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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO: EDUCAÇÃO ESPECIAL NOTURNO
DISCIPLINA: PROCESSOS INVESTIGATIVOS EM EDUCAÇÃO
PROFESSSORA RESPONSÁVEL: Dra. ELENA MARIA MALLMANN ADE - PPGE - MTER
1° SEMESTRE
LÍGIA PRISCILA SOARES LOPES
SANTA MARIA
2015
Imagens visuais como recursos
pedagógicos na educação de uma
adolescente surda: um estudo de caso
Clarisse Alabarce Nery2
Cecília Guarnieri Batista
FCM - Universidade Estadual de Campinas
O presente trabalho foi elaborado com o objetivo mostrar recursos pedagógicos e metodologias
utilizando se de imagens a para aprendizagem de crianças surdas em sala de aula regulares.
 No presente estudo, essa proposta foi testada com uma jovem surda, visando observar possíveis
contribuições, no processo de aprendizagem, durante os atendimentos em pedagogia, que constitui
parte das atividades de que ela participa em clinica- escola especializada. Foram utilizadas três
sessões pedagógicas, com utilização sistemática de representações visuais indicaram o
desenvolvimento de prática discursiva com diálogos extensos, abordando elementos descritivos e
estabelecendo relações e inferências entre assuntos proposto. O estudo confirmou achados
anteriores sobre o efeito facilitador de imagens visual na educação do surdo e trouxe a discussão
sobre as dificuldades de inclusão social dos jovens surdos.
 Ao falar em educação inclusiva tem- se que vislumbrar o âmbito que abrange tal proposta para uma
política educacional. Este processo visa não só a integração social, mas tem uma dimensão bem
maios, objetivando um movimento que transforme concepções sobre diversidade humana e a
participação das pessoas, com deficiência ou não, em uma sociedade em que todos sejam de fato
cidadãos. Este processo tem dimensões políticas, sociais, educacionais, filosóficas que devem
atender às diferenças de todas as pessoas.
 A pedagogia da inclusão propõe um processo de aprendizagem cooperativo, que respeita aos
diferentes estilos de aprender a singularidade dos aprendizes, reconhece os diferentes ritmos,
interesses, desejos e concepções de mundo. Portanto, a pedagogia inclusiva não pretende a
correção do sujeito, mas a manifestação do potencial, comtemplando as necessidades de todos os
alunos.
 Além do conhecimento formal, a inclusão possibilita o desenvolvimento do potencial humano, nas
interações socais com adultos pode correr o aprendizado de regras, normas , valores, que
proporcionam experiências que serão transpostas para a vida cotidiana. Nesta relação, pode- se
criar também o espaço da interlocução, da enunciação e do diálogo que favorecerá a significação
do sujeito, levando o aluno a construir relações com seus parceiros por meio de brincadeiras e
múltiplas atividades cooperativas e competitivas, podendo conquistar amigos, desenvolver
habilidades sociais, aumentar a capacidade de controle pessoal, gerar condições para que o sujeito
se signifique como autor de sua própria história.
 Padilha (2001) considera que a pessoa com deficiência deve ser pensada em sua integridade, que
ela não é “deficiência” o tempo todo; ela afirma que ela precisa vivenciar situações significativas,
expandir possibilidades e diminuir suas limitações, constituir- se como sujeito simbólico, ou seja
sujeito de prática discursivas criando e interpretando signos, dando- se perceber e a conhecer não
mais pelas incapacidades, mas pelas suas condições de funcionamento cognitivo, na e pela
linguagem, com o outro, no processo dialógico.
 No que se refere à surdez, as propostas recentes reconhece a Língua de Sinais como a língua do
surdo, a ser adotada preferencialmente desde o berço. Essa concepção contrapõe- se à ênfase
anterior no treino da fala e leitura labial, que passa a ser vista como recurso comunicativo adicional,
considerando- se que aquisição da Língua de Sinais permite e possibilita a constituição do surdo
enquanto sujeito que pensa, sente e expressa.
