Este documento descreve o lançamento de um jornal estudantil chamado "O Ideias" por quatro alunos em uma escola em 1995. O jornal cresceu ao longo dos anos com o apoio de professores, estudantes e uma comissão da escola. O documento inclui uma entrevista com o presidente do núcleo de estudantes sobre os objetivos e desafios do jornal.
1. Janeiro 97 Ano III Nº 11 50$00
Em Abril de 1995 quatro alunos da nossa SUMÁRIO
escola reuniram-se num café para discutir uma
ideia, um projecto ambicioso que se fosse bem
sucedido iria alterar significativamente a vida
académica, e o dia-a-dia da nossa escola. Na mente de
cada um fluíam ideias para valorizar o projecto, mas de Pág. 2 Entrevista com o Presidente do
imediato apercebemo-nos que um grupo restrito de pessoas NEGE, Alexandre Silva
não eram suficientes para atingir o âmbito desejado, que era
fazer um jornal interventido, em que se conjugassem as diversas
forças da escola com uma periodicidade mensal. Mas mesmo assim Pág. 6 Horas de Estudo
decidimos avançar no vazio e procurar desde logo transmitir uma
imagem credível do jornal, para isso procurámos a colaboração de
professores, fizemos uma entrevista ao Presidente do IPS e
apresentámos alguns artigos de divulgação das actividades
Pág. 8 EURO, moeda única, sim ou não
desenvolvidas pela AE, de opinião e passatempos . Mas para que o
jornal cumprisse a sua principal função que é fazer chegar a sua
informação ao maior número de pessoas possível faltava-nos o
essencial que eram os meios monetários para o reproduzir, para lhes
Pág. 10 I e a d " I e a "
dis ' O dis
fazer face solicitámos o apoio da nossa Comissão Instaladora que
após demorada reunião de esclarecimentos nos cedeu gentilmente a
tiragem integral da primeira edição, que distribuímos pelos alunos
desta escola gratuitamente.
Pág. 12 Momentos de poesia
O primeiro passo estava assim conquistado, o jornal foi bem
recebido por todos, foi então que nos deparamos com um novo
dilema: Como conseguir patrocínios e colaboradores para continuar?
Outra solução não tivemos que ir para a cidade com a primeira
Pág. 14 Como escolher um computador ?
edição debaixo do braço à procura de casas que quisessem fazer
publicidade no nosso jornal. A procura deu frutos, tivemos alguma
sorte, e em pouco tempo tínhamos já assegurada a nova tiragem.
Depois as coisas foram correndo de um modo mais ou menos
Pág. 15 Lei de bases - a base de uma
normal, é claro que apareciam sempre algumas contrariedades quer polémica
no tratamento gráfico, quer no momento em que íamos fotocopiar o
original.
A verdade é que ao longo destes quase 2 anos o IDEIAS cresceu,
timidamente, mas cresceu. E muito deve ao vosso apoio e
colaboração de forma directa e indirecta.
Mas agora que já parecia estável surgiu um novo desafio a que
não é alheia a sua nova imagem. Agora que já é impresso em
tipografia, factor que o aproxima mais do conceito de jornal a que
estamos habituados, necessita mais do que nunca da vossa
colaboração, dos vossos artigos, das vossas ideias e das vossas
críticas. Mas mais uma vez não poderíamos ter dado este passo sem CALT
HRO
a preciosa colaboração da Comissão Instaladora da nossa escola que
nos disponibilizou uma parte da verba necessária para a evolução. E BR
A
por isso não podíamos deixar de lhes prestar aqui o nosso sincero
agradecimento.
Luzia Valentim " s ue p ç "
O e sao
2. O Ideias ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Entrevista com...
... Alexandre Silva (Presidente do NEGE)
IDEIAS: O que te levou a elaboração de manuais escolares, opinião sobre
formar uma lista para concorrer ao recorrendo aos apontamentos dos isso?
NEGE? alunos, que depois de compilados A.S.: As
Alexandre Silva: Formei uma serão postos à disposição dos coisas não terão
lista porque o principal ideólogo do interessados na reprografia. O corrido da
NEGE, que no ano passado foi ideal seria que fossem os próprios melhor forma
cabeça de lista de uma das listas Professores de cada cadeira a no anterior
concorrentes, este ano não elaborar os manuais escolares, mas m a n d a t o
avançou, e como partilho os como nem todos estão de acordo, porque alguns elementos da lista
mesmos ideais, decidi avançar para temos de nos socorrer dos nossos talvez não se tenham apercebido
não deixar cair o projecto. E meios. Um outro objectivo do atempadamente que o núcleo lhes ia
também porque devido à actual NEGE é a organização dos exigir algum esforço a nível pessoal,
situação financeira do NEGE, currículos dos alunos finalistas do talvez tenham feito demasiados
ninguém lhe “quis pegar”. nosso curso, com o intuito de serem gastos e as coisas talvez tenham
Para formar a lista tive alguma enviados para as bases de dados do sido tratadas muito em cima da
dificuldade em conseguir pessoas, NERSANT, com o qual já foi hora, devido à falta de
por isso o resultado foi uma lista celebrado um acordo, para a CGD, planeamento e de visão.
