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SUMÁRIO EXECUTIVO
DO PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA
  CONSERVAÇÃO DE CACTÁCEAS
A Instrução Normativa nº 6/2008, do MMA, reconheceu 472 espécies na Lista Oficial da Flora Ameaçada do
                  Brasil, incluindo ameaçadas e deficientes de dados. Os biomas Mata Atlântica e Cerrado registram o maior número
                  dessas espécies. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com base na Portaria MMA/ICMBio nº
                  316/2009, coordenou uma estratégia para a conservação das cactáceas: o Plano de Ação Nacional para Conservação
                  de Cactáceas – PAN Cactáceas. O Plano representa a primeira iniciativa para conservação de espécies da flora, sendo
                  coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa para Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga - CECAT/
                  ICMBio e aprovado por meio da Portaria nº 84/2010.
                  	         Abrange os biomas Cerrado, Pampa, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia em 15 estados - Espírito Santo,
                  São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, parte de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
                  Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, parte de Rondônia e Amazonas. Contempla 28 táxons relacionados na Lista Oficial da Flora
                  Ameaçada de Extinção e outras com dados insuficientes: Arthrocereus melanurus subsp. odorus, Arthrocereus rondonianus,
                  Brasilicereus markgrafii, Cipocereus crassisepalus, Cipocereus laniflorus, Cipocereus pusilliflorus, Coleocephalocereus
                  fluminensis subsp. decumbens, Coleocephalocereus purpureus, Discocactus horstii, Echinopsis calochlora, Espostoopsis
                                                                                dybowskii, Facheiroa cephaliomelana subsp. estevesii,
                                                                                Melocactus azureus, Melocactus deinacanthus, Melocactus
                                                                                glaucescens, Melocactus pachyacanthus, Melocactus
Evandro Marsola




                                                                                pachyacanthus subsp. viridis, Melocactus violaceus subsp.
                                                                                ritteri, Micranthocereus auriazureus, Micranthocereus
                                                                                polyanthus, Micranthocereus streckeri, Pilosocereus
                                                                                aurisetus subsp. aurilanatus, Pilosocereus azulensis,
                                                                                Pilosocereus brasiliensis, Rhipsalis cereoides, Tacinga
                                                                                braunii, Uebelmannia buiningii, Uebelmannia gummifera.


                                                                                                           TAXONOMIA
                      Indivíduo de Pilosocereus aurisetus.                                   Ordem: Caryophyllales
                                                                                             Família: Cactaceae


                                                                      ASPECTOS BIOLÓGICOS
                  	        As espécies de cactáceas são em geral xerófitas, suculentas, perenes e adaptadas às regiões semi-áridas das Américas.
                  Os cactos possuem hábitos diversos: arbóreo, arbustivo, subarbustivo, trepador, epífito ou geófito; apresentam raiz fibrosa
                  ou tuberosa. O caule pode assumir formas colunares, cilíndricas, globulares, aladas ou achatadas, sendo frequentemente
                  segmentado e, na maioria das vezes, sem folhas típicas, geralmente modificadas em espinhos. Os membros da família
                  Cactaceae são caracterizados pela presença de três tipos de ramos: ramos vegetativos; aréolas-desenvolvimento das gemas
                  axilares em ramos muito curtos e comprimidos com um
                  indumento persistente de espinhos e/ou tricomas que
                  podem originar caules e flores; e pericarpelo - região do
                  receptáculo floral que inclui a zona em torno do ovário
                                                                                                                                                   Marlon Machado




                  e prolonga-se entre o ovário e o perianto, apresentando-
                  se nu ou coberto por escamas tipo brácteas e/ou aréolas,
                  sendo de origem caulinar. Podem apresentar também
                  características encontradas em outras famílias, como a
                  presença de caules fotossintetizantes, suculência, redução
                  das folhas, presença de espinhos e tricomas abundantes.
                  Fatores abióticos, como a água e a disponibilidade de
                  nutrientes podem afetar sua taxa de crescimento. Em geral,
                  a capacidade reprodutiva aumenta conforme a idade e as
                  dimensões da planta. Além da reprodução sexual, muitos
                  cactos também se reproduzem vegetativamente.                         Indivíduo adulto de Melocactus paucispinus

