cabral, por meio de seus pesquisadores Grupo 1 63 14 22%
e professores pertencentes ao Núcleo de Inovação,
coordenou uma pesquisa ao longo de dois anos junto Grupo 2 762 219 29%
às empresas brasileiras.
TOTAL 825 233 25,5%
Fonte: Elaborado pelos autores
mETODOLOGIA DA PESQUISA
A Estratégia e o método de pesquisa
Com o objetivo de estudar o papel da inovação dentro das empresas brasileiras, optou-se pela realização de uma
pesquisa do tipo quantitativa, com o uso de questionário fechado e estruturado em blocos e temas para facilitar a
aplicação e a análise. Esse formulário foi aplicado e respondido, principalmente, pelos principais líderes das empresas,
ou seja, presidência/diretoria e gerência foram os principais cargos-objeto de análise desta pesquisa de campo.
Caracterização do Respondente
Os cargos dos respondentes da pesquisa são, em sua maioria, de presidentes, diretores, coordenadores
e supervisores.
Gráfico 1 – Característica dos respondentes.
Fonte: Elaborado pelos autores
Caderno de Ideias - Nova Lima - 2011 - CI 1119 17
18. Segundo Ganesh, Miree e Prescott (2003), os seguintes como amostra desta pesquisa. Podemos afirmar que
cuidados devem ser tomados para se obter um bom a taxa de retorno 28,24% foi relevante para garantir
retorno no número de questionários enviados: a confiabilidade e a representatividade dos dados
amostrados no território brasileiro.
•• O tópico deve ser interessante para a empresa
e para a pessoa que está sendo abordada, Sendo assim, para verificarmos em que estado se
e o pesquisador deve se comprometer em encontra a compreensão, busca e obtenção de
compartilhar os resultados da pesquisa com os incentivos em prol da inovação nas empresas brasileiras,
respondentes. apresentaremos alguns resultados da pesquisa sobre
inovação nas médias empresas brasileiras. Trata-se de
•• A abordagem deve ser feita por meio de
uma survey que buscou verificar como se dá a prática de
uma entidade reconhecida pela comunidade
inovação em 233 médias empresas de quatro regiões
empresarial (neste caso FDC – Fundação Dom
do Brasil.
Cabral), em função da sua trajetória de trabalho
junto aos executivos e empresas. Para contextualizar essa pesquisa da FDC,
apresentaremos os dados referentes à pesquisa de
•• Um processo que garanta a confidencialidade dos
inovação tecnológica – PINTEC (2000; 2003; 2005;
dados e dos respondentes de forma a proteger os
2008) sobre o percentual de empresas brasileiras que
interesses do investigado e do investigador deve
utilizaram algum tipo de apoio do governo para inovar.
ser comunicado e previamente acordado.
Esses dados estão sintetizados a seguir no GRAF. 2:
Nesta pesquisa, procurou-se atender todas as
Percentual de empresas brasileiras que receberam
recomendações citadas; entretanto, a questão da
apoio do governo para inovar, por tamanho
confidencialidade das informações foi tratada no
próprio corpo do e-mail-convite enviado ao público pré-
selecionado na base de dados FDC, uma vez que o
pesquisador se comprometeu a não revelar informações
individuais dos respondentes.
Dada a necessidade de se obter uma amostra de
empresas em diferentes estágios de implantação da
atividade de inovação como uma opção estratégica,
foi necessário aplicar o questionário não só na
região Sudeste do Brasil, na qual se encontra a
maior concentração de empresas dos quatro setores
analisados: indústria, comércio, serviços e agronegócios,
mas também em uma população empresarial mais ampla Gráfico 2 – Percentual de empresas brasileiras que receberam
apoio do governo para inovar, por tamanho.
localizada em outras regiões do país, como Sul, Centro-
Fonte: PINTEC (2000; 2003; 2005; 2008).
