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MACAÚBA ARMAZENADOS EM TEMPERATURA AMBIENTE2
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; DIONDEVON ROCHA DE OLIVEIRA1
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INTRODUÇÃO7
A macaúba é uma palmeira tropical com grande potencial de produção de óleo vegetal para8
sustentar os programas de produção de biodiesel. Entretanto, a cadeia produtiva da macaúba9
apresenta alguns gargalos a serem superados, como a conservação dos frutos em pós-colheita para10
ampliar o período de processamento nas usinas. Durante o armazenamento, são observadas11
consideráveis perdas, tanto de natureza quantitativa como qualitativas, que culminam com a12
acidificação do óleo do mesocarpo da macaúba. Tais perdas são ocasionadas por vários fatores,13
como temperatura, teor de água, atividade de microrganismos e pela própria senescência do fruto,14
que pode ser desencadeada pela ação do etileno (hormônio do amadurecimento). Em decorrência15
destes problemas, torna-se evidente a necessidade de tratamentos dos frutos visando manter a16
qualidade do óleo. Neste sentido, a utilização de inibidores de etileno pode prevenir o processo de17
acidificação do óleo, uma vez que estes compostos retardam o a maturação natural dos frutos. O 1-18
meticiclopropeno (1-MCP) é um inibidor da ação do etileno que compete por seus sítios de ligação19
nos receptores das membranas (SISLER; SEREK, 1997) que tem sido utilizado com sucesso na20
preservação da qualidade de alguns frutos em pós-colheita (BOMFIM et al, 2011; VIEIRA et al,21
2012; CAMPOS et al, 2011; HERSHKOVITZ et al., 2005).22
Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes concentrações do 1-MCP e tempos de aplicação23
na acidez dos frutos da Macaúba.24
MATERIAL E MÉTODOS25
Os frutos foram colhidos em estágio de maturação plena, sendo posteriormente levados ao26
Laboratório de Pós-colheita de Macaúba da Universidade Federal de Viçosa, onde foram27
selecionados e acondicionados em sacos tipo rede. Utilizou-se o delineamento inteiramente28
casualizado conduzido no esquema fatorial 4 x 2 x 5 sendo 4 concentrações de 1MCP (0 nL.L‫¹־‬ ,29
1000 nL.L‫¹־‬ , 2000 nL.L‫,¹־‬ 3000 nL.L‫,)¹־‬ 2 períodos de aplicação (12 horas e 24 horas) e 5 períodos30
de armazenamento (10, 20, 30, 40, 50 dias), utilizando-se 15 frutos por unidade experimental.31
Os frutos foram colocados em câmaras herméticas para cada tratamento. Para a aplicação do32
1-MCP, utilizou-se o produto comercial SMART FRESH®
, pesado conforme as concentrações33
1
Universidade Federal de Viçosa, neialopesp@hotmail,com; jgrossi@ufv.br; agropimentel@yahoo.com.br;
diodevon.oliveira@ufv.br; samucapitolio@yahoo.com.br
1
referentes aos respectivos tratamentos pré-estabelecidos. Posteriormente diluiu-se o 1-MCP em34
água a 50 ºC, para induzir a volatilização do produto.35
Após cada tratamento, os frutos foram acondicionados em caixas plásticas, à temperatura36
ambiente e avaliados ao longo do armazenamento. Para avaliação da qualidade dos frutos ao longo37
do armazenamento foi avaliada a acidez do óleo do mesocarpo. Para isso, utilizou-se a metodologia38
da AOCS (1998), e os resultados obtidos foram expressos em percentual de ácido oleico. Os dados39
foram submetidos a análise estatística com auxilio do Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas40
da Universidade Federal de Viçosa, SAEG. Mesmo a interação sendo não significativa houve41