 Para o autor, uma das formas para o surdo ter essa aquisição é aprendizagem da Língua de Sinais e quanto
mais cedo criança for colocada em contato com elas, mais fluência ela terá na comunicação. O autor diz que
“ as pessoas profundamente surdas não mostram em absoluto nenhuma inclinação nata para falar. Falar é
uma habilidade que tem de ser ensinada a elas, e constitui um trabalho de anos. Por outro lado, elas
demonstram uma inclinação imediata e acentuada para a Língua de Sinais que, sendo uma língua visual, é
para essas pessoas totalmente acessível. Ela afirma que na medida em que a criança faz a aquisição da
Língua de Sinais, ela vai desenvolvendo o livre intercurso de pensamento, o fluxo de informação, o
aprendizado da leitura e escrita e , talvez a fala.
 Assim, com a Língua de Sinais, o surdo constitui- se enquanto sujeito, ao desenvolver a linguagem
e o pensamento, interagindo e identificando-se como ser social, e histórico, apresentando condições
de aprender, construir e reconstruir o conhecimento na interação com o objeto a ser conhecido;
além disso, ela é “adquirida pelos surdos com naturalidade e rapidez possibilitando o acesso a uma
linguagem que permite uma comunicação eficiente e completa como aquela desenvolvida pelos
sujeitos ouvintes, permitindo o surdo um desenvolvimento cognitivo e social muito mais adequado e
compatível com sua idade.”
 Segundo a autora, “É fundamental que a condição linguística do sujeito surdo seja comtemplada, se
pretende que ele apreenda conteúdos e desenvolva conhecimentos. Todavia, se a escola não faz
concessões metodológicas e curriculares”... às suas necessidades... “ sua escolaridade deixa a
desejar”.
 O uso de material predominante visual na educação de crianças surdas é discutido por Reily (2003),
a partir de sua experiência de ensino e pesquisa em arte- educação. A autora afirma que “ crianças
surdas em contato inicial com a Língua de Sinais necessitam de referências da língua visual com as
quais tenham possibilidade de interagir, para construir significado” (p.16); ela adota uma
abordagem sociocultural, que coloca o homem como um ser social, cuja relações com o mundo,
com o outro e consigo mesmo são mediadas por sistemas signos; nesse sentido, é importante o
uso de representações visuais como estratégia de ensino numa proposta pedagógica inclusiva, pois
ela favorecerá apropriação de significados pela criança, vem como possibilita a representação
mental de experiências.
 O trabalho descrito acima demonstra que as crianças surdas podem ser favorecidas em sua
aprendizagem pelo uso de materiais visuais como estratégia de ensino, e sugere a pergunta sobre a
possibilidade de utilização desses recursos para alunos ainda mais velhos, especialmente os que
apresentam outros problemas de aprendizagem e/ou de relacionamento social. Em nosso país, os
estudos sobre educação de surdos estão centrados nos alunos que estão nas primeiras séries do
Ensino Fundamental, ou nos pré - escolares.
Métodos Aplicados
 O atendimento pedagógico individual, parte das atividades na clínica – escola, ocorre uma vez por semana, com duração e duas
horas. Envolve a realização de atividades de leitura, escrita e raciocínio lógico, numa proposta contextualizada em relação aos
interesses e referências da jovem. Os diálogos são na Língua de Sinais, e ela tem certo domínio da leitura labial.
 Além dessas atividades, a jovem e sua mãe recebem aulas particulares de Língua de Sinais Brasileira(LIBRAS) uma vez por
semana em sua casa .
 Quadro de atividades
Resumo da atividade Duração de cada
atividade
Quantidade de imagens
visuais Apresentadas
SESSÃO 1
1. Observação de gravuras
2. Desenhos de animais
3. Associação de metáforas
4. Produção de textos
35 min
10 min
15 min
1h
4
4
17
1
SESSÃO 2
1. Ver imagens das fotos do livro “Um dia daqueles”.
2. Leitura e identificação de semelhanças e diferenças de animais
1 h30 min
30 min
92
5
SESSÃO 3
1. Observação das fotos selecionadas do livro “ Um dia daqueles”.
2. Pintura de animais, objetos ou pessoas.
3. Produção de texto.
1h10 min
35 min
15 min
6
4
2
Conclusão
 Observou-se o desenvolvimento de uma prática discursiva com diálogos extensos, abordando
elementos descritivos e estabelecendo relações e inferências entre assuntos propostos. A jovem
apresentou nível de atenção e de participação maior que a habitual, com elaboração dos temas
propostos e capacidade de compreensão em níveis diferentes de complexidade, o que esteve
associado às atividades com uso intensivo de imagens visuais.Para uma jovem que tinha
dificuldade de manter um diálogo, uma experiência discursiva, ela mostrou mudanças significativas.