Oeste e Nordeste. Nessas regiões identifica-se, segundo
pesquisas recentes, uma nova formação e composição
do PIB (produto interno bruto) brasileiro com forte A primeira conclusão a que podemos chegar a partir
contribuição de empresas, evidenciando-se a estratégia da análise dos dados é um aumento do número de
de crescimento pela ascensão de classes menos empresas que receberam algum tipo de incentivo do
favorecidas para níveis mais altos da sociedade. governo para inovar, independentemente do seu porte,
Mediante consulta ao cadastro FDC de empresas e ao longo dos anos em que a pesquisa foi realizada,
executivos participantes de programas de formação saindo de 16,9%, em 2000, para 22,3%, em 2008.
e desenvolvimento da gestão, foram selecionados e Outra análise relevante da pesquisa é que o número
enviados ao todo 825 questionários, considerando-se de empresas de grande porte que recorre a fontes
assim um universo ou população a ser amostrada. Desse governamentais para inovação, segundo a pesquisa, é
total, foi utilizado o critério de validação das respostas maior que o número de empresas de pequeno e médio
obtidas, só considerando como válidos para a análise porte em todos os anos analisados. Entrando na análise
de dados os questionários que apresentavam no mínimo das médias empresas, percebemos que o último dado
90% de seu preenchimento feito e disponibilizado. do IBGE mostra que somente 23,7% delas utiliza algum
Desta forma foram analisados e considerados “válidos” instrumento do governo que dê suporte para a inovação,
233 questionários, ou seja, 25,5% foram considerados valor similar ao das pequenas empresas.
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19. A Fundação Dom Cabral, percebendo que as pesquisas A empresa tem uma atitude fechada em relação
sobre inovação estavam muito focadas nas grandes a alianças externas, parcerias e aquisições
empresas, decidiu pesquisar como a sistemática da tecnológicas.
inovação ocorre nas empresas de médio porte. A
classificação da estrutura da empresa se deu pela
classificação de porte de empresas adotada pelo BNDES.
Dentre os resultados serão destacados aqui aqueles que
se referem à busca de fomento a inovação e também
à busca de parcerias para inovar. Foram coletados
os dados em 233 empresas, sendo que 77,7% das
pesquisas foram respondidas por Diretores e Gerentes,
o que garante maior credibilidade aos resultados.
Gráfico 4 – Grau de relação de empresas com as alianças
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS externas, parcerias e aquisições tecnológicas
Fonte: Elaborado pelos autores.
Do universo de empresas pesquisadas, somente 20,2%
das médias empresas que responderam ao questionário
disserem fazer uso de alguma lei ou programa de No entanto, 72% da amostra afirmou não possuir um
incentivo à inovação, conforme mostra o GRAF. 3, a sistema estruturado de inteligência de mercado de
seguir. Tal resultado está compatível e proporcional captura de ideias para inovação, o que demonstra que
com os dados obtidos pela pesquisa do PINTEC-2008 as médias empresas, apesar de afirmarem estar abertas
do IBGE. a alianças, parcerias e recursos externos, conforme
apresentado, ainda não se estruturam para tal, ou, então,
ainda estão só no discurso. Isso pode ser comprovado
A empresa faz uso de alguma lei ou programa de no GRAF. 5, a seguir.
incentivo à inovação?
A empresa possui um processo estruturado de
inteligência de mercado que captura ideias para
inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Gráfico 3 – Percentual das médias empresas brasileiras
pesquisadas que receberam apoio do governo para inovar.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Gráfico 5 – Grau de estruturação de área de inteligência
Para melhor entendermos esse cenário, recorremos a de marcado para capturar ideias para inovação, pesquisa e
desenvolvimento.
outras perguntas da pesquisa. Inicialmente um dado
Fonte: Elaborado pelos autores.
interessante é que mais da metade das empresas, ou
seja, 57% da amostra, afirmou que nunca ou raramente
possui uma atitude aberta a alianças, parcerias e Esse dado comprova ainda o baixo teor de envolvimento
aquisições tecnológicas, o que poderia indicar um maior das médias empresas com demais setores, o que,
esforço no que tange à busca de incentivos pelo governo. segundo autores e pesquisadores do tema gestão da
Conforme pode ser observado no GRAF. 4, a seguir. inovação, é uma prerrogativa à vantagem competitiva.
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