heterogénea, em que não constam e para outras empresas a definir, no De resto ainda não analisei a
os “grandes nomes” do curso, no sentido de colocar os alunos nessas fundo o dossier do NEGE porque
entanto é um conjunto de pessoas empresas para a realização de me foi entregue há pouco tempo,
válidas, cheias de vontade de estágios. Basicamente os nossos mas posso adiantar que estamos
trabalhar. objectivos a concretizar são os que com uma dívida por saldar à AE no
acabo de referir. valor de 45 mil escudos, respeitante
IDEIAS: Quais os principais
Não fizemos um projecto a uma visita de estudo realizada
objectivos que gostarias de ver
grande e ambicioso, porque o que em que os patrocínios faltaram à
cumpridos pelo NEGE?
gostaríamos era juntar os alunos última hora. Mesmo assim o NEGE
A.S.: Estamos um pouco
nas tertúlias, fazer uma visita de conseguiu pagar logo 55 mil
condicionados por causa da AE,
estudo à CGD, organizar o jantar escudos.
visto que no programa eleitoral da
de curso. Se conseguirmos fazer Agora, quem sou eu para criticar a
lista vencedora, estava prevista a
isto já é uma vitória e o tempo que direcção anterior? Em meu
integração do NEGE num
nos resta será pouco, porque acima entender acho que fizeram o
departamento da AE. Por isso
de tudo somos estudantes e o melhor que sabiam e que puderam.
estamos à espera que esta se
interesse de cada um em concluir o Eu também posso não conseguir
estabeleça para nos organizarmos e
cursos deve ser respeitado. cumprir tudo o que prometemos, se
traçar o caminho que nos pemitirá
nos faltarem os recursos humanos/
atingir os nossos objectivos, que IDEIAS: Todos sabemos que
financeiros para isso.
serão vários dos quais posso no anterior mandato se notaram
destacar: as tertúlias académicas, a algumas deficiências. Qual é a tua IDEIAS: Qual é a situação
Ficha Técnica
O Jornal "O Ideias" é Endereço para contactos: Directora: Luzia Valentim
publicado nos meses de Jornal "O Ideias" - Escola Superior Redacção: José Luís Carvalho,
Janeiro, Março, Abril, Maio, de Gestão de Santarém Nuno Bernardo e
Junho, Novembro e Complexo Andaluz António Braçais
Dezembro com uma Apartado 295 Montagem: Rui Costa
tiragem de 300 exemplares. 2003 Santarém Codex Revisão: José Luís Carvalho
Pode ser fotocopiado Tel.:332121 Fax: 332152 Publicidade: Luzia Valentim e
paradistribuição gratuita. Rui Costa
Impressão: Tipografia Escolar
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3. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Janeiro/1997
actual do NEGE? No entanto o que eu gostaria era de salutar uma vez que contribui para
A.S.: Temos a dívida que atrás manter uma boa relação de um curso mais produtivo.
referi, por saldar, mas já existe uma cooperação, uma vez que vamos ser
IDEIAS: Como gostarias
maneira prática de a ultrapassar, integrados na estrutura da AE,
que fosse o NEGE no futuro? E o
desde a retenção dos lucros das mantendo a nossa autonomia, mas
que vais fazer para atingir essa
fotocópias dos manuais, da visita de não sei bem até que ponto. O
meta?
estudo que vamos fazer à CGD, desejável neste caso seria que
A.S.: Eu gostava de voltar
mas isto são coisas que vamos ter de ambos pudéssemos trabalhar sem
daqui a três ou quatro anos e de
discutir com a AE. haver atritos, que prejudicariam
ver um núcleo dinamizado, que
ambas as partes.
IDEIAS: Como desejarias interviesse nos assuntos internos,
que fossem as relações entre o IDEIAS: Como poderão os que contribuísse para a valorização
núcleo e a AE? alunos de GE, sempre que do curso. Em suma um núcleo
A.S.: O projecto definido para desejarem, intervir no NEGE? como uma força viva da escola.
os núcleos da lista que ganhou as A.S.: Os alunos de GE vão
IDEIAS: Qual é o projecto que
eleições é um pouco abstracto, por poder colaborar com o núcleo em
está actualmente em curso?
isso fiquei com algumas dúvidas todos os sentidos, para isso basta
A.S: Actualmente estamos a
sobre o que pretendem, mas confio contactar qualquer elemento do
preparar uma conferência no
que depois da reunião com eles tudo NEGE. Todos são bem vindos e
auditório. É tudo quanto posso
ficará mais claro. E só nessa altura quanto mais gente nos ajudar
adiantar.
te posso esclarecer sobre as relações melhor. A meu ver a participação
entre o NEGE e a AE. de todos na vida académica, é de
“O IDEIAS”
Além de sermos um importante veículo de comunicação interna que
prima pela divulgação, pelo debate e pela reflexão, somos também o rosto
desta escola e a prova daquilo que os estudantes conseguem fazer, mesmo sem
as condições mais adequadas.
