O documento apresenta:
1. Uma definição de escatologia como sendo o estudo das últimas coisas ou dos eventos finais da história da humanidade, de acordo com as profecias bíblicas.
2. As principais escolas interpretativas das profecias bíblicas e doutrinas sobre o milênio e a grande tribulação.
3. Outras definições importantes relacionadas à escatologia bíblica como o julgamento do pecado original.
2. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Ficha Catalográfica feita pelo autor)
A347m
Alcantara, Jean Carlos da Silva.
Manual de Escatologia Explicada: A Bíblia e os eventos futuros
numa visão pentecostal conservadora. / Jean Carlos da Silva Alcantara. –
Itaquaquecetuba (SP): JCS Publicações, 2017.
314 p. : 16 x 23 cm
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-68485-07-1
1. Bíblia. N. T. Escatologia – Crítica e interpretação. I. Título.
CDD-291.23
3. Jean Carlos da Silva
Manual de Escatologia Explicada
A Bíblia e os eventos futuros numa visão pentecostal conservadora.
PRIMEIRA EDIÇÃO
Itaquaquecetuba / SP
JCS Publicações
2017IAGRAMAÇÃO
4. z
Manual de Escatologia Explicada
4
Todos os direitos reservados ao autor
Copyrigth by Professor Jean Carlos
É proibida a reprodução, total ou parcial deste livro
Coordenação Editorial
Professor Jean Carlos Th.D
Digitação do Português
Viviane Araújo e Professor Jean Carlos
Digitação do hebraico e grego
Professor Jean Carlos Th.D
Revisão
Professora Vanessa Dultra
Projeto gráfico e capa
Tiago Papadoskoulos
Editoração
Professor Jean Carlos Th.D
As citações bíblicas foram extraidas da versão traduzida
por João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Corrigida.
São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. Texto grego
utilizado: ALLAND, Kurt. The Greek New Testament
(Sociedades Bíblicas unidas).
Contatos e convites
11 98296 5144 (ZAP) - professorjeancarlos@bol.com.br
CAPA
eee
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Manual de Escatologia Explicada
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CAPÍTULO 1 – FORMAS DE INTERPRETAÇÃO
Introdução ........................................................................12
Definição de escatologia....................................................16
Escolas interpretativas......................................................17
Doutrinas sobre o milênio.................................................18
Doutrinas sobre a grande tribulação................................23
Outras definições importantes..........................................24
Julgamento do pecado original.........................................31
CAPÍTULO 2 – A VIDA APÓS A MORTE
Estado intermediário........................................................40
Morte na filosofia...............................................................42
Parapsicologia...................................................................44
Estudo sobre o Inferno.....................................................48
Exegese de Lucas 16. 19.....................................................53
CAPÍTULO 3 – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Sinais da volta de Cristo....................................................63
A 2a vinda de Cristo...........................................................67
Arrebatamento da Igreja...................................................69
CAPÍTULO 4 - GRANDES EVENTOS DEPOIS DO
ARREBATAMENTO
Tribunal de Cristo..............................................................76
As bodas do Cordeiro........................................................78
CAPÍTULO 5 - GRANDES EVENTOS DURANTE A
GRANDE TRIBULAÇÃO
A grande tribulação...........................................................82
Setenta semanas de Daniel................................................89
O anticristo........................................................................92
Selos do Apocalipse..........................................................101
Trombetas do Apocalipse................................................109
Taças do Apocalipse.........................................................120
CAPÍTULO 6 - GRANDES EVENTOS DEPOIS DA
GRANDE TRIBULAÇÃO
A descida de Cristo..........................................................126
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Uma visão pentecostal conservadora
O julgamento do Anticristo.............................................134
O julgamento das nações.................................................137
O julgamento dos anjos...................................................142
Aprisionamento de satanás.............................................147
Ultimojulgamento...........................................................150
Milênio.............................................................................161
CAPÍTULO 6 – OUTROS GRANDES TEMAS NO
APOCALIPSE
Eu devo estudar o Apocalipse..........................................170
O autor do Apocalipse......................................................173
0s 144 mil.........................................................................175
João ‘come’ o livrinho......................................................184
As duas testemunhas.......................................................190
A mulher e o dragão.........................................................193
Comunhão com Deus......................................................205
A proteção de Deus..........................................................212
As provisões de Deus.......................................................218
CAPÍTULO 7 – AS DUAS BESTAS DO APOCALIPSE
Etimologia do termo “besta” ..........................................222
A besta que sobe do mar.................................................225
A besta que sobe da terra................................................234
CAPÍTULO 8 - AS DUAS BABILÔNIAS DO
APOCALIPSE
A Babilônia e um resumo histórico.................................244
A Babilônia religiosa.......................................................249
A Babilônia política.........................................................253
CAPÍTULO 9 – SEÇÃO DE PERGUNTAS E
RESPOSTAS.....................................................261
CONCLUSÃO...................................................301
BIBLIOGRAFIA...............................................305
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Manual de Escatologia Explicada
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AGRADECIMENTOS
Ao grande e Eterno Deus, por ter-me agraciado com
esse tão maravilhoso dom da escrita, principalmente nesta
área, exegética.
À minha querida esposa, Joseane Lima, que tem
compreendido integralmente o meu ministério: ensinar
por meio da escrita. Sempre comigo nos momentos de mais
turbulências e tribulações. As vezes se faz necessário de
privar para poder se concentrar em textos gregos, hebraicos
e latinos.
Ao nosso pastor Setorial da Assembleia de Deus
Ministério do Belém em Suzano Paulo Silva. Homem
integro, humilde, experiente, amoroso e espiritual.
A todos dirigentes de congregação em nosso setor
13 que de forma honrada e singela me reconhecem como
homem de Deus. Destaco os obreiros: Paulo Moura,
Ariovaldo, Antonio (Toninho), Ricardo, Edézio, Edival,
Jessé ('pregador trovão'), Lucas, Rogério, Lucimar, Elias,
Samuel, Nor (não posso esquecer da Vera, se não ela 'mata-
me'), José Roberto, Genivaldo, Lucinaldo e Daniel.
Ao meu pastor e amigo Reginaldo de Jesus da
congregação do Pq. Marengo em Itaquaquecetuba, no qual
me receberam de braços abertos. A todos os irmãos em
nossa congregação do Pq Marengo.
Ao meu amigo, patrão e conselheiro Pastor Vicente
Paula Leite, dele me 'recuso' a dizer qualquer palavra.
Pastor acima da média.
Aos meus chefes e amigos da Faculdade Teológica
Ibetel: Queila, Claudio, Betinha e Junior. Também, todos
os funcionários e amigos.
Ao presidente da AD ministério do Ipiranga, Pr.
Alcides Fávaro e toda a presidência, e em especial ao pastor
setorial de Carapicuiba (que consagrou-me ao presbitério),
José Leanti Pinto, pra esse eu ‘tiro o chapeu’.
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Uma visão pentecostal conservadora
Também agradeço a todos os pastores de regionais,
setores do Ministério de Perus onde destaco alguns: Daniel
(Mairiporã), Davi Bispo (Remédios), Antonio Lopes
(Região de Taipas), aos pastores Sudeli, Paulo, Josias, Ari
no setor de vila perus, Nerival Accioly (Mauá), Mailtom
Santos(presidentedaregionalemVilaRemédios),Custódio
Valério, Antonio Baleeiro, Davi Gregório, Jucelino
Macedo, Valter Oliveira, Jesiel Pontes, Edney Gonsalves
(Francisco Morato) e congregações que apoiam e nos
convidam para aulas, pregações e palestras.
Aos pastores do Ministério de Madureira em São
Paulo e no Brasil que apoiam e nos convidam para aulas,
pregações e palestras, são eles: Jasom Secundo, presidente
em Carapicuíba, o seu primo, Davi Secundo presidente
da AD em Curitiba – PR.
Aos pastores da AD no Rio Grande Do Norte, em
especialao Pastor Francisco Oliveira e ao Patriarca Cícero,
ambos na cidade Baraúnas (local onde ouvi a primeira
promessademeuministério do ensino) onde me receberam
carinhosamente, também aos pastores de Mossoró.
Aos pastores da AD em Fortaleza em especial
pastor Paulo Pinho, aos pastores do Piauí e Maranhão em
especial o pastor João Batista.
Aos pastores da AD ministério Paulistano em
especial ao Dr. Eliel e pastor Eli, entre outros obreiros
deste abençoado ministério. Aos pastores de várias igrejas,
comunidades em São Paulo e no Brasil que apoiam e nos
convidam para aulas, pregações e palestras, se fosse citá-
los precisaria um livro somente para isto. Aos meus
alunos, em todos os pontos, seminários e faculdades de
São Paulo, que têm aprendido com as minhas simples
interpretações e exegeses das Escrituras!
Professor Jean Carlos
Itaquaquecetuba, SP, 11 de Janeiro 2017
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Manual de Escatologia Explicada
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INTRODUÇÃO
Alguém ao ler o título “Ex Positis” (isto posto)
“Jurisprudência Escatológica”, poderá pensar que seria
o cúmulo da loucura? Bom, com termos complexos é res
communis ominium (coisa comum a todos).
Mais a tônica centralizada está mesmo na sentença
interrogativa: Existe um relativismo abstrato ou concreto
em conotação expositiva entre a Jurisprudência e a
Escatologia? Terminantemente que sim!
A justiça escatológica, a juridicidade exegética da
Bíblia, a jurisconsultoria da penalização espiritual e a
própria Jurisprudência Escatológica, estão espalhadas
ao longo das passagens do AT como também do NT. Esta
veracidade, por sua vez frenética, também é explícita, não
precisa ser togado, escatólogo ou algum outro especialista
em Escatofobia, para perceber as correlações entre os dois
fatores predominantes.
A dedicatura escatológica tem pleno funcionamento,
eéporsuavezexistenteemumcumprimentodopagamento
do Deus Supremo Juiz, entretanto, ninguém ficará sem a
sua devida recompensa, tanto em sentido positivo como
também em sentido negativo.
A Jurisprudência Escatológica tem sua extensão
no pagamento devido a todos os seres que praticaram
delitos espirituais ou como é chamado de forma geral pelo
Cristianismo: pecado. Em contrapartida, é importante,
mas muito importante mesmo destacar que, nem sempre
“crime” é “pecado” ou até mesmo o “pecado” seja “crime”.
Por exemplo: alguns especialistas brasileiros, dizem que
adultério é um ilícito civil e não crime, mas adultério por
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Uma visão pentecostal conservadora
sua vez continua sendo pecado, mas não é crime; em caso
de pedofilia, tanto é crime como é pecado; pregar em países
islâmicos é considerado crime, porém pregar a palavra de
Deus é pecado?
A Jurisprudência Escatológica nada mais é do que um
relato exposto de todos os julgamentos descritos na Bíblia
Sagrada. Alguns julgamentos já foram realizados, outros
estão em andamento e outros se realizarão no futuro.
Seja bem-vindo à nossa exposição jurídica da Bíblia
Sagrada,equetodosseconscientizemdequetodospassarão
por alguns tipos de julgamento: o homem, a mulher, o
diabo, os anjos.
Nesta obra, o(a) leitor (a) é convidado(a) a refletir
nos temas mais importantes da escatologia bíblica em uma
visão pentecostal ortodoxa conservadora.
Assuntos como: Arrebatamento da Igreja,
a vida após a morte, tribunal de Cristo, a grande
tribulação, o julgamento do anticristo, julgamento das
nações e muito mais. Nesta obra, o leitor (a) poderá
“confrontar” com outras obras já existentes, porque
essa disciplina em si já está acoplada com uma série de
dificuldades. Com certeza, uma ajuda aos iniciantes,
aos amantes da palavra profética e, principalmente, a
todos os servos de Deus que esperam o arrebatamento.
