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Desenvolvimento e
Sustentabilidade
Aula 8 – Políticas Macroeconômicas e
Sustentabilidade
Vitor Vieira Vasconcelos
São Bernardo do Campo - SP
Julho de 2019
Aula do dia 5 de agosto (segunda-feira)
 Tema: Buen Vivir
 Professora: Bruna Muriel Huertas Fuscaldo
 Atividade opcional complementar:
Fichamento do texto base:
Acosta, A. (2012). O Buen Vivir. Uma oportunidade de imaginar
outro mundo. Em: BARTELT, Dawid Danilo, C. Moreno, and M. de
Paula. "Um campeão visto de perto." Uma Análise do Modelo de
Desenvolvimento Brasileiro. Rio de Janeiro, Heinrich Böll Stiftung
(2012), p.198-216. Disponível em:
http://br.boell.org/sites/default/files/downloads/alberto_acosta.pdf
Conteúdo
 Financiamento Internacional e
Sustentabildade
 Políticas Macroeconômicas e Sustentabilidade
Beyond Growth: the economics of sustainable development
Daly, Herman E., 1994.
Daly, Herman E. "Desenvolvimento
sustentável: definições, princípios,
políticas." Cadernos de estudos sociais, 18,
no. 2 (2002).
+
Daly, Herman E. “Ajustes Necessários”. Em:
"Sustentabilidade em um mundo
lotado." Scientific American 41 (2005): 92-9.
Concepção de Desenvolvimento
Sustentável
Relatório Brundtland
Desenvolvimento que atenda as
necessidades das gerações presentes,
sem comprometer as das gerações
futuras
Michael RedCliff
 Oxymoro Desenvolvimento - Sustentabilidade
• Oxímoro é o uso de duas palavras contraditórias para definir
um conceito
Desenvolvimento Sustentável
REDCLIFT, Michael R. Sustainable development: exploring the contradictions. London: Routledge, 1987.
REDCLIFT, Michael R. The meaning of sustainable development. Geoforum, v. 23, n. 3, p. 395-403, 1992.
REDCLIFT, Michael R Sustainable development (1987-2005): an oxymoron comes of age. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre,
v. 12, n. 25, p. 65-84, jan./jun. 2006.
Michael Redclift
 Mudança do foco de necessidades para
direitos e escolhas
 Desenvolvimento Sustentável como
conceito e política em formação em uma
arena de pontos de vista conflituosos
 Aceitar o conceito plano do Relatório
Brundtland esconde os conflitos
REDCLIFT, Michael R. Pós-sustentabilidade e os novos discursos da sustentabilidade.
Raízes, Campina Grande, v. 21, n. 1, p. 124-136, jan./jun. 2002.
Michael RedCliff
https://www.cartoonmovement.com/p/990/cartoons?p=3
Mas o desenvolvimento
sustentável não é um
oximoro?
Alguém não
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da Exxon Mobile!
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Farrel, Katherine N. Producing ecological economy. Real-world economics review. 87: 23-32. 2019
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Inglehart, R., & Klingemann, H.-D. (2000). Genes, culture, democracy, and happiness. In E. Diener & E. M. Suh
(Eds.), Culture and subjective well-being (pp. 165-183). Cambridge, MA, US: The MIT Press.
O que significam as linhas pontilhadas em relação a
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Kubiszewski, Ida; Costanza, Robert; Franco, Carol; Lawn, Philip; Talberth, John; Jackson, Tim; Aylmer, Camille (September 2013). "Beyond
GDP: Measuring and achieving global genuine progress". Ecological Economics. 93: 57–68. doi:10.1016/j.ecolecon.2013.04.019
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Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
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Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon
Press 1994
Críticas ao Discurso do Banco Mundial
 Elogia os investidores e inferioriza os credores
 Evita temas polêmicos:
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Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon
Press 1994
Objetivos de Política Macroeconômica
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Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
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Kaufmann, R. K.; Cleveland, C. J. 2007. Environmental Science. McGraw-Hill, Dubuque, IA.
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 Inflação
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 Taxação de importações
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Cohen, Maurie J. "The emergent environmental policy discourse on sustainable
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Políticas Econômicas para um mundo lotado
 Sistemas de negociação e leilões de limites de uso de
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• Os lucros dos leilões substituem o imposto por renda, trazendo
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Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar
Publishing.
