1) A Região Norte do Brasil é a maior região do país e abriga a Floresta Amazônica, porém tem o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano e o menor Produto Interno Bruto entre as regiões brasileiras.
2) O desmatamento da Amazônia, principalmente para pecuária, é uma das principais ameaças à floresta e sua biodiversidade, tendo levado à perda de mais de 500 mil km2 de floresta entre 1991-2000.
3) Programas como o Plano Amazônia Sustentável vis
2. A Região Norte é a maior das cinco regiões do
Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 1969, com uma
área de 3 869 637 km², cobrindo 45,27% do
território nacional, sendo superior à área da Índia e
pouco inferior à União Europeia. Sua população,
de acordo com o IBGE, era de 16,3 milhões de
habitantes em 2012, equivalente à população do
Chile, e seu IDH médio, próximo ao da Venezuela,
país com qual faz fronteira ao norte. Em
comparação com as outras regiões brasileiras, tem
o segundo menor IDH (em 2005) e o menor PIB
(em 2010).
3. Região :
Amazônia e Centro-Sul
Estados :
(07) Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima
e Tocantins.
Área :
3 869 637,9 km²
População :
17 231 027 hab.
Densidade :
4,38 hab./km²
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5. A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um
ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os
elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente
relacionados que não se pode considerar nenhum deles como
principal. Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel
de “pulmão do mundo”. Hoje, sabe-se que a quantidade de
oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da
fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações
climáticas que causa no planeta, a Floresta Amazônica vem
sendo chamada como o condicionador de ar do mundo”. A
importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas
no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A
região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se
numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais,
medicinais, energéticas e minerais).
6.
7.
8. As principais fontes de desmatamento na Amazônia são
assentamentos humanos e desenvolvimento da terra. Entre
1991 e 2000, a área total de floresta amazônica desmatada para
a pecuária e estradas aumentou de 415.000 para 587.000 km² -
uma área mais de seis vezes maior do que Portugal, 64%
maior do que a Alemanha, 55% maior do que o Japão, 21%
maior do que ou igual a Sichuan e 84% da área do Texas. A
maior parte dessa floresta perdida foi substituída por
pastagem para o gado. Em fevereiro de 2008, o governo
brasileiro anunciou que a velocidade de destruição da floresta
amazônica havia diminuído notavelmente durante a época do
ano que normalmente diminui. Mas, apenas nos últimos
cinco meses de 2007, mais de 3.200 km², uma área equivalente
ao estado de Rhode Island (EUA) havia sido desmatada.
9. O SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza) contém várias unidades de conservação nos
estados ocupados pela Amazônia. Entre as de proteção
integral existem dez Parques Nacionais (além do Jaú) e oito
reservas biológicas, entre outros.
Entre as unidades de uso sustentável, estão as reservas
extrativistas. Os programas de uso sustentável são em
grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com
o poder público e com as próprias populações tradicionais,
acostumadas ao uso sustentado dos recursos naturais.
Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para
formar técnicos em floresta e agrofloresta.
10. O Plano Amazônia Sustentável (PAS) propõe um
conjunto de diretrizes para orientar o desenvolvimento
sustentável da Amazônia com valorização da
diversidade sociocultural e ecológica e redução das
desigualdades regionais. Lançado em maio de 2008,
pelo presidente Lula, o plano foi elaborado sob a
coordenação da Casa Civil da Presidência da República
e dos ministérios do Meio Ambiente e da Integração
Nacional. Sua elaboração envolveu a participação dos
governos dos nove estados da região amazônica e
expressivos segmentos da sociedade civil por meio das
consultas públicas que mobilizaram seis mil pessoas
na região. Atualmente coordenado pela Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o
PAS apresenta como principais diretrizes:
11. Valorizar a diversidade sociocultural e ambiental da Amazônia;
Ampliar a presença do Estado na Amazônia para garantir maior
governabilidade sobre processos de ocupação territorial e de usos
dos recursos naturais e maior capacidade de orientação dos
processos de transformação socioprodutiva;
Promover a cooperação e gestão compartilhada de políticas
públicas entre as três esferas de governo - federal, estadual e
municipal;
Ampliar a Infra-estrutura regional - energia, armazenamento,
transformação, transportes e comunicações, e de prestação de
serviços essenciais à qualidade de vida de seus habitantes -
saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, saúde,
educação e segurança pública;
etc...
12. As Reservas Extrativistas são espaços territoriais
destinados à exploração auto-sustentável e
conservação dos recursos naturais renováveis, por
populações tradicinais. Em tais áreas é possível
materializar o desenvolvimento sustentável,
equilibrando interesses ecológicos de conservação
ambiental, com interesses sociais de melhoria de
vida das populações que ali habitam.
Existem duas modalidades de Reservas Extrativistas:
da Amazônia e Marinhas