Este documento discute três tópicos principais:
1) A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão, criticou a burocracia excessiva que tem atrasado o desenvolvimento econômico do DF durante um almoço com empresários.
2) Ela detalhou algumas propostas para reduzir a burocracia, como aprovar projetos de lei para agilizar licenças ambientais e implementar a zona azul.
3) Leão também reconheceu que a folha de pagamento dos servidores do DF cres
1. Brasília/DF, Agosto de 2015
Ano XIII - Edição 111
Publicação mensal
Os 50 anos da
Jovem Guarda.
Página 22
Roberto Nogueira
ZICO,eterno ídolo quer
presidir a FIFA
O mundo gira, a bola rola, o futebol brasileiro despenca e a Se-
leção já não é mais aquela. Mas alguns ídolos continuam de pé,
e entra ano sai ano eles continuam alegrando corações e mentes
mundo afora. Um deles é Zico, o Galinho de Quintino que foi con-
sagrado pelo Flamengo e continua sendo amado pela torcida. Dia
desses esteve em Brasília a convite do SEBRAE e inaugurou, em
Taguatinga, uma exposição itinerante mostrando sua arte, o fute-
bol. Nesta edição Zico fala sobre isso, e confirma que quer presidir
a FIFA. Está em campanha, pra valer. Páginas 28 a 31
HENRIQUE ALVES
Acessibilidade, tem
que melhorar.
Página 6
Equipe de Brasilia, Marcelo Pahl, Felipe Terrana,
Paulo Guimarães, Rafael Poubel, Marcelo Bosi e Caio
Nascimento, faz sucesso na canoagem Havaiana.
Páginas 34 e 35
2. Diretor Responsável:
José Natal
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Kátia Maia
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Gustavo
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AS CULPA É DE TODOS NÓS...
Dias atrás o mundo, chocado, viu as imagens do corpo
do menino Aylan Kurdi, de 3 anos estirado nas areias da
Praia de Bodrun, na Turquia. Ele, o irmão de 5 anos e a
mãe morreram afogados após cairem do barco em que
tentavam fugir do Esta Islamico. O pai, desesperado, não
conseguiu segura-los. Outras imagens parecidas invadem
as redes sociais e as agencias de noticias, num registro
macabro da fuga do imigrantes que buscam trabalho
e a paz na Europa. Milhares já morreram, vítimas da
arrogancia, irresponsabilidade, preconceito e de regimes
radicais. De certa forma, todos nós temos uma parcela
de culpa nessa tragédia. Omissão? Talvez...
A
política brasileira está resvalando para o
perigoso terreno da galhofa. Ninguém se
entende. E, mais sério, as autoridades
se desentendem em público. Cada um aponta
numa direção. É um primarismo absurdo. Ações
provincianas, respostas incompletas e súbitas
correções de rumo que desmentem, dia após dia, o
que foi decidido antes. A presidente Dilma assume
os microfones para dizer que há sinais de que a
inflação está em queda. Ela, provavelmente, não
frequenta supermercados, não vai à feira, nem paga
as suas viagens. O dólar turismo passou dos quatro
reais.
Trata-se do sinal mais evidente de que o poder
central se desestabilizou. Não há mais comando, nem
aquela instância decisória que coloca o ponto final nas
discordâncias. A presidente insiste em falar de impro-
viso, e cometer absurdos verbais, envolve-se até na
questão dos taxis. Ela manifestou sua opinião contra o
Uber. É um debate municipal, não é federal. Mas ela
não resiste a dar seu palpite. Ela passa a impressão
de que perdeu o controle das ações políticas de seu
governo. E tenta criar uma realidade inexistente.
Esse é fenômeno que ocorre no final dos regi-
mes. No Brasil, o presidente João Baptista Figueiredo,
que como Dilma não tinha prévia experiência políti-
ca, se perdeu nos últimos anos de seu governo. Disse
que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo.
Sofreu violento infarto, mas detestava seu vice Aure-
liano Chaves. Não renunciou. Foi mantido no poder
por intermédio de um arranjo de gabinete. Mandava
quase nada. Terminou sua administração brigado com
quase todos à sua volta. Não passou a faixa presiden-
cial para seu sucessor, José Sarney. Saiu pela porta dos
fundos do Palácio do Planalto.
Foi morar no Rio de Janeiro, onde passou a
dar furiosas entrevistas contra os políticos. Estava
falando, literalmente, sozinho. Morreu isolado. Sem
entender o que havia acontecido em seu país. A pre-
sidente Dilma Rousseff concordou em enviar para o
Congresso o já famoso orçamento que prevê déficit
Vácuo
de 30 bilhões de reais. Não é um problema tão sério
quanto se supõe. Nos Estados Unidos, o orçamen-
to contempla déficit de um trilhão de dólares. Vários
países são deficitários. Uma das teorias econômicas
sustenta até que esse resultado é positivo para
financiar o desenvolvimento da economia.
O problema não é econômico. É político. Joa-
quim Levy, ministro da Fazenda, fez circular no Planal-
to, nesta semana, que estava disposto a deixar o car-
go e retornar a seus afazeres usuais, além de velejar
na baía da Guanabara e passar um tempo em Washin-
gton, com a mulher e as filhas. Duas coisas acontece-
ram. A presidente Dilma decidiu mandar uma espécie
de complemento à peça orçamentária. Retificou a pri-
meira versão. Em seguida, convocou Levy e Nelson
Barbosa para, lado a lado, exibirem a mesma opinião.
Em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer disse
que com baixíssima popularidade é difícil chegar ao
final do mandato.
Isso ocorreu depois de ter convidado o pró-
prio vice-presidente Michel Temer para reassumir o
cargo de articulador político do governo. Recebeu um
retumbante não e ainda teve que ouvir lamentos e
ressentimentos por causa da eventual sabotagem que
o ex-operador sofreu no seu curto mandato. A pre-
sidente reconheceu, implicitamente, seu isolamento.
Se o poder perde substância começam a surgir even-
tuais substitutos em polos distintos. A natureza tem
horror ao vácuo.
John Maynard Keynes afirmava que a economia
capitalista iria bem se os empresários entendessem
que ela estivesse no caminho certo. No sentido con-
trário, os números irão mal quando os empresários
assim acharem. Ninguém investe sem esperança, sem
expectativa de que vai receber a devida recompensa.
Essa é a crise. Na discussão sobre novos impostos o
governo se mostrou dividido. Eventuais investidores
não confiam nas soluções. E os números pioram a
cada dia. Esse é labirinto de Dilma. Ela precisa assu-
mir a presidência da República. Esse vai e vem está
destruindo o que restou da boa economia brasileira, a
sétima maior do mundo, com ótimo mercado consu-
midor. Mas o desalento fez as máquinas pararem. E o
pessoal parou de comprar.
As agências de risco acompanham a relação
entre dívida e produto interno bruto para manter ou
tirar o grau de investimento do Brasil. A operação
lava jato caminha com seu ritmo próprio. A superação
das crises econômica e política só poderá decorrer
da ação presidencial e de suas circunstâncias. A crise
está ali.
2 3AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
3. A
presidente da Câmara Legislativa, Celina
Leão, fez duras críticas ao excesso de
burocracia, que tem travado a atividade
econômica da Capital do Brasil. Ela foi a convidada
dos membros do LIDE BRASÍLIA para o almoço-
debate, realizado no Hotel Kubitschek Plaza. Além
da presença de mais de 40 associados do grupo, o
evento foi prestigiado pelo secretário de Justiça do
DF, João Carlos Souto, e pelos deputados distritais
Bispo Renato e Raymundo Ribeiro. A deputada foi
saudada pelo presidente do LIDE BRASÍLIA,
Paulo Octavio, que fez duras críticas ao tratamento
dado ao setor produtivo no Brasil. “Vivemos
um momento terrível. A burocracia está tomando
conta do estado. Em Cingapura, um projeto demora
uma semana para ser aprovado. Aqui, mais
de três anos», alertou.
Logo em seguida, a deputada Celina Leão fez
sua apresentação inicial, falando do trabalho conjun-
to comosetorprodutivo.“Nóstemos15proposições
em que há convergência para desenvolvimento do
setor produtivo; sete delas são para aprovação ime-
diata. Fechamos um acordo no colégio de líderes
em relação aos itens onde houvesse consenso, para
levar à votação, dando o parecer que caberia às co-
missões no plenário. Não vou citar todos, mas esta
foi a primeira ação”, detalhou. Outro ponto impor-
tante abordado pela presidente da Câmara Legisla-
tiva é a questão da licença ambiental que, segundo
ela, é “demorada, lenta e burocrática”, como citou
aos empresários. “Preparamos um grupo que ana-
lisou e detectou vários entraves na liberação da li-
cença e encaminhamos uma proposta ao Executivo,
para que ele o encaminhe à Câmara, já que isso é
iniciativa daquele poder”, destacou. Ela também cri-
ticou duramente a situação do Instituto Brasília Am-
biental (Ibram). “Descobrimos que o Ibram está lota-
do, com mais de 3 mil licenças ambientais, para sete,
oito técnicos liberarem. Um cenário destes precisa
de solução. Vamos contratar técnicos, consultoria?
Não dá é para não resolver”, avaliou.
A deputada lembrou ainda a necessidade de
aprovar a legislação que trata da Zona Azul de esta-
cionamento, reivindicação da Associação Comercial
do DF. “Temos mais de mil comércios fechados no DF,
dificuldade de estacionar e o estado sem recursos. A
Celina Leão ataca burocracia em almoço do
LIDE BRASÍLIA
Presidente da Câmara Legislativa fala
da aliança com o setor produtivo para
reduzir medidas que atravancam o
desenvolvimento no DF
possibilidade de criar a zona Azul traz recursos para
o governo e permite o giro da economia também”,
avaliou. Ela também lembrou ao apoio ao projeto de
cooperativismo, que já entrou na pauta, e o da política
industrial, que aguarda a proposta da Fibra.”Quanto
ao projeto de desburocratização, já recebemos a mi-
nuta dos presidentes do Sinduscon-DF (Sindicato da
Indústria da Construção Civil no DF) e da Ademi-DF
(Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do
DF). Nós esperaremos até o fim de agosto e devemos
cobrar este projeto do governo, que fala sobre alvará,
habite-se e a simplificação do RIT. Sobre este ponto,
há uma divergência na Câmara se podemos legislar.
A CCJ acredita que poderíamos fazer o projeto, pois
ele não fala de recursos. Mas há uma corrente que
defende que isso venha do Executivo”, acrescentou.
Após a exposição da deputada, o primeiro a
perguntar foi o próprio Paulo Octavio, que lembrou
que, em 2009, a folha de pagamento de servidores no
DF chegava a R$ 10 bilhões. Hoje, está na casa dos R$
25 bilhões. Segundo a deputada, o DF teve um cresci-
mento vegetativo da folha de pagamento exponencial,
contratações na área de saúde e o reajuste dos médi-
cos - cujo impacto foi de R$ 400 milhões, fora novas
contratações. Mas ela reconheceu que a folha de pa-
gamento está sem controle, culpando o Governo de
Agnelo Queiroz (2006-2010) por isso.
“O Estado mandou para a Câmara Legislativa,
na gestão passada, 40 projetos de lei dando aumento
para categorias, acho que numa tentativa de ganhar a
eleição em cima do servidor público. O servidor tem
de ser valorizado, mas só se pode dar aumento para
todos se houver caixa para isso. E o estado não tinha
caixa. E não eram leis inconstitucionais, mas irres-
ponsáveis porque o governo mandou para a Câmara
sem ter recurso. Tive o cuidado de falar isso com o
governador Rolemberg em outubro, pois eu sempre
fiscalizei muito. Quando chegou a folha de pagamento
de março de 2014, gastávamos o dinheiro do Fundo
Constitucional e completávamos com mais R$ 500
milhões. A arrecadação era de R$ 1 bilhão e sobra-
vam R$ 500 milhões para investimentos. Em agosto,
estávamos arrecadando o mesmo valor e comple-
mentávamos a folha com R$ 980 milhões. A conta
não fecha. Foi algo muito sério o que ocorreu, uma
irresponsabilidade muito grande do gestor. Acredito
que vamos demorar um tempo para recompor os co-
fres públicos”, disparou.
Perguntada por Ericksson Blum, do Hospital
Brasília, que espantou-se com o alto gasto da folha
e a falta de pessoal em autarquias, se o Estado es-
taria insolúvel e quais seriam as medidas para evitar
a evasão da classe empresarial para outras unidades
da federação, a presidente da Câmara Legislativa dis-
se que, apesar das limitações do papel da Casa, há
medidas sugeridas. “Minimizar a burocracia para a
aprovação de projetos é um dos caminhos. E a infor-
matização tem de ocorrer. Quatro meses atrás, eu
avisei que não iria funcionar o processo de centraliza-
ção doa alvarás. Isso não vai funcionar nunca. O GDF
precisa investir em gestão e eficiência e minimizar os
processos. Hoje, o servidor público tem temor de
assinar, com medo de ser processado. Mas se ele ti-
ver uma lei reduzida e clara, ele pode assinar. Só que
uma lei leva para outra, e esta leva para um decreto. É
preciso uma organização legislativa, mas nós não po-
demos iniciar este processo, pois teríamos um vício
de origem”, alertou.