Políticas Econômicas para um mundo lotado
 Mudar a taxação de
• “valor adicionado” (trabalho e capital) para
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 Poluição e depleção de recursos é um custo e deve ser
taxado
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 Valor adicionado aos recursos é benéfico, então não deve
ser taxado
 Recursos mais taxados -> mais caros -> menor uso
Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar
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Políticas Econômicas para um mundo lotado
 Separar PIB em duas contas:
• Benefícios (bem estar, utilidade)
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 Encontrar ponto de uso de recursos naturais para
maximizar “Custo-Benefício”, e parar expansão aí
 Com limite do crescimento, foco volta à redistribuição de
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Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar
Publishing.
Políticas Econômicas para um mundo lotado
 Diminuição progressiva da jornada de trabalho diária,
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1947 1954 1961 1968 1975 1982 1989 1996 2003
GDP
Unemployment
PIB
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O’Naill, Danny. A Bigger Economy doesn’t mean a better economy
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Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar
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Latouche, Serge. Petit traité de la décroissance sereine. Paris: Mille et une nuits, 2007.
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 Propostas
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o Transações financeiras
o Publicidade para consumo
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Latouche, Serge. Petit traité de la décroissance sereine. Paris: Mille et une nuits, 2007.
Outras propostas
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Hickel, Jason. Degrowth: a theory of radical abundance. Real-world
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 Economia Neoclássica
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 Economia Neoclássica
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Amazonas, Maurício de Carvalho. "Desenvolvimento sustentável e teoria econômica: o debate conceitual nas
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Amazonas, Maurício de Carvalho. "Desenvolvimento sustentável e teoria econômica: o debate conceitual nas
perspectivas neoclássica, institucionalista e da economia ecológica.“ Em: Desenvolvimento Sustentável. A
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Atividade
1. Opine sobre a viabilidade de implantação das
diversas propostas de modificação das políticas
macroeconômicas para uma economia mais
sustentável, discutidas no texto de Herman
Daly e nesta aula, tendo em vista o contexto
institucional atual internacional e nacional.
2. Opine sobre como as tendências econômicas e
sociais existentes podem alterar esse cenário
institucional no futuro, e como isso afetaria a
viabilidade das propostas macroeconômicas
que busquem maior sustentabilidade.
Dúvidas?
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Obrigado!
Vitor Vieira Vasconcelos
vitor.v.v@gmail.com

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Políticas Macroeconômicas e Sustentabilidade

  • 1. Desenvolvimento e Sustentabilidade Aula 8 – Políticas Macroeconômicas e Sustentabilidade Vitor Vieira Vasconcelos São Bernardo do Campo - SP Julho de 2019
  • 2. Aula do dia 5 de agosto (segunda-feira)  Tema: Buen Vivir  Professora: Bruna Muriel Huertas Fuscaldo  Atividade opcional complementar: Fichamento do texto base: Acosta, A. (2012). O Buen Vivir. Uma oportunidade de imaginar outro mundo. Em: BARTELT, Dawid Danilo, C. Moreno, and M. de Paula. "Um campeão visto de perto." Uma Análise do Modelo de Desenvolvimento Brasileiro. Rio de Janeiro, Heinrich Böll Stiftung (2012), p.198-216. Disponível em: http://br.boell.org/sites/default/files/downloads/alberto_acosta.pdf
  • 3. Conteúdo  Financiamento Internacional e Sustentabildade  Políticas Macroeconômicas e Sustentabilidade
  • 4. Beyond Growth: the economics of sustainable development Daly, Herman E., 1994. Daly, Herman E. "Desenvolvimento sustentável: definições, princípios, políticas." Cadernos de estudos sociais, 18, no. 2 (2002). + Daly, Herman E. “Ajustes Necessários”. Em: "Sustentabilidade em um mundo lotado." Scientific American 41 (2005): 92-9.
  • 5. Concepção de Desenvolvimento Sustentável Relatório Brundtland Desenvolvimento que atenda as necessidades das gerações presentes, sem comprometer as das gerações futuras
  • 6. Michael RedCliff  Oxymoro Desenvolvimento - Sustentabilidade • Oxímoro é o uso de duas palavras contraditórias para definir um conceito Desenvolvimento Sustentável REDCLIFT, Michael R. Sustainable development: exploring the contradictions. London: Routledge, 1987. REDCLIFT, Michael R. The meaning of sustainable development. Geoforum, v. 23, n. 3, p. 395-403, 1992. REDCLIFT, Michael R Sustainable development (1987-2005): an oxymoron comes of age. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 12, n. 25, p. 65-84, jan./jun. 2006.
