O documento descreve os Domínios Morfoclimáticos do Brasil, especificamente o Domínio do Cerrado. Apresenta as principais características do Cerrado, incluindo sua localização, vegetação, formação, ocupação humana e impactos do fogo. Discute também as hipóteses sobre a origem do Cerrado e sua adaptação às condições climáticas e de solo.
1. Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Consiste num conjunto natural
da paisagem, em que há
interação entre os elementos
da paisagem e o relevo, clima
ou vegetação, ou seja, os
domínios morfoclimáticos são
divisões que se baseiam nos
diferentes tipos de relevos que
são resultantes das condições
climáticas atuais e do passado
bem como na cobertura
vegetal e nos tipos de solo.
2. O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma
geografia marcada por grande diversidade. A interação e a
interdependência entre os diversos elementos da paisagem (relevo,
clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna, etc.) explicam a existência
dos chamados domínios geoecológicos, que podem ser entendidos
como uma combinação ou síntese dos diversos elementos da natureza,
individualizando uma determinada porção do território.
Dessa maneira, podemos reconhecer, no
Brasil, a existência de seis grandes
paisagens naturais segundo o geógrafo Aziz
Ab’Sáber (1970): Domínio Amazônico,
Domínio das Caatingas, Domínio dos
Cerrados, Domínio dos Mares de Morros,
Domínio das Araucárias e Domínio das
Pradarias.
Entre os seis grandes domínios acima
relacionados, inserem-se inúmeras faixas de
transição, que apresentam elementos
típicos de dois ou mais deles (Pantanal,
Agreste, Cocais, etc.).
3.
4. Dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma paisagem
natural são o clima e o relevo; eles interferem e condicionam os demais
elementos, embora sejam também por eles influenciados. A cobertura vegetal,
que mais marca o aspecto visual de cada paisagem, é o elemento natural mais
frágil e dependente dos demais (síntese da paisagem).
5. CERRADO
A palavra "cerrado" significa "fechado" ou vegetação densa”,
utilizado para designar a vegetação com aspectos florísticos e
fisionômicos específicos que ocorre na região central do Brasil,
constituída por diversos tipos de vegetação savânica que diferem
entre si pela abundância relativa de espécies rasteiras e espécies
de árvores e arbustos, abrangendo desde formas campestres
(campo limpo) até formas florestais (cerradão).
6. Domínio Morfoclimático do
Cerrado
Localizado basicamente no Planalto Central do
Brasil, o Cerrado e o segundo 2° maior domínio
do Brasil, possuindo área superior a 2.000.000
km² (equivalente a 23 % do território brasileiro).
Dentro deste espaço caberiam Alemanha
Oriental, Alemanha Ocidental, Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Espanha, Portugal, França, GrãBretanha, Holanda, Suíça, cujas áreas somadas
perfariam 1.970.939 km2. Ocorre em altitudes
que variam de 300m a 1600mm.
O Cerrado abrange os estados de Goiás, Tocantins, parte dos estados da Bahia,
Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia
e São Paulo e também ocorre em áreas disjuntas ao norte, nos estados do Amapá,
Amazonas, Pará e Roraima, e ao sul no norte do estado do Paraná.
Este domínio morfoclimático também é denominado "savana brasileira", pois possui
relações ecológicas e fisionômicas com outras savanas da América tropical e de
continentes África e Austrália. A vegetação do Cerrado apresenta fisionomia que
englobam formações florestais, savânicas e campestres
7. FORMAÇÃO
Hipóteses sobre a origem do Cerrado
Como explicar a existência do Cerrado numa região tropical onde as condições
climáticas (particularmente a quantidade anual de chuva) permitiriam a
existência de uma floresta? Esta questão tem chamado a atenção dos ecólogos
por muito tempo.
1 - AÇÃO CLIMÁTICA: O fato de a vegetação do Cerrado apresentar
características de ambientes áridos - plantas com folhas largas, espessas, e
pilosas, por exemplo - levou alguns cientistas a propor, no início deste século,
que o Cerrado seria determinado pela estacionalidade climática, e que as
características da vegetação seriam devidas à prolongada estação seca.
Problemas:
Água disponível nos solos do Cerrado abaixo de dois metros de profundidade,
mesmo durante a estação seca.