                  Foto da Capa: Marlon Machado - População de Micranthocereus auriazureus.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
	         A família Cactaceae é re-
presentada por aproximadamen-
te 1.300 espécies, todas, com ex-
ceção de Rhipsalis baccifera, são
endêmicas das Américas. O Brasil
abriga o terceiro centro de diver-
sidade das cactáceas, logo após o
México e sul dos Estados Unidos
e a região dos Andes que inclui
a Bolívia, Argentina e o Peru. No
Brasil ocorrem cerca de 230 es-
pécies incluídas em 34 gêneros,
das quais 184 são endêmicas do
território nacional. Em termos de
diversidade, as regiões mais im-
portantes no contexto brasileiro
são o leste do Brasil (Bahia e Mi-
nas Gerais) e o Sul do Brasil (Rio
Grande do Sul).




 Figura 1- Principais centros de distribuição
da família Cactaceae no território brasileiro




                           PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
             Unidades de Conservação            uf                                  Espécies                                Bioma
 Parque Nacional de Sempre Vivas
                                                MG   Uebelmannia pectinifera                                               Cerrado
 Parque Estadual Biribiri
 Parque Nacional da Serra do Cipó               MG   Arthrocereus melanurus subsp. odorus                                  Cerrado
 Parque Estadual da Serra do Cabral             MG   Arthrocereus rondonianus, Pilosocereus aurisetus subsp. aurilanatus   Cerrado
                                                     Brasilicereus markgrafii, Discocactus horstii,                        Caatinga,
 Parque Estadual Grão Mogol                     MG
                                                     Micranthocereus auriazureus                                           Cerrado
 Parque Estadual Serra Negra                    MG   Cipocereus crassisepalus, Uebelmannia gummifera                       Cerrado
                                                                                                                            Mata
 Parque Estadual da Serra da Tiririca           RJ   Rhipsalis cereoides
                                                                                                                           Atlântica
 Floresta Nacional de Contendas do Sincorá      BA   Espostoopsis dybowskii                                                Caatinga
 Área de Proteção Ambiental Grutas
                                                BA   Melocactus pachyacanthus                                              Caatinga
 dos Brejões / Veredas do Romão Gramacho
Parque Estadual do Morro do Chapéu              BA   Melocactus glaucescens                                                Caatinga
Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido      BA   Micranthocereus polyanthus                                            Caatinga
                                                                                                                            Mata
Parque Nacional da Tijuca                       RJ   Pilosocereus brasiliensis
                                                                                                                           Atlântica
PRINCIPAIS AMEAÇAS
                 	      Vinte e oito táxons estão relacionados na Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção e mais
                 de cem encontram-se em risco de extinção. Há evidências de táxons ameaçados em diversos ambientes, incluindo
                 Campos Rupestres, Caatinga, Pampas, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.
Suelma Silva




                                                                                                                                   Marlon Machado
                    Campo rupestre                                             Restinga




                 	        A destruição e a fragmentação de hábitats (desmatamento, expansão urbana, agricultura, pecuária,
                 mineração, construção de estradas e barragens) e coleta ilegal são as principais ameaças às espécies de cactáceas.
                 Dentre os hábitats mais ameaçados encontra-se a restinga, com diversas fitofisionomias (dunas, florestas baixas,
                 comunidades rupícolas), com uma longa história de colonização incluindo agricultura e urbanização em escala
                 crescente, hoje em dia culminando na construção de rodovias, total modificação da vegetação para construção de
                 resorts com campos de golfe, hipismo, esportes aquáticos etc. Cactaceae muitas vezes, amplamente distribuídas
                 como Melocactus violaceus e Cereus fernambucensis, desapareceram ao longo de sua distribuição e não se conhece
                 os efeitos do isolamento das populações na sua viabilidade.
                 	        A destruição de grande proporção da Mata Atlântica (95%) faz com que a manutenção e proteção dos
                 poucos remanescentes seja crucial para a sobrevivência de espécies endêmicas de Rhipsalis, Schlumbergera e Hatiora.
Marlon Machado




                                                                                                                                   Marlon Machado




                    Desmatamento em área de ocorrência de Cactáceas            Atividade de Mineração em hábitat de
                                                                               Melocactus deinacanthus
Marlon Machado




                     Inflorescência de Uebelmannia gummifera, espécie rara ocorrente na região de Pedra Menina-MG.