Estamos a expandir a área de cobertura do jornal para fora da escola, nomeadamente
para as empresas da região, para outras escolas e para os órgãos de comunicação social. Seremos a imagem de
marca da ESGS.
PROCURAMOS PARA ADMISSÃO IMEDIATA COLABORADORES
Perfil Requerido
• Ser estudante (e não somente aluno);
• Elevado sentido de responsabilidade;
• Gosto pela escrita;
• Com ou sem experiência;
Oferece-se
• Formação específica;
• Integração em equipa jovem e dinâmica;
• Valorização pessoal;
Contactar: Luzia Valentim, Rui Costa, José Luís Carvalho ou deixar recado
(por escrito, de preferência) na Associação de Estudantes.
3
4. O Ideias ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Angelina Reis Brilhante no Corta Mato Universitário
Angelina Reis e Valter Jerónimo frente da mesma nas primeiras voltas,
estiveram presentes no passado dia mas veio depois a quebrar nas últimas
1 d e D e z e m b r o n o Campeonato duas voltas, acabando por ser o 18º da
Nacional Universitário de Corta Mato geral e 13º universitário.
em representação da Escola Superior
Gestão de Santarém.
O Campeonato Nacional Universitário de Classificações
Corta Mato realizou-se num excelente
percurso na Quinta do Calhau, em Monsanto Masculinos: (9 000 metros) - 1º, João
e contou com grandes valores nacionais. Junqueira (Maratona C.P.), 26.04; 2º, Vítor
Na prova feminina, Fernanda Marques Almeida (Sporting C.P.), 26.08; 3º, Alfredo
isolou-se cedo terminando com uma boa Brás (Maratona C.P.), 26.19; 4º, Alberto
vantagem sobre as suas mais directas adversárias. Na Chaiça (Maratona C.P.), 26.53; 5º, Amândio Frias (FMH),
recta final, Carla Sacramento ultrapassou Ana Dias. 27.10 (1º universitário); 6º Ezequiel Canário
Angelina Reis com uma prova de grande nível terminou (Conforlimpa), 27.55; 7º, Pedro Branco (U. Minho), 28.09
num espectacular quinto lugar e foi a terceira Universitária. (2º univ.); 8º, João Jaques (U. Trás os Montes), 28.26 (3º
No sector masculino, a competitividade foi maior univ.); ... 18º, Valter Jerónimo (ESGS), 31.29 (13º univ.).
e mais emocionante, com alternâncias sucessivas no
comando, evidenciando-se Ezequiel Canário, que depois Femininos: (4 500 metros) - 1ª, Fernanda Marques
quebrou, e Alfredo Brás, que esteve sempre na frente a (Maratona C. Maia), 15.02; 2ª, Carla Sacramento
espicaçar o ritmo da prova. E à entrada para a última volta (Maratona C. Maia), 15.14; 3ª, Ana Dias (Sporting C. P. -
apareceu isolado... convencido de que estaria a entrar na U. Alg.), 15.18 (1ª universitária); 4ª, Anália Rosa (IJP),
meta ! Acabou por ser ultrapassado por João Junqueira (o 15.59 (2ª univ.); 5ª, Angelina Reis (ESGS), 17.00 (3ª univ.).
grande vencedor) e por Vítor Almeida. Quanto a Valter Valter Jerónimo
Jerónimo fez uma boa prova acompanhando o ritmo da
AVENTURAS E DESVENTURAS DE UM
RADIOFONISTA NA RÁDIO GEST
“Boa tarde, caros ouvintes, vão ficar com uma colunas e amplificadores não estão regulados de
hora de boa música e disposição, com o programa maneira que se possa perceber num volume moderado.
Horagá, na Rádio Gest”. Talvez devido a isso e ao desconhecimento de
Assim se inicia o nosso programa Horagá na Rádio muita gente da existência de uma rádio, com programas
Gest, programa este que tem como objectivo levar a elaborados, na nossa Escola, a receptividade aos nossos
todos os frequentadores desta Escola, música actual e as apelos não seja a mais satisfatória. Por isso e através
notícias em foco. Para conseguirmos cumprir este deste outro meio de comunicação, gostaríamos de pedir
objectivo, a Rádio Gest põe ao nosso dispor material de que dêem um pouco mais de atenção aos “ruídos” que
elevado nível técnico, o que faz com que nós, meros saem das colunas que enfeitam o bar, e que respondam
amadores nestas coisas da rádio, nos sintamos como os aos nossos apelos, porque nós queremos que o programa
profissionais, que entre quatro paredes forradas a Horagá , e os outros, não sirvam apenas para a diversão
cortiça levam a todos o divertimento e a boa disposição. de quem os faz (e podem crer que é muita), mas também
Para estas condições técnicas que nos são postas à para a de todos os ouvintes.