As raízes de muitas espécies de árvores do Cerrado são profundas; muitas
plantas não apresentam sinais de murcha e várias espécies de árvores se
reproduzem durante a seca.
Muitas plantas do Cerrado possuem órgãos subterrâneos, os xilopódios;
Se o Cerrado não sofre restrição de água, por que então muitas árvores possuem
características de ambientes áridos?
8. 2 - CONDIÇÕES DO SOLO
Baixa fertilidade: A disponibilidade
limitada
de
nutrientes
do
solo
determinada
as
características
da
vegetação.
Oligotrofismo distrófico: É baseada no fato de as árvores não sofrerem
restrição de água e haver energia solar abundante na região resultaria que as
plantas produziriam por fotossíntese açúcares e gorduras em excesso. Porém,
os solos deficientes em minerais, induz o acúmulo de açúcares e gorduras nas
folhas. Isso daria às plantas do Cerrado um aspecto de plantas de ambientes
áridos.
Presença do Alumínio: - Presença do Alumínio: Mais recentemente, levantouse a hipótese de que a alta concentração de alumínio nos solos também seria
responsável pelo oligotrofismo distrófico da vegetação do Cerrado, uma vez que
o alumínio aumenta a deficiência nutricional dos solos. As hipóteses baseadas
na teoria do oligotrofismo distrófico no Brasil, ainda não apresentam resultados
totalmente seguros para validar esta teoria.
9. 3 - CLIMA, SOLO E FOGO
A hipótese mais aceita atualmente considera que a combinação da
estacionalidade climática, o baixo nível nutricional dos solos, e a
ocorrência de fogo sejam os determinantes primários da vegetação do
Cerrado. A variação destes fatores no espaço e no tempo seria a principal
responsável pela diferenciação de tipos de vegetação no Cerrado.
10. O FOGO NO CERRADO
Principais causas de incêndios naturais.
Raios, escorregamento de rochas, atrito entre galhos, concentração de raios
solares por gotas de água, combustão espontânea devida as altas
temperaturas.
Segundo Kunholtz-Lordat e Lemée (citado por Coutinho, 1980), pode-se
distinguir três grupos básicos de incêndios:
a) pré-culturais, de origem remota na história e pré-história;
b) culturais, utilizados para limpeza de plantações, fins agrícolas e silviculturais;
c) pastoris, de uso somente nos trópicos, servindo para criação e manutenção
de pastagens
11. VANTAGENS DO FOGO PARA O CERRADO
-Aceleração da remineralização da biomassa e a transferência
dos nutrientes minerais nela existentes para a superfície do
solo, sob a forma de cinzas
•Eliminação de animais velhos e doentes.
•Fornecimento de alimentos para herbívoros durante longos
períodos de estiagens
•Fornecimento de alimentos para aves como os anus
(Crotophaga ani), os carcarás (Polyborus plancus) e as
seriemas (Cariama cristata), acompanham a queimada,
alimentando-se de insetos e répteis atingidos pelo fogo.
•Aceleração do brotamento e floração
•Sincronismo do processo de floração
•Eliminação da palha seca que se acumula sobre o solo,
ajudando a propagação espécies,vegetais, pois, remove a
macega que impede ou embaraça o deslocamento das
sementes
•Quebra da dormência das sementes onde a brusca e rápida
elevação da temperatura em uma queimada provoca o
aparecimento de fissuras na casca da semente e assim torná-la
permeável, favorecendo sua germinação.
•Possibilita o desenvolvimento de plantas pirofíticas.
12. DESVANTAGENS DO FOGO PARA O CERRADO
Perda de 95% do N presente na fitomassa combustível
volatilizam-se, retornando à atmosfera como gás.
•Perda de50% do fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxôfre
entra em suspensão no ar sob a forma de micropartículas de
cinza, constituindo a parte visível da fumaça.
•Alteração da fisionomia e estrutura da vegetação, diminuindo
a densidade e aumentando a tortuosidade.
•Aumento de partículas em suspensão, que dificultam a
visibilidade e causam doenças respiratórias.