                 	
                 	        Devido à associação de certas espécies a substratos extremamente peculiares, algumas espécies encontram-se
                 ameaçadas em razão da extração de grande quantidade da rocha sobre a qual estas ocorrem, sendo que o exemplo
                 mais marcante é a extrema redução da área de ocorrência de Arthrocereus glaziovii, sobre afloramentos de canga
                 no quadrilátero ferrífero, nas proximidades de Belo Horizonte. Outro caso alarmante é a situação do raríssimo
                 Coleocephalocereus purpureus, a única espécie do gênero com flores magenta, que ocorre apenas sobre um tipo de
                 granito encontrado na região de Itaobim/Itinga no norte de Minas Gerais. Outro tipo de substrato muito procurado e
                 que pode acarretar a diminuição de populações de espécies de Melocactus, Discocactus e Pilosocereus é o calcário
                 utilizado na fabricação de cimento, conforme visto nas proximidades de áreas sob expansão urbana crescente, como
                 o eixo entre Sete Lagoas e Montes Claros, assim como perto de Brasília.
                 	        No tocante à coleta ilegal, eventos pontuais para atender ao mercado internacional são conhecidos para
                 espécies de Cactáceas ornamentais do leste do Brasil, entre eles o caso de Discocactus horstii, endêmico da região
                 de Grão Mogol, de Uebelmannia gummifera e U. pectinifera, da região de Diamantina. No Rio Grande do Sul,
                 espécies tanto de Parodia como Frailea aparentemente são visadas por coletores locais e internacionais, enfrentando
                 problemas de perda e destruição de hábitat e de retirada de plantas da natureza.
                 	        A partir de 2000, a exploração de espécies comuns de Melocactus na beira das rodovias BR 116 e BR 052,
                 na Bahia, tem crescido muito, a ponto de colocar em risco o futuro das populações registradas em afloramentos
                 rochosos, já impactadas pela destruição e degradação da caatinga circundante.
                 	        Existem evidências de que a coleta de sementes para o mercado internacional, promovida por certas
                 empresas de horticultura do Rio Grande do Sul pode impactar no reestabelecimento de plântulas na natureza.
                 Esta coleta não é apenas limitada às espécies que ocorrem na região, mas existem relatos de que os horticultores
                 ‘encomendam’ coletas de sementes a habitantes rurais que as armazenam ao longo do ano, podendo retirar
                 vários quilos, ou seja, milhares de sementes da natureza anualmente. Populações de cactos colunares, como
                 Micranthocereus dolichospermaticus têm sido alvo destas atividades e sofreram impacto muito negativo, pois para
                 ter acesso às sementes dessas plantas os habitantes da região precisavam cortar os indivíduos que florescem e
                 frutificam a mais de 4 m de altura.
O PAN PARA CONSERVAÇÃO DAS CACTÁCEAS
	        O PAN Cactáceas foi consolidado por várias instituições, com o compromisso de parceiros-chaves tais como:
representantes de unidades de conservação do ICMBio, EMBRAPA, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, IBAMA, além
de renomados pesquisadores de universidades do nordeste brasileiro, organizações não governamentais e centros
de pesquisas internacionais. Foi consolidado em Brasília-DF, de 11 a 13 de agosto de 2010, durante seminário sobre
o status de conservação da família no Brasil com o objetivo de se apresentar um panorama sobre a conservação das
espécies e as soluções necessárias para a recuperação das populações destas espécies. Com base nesse panorama,
durante os dois dias seguintes, os parceiros elaboraram a matriz de planejamento, indicando as principais ameaças às
espécies, que resultaram na proposição de três metas, com 92 ações e, para cada uma das ações, foram identificados
os articuladores, colaboradores, prazos e produtos esperados para o alcance das metas e do objetivo do Plano.
	        Promover a conservação efetiva e a redução do risco de extinção de cactáceas no Brasil são os objetivos
propostos para o Plano. O PAN das Cactáceas terá duração de cinco anos, porém deverá ser revisado anualmente.
Para isso contará com um Grupo Estratégico Assessor que contribuirá no acompanhamento da implementação das
ações propostas.