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ABREVIATURAS
a.C. – Antes de Cristo
d. C. – Depois de Cristo
Abl – Ablativo
Ac – Acusativo
Adj. – adjetivo
Aor – Aoristo
ARA – Almeida Revista e Atualizada
ARC – Almeida Revista e Corrigida
Alfalit – Versão Alfalit da Bíblia em Português
AT – Antigo Testamento
ECA – Edição Contemporânea de Almeida
At. – ativo
Gr. – Grego
S. – Versículos seguintes
Impf. – imperfeito
Part. – particípio
Pass. - passivo
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Uma visão pentecostal conservadora
Impr. – imperativo
Ind. – indicativo
KJA. - King James Atualizada
Méd. – médio
NVI – Nova Versão Internacional
NTLH. - Nova Tradução na Linguagem de Hoje
NT – Novo Testamento
Pass. – passivo
Subst. – substantivo
Pron. – pronome
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DEFINIÇÃO DOTERMO ESCATOLOGIA
O termo “escatologia” é técnico. É formado por duas
palavrasgregas,veja:“e)sxato/v,eskhatos”.Substantivogrego
traduzido por “último”; “logo/v, logos”. Tratado, estudo,
doutrina. Ao pé da letra, “escatologia” significa: doutrina
das últimas coisas. Portanto, é a escatologia um estudo
dos últimos acontecimentos da história da humanidade.
Outros autores a identificam como a doutrina das coisas
finais. Fica claro, de acordo com a exposição das escrituras,
que a escatologia está relacionada com o campo profético,
pois envolve o estudo das profecias. Com respeito a essas
verdades futuristas, vejam o que disse o apóstolo João: ARA
“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar
aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer
e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou
ao seu servo João” (AP 1:1) Almeida Revista Atualizada.
FORMAS DE INTERPRETAÇÃO
ESCATOLÓGICA
Está comprovado no contexto histórico que ao longo
dos séculos foram desenvolvidas diversas formas de se
entender a escatologia bíblica. Para efeito de uma boa
compreensão, destacaremos as principais delas, veja:
Preterista
O termo “preterista”, de certa forma, tem ligação com
o termo português pretérito, que por sua vez tem ligação
com o “passado”, ou algo do passado. Agora, com respeito à
formaescatológica“preterista”,éaformainterpretativaque
diz que os acontecimentos (uma boa parte) já aconteceram
na época do império romano. Segundo este pensamento,
a expressão “últimos dias”, sendo assim, nesta relação, já
teria acontecido.
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Uma visão pentecostal conservadora
Futurista
Nesta forma interpretativa, considera a maioria
dos eventos escatológicos como não acontecidos. Nesta
interpretação, considera os capítulos 4-22 do livro do
Apocalipse como ainda não cumpridos.
Histórica
Nesta forma de entendimento escatológico, as
mensagens em Daniel, Ezequiel e principalmente no livro
do Apocalipse, já aconteceram em toda a época da igreja,
e ainda continuam dentro do quadro eclesiológico dos
nossos dias.
Idealista
Neste particular, considera os eventos escatológicos
como simbólicos. Neste modo de entender, a escatologia
não terá qualquer efeito prático sobre a humanidade.
SÍNTESE DAS ESCOLAS INTERPRETATIVAS
Escola existencial
O principal expoente da formulação existencial foi
mesmo Rudolf Bultmann (1884 - 1976). A formulação
existencialista já era presente no campo filosófico, de
acordo com os comentaristas contemporâneos. Bultmann
não escreveu como especialista em teologia sistemática,
mas como estudioso do Novo Testamento. Vejamos as
principais afirmações da escola:
• Ele tem um método, faz separação principal do
seu pensamento;
• Interpretou a escatologia com uma visão
existencialista filosófica;
• Cria que Jesus entendia o reino de Deus como
futuro, e a consumação como futuro próximo.
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Escola consistente
Sobre a origem do termo, está entre Joahanes
Weiss e Albert Schwetzer (1875- 1965). Desenvolveram
a amplitude da escola interpretativa, que acreditava que
as ações de Cristo eram escatológicas. De acordo com
alguns relatos históricos, a escola consistente se formou da
divisão, do cisma dos liberais. Alguns ensinos de Schwetzer
tinham interpretação já para aqueles dias, em referência à
escatologia.
Escola realizada
O principal expoente da terra foi Charles Dodd
(1884- 1973). De acordo com o ponto de vista de Dodd,
as previsões das sagradas escrituras já se cumpriram nos
tempos bíblicos. Ele sustentava que ainda no momento
presente já não nos resta nenhuma especulação profética.
De certa forma, a escatologia realizada tem um certo
paralelismo com a escatologia consistente, sendo que a
escatologia realizada era antagônica aos ensinos de Cristo
como futuros. Por esta razão o nome “realizada”.
Escola individual
Neste particular interpretativo, com referência ao
contexto escatológico, a escatologia pessoal ou individual
acreditava que o contexto escatológico está relacionado ao
indivíduo.Istosereferindoàsuamorte,estadointermediário
e outras. Neste particular o contexto escatológico nada tem
haver com Israel ou com a igreja, somente com o indivíduo.
DOUTRINAS SOBRE O MILÊNIO
AINDA neste volume o (a) aluno (a) encontrará uma
exposição doutrinária sobre o milênio. Mas é preciso ver
também outras posições sobre outras correntes, veja:
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Uma visão pentecostal conservadora
Conceito amilenista
Ao pé da letra, “amilenismo” significa: “não ao
milênio”. O amilenismo é uma doutrina que diz que,
segundo alguns, todas as referências ao milênio devem
ser consideradas como simbólicas ou alegóricas, isto em
consideração aos bens concedidos à igreja, a Israel e ao
mundo. De certa forma, o conceito amilenista descarta a
existência do milênio literal.
Síntese histórica sobre o amilenismo
Bom, a finalidade principal do amilenismo é negar a
existência do milênio literal, terrestre. Agora, o amilenismo
possui outros conceitos teológicos, veja:
• A segunda vinda de Cristo se dará no fim da
época da igreja, não existe um milênio terrestre;
• O capítulo 20 do livro do Apocalipse teve o seu
emprego nas perseguições do império romano,
portanto, nada de futuro;
• Tratam a primeira ressurreição apenas como
símbolo triunfante dos mártires; e
• Em (Ap 20. 4) a segunda ressurreição é a
ressurreição física ensinada no NT.
Conceito pós-milenista
Ao pé da letra, “pós-milênio” significa: depois do
milênio. Neste particular é a doutrina que ensina que o
milênio é a era de plena atuação de igreja aqui na terra.
Enquanto que o amilenismo não acredita no milênio
terrestre, os pós-milenistas creem mais como período da
igreja.
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Síntese histórica sobre o pós-milenismo
Os lideres da reforma, dizem os historiadores,
continuaram com o pensamento amilenista, e não era dada
tanta importância ao contexto escatológico. Uma grande
mudança ao pensamento escatológico foi dada com a
chegada do pós-milenismo. Foi Daniel Whitby (1638-1726)
quem deu origem a este ponto de vista. Outros aderiram a
este pensamento durante os anos.
No período patrístico, especialmente com Justino
Mártir (100 -165?), fica claro que era defendido o pré-
milenismo, porém acreditava que as previsões dos
sofrimentos fossem de certa forma tribulação, sendo que
Jesus voltaria depois da tribulação. Então o pós-milenismo
seria até certo ponto coerente, no ponto de vista de Justino.
E o que dizer da oração de Tertuliano para permanecer em
pé perante Jesus diante daquelas tribulações? Foi mesmo
naidademédiaqueopós-milenismotevegrandeinfluência.
Uma das ideias mais defendidas do pós-milenismo é
mesmo a obra apócrifa de Barnabé, que é um dos mais
antigos escritos paralelos com a bíblia que defende a igreja
passando pela grande tribulação.
Principais ensinos
Um dos fatores predominantes ao conceito pós-
milenista é o sucesso completo da pregação do evangelho.
Também no ponto de vista pós-milenista, o reino de Deus é
umarealidadeterrestre,queéalgopresentenomomento.E,
porfim,osmilanosdescritosnolivrodoApocalipsecapítulo
20, são simbólicos em sua natureza e não têm ideia futura.
O fator predominante do pós-milenismo é mesmo
que a igreja passará pela grande tribulação, e mais:
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Uma visão pentecostal conservadora
• A igreja será poupada da ira, mas não da grande
tribulação;
• Os pós-tribulacionistas não confundem a
“grande tribulação” com “tribulações”;
• No pós–tribulacionismo, “aquele que detém”,
relatado nas epístola aos Tessalonicenses, é o
Espírito Santo, mas não é a igreja. Segundo eles,
em segundo plano não é nem o Espírito Santo
nem a igreja;
• O principal ensino do pós-tribulacionista
é mesmo a passagem da igreja pela grande
tribulação.
Conceito pré-milenista
Ao pé da letra, “pré-milenista” significa: “aquilo
que vem antes”. Agora, referindo-se ao agrupamento
doutrinário do pensamento pré-milenista, é a doutrina
segundo a qual o Senhor virá buscar a igreja para o
arrebatamento no final desta dispensação e, posterior à
grande tribulação, estabelecer o reino do milênio.
Síntese histórica sobre o pré-milenismo
Com o surgimento do pós-milenismo, houve sensível
retorno ao pré-milenismo após os primeiros anos da
reforma. De certa forma, o pré-milenismo tem raízes
históricas na igreja primitiva e teve grandes protagonistas,
mas foi no período da idade média que o pré-milenismo
sofreu grande baixa, e a grande razão para este contexto foi
o conceito de Agostinho.
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Manual de Escatologia Explicada
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Principais ensinos
A principal doutrina deste conceito é um milênio
terreno. Também destaca as duas ressurreições, uma
referindo-se aos santos e outra aos ímpios.
Resumo das três posições
O Amilenismo
O reino milenar não tem nada de literal, é tudo
espiritual, sendo que na posição amilenista Cristo virá a
qualquer momento.
O pós-milenismo
Neste pensamento a igreja já está no milênio, e (Ap
20. 4) é simbólico.
O pré-milenismo
Nesteparticularnãohánadadefiguradoousimbólico,
tudo é real. Jesus virá pessoalmente para estabelecer o
reino milenar de paz na terra.
Mid–tribulacionista
Ao pé da letra, “mid-tribulacionismo” indica “meio”.
Neste conceito, difere do pré-tribulacionismo e do pós-
tribulacionismo. O mid-tribulacionismo indica que a
igreja passará por metade da grande tribulação, ou metade
daquilo que é intensificado em (Dn 9. 24-27).
O mid-tribulacionismo ensina que a igreja estará
presente na terra durante uma parte da grande tribulação.
Segundo este ponto de vista, experimentará uma parte dela,
mas depois será tirada do pior momento da tribulação. O
principal fator do mid-tribulacionista é a distinção entre
uma grande tribulação e a ira.
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Uma visão pentecostal conservadora
DOUTRINAS SOBRE A
GRANDETRIBULAÇÃO
Ao pé da letra, “pré-tribulacionismo” é
exatamente antes da tribulação. Neste modo de ver da
escatologia, significa: doutrina segundo a qual Jesus
virá arrebatar a igreja antes da grande tribulação.
No ponto de vista pré-tribulacionista, acredita-se
que a grande tribulação diz respeito somente aos
judeus e aos gentios. Sendo assim, no ponto de vista
futurista, a igreja não passará pela grande tribulação.
Síntese histórica do Pré-tribulacionismo
De acordo com os historiadores, um dos tais a fazer
um tratado mais detalhado sobre a grande tribulação foi
Irineu, isto se referindo ao período patrístico. De acordo
com os historiadores, Irineu tinha um pensamento pré-
milenista. Foi, contudo, na idade média que a interpretação
escatológica foi colocada como relevante, sendo adotado
um estudo pré-tribulacionismo. No século XIX, o pré-
tribulacionismo explícito ocorreu com o ponto de vista de
Jonh Nelsom (1800 -1882).