disposição, deixamos uma salva de palmas. “Espero que tenham gostado do programa Horagá,
Até aqui tudo é bom, mas passando a porta que nos fiquem com esta última música, nós voltamos Quarta-
isola dos ouvintes, as nossas caras começam a perder os Feira das 11 às 12 horas. Tchau.”
traços de profissionais, pois apercebemo-nos de que Os Radiofonistas Rui Pedro Marques e Ricardo
estivemos a contribuir para a poluição sonora que existe José L. Miguel
no bar da E.S.G.S. Poluição esta que não se deve ao
facto de o nosso programa ser mau, mas sim porque as
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5. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Janeiro/1997
Escola Superior de Gestão de Santarém
Instituto Politécnico de Santarém
VENCER O DESAFIO
DESAFIAR O FUTURO
CURSOS DE BACHARELATO
[ GESTÃO DE EMPRESAS (Portaria nº. 317-B/86, de 24/6)
[ INFORMÁTICA DE GESTÃO (Portaria nº. 438/89, de 15/6)
[ GESTÃO AUTÁRQUICA (Portaria nº. 1052/93, de 19/10)
[ MARKETING (Portaria nº. 1351/95, de 14/11)
CURSOS DE ESTUDOS SUPERIORES ESPECIALIZADOS
[ MARKETING E CONSUMO (Portaria nº. 351/90, de 8/5)
[ GESTÃO DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS (Portaria nº. 152/91, de 20/2)
[ INFORMÁTICA E GESTÃO (Portaria nº. 715/94, de 9/8)
[ GESTÃO FINANCEIRA (Aguarda aprovação ministerial)
[ GESTÃO AUTÁRQUICA E REGIONAL (Aguarda aprovação ministerial)
COMPLEXO ANDALUZ - APARTADO 295
2003 SANTARÉM CODEX
Telef. (043) 33 21 21 Fax (043) 33 21 52
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6. O Ideias ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ciúme mata Desenhador
O leitor olha - Bem entendido que não desejaria a ninguém que
para o corpo do isto acontecesse, mas o Gregory era um homem sem
conhecido artista de escrúpulos e andava a fazer propostas à minha mulher.
publicidade, Richard Inclusivamente chegámos a trocar algumas palavras
Gregory, caído sobre o um pouco exaltadas sobre o assunto. Mas porque seria
estirador, no estúdio de sua que um desenhador com tanto êxito como ele se quereria
casa. Tem o rosto meio matar? Isso é o que eu não percebo. Beverly Logan, a
escondido, deixando ver viúva da vítima, diz então:
apenas o lado direito e o - Sei muito bem o tipo de homem que era Richard.
buraco de uma bala na têmpora. Tive de passar por cima de muitas coisas que ele fez em
Segura ainda um arma na mão dez anos de casamento. Também tinha notado que ele
direita e os seus olhos prendem-se no andava interessado em Jane, mas tinha a certeza de que
relógio, com pulseira de ouro flexível, marcando 16 horas isso passaria, como lhe acontecera já muitas vezes.
e 45 minutos. O braço da vítima encontra-se estendido Recentemente confessou-me ter sofrido algumas perdas
sobre uma ilustração inacabada, em cima do estirador, e financeiras nos investimentos que fizera, mas não havia
tem os dedos da mão esquerda presos ao rebordo dessa motivo para julgar que ele se encontrava tão apertado
ilustração, cheia de tinta. em questões de dinheiro, e se matasse por isso.
- É uma coisa horrível - exclama a jovem e bonita Jane - Como pode falar com essa calma sobre o assunto?
Logan, secretária da vítima e uma das três pessoas que - exclama Jane. - Sei que você não gostava dele!... Nesta
estavam em casa no momento da tragédia. - Era uma altura o leitor interrompe a conversa:
pessoa tão boa e compreensiva... O melhor dos patrões. Eu - Por aquilo que vi, não me parece que Richard se
estava a escrever à máquina na secretária, ali ao canto. tenha suicidado. Estou certo de que se trata de um
Depois fui à cozinha beber água, e foi nessa altura que ouvi crime. E fixa o olhar no suspeito.
o tiro. Que motivos o levam a suspeitar de crime, e quem é
- Confesso desde já que não tenho muita simpatia pelo o suspeito.
homem - disse Tom Logan, o marido de Jane.