•Matança de filhotes de varias espécies e animais adultos
cercados pelo fogo
•Comprometimento da biodiversidade
•Intensificação dos processos erosivos
13. OCUPAÇÃO
1- A ocupação inicial dos Cerrados começou no século XVIII, com a exploração de
ouro e pedras preciosas. Concomitantemente e também após o declínio destas
atividades houve a implantação de uma pecuária extensiva baseada em pastagens
nativas e capins africanos como o jaraguá e capim gordura.
2- A grande ocupação do Cerrado iniciou no século XX, com o translado da capital
do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília. A abertura de estradas e a valorização da
terra em outras regiões, além da pecuária, estabeleceu-se a agricultura extensiva,
ou seja, monoculturas baseadas na correção de solos pelo emprego de calcáriodolomítico e na mecanização intensiva. Com o desenvolvimento da região e
surgimento e expansão de vários núcleos urbanos, outras atividades econômicas
vieram se juntar às já tradicionais, como a metalurgia do ferro e do alumínio, a
construção de grandes barragens para geração de energia hidrelétrica, o plantio de
eucalipto para fins energéticos, mineração e empresas alimentícias como granjas
de aves de suínos.
3- No momento atual, o cerrado ainda apresenta um forte crescimento urbano e
populacional. No campo o agronegócio, principalmente voltado para pecuária, soja,
cana-de-açucar, florestamento de pínus e eucaliptus são considerados os principais
precursores da ocupação.
14. Para as atividades agrícolas, o seu avanço no Cerrado deve-se principalmente:
-Ao relevo pouco acidentado
-A utilização do calcário, adubos e defensivos agrícolas
-A mecanização
-A irrigação
-Ao melhoramento genético das sementes
-Aos incentivos governamentais e infra-estrutura de armazenamento e transporte
15.
16. CARACTERIZAÇÃO
GERAL
30 milhões de anos
2° maior domínio morfoclimático possuindo área superior a 2.000.000 km²
23 % do território brasileiro.
Ocorre em altitudes que variam de 300m (Chapada Cuaibana) a 1600mm
(Chapada dos Veadeiros)
Clima Tropical, classificado como Aw segundo Köppen,
Estação seca e chuvosa definida.
Precipitação média de 1500mm anual
Temperatura média 20,1ºC
Principais classes de solos:
Latossolo Vermelho-amerelo (21%);
Latossolo Vermelho-escuro (18,6%); Areia Quartizosa (15,2 %)
Resumidamente quanto a flora, pode ser dividido em: Formações
Florestais, Savânicas e Campestre
17. Em relação ao clima, o Cerrado caracteriza-se pela presença de
invernos secos e verões chuvosos; as chuvas concentram-se de
outubro à março, com uma precipitação em torno de 1400mm e a
temperatura média nos meses mais frios é superior à 18° C.
Durante os meses secos são comuns as queimadas no Cerrado,
que se mostra perfeitamente adaptado.
18.
19. A FLORA
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em
biodiversidade com a presença de diversos ecossitemas, riquíssima flora
com mais de 10.000 espécies de plantas, com 4.400 endêmicas
(Caryocar brasiliense)
(Mauritia flexuosa)
20.
21.
22. Formações Florestais
Tipos de vegetação com predominância de espécies arbóreas e formação
de dossel. Englobam 4 tipos principais:
Mata Seca
-Não possui associação com
cursos de água.
-Ocorre em solos drenados e mais
ricos em nutrientes.
- Árvores atingem altura média de
15 a 25 m (cobertura arbórea de 70
a 95 % na época de chuvas).
- Algumas espécies de vegetais:
Cerejeira, Cedro, Angico, Caroba,
Aroeira, Cega-machado.
23. Cerradão
-Ocorre em solos bem drenados.
- Formação florestal xeromórfica, formada
por espécies típicas do Cerrado sentido
restrito e também por espécies de mata.
Do ponto de vista fisionômico é uma
floresta, mas floristicamente é mais similar
a uma Cerrado.
-Altura média do estrato arbóreo: 8 a 15 m
(cobertura arbórea de 50 a 90 %).
- Pequi, Copaiba, Carvalho, Sucupira,
Pimenta-de-macaco, Jacarandá-docerrado, Faveiro, Pau-santo, Pau-terra,
etc.
24. - Associadas à cursos d'água, em
terrenos bem ou mal drenados.