O presidente do Sinduscon-DF, Luiz Carlos
Botelho, fez duras críticas ao secretário de Habita-
ção, Thiago de Andrade, acusando-o de descumprir
o que ficou acertado com o setor da construção civil,
no sentido de desburocratizar a emissão de licenças
e alvarás, responsabilizando-o pela paralisia no seg-
mento até, pelo menos, o final do primeiro semestre
do ano que vem, no que chamou de um “genocídio
econômico”, com mais de uma centena de projetos
parados nas pranchetas das empresas. Logo em se-
guida, Paulo Muniz, presidente da Ademi-DF, criticou
a estrutura da secretaria, com excesso de poderes,
afirmando que juntar planejamento e execução é um
desastre administrativo. A deputada concordou com
as críticas feitas, e destacou que o perfil dele é técni-
co. “O tempo dele é um tempo burocrático e se ele
não dá conta da missão, ou ele pede para sair ou cum-
pre a missão, que é resolver o problema”, afirmando
estar disposta a acompanhar o presidente da entidade
em encontros com o governador.
4 5AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
4. Q
uando assumi a Presidência da Câmara dos
Deputados, tive a oportunidade de mudar
uma realidade que há décadas prejudicava
parlamentares cadeirantes no acesso à Tribuna.
Fechamos a plenária por três meses para colocação
de rampas de acesso, garantindo um direito básico
para os que dependiam de cadeiras de roda para
se locomover. Ações muitas vezes simples fazem a
diferença no cotidiano das pessoas com algum tipo
de deficiência.
Encarar com seriedade e da forma mais ampla
possível a acessibilidade é uma medida cidadã, que,
no mercado de turismo, além de ser necessária rende
ganhos de imagem e financeiros para os empresários.
Atualmente, o Brasil tem mais de 45 milhões de pes-
soas com deficiência. Estamos falando um mercado
gigante que, infelizmente, ainda não recebe a atenção
que merece. Estamos falando, como base de compa-
ração, de um contingente equivalente a toda a popu-
lação da Argentina e maior que a da Polônia.
Recentemente o Ministério do Turismo lançou
o site Turismo Acessível voltado às pessoas com de-
ficiência. Desde a sua criação, o site já registrou mais
de 1,3 milhão de acessos e ficou com a segunda colo-
cação na última edição do Prêmio Nacional de Acessi-
bilidade na Web, categoria site governamental.
Acessibilidade:
uma rampa, um site e
empregos
Ministro do
Turismo
Henrique
Eduardo
Alves
O site foi uma iniciativa do ministério para mo-
bilizar todos os envolvidos na cadeia do turismo. Do
lado do cidadão, ele pode avaliar empreendimentos e
atrativos turísticos sob a perspectiva da acessibilida-
de. Do ponto de vista dos empresários, donos desses
estabelecimentos, as informações obtidas através do
site ajudam na tomada de decisões e possíveis ade-
quações de seus espaços.
Em setembro, pela primeira vez, o Ministério
do Turismo vai participar do Dia D, em 25 de setem-
bro, uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Em-
prego para ajudar a posicionar as pessoas com defi-
ciência no mercado de trabalho. Vamos juntar as duas
pontas interessadas: de um lado estimulando empre-
sários a abrirem espaço para este público e, de outro,
sensibilizando os trabalhadores para a oportunidade.
Por meio das redes sociais, do portal institu-
cional e de e-mails marketing vamos difundir a infor-
mação certos do engajamento dos meios de comuni-
cação no processo. Todos sairão ganhando, não tenho
dúvida.
Ações simples podem fazer a diferença na vida
de milhões de pessoas. Que venham mais rampas, si-
tes e empregos para dar dignidade e contribuir para
tornar o mundo mais amigável a esses brasileiros.
Num ano pré-olimpíada e paralimpíada, não há mais
tempo a esperar.
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6 7AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
5. R
enata* abraçou os próprios braços em um
gesto de angústia. Encontrávamo-nos na
varanda do meu escritório. Eram quase seis
horas da tarde, mas o sol já se escondia. Ali mesmo,
Renata me confiou suas inquietações profissionais.
Quais os talentos especiais diferenciam os
que são bem sucedidos nos negócios, daqueles que
falham? Por que alguns, mesmo com boas formações
acadêmicas, falem uma empresa? Quais capacidades
possibilitam que alguns levem empresas medíocres a
serem grandes e prósperas corporações?
A resposta não é apenas sorte. Existem algu-
mas qualidades que permitem as pessoas atenderem
às complexas exigências dos negócios. Essas qualida-
des estão nas equipes espetaculares e empresas ex-
cepcionais. Existe uma inteligência para negócios.
Estudiosos como Howard Gardner há muito
tempo mudou a maneira como se entendia a inteli-
gência quando explicou que existem vários tipos de in-
teligência que incluem habilidades corporais, musicais.
Coach pela
Sociedade
Brasileira de
Coaching e
Behavioral
Coaching
Institute, Mestre
em Sociologia/
UNB, Doutoranda
em Psicologia
Organizacional/
UNB, Tetracampeã
Mundial de Karate
e de Kickboxing.
Email: carla@
carlaribeiro.com.br
Carla
Ribeiro
Quais as qualidades
necessárias para ter um
negócio próspero• O que especificamente
você está buscando?
• Não me sinto realizada
onde trabalho. Estou
suportando porque
preciso do salário...
ganho pouco...não estou
satisfeita com meu
salário...não mesmo.
Acho que ter meu
negócio.
No caso da inteligência para negócios é a ca-
pacidade de resolver problemas, encarar desafios ou
criar produtos de valor. Ou seja, esse talento é essen-
cial para o sucesso no mercado: superar os obstáculos
e as crises com habilidade, responder no tempo ne-
cessário, sempre agregando valor aos negócios.
Verificamos que os indicadores mais impor-
tantes do sucesso são os talentos, que diferenciam o
ótimo do medíocre. Para cultivar os pontos fortes é
preciso desenvolver essas habilidades.
Existem aptidões que distinguem os indivíduos
de alto desempenho dos medianos dentro de uma or-
ganização. Quando elas são harmonizadas criam uma
atitude profissional de sucesso.
Conforme mudamos de cargo, de funções
existem novas habilidades que precisamos desenvol-
ver. Trata-se de um aprendizado contínuo. Percebe-
-se que hoje em dia não se consegue ter domínio de
todos os elementos da inteligência nos negócios. A
boa notícia é que podemos e devemos contar com a
expertise de outros.
Isso não invalida a necessidade de se buscar
constantemente os conhecimentos necessários para
se ter êxito. Os melhores nos negócios sabem quais
conhecimentos precisam ter e como usá-los.
Em suma, o essencial é saber o que deve ser
feito em seguida!
É isso aí! Viva apaixonadamente e seja feliz!
O
colesterol alto é silencioso e se
torna perceptível apenas em
situações graves. Estima-se
que 40% dos brasileiros estejam com o
colesterol acima do indicado. O distúrbio é
traiçoeiro e pode levar ao infarto precoce.
O cardiologista do Hospital Santa
Cruz,emCuritiba,ValdirLippiJúnior,explica
que uma das consequências do distúrbio é
o infarto do miocárdio, responsável por um
grande número de mortes evitáveis, principalmente
entre os jovens. “O colesterol em excesso,
principalmente na sua fração LDL, se deposita entre
as camadas das artérias coronárias formando a placa
de gordura. Com uma progressão avançada, estas
placas diminuem o fluxo de sangue e fragilizam o vaso
sanguíneo podendo se romper.”, menciona.
O especialista explica que o colesterol é um
tipo de gordura e fundamental para o funcionamento
do organismo. Ao alcançar taxas elevadas, torna-se
um fator de risco para o desenvolvimento de doen-
Colesterol elevado
pode levar ao infarto precoce
Estima-se
que 40% dos
brasileiros
estejam com
o colesterol
acima do
indicado
ças do coração. O colesterol, ao não ser eliminado
através do fígado e do intestino, acaba acumulando na
corrente sanguínea e nas artérias, formando placas de
gordura. Ao longo do tempo tais placas dificultarão a
passagem do sangue e levarão ao entupimento dos
vasos.
“As nossas artérias tem uma capacidade de
compensar a diminuição do fluxo sanguíneo pela
progressão das placas até um total de 70%. Ao ser
exigido, como por exemplo em um esforço físico, o
coração na falta de nutrientes e oxigênio suficientes
não consegue desenvolver o seu papel de bombear
sangue de forma adequada surgindo os primeiro sin-
tomas de cansaço e dores no peito, mais conhecido
como angina. No momento do infarto os sintomas
podem ser mais intensos e geralmente caracteriza-
dos como uma dor de forte intensidade no peito com
irradiação para as costas, braço esquerdo ou man-
díbula e sem melhora com o repouso. Podem estar
associados ao quadro outros sintomas como falta de
ar, suor intenso, náuseas e vômitos e sensação de des-
maio.”, cita.
8 9AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
6. Criado pela startup
DogLikers, o app Au.dote
já reúne cerca de mil
cães cadastrados por
ONGS a interessados em
adoção
Não há dúvidas que nós, brasileiros, somos
apaixonados por cachorros. E, com o objetivo de
promover o encontro entre novos donos e cachor-
rinhos que esperam por um novo lar, a DogLikers
lançou recentemente o Au.Dote, primeiro aplicativo
exclusivo para a adoção de cães.
Com aproximadamente mil animais cadastra-
dos e dispostos em perfis, os interessados em adotar
um companheiro podem filtrar a busca por localiza-
ção, incluindo a funcionalidade “próximos a mim”,
ONG, raça, porte, idade e sexo. O aplicativo funciona
de forma bem intuitiva: o usuário navega por diferen-
tes perfis de cães de diversas ONGs, para visualizar
mais detalhes sobre cada cãozinho, basta tocar na
foto do perfil e ter acesso à idade, tamanho, histórico,
vacinas e muito mais. Se ficar interessado na adoção,
a pessoa deve clicar no ícone de coração. Fazendo
isso, um email mostrando interesse em adoção é en-
viado para a ONG responsável e o cãozinho vai para
uma lista de favoritos do usuário, podendo ser sem-
pre consultado. Apenas as organizações e instituições
aprovadas podem oferecer os animais pela platafor-
ma, isso garante a origem e os bons cuidados com os
cães apresentados pelo Au.Dote.
O aplicativo foi desenvolvido pela DogLikers,
startup de produtos e serviços exclusivos para ca-
chorros. “Nossas soluções são voltadas para quem
ama cachorro e faz dessa paixão um estilo de vida.
Então, promover o encontro entre pessoas dispostas
a dar amor a cães carentes faz parte de nossa missão.
Criamos uma ferramenta que vai potencializar o belo
trabalho feito por ONGs sérias e idôneas”, comenta
Gustavo Monteiro, sócio fundador da empresa.
A ajuda é mais do que bem vinda. Segundo
a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em
2014, mais de 20 milhões de cachorros viviam em si-
tuação de abandono no Brasil. Nas grandes cidades,
para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes,
10% estão abandonados. Em São Paulo, por exem-
plo, o número de cães sem lar é de 2,5 milhões, de
acordo com um estudo realizado pela Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em parceria
com a prefeitura.
O aplicativo foi lançado há dois meses e vem
crescendo exponencialmente em número de ONGs
parceiras e em número de perfis de cachorros para
adoção - já são mais de 17 ONGs
de todo o país, cinco em fase de
aprovação e quase mil cães cadas-
trados. “Estamos trabalhando dia
e noite para formar parcerias com
ONGs idôneas e de confiança. Já
recebemos feedbacks positivos
de organizações e dois processos
de adoção já foram concluídos
com sucesso. Este é o maior sinal
de que o Au.Dote está no cami-
nho certo”, finaliza Monteiro
Gratuito e disponível
para iOS e Android, Com o Au.
Dote, só vai ficar sem companhia,
quem realmente quiser.
Sobre a DogLikers
Startup voltada para o mercado
pet lançada por jovens empresá-
rios. O primeiro serviço da marca
é o LikeBox, uma caixa customi-
zada que chega mensalmente
à casa do assinante, com itens
de higiene, esportivos, diversão,
snacks, entre outras surpresas.
A ideia é gerar maior interação
entre donos e cães evitando per-
das de tempo e gastos. O segun-
do, lançado em maio de 2015,
é o Au.Dote, um aplicativo para
cães encontrarem novos donos.