Principais ensinos
O fator predominante da escatologia pré-
tribulacionista é mesmo a ausência da igreja durante a
grande tribulação, e mais: a primeira ressurreição terá
duas ou até três etapas, sendo a primeira no momento
do arrebatamento da igreja, enquanto que a segunda na
tribulação e, talvez, a terceira no milênio;
Cristo retornará depois da grande tribulação para
o estabelecimento do milênio na terra; Quem não subir
no arrebatamento sofrerá as consequências da grande
tribulação;
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Manual de Escatologia Explicada
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Da Segunda ressurreição somente os ímpios
participarão.
Pós-tribulacionista
Ao pé da letra, “pós-tribulacionista” significa: depois
da grande tribulação. No que tange ao campo doutrinário, é
a doutrina segundo a qual a igreja será arrebatada somente
após a grande tribulação. Geralmente os textos de (Mt 24)
são interpretados como uma única vinda de Cristo à terra
para arrebatar a igreja.
ETIMOLOGIAS DE ALGUNS
TERMOS LIGADOS À ESCATOLOGIA
Juízo
Este termo pode ser aplicado em diversos ângulos. É
um dos principais termos ligados ao sistema escatológico.
Também,nãodevodeixardesalientar,queestáamplamente
ligado aos campos jurídico, teológico e linguístico.
O termo em sentido jurídico
DeacordocomDr.DonaldoFelipe,emseuimportante
dicionário jurídico, define o termo como: “foro ou tribunal
no qual se julgam e sentenciam pleitos...”. Já o Dr. Leib
Soibelman, apresenta em seu Dicionário Geral de Direito
praticamente o mesmo sentido do exposto acima.
O termo em [o] AT
O termo no AT aparece em ARC mais de 170 vezes e
é lógico, com vários termos em hebraico.
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Uma visão pentecostal conservadora
a) jpv - Shâphat
Este verbo hebraico é um dos que ocorre com
maior frequência em [o] AT. Este até atravessa o sentido
básico de julgar, sendo assim, para esta direção do
verbo, basta ler os seguintes textos: (Ex 2: 14; 1 Sam
8: 20). Mas, dependendo do contexto, o verbo pode
ter os seguintes sentidos: “julgar, decidir, exercer a
função de juiz”, como assim o fez Moisés (Ex 2: 14).
O termo também pode ter o sentido de “resolver”,
mas resolver o que? Depende de qual assunto se ponha a
resolver. De acordo com alguns entendidos em hebraico,
‘juízo’ era um termo comum na nação de Israel.
O termo em [o] NT
O termo aparece em ARC em [o] NT mais de 60 vezes,
a primeira vez que aparece está localizado em Mateus 5: 21.
a) kri/nw - krinô
Este verbo grego em foco, envolvendo todas as
conjugações, aparece mais de 30 vezes em todo o NT.
Ele carrega uma amplitude de significados, por exemplo:
pode ter o sentido de: “separar”, “distinguir”, sendo assim,
com sentido de “selecionar”, juízo, também pode observar
o sentido de seleção (ver At 24: 25; Hb 6: 2). Ainda mais
um sentido pode ser acrescentado, como o de julgar ou até
mesmo observar (1 Co 11: 13).
Uma grande realidade do verbo ‘krinô’ é o sentido de
peculiar do termo ‘juízo’ que é “interpretar”, sendo assim,
um juízo não precisará de interpretação? As verdades
espirituais daqueles que possuem o Espírito Santo não
precisarão de interpretação? (1 Co 2: 13).
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Manual de Escatologia Explicada
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a) kri/siv - krissis
Aqui já temos um substantivo, procedente do mesmo
radical já alistado e basicamente significa “juízo” ou
“julgamento”. Agora, é importante salientar que às vezes o
termo indicará, dependendo do contexto, “sentença” ou até
mesmo “ato condenatório” (Mt 23: 33; Jo 5: 24).
Observe que ARA traduz (Jo 3: 17) o substantivo
em foco como ‘julgamento’, já KJA como ‘condenar’. Na
realidade todos os termos provenientes do radical sempre
empregam sentidos jurídicos rigorosos, sempre ato
sentencial. Portanto, o termo será passivo de mudanças de
tradução dependendo do contexto (Jo 8: 10; Rom 8: 34).
O termo em latim
O termo proveniente do latim e usado na vulgata
é iudicio, aparece pelo menos 88 vezes na vulgata. Pelas
dificuldades de línguas clássicas entre o “i” e o “j”, no
Dicionário de Latim, do Ministério da Educação, temos
“judicio”, com “J” em vez de “iudicio”, com “I”. De “judicio”
deu origem ao termo “judicial”.
O termo “judicio” tem correlação com o mesmo
radical, que é o substantivo “judicium”, empregado em
latim como termo técnico e tendo alguns sentidos, veja:
a) SENTIDO PRÓPRIO: (muito comum em língua latina)
Neste particular, “judicio” tem o sentido como uma
ação de julgar ou um ofício de um juiz;
b) SENTIDO AMPLO:
Neste âmbito, o termo “judicium”, encabeça o sentido
de ação judicial ou até mesmo um processo de investigação
judicial;
27. 27
z
Uma visão pentecostal conservadora
c) SENTIDO FIGURADO:
Com muitos termos latinos, grego, hebraico e em
língua portuguesa, tem sua conotação figurativa como
“juízo”, “opinião” (por este motivo que às vezes as opiniões
se divergem consideravelmente) ou até mesmo “parecer”.
Também em sentido figurado o termo ‘juízo’ se aplica à
faculdade de julgar, a razão e a inteligência.
De uma forma ou de outra, o substantivo “judicium”
sempre está associado ao ato judicial.
Tribunal
Dos termos no contexto estudado, em minha opinião
é este um dos mais amplos.
O termo em sentido jurídico
De acordo com o Dr. Felipe, o termo ‘tribunal’
indica: “conjunto de magistrados que constituem em órgão
judiciário”. Em contrapartida, o Dr. Leib, apresenta uma
casa onde se processam diversos assuntos e se resolvem as
causas.
O termo em latim
Dois termos latinos principalmente onde aparecem
em vulgata latina. Devo destacar dois que são utilizados
para a Língua Portuguesa, são eles:
a) “judicium”
b) “tribunal”
O primeiro alistado acima é intercalado com juízo,
estudado anteriormente. Já o segundo, envolvendo todos
osseuscorrelacionados,aparecemaisde15vezesnavulgata
latina.
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Manual de Escatologia Explicada
28
a) SENTIDO PRIMITIVO:
O substantivo em foco tinha como sentido de
um tribuno (orador de assembleias políticas) onde se
sentavam; a partir daí, passou a designar local de assentos
de magistrados ou juízes. Então, o termo indica que alguém
vai se sentar (juiz) para ‘resolver’ um assunto qualquer.
O termo em [o] AT
Em a língua hebraica temos um termo que aparece
com certa frequência no AT.
a) aseKi-Kisse’
Este substantivo hebraico é um dos que mais aparece
em [o] AT, contudo, na maioria das vezes é traduzido por
‘trono’ (Dt 17: 18; 1 Re 1: 46; 2 Re 10: 30; 2 Cr 6: 10; ET 1:
2). Este termo em hebraico indica basicamente ‘cadeira’ ou
‘assento de honra’ ou até mesmo ‘trono’. Sendo assim, na
ideiadotermoemfoco,‘tribunal’seriaumassentodehonra.
b) !jlvi- Shaletan
Já este substantivo aparece como menos frequência
em o AT do que o primeiro alistado acima. Contudo traz
mais uma ideia de ‘domínio’, ‘soberania’ (Dn 4: 23; 6: 27).
Sendo assim, na ideia do termo hebraico em foco, “tribunal”
é soberania ou domínio. Devemos prestar atenção que
depende de sua tradução, em cada contexto enunciado.
O termo em [o] NT
No NT a primeira ocorrência do termo ‘tribunal’ em
ARC se dá em Mateus 27: 19. Já em ARA se dá em Mateus
5: 22. Nestas duas ocorrências KJA traduz ambas as
passagens também como ‘tribunal’. Das treze ocorrências
do substantivo em foco em ARA, encontramos pelo menos
três termos gregos distintos, veja:
29. 29
z
Uma visão pentecostal conservadora
a) Sune/drion - synédrion
Observe que em ARA traduz este substantivo como
‘tribunal’. Aqui o termo é sinédrio, isto é; o alto conselho
ou o mais elevado corpo de governo, julgamento nativo
na Judeia. Sendo assim, traz uma ideia de relação ou
correlação com questões judiciais. De acordo com a Bíblia,
o sinédrio tinha poder para resolver questões pendentes
(At 5: 31-36).
b) bh=ma – bêma
Inicialmente, este substantivo indicava apenas um
‘passo’ ou uma ‘passada’ (At 7: 5). Mas encontramos em
dez ocasiões aproximadas, o termo ‘bêma[tos]’ indica uma
relação ao ‘tribunal’ de julgamento (At 18: 16, 17 Rom 14: 10;
25: 17). Ainda outros termos poderiam ser traduzidos por
tribunal. No tribunal encontramos as casas de audiência
judiciais. No tribunal é o local onde uma pessoa é julgada.
Sentença
Este substantivo aparece muito mais em ARA do que
em ARC, já que ambas as traduções se intercalam em sua
tradução.
De acordo com o Dr. Leib, principalmente a sentença
condenatória é a questão que decide a questão fundamental
de uma determinada causa. Já o Dr. Donaldo, define o
substantivo como uma decisão que o juiz ou tribunal
profere sobre a quem for direcionada.
Basicamente, encerra o pensamento moral ou da
opinião judiciosa.
30. z
Manual de Escatologia Explicada
30
Gr. Krissis -juízo – sentença – condenação
Em Jurisprudência Escatológica, haverá diversas
sentenças que serão pronunciadas pelo Supremo Juiz,
Jesus Cristo. Estes acontecimentos acompanharão ao
longo do estudo.
Condenação
Este substantivo aparece com mais frequência
na versão ARC: mais de 20 vezes. De acordo com o
Dr. Leib, ‘condenação’ seria a sentença que condena o
réu. A condenação seria o ato ou efeito de julgar. Sendo
assim, existem basicamente duas formas de sentença, a
condenatória e a absolutória. Em Escatologia, a sentença
condenatória será para aqueles, que:
a) Amarem as trevas (Jo 3: 15-19);
b) Não crerem em Jesus como Salvador (Jo 5: 24);
c) Praticarem de ofensas (Rom 5: 16);
d) Participarem da Ceia indignamente (1 Co 11: 23).
31. 31
z
Uma visão pentecostal conservadora
JULGAMENTO DO PECADO ORIGINAL
É evidente que todo o processo de um julgamento não
é instantâneo, isto é, de acordo com alguns especialistas
em Direito. Abaixo segue os passos básicos:
Aquisição da notícia
Nesta parte se dá a informação do acontecido, quando
se tem a notícia de um determinado crime ou pecado.
A prisão
De acordo com o Dr. Leib, prisão é uma espécie
de perda de liberdade pessoal nos casos descritos na
Legislação Brasileira. Para apenas averiguação de um
processo escatológico, destacaremos apenas dois tipos
básicos de prisão: a preventiva e a provisória. No primeiro
termo, apenas uma medida cautelar é decretada, enquanto
que, o segundo se refere a uma espécie de prisão que não
decorre de uma sentença condenatória transitada em
julgado. Além destes termos, temos: o processo, dentro
deste processo de desenrola uma investigação d[os] fatos, a
fim da averiguação dos mesmos, concluído o tal inquérito,
temos a audiência ou julgamento e sentença.
É evidente que a alguns dos termos alistados acima
se devem considerações mais amplas, haja vista que quem
vos escreve não é especialista em Direito.
Aquisição da notícia no âmbito escatológico
Quando se deu a aquisição da notícia de tal crime
(pecado)? A aquisição desta notícia d[os] pecados de nossos
pais se deu no Éden.
De acordo com a Bíblia, o primeiro homem foi criado
por Deus, veja;
32. z
Manual de Escatologia Explicada
32
“EdisseDeus:Façamosohomemànossaimagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o
gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que
se move sobre a terra” (Gn 1: 26).