                                  Metas do PAN das CACTÁCEAS

                                        Metas                                             Ações   Estimativa de custos (R$)
I- Ampliação do conhecimento sobre as espécies de cactáceas                                59           1.700.00,00

II – Divulgação e proteção de áreas de ocorrência de cactáceas ameaçadas                   15            127.000,00
III – Aprimoramento e fortalecimento das políticas públicas relacionadas às cactáceas      18             752.000,00
ameaçadas de extinção
                                                                                  Total    92           2.579.000,00


                                                           Realização

                                                               Ministério do
                         CECAT                                Meio Ambiente


                                                              Apoio

                                                                                                     PROBIO II




                             Para conhecer as ações e os articuladores do PAN Cactáceas acesse:
                 http://www.icmbio.gov.br/menu/manejo-para-conservacao/planos-de-acao-para-conservacao

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Conservação de cactáceas ameaçadas no Brasil

  • 1. SUMÁRIO EXECUTIVO DO PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA CONSERVAÇÃO DE CACTÁCEAS
  • 2. A Instrução Normativa nº 6/2008, do MMA, reconheceu 472 espécies na Lista Oficial da Flora Ameaçada do Brasil, incluindo ameaçadas e deficientes de dados. Os biomas Mata Atlântica e Cerrado registram o maior número dessas espécies. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com base na Portaria MMA/ICMBio nº 316/2009, coordenou uma estratégia para a conservação das cactáceas: o Plano de Ação Nacional para Conservação de Cactáceas – PAN Cactáceas. O Plano representa a primeira iniciativa para conservação de espécies da flora, sendo coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa para Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga - CECAT/ ICMBio e aprovado por meio da Portaria nº 84/2010. Abrange os biomas Cerrado, Pampa, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia em 15 estados - Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, parte de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, parte de Rondônia e Amazonas. Contempla 28 táxons relacionados na Lista Oficial da Flora Ameaçada de Extinção e outras com dados insuficientes: Arthrocereus melanurus subsp. odorus, Arthrocereus rondonianus, Brasilicereus markgrafii, Cipocereus crassisepalus, Cipocereus laniflorus, Cipocereus pusilliflorus, Coleocephalocereus fluminensis subsp. decumbens, Coleocephalocereus purpureus, Discocactus horstii, Echinopsis calochlora, Espostoopsis dybowskii, Facheiroa cephaliomelana subsp. estevesii, Melocactus azureus, Melocactus deinacanthus, Melocactus glaucescens, Melocactus pachyacanthus, Melocactus Evandro Marsola pachyacanthus subsp. viridis, Melocactus violaceus subsp. ritteri, Micranthocereus auriazureus, Micranthocereus polyanthus, Micranthocereus streckeri, Pilosocereus aurisetus subsp. aurilanatus, Pilosocereus azulensis, Pilosocereus brasiliensis, Rhipsalis cereoides, Tacinga braunii, Uebelmannia buiningii, Uebelmannia gummifera. TAXONOMIA Indivíduo de Pilosocereus aurisetus. Ordem: Caryophyllales Família: Cactaceae ASPECTOS BIOLÓGICOS As espécies de cactáceas são em geral xerófitas, suculentas, perenes e adaptadas às regiões semi-áridas das Américas. Os cactos possuem hábitos diversos: arbóreo, arbustivo, subarbustivo, trepador, epífito ou geófito; apresentam raiz fibrosa ou tuberosa. O caule pode assumir formas colunares, cilíndricas, globulares, aladas ou achatadas, sendo frequentemente segmentado e, na maioria das vezes, sem folhas típicas, geralmente modificadas em espinhos. Os membros da família Cactaceae são caracterizados pela presença de três tipos de ramos: ramos vegetativos; aréolas-desenvolvimento das gemas axilares em ramos muito curtos e comprimidos com um indumento persistente de espinhos e/ou tricomas que podem originar caules e flores; e pericarpelo - região do receptáculo floral que inclui a zona em torno do ovário Marlon Machado e prolonga-se entre o ovário e o