Aplicativo gratuito busca lares para
cachorros abandonados Promotor de
Justiça de defesa
do consumidor
do Ministério
Público de Minas
Gerais. Graduado
em Psicologia
pela UNIVALE,
é Mestre em
Direito do Estado
e Cidadania
pela UFG-RJ e
Coordenador do
site e do Podcast
“Educação
Financeira para
Todos”.
Lélio
Braga
Calhau
N
ão sabemos quanto tempo vai durar, mas é
fato que esse atual momento da economia
brasileira vai mudar. A grave crise política
que o país enfrenta juntou-se ao momento de
instabilidade econômica, e criou
um cenário muito difícil para
todos. Como ocorre no ciclo na
vida, a economia ora vai bem, ora
vai mal. É ingenuidade achar que a
economia vai sempre ser positiva.
Isso não é uma expectativa
aceitável, e na vida, quando temos
expectativas irreais, quase sempre
sofremos depois.
Alguns cuidados já são toma-
dos por grande parte das pessoas:
controle maior das despesas do dia
a dia, cancelamento de cartões de
crédito, redução de custos, venda
de bens, pagamento de dívidas, etc.
O grande problema porém, é que nos encon-
tramos numa fase cheia de “eventos negativos” simul-
tâneos, como demissões em massa, redução de novas
vagas de trabalho e aumento de preços superiores ao
reajuste dos salários.
Meu dinheiro:
como economizar em
tempos de crise
Não é novidade
pra ninguém,
muito menos
para o governo,
que vivemos um
período de recessão
forte que atinge em
cheio e de forma
muito negativa
todos os brasileiros.
É comum a ocorrência eventual de “eventos
negativos” ao longo de uma vida. Porém, estar
fragilizado por um longo período expõe a população a
ser vítima de “eventos negativos simultâneos”. E isso
pode ser catastrófico para as famílias, em especial,
para aquelas que não se prepararam para esses
momentos econômicos difíceis.
Daí a importância de se ter a “reserva de
emergência”. Na bonança, poucas pessoas dão valor
para isso, só que o mundo é cíclico. Uma hora tudo
vai bem, outra hora as coisas vão mal. Neste mo-
mento de recessão, quem construiu uma “reserva de
emergência” paulatinamente nos últimos anos, tam-
bém terá dificuldades, sim, mas com essa condição
poderá dar mais serenidade para toda a família, até
que a economia retome seu caminho habitual.
Por fim, para os que não tem a “reserva de
emergência”, restam as medidas mais duras, como
cortar drasticamente despesas, vender o que não é
útil, reduzir temporariamente o padrão de vida, fazer
portabilidade de dívidas entre instituições financeiras
buscando reduzir os juros, usar a criatividade para
não gastar e reduzir, se possível, os empréstimos ou,
pelo menos, pagá-los no vencimento (evitando-se as
multas).
Leia mais sobre educação financeira e incen-
tive todos os membros de sua família à cooperarem
com o objetivo comum de superarem o momento
ruim econômico. Com a ajuda de toda família, pas-
sar por esse momento difícil será menos penoso. E
depois, quando tempos melhores voltarem, a família
poderá retomar as metas e buscar até novos sonhos
a serem alcançados.
E-book:
O idealizador do portal“Educação Financeira para Todos”, Lélio Braga
Calhau, lançou, recentemente, o e-book “Liberte-se das dívidas!”, com
o intuito de ajudar o consumidor comum a se livrar para sempre do en-
dividamento. Lélio Braga Calhau já escreveu outros dois e-books que
auxiliam o consumidor a administrar seu dinheiro.
10 11AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
7. Linguagem e ação, uma
singela homenagem a
Luiz Henrique
C
antarolava um brasileiro - Eu nasci... há dez
mil anos atrás... Enfim, saímos das cavernas
e do som de grunhidos para chegarmos ao
3D numa velocidade que só o tempo pode contar. E
o mundão continua a girar, girar...! Não avança com
a mesma rapidez são as ideias, democratizadas
desde a antiga Grécia. Elas envelhecem, se
renovam e prevalecem. Para se constatar a evolução
humana não é necessário voltar ao passado, a não
ser como referência histórica. Basta prosseguirmos
no caminho e caminhar para alcançar LUZ!
ARTUR
HUGEN
Jornalista
Tive sorte grande ao conviver, no Congresso
brasileiro, os últimos anos de vida do lendário cata-
rinense. Dizia ele que, na vida pública, as ações só
se tornam realidade a partir das ideias amadurecidas
com o conhecimento, com a inclusão de ingredientes
de sustentabilidade, planejamento, convivência pací-
fica, sonhos. Apenas dois exemplos, enquanto Go-
vernador de Santa Catarina, por dois mandatos, Luiz
Henrique ligou os 192 municípios por asfalto a malha
rodoviária do estado já existente. Descentralizou a
Administração criando Secretárias de Estado Regio-
nais, cujas prioridades são decididas por um Conselho
formado por lideranças dos municípios das diversas
regiões.
É bom lembrar que sua vida foi de dedicação a
coisa pública. Lutou a luta do bem e venceu. O arguto
líder, no Senado, foi relator da Lei do novo Código
Florestal Brasileiro, em três comissões da casa, fato
inédito. Com maestria, conduziu o processo, agluti-
nou forças e tornou realidade “a mais avançada legis-
lação do mundo”, dizia, na preservação das florestas
que ainda restam.
Negociador nato, celebrou vários Tratados
Internacionais, entre eles, o Acordo com a China das
agências espaciais dos dois países para o lançamento
de satélites; a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é
um projeto cultural em pleno desenvolvimento, cuja
grandeza se verifica pela extensão social, dimensão
cultural e pela abrangência educacional que alcança
com seus propósitos e atividades. Uma verdadeira
ponte cultural entre o Brasil e a Rússia. Instalada na
cidade de Joinville, em Santa Catarina, desde 15 de
março de 2000, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é
a única extensão do Teatro Bolshoi no mundo.
Não lhe passou despercebido, outros tantos
tratados, nas diversas áreas da indústria e do agrone-
gócio – onde conquistou na França o selo de único Es-
tado livre da febre aftosa dos bovinos, sem vacinação.
Estima-se que em 2050 o planeta terá uma população
de 50 bilhões de pessoas, onde o Brasil torna-se-á um
grande celeiro de alimentos para o mundo.
Nas reuniões semanais da Comissão de Rela-
ções Exteriores e Defesa Nacional do Senado ou nas
palestras proferidas em diversos países do mundo
Luiz Henrique sempre trouxe ensinamentos de diplo-
macia e de novos horizontes para todos.
Visionário, pragmático e tantos outros adje-
tivos, caracterizaram seu desempenho político que
desnecessário se faz citá-los. Entretanto, lembro dos
seus esclarecedores pronunciamentos da Tribuna do
Senado Federal, sobre os mais diversos temas. Uma
vez, trouxe a reflexão o trabalho de All Gore em seu
livro – O Futuro – que aborda a riqueza dos EU, a
qual - 95% - está nas mãos, de pouco menos, de 500
famílias americanas.
Em outro momento, citou o livro do francês
Thomas Piketty, O Capital do Século XXI, sensação
mundial do momento, que é recheado de dados his-
tóricos e teóricos. O principal argumento de Piketty
é que a riqueza (que tende a se concentrar em poucas
mãos) cresce mais rapidamente do que a economia,
de modo que aqueles que já possuem muita riqueza
vão se tornando cada vez mais ricos em relação a to-
dos os outros. Supostamente, esta seria uma caracte-
rística inevitável do capitalismo. Mas qual seria então
a prova de que a riqueza cresceu mais rápido do que a
economia? Piketty incita o mundo civilizado a orques-
trar uma nova forma de distribuição da riqueza global,
sob pena do planeta entrar em colapso.
Não poderíamos deixar de lembrar também
o provocador mestre do cinema francês, Jean-Luc
Godard que aos 84 anos, subverteu as convenções
da linguagem cinematográfica até, aparentemente,
decretar seu fim. Mas “Adeus à Linguagem” é apoca-
líptico apenas no título. Se há algo que marca o filme
é a sobreposição. De elementos visuais, citações filo-
sóficas e políticas.
Um homem lê o que o historiador Solzhenit-
syn escreveu sobre os gulags soviéticos e, enquanto
folheia o livro, cita o Google e divaga sobre o uso do
dedo polegar – o polegar opositor que diferencia o
homo sapiens e, no plano seguinte, é usado no toque
da tela de um smartphone para acelerar o acesso a
informações históricas. Em segundos, Godard lança
várias provocações que põem em perspectiva toda a
trajetória do homem ocidental e a linguagem babilôni-
ca porque passamos, desde os longínquos grunhidos
ate a chegada, como falei anteriormente, hoje, ao 3D.
Luiz Henrique sempre teve uma linguagem
coerente com suas ações. Fez vir a tona ideias de
se aproveitar melhor as “Terras Raras” do Brasil que
muito haverão de contribuir para a nova Revolução
Bio-Economica-Industrial, que está logo ali, na esqui-
na. Despertou a questão da Biodiversidade brasileira,
a maior do planeta. Bola da vez a ser aprovada pelos
parlamentares. Criou a Comissão Senado do Futuro.
Defendeu uma Reforma Política consensual, acima de
tudo, de interesse dos brasileiros - um novo Pacto
Federativo com a missão de distribuir, com equidade,
a riqueza do país, entre estados e municípios.
Assim, o exemplo de homem público se agi-
ganta e se torna presente, pelo que indicou à comu-
nidade catarinense, brasileira e internacional, e que
poderemos avançar no caminho com segurança e
igualdade. Foi factual, aglutinador, deixou importes
feitos e sinalizou previsões de importantes realiza-
ções para nosso país que advirão, muito além do seu
tempo, Luiz Henrique!
12 13AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
8. O
turismo gastronômico tem se tornado
um dos principais prazeres turísticos
de qualquer viagem. A degustação de
vinhos faz parte desse tipo de diversão turística, e
diferentemente do que muitos acham, não é preciso
provar vinhos extremamente caros ou difíceis de
achar para que se possa ter contato com sabores
de outras terras.
Muitos acham que a enologia é algo preso a
diversas regras de etiqueta, quando na verdade é um
prazer que pode ser apreciado por muitos. Não é
preciso ir atrás do preço de uma garrafa, mas sim sa-
ber o que se está tomando e com o que isso combina
em sua refeição. Muitos bons vinhos podem ser com-
prados no Brasil entre R$ 30 e R$ 60 reais a garrafa - e
a maioria deles vem de diversos lugares do mundo.
Faz parte do turismo gastronômico ter acesso
a uma bebida de qualidade e, por isso, decidi unir es-
ses dois conhecimentos e dar algumas dicas sobre o
que tomar quanto colocado em frente a um tipo de
prato diferente, aproveitando é claro receitas típicas
locais de lugares diferentes do mundo. Abaixo, cinco
vinhos que servem bem com refeições mais exóti-
ca, além de serem feitos com uvas da própria região
onde a comida é servida, casando bem o sabor local.
ÁFRICA DO SUL
Cape Elephant Shiraz: esse
é um vinho mais forte, ideal para se
tomar comendo uma comida com
gosto mais apimentado ou carregada
no tempero, como o chakalaka, um
molho de acompanhamento típico da
África do Sul, local de onde o próprio
vinho vem, feito com uvas Shiraz, típi-
cas de lá. Seu sabor mais forte conse-
gue lidar bem com o gosto de comi-
das apimentadas.
Vinhos:
a volta ao mundo
em cinco rótulos
Samuel
Carvalho
AUSTRÁLIA
Lone Kangaroo Cabernet Shi-
raz: esse é um vinho típico de lá, feito com
uvas Cabernet Sauvignon e Shiraz. Tinto e
um pouco mais forte, é ideal para se comer
com carnes temperadas, como a típica
costela ao molho barbecue dos australianos.
FRANÇA
Château Les Millaux Excellen-
ce: uvas Merlot e Cabernet Franc, típicas
da França, são a base desse vinho tinto. Ele
é ideal para se tomar com carnes como o
entrecot, corte mal passado típico de res-
taurantes da região. Seu sabor é mais suave.
ESPANHA
Marco Real Tempranillo: a pael-
la é uma comida típica muito famosa na
Espanha. O misto de frutos do mar tem
um gosto forte e característico, porém
muito saboroso. Para acompanhar, reco-
mendo esse vinho com uvas da região de
Navarra, as Tempranillo, com um gosto
que casa bem com esse tipo de carne
branca.
CHILE
Casa Marchigue Chardonnay: as
uvas Chardonnay da região da Valle de Col-
chagua, fazem um casamento ideal com o
peixe cogrio, uma receita típica do Chile
que vai muito bem com um vinho branco.
Claro que essas sugestões podem
servir a diversos outros tipos de alimento,
porém essa é uma boa base do saber com
que combinam esses determinados tipos
de vinho. Espero que essas dicas te ajudem a fazer
seu próprio turismo gastronômico, nem que seja em
sua própria casa!