Esta é a primeira vez que aparece a palavra homem
tanto em ARC como em ARA. Vem do hebraico ‘Adam,
que aparece mais de 360 vezes em [a] Bíblia Hebraica. O
substantivo hebraico é traduzido às vezes por homem e
também como Adão. A notícia de seu fracasso e sua queda
‘crime’ tem aqui, veja:
“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias
do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse
à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda
árvore do jardim?
2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do
jardim comeremos,
3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse
Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não
morrais.
4 Então, a serpente disse à mulher: Certamente não
morrereis.
5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se
abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem
e o mal.
6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se
comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também
a seu marido, e ele comeu com ela.
33. 33
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Uma visão pentecostal conservadora
7 Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram
que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram
para si aventais” (Gn 3: 1-7).
Aqui temos o relato d[o] acontecido. A mulher
colocou a culpabilidade à serpente, o homem por sua vez à
mulher. Este fato também é descrito por Paulo (Rom 5: 12).
A prisão no âmbito escatológico
Qual foi sua prisão? (a de Adão). É evidente que no
ato flagrante (Deus tudo vê) eles não foram a uma prisão
física ou delegacia, é meramente espiritual e simbólico.
Um pouco sobre a morte
O termo em si é simples de responder, porém, o
conteúdo profundo e sistemático não é tão simples assim.
Como substantivo feminino o termo “morte” fala de: ato
ou efeito de morrer, fim da vida animal ou vegetal, saída da
alma do corpo. Deu para observar que, de todos os temos
acima, nenhum é desconhecido. De acordo com o IBEP
(instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas), existem,
entre verbos, adjetivos e substantivos, sessenta e cinco
(65), termos diretos e ligados ao termo “morte”.
Morte no contexto filosófico
A morte é a única certeza do homem (apesar de que
no campo espiritual temos outras), com tal certeza, torna-o
certo o seu fim. O homem é finito. A filosofia tinha a morte
simbólica na prática, exemplo disto é o nascimento, que
é considerado como primeira “morte”, por este motivo é
relacionado à primeira perda, primeira separação. O que
acontece com o cordão umbilical? Acontece que a vida no
útero materno “encara” o novo habitat, o novo ambiente.
O grande filósofo Platão resumiu, seu pensamento sobre a
34. z
Manual de Escatologia Explicada
34
morte como liberdade de espírito. Outros filósofos também
falaram sobre o tema.
Morte no contexto bíblico
O termo grego traduzido é “qa/natov, thanatos”, este
aparece diversas vezes no NT. O termo tanto pode referir-
se à morte natural (Mt 10. 21; 20. 18; Jo 11. 1), como a morte
espiritual (Mt 4. 16; Jo 8. 51; Rom 1. 32). Em primeira
instância, o termo grego, refere-se à separação do corpo
da alma, isto é, o homem interior separa-se do exterior.
O termo também traz um sentido de separação eterna do
homem da pessoa de Deus (morte eterna). A morte então
seria a separação do corpo da alma. A morte para o servo
de Deus é como um veículo, para Ele. A Bíblia diz que é;
reunir-se ao seu povo (Gn 49.33), dormir com os seus pais
(Dt 31. 16), voltar ao pó (Sl 104. 29), dormir (Jo 11. 11),
espirar (At 5. 10), desfazer-se de nossa casa terrestre (2 Co
5. 10). Lembrando que a morte não é o final, mas o “início”
de uma nova etapa da existência humana. Isto nada tem a
ver com a doutrina espírita da reencarnação. De certa forma
a morte seria como “o término da existência humana”.
Processo em andamento
De acordo com a Bíblia, depois do pecado de Adão
e Eva, todo pessoa entra neste mundo com uma natureza
pecaminosa (Rom 5: 12; 1 Jo 8). Sendo assim, esta é a
investigação conclusiva: todos pecaram.
Fica muito claro em [a] Bíblia Sagrada que Adão,
após o seu ato pecaminoso deu origem ao pecado de todos,
assim sendo, este é o pecado original, isto é, todos já nascem
com ele, não tem como alguém escapar (1 Co 15: 21). Adão,
também é conhecido por alguns especialistas como pai da
humanidade caída.
35. 35
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Uma visão pentecostal conservadora
O julgamento que nos livraria
Esta audiência se deu no primeiro século. Está
registrado por todos os quatro evangelistas. A fim de
facilitar a compreensão de todos os leitores (as), resumo
todo o processo deste julgamento, que nos livrou da
culpabilidade, veja;
a) De acordo com a Bíblia, este julgamento
começou com a Prisão de Jesus descrita nos
evangelhos (MT 26: 47-56; Mc 14: 43-52);
b) Também temos a participação religiosa de
Anas e Caifás (Jo 18: 1-4; Lc 22: 54-65);
c) A alta coorte judaica participou desta
condenação (LC 22: 66-71);
d) Encontramos também na Bíblia a participação
dos procuradores romanos em seu julgamento
(MT 27: 2-14; Lc 23: 27-30), depois a sentença:
condenação à crucificação (MT 27: 35).
O julgamento do pecado original se deu na cruz. De
acordo com a Bíblia Sagrada, o Senhor Jesus em seu corpo
recebeu a sentença divina, praticando a morte de cruz pelos
pecadores. Para esta verdade, basta observar os seguintes
textos (Jo 5: 25; 1 Pe 2: 24).
A leitura de sentença no âmbito deste julgamento.
Neste julgamento, do pecado original, devo destacar
dois tipos de sentença, a saber:
36. z
Manual de Escatologia Explicada
36
a) SENTENÇA CONDENATÓRIA:
Esta já entra em vigor sumariamente àqueles que
não crêem em Jesus, nem aceitam o ‘recurso’ empregado
por Cristo na cruz (Jo 3: 17, 18);
b) SENTENÇA ABSOLUTÓRIA:
Esta está em vigor atualmente para aqueles que
entrarem com pedido de recurso na cruz. Assim sendo,
quem está em Cristo, ou seja, aquele que apelou ao STD
(Supremo Tribunal Divino) foi acatada a posição de ser
uma nova criatura e nem uma condenação mais está ou
lhes é atribuída em virtude do ex-réu estar atualmente em
Cristo (Rom 8: 1).
Julgamentos dos pecados do crente
Este julgamento penso eu, é onde Cristo mais
‘trabalha’, já que no mundo existem crentes por todas as
partes.
Aquisição da notícia no âmbito escatológico
Este particular é muito genérico, já que envolve
questões d[a] atualidade. É evidente que nesta aquisição,
me refiro aos dias atuais.
Processo cabível ao cristão
Não é porque temos Cristo como nosso grande
advogado que vamos sair por aí pecando, pecando...
Devemos fazer um autojulgamento diariamente. De certa
forma, todos os cristãos pecam diariamente, contudo, não
vivem na prática contínua do pecado (1 Jo 1: 8-10).
Em minha modesta opinião, cabe aos cristãos
vigiarem constantemente, fazendo sua parte, confessando
seus pecados e colocando-se diante d[o] Senhor.
37. 37
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Uma visão pentecostal conservadora
Análise detalhada de 1 Pedro 4: 17
Deacordocomesteversículo,vejamnelequedevemos
dar um passo, de acordo com a Bíblia. No texto parece algo
coletivo, mas também devemos levar em sentido individual.
Processo cabível ao advogado
De acordo com a Bíblia, o objetivo de João é pedir que
os seus leitores não pequem. Observe o verbo empregado
pelo apóstolo é hamartête aoristo do subjuntivo ativo. O
modo subjuntivo funciona como uma probabilidade, sendo
assim, João está escrevendo a eles a fim de que eles não
tenham como resultado o pecado, contudo, mesmo assim,
vindo acontecer, eles teriam um advogado.
O termo advogado em latim
O termo é proveniente do latim advocatus e carrega
os seguintes sentidos, veja;
a) Ajudante;
b) Defensor.
No caso do grego, o termo é paraklêtos e significa:
ajudador, intercessor e advogado.
Devemos salientar que porque temos Cristo como
advogado, não devemos abusar em pecar continuamente.
Quem julga os pecados atuais cometidos pelos crentes é
Jesus Cristo, nosso advogado. Agora, chegará um tempo
que ELE atuará como Supremo Juiz.
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Manual de Escatologia Explicada
40
DEFINIÇÃO DO
ESTADO INTERMEDIÁRIO
Duas questões polêmicas são levantadas no contexto:
de onde o homem veio e para onde ele vai. Logo, entram
em cena “grandes” comentários seculares, que na realidade
só servem mesmo para vender, pois não trazem em si
argumento profundo.
No estado intermediário, a vida após a morte, o corpo
vai à sepultura, alma e espírito fazem junção e vão a Deus,
se estiverem em comunhão com Ele. Já os que estão sem
Deus irão ao Hades. Veja o gráfico na outra página.
Intermediário, termo que vem do latim
“intermédiaire”, no português é aproximadamente do
ano (1608). Tem o sentido de ‘que está entre dois termos
e forma transição’; do lat. “Intermedìus”. Indo um pouco a
fundo, pode se dizer que tem o sentido variado.
a) Que está no meio de; ou entre dois; intermédio,
interposto;
b) Meio-termo; transição;
c) Pessoa que intervém para conseguir alguma
coisa para outrem; mediador, medianeiro;
Ex.: As partes em conflito aceitaram-no como i.
para apaziguá-las
d) Indivíduo que, em negócios, atua entre o
vendedor e o comprador ou entre o produtor e o
consumidor.
41. 41
z
Uma visão pentecostal conservadora
Istopodesersimplificadocomapessoadocorretor.Já
com referência ao “estado intermediário na Bíblia”, pode-
se dizer que é: “o período que vai da morte à ressurreição
do indivíduo”. Fica claro na Bíblia que todos os homens
hão de morrer (exceto os crentes arrebatados) (Hb 9. 27),
agora, na bíblia encontramos também que todos hão de
ressuscitar ou na primeira ou na segunda ressurreição.
É muito provável que os primeiros cristãos não
tinham uma ideia fundamentada do assunto. Na maioria
das vezes, eles acreditavam que os ímpios iam direto para o
inferno, enquanto que os justos imediatamente para o céu.
Todavia, eles começaram a estudar mais sobre o tema, até
a doutrina do estado intermediário ser desenvolvida em
Irineu, Hilário, Ambrósio e Agostino.
Nesta dispensação, o estado intermediário começa
com a morte do indivíduo, e se ele morreu com Cristo,
terminará na ressurreição na hora do arrebatamento da
igreja. Agora, se ele morreu sem Cristo, só terminará com a
segunda ressurreição no grande juízo final.
De certa forma, este “estado” começa com a morte
do indivíduo. No caso daquele que morre com Deus,
começa na sua morte, é claro, e termina no momento do
arrebatamento da igreja, quando a Bíblia diz que acontece
a primeira ressurreição. A frase “os que morrerem em
Cristo”, refere-se ao término deste “estado”. (1 Tes 4. 13-18).
O estado intermediário do homem sem Deus
Começa com sua morte, é claro, e só terminará no
momento da segunda ressurreição, no julgamento do
grande trono branco.
42. z
Manual de Escatologia Explicada
42
O estado intermediário na grande tribulação
Na grande tribulação também haverá este “estado”, e
por sinal pode ser o mais curto que os demais já alistados.
Quando começa? Também começará com a morte
do indivíduo. Aí, devemos fazer duas distinções: aqueles
que morrerem por causa das perseguições efetuadas
pelo anticristo, por não aceitarem o 666 ou o governo
do anticristo, começará na própria grande tribulação e
terminará no final dela (grande tribulação) com a descida
visível de Cristo (Zc 14. 1-3; Ap 19. 11). Já aqueles que
morrerem por pragas, pestes, doenças, entre outras
misérias, estes que não se converterem, começará também
na própria grande tribulação, e como os que morrem hoje
sem Cristo, só terminará no grande trono branco. (Ap14.
12, 13)
O termo em si é simples de responder, porém o
conteúdo profundo e sistemático já não é tão simples assim.