  • 7. Michael Redclift  Mudança do foco de necessidades para direitos e escolhas  Desenvolvimento Sustentável como conceito e política em formação em uma arena de pontos de vista conflituosos  Aceitar o conceito plano do Relatório Brundtland esconde os conflitos REDCLIFT, Michael R. Pós-sustentabilidade e os novos discursos da sustentabilidade. Raízes, Campina Grande, v. 21, n. 1, p. 124-136, jan./jun. 2002.
  • 8. Michael RedCliff https://www.cartoonmovement.com/p/990/cartoons?p=3 Mas o desenvolvimento sustentável não é um oximoro? Alguém não pegou os seus vale-drinques da Exxon Mobile!
  • 9. Concepção de Desenvolvimento Sustentável  Relatório Brutland • Desenvolvimento que atenda as necessidades das gerações presentes, sem comprometer as das gerações futuras  Herman Daly – Estado estacionário • Desenvolvimento sem crescimento além da capacidade de suporte do ambiente o Desenvolvimento: qualitativo o Crescimento: quantitativo • Crescimento sustentável é oximoro • Desenvolvimento sustentável não é oxímoro Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
  • 10. Objetivos da política macroeconômica  Política macroeconômica tradicional: • Cada vez mais coisas, para cada vez mais pessoas, sem limites • Eficiência em primeiro lugar  Sustentabilidade • Maximizar o número de vidas através do tempo, considerando a restrição de riqueza per capita para uma boa vida. • Vida em primeiro lugar • Concepções abertas: o Vidas humanas e não humanas o O que é uma boa vida? Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
  • 11. O desafio da transição para a sustentabilidade Transformar um avião em pleno vôo em uma revoada de pássaros http://famgus.se/Pictures/TCA-47310E.jpg https://local.theonion.com/local-goose-finally-lands-spot-at-tip-of-v-1822767606 Concepção mecanicista Consumo de combustíveis fósseis Comportamento individualista / hierárquico Concepção ecológica Consumo de combustíveis renováveis Comportamento cooperativo Não dá para parar o avião para reformá-lo Farrel, Katherine N. Producing ecological economy. Real-world economics review. 87: 23-32. 2019 Seres humanos ≠ Pássaros
  • 12.  Limite econômico • Utilidade marginal iguala-se à desutilidade marginal • Benefício total nulo Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Crescimento Econômico Crescimento Antieconômico UtilidadeouDesutilidade Utilidade excede Desutilidade Desutilidade excede Utilidade Limite Econômico Limite da catástrofe ecológica Limite da Futilidade Produção e consumo crescentes
  • 13.  Limite de futilidade: • Utilidade marginal cai a zero. • Mais bens e dinheiro não trazem mais felicidade Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Crescimento Econômico Crescimento Antieconômico UtilidadeouDesutilidade Utilidade excede Desutilidade Desutilidade excede Utilidade Limite Econômico Limite da catástrofe ecológica Limite da Futilidade Produção e consumo crescentes
  • 14.  Limite da catástrofe ecológica • Colapso da biosfera e clima -> ponto de não retorno • Não sabemos com certeza em que ponto vai ocorrer Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Crescimento Econômico Crescimento Antieconômico UtilidadeouDesutilidade Utilidade excede Desutilidade Desutilidade excede Utilidade Limite Econômico Limite da catástrofe ecológica Limite da Futilidade Produção e consumo crescentes
  • 15.  Utilidade e desutilidade para quem? • Antropocentrismo: ser humano • Ecocentrismo: todos os seres vivos Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Crescimento Econômico Crescimento Antieconômico UtilidadeouDesutilidade Utilidade excede Desutilidade Desutilidade excede Utilidade Limite Econômico Limite da catástrofe ecológica Limite da Futilidade Produção e consumo crescentes
  • 16. Renda per capita ($) ÍndicedeFelicidade Inglehart, R., & Klingemann, H.-D. (2000). Genes, culture, democracy, and happiness. In E. Diener & E. M. Suh (Eds.), Culture and subjective well-being (pp. 165-183). Cambridge, MA, US: The MIT Press. O que significam as linhas pontilhadas em relação a • Relação entre utilidade e desutilidade marginal? • Limite econômico? • Limite de futilidade?