Sócio da LeVino,
empreendedor e
estrategista de
negócios. Acredita
que o bom vinho
pode atingir todos
os paladares, e
quer desmistificar
o consumo no
Brasil.
Jornalista
José
Fonseca
Filho
H
ospital público não pode deixar de receber
pacientes, geralmente pessoas carentes e
sem recursos para buscar a rede privada em
busca de atendimento para sua saúde. Nenhuma
desculpa, justificativa ou argumentação pode ser
aceita pelos necessitados de atendimento, por mais
que sejam plausíveis. Afinal, supõe-se que o governo
de um Estado ou do Distrito Federal esteja capacitado
a fornecer estrutura mínima de equipamentos e
médicos para atender aos que deles precisam, e são
muitos milhares.
Como no caso atual de Brasília, em que o gover-
no anterior abandonou os serviços públicos da cidade,
possivelmente para colocar o dinheiro na construção
do estádio da Copa. O mais caro de todos construídos
no país, e ao mesmo tempo o mais feio em sua arquite-
tura. Sem quase nenhuma utilidade para a cidade e seus
habitantes, carentes não de gramado e arquibancadas,
mas de camas hospitalares, remédios, assistência mé-
dica, internamento. Esta é a realidade, entretanto, de
Brasília e da maioria dos Estados brasileiros.
Mais recentemente a impaciência, a revolta e a
indignação da população de Brasília tem se manifestado
em incidentes entre os doentes necessitados e o pes-
soal dos hospitais públicos. O cidadão se aborrece, com
absoluta razão, ao passar várias horas em salas de espe-
ra precárias, escutando as mesmas desculpas esfarrapa-
das de sempre, dos atendentes. Que por sua vez não
são os culpados do descalabro profissional e adminis-
trativo dos hospitais e postos de saúde, mas igualmente
vítimas do processo.
Já algumas vezes os doentes pobres e necessi-
tados tem extravasado sua indignação com atos de vio-
lência, e por vezes, embora doentes, são levados a uma
delegacia de polícia. A revolta é natural, e bom que o
governo se conscientize de que o povo está saturado
de sofrer, de ser desrespeitado como seres humanos.
Chegam de madrugada a um posto de saúde ou hospi-
tal e doze horas depois ainda não foram atendidos. Não
importa de que sofrem, que dores suportem. A revolta
e o desabafo são justos, e parece a única forma de se-
rem ouvidos e considerados pelo vergonhoso serviço
Hospitais públicos
piores do que os doentes
de saúde pública desta cidade.
O desrespeito ao ser humano, com suas fragili-
dades eventuais de saúde ignoradas pelo poder públi-
co, ocorre em relação ao cidadão que trabalha, ganha
pouco e sofre muito para sobreviver com o mínimo de
dignidade. Mas paga impostos, muitos impostos. Esses
impostos deveriam garantir o atendimento a todo cida-
dão que paga ao Estado para obter serviços do Estado,
os mínimos possíveis. Mas o sistema administrativo é
corrupto e incompetente e não atende a essas neces-
sidades.
Nenhum governo brasileiro, federal, estadual
ou municipal, parece ter entendido ainda que forne-
cer condições para a vida decente de seus habitantes é
obrigação do Estado. Se o cidadão paga, cumpre suas
obrigações tributárias com sacrifício, é obrigação do
Estado retribuir com saúde, educação, serviços públi-
cos, transporte, saneamento e segurança. E o Brasil é
um dos países onde os tributos são os mais elevados do
planeta, e os serviços prestados pelo Estado, os mais
ordinários – quando existentes.
Deveriam os sofridos brasileiros e brasileiras
recorrerem à Justiça para verem seus direitos respei-
tados e o Estado cumprindo sua obrigação. Trata-se de
um abuso histórico. A situação jamais melhorou, com
o passar dos anos. Ao contrário. O Estado tornou-se,
no Brasil de governos incompetentes e desonestos, ir-
responsável diante de suas obrigações sociais, ou seja,
atender às necessidades físicas e humanas de sua po-
pulação.
Os meios de comunicação prestam um bom
serviço à sociedade ao revelar esses abusos e falta de
responsabilidade do sistema médico hospitalar público.
Em Brasília, ótimo serviço é prestado pela TV
Globo, sem demérito das demais, ao apresentar tais
abusos e falta de responsabilidade nos noticiários locais.
Doentes abandonados em hospitais e postos de saúde
falta de médicos, de remédios, de macas, camas, len-
çóis, equipamentos, comida. Assuntos de quase todos
os dias. E os governos e governantes sempre insensí-
veis. Portanto, dá para entender porque a população se
revolta. É para se revoltar mesmo, reagir e não aceitar
mais essa indignidade.
14 15AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
9. Advogado,
empresário de
telecomunicações
e Presidente
da Aerbras -
Associação das
Empresas de
Radiocomunicação
do Brasil.
Dane
Avanzi
C
omo dizia o poeta Cazuza “O tempo
não para”. Era assim nos anos 90 e no
que tange as inovações tecnológicas nas
telecomunicações, deixou de ser poesia e passou a
ser um princípio. Cada vez mais, o ciclo de vida das
inovações se torna mais curto. Alguém se lembra
da primeira rede social, o Orkut, cujo lançamento,
apogeu e declínio ocorreram em menos de uma
década? No entanto, enquanto umas vem e vão
rapidamente, outras chegam e se consolidam, caso
do Skype, aplicativo que faz chamadas de voz,
texto (SMS), vídeo conferência e funciona tanto em
dispositivos móveis como em qualquer computador.
Diga-se de passagem, esse tipo de
aplicação, por garantir chamadas eco-
nômicas ou gratuitas a preços
menores que das operadoras
tradicionais, não somente se
consolidou, como ganhou
concorrentes, como o
Viber e o WhattsApp,
por exemplo. Chamadas
de Ott’s, abreviação de
“Over The Top”, tais apli-
cativos fazem chamadas
a aparelhos celulares utili-
zando os pacotes de dados
das operadoras.
Não é de hoje que
a discussão sobre a lega-
lidade ou não desse tipo
de aplicativo, que rouba receitas das ope-
radoras de telefonia móvel, vem crescendo. E não é
pra menos. Estamos falando de um mercado bilioná-
rio em todo o planeta. Segundo dados da UIT - União
Internacional de telecomunicações, agência da ONU
especializada no assunto, 3,2 bilhões de pessoas usa-
rão internet (fixa e móvel) em todo o mundo até o
final de 2015, quase metade da população da Terra.
Ainda segundo as estimativas e estatísticas da
UIT, a cobertura 3G da internet móvel no mundo
cresceu de 45% em 2011, para 69% em 2015. Outro
dado apontado no relatório é o aumento de 47% na
preferência de acesso dos usuários de internet mó-
WhatsApp
precisa de regulamentação?
vel, que cresceu sete vezes em relação ao número de
acessos móveis desde 2007. Outra estatística é que
apenas 1/3 da população do planeta possui acesso a
internet móvel, ou seja, o mercado ainda tem muito
o que crescer.
Tais dados delineiam um cenário futuro com
um número cada vez maior de pessoas conectadas
em banda larga através de dispositivos móveis. Em
face disso, não é à toa que grandes líderes do se-
tor de telefonia móvel tem se manifestado contra
os aplicativos OTT’s, caso do presidente da Vivo,
Amos Genish, que recentemente chamou o Whatt-
sApp de operadora pirata. No entanto, para a TIM e
a Claro, aparentemente as OTT’s não incomodam,
posto que recentemente anunciaram pro-
moções nas quais se contratando
um pacote de dados mínimo o
acesso a WhattsApp e redes
sociais é livre. O assunto é
complexo e não é somen-
te as operadoras que
divergem, autoridades
do governo federal tam-
bém. Semana passada, o
ministro Ricardo Berzoi-
ni, declarou que Netflix
e WhattsApp devem ser
regulamentados, enquanto
o presidente da Anatel, João
Rezende, afirma que o servi-
ço (Whattsapp) já é regular.
E o consumidor, como fica nessa
história? Penso que sua preferência pelos aplicativos
que tem abrangência global e permitem significativa
economia aos usuários de planos pré e pós pagos de
telefonia móvel, deve ser levada em conta. Quanto às
operadoras, entendo que tem se protegido majoran-
do os preços dos planos de dados, inclusive bloquean-
do o plano do cliente e, por via oblíqua, forçando-o a
migrar para um plano mais caro. Afora isso, o fato de
algumas oferecerem gratuitamente o acesso às prin-
cipais redes sociais e aplicativos, podem sim acirrar a
competição entre as operadoras de telefonia móvel,
o que deve ser uma das principais metas da Anatel
enquanto reguladora.
ENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTA
E
m cinco capítulos do livro recém-lançado,
“DE COMO AÉCIO & MARINA
AJUDARAM A ELEGER DILMA”, o
jornalista e consultor em Marketing Político Chico
Santa Rita, em parceria com a historiadora
Fernanda Zuccaro, acompanharam o dia-a-dia
da eleição presidencial de 2014. Analisaram os
programas eleitorais, as inserções de comerciais,
os debates travados entre os candidatos, num
panorama abrangente e minucioso, durante o
primeiro e o segundo turno e foram postando essas
observações na rede social Facebook.
O desempenho das campanhas foi observado
com realismo – procedimentos que não deveriam ter
sido adotados pela ineficácia ou pelo efeito ridículo e
insignificante sobre o eleitor (que, para os autores, é
um ser mais simples, direto e objetivo em suas ne-
cessidades do que os marqueteiros políticos em geral
imaginam), foram amplamente adotados pelos candi-
datos. Dilma mentia, os adversários não respondiam.
Aécio e Marina gastavam tempo com inutilidades. Dil-
Relato de uma vitória
anunciada
ma mostrava um país colorido, quase perfeito. Aécio
e Marina olhavam para os próprios umbigos.
No início de agosto/2015, a presidente ree-
leita atingiu uma rejeição recorde e fez um desabafo
que virou manchete dos principais jornais brasileiros:
“ninguém vai tirar a legitimidade do voto que con-
quistei na urnas” - disse ela. Ao final da leitura desse
livro torna-se mister acrescentar: “... com a ajuda de
Aécio & Marina”.
Os autores produziram páginas que merecem
atenção. E muita reflexão, a considerar os caminhos
posteriores que a eleição assumiu. Caminhos de
uma crise política/institucional que já se delineava na
campanha eleitoral transformando-se numa incógnita
para o futuro do País. Nesta entrevista eles revelam
detalhes sobre esse trabalho.
16 17AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
10. ENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTA
Como surgiu a ideia de fazerem esse
acompanhamento da campanha de 2014?
CHICO SANTA RITA: Como nosso escri-
tório não tinha nenhuma campanha presidencial, foi
quase por acaso que começamos a comentar os pro-
gramas de TV das campanha no FaceBook. Esses co-
mentários foram sendo vistos, curtidos, comentados e
compartilhados pela nossa rede de amigos que, após
cada programa, nos questionavam sobre o andamento
da campanha.
No final vimos que esses comentários tinham
uma importância pois não eram opiniões posteriores
ao que aconteceu a campanha. O texto vai apontando,
diariamente, como se desenvolvia a postura e a atua-
ção dos candidatos.
Como se desenvolveu o processo de tra-
balho entre os dois autores?
FERNANDA ZUCCARO: Como somos casa-
dos e trabalhamos juntos o processo foi muito natural.
Víamos o que estava acontecendo e juntos analisáva-
mos os programas eleitorais. Depois escrevíamos as
resenhas dos programas.
O Chico é pioneiro do marketing político, uma
das maiores referências em campanha política no Brasil
e no mundo, ano que vem completará 40 anos de ativi-
dade. Eu tenho formação como historiadora e pós-gra-
duada em marketing político. Assim, livro é o conjunto
de análises de duas gerações de marqueteiros.
O sucesso de Dilma não se deu ao fato de
ela ter mais tempo de TV que seus adver-
sários.
CSR: No primeiro turno ela realmente tinha
mais tempo. Mas o que conta no marketing político
não é o tempo apenas, é a forma como esse tempo
é utilizado. A campanha de Dilma utilizou esse tempo
com muitas mentiras e enganações mas os adversários
não souberam desfazer esses equívocos. E no segundo
turno o candidato Aécio e a candidata Dilma tinham o
mesmo tempo, cada um 10 minutos.
Pode-se dizer que a vantagem de estar no
governo e o uso da máquina estatal foram
fatores determinante para a vitória de Dil-
ma?
FZ: De forma alguma. No livro apresentamos
quatro teses que comprovam que os candidatos da
oposição é que não souberam aproveitar o espaço que
tiveram nas eleições de 2014:
Primeira - Nos 12 meses que antecederam a
campanha a aprovação do governo Dilma ficou sempre
próxima de 40%, percentual considerado insuficiente
para se alcançar a reeleição. Os outros dois candidatos
não souberam aproveitar isso.