interesse de se estudar as concentrações e os períodos de armazenamentos, por ambas serem fatores42
quantitativos.43
44
RESULTADOS E DISCUSSÃO45
Não houve diferença significativa para o tempo de aplicação do 1MCP (12h e 24h). Porém,46
observou-se que houve acréscimo na acidez do óleo ao longo do período de armazenamento e47
redução da acidez com o aumento da concentração do 1-MCP (Figura 1).48
No tratamento 0 nL.L‫¹־‬ (testemunha) os frutos apresentaram acidez superior à dos demais49
tratamentos, com valor de 54% , indicando maior grau de maturação e degradação dos frutos não50
tratados, que culminou com alto índice de acidez do óleo aos 50 dias de armazenamento. Por outro51
lado, os frutos tratados com as concentrações de 1000 nL.L‫,¹־‬ 2000 nL.L‫¹־‬ e 3000 nL.L‫¹־‬ mostraram52
menores índices de acidez, com valores de 39%, 27% e 14%, respectivamente. Estes resultados53
evidenciam que a maturação dos frutos foi inibida pela ação do 1-MCP e a acidificação do óleo foi54
inversamente proporcional à dose do produto aplicado, indicando que o 1-MCP tem potencial de55
uso na conservação pós-colheita de frutos de macaúba.56
57
CONCLUSÃO58
O 1-MCP influenciou o processo de amadurecimento dos frutos da Macaúba. A59
concentração de 3000 nL.L‫,¹־‬ proporcionou uma menor acidez do óleo do mesocarpo.60
61
AGRADECIMENTOS62
63
Ao CNPq, FAPEMIG, FINEP, CAPES e PETROBRAS pelo financiamento dos trabalhos de64
pesquisa com Macaúba na Universidade Federal de Viçosa (REMAPE), e à AGROFRESH65
doadora do produto comercial SMART FRESH®
.66
67
68
2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS69
AOCS. Official Methods and Recommended Practices of the American Oil Chemists70
Society. 5. ed. Champaign, v. 1-2, 1998.71
72
BOMFIM, M. P; , LIMA, G. P. P.; SÃO JOSÉ, A. R.; VIANELLO, F.; OLIVEIRA, L. M.73
Conservação pós-colheita de manga ‘tommy atkins’ com 1-metilciclopropeno. Revista Brasileira74
de Fruticultura, Jaboticabal - SP, Volume Especial, E. 290-297, Outubro 2011.75
76
CAMPOS, R. P.; KNOCH, B. ; HIANE, P. A. ; RAMOS, M. I. L.; FILHO,M. M. R. 1-mcp em77
mangabas armazenadas em temperatura ambiente e a 11ºC. Revista Brasileira de Fruticultura,78
Jaboticabal - SP, Volume Especial, E. 206-212, Outubro 2011.79
80
HERSHKOVITZ, V.; SAGUY, S. I.; PESIS, E. Postharvest application of 1- MCP to improve the81
quality of various avocado cultivars. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 37, n.82
3, p. 252-264, 2005.83
84
SISLER, E. C.; SEREK, M. Inhibitors of ethylene responses in plants at the receptor level: recent85
developments. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 100, n. 3, p. 577-582, 1997.86
87
VIEIRA, M. J.; ARGENTA, L. C.; AMARANTE, C. V. T.; VIEIRA, A. M. F.D.; STEFFENS, C.88
A. Qualidade pós-colheita de quivi ‘hayward’ tratado com 1-mcp e armazenado sob diferentes89
atmosferas. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 34, n. 2, p. 400-408, Junho90
2012.91
92
93
3
94
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96
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99
FIGURA 1 - a) Acidez do óleo do mesocarpo da macaúba em função das concentrações de 1-MCP100
e do período de armazenamento. Concentrações de 0 nL.L‫¹־‬ , 1000 nL.L‫¹־‬ , 2000 nL.L‫,¹־‬ 3000101
nL.L¹ e períodos de armazenamento de 10, 20, 30, 40, 50 dias. b) e c) Cortes da superfície de102
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Influência do 1 mcp na acidez do óleo de mesocarpo dos frutos de macaúba armazenados em temperatura ambiente osdneia lopes final