Estatuto de Estudante
• O estudante estuda. observações com objectivos construtivos salientando
• O estudante se não está a estudar os seus defeitos;
está a raciocinar. • O estudante não copia, recolhe dados;
• O estudante não chega tarde, • O estudante não reprova, renova a sua experiência;
atrasa-se por motivos de força maior; • O estudante não se porta mal, o conceito de
• O estudante não se deixa dormir, comportamento é que difere.
o despertador é que não toca; • O estudante não mente, apresenta a verdade sob
• O estudante nunca falta às aulas, outro ponto de vista
não comparece por motivos de força • O estudante não vive, sobrevive;
maior; • O estudante não bebe, saboreia;
• O estudante não é posto na rua, é • O estudante não conversa nas aulas, troca
necessária a sua presença noutro local; impressões;
• O estudante não se mete em problemas, estes é que • O estudante não dorme, descansa o cérebro;
vão ao seu encontro; • O estudante não chateia o professor, apenas discorda
• O estudante não destrói o material escolar, este é que bastantes vezes.
se deteriora; • O estudante não suja a escola, esta é que não se
• O estudante não conspira contra o professor, este é encontra nas devidas condições de limpeza;
que tem o complexo da conspiração; • O estudante sabe sempre tudo, padece é de uma
• O estudante não diz mal do professor, faz doença chamada amnésia temporária;
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7. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Janeiro/1997
O Estudante Cozinheiro
Bacalhau com natas
Ingredientes:
4 boas postas de bacalhau (seco/salgado)
2 cebolas médias
(para 8 pessoas) O
homem
que foi parar
ao manicómio,
?
1 Kg de batatas cortadas em jardineira conta porquê.
¼ Lt de natas
Eu casei-me com uma
4 claras levantadas em castelo viúva jovem que tinha uma filha.
7,5 dl de leite
Depois da morte da minha mãe o
60 g de farinha
meu pai enamorou-se da minha
60 g de manteiga enteada e casou com ela. Disto resultou
sal, pimenta, noz moscada e azeite, quanto baste que a minha mulher ficou sendo sogra de meu pai que
Confecção: já era seu sogro.
Eu tornei-me padrasto do meu pai e a minha
Depois de bem demolhadas, as postas de bacalhau
enteada a filha da minha mulher fez-se minha madrasta.
são cozidas e depois escolhidas de peles e espinhas.
Depois, esta teve um filho e este, claro está, era meu
Corta-se a cebola em meias luas e vai a refogar num tacho
irmão porque era filho de meu pai, mas também era
com um pouco de azeite.
meu neto, porque era filho da filha da minha mulher.
Quando a cebola estiver refogada, sem alourar,
Isto fez com que eu ficasse simultaneamente, avô do
junta-se o bacalhau e as batatas, que previamente foram
meu irmão. A seguir a minha mulher teve também um
fritas. Faz-se um molho branco com margarina, o leite e
filho que era irmão da minha sogra e também seu neto
a farinha, junta-se no tacho assim como, as natas, as
porque ele era filho do filho de seu marido.
claras em castelo e mexe-se bem, temperando-se com sal,
Este nascimento originou uma trapalhada completa:
noz moscada e pimenta. Põe-se num pirex ou assadeira,
o meu pai tornou-se cunhado do meu filho, porque a
alisa-se com uma espátula; salpica-se com uns
irmã do mesmo é sua mulher, eu fiquei irmão do meu
bocadinhos muito pequenos de margarina e vai a corar
próprio filho e filho da minha avó. Sou cunhado da
no forno forte.
minha madrasta e a minha mulher é tia do seu próprio
Carla Sofia Antunes Pereira filho e este, sobrinho de meu pai; do que resultou eu
2ª ano de Marketing tornar-me avô de mim mesmo.
“O IDEIAS”
Além de sermos um importante veículo de comunicação interna que
prima pela divulgação, pelo debate e pela reflexão, somos também o rosto
desta escola e a prova daquilo que os estudantes conseguem fazer, mesmo sem
as condições mais adequadas.
Estamos a expandir a área de cobertura do jornal para fora da escola, nomeadamente
para as empresas da região, para outras escolas e para os órgãos de comunicação social. Seremos a imagem de
marca da ESGS.
PROCURAMOS PARA ADMISSÃO IMEDIATA COLABORADORES
Perfil Requerido Oferece-se
• Ser estudante (e não somente aluno); • Formação específica;
• Elevado sentido de responsabilidade; • Integração em equipa jovem e dinâmica;
• Gosto pela escrita; • Valorização pessoal;
• Com ou sem experiência;
Contactar: Luzia Valentim, Rui Costa, José Luís Carvalho ou deixar recado
(por escrito, de preferência) na Associação de Estudantes.
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8. O Ideias ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
MOEDA ÚNICA: SIM OU NÃO?