Segunda - Além disso, os dois saíram na frente
nos dois turnos: no início Marina estava na frente de
Dilma numa simulação de 2o
. turno. E Aécio, na pri-
meira pesquisa já no 2o
. turno, também estava na fren-
te. Nenhum dos dois souber sustentar essa intenção
do eleitor.
Terceira -
O cenário político e econômico, nun-
ca esteve tão favorável para um bom desempenho da
oposição, como nas últimas 3 eleições presidenciais
(2002, 2006 e 2010). Era uma eleição com muita chan-
ce de derrotar a situação.
Quarta - E, por fim, a candidatura que tinha
menos espaço para crescer era a da Dilma. No livro
explicamos como a campanha dela fez para reter seu
eleitorado e crescer aonde dava. Os adversários ti-
nham mais espaços para avançar e, ao invés de con-
quistar e consolidar esses indecisos deixaram eles es-
caparem pelos dedos.
Esses 4 fatores demostram, claramente, que os
dois candidatos da oposição erraram na sua estratégia
de marketing político em que não souberam trabalhar
ganhar território e reter a intenção de mudança da opi-
nião pública. Jogaram fora a oportunidade de escrever
outra história do Brasil por amadorismo de campanhas,
falta de estratégia e negligência ao marketing político.
Por que Vocês analisam as campanhas
apenas do ponto de vista da televisão?
CSR: Porque é a televisão, ainda, o grande
meio de comunicação onde estão o horário politico
eleitoral, os comerciais e também os debates entre os
candidatos. A televisão e o rádio ainda são soberanos
na opinião das pessoas. As outras mídias, como inter-
net e redes sociais, são secundárias e tem uma partici-
pação menor e com menos credibilidade.
Ao fazerem esse acompanhamento, vocês
torciam para algum candidato?
FZ: É claro que também somos eleitores e tí-
nhamos nossa preferencia pessoal voltada para a opo-
sição ao governo do PT. Mas não deixamos que esse
fato influenciasse nossa análise técnica. Tanto é assim
que fazemos severas críticas ao desempenho dos dois
candidatos oposicionistas.
N
a última semana completamos 61 anos
da morte do ex-presidente Getúlio
Vargas. A importância dele para o Brasil é
inquestionável e seu legado, insubstituível. Vargas
foi o presidente que mais tempo governou o Brasil,
durante dois mandatos entre os anos de 1930 a
1945 e de 1951 a 1954.
Controverso e polêmico, Getúlio entrou para
nossa história de maneira trágica e inesquecível. Um
estampido que entristeceu uma Nação inteira e que
ainda hoje ecoa. Mas sua vida, encerrada de maneira
dramática, não foi em vão.
Getúlio Vargas teve muitos acertos, mas tam-
bém equívocos nos quais cedeu a métodos centraliza-
dores, fechando o Congresso e recorrendo à censura
para silenciar adversários. Os 15 anos de governo fo-
ram marcados pelo nacionalismo, infraestrutura e leis
trabalhistas.
Podemos destacar a criação da Justiça do Tra-
balho em 1939, instituição do salário mínimo, a Con-
solidação das Leis do Trabalho, além de outros direi-
tos trabalhistas, como a carteira profissional, semana
Senador (PMDB-
AL), presidente
do Congresso
Nacional
Renan
Calheiros
de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas, o
descanso semanal, o sistema S, o ensino profissionali-
zante e tantas outras conquistas.
Na infraestrutura criou o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, a Companhia Siderúrgica
Nacional, a Vale do Rio Doce, a Hidrelétrica do Vale
do São Francisco, a Eletrobrás e o próprio ministé-
rio do Trabalho. No retorno democrático ao gover-
no, em 1950, Vargas criou a campanha “O Petróleo é
Nosso” que resultaria na criação da Petrobras.
Portanto, honrar a memória e o legado de
Getúlio Vargas é valorizar cada conceito contido na
carta-testamento. Honrar Getúlio Vargas é respeitar
os trabalhadores, seus direitos. É não precarizar as
relações trabalhistas e não retirar ou diminuir direitos.
Na defesa da economia e do emprego, propu-
semos uma agenda ao País, a agenda Brasil. Um rotei-
ro - 28 proposições englobadas em três eixos - que
tem potencial para reaquecer a economia, ampliar a
segurança jurídica, melhorar o ambiente de negócios,
devolver a confiança ao País e reverter a expectativa
na redução do grau de investimento. Este é o cami-
nho mais adequado de homenagear Getúlio Vargas.
Em defesa do
emprego
18 19AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
11. Às margens do LagoJosé
Natal
jnatal@uol.com.br
MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DA COMPANHEIRADA
Depressão, síndrome do pânico, bipolaridade ou
qualquer outro transtorno psicológico podem ser
tratados de forma inovadora. O Instituto Biosegredo
(www.institutobiosegredo.com.br), que tem mudado
a vida de centenas de pessoas, criou o Departamento
de Atendimento à Distância (DAD) e assim é possível
oferecer atendimento e acolhimento a pessoas que não
contam com sedes ou células para tratamento presencial.
O primeiro passo é fazer um consulta na mesa
quantiônica, onde será identificado o processo energético
e o que ocasionou o desequilíbrio. Já nessa etapa, a pessoa
começa a ser tratada por meio de um harmonização. O
segundo passo é a Tackionsmetria, tratamento semanal
que é uma evolução da apometria e das técnicas de cura
emocional e física.
Com esse tratamento, a pessoa cuidará dos campos
emocional, mental, físico e espiritual de maneira
integrada. Além disso, terá o acompanhamento de três
bioterapeutas durante o processo
BIOSEGREDO
MUNDO DOS VINHOS, DESFRUTE
Ofascinante universo do vinho que tem
despertado a atenção de um número cada
vez maior de pessoas. Mas na hora da compra,
algumaspessoasaindaficammeioperdidas.Qual
vinho escolher entre tantas variedades
de uvas, safras e classificações? Que
vinho harmoniza melhor com qual
prato? Vinho tinto ou branco?
Para clarear estas e outras
dúvidas, a Associação Brasileira
de Sommeliers em Brasília
(ABS) preparou um curso rápido
de iniciação para aqueles que
desejam dar os primeiros passos
no mundo do vinho. Serão duas
turmas no mês de outubro, a primeira
nos dias 02 e 03 de outubro e outra para 23
e 24 do mesmo mês. Nos horários de sexta,
das 19h30 às 22h e sábado de 10h às 12h.
As aulas serão ministradas na Faculdade
UPIS 712/912 S
CARNAVAL
Muita gente pergunta se teremos carnaval este ano,
ou ano que vem. Desfile de escolas, sambistas na
rua, festa do povo e alegria popular que o povo adora.
Parece que não vai ter nada disso, de novo. O Pacotão
sim, esse vai ter muito tema pra levar pra rua.
PROTEÇÃO
Apartir deste mês, as meninas de 9 a 11 anos que
tomaram a primeira dose da vacina quadrivalente
contra Papiloma Vírus Humano (HPV), devem retornar
a um posto de vacinação para receber a segunda dose.
A vacina protege contra dois subtipos de HPV, doença
responsável por 70% dos casos de câncer do colo
do útero e a terceira causa de morte de mulheres no
Brasil. Para alertar sobre a importância da vacinação,
Ministério da Saúde promove mobilização nacional que
visa incentivar pais e responsáveis a levarem suas filhas
para tomar a segunda dose contra HPV.
PARQUE DO ABANDONO
Há uma onda por aí sobre a possível
privatização do Parque da Cidade. Seria
uma beleza se fosse verdade. Talvez seja a única
chance que o Parque teria de ganhar a dignidade
que merece. Uma área verde imensa, agradável
e amada pela população. Mas está cheio de lixo,
sem banheiros dignos de receber as pessoas, sem
sinalização e mal administrado. Os ciclistas e as
pessoas que andam pela pista de caminhada se
esbarram, se esfolam e se atropelam. A falta de
gestão do local resvala na falta de respeito do
Estado pelo cidadão. Uma pena. Mas quem se
importa?
ORLA DAS CAPIVARAS
Nada mais correto e justo. Aliás, é o que manda a lei.
O GDF agiu certo ao pegar de volta a área verde
tomada pelos moradores da Orla do Lago. Agora, o mesmo
GDF tem que ficar de olho no que vai acontecer nesse
espaço. Moradores temem pela invasão de vândalos em
pique-niques de fim de semana e também pela invasão
das capivaras, bicho que se multiplica que nem ratos e
destrói tudo que vê. Falar em bicho e natureza ouriça os
chefes do IBAMA, órgão que fala muito e trabalha pouco.
Nosso Governador Capitão Rodrigo deve ficar de olho.
FUTEBOL, BOM E RUIM
Claro que pode mudar, mas é
díficil. O Corintians vai ser
campeão brasileiro, de novo.
O Galo tem chances, poucas
mas tem. O Vasco vai cair, de
novo, pra segundona. Não tem
jeito. O Flamengo, alegria
da imprensa carioca, o Inter,
eterno Belo Antonio do futebol
brasileiro e o Palmeiras podem
chegar a Libertadores, apena
isso. Guerreiro é o melhor atacante que joga hoje no
Brasil. Valdivia, do Inter é cracaço e esse garoto Gabriel
Jesus, do Palmeiras, parece que vai. Mas ainda demora.
E a Seleção, hein? Sem graça, sem charme e sem sal.
Mas é o que temos, pode mudar que muda pro mesmo.
20 21AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
12. Historinhas do VinilRoberto
Nogueira
robertonogueira@
terra.com.br
Consultor da
Presidência da
CNC. Presidente
de RN Consultores
e de RN &
Marini Editora e
Comunicação. Autor
de nove livros.
Poeta. Membro
da Academia de
Ciência, Letras e
Artes de
Rio Pomba (MG).
L
i no “Estadão”, dia desses, texto de Julio
Maria sobre os 50 anos da Jovem Guarda.
Pra começo de conversa ele me sai com essa:
“Em anos de regime ditatorial e de afirmação de
uma linguagem dominante e contestadora, todos
foram dormir de cabeça quente na noite de 22 de
agosto de 1965 – há exatos 50 anos – dia em que
a TV Record anunciou a estreia do Programa Jovem
Guarda”.
Não sei exatamente a que linguagem contes-
tadora o jornalista se refere, pois, em 1965, precisa-
mente em agosto, ainda havia tênue esperança de que
o militarismo teria vida breve. Os grandes contesta-
dores do regime ditatorial – e dentre eles não consigo
vislumbrar ninguém que participou ativamente da tal
Jovem Guarda – botaram o bloco na rua pra valer a
partir do final de 1968 quando o regime endureceu.
Não me venha também dizer, como disse Jerry
Adriani, que a Jovem Guarda foi um movimento de
transformação cultural, social e de contestação aos
costumes. 50 anos depois querem implantar nova
realidade. Dia desses, a propósito, vi um deputado
afirmar com a convicção das testemunhas que “não
houve tortura coisa alguma, Dilma não foi torturada
coisíssima nenhuma”. Meio século, inverte-se a his-
tória.
O tempo passou e a Jovem Guarda é o que
sempre foi: Um Programa de TV que teve papel im-
portante para alienar ainda mais o alienado; importan-
te para as produtoras venderem discos; lançou umas
musiquinhas sem importância, muitas delas versão de
segunda linha sucessos internacionais; e alguns canto-
res bons e outros mais ou menos. Divertiu a juventu-
de, só isso, nada mais.
Obviamente, tenho LP´s da Jovem Guarda
que vão de “Os VIPS”, “Renato e seus Blue Caps”
a Wanderleia, passando por Erasmo e Roberto, The
Jordans, Eduardo Araujo, e algumas coletâneas da-
quele tempo. Quando os boto para rodar, se a plateia
já passou dos 60 é sucesso na certa, não sei se por
saudosismo ou se a música os remete às velhas tardes
de domingo.
The Jordans foi um conjunto instrumental de
São Paulo que gravou bastante. Deles tenho “Edição
Extra”, LP de 1967, com 11 músicas estrangeiras.
Tenho também dois discos ao vivo do conjunto
“Os VIPS”, dos irmãos Márcio e Ronald. Muito bom
para animar exposições de gado no interior de Minas
e São Paulo. Eles contavam muito a música “A Volta”,
de Roberto e Erasmo Carlos, aquele que começa as-
sim: “Estou guardando o que há de bom em mim/Para
lhe dar quando você chegar”. Pois não é que em certo
dia o Costinha (lembram-se do Costinha, humorista)
50 anos de
Jovem Guarda!
entrou em cena na TV cantando esses versos e fe-
chando a braguilha. Mal ele a fechou, a TV saiu do ar.
Voltando aos vinis, tenho um antigo da Wan-
derléa cantando só versões, acompanhada de Renato
e Seus Blue Caps. Ele tem aquela música chatíssima,
“Exército do Surf”. “Nós somos jovens/jovens/jo-
vens/Somos do exército/do exército do surf”. Já ou-
viu coisa pior? Será que ela estava protestando? Esse
LP serve apenas para colecionar, não dá para ouvir.