Como substantivo feminino, o termo “morte” fala de ato ou
efeitodemorrer,fimdavidaanimalouvegetal,saídadaalma
do corpo. Deu para observar que, de todos os termos acima,
nenhum é desconhecido. De acordo com o IBEP (Instituto
BrasileirodeEdiçõesPedagógicas),existemrelacionadosao
temoemfoco,entreverbos,adjetivosesubstantivos,sessenta
e cinco (65) termos diretos e ligados ao termo “morte”.
MORTE NO CONTEXTO FILOSÓFICO
A morte é a única certeza do homem (apesar de que
no campo espiritual temos outras). Com tal certeza, torna
certo o seu fim. O homem é finito. A filosofia tinha a morte
simbólica na prática, exemplo disto é o nascimento, que é
considerado como primeira “morte”. Por este motivo que
é relacionado à primeira perda, primeira separação. O que
acontece com o cordão umbilical? Acontece que a vida no
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Uma visão pentecostal conservadora
útero materno “encara” o novo habitat, o novo ambiente.
O grande filósofo Platão resumiu seu pensamento sobre a
morte como liberdade de espírito. Outros filósofos também
falaram sobre o tema.
Morte no contexto bíblico
O termo grego traduzido é “qa/natov, thanatos”, este
aparece diversas vezes no NT. O termo tanto pode referir-
se a morte natural (Mt 10. 21; 20. 18; Jo 11. 1), como a morte
espiritual (Mt 4. 16; Jo 8. 51; Rom 1. 32). Em primeira
instância, o termo grego refere-se à separação do corpo
da alma, isto é, o homem interior separa-se do exterior.
O termo também traz um sentido de separação eterna do
homem da pessoa de Deus (morte eterna). A morte então
seria a separação do corpo da alma. A morte para o servo de
Deus é como um veículo para Ele. A Bíblia diz que é reunir-
se ao seu povo (Gn 49.33), dormir com os seus pais (Dt
31. 16), voltar ao pó (Sl 104. 29), dormir (Jo 11. 11), espirar
(At 5. 10), desfazer-se de nossa casa terrestre (2 Co 5. 10).
Lembrando que a morte não é o final, mas o “início” de
uma nova etapa da existência humana, isto nada tem a ver
com a doutrina espírita da reencarnação. De certa forma,
a morte seria como “o término da existência humana”.
Outras definições
Indo um pouco a fundo, teologicamente falando,
morte seria a separação do corpo da alma. A morte teve
introdução no mundo em consequência do pecado de Adão
e Eva (Gn 2. 17). Como na bíblia Adão é representante de
toda a humanidade, logo toda a humanidade peca e morre
(Rm 5. 13-15). Agora, a bíblia diz que Cristo reverteu os
efeitos da morte, veja em 1 Coríntios 15. 54-57. A BÍBLIA
FALA DE DIVERSOS TIPOS DE MORTE
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Comprovação científica de vida após a morte
O termo foi muito debatido por grandes pensadores
como Platão, Aristóteles, entre outros. A vida após a morte
e o retorno após a morte clinicamente comprovada têm sido
objetodemuitadiscussãoemnossosdias.Aideiaderetorno
após a morte clínica serve como grande fundamento da
imortalidade da alma. Existem diversas provas científicas
e clínicas sobre pessoas em que a separação do corpo e da
alma já tinha acontecido, isto é, já tinham morrido; estas
pessoas puderam perceber, de acordo com o testemunho
de especialistas, que sentiram a sensação da morte.
Écombasenestasexperiênciaseemalgunslugaresdas
escriturasqueamorteclínicanãoéotérminodasconcepções
espirituais do homem. A Tanatologia (ciência que estuda
a morte e o ato de morrer) tem como perita a Doutora
ElizabetK.Dizemqueelatevediversasexperiênciasnaárea.
A doutora, em um dos seus escritos, disse o seguinte:
“As pessoas que abandonaram seus corpos
físicos, foram saudadas por alguém, há quem
muito estimavam algumas pessoas...”
UMA PALAVRA SOBRE
A PARAPSICOLOGIA
Todo comentário, tese, livro, etc., que comenta
assuntos paranormais, telepáticos e de vida após a morte,
não pode deixar de dar uma palavra sobre parapsicologia.
Hoje em dia, não são poucos os que estão tentando explicar
os fenômenos. À luz da experiência humana, estaria
correto?
45. 45
z
Uma visão pentecostal conservadora
Definição
Nada melhor para definir tal termo como o dicionário
de parapsicologia e psicanálise. De acordo com o dicionário,
otermoemfocoécompostode:Para+psicológico,esedefine
como “uma disciplina [ou matéria], ciência que investiga
fenômenos que, existindo em natureza, não são habituais,
são possíveis, mas incertos”. Que “está debaixo do ponto de
vista qualitativo e sob o ponto de vista quantitativo, tendo
em vista uma sistematização e complexidade do contexto,
os fenômenos do estudo”. O estudo é aplicado em duas
escolas, a saber:
Escola Norte-americana de Joseph Banks
Nesta escola, procuram-se explicar os fenômenos
paranormais como sendo de origem psicológica.
Escola Russa de Vasselien
Esta escola procura explicar os fenômenos
paranormais como sendo de origem fisiológica. Estas
duas escolas começaram a encarar os fenômenos. O termo
parapsicologiajáeracitadoemmeadosde1889porDessoir.
Parapsicologia x Metafísica
Charles Richet definiu assim a metafísica:
“Uma ciência que tem por objetivo a produção
de fenômenos, mecânicos e psicológicos,
devido à força de seres inteligentes ou poderes
desconhecidos, latentes na inteligência humana.”
Considerando de uma maneira ampla, as definições
dos especialistas tanto para metafísica quanto para
parapsicologia, somos levados a afirmar que tanto uma
ciência como a outra são a essência da mesma coisa.
46. z
Manual de Escatologia Explicada
46
Termos ligados à parapsicologia
Hipnose
Alucinação
Animismo
Telepatia
Clariaudiência
Autocopia intensa
Aparição
Clarividência
Correspondência cruzada
Redestesia
Escotografia
Xenoglossia
Regressão do tempo
A princípio, o contexto da parapsicologia seria apenas
um contexto científico, porém, conforme vamos aprofundar
no estudo, esta ciência então vai se envolvendo ao conceito
místico-espírita, até certo ponto, a parapsicologia parece
ser apenas uma ciência, mas tentar explicar fenômenos
somente no contexto racional é perigoso, já que fenômenos
estranhos - e ponha estranheza nisto! -, são de certa forma
de origem maligna. Sendo assim, entra em ação a seguinte
questão: como explicarei o invisível somente com o uso
47. 47
z
Uma visão pentecostal conservadora
da razão? Cabe-nos também tentar explicar ou fornecer
uma explicação sobre as pessoas que apresentam poderes
paranormais, psíquicos, sem que tenham-se envolvido com
qualquer tipo de prática oculta, ou até mesmo com uma
prática religiosa. Para alguns, isto nada mais é que algumas
pessoas que possuem certos poderes mentais inatos.
O “dom” neste caso seria voluntário ao possuidor?
Agora, todas as práticas no campo da parapsicologia,
hipnose, regressão, etc., de onde estão vindo estas forças
paranormais? Seria exclusivamente da mente humana?
A prática parapsicológica de entortar garfos, colheres ou
outros objetos seria exclusivamente da mente humana?
E onde fica a manipulação dos demônios neste
contexto? Tais fenômenos não podem ser atribuídos
a Satanás? Então, aqui concluímos: até certo ponto a
parapsicologia é uma ciência, porém quando entra no
campo alheio parece ser mais uma forma disfarçada de
ocultismo e mistura de velhas práticas ocultas.
48. z
Manual de Escatologia Explicada
48
ESTUDO SOBRE O INFERNO
No arraial evangélico “é o lugar do fogo, onde o
diabo governa...”, esta é a primeira impressão deste lugar.
Todavia, é preciso saber dos vários termos traduzidos tanto
do hebraico como do grego, veja:
Definição
O termo “inferno” vem do latim, indicando um lugar
que fica sob a terra. O termo ainda pode conter outras
definições:
a) Lugar de suplício, penas, criado por Deus, a
princípio para colocar o diabo e os demônios, que
participaram da rebelião contra Deus, no passado.
b) Lugar para custodiar as almas de todos os que
rejeitarem a obra expiatória do calvário efetuada
por Jesus.
O inferno e quatro termos interligados
SHEOL
Significa: “o mundo subterrâneo que recebe os
mortos”. É um lugar em que não existe lembrança de Deus
(Jó 10. 21 22; Sl 6. 5), em síntese, o termo servia para
morada dos mortos sem Deus (Dt 32. 22; 2 Sm 22. 6).
Alguns eruditos acreditam, sem contudo provarem
com segurança, que no Sheol haveria diversas repartições
(Gn 37. 25; Num 16. 33). O termo também indica trevas,
escuridão (Is 38. 18).
49. 49
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Uma visão pentecostal conservadora
Evidentemente que já adiantamos acerca do destino
do homem com e sem Deus. Em síntese, o “Sheol” seria
a morada dos mortos (Dt 32. 22; 2 Sm 22. 6; Sl 18. 5).
Observamos em algumas traduções que o termo hebraico é
traduzido como “sepultura” e “abismo”, porém, a meu ver,
acho que também poderia ser traduzido como inferno.
Com referência à situação etimológica da palavra, é
incerta. A ideia inicial da palavra é que era um lugar para os
mortos, tanto bons como ruins. Alguns eruditos acreditam
que no local ou ambiente existam duas repartições ou
diversas (Num 16. 33).
HADES
O termo em foco é correspondente ao Sheol do AT.
É o mundo subterrâneo, como lugar dos mortos, ou lugar
invisível dos mortos (ver Ap 20. 13). Algumas vezes o
termo é traduzido como inferno (Mt 11. 23; Lc 10. 15; At 2.
27). A verdade é que Hades é usado no NT para referir-se
ao mundo dos mortos. De acordo com a mitologia grega,
Hades estava aplicado ao deus do submundo, o filho de
Cronos. Diziam que este dominava a região para onde iam
os mortos. Com referência ao contexto etimológico, o termo
é incerto, pelo menos duas sentenças são observadas, veja:
de acordo com alguns estudiosos, o termo Hades, deriva
de “idein”, isto é, ver, junto com um prefixo negativo “a”,
sendo assim, significa “invisível”. Outros acreditam que o
termo Hades deriva-se de “aianes”, isto é, feio, sendo assim,
teria o sentido de “horripilante”. Quaisquer que sejam as
cláusulas, Hades refere-se ao mundo dos mortos.
O “Hades” não pode ser confundido com o “lago de
fogo” relatado no Apocalipse, mas deve ser entendido como
uma sala de espera, isto é, as pessoas que lá se encontram
estão aguardando sua sentença final, o próprio lago de fogo.
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Manual de Escatologia Explicada
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O “Hades” é lugar de todos os mortos, só que com
uma diferença: hoje, nesta dispensação, os santos não se
encontram mais lá, somente os que partirem sem Cristo,
como entender isto? De acordo com Lucas 16. 19-24, havia
um grande abismo que separava os justos dos injustos após
a ressurreição (Ef 4. 14), Cristo levou estes santos para o
terceiro céu (comparar Ef 4. 14 com 2 Co 12. 2, 4). Embora
esta afirmação não seja concordada por muitos.
GEENA
Este termo importantíssimo aparece 6 vezes no NT
(Mt 5. 22, 29; 23. 15; Mc 9. 45, 47; Tg 3. 6). Thv ge/enan tou=
purou=, tês geenan tu puros. À luz do termo grego, “geena”
seria a habitação eterna dos ímpios, mas também pode
indicar que no “geena” não existe ausência de sofrimento,
pois o termo geena será sempre acompanhado com “fogo”,
este componente indica sofrimento. O termo grego também
pode indicar “o inferno”, ou para ser mais preciso, o lago de
fogo.