Quando a moeda única saltou portuguesas estiverem preparadas desaparecimento da taxa de câmbio
para as páginas dos jornais e para a para fazer face à concorrência. e constitui o principal receio dos
boca dos políticos pouca gente Por sua vez as empresas empresários na medida em que não
acreditava na possibilidade da sua portuguesas só conseguirão fazer se poderá mais recorrer à
concretização. Para a maioria das face à concorrência se se tornarem desvalorização da moeda para
pessoas isso não passava de uma mais produtivas, se abandonarem incentivar o incremento das nossas
utopia. Nessa altura ninguém os tradicionais sistemas de exportações (no fundo é o que tem
discutia as consequências eco- produção, se encaminharem pela vindo a acontecer nos últimos anos
nómicas que o antecessor do euro via da inovação tecnológica, se com a chamada política do escudo
(o ecu) poderia trazer ao País optarem (muitas delas) pela forte), por isso, são de prever
porque simplesmente ninguém internacionalização, se apostarem dificuldades acrescidas para os
acreditava nesta profecia. em técnicos altamente qualificados sectores da economia que
Actualmente acontece exacta- e fundamentalmente se souberem tradicionalmente beneficiavam com
mente o contrário: até os mais tirar proveito da penetração nos as desvalorizações da nossa moeda,
cépticos já falam nas vantagens e mercados dos PALOP’s e do Brasil. nomeadamente empresas do sector
nas desvantagens da moeda única Ao contrário do que pensa a têxtil e do calçado.
de tal forma que implicitamente generalidade dos responsáveis Prevê-se também que a moeda
admitem que ela será uma políticos, e não só, o sucesso única concorra para uma baixa na
realidade mais cedo ou mais tarde. económico do nosso país não passa taxa de inflação e espera-se que
Mas o mais interessante no meio fundamentalmente pela Europa, influencie uma baixa nas taxas de
disto tudo é a interpretação que mas sim por África e pela América juro. Com as taxas de juro a
cada economista faz dos factos que do Sul. A Europa é apenas o espaço baixarem o investimento tenderá a
nos poderão levar à moeda única. geográfico em que Portugal se situa aumentar, o que proporciona a
Por exemplo, a eliminação das e a União Europeia é um parceiro criação de novos postos de
taxas de câmbio é para os nas nossas trocas comerciais (que, trabalho. No entanto nós sabemos
europeístas uma vantagem que por acaso (?) se encontram que existe uma relação inversa
advém da moeda única porque tal fortemente concentradas). Desta entre a inflação e o desemprego (o
facto trará, entre outras forma a União Europeia deve chamado trade-off). Assim, se por
consequências positivas, uma maior passar a ser não apenas um um lado podemos estar na
estabilidade ao nível da formação parceiro, mas também um meio expectativa de ver diminuir o
de preços, no entanto, para os para obter novos parceiros. desemprego em virtude do
eurocépticos o fim das taxas de Seria bom que quem de direito, aumento do investimento, por
câmbio acaba por se traduzir numa notasse que no século XVII o ouro outro lado também são legítimos os
desvantagem na medida em que vinha do Brasil, actualmente as receios daqueles que em virtude
desta forma desaparecerá um minas são procuradas na Ásia, mas duma taxa de inflação mais baixa
importante instrumento da política no próximo século as naus prevêem um possível aumento do
financeira. navegarão em direcção a África. E desemprego.
Mas o que interessa ao cidadão seria bom também que quando os De facto o simples aumento do
comum é saber se quando deixar de outros se virassem para o investimento não constitui uma
receber o seu salário em escudos e o Continente Africano nós já lá garantia segura para o combate ao
passar a receber em euros terá o estivéssemos. Enquanto andarmos desemprego. Se não houver um
mesmo poder de compra que antes a reboque da Europa as vantagens aumento da produtividade e da
ou não. E aqui entramos num e as desvantagens da moeda única competitividade nos países mais
capítulo da ciência económica serão sempre as mesmas, pelo pobres os salários também não
extremamente complexo que é o da contrário quando nos anteci- podem aumentar, pelo que não
competitividade empresarial. parmos à Europa as vantagens haverá um alargamento dos
De facto aquilo que é fre- podem ser maximizadas e as mercados nacionais desses países e
quentemente apontado de forma desvantagens podem ser consequentemente os empresários
abstracta como vantagem da minimizadas. europeus não vão investir nessas
moeda única só se efectivará em A principal consequência da regiões. Desta forma quando se diz
vantagem se as empresas moeda única e que já aqui referi é o que a moeda única incentiva os
8
9. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Janeiro/1997
investimentos é preciso notar que menos em comparação com a mesmo pelos europeístas, que os
estes podem centralizar-se num região mais rica, seja cada vez mais critérios de convergência podem
pequeno número de regiões, que pobre. Ora com a moeda única levar a Europa a um clima
serão, obviamente, as mais ricas, o assistimos a um reforço da recessivo. Note-se que a Alemanha
que teria como consequência o integração económica, pelo que se registou um défice orçamental de
aumento do desemprego nas não houver uma melhoria da 3,6% do PIB em 1995,
regiões mais pobres. produtividade e da competitividade ultrapassando assim os 3%
Note-se aliás que um dos no nosso país as dificuldades não se estabelecidos.