 O trabalho de Reily (2003), utilizando a imagem visual como recurso pedagógico, constituiu- se em
ponto de partida para o presente trabalho, na medida que despertou o desafio de realiza-lo com
pessoas surdas com mais idade, diferentes das que participaram da proposta inicial. A ideia se
mostrou fecunda. Selecionando - se imagens e atividades apropriadas à idade e nível de
conhecimento da jovem, foi possível estabelecer interações mais ricas que as habitualmente
desenvolvidas sem uso intensivo desse recurso.
 O uso de imagens visuais parece representar um recurso bastante significativo para o aluno surdo,
além de pedagógico , possibilitando um desenvolvimento cognitivo mais significativo, viabilizando
criação de um contexto inclusivo mais adequado às suas necessidades, oferecendo uma forma
visual de acesso o conhecimento e uma alternativa para que a comunicação do surdo, de fato,
aconteça na escola.
 Considera- se que o presente estudo indica a possibilidade de se pensar em recursos facilitadores
da aprendizagem do surdo. A adoção de imagens visuais pode ser um deles, assim como outros
recursos devem ser explorados, descobertos e até mesmo criados com o objetivo de possibilitar
uma metodologia e um currículo escolar que seja adequado às diferenças do aluno surdo,
possibilitando sua real inclusão na escola.
Referência:
 NERY, Clarisse Alabarce; BATISTA, Cecília Guarnieri. Imagens visuais como recursos pedagógicos
na educação de uma adolescente surda: um estudo de caso. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão
Preto , v. 14, n. 29, p. 287-299, Dec. 2004 . Acessado em 07 de Dez. de 2015. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2004000300005&lang=pt

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Trabalho de Processo Investigativo - UFSM

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO: EDUCAÇÃO ESPECIAL NOTURNO DISCIPLINA: PROCESSOS INVESTIGATIVOS EM EDUCAÇÃO PROFESSSORA RESPONSÁVEL: Dra. ELENA MARIA MALLMANN ADE - PPGE - MTER 1° SEMESTRE LÍGIA PRISCILA SOARES LOPES SANTA MARIA 2015
  • 2. Imagens visuais como recursos pedagógicos na educação de uma adolescente surda: um estudo de caso Clarisse Alabarce Nery2 Cecília Guarnieri Batista FCM - Universidade Estadual de Campinas
  • 3. O presente trabalho foi elaborado com o objetivo mostrar recursos pedagógicos e metodologias utilizando se de imagens a para aprendizagem de crianças surdas em sala de aula regulares.  No presente estudo, essa proposta foi testada com uma jovem surda, visando observar possíveis contribuições, no processo de aprendizagem, durante os atendimentos em pedagogia, que constitui parte das atividades de que ela participa em clinica- escola especializada. Foram utilizadas três sessões pedagógicas, com utilização sistemática de representações visuais indicaram o desenvolvimento de prática discursiva com diálogos extensos, abordando elementos descritivos e estabelecendo relações e inferências entre assuntos proposto. O estudo confirmou achados anteriores sobre o efeito facilitador de imagens visual na educação do surdo e trouxe a discussão sobre as dificuldades de inclusão social dos jovens surdos.
  • 4.  Ao falar em educação inclusiva tem- se que vislumbrar o âmbito que abrange tal proposta para uma política educacional. Este processo visa não só a integração social, mas tem uma dimensão bem maios, objetivando um movimento que transforme concepções sobre diversidade humana e a participação das pessoas, com deficiência ou não, em uma sociedade em que todos sejam de fato cidadãos. Este processo tem dimensões políticas, sociais, educacionais, filosóficas que devem atender às diferenças de todas as pessoas.