E quando ela canta “Capela do Amor”? Interessante
é que as duas versões são de Neusa de Souza, que
assina várias outras, e eu não tenho a mínima noção
de quem seja.
Tenho alguns LPs do Eduardo Araujo, “O
Bom”, mineiro de Joaima, gente boa. “Meu carro é
vermelho/Não uso espelho pra me pentear/Botinha
sem meia/E só na areia eu sei trabalhar/Cabelo na tes-
ta/Sou o dono da festa/Pertenço aos 10 mais/Se você
quiser experimentar/Sei que vai gostar/Quando eu
apareço o comentário é geral/Ele é o bom, ele é o
bom demais/Ter muitas garotas para mim é normal/
Eu sou o bom entre os 10 mais.
É isso. Mas ler no Estadão que a Jovem Guarda
está “Em busca de justiça”, de reparação, referindo-
-se ao patrulhamento ideológico, já é demais. Eles
eram como hoje são os tais sertanejos universitários,
só que sem músculos, tatuagens e cabelos moicanos.
Mas igualmente alegres e bons animadores de exposi-
ções de gado e... alienados.
E ainda tinha os irmãos Dom e Ravel satisfa-
zendo o regime, cantando “Eu te amo, meu Brasil,
eu te amo. Meu coração é verde, amarelo, branco,
azul anil”.
22 23AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
13. A
Câmara dos Deputados aprovou
recentemente o texto que modifica a
correção do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS), aumentando seu rendimento
gradualmente já a partir de 2016. O projeto de
lei agora necessita da aprovação do Senado para
que entre em vigor. Mas os trabalhadores já veem a
alteração no FGTS com bons olhos.
Caso seja aprovada a proposta, a partir de
2019 os reajustes passam a ter como referência as
correções da poupança, equivalente a 70% da taxa
básica de juros, a Selic. Para os depósitos entre 2016
e 2018, o rendimento anual das contas do Fundo de
Garantia, além da Taxa Referencial (TR), sobe para
4%. Para 2017 e 2018 os aumentos serão respectiva-
mente 4,75 e 5,5%.
Para a advogada Vera Brigatto, da Associação
Nacional da Seguridade e Previdência (ANSP), a me-
dida é benéfica para o trabalhador, pois a atual remu-
neração do FGTS não acompanha a inflação.
“Com a mudança na correção se encerram as
perdas para o trabalhador, já que atualmente o gover-
no empresta o dinheiro a juros maiores do que paga”,
afirma a advogada.
Rendimento do FGTS
terá aumentos gradativos
a partir do próximo ano
Advogada da
ANSP comenta
novo cálculo
do Fundo de
Garantia
O outro lado da moeda
A eventual alteração, entretanto, pode pre-
judicar quem for adquirir um imóvel financiado pelo
Fundo a partir de 2016. A prestação da casa própria,
principalmente do segmento de baixa renda, deve
subir com a medida. O rendimento irá do-
brar, de 3% para 6%, mas isso penalizará o
trabalhador de baixa renda, que consegue
adquirir imóveis com os recursos do FGTS,
isto porque na medida que os juros sobem
o financiamento também acompanha a ele-
vação.
De acordo com o boletim Focus, do
Banco Central (BC), a inflação deve fechar
2015 no patamar de 9,32%. A promessa do
BC é entregar a inflação na meta somente no final de
2016, quando projeções indicam inflação de 5,44%.
O impacto entre os trabalhadores com renda
mais baixa deve ser alto justamente porque cerca de
70% dos trabalhadores que têm conta ativa no FGTS
ganham até quatro salários mínimos. Para Drª. Vera, a
alteração do rendimento poderá afetar, se aprovado,
todos os financiamentos do FGTS.
“A partir do momento que o FGTS tem um
custo mais alto, os financiamentos também terão ju-
ros maiores o que pode prejudicar os trabalhadores”,
finaliza a advogada da ANSP.
O
Brasil precisa abraçar a sua juventude.
A nossa economia necessita, cada vez
mais, de jovens que estejam dispostos a
empreender e a seguir carreira na iniciativa privada.
A função do Estado não é gerar emprego. Isso é
função das empresas, até porque não há lugar para
todos no serviço público. Mas o governo precisa,
sim, estimular uma conduta empreendedora entre
os jovens e capacitá-los para o mercado de trabalho
atual. Esse incentivo precisa ser visto como política
de Estado.
Para isso, temos que soltar as amarras das es-
colas e arriscar em novos projetos educacionais que
incentivem a entrada de jovens no setor produtivo.
Neste aspecto, inserir o empreendedorismo na gran-
de curricular seria um passo enorme na educação. A
escola pode atuar como uma ferramenta transforma-
Advogado e
primeiro vice-
presidente da
Fecomércio-DF
Miguel
Setembrino
Revolução
empreendedoradora, incentivando o cidadão ao desenvolvimento de
suas habilidades e comportamentos empreendedores.
No Brasil, a palavra empreendedorismo é mui-
to nova. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi pioneira
ao trazer, em 1954, as primeiras ideias sobre o seg-
mento produtivo para o País. Nas escolas america-
nas e na Europa, no entanto, a matéria está presente
há muito mais tempo, em todos os níveis escolares.
Aqui, a maioria dos empreendedores só busca qualifi-
cação após abrir a empresa, o que diminui as chances
do negócio prosperar.
É preciso transformar essa realidade.
Os jovens que ingressam no setor empresarial
necessitam de capacitação. Está na hora de preparar
o terreno para um futuro de oportunidades. Quanto
mais empreendedores existirem no Brasil, maior será
a oferta de emprego e maior será a possibilidade de
sair dessa crise e construir um País melhor.
T
reze milhões de brasileiros acima de 15 anos,
ou 8,7% da população, não sabem ler nem
escrever. É ainda um contingente muito
grande que enfrenta problemas cotidianos como não
conseguir entender uma placa de trânsito, acessar
uma conta bancária no caixa eletrônico ou mesmo
assinar um contrato de aluguel. Sem alfabetização,
essas pessoas têm dificuldades de empregabilidade,
dependendo muitas vezes de programas de renda
do poder público para sobreviver.
Os países com pessoas letradas possuem me-
lhores índices de desenvolvimento humano. A popu-
lação tem acesso a bons empregos e, consequente-
mente, a rendas melhores. Com índices positivos de
educação, desenvolve-se também o potencial tecno-
lógico e diminui sistematicamente a pobreza. Por esse
motivo, alfabetizar a população é imprescindível para
alterar os rumos de uma nação.
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente do
Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
do Conselho
Diretor do CIEE
NACIONAL e da
Academia Paulista
de História –
APH.
Alfabetização e
cidadania
Preocupado com o
elevado déficit educacional, o
CIEE criou em 1997 o progra-
ma de Alfabetização e Suplência
Gratuita para Adultos, destina-
do a possibilitar que pessoas
acima dos 15 anos concluam os
12 anos do ensino fundamental
e médio, com certificação reco-
nhecida pelo MEC. Para assegurar condições de um
aprendizado de qualidade, os alunos recebem, sem
nenhum custo, kit com material escolar, uniforme,
vale-transporte e lanche, num programa de assistên-
cia social que já beneficiou mais de 50 mil pessoas,
trazendo a eles a melhora da autoestima e a aptidão
para tornarem-se mais competitivos no mercado de
trabalho.
No CIEE, os jovens e adultos participantes do
programa recebem aulas ministradas por estagiários
ligados às licenciaturas. O conteúdo programático é
individualizado, baseado nas próprias dificuldades do
aluno. Atualmente 1,5 mil estudantes participam das
aulas nas cidades de São Paulo, Piracicaba, Osasco,
Barueri, Guarulhos, Araçatuba, Franca, Araraquara,
Andradina, Praia Grande, Guararema e Brasília.
Quem lê pode se informar, evitar manipulação,
buscar seus direitos com autonomia, votar com mais
consciência e usufruir do pleno direito à cidadania.
24 25AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
14. C
erca de cinco mil Unidades Básicas de Saúde
(UBS) do país receberam do Ministério da
Saúde, 25 mil computadores. A medida
beneficia mais de 15,1 milhões de brasileiros
atendidos por essas unidades, distribuídas em 486
municípiose17estados.Oequipamentoreunirá,por
meio do prontuário eletrônico, todas as informações
de acolhimento do paciente nas diferentes áreas,
como pediatria e ginecologia, possibilitando que
o profissional de saúde possa ter acesso de forma
mais rápida e organizada às informações, o que
dará maior agilidade no atendimento. O Ministério
da Saúde investiu R$ 91,2 milhões na aquisição dos
computadores.
Veja os municípios contemplados
Atualmente, grande parte das UBS contempla-
das registra o histórico do paciente de forma manual,
em papel. A utilização de sistema eletrônico amplia
o acesso e a qualidade da assistência prestada à po-
pulação, tornando o atendimento mais eficiente. Os
computadores entregues já trazem a nova versão
do prontuário eletrônico para a atenção básica, que
foi disponibilizado pela pasta a partir do último mês
de julho. Todos os municípios do país e as 40,7 mil
Unidades Básicas de Saúde existentes podem acessar
gratuitamente a versão 2.0 do software (e-SUS AB),
que traz novas funcionalidades.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é
importante que os municípios mantenham a versão
do e-SUS AB atualizada. “Nossa prioridade é tornar
cada vez melhor o acompanhamento dos pacientes
atendidos no Sistema Único de Saúde, reunindo em
um único sistema todo o histórico de atendimento de
cada cidadão. Isso representa agilidade e organização
tanto para o usuário dos serviços públicos de saúde
quanto para os profissionais de saúde. Sabemos que
com saúde todo ganho de tempo é importante. A me-
dida também vai ajudar ainda mais no fluxo de trans-
missão das informações entre município e Ministério
da Saúde”, destaca o ministro.
A estratégia integra o Projeto de Formação e
Melhoria da Qualidade de Rede de Atenção à Saúde
(QualiSUS-Rede), que envolve os 17 estados prioriza-
Saúde entrega 25 mil
computadores para instalação de
prontuário eletrônicoCinco mil Unidades
Básicas de Saúde vão
passar a registrar todo
o histórico do paciente
em sistema eletrônico,
dando maior agilidade
ao atendimento de 15,1
milhões de pessoas
dos na distribuição
dos computadores
em projetos para o
desenvolvimento de
iniciativas de inova-
ção e qualidade da
gestão do SUS e do
cuidado ao usuário.
Todos os 486 muni-
cípios beneficiados
aderiram à iniciati-
va. Foram também
distribuídas 5.088
impressoras térmi-
cas capazes de imprimir o Cartão Nacional do SUS
na hora, agilizando o atendimento do paciente. A mo-
dernização dos processos também representa ganho
para os profissionais de saúde na hora da coleta e con-
solidação das informações pelo sistema.
A plataforma 2.0 foi desenvolvida a partir de
convênio entre o Ministério da Saúde e a Universi-
dade Federal de Santa Catarina (UFSC). O software
é capaz de organizar a gestão do funcionamento das
unidades básicas, além de permitir que todo o históri-
co do paciente fique reunido no prontuário eletrônico
sem necessidade de papel. Dos 25 mil computadores,
4,9 mil são servidores, ou seja, conseguem armazenar
os dados colhidos em todos os computadores da uni-
dade de saúde.
Novas funcionalidades
Com a nova versão, os profissionais de saúde
passam a ter acesso a novos módulos de acompanha-
mento ao paciente, como o campo de pré-natal, onde
são adicionadas informações importantes sobre a mu-
lher nesta condição em um cartão digital dentro do
prontuário eletrônico. São informações que podem
ser acompanhadas por profissionais que realizam esse
procedimento. No módulo de saúde bucal, os cirur-
giões dentistas poderão interagir com um odontogra-
ma eletrônico, onde são feitos registros da situação
de cada dente do paciente garantindo a continuidade
do cuidado em saúde bucal a cada atendimento. An-
tes da versão 2.0 do prontuário eletrônico esse acom-
panhamento era feito manualmente.
Os gestores municipais também poderão
acompanhar a demanda de trabalhadores e gesto-
res das unidades de saúde pelo prontuário eletrôni-
co 2.0 porque nele estará registrada a produção de
cada profissional da equipe. Além disso, a nova versão
vem com um aplicativo para tabletes na plataforma
Android que poderá ser utilizado pelos Agentes Co-
munitários de Saúde nas atividades de cadastramento
de indivíduos, domicílios, além do registro das visitas
domiciliares.
SISAB
O Ministério da Saúde vem adotando medidas
para estruturar o Sistema de Informação da Atenção
Básica em nível nacional com o objetivo de informati-
zar o processo de trabalho e qualificar a informação.
Por isso, até janeiro de 2016, todas as mais de 40,7 mil
Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país deverão en-
caminhar informações de procedimentos das unidades
pelo Sistema de Informação em Saúde para Atenção
Básica (SISAB). O objetivo do Ministério é integrar os
diversos sistemas de informação oficiais existentes,
reduzindo a necessidade de registrar informações si-
milares em mais de um instrumento (fichas/sistemas).