- Árvores altas: 20 a 30 m (cobertura
arbórea em torno de 90 % na época
de chuvas).
- Vegetação com grande diversidade
de espécies; Angicos, Ingás,
Aroeiras, Perobas, Orquídeas. Além
de grande variedade de pteridófitas,
musgos, fungos e algas.
- Diminuem a contaminação das
águas (agrotóxicos, resíduos de
adubos, lixos em geral), pois há
uma maior retenção dos resíduos.
- Aumentam a infiltração de água no
solo, diminuindo as enchentes.
- Protegem a margem dos rios,
evitando desbarrancamentos e
consequente assoreamento do leito.
- É um ambiente com altíssima
biodiversidade.
Mata Ciliar e
Galeria
25. Formações Savânicas
Árvores baixas e arbustos espalhados sobre um estrato graminoso.
Englobam 4 tipos principais:
Parque do
Cerrado
- Vegetação associada à
pequenas elevações no
terreno (murundus).
- Árvores de 3 a 6 m,
cobertura arbórea de 5 a
20 %.
26.
27. Vereda
- Predomínio da espécie de palmeira Mauritia flexuosa (Buriti), em meio a
agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são
encontradas circundadas por Campo Limpo, geralmente úmido.
Correspondem geralmente as grandes áreas de nascente do Cerrado
28. Campo Sentido Restrito
- Árvores baixas (2 a 10 m),
inclinadas, tortuosas;
troncos de casca grossa
sulcada; folhas rígidas e
coriáceas.
- Pode ser dividido em
Cerrado Denso (cobertura
árborea de 50 a 70 %), Típico
(20 a 50 %), Ralo (5 a 20 %) e
Rupestre..
- Muitas espécies
apresentam xilopódio (orgão
subterrâneo que permite a
rebrota após queima ou
corte).
- Algumas espécies:
Amarelinho, Pequi, Lixeira,
Jacarandá, Murici, Araticum.
29. Cerrado Rupestre
- É uma subdivisão fisionômica do
cerrado sentido restrito que ocorre na
Serra Preta em Delfinópolis.
- Possui vegetação caracterizada por
árvores (altura média de 2 a 4 m,
com cobertura arbórea de de 5 a 20 %))
e arbustos que ocorrem em ambiente
rupestre (solo rochoso, pobre em
nutrientes, ácidos e com baixos teores
de matéria orgânica).
- Alguma espécies: Mangaba, Candeia,
Canela-de-ema, Arnica, Mandiocão,
Pau-terra, Wunderlichia sp, etc.
30. Formações Campestres
Predomínio de arbustos e subarbustos entremeados no estrato
herbário. Englobam 3 tipos principais:
Campo Sujo
- Exclusivamente herbáceoarbustivo
- Arbustos e subarbustos
esparsos cujas plantas
indivíduos menos
desenvolvidos de espécies
arbóreas do cerrado sentido
restrito.
- Algumas espécies:. Capimflexinha, Capim-branco,
Sempre-viva, Mimosa, Assapeixe.
31. Campo Limpo
-Predominantemente
herbácea, com raros
arbustos e ausência
completa de árvores.
-Encontrado com mais
freqüência em
encostas, chapadões,
olhos d’água, bordas
de matas de galeria.
- Muitas espécies de
gramíneas, ciperáceas,
orquidáceas, entre
outras
32. Campo Rupestre
-É o tipo de vegetação encontrada
no alto (chapadões) da Serra da
Gurita e Serra da Canastra.
- Predomínio de espécies herbáceoarbustivas, com a presença eventual
de arvoretas pouco desenvolvidas.
- Ocupa afloramentos rochosos,
geralmente em altitudes superiores
à 900 m.
-Uma de suas principais características é a presença de endemismos e plantas raras.
- Muitas espécies de cactáceas,
bromeliáceas, orquídeas terrestres,
Arnica, Canela-de-ema, Candeias,
etc.
33. A FAUNA
Para a região do cerrado são apontados para a avifauna 935 espécies que
ocorrem em todo o sistema, distribuídas em diferentes habitat por todo o
cerrado. Quanto aos mamíferos, foram listadas 298 espécies para os
cerrados e 268 espécies de répteis.
Apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de
borboletas e 500 de abelhas e vespas.