  • 5.  A pedagogia da inclusão propõe um processo de aprendizagem cooperativo, que respeita aos diferentes estilos de aprender a singularidade dos aprendizes, reconhece os diferentes ritmos, interesses, desejos e concepções de mundo. Portanto, a pedagogia inclusiva não pretende a correção do sujeito, mas a manifestação do potencial, comtemplando as necessidades de todos os alunos.
  • 6.  Além do conhecimento formal, a inclusão possibilita o desenvolvimento do potencial humano, nas interações socais com adultos pode correr o aprendizado de regras, normas , valores, que proporcionam experiências que serão transpostas para a vida cotidiana. Nesta relação, pode- se criar também o espaço da interlocução, da enunciação e do diálogo que favorecerá a significação do sujeito, levando o aluno a construir relações com seus parceiros por meio de brincadeiras e múltiplas atividades cooperativas e competitivas, podendo conquistar amigos, desenvolver habilidades sociais, aumentar a capacidade de controle pessoal, gerar condições para que o sujeito se signifique como autor de sua própria história.
  • 7.  Padilha (2001) considera que a pessoa com deficiência deve ser pensada em sua integridade, que ela não é “deficiência” o tempo todo; ela afirma que ela precisa vivenciar situações significativas, expandir possibilidades e diminuir suas limitações, constituir- se como sujeito simbólico, ou seja sujeito de prática discursivas criando e interpretando signos, dando- se perceber e a conhecer não mais pelas incapacidades, mas pelas suas condições de funcionamento cognitivo, na e pela linguagem, com o outro, no processo dialógico.
  • 8.  No que se refere à surdez, as propostas recentes reconhece a Língua de Sinais como a língua do surdo, a ser adotada preferencialmente desde o berço. Essa concepção contrapõe- se à ênfase anterior no treino da fala e leitura labial, que passa a ser vista como recurso comunicativo adicional, considerando- se que aquisição da Língua de Sinais permite e possibilita a constituição do surdo enquanto sujeito que pensa, sente e expressa.
  • 9.  Para o autor, uma das formas para o surdo ter essa aquisição é aprendizagem da Língua de Sinais e quanto mais cedo criança for colocada em contato com elas, mais fluência ela terá na comunicação. O autor diz que “ as pessoas profundamente surdas não mostram em absoluto nenhuma inclinação nata para falar. Falar é uma habilidade que tem de ser ensinada a elas, e constitui um trabalho de anos. Por outro lado, elas demonstram uma inclinação imediata e acentuada para a Língua de Sinais que, sendo uma língua visual, é para essas pessoas totalmente acessível. Ela afirma que na medida em que a criança faz a aquisição da Língua de Sinais, ela vai desenvolvendo o livre intercurso de pensamento, o fluxo de informação, o aprendizado da leitura e escrita e , talvez a fala.
  • 10.  Assim, com a Língua de Sinais, o surdo constitui- se enquanto sujeito, ao desenvolver a linguagem e o pensamento, interagindo e identificando-se como ser social, e histórico, apresentando condições de aprender, construir e reconstruir o conhecimento na interação com o objeto a ser conhecido; além disso, ela é “adquirida pelos surdos com naturalidade e rapidez possibilitando o acesso a uma linguagem que permite uma comunicação eficiente e completa como aquela desenvolvida pelos sujeitos ouvintes, permitindo o surdo um desenvolvimento cognitivo e social muito mais adequado e compatível com sua idade.”
  • 11.  Segundo a autora, “É fundamental que a condição linguística do sujeito surdo seja comtemplada, se pretende que ele apreenda conteúdos e desenvolva conhecimentos. Todavia, se a escola não faz concessões metodológicas e curriculares”... às suas necessidades... “ sua escolaridade deixa a desejar”.
  • 12.  O uso de material predominante visual na educação de crianças surdas é discutido por Reily (2003), a partir de sua experiência de ensino e pesquisa em arte- educação. A autora afirma que “ crianças surdas em contato inicial com a Língua de Sinais necessitam de referências da língua visual com as quais tenham possibilidade de interagir, para construir significado” (p.16); ela adota uma abordagem sociocultural, que coloca o homem como um ser social, cuja relações com o mundo, com o outro e consigo mesmo são mediadas por sistemas signos; nesse sentido, é importante o uso de representações visuais como estratégia de ensino numa proposta pedagógica inclusiva, pois ela favorecerá apropriação de significados pela criança, vem como possibilita a representação mental de experiências.