O
incentivo à leitura desde cedo
é fundamental na formação
pessoal, intelectual, íntima e
até mesmo profissional dos pequenos.
Os pais, como principais figuras de
referência,sãoessenciaisparaqueogosto
por ler seja tomado pelos filhos. A leitura
feita logo no começo da infância ajuda
as crianças a explorarem sentimentos, a
própria imaginação e ideias de um jeito
divertido e natural.
Além de estreitar os vínculos com
os pais, os benefícios da leitura não param
por aí. Uma pesquisa do departamento
de Sociologia da Universidade de Oxford
reforça que ler durante a adolescência au-
menta as chances de uma vida profissional bem-suce-
dida.
Vale acrescentar que ler traz maior capacida-
de de raciocínio, embasamento intelectual e facilidade
para a criança se comunicar e se expressar – visto que
a linguagem está estreitamente ligada ao pensamento.
Também ajuda o pequeno a ser um leitor assíduo e ter
prazer em ler, sem contar que ler e escrever se tornará
uma tarefa mais fácil para aquelas que têm contato com
livros antes da pré-escola.
A obra Oswaaaaaldo!, da editora DCL, é exem-
plo do quão importante os livros são na fase de apren-
dizado da criança. O título traz um macaquinho muito
Ler para os
filhos desde
pequenos é a
chave para que
eles cresçam
preparados
para o mundo e
bem sucedidos
em todos os
âmbitos da
vida adulta
Pais devem ler
para os filhos?
divertido e espoleta – e por isso, identificável com as
crianças – que durante as aventuras que passa na reser-
va, vai ensinando aos pequenos leitores nomes de diver-
sos animais exóticos, enquanto soletra o alfabeto todo.
Sem que a criança perceba, ela adquire novos
léxicos para seu vocabulário e ainda tem seu primeiro
contato com o alfabeto de modo tão divertido que, com
certeza, vai querer repetir a dose!
Outro título que evidencia a importância dos li-
vros no desenvolvimento da moral dos pequenos é o
livro Betina Quero-Quero, também da editora DCL.
Betina é uma criança que, assim como todas, já nasce
sabida e com o “quero!” na ponta da língua. No come-
ço, os papais encantados com a filhinha acham tudo en-
graçado. Depois, a coisa começa a complicar. A garoti-
nha começa a querer tudo e não sabe discernir o que é
seu e o que não é: quer tudo de todos.
Assim como (e junto com) a Betina, a criança
pode entender que ser é mais importante do que ter;
que ouvir respostas negativas não é o fim do mundo e
que não é preciso (nem devido) querer tudo para ser
feliz – e fazer as pessoas ao redor felizes também!
Nada melhor que os pais permanecerem
presentes nesse momento em que a aprendizagem
acontece simultânea à diversão. A conversa que o li-
vro proporciona num clima descontraído e de cari-
nho entre pais e filhos é importantíssimo não só pelos
temas abordados, mas também porque cada instante
de leitura com o papai e a mamãe, são únicos para
qualquer criança.
26 27AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
15. N
o dia 24, com três mil pessoas inscritas,
aconteceu a palestra no Centro
Comunitário Athos Bulcão, que começou
pouco depois das 9 horas e marcou o início da 23ª
Feira do Empreendedor do Sebrae no DF. Durante o
evento, Zico falou sobre sua carreira como jogador,
treinador e dirigente. O ídolo, que atualmente
almeja ser presidente da FIFA, a entidade máxima
do futebol mundial, contou histórias engraçadas,
incentivou estudantes e empreendedores, além
de ter comparado um time de futebol com uma
empresa. “A empresa é como um clube e a torcida
é o cliente. O jogador, que é o profissional, tem que
estar motivado para conquistar títulos e é obrigação
da organização capacitar esses profissionais para
dar alegrias ao torcedor”, afirmou.
Para o presidente do Conselho Deliberativo
do Sebrae no DF, Luís Afonso Bermúdez, a presen-
ça de Zico motiva os estudantes pela sua liderança e
carisma. “O Zico já mostrou sua experiência em ser
líder de um time e é um ícone da nossa cultura do
futebol. Assim como o Sebrae, ele ajuda o empreen-
dedor a compreender lições importantes de liderança
METEORO 10A passagem por Brasília de Arthur
Antunes Coimbra ou simplesmente
Zico para uma nação apaixonada
de rubro-negros, por Brasília, na
última semana de agosto, foi igual a
um meteoro: rápida e marcante. Como
sempre.
para quem quer formar um negócio”, ressaltou.
Antônio Valdir Superintendente do SEBRAE
DF resumiu: “ a força da imagem do Zico é inima-
ginável e tem o poder do ídolo de verdade. Por tudo
que fez dentro e fora dos campos, será sempre um
exemplo de determinação, ética e credibilidade”.
Já o reitor da UnB, Ivan Marques de Toledo
Camargo, enfatizou a importância de receber Zico e
a parceria da instituição com o Sebrae. “Estar junto
de um movimento como o Sebrae é uma atitude polí-
tica. Não é responsabilizando governantes que saire-
mos da crise, mas sim investindo em novos negócios
e seguindo exemplos de sucesso como o do Zico”,
explicou.
O craque ainda explicou a importância do tra-
balho em equipe e a necessidade de o grupo
estar focado em um mesmo objetivo. “As der-
rotas acontecem quando um elo da corrente
está arrebentado. Por isso, todos têm que es-
tar com a mesma filosofia e o mesmo objetivo.
Sozinho não se chegar a lugar algum”, disse.
Depois da palestra na UNB Zico seguiu
para a o Taguaparque, em Taguatinga para par-
ticipar de um bate-papo com 50 crianças do
Sol Nascente e atletas do Centro de Futebol
Zico (CFZ), no Distrito Federal. Ele contou
um pouco das histórias da carreira e deixou
uma mensagem importante para as crianças.
“Por mais que vocês tenham sonhos, não
esqueçam que o estudo é fundamental. É a
maior herança que a gente leva. E mais: não
adianta só querer. Tem que haver
vontade e muita determinação para
seguir em frente” , destacou.
Zico tirou fotos, distri-
buiu autógrafo e inaugurou
uma exposição com peças do seu
acervo pessoal, algumas, inclusi-
ve, nunca exibidas publicamente.
Troféus, bolas, camisas da Seleção
Brasileira e camisas históricas de
um Flamengo muito distante do
atual ficaram ao alcance de fotos e
milhares de selfies Mas o grande
destaque da exposição, ficou por
conta do carro que Zico ganhou
por ter sido escolhido o melhor jo-
gador em campo, após a conquista
do título do Mundial de Clubes em
81, no Japão. É a primeira vez que
o carro fica exposto fora do Rio de
Janeiro.
FIFA
Zico é pré-candidato a presidente da FIFA. -
ainda falta o apoio formal de cinco federações. A CBF,
ao contrário do que todos imaginavam, condicionou
Poucos sabem que
a primeira camisa
que o Zico usou no
time principal, como
profissional, tinha o
número 7 crédito BG
Press
o seu apoio a mais quatro federações para abraçar a
candidatura. Ou seja, Zico precisa de quatro federa-
ções para obter o apoio da federação brasileira. .
Os contatos já foram iniciados e começaram
por onde Arthur Antunes Coimbra deixou sua marca
como Zico: Japão, Uzbequistão, Turquia, Iraque, Rus-
sia, Catar e ainda a Itália, a Grécia e a Índia, onde vai
ficar até dezembro, contratado para fazer o mesmo
trabalho realizado no Japão visando o fortalecimento
do futebol local.
Dois fatos recentes motivaram ainda mais o
eterno 10 da Gávea: durante a palestra da UNB. O
primeiro: um representante da embaixadora Vera
Cíntia Álvares o informou que a Coordenação Geral
de Intercâmbio e Cooperação Esportiva do MRE está
á disposição para o que for possível ajudar. Essa infor-
mação já está em poder da sua equipe que trabalha
com o objetivo de “ levar às federações os planos da
campanha reconhecidamente árdua, principalmente
nesta fase inicial”, como reconhece o próprio Zico:
- “ Nossa equipe é toda voluntária, as reuniões
são constantes e as dificuldades serão imensas porque
não entendo a necessidade do apoio explícito e oficial
de cinco federações, por exemplo, a alguém que atua
há 40 anos no futebol. Esse formato é ultrapassado
e tem que mudar. Outra coisa também é inconcebí-
vel: apenas 23 pessoas decidirem sobre uma sede da
Copa do mundo. E no momento, desses, sete estão
presos”.
O segundo fato fica por conta do contato que
houve com o Liga de Futebol dos Estados Unidos.
“Essas denúncias possibilitam mudanças. Começou
com eles e será fundamental contar com esse apoio.
O contato foi promissor”, concluiu o Galinho para o
Entre Lagos.
Camisa do mundial de 81, vídeos, e troféus nunca
antes apresentados em público fizeram sucesso
Foto:BGPress
28 29AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
16. A
23ª Feira do Empreendedor do Sebrae no
DF foi além da expectativa de público e
recebeu 15 mil visitantes, superando o
número esperado de 12 mil pessoas. Pela primeira
vez, o evento, que começou na quarta-feira (26)
e terminou no domingo (30), não foi realizado no
Plano Piloto, mas no Taguaparque, em Taguatinga,
por conta da densidade empresarial da região.
Com o slogan “Empreender faz bem”, o tema
da Feira foi a qualidade de vida e teve como objetivo
fomentar a competitividade e a sustentabilidade em
um ambiente propício à geração de negócios. Somen-
te nos encontros agendados entre compradores e
fornecedores, as rodadas de negócios, 125 microem-
preendedores movimentaram R$ 3,5 milhões que.
Dentre eles, estão empresas relacionadas ao comér-
Feira do Empreendedor
ArrebentouRealizado em
Taguatinga, evento
incentivou práticas
sustentáveis e
movimentou quase
R$ 11 milhões em
negócios prospectados
cio varejista de roupas e aces-
sórios, apicultura, construção
e empresas que confeccio-
nam uniformes. Somando-se
os quase R$ 7 milhões em
negócios dos expositores a
serem fechados, foram pros-
pectados R$ 11 milhões em
negócios durante a feira.
Durante os cinco dias
de programação, o Sebrae
realizou 7.357 atendimentos
e capacitou 7.717 pessoas em palestras, oficinas e
workshops. Além disso, 89% dos visitantes aprova-
ram o evento e os serviços oferecidos nele.
Para o diretor-superintendente do Sebrae no
DF, Antônio Valdir Oliveira Filho, a feira foi um suces-
so. “Superamos as expectativas e mostramos que o
Sebrae precisa descentralizar o seu trabalho. Trazer o
evento para Taguatinga, local onde pulsa o empreen-
dedorismo, foi a decisão correta. Até o fim do ano, a
expectativa do Sebrae é passar de 180 para 200 mil
microempreendedores no DF”, explicou.
A gestora da Feira do Empreendedor do Se-
brae no DF, Lucimar Santos, ressaltou que a maior
parte dos visitantes não conhecia o evento. “Cons-
tatamos que 80% das pessoas que vieram não co-
nheciam a feira e que ela proporciona acesso a in-
formação, capacitação e oportunidades de negócios.
Conseguimos oferecer aos microempreendedores
produtos e serviços que pretendem melhorar seus
negócios. Foi importante atingirmos a comunidade
empresarial de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e
Águas Claras”, avaliou.
Convidados Especiais
O Sebrae recebeu para as palestras magnas
além do Zico que abriu o ciclo na UNB, grandes no-
mes, como o ex-capitão do Bope e coordenador do
Curso de Operações Especiais, Paulo Storani, o pa-
lestrante de marketing digital Max Gehringer, o pales-
trante de moda Arlindo Grund, o pianista João Carlos
Martins, o lutador Rogério Minotouro, o repórter
Clayton Conservani, o jornalista Gilberto Dimenstein,
a ex-jogadora de basquete Magic Paula, o velejador
Lars Grael e o microempreendedor individual de su-
cesso David Portes.
Quem encerrou o evento, no domingo (30),
foi o professor de educação física Márcio Atalla, que
falou sobre “Qualidade de vida e saúde”, um dos te-
mas centrais da feira. Segundo ele, quando a empresa
passa a promover iniciativas nessa direção, o efeito é
direto não só na vida dos colaboradores, mas na ren-
tabilidade do negócio. “Cada real investido retorna,
pelo menos, em seis. Investir na qualidade de vida do
colaborador é inteligente”, avaliou.
Os 28 expositores que estavam na feira abor-
daram temas relacionados ao universo do empreen-
dedorismo. No entanto, alguns se destacaram pela
eficiência nos negócios e pelo volume de pessoas que
procuraram o seu produto.