perianto, apresentando- se nu ou coberto por escamas tipo brácteas e/ou aréolas, sendo de origem caulinar. Podem apresentar também características encontradas em outras famílias, como a presença de caules fotossintetizantes, suculência, redução das folhas, presença de espinhos e tricomas abundantes. Fatores abióticos, como a água e a disponibilidade de nutrientes podem afetar sua taxa de crescimento. Em geral, a capacidade reprodutiva aumenta conforme a idade e as dimensões da planta. Além da reprodução sexual, muitos cactos também se reproduzem vegetativamente. Indivíduo adulto de Melocactus paucispinus Foto da Capa: Marlon Machado - População de Micranthocereus auriazureus.
  • 3. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA A família Cactaceae é re- presentada por aproximadamen- te 1.300 espécies, todas, com ex- ceção de Rhipsalis baccifera, são endêmicas das Américas. O Brasil abriga o terceiro centro de diver- sidade das cactáceas, logo após o México e sul dos Estados Unidos e a região dos Andes que inclui a Bolívia, Argentina e o Peru. No Brasil ocorrem cerca de 230 es- pécies incluídas em 34 gêneros, das quais 184 são endêmicas do território nacional. Em termos de diversidade, as regiões mais im- portantes no contexto brasileiro são o leste do Brasil (Bahia e Mi- nas Gerais) e o Sul do Brasil (Rio Grande do Sul). Figura 1- Principais centros de distribuição da família Cactaceae no território brasileiro PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Unidades de Conservação uf Espécies Bioma Parque Nacional de Sempre Vivas MG Uebelmannia pectinifera Cerrado Parque Estadual Biribiri Parque Nacional da Serra do Cipó MG Arthrocereus melanurus subsp. odorus Cerrado Parque Estadual da Serra do Cabral MG Arthrocereus rondonianus, Pilosocereus aurisetus subsp. aurilanatus Cerrado Brasilicereus markgrafii, Discocactus horstii, Caatinga, Parque Estadual Grão Mogol MG Micranthocereus auriazureus Cerrado Parque Estadual Serra Negra MG Cipocereus crassisepalus, Uebelmannia gummifera Cerrado Mata Parque Estadual da Serra da Tiririca RJ Rhipsalis cereoides Atlântica Floresta Nacional de Contendas do Sincorá BA Espostoopsis dybowskii Caatinga Área de Proteção Ambiental Grutas BA Melocactus pachyacanthus Caatinga dos Brejões / Veredas do Romão Gramacho Parque Estadual do Morro do Chapéu BA Melocactus glaucescens Caatinga Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido BA Micranthocereus polyanthus Caatinga Mata Parque Nacional da Tijuca RJ Pilosocereus brasiliensis Atlântica
  • 4. PRINCIPAIS AMEAÇAS Vinte e oito táxons estão relacionados na Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção e mais de cem encontram-se em risco de extinção. Há evidências de táxons ameaçados em diversos ambientes, incluindo Campos Rupestres, Caatinga, Pampas, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. Suelma Silva Marlon Machado Campo rupestre Restinga A destruição e a fragmentação de hábitats (desmatamento, expansão urbana, agricultura, pecuária, mineração, construção de estradas e barragens) e coleta ilegal são as principais ameaças às espécies de cactáceas. Dentre os hábitats mais ameaçados encontra-se a restinga, com diversas fitofisionomias (dunas, florestas baixas, comunidades rupícolas), com uma longa história de colonização incluindo agricultura e urbanização em escala crescente, hoje em dia culminando na construção de rodovias, total modificação da vegetação para construção de resorts com campos de golfe, hipismo, esportes aquáticos etc. Cactaceae muitas vezes, amplamente distribuídas como Melocactus violaceus e Cereus fernambucensis, desapareceram ao longo de sua distribuição e não se conhece os efeitos do isolamento das populações na sua viabilidade. A destruição de grande proporção da Mata Atlântica (95%) faz com que a manutenção e proteção dos poucos remanescentes seja crucial para a sobrevivência de espécies endêmicas de Rhipsalis, Schlumbergera e Hatiora. Marlon Machado Marlon Machado Desmatamento em área de ocorrência de Cactáceas Atividade de Mineração em hábitat de Melocactus deinacanthus