  • 13.  O trabalho descrito acima demonstra que as crianças surdas podem ser favorecidas em sua aprendizagem pelo uso de materiais visuais como estratégia de ensino, e sugere a pergunta sobre a possibilidade de utilização desses recursos para alunos ainda mais velhos, especialmente os que apresentam outros problemas de aprendizagem e/ou de relacionamento social. Em nosso país, os estudos sobre educação de surdos estão centrados nos alunos que estão nas primeiras séries do Ensino Fundamental, ou nos pré - escolares.
  • 14. Métodos Aplicados  O atendimento pedagógico individual, parte das atividades na clínica – escola, ocorre uma vez por semana, com duração e duas horas. Envolve a realização de atividades de leitura, escrita e raciocínio lógico, numa proposta contextualizada em relação aos interesses e referências da jovem. Os diálogos são na Língua de Sinais, e ela tem certo domínio da leitura labial.  Além dessas atividades, a jovem e sua mãe recebem aulas particulares de Língua de Sinais Brasileira(LIBRAS) uma vez por semana em sua casa .  Quadro de atividades Resumo da atividade Duração de cada atividade Quantidade de imagens visuais Apresentadas SESSÃO 1 1. Observação de gravuras 2. Desenhos de animais 3. Associação de metáforas 4. Produção de textos 35 min 10 min 15 min 1h 4 4 17 1 SESSÃO 2 1. Ver imagens das fotos do livro “Um dia daqueles”. 2. Leitura e identificação de semelhanças e diferenças de animais 1 h30 min 30 min 92 5 SESSÃO 3 1. Observação das fotos selecionadas do livro “ Um dia daqueles”. 2. Pintura de animais, objetos ou pessoas. 3. Produção de texto. 1h10 min 35 min 15 min 6 4 2
  • 15. Conclusão  Observou-se o desenvolvimento de uma prática discursiva com diálogos extensos, abordando elementos descritivos e estabelecendo relações e inferências entre assuntos propostos. A jovem apresentou nível de atenção e de participação maior que a habitual, com elaboração dos temas propostos e capacidade de compreensão em níveis diferentes de complexidade, o que esteve associado às atividades com uso intensivo de imagens visuais.Para uma jovem que tinha dificuldade de manter um diálogo, uma experiência discursiva, ela mostrou mudanças significativas.
  • 16.  O trabalho de Reily (2003), utilizando a imagem visual como recurso pedagógico, constituiu- se em ponto de partida para o presente trabalho, na medida que despertou o desafio de realiza-lo com pessoas surdas com mais idade, diferentes das que participaram da proposta inicial. A ideia se mostrou fecunda. Selecionando - se imagens e atividades apropriadas à idade e nível de conhecimento da jovem, foi possível estabelecer interações mais ricas que as habitualmente desenvolvidas sem uso intensivo desse recurso.  O uso de imagens visuais parece representar um recurso bastante significativo para o aluno surdo, além de pedagógico , possibilitando um desenvolvimento cognitivo mais significativo, viabilizando criação de um contexto inclusivo mais adequado às suas necessidades, oferecendo uma forma visual de acesso o conhecimento e uma alternativa para que a comunicação do surdo, de fato, aconteça na escola.
  • 17.  Considera- se que o presente estudo indica a possibilidade de se pensar em recursos facilitadores da aprendizagem do surdo. A adoção de imagens visuais pode ser um deles, assim como outros recursos devem ser explorados, descobertos e até mesmo criados com o objetivo de possibilitar uma metodologia e um currículo escolar que seja adequado às diferenças do aluno surdo, possibilitando sua real inclusão na escola.
  • 18. Referência:  NERY, Clarisse Alabarce; BATISTA, Cecília Guarnieri. Imagens visuais como recursos pedagógicos na educação de uma adolescente surda: um estudo de caso. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto , v. 14, n. 29, p. 287-299, Dec. 2004 . Acessado em 07 de Dez. de 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2004000300005&lang=pt