O termo grego é a forma hebraica “gê hinnôm”
(Vale de Hinom). Literalmente falando, o Vale de Hinom
ficava ao sul de Jerusalém e tinha aproximadamente dois
km de comprimento. Nesse vale estava a “tremenda” e
horripilanteobraaodeusMoloque,adivindadenacionaldos
Amonitas. De acordo com (1 Re 11. 5; Jr 49. 3), é chamado
de Milcom ou Malcã. No contexto do deus Moloque, tinha o
sacrifício de crianças no fogo (ver 2 Re 16. 3; 21. 6) e este tipo
de sacrifício ficava no vale. Por motivo da consequência da
queda espiritual de Judá, eram praticadas pelos idólatras,
tais afrontas foram combatidas pelo “bom” rei Josias, que
profanou o vale, transformando-o em um monturo.
A partir de então, o vale passou a receber os corpos
dos criminosos e de animais, que ali eram queimados. O
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Uma visão pentecostal conservadora
valetambémpassouareceberolixodacidadedeJerusalém.
Caro (a) leitor (a), na cidade de São Paulo existe um bairro
por nome de Perus que tem um “grande” lixão, enquanto
os gases estão em evidência o fogo jamais se apaga. No
vale de hinom não era diferente; como a quantidade de
lixo era considerável, a impressão era que o fogo jamais se
apagaria. Como o fogo era contínuo, então o termo “vale
de hinom” tem o seu equivalente grego que é justamente
“geena”, como o fogo de hinom não se “apagava”, então
o seu correspondente Geena passou a ser sinônimo de
inferno ou presença de sofrimento.
TÁRTARO
O termo grego em foco aparece unicamente em (2
Pe 2. 4), e foi lá traduzido por “inferno”. De acordo com a
mitologia grega, tártaro se achava localizado sob o Hades e
indicava um abismo subterrâneo no qual os deuses rebeldes
e outros seres, como os titãs, eram punidos. Agora, sobre a
localização do tártaro, é muito possível que esteja no Hades,
em uma repartição (2 Pe 2. 4). “Lançou no mais profundo
abismo...”, esta é a ideia do termo, o mais profundo abismo
no Hades? Contudo esta ideia é apenas especulativa.
ABISMO
Inicialmente,otermoindicavaumlugarsemfundo,sondável
e às vezes indicava os oceanos (Sl 42. 7), posteriormente o
termo passou a ter o sentido de profundidade insondável,
mundo subterrâneo, habitações e prisões de demônios. O
termo hebraico para abismo têhom, e o grego “a)bu/ssov,
abyssos”, indica uma abertura vertical de fundo insondável,
cova sem fundo. O termo grego, só no NT, aparece 9 vezes,
a principal ideia do termo é mesmo “prisão de demônios”
(Lc 8. 51; Ap 9. 2). No Apocalipse é o lugar designado para
onde estará indo o diabo permanecer durante o milênio
(Ap 20. 1-3), trata-se de uma prisão espiritual, que servirá
52. z
Manual de Escatologia Explicada
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para reprimi-lo. Agora, o porquê de alguns anjos caídos,
ou “demônios” presos e outros soltos, inclusive o próprio
Satanás, a Bíblia não deixa claro, alguns dizem que o
motivo de estarem alguns presos é porque são mais fortes.
Com todo respeito aos escritores, inclusive de renome,
sobre isto não vejo segurança para tal afirmação, pode ser
encarado como suposição!
LAGO DE FOGO
Termo em grego iu/mnen tou= pu/rov, iumnen tu pyros.
O termo em foco é o chamado lugar de tormento, e até pode
ser definido como “o inferno definitivo”. Agora, é evidente
que não podemos deixar de lado os outros sentidos do
termo, tais como lugar de tormentos, eterno suplício
preparado por Deus. A princípio, para lançar o diabo e os
seus anjos, posteriormente para custodiar os ímpios que se
esquecem de Deus (Mt 24. 41). O lago de fogo, de acordo
com o Apocalipse, será inaugurado com a besta e o falso
profeta (Ap 19. 20), depois o próprio diabo será lançado
dentro e também todos os ímpios, na ocasião do julgamento
do trono branco (Ap 20. 1-16). Ainda de acordo com o NT,
ele tem outros sinônimos, veja: trevas exteriores (Mt 25.
46), vergonha e horror eterno (Dn 12. 1-3), fornalha acesa
(Mt 13. 42), eterna destruição (2 Tess 1. 9), juízo eterno
(Hb 6. 2), algemas eternas (Jd 6), fogo e enxofre (Ap 14.
10), a segunda morte (20. 14).
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Uma visão pentecostal conservadora
EXEGESE DE LUCAS 16. 19
A primeira questão apresentada aqui por grupos
religiosos e até irmãos servos de Deus, hoje, é que este texto
é uma parábola. Alguns entendem que o texto seja uma
parábola, outros não, todos os quais dão suas sugestões.
Minha opinião
Fica claro que este texto não seja uma parábola, vou
apresentar alguns argumentos, veja:
As parábolas começam com “o reino dos céus
é semelhante”; em outros textos temos “propôs uma
parábola”; ainda temos em outros lugares “a que
compararei”; o referido texto de Lucas, como se inicia? A
frase não seria esta: “havia um homem...”?
Com os empregos gramaticais de (eimi), tudo indica
que a história aconteceu literalmente, a pergunta seria:
quando? Bom, aí já é uma outra história. Existem em outras
literaturas histórias semelhante a esta, possivelmente no
período intertestamentário.
A narrativa continua, o rico estava “bem”, com um
vestido fino, e andava “rindo à toa”, com seus banquetes.
Na sequência, um paradoxo: “certo mendigo”, o termo
grego é “ptokhos”, com o sentido de pobre em referência
aos bens deste mundo, um pedinte ou aquele que pede (ver
Mc 12. 43).
No versículo 22 as coisas começam a “apertar-se”, “o
mendigo morreu”, neste particular as escrituras afirmam
que os anjos o acompanharam da morte deste certo
“mendigo”. A Bíblia diz que o tal rico também morreu, só
que não revela nada sobre o acompanhamento dos anjos,
54. z
Manual de Escatologia Explicada
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nem se o assistiram em sua morte. Seria ele assistido e
conduzido por um demônio? É evidente que nenhum
versículo claramente não afirma isto, nem o texto em
foco diz, contudo, alguns pastores que realizaram vários
velórios já me relataram que o crente salvo quando morre é
totalmente diferente do ímpio, refiro-me ao seu semblante.
De acordo com o relato do pastor Nerival Accioly
(hoje pastor presidente da regional de Mauá – ministério
de Perus), realizou diversos velórios em 2008, e um fato
curioso me revelou:
“Em todos os velórios os crentes estavam com
semblantes de paz, já os ímpios com semblantes
de desespero total.”
Estou sendo levado a crer que quem recepciona estes
indivíduos sem Cristo em vez de anjos sejam demônios.
Evidente que claramente não existe tanta base assim no
texto, mas com este relato do pastor Acciole e com a
recepção a Lázaro, então devo perguntar:
Por que estas pessoas estariam com semblantes de
pavor?
Por que os que tinham uma vida (teoricamente) em
comunhão com Deus não estariam com este semblante de
pavor?
Será que quando estes sem Cristo estavam nos
últimos instantes de suas vidas quem e o que viram?
Estas e outras perguntas merecem uma resposta
satisfatória. Mas não é ponto final para o assunto, vamos
continuar as pesquisas, em nome de Jesus.
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Uma visão pentecostal conservadora
O DESTINO DO HOMEM SEM DEUS
A partir do princípio bíblico, devemos fazer as
seguintes observações:
a) O corpo, como é substância perecível, após a
morte vai à sepultura. Todos os homens (exceto
os arrebatados) irão morrer um dia ou passar pela
experiência (Mt 14. 1-12);
b) Nesse momento acontece a separação do corpo
da alma e espírito ou a separação do homem
exterior do interior. A alma é a lembrança, a bíblia
nãorevelaatéquepontoouqualaporcentagemem
precisãodestalembrançaseráativa.Masoespírito
não vai para um lugar e a alma para outro? Não
existe base no texto de Ec 12. 7 para tal afirmação?
Não! (Alguns acreditam que sim) Após a morte a
alma e o espírito se juntam e vão ao mesmo lugar,
na realidade todos irão a Deus, uns para serem
galardoados e outros para serem condenados;
c) Aí o homem sem Deus, que não reconheceu o
Senhor Jesus como Salvador, descerá, conforme a
descriçãoclaradabíblia,aoHades,alipermanecerá
até o julgamento do trono branco, terminando
o seu estado intermediário (Ap 21. 7-11);
d) As vidas depois da morte permanecem
conscientes, derrubando a ideia errônea do sono
da alma – teologia adventista. Observe que o rico
“viu”,“clamou”e“reconheceu”.Sãocaracterísticas
de quem está em coma?
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Manual de Escatologia Explicada
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e) O homem continua sendo uma pessoa,
personalidade que é do espírito, a consciência é a
alma, memória e razão. Se eu crer no inferno, ele
existe, e se eu não crer ele também existe.
O DESTINO DO HOMEM COM DEUS
Sobre a revelação bíblica ao destino dos homens que
partem sem Deus, temos duas etapas para o nosso estudo:
a) O destino do homem com Deus antes da
ressurreição de Jesus. O corpo como os demais
vão à sepultura, a alma e o espírito ( acreditar
na ideia de alma para um lugar e espírito para
outro?), iam para o seio de Abraão ou paraíso,
que ficava no Hades;
b) O destino do homem com Deus depois da
ressurreição de Jesus. O corpo continua indo para
a sepultura, alma e espírito em vez de irem para o
seio de Abraão vão para o terceiro céu, conforme
a descrição de Paulo (2 Co 12. 2-4).
O céu, paraíso e o seio de Abraão.
Este ponto é o mais difícil da narrativa do texto
em foco, porque não há um consenso entre os eruditos,
alguns acreditam que o seio de Abraão era no próprio
Hades, separado apenas por um abismo, sendo que, após
a ressurreição, Cristo efetuou o seu esvaziamento, ainda
nesta linha de interpretação os justos que morriam antes
da ressurreição iam para o seio de Abraão, e os ímpios iam
para um lado no Hades. Mas existe um segundo grupo que
contesta tal interpretação, com o seguinte argumento: se
no Antigo Testamento os justos iam para o seio de Abraão,
que se localizava no Hades, por que a bíblia diz em (2 Re 2.
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1-4) que o profeta Elias subiu ao céu e não foi para baixo,
ou seio de Abraão? Então, caro leitor, como diz o ditado
popular, nós ficamos entre a “cruz e a espada”, justamente
por se tratar de quem defendeu o primeiro ou sugeriu,
foram grandes nomes mundiais na área da interpretação,
não devemos nos esquecer também que os eruditos, mesmo
com suas largas experiências em assuntos como estes, não
têm cem por cento de certeza do fato. Bom, no final vamos
dar o nosso parecer, como também reconhecendo a nossa
chamada para a área da interpretação, lógico, bem longe
dos renomados intérpretes.
CÉU
HB. Shamayim. GR. Uranus. Latim. Coelum.
Sobre a existência dos céus, a Bíblia não nos deixa
dúvida. A Bíblia diz que é obra de Deus (Gn 1. 1; Ex 20.
11; Sl 8. 3), passarão (Sl 102. 25), o novo céu (Ap 21. 1),
habitação de Deus (Sl 2. 4), reino dos céus (Mt 18. 1), Jesus
voltou aos céus (Lc 24. 51), quem pode entrar (Mt 25. 34),
quem não pode entrar (Mt 25. 41).
Realidades no ensino da narrativa
Já vimos no emprego gramatical que o rico estava
“bem” com os seus banquetes. No (v. 22), a coisa começa
a “apertar-se” “... mendigo morreu...”, aqui as escrituras
dizem que os anjos assistiam a morte do mendigo, porém
os anjos não assistiram a morte do rico, temos o seguinte:
a) A existência consciente após a morte;
b) A realidade, tormento do “inferno”;
c) A ausência de uma segunda oportunidade após
a morte;
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d) A impossibilidade de comunicação entre vivos
e mortos;
e) Que o inferno não é ficção;
f) Que o homem que morre sem Deus tem o
destino diferente do salvo.