maiores receios inerentes à União farão esperar. Isto porque, em Mas seja como fôr, o caminho da
Económica e Monetária é a virtude da falta de investimentos, o moeda única está traçado; resta
possibilidade das assimetrias padrão de especialização da nossa apenas a cada um de nós dar o
regionais virem a aumentar dentro economia pode estagnar ou pode nosso contributo, nomeadamente
do espaço comunitário. Os verificar-se um acentuar de no nosso local de trabalho, para
economistas sabem que a inte- especialização da mesma em tornarmos as empresas
gração económica de uma região actividades do tipo tradicional que portuguesas mais competitivas e
pobre com uma região rica pode são menos competitivas. mais produtivas.
fazer com que a região pobre, pelo Por outro lado é também aceite,
Vantagens Desvantagens
Desaparecimento dos riscos cambiais inerentes às Adopção duma política económica restritiva a curto
relações comerciais intracomunitárias. prazo que terá influências negativas ao nível do
Maior estabilidade na formação dos preços, uma vez emprego e da evolução económica.
que os bens e serviços passarão todos a ser pagos em O fim da taxa de câmbio na medida em que com o seu
euros e porque as taxas de câmbio ao serem abolidas desaparecimento desaparece também um
deixam de influenciar o custo dos mesmos. instrumento de política monetária.
Eliminação de comissões e de custos associados às Perda de autonomia ao nível da política monetária.
transferências bancárias. Custos monetários muito elevados, para os estados-
A estabilidade dos preços influenciará uma baixa na membros e também para as empresas ao nível da
taxa de inflação. formação e da substituição de máquinas
Na sequência de tudo isto as taxas de juro tenderão registadoras, programas de contabilidade, etc.
também a baixar e o investimento deverá aumentar. Possibilidade de haver uma deslocação geográfica
As empresas nacionais terão mais facilidade no das empresas dentro da União Europeia para regiões
acesso ao crédito externo devido à inexistência de mais atractivas e o consequente aumento das
riscos cambiais. assimetrias regionais.
Critérios de Convergência
1. O défice orçamental não pode ultrapassar os 3% do 4. As taxas de juro a longo prazo não poderão ser
Produto Interno Bruto (PIB). superiores em mais de 2% às dos 3 países com
2. A dívida pública não pode ser superior a 60% do menores taxas de inflação.
valor do PIB. 5. Mecanismo das taxas de câmbio (a moeda do
3. A taxa de inflação não poderá ultrapassar a média respectivo país terá que pertencer ao SME).
das 3 taxas de inflação mais baixas em mais de 1,5%. José Luís Carvalho
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10. O Ideias ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ideias de
“O Ideias” como instrumento têm capacidade para influenciar a Comunicação e Relações com o
da política de Relações Públicas política de relações públicas. Entre Exterior a que se refere o artigo 55.º
da ESGS. os vários instrumentos de relações dos Estatutos da nossa escola. No
públicas que podemos utilizar para entanto, na definição da política de
Tal como a religião católica se estabelecer a ligação entre a escola relações públicas devem participar
consubstancia na Santa Trindade (o e o tecido empresarial e para todos os interessados, nomeada-
Pai, o Filho e o Espírito Santo) promover a imagem da escola está mente os estudantes.
também as organizações do século precisamente o nosso jornal. Há, seja como for, dois pilares em
XXI vão ter a sua Santa Trindade Os primeiros passos que “O que assentam as relações públicas e
que será constituída pela facilidade Ideias” deu foram difíceis. Isto que é necessário que toda a gente
de adaptação às novas tecnologias, justifica-se pela falta de experiência nesta escola os perceba sob pena
os recursos humanos e as relações da equipa e pelo facto de muitos de se estar a prejudicar esta
públicas. Entre as organizações que estudantes na altura estarem organização:
têm que perceber esta realidade acomodados à realidade duma 1.º As relações públicas são uma
estão as Câmaras Municipais, as escola sem um jornal que técnica de comunicação que visa
empresas públicas e privadas e, fomentasse o debate, a crítica, a estabelecer um contacto pessoal ou
como não podia deixar de ser, as reflexão e a comunicação interna. impessoal, entre a escola e a
escolas, nomeadamente as escolas No entanto “O Ideias” não tem comunidade com o intuito de criar
superiores. parado de crescer, tanto em termos um clima de harmonia através desse
Estando nós inscritos numa quantitativos como em termos contacto.
escola, que além de ser uma escola qualitativos. Nos dias de hoje e 2.º Um sistema de compor-
é uma escola superior e que além face à nova realidade académica tamento humano, na medida em
de ser uma escola superior é decidimos alargar o segmento alvo que todos quantos trabalham ou
u m a escola de gestão seria uma do jornal e oferecer os nossos estudam na escola devem praticar
vergonha não tentar compreender serviços não apenas aos estudantes, relações públicas, o que de certa
esta Santa Trindade nem tão pouco aos professores e aos funcionários forma leva a que a política de
trabalhar com base na realidade que como também aos órgãos directivos relações públicas tenha que estar
o século XXI inevitavelmente nos da escola. Queremos ajudar a de harmonia com a política de
vai trazer. definir a política de relações marketing.