  • 17. Como interpretar o gráfico abaixo, com a abordagem de Herman Daly? Kubiszewski, Ida; Costanza, Robert; Franco, Carol; Lawn, Philip; Talberth, John; Jackson, Tim; Aylmer, Camille (September 2013). "Beyond GDP: Measuring and achieving global genuine progress". Ecological Economics. 93: 57–68. doi:10.1016/j.ecolecon.2013.04.019 PIB per capita vs. Índice de Progresso Genuíno per capita PIB/capita IGP/capita
  • 18. Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing. Mundo Vazio Energia solar Reciclagem Matéria Energia Matéria Energia Ecossistemas Calor serviços econômicos serviços ecossistêmicos Bem estar Mundo Lotado Energia solar Reciclagem Ecossistemas Calor serviços econômicos Bem estar Economia serviços ecossistêmicos EconomiaMatéria Energia Matéria Energia
  • 19. É justo com os demais seres vivos? Plantas Animais Economia Humana Economia da Natureza incluindo seres humanos Plantas Economia Humana Após crescimento econômico Animais O’Naill, Danny. Changing the Paradigm. The transition from uneconomics growth to sustainability https://steadystate.org/discover/video-audio-and-presentations/
  • 20. Conhecimento e Sustentabilidade Importações cruzadas de biscoitos americanos e holandeses com propriedade intelectual Impactos do transporte Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 21. Conhecimento e Sustentabilidade Por que não compartilhar as receitas? Compartilhamento do conhecimento contribui para a sustentabilidade local e diminui dependência Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 22. Estratégias discursivas da elite econômica  Já entenderam que o crescimento econômico é insustentável • Procuram se apropriar do “benefício” do crescimento e exportar os prejuízos para os pobres • Procuram evitar que os pobres entendam a insustentabilidade  Determinismo • É impossível mudar o sistema econômico atual  Niilismo, relativismo e liberdade • Cada indivíduo deve escolher o que quiser (mesmo que insustentável)  Ampliar o conceito de sustentabilidade • Incluir cultura, paz, saúde, educação, cooperação, assistência social • Objetivo de torná-lo um conceito vago e com menos foco nos limites ambientais Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
  • 23. Discurso do Banco Mundial  A pobreza causa degradação ambiental  A solução da pobreza é o crescimento econômico do Sul  Mas para crescer, o Sul precisa exportar para o Norte e receber investimentos do Norte  Soluções são importadas do Norte para o Sul  O crescimento do Norte ajuda o crescimento do Sul (solução ganha-ganha) Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
  • 24. Críticas ao Discurso do Banco Mundial  Elogia os investidores e inferioriza os credores  Evita temas polêmicos: • Limites globais do crescimento • Crescimento dos países do Norte está esgotando os últimos recursos que poderiam ser usado para crescimento nos países do Sul • Redistribuição da renda e do consumo • Controle populacional Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994
  • 25. Objetivos de Política Macroeconômica  Eficiência  Distribuição  Escala Preocupações sociais Preocupações ambientais Políticas originais Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994 Prioridadeatual Prioridadeideal
  • 26. Alocação e Escala – Linha de Plimsoll Kaufmann, R. K.; Cleveland, C. J. 2007. Environmental Science. McGraw-Hill, Dubuque, IA. Daly, Herman E. Beyond Growth: the economics of sustainable development. Beacon Press 1994 Alocação ruim Alocação ruim Boa alocação Escala maior que capacidade de suporte
  • 27. Políticas Macroeconômicas e Consumo  Inflação  Taxa de Juros  Crédito  Poupança  Comércio internacional  Taxação de importações  Taxação de gastos no exterior Cohen, Maurie J. "The emergent environmental policy discourse on sustainable consumption." In Exploring sustainable consumption, pp. 21-37. Pergamon, 2001.
  • 28. Políticas Econômicas para um mundo lotado  Sistemas de negociação e leilões de limites de uso de recursos naturais e de poluição • Limites seguindo critérios ecológicos • Três regras básicas o Recursos renováveis não podem ser explorados mais rápido do que se regeneram o Recursos não-renováveis não podem ser explorados mais rápido do que se desenvolvem substitutos renováveis o Resíduos de toda a produção não podem retornar aos ecossistemas mais rápido do que sua taxa de biodegradação • Os lucros dos leilões substituem o imposto por renda, trazendo mais justiça social • Mercado de cotas permite alocação economicamente eficiente Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 29. Políticas Econômicas para um mundo lotado  Mudar a taxação de • “valor adicionado” (trabalho e capital) para • “recursos à que o valor é adicionado” (fluxo de recursos naturais)  Poluição e depleção de recursos é um custo e deve ser taxado • Princípio do poluidor-pagador e usuário-pagador  Valor adicionado aos recursos é benéfico, então não deve ser taxado  Recursos mais taxados -> mais caros -> menor uso Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 30. Políticas Econômicas para um mundo lotado  Separar PIB em duas contas: • Benefícios (bem estar, utilidade) • Custos (uso de recursos, desutilidade)  Encontrar ponto de uso de recursos naturais para maximizar “Custo-Benefício”, e parar expansão aí  Com limite do crescimento, foco volta à redistribuição de renda  Limitar a desigualdade de renda • Estabelecer um limite mínimo de renda: vida digna • Estabelecer um limite máximo de renda: limite de futilidade Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 31. Políticas Econômicas para um mundo lotado  Diminuição progressiva da jornada de trabalho diária, semanal e anual • Beneficiar-se do progresso, no tamanho ótimo da economia • Compartilhar a estrutura de produção -> diminuir desemprego 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 1947 1954 1961 1968 1975 1982 1989 1996 2003 GDP Unemployment PIB Desemprego (%) O’Naill, Danny. A Bigger Economy doesn’t mean a better economy https://steadystate.org/discover/video-audio-and-presentations/
  • 32. Políticas Econômicas para um mundo lotado  Estabilização da população • Países ricos: o Balanço entre declínio populacional e imigração o Não usar políticas de estímulo à natalidade • Países pobres: o Direitos e igualdade de gênero o Educação para planejamento familiar o Acesso a métodos contraceptivos Daly, H., 2017. A new economics for our full world. In Handbook on Growth and Sustainability. Edward Elgar Publishing.