O seio de Abraão
Pelos judeus eram usados três nomes para comparar
os céus, veja:
a) Jardim do Éden;
b) Trono de glória e
c) Seio de Abraão.
De acordo com a posição de alguns, esta ideia servia
para a habitação dos bem-aventurados justos, isto funciona
comoideiadecomunhãoefiliação,poistodososjustoseram
considerados “filho de Abraão”. Onde se localizava? Para
responder tal pergunta, retomaremos a discussão inicial.
PRIMEIRA LINHA DE PENSAMENTO
O Dr. Gleason L. Archer, em sua grande obra
“enciclopédia de dificuldades bíblicas”, acredita que o seio
de Abraão era mesmo um local que recebia os santos antes
da ressurreição, veja:
“sem dúvida alguma, foi para o Hades que
as almas de Jesus e do ladrão arrependido
se dirigiram, depois de terem morrido
naquela Sexta-feira à tarde...”.
(p. 393).
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De acordo com este estudo, responde a pergunta que
Jesus disse ao ladrão: “...hoje mesmo estarás comigo...”,
mas como Jesus diria ao ladrão que ele estaria no paraíso
se ressuscitaria somente no Domingo? Para responder a tal
pergunta, neste pensamento acredita-se na concordância
de (Lc 23. 42; 2 Co 12. 1-4; Ef 4. 8-10), é justamente
explicado pelo fato de os homens que morriam em Deus
iam para o seio de Abraão antes da ressurreição. Antes
da ressurreição, o seio de Abraão era no Hades separado
por um abismo; após a ressurreição, Cristo, Ele o teria
esvaziado e teria levado os habitantes para o paraíso que
Paulo identifica como terceiro céu.
SEGUNDA LINHA DE PENSAMENTO
Nestepensamentoexistemmuitascoisasimportantes
que devemos analisar. Quando nós nos lembramos de
Enoque e o profeta Elias, logo vamos ter um problema para
interpretação inicial do Dr. Gleason L. Archer, porque se
os santos justos, “filhos de Abraão”, servos de Deus, todos
estes iam para o seio de Abraão, que estava localizado no
próprio Hades, será que os dois homens de Deus citados
acima seriam uma exceção? Será que todos iam para o
Hades, menos Enoque e Elias? Neste pensamento, o seio
de Abraão é uma forma ilustrada ou figurada do próprio
céu, e não um lugar geográfico, e que, quando Jesus disse
ao ladrão que no mesmo dia que estaria com Ele no paraíso
(Lc 23. 43), Jesus não estava se referindo ao “local seio de
Abraão”, e sim ao céu ou terceiro céu (2 Co 12. 3), onde
Cristo estaria como onisciente.
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Minha opinião
Como também fui chamado (por misericórdia de
Deus) para a área da interpretação, sou “obrigado” a dar
a minha modesta opinião. Se fosse escolher entre as duas
posições, talvez ficasse com a posição do Dr. Gleason L.
Archer, que de certa forma possue verdades, mas a meu
ver não é uma interpretação perfeita, com 100% de certeza.
Em contrapartida, a segunda opção é muita enfática
em interrogar, para a primeira interpretação, uma
explicaçãonoscasosdeEnoqueeElias.Nasegundaposição,
acho que é coerente afirmar que o seio de Abraão deve ser
encarado como um ato não figurado e sim como um local
propriamente dito, mais também a segunda interpretação
tambéméfalha,poisnãotem100%decerteza.Comosimples
intérprete da bíblia, vou ser coerente em dizer que em uma
rápida, mas rápida mesmo, “tombo” um pouquinho para a
primeira interpretação, porém não posso deixar de elogiar
a segunda interpretação, pois tem algumas interrogações
feitas à primeira interrogação, sem resposta. Para ser mais
coerente ainda, eu acho que as duas interpretações vão ter
que caminhar juntas até o arrebatamento da igreja, por
mais que queiram justificar a primeira ou segunda, ambas
são interpretações incompletas, têm suas veracidades
e equívocos. É um assunto muito difícil, que grandes
intérpretes não chegam ao consenso, e será que chegarão?
Só Deus sabe. O certo disso é o que a bíblia não diz com
clareza eu não afirmo com certeza! Esta frase é do Dr. Paulo
Romeiro, quem tem o meu respeito.
OseiodeAbraãoreferia-seàsalmasredimidasdosque
aguardavamaressurreiçãodeJesus,apósaressurreiçãodEle
Cristooslevara,inclusiveAbraãoeoex-ladrão,paraoterceiro
céu. Sendo assim, as frases teriam o seguinte significado:
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“levou cativo o cativeiro” - Indica que o seio de Abraão foi
esvaziado;
“subiu, mas antes desceu...” Cristo desceu ao Hades e
depois ressurge e é assunto aos céus;
“cativeiro...” Os servos de Deus que se encontravam no
Hades.
Lembrando que alguns expositores não concordam
com estas opiniões, que devo concluir que é de difícil
entendimento, contudo os meus livros estão abertos para
aqueles que concordam ou não.
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SINAIS DAVOLTA DE CRISTO
A vinda do Senhor Jesus para buscar os crentes
salvos é o tema dominante em pelo menos 17 livros do AT.
Também no NT esse ensino é claro, pelo menos sete de
cada dez capítulos fazem alguma citação à vinda do Senhor
Jesus. De certa forma, uma boa parte das profecias bíblicas
refere-se à volta de Cristo.
Jesus não disse quando exatamente voltaria, porém
deixou os “sinais” para mostrar que quando esses sinais
estivessem acontecendo sua vinda estaria próxima. Esses
“sinais” são os mais variados em toda sociedade, igreja,
mundo e principalmente na nação de Israel. Antes de
falarmos da segunda vinda propriamente dita, vamos
relacionar todos os sinais que contêm na Palavra de Deus.
Apostasia
“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque
isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja revelado o homem da iniquidade,
o filho da perdição”. (2 Tess 2. 3).
O termo “apostasia” vem do grego “a)postasi/a,
apostasia”, e a primeira ideia é o de abandono consciente e
premeditado da fé.
Agora,podemosaprofundarumpoucoaquestão,com
o termo que pode também significar repúdio deliberado
da fé que a pessoa professou (Hb 3.12). Teologicamente
falando, a apostasia difere da heresia com referência ao
grau. Teologicamente, o herege nega algum ponto da fé
cristã, ou mais de um, enquanto o tal herege retém o nome
de “cristão”. Não devemos confundir a apostasia com uma
pessoa que se transfere para uma igreja da mesma fé, isto
65. 65
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Uma visão pentecostal conservadora
não é apostasia. Existem no NT alguns exemplos claros em
tal contexto: O de Judas Iscariotes. Outros eruditos incluem
também os casos de Demas (2 Tim 4.10), Hirmeneu e
Alexandre (1 Tim 1.20). Agora, referindo-se ao contexto da
apostasia da atualidade, está diretamente tentando atacar
o conceito da sã doutrina, veja;
a) A realidade da Segunda vinda de Cristo, a qual
é bíblica (2 Pe 3. 1-10);
b) A Deidade de Cristo, sua divindade e soberania
(At 4.12);
c) A soberania do Altíssimo (Jd 3).
Comoquerqueseja,devemostercuidadocomisto,
pois o abandono da fé deve ser cuidadosamente
combatido pelos mestres da atualidade.
Sinais no céu
“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas...”. (Lc
21. 25). Fica clara, nas profecias do Senhor Jesus, a
referênciacategóricaaossinaisastronômicos,veja:
Lua
Foram constatados diversos sinais notáveis na lua.
Dizem os cientistas experientes na área que nos últimos
trinta anos se observou mudanças notáveis. A cada dia têm
se criado diversos almanaques náuticos e astronômicos.
Em 1921 foi determinado pelos cientistas que a lua se
desviaria de sua órbita cerca de quilômetros.
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Nas estrelas
De acordo com jornais norte-americanos, em 1918,
uma nova estrela de primeira grandeza, esta pode ser vista
por diversos olhos ao mesmo tempo, todo este avanço
mostra a volta do Senhor.
Sinais sobre a terra
Neste caso não é preciso muito comentário, pois estes
sinais estão mais do que claros.
“...sobre a terra, angústia entre as nações em
perplexidade por causa do bramido do mar e das
ondas”. (Lc 21. 25b).
Terremotos - (Mt 24. 5-7).
A maior parte dos terremotos ocorre nas fronteiras
entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois blocos
rochosos. O comprimento de uma falha pode variar de
alguns centímetros até milhares de quilômetros, como
é o caso da falha de San Andreas na Califórnia, Estados
Unidos. Só nos Estados Unidos, ocorrem cerca de 12 mil a
14 mil terremotos anualmente (ou seja, aproximadamente
35 por dia). Baseado em registros históricos de longo
prazo, aproximadamente 18 grandes terremotos (de 7,0
a 7,9 na Escala de Richter) e um terremoto gigante (8 ou
acima) podem ser esperados num ano. Entre os efeitos dos
terremotos estão a vibração do solo, abertura de falhas,
deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação
da terra, além de efeitos deletérios em construções feitas
pelo homem, resultando em perda de vidas, ferimentos e
altos prejuízos financeiros e sociais (como o desabrigo de
populações inteiras, facilitando a proliferação de doenças,
67. 67
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Uma visão pentecostal conservadora
fome, etc.). O maior terremoto já registrado ao longo do
tempo foi o Grande Terremoto do Chile em 1960, atingindo
9.5naescaladeRichter,emseguidaodaIndonésiaem2004,
registrando 9.3 na mesma escala. Nunca os terremotos
foram tão frequentes como na atualidade.
Pestilência (Mt 24. 7).
Este é um dos mais notáveis do mundo da atualidade,
a pior peste que se tem notícia foi a que varreu o mundo
em 1918/1919 onde arrebatou na Índia um total de
12.000.000 de vidas. Não podemos deixar de destacar as
pestes da atualidade, doenças novas, pestes de bichos em
geral. Enfim, tudo isto é um anúncio para a volta de Cristo,
devemos estar prontos.
A SEGUNDAVINDA DE CRISTO
Outras citações
Guerras e fomes Mateus 24.6
“E,certamente,ouvireisfalardeguerraserumores
de guerras; vede, não vos assusteis, porque é
necessárioassimacontecer,masaindanãoéofim”;
Indústria perturbada 2 Tessalonicenses 2.7
“Porquejáomistériodainjustiçaopera;somentehá
umque,agora,resiste atéquedomeiosejatirado”;
O caso dos transportes? Naum 2.4
“Os carros passam furiosamente pelas ruas e se
cruzam velozes pelas praças; parecem tochas,
correm como relâmpago”;
68. z
Manual de Escatologia Explicada
68
Sinais políticos Daniel 2.7
Fica claro que Jesus não disse o dia da sua vinda, mas
deixou esta série de sinais que serviria de alerta para o seu
povo. Quando estes sinais acontecessem então deveríamos
estarprontos,poisaqualquermomentooSenhorestáporvir!
“Porque se levantará nação contra nação, e reino contra
reino. Haverá terremotos em vários lugares e também
fomes. Estas coisas são o princípio das dores.
“Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos
tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão
comparecer à presença de governadores e reis, por minha
causa, para lhes servir de testemunho”. Pense nisto hoje!!!
Um profundo texto temos no relato do Senhor Jesus
em Marcos 13. 1-6 (leia em sua Bíblia)
O Senhor Jesus descerá do céu.
Esta verdade fica clara no texto de Paulo:
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra
de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tess 4. 16).
Com quem Ele virá? A bíblia deixa claro que virá com
os anjos e de forma repentina.
Ele virá até as nuvens:
“depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor.
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A segunda vinda de Cristo é um acontecimento real,
nós temos que estar preparados para o acontecimento,
estamos aguardando este dia?