  • 1. INFLUÊNCIA DO 1-MCP NA ACIDEZ DO ÓLEO DE MESOCARPO DOS FRUTOS DE1 MACAÚBA ARMAZENADOS EM TEMPERATURA AMBIENTE2 3 OSDNÉIA PEREIRA LOPES1 ; JOSÉ ANTONIO SARAIVA GROSSI1 ; LEONARDO DUARTE4 PIMENTEL1 ; DIONDEVON ROCHA DE OLIVEIRA1 ; SAMUEL DE MELO GOULART1 5 6 INTRODUÇÃO7 A macaúba é uma palmeira tropical com grande potencial de produção de óleo vegetal para8 sustentar os programas de produção de biodiesel. Entretanto, a cadeia produtiva da macaúba9 apresenta alguns gargalos a serem superados, como a conservação dos frutos em pós-colheita para10 ampliar o período de processamento nas usinas. Durante o armazenamento, são observadas11 consideráveis perdas, tanto de natureza quantitativa como qualitativas, que culminam com a12 acidificação do óleo do mesocarpo da macaúba. Tais perdas são ocasionadas por vários fatores,13 como temperatura, teor de água, atividade de microrganismos e pela própria senescência do fruto,14 que pode ser desencadeada pela ação do etileno (hormônio do amadurecimento). Em decorrência15 destes problemas, torna-se evidente a necessidade de tratamentos dos frutos visando manter a16 qualidade do óleo. Neste sentido, a utilização de inibidores de etileno pode prevenir o processo de17 acidificação do óleo, uma vez que estes compostos retardam o a maturação natural dos frutos. O 1-18 meticiclopropeno (1-MCP) é um inibidor da ação do etileno que compete por seus sítios de ligação19 nos receptores das membranas (SISLER; SEREK, 1997) que tem sido utilizado com sucesso na20 preservação da qualidade de alguns frutos em pós-colheita (BOMFIM et al, 2011; VIEIRA et al,21 2012; CAMPOS et al, 2011; HERSHKOVITZ et al., 2005).22 Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes concentrações do 1-MCP e tempos de aplicação23 na acidez dos frutos da Macaúba.24 MATERIAL E MÉTODOS25 Os frutos foram colhidos em estágio de maturação plena, sendo posteriormente levados ao26 Laboratório de Pós-colheita de Macaúba da Universidade Federal de Viçosa, onde foram27 selecionados e acondicionados em sacos tipo rede. Utilizou-se o delineamento inteiramente28 casualizado conduzido no esquema fatorial 4 x 2 x 5 sendo 4 concentrações de 1MCP (0 nL.L‫¹־‬ ,29 1000 nL.L‫¹־‬ , 2000 nL.L‫,¹־‬ 3000 nL.L‫,)¹־‬ 2 períodos de aplicação (12 horas e 24 horas) e 5 períodos30 de armazenamento (10, 20, 30, 40, 50 dias), utilizando-se 15 frutos por unidade experimental.31 Os frutos foram colocados em câmaras herméticas para cada tratamento. Para a aplicação do32 1-MCP, utilizou-se o produto comercial SMART FRESH® , pesado conforme as concentrações33 1 Universidade Federal de Viçosa, neialopesp@hotmail,com; jgrossi@ufv.br; agropimentel@yahoo.com.br; diodevon.oliveira@ufv.br; samucapitolio@yahoo.com.br 1
  • 2. referentes aos respectivos tratamentos pré-estabelecidos. Posteriormente diluiu-se o 1-MCP em34 água a 50 ºC, para induzir a volatilização do produto.35 Após cada tratamento, os frutos foram acondicionados em caixas plásticas, à temperatura36 ambiente e avaliados ao longo do armazenamento. Para avaliação da qualidade dos frutos ao longo37 do armazenamento foi avaliada a acidez do óleo do mesocarpo. Para isso, utilizou-se a metodologia38 da AOCS (1998), e os resultados obtidos foram expressos em percentual de ácido oleico. Os dados39 foram submetidos a análise estatística com auxilio do Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas40 