  • 33. Decrescimento como transição para o Estado Estacionário Tempo Biocapacidade de suporte = 1 pegada ecológica Crescimento Decrescimento Estado estacionário O’Naill, Danny. What is a Steady State Economy? https://steadystate.org/discover/video-audio-and-presentations/ Latouche, Serge. Petit traité de la décroissance sereine. Paris: Mille et une nuits, 2007.
  • 34. Descrescimento Sereno – Serge Latouche  Propostas • Taxar globalmente: o Transações financeiras o Publicidade para consumo o Transporte (externalidades de poluição) o Emissões de carbono • Investir as taxas globais em: o Atendimento das necessidades básicas o Projetos de sustentabilidade  Posicionamento político – votar em partidos que: • Valorizem a solidariedade (gerações presentes e futuras) • Valorizem a proteção do meio ambiente Latouche, Serge. Petit traité de la décroissance sereine. Paris: Mille et une nuits, 2007.
  • 35. Outras propostas  Extensão obrigatória da garantia para conserto de produtos (direito de reparar) • Ex: 30 anos para carros e eletrodomésticos  Taxar produtos em função proporcionalmente a pegada ecológica (impacto do ciclo de vida) Hickel, Jason. Degrowth: a theory of radical abundance. Real-world economics review, 87:54-68
  • 36. Instituições de Padrões de Qualidade Ambiental  Economia Neoclássica • Valoração dos impactos ambientais (externalidades) • Análise de custo-benefício
  • 37.  Economia Neoclássica • Valoração dos impactos ambientais (externalidades) • Análise de custo-benefício Instituições de Padrões de Qualidade Ambiental
  • 38.  Economia Neoclássica • Valoração dos impactos ambientais (externalidades) • Análise de custo-benefício Instituições de Padrões de Qualidade Ambiental
  • 39. Economia Institucionalista  Crítica à economia neoclássica • Foco nas escolhas individuais  Impactos Ambientais • Extrapolam a escala individual • Relação ser humano / natureza são socialmente construídas • Regulações ambientais ocorrem no nível institucional (governos) • Abordagem sistêmica pode conectar ecossistemas, instituições e indivíduos Amazonas, Maurício de Carvalho. "Desenvolvimento sustentável e teoria econômica: o debate conceitual nas perspectivas neoclássica, institucionalista e da economia ecológica.“ Em: Desenvolvimento Sustentável. A institucionalização de um conceito. Edições IBAMA (2002).
  • 40. Instituição de Padrões de Qualidade Ambiental  Economia Institucionalista • Decisão política oAceitação e pressão social oLobby industrial Amazonas, Maurício de Carvalho. "Desenvolvimento sustentável e teoria econômica: o debate conceitual nas perspectivas neoclássica, institucionalista e da economia ecológica.“ Em: Desenvolvimento Sustentável. A institucionalização de um conceito. Edições IBAMA (2002).
  • 41. Atividade 1. Opine sobre a viabilidade de implantação das diversas propostas de modificação das políticas macroeconômicas para uma economia mais sustentável, discutidas no texto de Herman Daly e nesta aula, tendo em vista o contexto institucional atual internacional e nacional. 2. Opine sobre como as tendências econômicas e sociais existentes podem alterar esse cenário institucional no futuro, e como isso afetaria a viabilidade das propostas macroeconômicas que busquem maior sustentabilidade.