Numa escola como a nossa, públicas da nossa escola e é Por outro lado as relações
integrada num sistema educativo precisamente por isso que este públicas dividem-se em dois níveis:
como o nosso, por sua vez integrado jornal vai passar a ser distribuído o nível interno e o nível externo.
numa política de educação incoe- não apenas aqui na escola, mas A nível interno as pessoas
rente, sem objectivos precisos, onde também noutras escolas, nas responsáveis pela implementação
reina uma certa confusão gerada Câmaras Municipais, em empresas da política de relações públicas
por contestações que ganham em da região, aos ex-estudantes e a devem procurar levar a cabo as
forma o que perdem em conteúdo, outros órgãos de comunicação seguintes acções:
pouco podem fazer os estudantes social. • Elaborar um código de
no que se refere às vertentes dos conduta de relações públicas que
recursos humanos e das novas deve ser amplamente divulgado
tecnologias, uma vez que, estas junto de todos quantos à escola
duas componentes dependem mais Pontos de Partida para a estão ligados, no sentido de
dos órgãos directivos da escola definição da nossa Política consciencializar as pessoas da
onde os estudantes não têm de Relações Públicas importância individual nas
representação ou onde a sua comunicações com o exterior.
representação é de menor impor- Em primeiro lugar eu gostaria • Promover mecanismos de
tância. Mas o mesmo já não se pode de salientar que a responsabilidade incentivo que motivem os profes-
dizer no que se refere às relações máxima pela definição e implemen- sores, os estudantes e os
públicas. De facto esta componente tação da política de relações funcionários a agir em
da Santa Trindade é aquela em que públicas da nossa escola não deve conformidade com a
os estudantes podem assumir um pertencer a nenhum órgão de política de relações
maior protagonismo, uma vez que gestão, mas sim ao Gabinete de
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11. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Janeiro/1997
" Iea”
O dis
públicas, nomeadamente incutindo empresas que a nossa escola pode deve centrar as suas forças em dois
o orgulho de pertencer a esta fornecer-lhes recursos humanos eixos coordenadores: a engenharia
organização e atribuindo prémios qualificados com determinadas do produto e as relações públicas.
aos melhores relações públicas. características. A engenharia do produto
• Informar todo o corpo • Promover uma maior substancia-se na preocupação de
académico da política de relações abertura da escola à comunidade todos em contribuir para um ensino
públicas definida. através da realização de feiras do de qualidade através da inovação.
• Promover o brainstorming. livro, de exposições, de ciclos de Por sua vez as relações públicas
• Realizar inquéritos periódicos conferência, de visitas de estudo, da substanciam-se na projecção duma
à comunidade envolvente no divulgação de estudos e trabalhos “imagem” favorável perante a
sentido de apurar até que ponto a elaborados por professores e alunos. comunidade. De facto não vale a
implementação da política de • Organizar Campanhas de pena termos um ensino de
relações públicas está a Publicidade. qualidade se as empresas não
corresponder no plano prático ao • Promover a integração de souberem isso, nem vale a pena
plano teórico e divulgar Ex-estudantes no mercado de projectar a imagem dum ensino de
internamente as conclusões do trabalho. qualidade se isso não corresponder
inquérito conjuntamente com as • Realizar intercâmbios com à realidade.
sugestões a serem seguidas pela outras escolas. É, pois com base nesta ideia que
escola no sentido de se eliminarem todos nós, devemos trabalhar.
• Facultar toda a informação
os desvios, se os houver. “O Ideias” ao tomar a iniciativa
pedida por entidades externas,
• A nível externo as acções a de alargar o seu segmento-alvo
nomeadamente pelos órgãos de
levar a cabo serão as seguintes: acabou por se transformar num
comunicação social, o que implica
poderoso instrumento de Relações
• Incutir na mente do cidadão uma actualização permanente de
Públicas ao serviço da Escola e da
comum que a nossa escola é ficheiros.
Comunidade. Esperemos que seja
absolutamente indispensável ao • Incentivar e apoiar inicia-
desenvolvimento regional e ao bem explorado.
tivas que se enquadrem nos termos
desenvolvimento da Economia descritos, nomeadamente quando José Luís Carvalho
nacional. estas partem dos estudantes.
• Chamar à atenção das Conclui-se pois que a Escola
Próxima Edição:
Entrevista com o novo Presidente da Associação de Estudantes
Construções à Portuguesa - Residências quase novas já têm fugas de gás
Eleições para o Conselho Directivo - Já existe uma lista candidata
Conheça a constituição de todos os Núcleos de Estudantes
O novo equipamento informátido já chegou - Quais as alterações e que melhorias ?
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