da Universidade Federal de Viçosa, SAEG. Mesmo a interação sendo não significativa houve41 interesse de se estudar as concentrações e os períodos de armazenamentos, por ambas serem fatores42 quantitativos.43 44 RESULTADOS E DISCUSSÃO45 Não houve diferença significativa para o tempo de aplicação do 1MCP (12h e 24h). Porém,46 observou-se que houve acréscimo na acidez do óleo ao longo do período de armazenamento e47 redução da acidez com o aumento da concentração do 1-MCP (Figura 1).48 No tratamento 0 nL.L‫¹־‬ (testemunha) os frutos apresentaram acidez superior à dos demais49 tratamentos, com valor de 54% , indicando maior grau de maturação e degradação dos frutos não50 tratados, que culminou com alto índice de acidez do óleo aos 50 dias de armazenamento. Por outro51 lado, os frutos tratados com as concentrações de 1000 nL.L‫,¹־‬ 2000 nL.L‫¹־‬ e 3000 nL.L‫¹־‬ mostraram52 menores índices de acidez, com valores de 39%, 27% e 14%, respectivamente. Estes resultados53 evidenciam que a maturação dos frutos foi inibida pela ação do 1-MCP e a acidificação do óleo foi54 inversamente proporcional à dose do produto aplicado, indicando que o 1-MCP tem potencial de55 uso na conservação pós-colheita de frutos de macaúba.56 57 CONCLUSÃO58 O 1-MCP influenciou o processo de amadurecimento dos frutos da Macaúba. A59 concentração de 3000 nL.L‫,¹־‬ proporcionou uma menor acidez do óleo do mesocarpo.60 61 AGRADECIMENTOS62 63 Ao CNPq, FAPEMIG, FINEP, CAPES e PETROBRAS pelo financiamento dos trabalhos de64 pesquisa com Macaúba na Universidade Federal de Viçosa (REMAPE), e à AGROFRESH65 doadora do produto comercial SMART FRESH® .66 67 68 2
  • 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS69 AOCS. Official Methods and Recommended Practices of the American Oil Chemists70 Society. 5. ed. Champaign, v. 1-2, 1998.71 72 BOMFIM, M. P; , LIMA, G. P. P.; SÃO JOSÉ, A. R.; VIANELLO, F.; OLIVEIRA, L. M.73 Conservação pós-colheita de manga ‘tommy atkins’ com 1-metilciclopropeno. Revista Brasileira74 de Fruticultura, Jaboticabal - SP, Volume Especial, E. 290-297, Outubro 2011.75 76 CAMPOS, R. P.; KNOCH, B. ; HIANE, P. A. ; RAMOS, M. I. L.; FILHO,M. M. R. 1-mcp em77 mangabas armazenadas em temperatura ambiente e a 11ºC. Revista Brasileira de Fruticultura,78 Jaboticabal - SP, Volume Especial, E. 206-212, Outubro 2011.79 80 HERSHKOVITZ, V.; SAGUY, S. I.; PESIS, E. Postharvest application of 1- MCP to improve the81 quality of various avocado cultivars. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 37, n.82 3, p. 252-264, 2005.83 84 SISLER, E. C.; SEREK, M. Inhibitors of ethylene responses in plants at the receptor level: recent85 developments. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 100, n. 3, p. 577-582, 1997.86 87 VIEIRA, M. J.; ARGENTA, L. C.; AMARANTE, C. V. T.; VIEIRA, A. M. F.D.; STEFFENS, C.88 A. Qualidade pós-colheita de quivi ‘hayward’ tratado com 1-mcp e armazenado sob diferentes89 atmosferas. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 34, n. 2, p. 400-408, Junho90 2012.91 92 93 3
  • 4. 94 95 96 97 98 99 FIGURA 1 - a) Acidez do óleo do mesocarpo da macaúba em função das concentrações de 1-MCP100 e do período de armazenamento. Concentrações de 0 nL.L‫¹־‬ , 1000 nL.L‫¹־‬ , 2000 nL.L‫,¹־‬ 3000101 nL.L¹ e períodos de armazenamento de 10, 20, 30, 40, 50 dias. b) e c) Cortes da superfície de102 resposta.103 104 Ŷ =4,0085+0,0027*X+0,9652*Y - 0,0003*X*Y R2 =85,18% (b) (c) (a) 4