34. LOBO-GUARÁ
O LOBO-GUARÁ é um animal tímido, solitário e
pouco agressivo, sendo que raramente brigam
entre si. Procuram permanecer em locais pouco
habitados, além de terem hábitos noturnos, o
que dificulta sua observação. É o maior da
espécie de canídeos da América do Sul,
chegando a atingir 1 metro e vinte e cinco
centímetros, com peso superior a 25 kg.
Atualmente está ameaçado de estinção.
35. ARARA-AZUL
Mede aproximadamente 1
metro de comprimento e
pesando 1 quilo e meio.
Diferente da maioria dos
animais silvestres, não
tem medo do ser humano.
Ao contrário, até gosta de
se aproximar para lhes
fazer
gracejos.
Está
ameaçada de extinção
pelo depreciação do meio
ambiente e o comércio
ilegal de aves.
36. TAMANDUÁ BANDEIRA
//////
O comprimento de seu corpo varia
entre 1 e 1,20 metros. Seu peso
pode chegar a 36 quilos. Possui
pelagem longa, grossa, sua cauda
peluda, de até 90 centímetros, ajuda
a aquecê-lo nas noites frias. É
porque a mantém sempre ereta
enquanto corre, lembrando uma
bandeira, que ganhou o nome de
tamanduá-bandeira. Seu focinho
cilíndrico abriga uma língua longa,
fina e pegajosa de 60 centímetros. O
olfato, 40 vezes mais potente que o
do homem, compensa sua visão
deficiente.Alimenta-se de larvas,
cupins, formigas e besouros. Para
buscar suas presas escava a terra
alcançando, com a língua, o interior
de formigueiros e cupinzeiros. Um
tamanduá-bandeira chega a ingerir
30 mil insetos por dia.
37. CERRADOS ESTÁGIO ATUAL E PERSPECTIVAS
-70% da produção de carne bovina do País.
- Produção de grãos, principalmente soja, feijão, milho e arroz.
- Produção de polpa de celulose para a indústria de papel, através do cultivo
de várias espécies de Eucalyptus e Pinus,
- 67% da vegetação nativa do Cerrado já foi de alguma forma modificada.
- 20% encontra-se em seu estado original.
- 3% de sua extensão original protegida em parques e reservas federais e
estaduais
38. Ameaças ao Cerrado:
-Empobrecimento genético;
-Empobrecimento dos ecossistemas;
-A destruição da vegetação natural;
-Propagação de ervas exóticas;
-A extinção da fauna nativa;
-Diminuição e poluição dos mananciais hídricos
-Compactação e erosão dos solos;
-Contaminação química das águas e da biota;
-Proliferação de doenças desconhecidas etc.
- Explosão demográfica na sua região;
- Exploração predatória de madeira para carvão;
- Especulação imobiliária;
- Falta de políticas públicas ambientais concretas;
- Falta de fiscalização nas unidades de conservação, principalmente;
- Falta de conscientização ambiental da população;
- Monocultura extensiva;
- Uso indiscriminado de agrotóxicos poluindo os rios e riachos.
- Garimpo e mineração em geral.
39.
40.
41. Algumas medidas recomendadas:
- promover o urgente levantamento da biodiversidade do cerrado, através de
convênios ou parcerias com entidades nacionais e internacionais, públicas ou
privadas, bem como com universidades;
- desenvolvimento de uma política fiscal eficiente e incentivadora da
preservação das áreas ainda naturais do cerrado;
- ampliar as vantagens do ICMs Verde;
- incentivar a utilização racional do cerrado, com a criação de medidas
alternativas de manejo que favoreçam a manutenção de áreas naturais;
- aumentar o crédito agrícola do proprietário que preserva as áreas naturais do
cerrado, condicionando seu crédito a obediência à legislação ambiental;
- estimular a criação de uma rede de parceria entre os órgãos públicos,
proprietários e Ongs para colaboração conjunta na gestão de utilização das
áreas de cerrado;
- criação de unidades de conservação municipais, estaduais e até federais nas
áreas ainda preservadas;
- propor modificações legais para uma melhor proteção jurídica deste
ecossistema;
- fomentar a educação ambiental focando-a na questão cerrado;
- averbação da reserva legal.