Foi o caso da CLUBE aluno, empresa de Mar-
keting Educacional que desenvolveu uma plataforma
on-line para atender às necessidades do público jo-
vem estudante e ajudar no desempenho escolar dos
alunos. A companhia conseguiu negociar com 19 re-
giões do Distrito Federal e, em dois dias, esgotar a
cota estabelecida para a feira. O evento também ofe-
receu 50 oportunidades de negócios relacionadas a
agronegócio, comércio, indústria, serviços e também
para os microempreendedores individuais.
Empreender faz bem
Na abertura da 23ª Feira do Empreendedor
2015, na quarta-feira (26), o presidente do Conse-
lho Deliberativo do Sebrae no DF, Luiz Afonso Ber-
múdez, ressaltou que o momento não é de lamentar
as consequências da crise, mas de dizer, conforme o
tema da feira, que “Empreender faz bem”. “Estamos
aqui não só para ouvir os empreendedores, mas para
ajudá-los. Empreender faz bem para todos: para a so-
ciedade, para o governo e para a família”, afirmou.
O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme
Afif Domingos, e o diretor do Sebrae Nacional, José
Cláudio dos Santos, também participaram da abertu-
ra do evento.
Os estudantes da Universidade de
Brasília (UnB) receberam, na segunda-fei-
ra (24), o craque Zico, ex-camisa 10 do
rubro-negro e da seleção brasileira. Par-
ceiro do SEBRAE de outras jornadas, deu
o pontapé inicial para a Feira do Empreen-
dedor e marcou o lançamento oficial do
evento, elogiou a iniciativa do Sebrae e
comparou um time de futebol com uma
empresa. “A empresa é como um clube e
a torcida é o cliente. O jogador, que é o
profissional, tem que estar motivado para
conquistar títulos e é obrigação da orga-
nização capacitar esses profissionais para
dar alegrias ao torcedor”, afirmou.
Ídolo homenageado
30 31AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
17. Eventos que agitaram BrasíliaOswaldo
Rocha
mundovip@terra.com.br
oswaldorochamundovip@terra.com.br
Cel.: 9977-7999 / 33661696
“Depois que uma palavra sai da sua boca,você não
pode engoli-la de novo”
“Não há uma boa resposta para uma pergunta estúpida”
Provérbios Russos
Homenagem aos
pioneiros do Lago Sul
Katia Kouzak, exemplo de dignidade e elegância
viveu momentos de grandes emoções,
nos salões do Iate Clube de Brasília, durante a
comemoração dos seus 70 anos. Rodeada por seus
filhos, nora, genro, netos e seus amigos de longa
data ela pode sentir o quando é amada e querida
com as homenagens recebidas. A festa teve a
marca registrada da aniversariante: muita alegria,
beleza, elegância e descontração.
Jofran Frejat e Denise com Jair
Rocha
Mitre Moufarrege
com o padre
Emannuel Sofoulis
Memorável 70 anos de Katia Kouzak
Katia Kouzak emoldurada por sua nora Katharina
Brauer, seus filhos Solon, Zenon e Valeska, seu
genro Aloísio Campos da Paz Neto e seus netos
Oscar Moren e Elinor com Maria Selma e
Régiton Menezes
Adilson e Elizabete
Garcia Campos
Fazendo parte das comemorações celebradas pelos 55 anos
do bairro, o administrador do Lago Sul, Aldenir Paraguassú
homenageou os moradores ilustres que contribuiram para o
desenvolvimento e o progresso da comunidade.
Os homenageados com seus diplomas e troféus
Noivado de Danielle e
Roberto Pantoja
Mônica Sales e João Cruz receberam em sua casa, na QL 26 do
Lago Sul, seus familiares e amigos para celebrar o noivado
da filha Danielle com Roberto Pantoja, filho de Virginia e Roberto
Pantoja. O casamento está programado para Cancun/México.
Os noivos
Os noivos com a família da noiva. Hugo e Patrícia Rodrigues, João
Cruz e a filha Danielle Sales, sua avó Ângela de Queiroz, Roberto
Pantoja, Mônica Cruz, Steven e Cristiana Oliveira.
Os pais do noivo: Virginia
e Roberto Pantoja
Inauguração do espaço
Bia Koffes Casa
Já era de se esperar que
seria uma noite e tanto,
como de fato ocorreu,
a comemoração do
cinquentenário da anfitriã.
Entre os pontos altos da
noite, a descontração, o
bom gosto, o alto-astral, a
decoração de Valéria Leão,
a fartura do coquetel-
jantar preparado pelo
buffet Renata La Porta,
bolos e doces de Maria
Amélia e Dj Elyvio Blower,
que não deixou ninguém
ficar parado. No final, não
faltaram o bolo com velas,
“parabéns” e o champagne
para brindar.
Na hora dos parabéns, a aniversariante entre seus filhos Rodrigo e
Ana Lima e seus pais Adriana e Antônio Machado
Liliana Roriz e
Márcia Lima
Ana Maria Gontijo entre Salma
e Aurea Farah
Gláucia Benevides e
Mônica Oliveira
Lilian Gurgulino, Isaura Resende e
Cristina Queiroz
Bia Koffes com suas irmãs César Serra, Bia Koffes, Marcelo Pimenta e
Fabiana Koffes
Bia
Koffes
entre
Teresa
e Laura
Neves
Silvana Monte Rosa, Bia Koffes, Moema Leão,
Angela Alves e Iza Matias
Com um movimentado coquetel
Bia Koffes inaugurou seu novo
espaço Bia Koffer Casa, na QI 13 do
Lago Sul
Megafesta nos 50 anos de Márcia Lima
32 33AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015
18. HISTÓRIA
A história do Va´a no Brasil começou em
setembro de 1994, quando o brasileiro Ronald
Williams, de férias no Brasil após competir na Ca-
lifórnia, iniciou seus primeiros contatos no intuito
de trazer o Va´a, ou canoagem polinésia, para o
país. Na ocasião, Ronald treinava e competia pelo
False Creek Racing Canoe Club, renomado clube de
canoagem em Vancouver, Canadá.
“De lá pra cá, com o crescimento exponen-
cial do esporte no Brasil, os responsáveis de vários
clubes e organizadores de competições manifesta-
ram a preocupação em criar instâncias de supervi-
são do esporte, pensando especificamente na se-
gurança dos praticantes”, contou Nicolas Bourlon,
representante brasileiro na Federação Internacional
de Va’a desde 2003 e indicado pela Diretoria da
CBCa no Comitê.
Estima-se que hoje o Va´a seja praticado
por até 25 mil pessoas na Polinésia Francesa, onda
é tão popular quanto é o futebol no Brasil. No Havaí
são cerca de 10 mil praticantes. O esporte também
é muito popular na Austrália e Nova Zelândia, onde
existem aproximadamente 5 mil esportistas. Hoje,
no Brasil, estima-se que há mais de mil pratican-
tes regulares de Va´a espalhados por oito estados
(Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Pará, Paraná,
Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo).
Além do crescente interesse brasileiro pelo
Va´a, o esporte não possui nenhuma contra-indica-
ção ou treinamento de alto desempenho para a sua
prática, e existem algumas embarcações do Va´a,
como o V12 por exemplo, onde até doze pessoas
podem remar juntas.
“O Va´a se diferencia, por exemplo, do remo
por não exigir qualquer treino específico para que
se possa iniciar sua prática. O trabalho em equipe
promove a integração e a sincronia entre seus prati-
cantes, pois cada indivíduo tem uma função distinta
e cada posição na embarcação tem um papel de
responsabilidade. É um esporte para ser praticado
por toda a família, inclusive pelas crianças e até
mesmo pessoas na terceira idade”, explicou Nicolas
Bourlon.
B
rasília adere de vez a prática da Canoa
Havaiana, ou “VA”A, como é popularmente
chamado. Entrou pra valer nessa onda, e já
faz sucesso pra todo mundo ver. A equipe Canoa
Brasília leva esse esporte a sério, treina pra valer
e pelo que tem mostrado até agora competência,
disposição e muita vontade de vencer é a norma
de conduta dos atletas. A equipe foi a quinta
colocada na primeira etapa do Circuito Brasileiro
de Canoagem. Na segunda etapa ficou em 4 lugar e
agora alcançou a terceira posição na terceira etapa,
realizada no Lago Paranoá, em frente ao Pontão do
Lago Sul, diante de centenas de fans e admiradores.
A equipe de Brasília é composta por Marcelo
Pahl Nascimento, Felipe Terrana, Paulo
Guimarães, Rafael Poubel, Marcelo Bosi e Caio
Nascimento, capitão do grupo. O Lago Paranoá é o
cenário ideal para esse grupo que decidiu entrar pra
valer na fase de competição, e sonha alto em busca
de vitórias. O esporte é uma novidade para a cidade,
e pelo comportamento das pessoas que estão indo
assistir as provas o entusiasmo é visivel. A equipe é
jovem, e pelo bom começo que tem mostrado com
certeza vai formar seguidores em breve.
Através da CBCa, as modalidades Oceâni-
ca e Va’a foram contempladas pela Lei do Incentivo
ao Esporte junto ao banco BNDES, o patrocinador.
A Hoop Sports é a empresa por trás, organizando a
estrutura dos eventos e a partir desta etapa de Bra-
sília, frequentemente temos um trabalho em união.
São muitas pessoas trabalhando em conjunto com a
JEFFERSON
SESTARO
Com informações de
4ª etapa do Circuito
Brasileiro de Canoagem
Oceânica marca nova era
Evento realizado em
comunhão com a
modalidade Va’a reuniu
mais de 200 atletas no
Pontão do Lago Sul, em
Brasília
ABraCan e com a CBCa para que as duas modalidade
entrasse no projeto de incentivo.
Os atletas eram recebidos na arena da com-
petição e deviam se dirigir a uma sala onde era feita a
confirmação da sua inscrição e lá recebia um kit com
sua camiseta, protetor solar, folder informativo etc.
Após isso, outra sala aguardava os atletas para a re-
tirada dos numerais, que eram jalecos para usar por
cima do colete salva vidas.
Mesmo com todas informações oficias do
evento divulgadas antecipadamente, um pequeno
atraso na finalização da entrega de numerais ocorreu
devido à grande quantidade de atletas que deixou
para retirar seus numerais de última hora. Principal-
mente atletas locais de Brasília, atitude essa que não
será mais tolerada pela organização, fazendo-se cum-
prir o horário e sendo assim, deixando os atrasados
ou desorganizados de fora.
Esse atraso refletiu no horário do briefing que
era previsto para 13h30 com a largada prevista para
as 14h, segundo consta no boletim oficial. Durante o
briefing, dúvidas sobre o percurso foram tiradas, mas
muitos questionamentos irrelevantes foram feitos,
detalhes básicos que estavam divulgados previamente
no boletim oficial da prova, bem como detalhados no
mapa do percurso. Esse tipo de atitude terá que ser
revisto pela organização da modalidade, pois mesmo
com o briefing realizado e boletim oficial divulgado,
muitos atletas erraram o percurso. Houve um deslo-
camento de bóia que não atrapalhou tanto, mas que
atletas desrespei-
taram o percurso
de passagem não
gerando penaliza-
ções.
A postura
que os atletas co-
bram da organiza-
ção na questão de
profissionalismo
também deverá
ser inversa, onde a
organização cobrará a postura profissional do atleta.
Questões que envolvem desrespeitar o regulamento
pelo não uso de saia, não uso de leash e não uso de
outros equipamentos obrigatórios começarão a gerar
desclassificação do atleta.
Um caso perceptível por todos na hora do
embarque dos atletas da oceânica foi que atletas pre-
viamente instruídos em não passar na raia de boias
que estava tendo baterias da prova de Va’a, invadi-
ram o triângulo de boias sendo necessário ter que o
locutor do evento alertar no microfone para que se
retirassem da raia, correndo o risco de atrapalhar a
bateria de Va’a. Isso não será mais tolerado correndo
o risco de haver cancelamento da prova.
Aproximadamente 100 caiaques e surfskis es-
tavam alinhados para a largada. Esse momento foi lin-
do, único e muito bem respeitado por todos os atle-
tas, fazendo um alinhamento rápido sem problemas
de antecipação que pudesse gerar uma largada falsa.
Mérito dos atletas!
Depois de 1 hora de prova, os primeiros caia-
ques Turismo Junior começaram a surgir no horizon-
te do Lago Paranoá. Luiz Eduardo de Oliveira, da
ACALINO foi o grande campeão. Novamente com
os atletas respeitando as boias que foram demar-
cadas para não invadir a raia da Va’a, o balizamento
favoreceu grandes disputas até a linha de meta, prin-
cipalmente no Surfski individual entre Luiz Wagner
Pecoraro e José Marcos Mendes Filho, que levou a
melhor contra Luiz. José Marcos também sagrou-se
campeão nas disputas de Va’a que antecederam a
prova da oceânica, demonstrando ser um dos me-
lhores atletas do país.
34 35AGO / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos AGO / 2015