  • 5. Marlon Machado Inflorescência de Uebelmannia gummifera, espécie rara ocorrente na região de Pedra Menina-MG. Devido à associação de certas espécies a substratos extremamente peculiares, algumas espécies encontram-se ameaçadas em razão da extração de grande quantidade da rocha sobre a qual estas ocorrem, sendo que o exemplo mais marcante é a extrema redução da área de ocorrência de Arthrocereus glaziovii, sobre afloramentos de canga no quadrilátero ferrífero, nas proximidades de Belo Horizonte. Outro caso alarmante é a situação do raríssimo Coleocephalocereus purpureus, a única espécie do gênero com flores magenta, que ocorre apenas sobre um tipo de granito encontrado na região de Itaobim/Itinga no norte de Minas Gerais. Outro tipo de substrato muito procurado e que pode acarretar a diminuição de populações de espécies de Melocactus, Discocactus e Pilosocereus é o calcário utilizado na fabricação de cimento, conforme visto nas proximidades de áreas sob expansão urbana crescente, como o eixo entre Sete Lagoas e Montes Claros, assim como perto de Brasília. No tocante à coleta ilegal, eventos pontuais para atender ao mercado internacional são conhecidos para espécies de Cactáceas ornamentais do leste do Brasil, entre eles o caso de Discocactus horstii, endêmico da região de Grão Mogol, de Uebelmannia gummifera e U. pectinifera, da região de Diamantina. No Rio Grande do Sul, espécies tanto de Parodia como Frailea aparentemente são visadas por coletores locais e internacionais, enfrentando problemas de perda e destruição de hábitat e de retirada de plantas da natureza. A partir de 2000, a exploração de espécies comuns de Melocactus na beira das rodovias BR 116 e BR 052, na Bahia, tem crescido muito, a ponto de colocar em risco o futuro das populações registradas em afloramentos rochosos, já impactadas pela destruição e degradação da caatinga circundante. Existem evidências de que a coleta de sementes para o mercado internacional, promovida por certas empresas de horticultura do Rio Grande do Sul pode impactar no reestabelecimento de plântulas na natureza. Esta coleta não é apenas limitada às espécies que ocorrem na região, mas existem relatos de que os horticultores ‘encomendam’ coletas de sementes a habitantes rurais que as armazenam ao longo do ano, podendo retirar vários quilos, ou seja, milhares de sementes da natureza anualmente. Populações de cactos colunares, como Micranthocereus dolichospermaticus têm sido alvo destas atividades e sofreram impacto muito negativo, pois para ter acesso às sementes dessas plantas os habitantes da região precisavam cortar os indivíduos que florescem e frutificam a mais de 4 m de altura.
  • 6. O PAN PARA CONSERVAÇÃO DAS CACTÁCEAS O PAN Cactáceas foi consolidado por várias instituições, com o compromisso de parceiros-chaves tais como: representantes de unidades de conservação do ICMBio, EMBRAPA, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, IBAMA, além de renomados pesquisadores de universidades do nordeste brasileiro, organizações não governamentais e centros de pesquisas internacionais. Foi consolidado em Brasília-DF, de 11 a 13 de agosto de 2010, durante seminário sobre o status de conservação da família no Brasil com o objetivo de se apresentar um panorama sobre a conservação das espécies e as soluções necessárias para a recuperação das populações destas espécies. Com base nesse panorama, durante os dois dias seguintes, os parceiros elaboraram a matriz de planejamento, indicando as principais ameaças às espécies, que resultaram na proposição de três metas, com 92 ações e, para cada uma das ações, foram identificados os articuladores, colaboradores, prazos e produtos esperados para o alcance das metas e do objetivo do Plano. Promover a conservação efetiva e a redução do risco de extinção de cactáceas no Brasil são os objetivos propostos para o Plano. O PAN das Cactáceas terá duração de cinco anos, porém deverá ser revisado anualmente. Para isso contará com um Grupo Estratégico Assessor que contribuirá no acompanhamento da implementação das ações propostas. Metas do PAN das CACTÁCEAS Metas Ações Estimativa de custos (R$) I- Ampliação do conhecimento sobre as espécies de cactáceas 59 1.700.00,00 II – Divulgação e proteção de áreas de ocorrência de cactáceas ameaçadas 15 127.000,00 III – Aprimoramento e fortalecimento das políticas públicas relacionadas às cactáceas 18 752.000,00 ameaçadas de extinção Total 92 2.579.000,00 Realização Ministério do CECAT Meio Ambiente Apoio PROBIO II Para conhecer as ações e os articuladores do PAN Cactáceas acesse: http://www.icmbio.gov.br/menu/manejo-para-conservacao/planos-de-acao-para-conservacao