ARREBATAMENTO DA IGREJA
O arrebatamento da igreja está diretamente ligado
à noiva, à esposa do Cordeiro. De acordo com muitos, é
descrito como um quadro representado em Gênesis 24:
Abraão (Deus), Isaque (Cristo), Rebeca (Igreja), Eliezer
(Espírito Santo). Embora pouco pregado nos púlpitos da
atualidade. O meu simples ministério está marcado por
esse conceito. O termo “arrebatamento” é derivado do
termo latino “raptus”, que tem o sentido profundo de ser
“arrebatado com muita força e de forma brusca”.
Definição
A doutrina do arrebatamento é uma das grandes
doutrinas da bíblia e refere-se ao desaparecimento
repentino e mundial de todos os salvos em Jesus Cristo,
que, se forem achados como dignos de subir ao encontro
do Senhor nos ares.
a) a(rpa/zw, Harpazô.
O termo em foco na LXX (Septuaginta, tradução
do hebraico para o grego), no Hebraico “gâzah”, isto é,
“tirar, roubar” (Lv 6.4; 5.23), em uma só ocasião na LXX, o
termo tem o significado de arrebatamento, esse foi o caso
de Enoque. O verbo harpazô com todas as flexões (comum
na língua grega) não aparece com tanta frequência no NT e
tem um sentido de mudança de localização (Mt 4.1; Lc 4.1;
2 Co 12.2; 1 Tess 4.17).
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b) Harpagmos. Aquilo que é tirado com força.
c) Harpagê. Desposo. A palavra arrebatamento, dentro
do conceito da escatologia pentecostal, é o momento que a
igreja será tirada bruscamente da terra e os santos irão ser
transformados nos seus corpos (I Tess 4.16).
A doutrina do arrebatamento está baseada em quê?
a) Um grupo de promessas entregues através do
próprio Senhor;
“E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez
e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu
estiver, estejais vós também” (Jo 14. 3);
b) Um grupo de promessas anunciadas pelos
profetas e servos de Deus;
c) Um grupo de promessas proclamadas pelos
anjos.
Por que a igreja será arrebatada?
a) Para que se cumpra a palavra de Deus e suas
promessas (Hb 10. 36);
b) Para livrar a Igreja do momento sombrio da
grande tribulação (1 Tess 5. 9);
c) Para consumação da salvação e glorificação dos
santos (Ml 3. 18).
As sequências teológicas acerca do arrebatamento da
igreja (1 Tess 4. 16-18).
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Uma visão pentecostal conservadora
Jesus descerá às nuvens
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor. Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
Nesta época a Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4. 14
que Jesus levará com Ele ao Pai, observe a frase “...trazer
com Ele...”.
“Porque,secremosqueJesusmorreueressuscitou,
assim também aos que em Jesus dormem Deus os
tornará a trazer com ele”.
Como acontecerá o arrebatamento? - 1 Coríntios 15. 52
Será que dará tempo de ir procurar “a” ou “b” para
pedir perdão? Será que teremos tempo para tal ação?
Para compreender a velocidade do arrebatamento, temos
que observar o que diz a bíblia a respeito do tempo que
tomará o primeiro dos acontecimentos, a ressurreição
e a transformação dos santos que participarão do
arrebatamento.
“num momento, num abrir e fechar de
olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
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Manual de Escatologia Explicada
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A palavra “momento” usada na versão ARC e ARA
vemdotermogrego“avto,mw|(atómô(i)”, indicaliteralmente
umapartesemdivisãoouquenãopodeserdividida.Istofica
claro que desafia a inteligência humana, científica e entre
outras coisas mais. Este, por certo, é o evento sobrenatural
escatológico,maravilhosoetranscendentaldetodaahistória
humana e universal, prometido pelo Senhor para os seus.
Ressurreição dos que morreram em Cristo
Em algumas passagens do AT, “sono” e “dormir”
é aplicado à morte física (1 Re 11. 43; 2 Sm 7. 12). A
ressurreição daqueles que morreram em Cristo, tanto
no AT como os santos que morreram em Cristo nesta
dispensação, é até louvável aqui que se diga a diferença
entre o que seja ressurreição e reviver. Reviver é tornar
à vida e morrer novamente, enquanto que ressurreição é
tornar à vida e nunca mais morrer. Então o que acontecerá
com os santos momentos antes do arrebatamento? É
ressurreição! Esta ressurreição em (I Tess 4.16) não pode
de maneira nenhuma ser confundida com a ressurreição de
(Ap 20. 4). A ressurreição de (I Tess 4.17) é para os santos
que morreram antes do arrebatamento, enquanto que a
outra é para os mártires da grande tribulação.
Alguns tipos de crentes que não serão arrebatados
Falsos crentes Mateus 7. 22, 23
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor!Porventura,nãotemosnósprofetizadoem
teunome,eemteunomenãoexpelimosdemônios,
eemteunomenãofizemosmuitosmilagres?Então,
lhes direi explicitamente: nunca vos conheci.
Apartai-vosdemim,osquepraticaisainiquidade”.
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Uma visão pentecostal conservadora
Crentes homicidas 1 João 3. 15
“Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino;
ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida
eterna permanente em si”.
Crentes praticantes de contendas Provérbios 6. 16
Crente mentiroso Apocalipse 22. 15
Crente nominal Efésios 2. 2, 3
Crentes corruptos 2 Pedro 2. 12
Crente fornicário Efésios 5. 5
Crentes adúlteros 1 Coríntios 6. 16
Crente sodomita (ver Rom 1. 26-32)
Como será o arrebatamento da igreja?
A Bíblia diz claramente que quem dará a palavra será
o próprio Deus. Então fica claro que será um dia em um
ano determinado que só Deus Sabe (Jesus também).
O fuso horário será diferente, é claro. No Brasil, uma
hora, no Japão, outra e assim por diante. Fico imaginando,
a essa altura, haverá um impressionante fato em todo o
mundo. Como será a notícia da Globo? TV Bandeirantes?
A Bíblia diz que sepulturas serão abertas sem toque de
mão humana; a terra devolverá seus mortos, o fogo e a água
também. Desde a primeira pessoa que morreu em Jesus,
até a um minuto, cujo corpo ainda se encontra quente – que
coisa impressionante. Um grande exército que ninguém
conseguecontar,somenteDeus,começaasubiraoalto,para
encontrar com Cristo, voando, quebrando as leis da física.
E os ímpios? Eles não verão os santos subindo com
corpos transformados, mas terão oportunidade de verem
os sepulcros dos santos vazios, como reagirão? Já imaginou
quando os mortos em Cristo começarem a subir, os crentes
vivos e preparados serão milagrosamente transformados
em seus corpos num milésimo de milésimos de segundo.
Esteja você preparado também!!!
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TRIBUNAL DE CRISTO
Definição
Diversas teorias têm se levantado em torno dessa
tão importante doutrina bíblica, a doutrina do tribunal de
Cristo. Isto, também, é tido como normal, pois ocorre em
todos os eventos escatológicos. É claro que existem muitas
passagens bíblicas de difícil interpretação, porém não
devemos tentar “adivinhar” o que diz o texto sagrado.
Encontramos no original grego o termo traduzido
por “tribunal”, que é “bh/ma, bêma”, significa uma
“grande plataforma” ou “plataforma elevada”,
como aquela usada pelos oradores e também pelos árbitros
das competições esportivas, ou ainda pelos juízes em seus
exercícios formais. Paulo fez uso deste termo, sabendo que
seusleitoresdecertaformaestavamassociadosdiretamente
aos tribunais romanos. Com isto, ele faria compreender de
imediato que isto se trataria de uma questão solene ou de
natureza importantíssima.
Outros tribunais no Novo Testamento
O tribunal de Pilatos Mateus 27. 17 – 19
O tribunal de Herodes Atos 12. 20 -22
O tribunal de Gálio Atos 18.12
O tribunal de Felix Atos 25.6
O tribunal de Cristo (Rom 14.10; 2 CO 5.10).
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Conceitos errôneos sobre o tribunal de cristo
a) O tribunal de Cristo não julgará pecados (Rom
8.1);
b) O tribunal de Cristo não decidirá o nosso
destino eterno, pois quem subir no momento do
arrebatamento da igreja terá a salvação completa,
não havendo mais risco de perdê-la.
O tribunal de Cristo será depois do arrebatamento da
igreja.Seránosares,“imediatamente”teremosasprestações
de contas ou a entrega de galardões (Hb 7. 27). O juiz será
o próprio Cristo, já que o pai lhe concedeu todo direito de
julgar (2 Tim 4. 8; Jo 5. 22). O julgamento será individual.
Os crentes serão julgados coletivamente em massa, porém
cada um responderá individualmente, naquele dia serão
tantos como a areia da praia. O método que o juiz usará
para este julgamento a Bíblia não deixa claro, porém o
importante mesmo é fazer parte do arrebatamento da
igreja. O tribunal de Cristo será ocasião em que cada crente
receberá o seu galardão. No AT, existem diversas raízes
hebraicas que expressam o vocábulo galardão. No NT, o
verbo grego “a)podi/dwmi, apodidômi”, e o substantivo
“mistos” têm o significado de pagamento ou recompensa
por algum serviço prestado, quer seja bom ou mal. Se forem
incluídas todas as formas correlatas em português, a ideia
de galardão aparece 101 vezes na Bíblia.
Os galardões que Jesus prometeu aos seus discípulos
estavam sempre ligados à ideia de autonegação e ao
sofrimento por amor ao Evangelho, (Mt 5.3-12; Mc 10.29).
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Recompensa instantânea
a) Todo aquele que busca a Deus (Hb 11.6);
b) Todo o que ceifa (Jo 4,36);
c) O que planta (I Co 3.8);
d) Aqueles que ensinam a palavra de Deus (Dn
12.1);
e) Aqueles que se lembram dos irmãos
encarcerados (Hb 10.34);
f) Oração e jejum (Mt 6. 4);
g) O que hospeda um servo de Deus em sua
residência (Mt 10. 41);
h) Os que sofrem por amor a Cristo (Mt 5. 11);
i) A atenção voltada para os inimigos (Lc 6. 35).
Qualidade da recompensa
a) Contemplar a face do Senhor (Sl 17. 15);
b) Contemplar a glória de Cristo (Jo 17. 24);
c) Estar com Cristo (Jo 12. 26);
d) Ser glorificado com Cristo (Rom 8. 17);
e) Reinar com Cristo (2 Tim 2. 12);
f) Herança de tudo (Ap 21. 7);
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g) Brilhar como as estrelas (Dn 12. 2);
h) Residência eterna nos céus (2 Co 5.1);
i) Descanso (Hb 4.9);
j) Tesouro no céu (Mt 19. 21).
Todo cuidado é pouco, para que não sejamos
considerados como trabalhadores vãos.
Elementos sujeitos ao julgamento
a) Ouro: são as obras que foram feitas em Deus
(Pv 10. 19);
b) Prata: são as obras que foram feitas com um
espírito de conciliação (Mt 18. 35);
c) Pedras preciosas: são as obras que foram feitas
através dos dons do Espírito Santo (Col 1. 29);
d) Madeira: são as obras que foram feitas
humanamente;
e) Feno e Palha: são as obras que foram feitas sem
nenhum proveito, estes materiais não resistem ao
fogo (Is 15. 6; Jr 23. 28).
Não devemos confundir o tribunal de Cristo com o
do trono branco; não têm nada a ver um com o outro. O
tribunal de Cristo será depois do arrebatamento da igreja,
em contrapartida, o do trono branco será logo após o
milênio.
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AS BODAS DO CORDEIRO
As bodas do cordeiro são o “casamento” entre Cristo
e a Igreja e a festa da ceia no céu, logo após o tribunal de
Cristo, marcado com a entrega dos galardões que será
efetuada por Cristo. Vejamos o que dizem os textos abaixo:
Apocalipse 19. 7-9
2 Coríntios 11. 2
“2 Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos
tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a
um só esposo, que é Cristo”.
Apocalipse 21. 9
“9 Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças
cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo:
Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro;
A noiva do capítulo 19 do livro do Apocalipse não é a
mulher do capítulo 12 do mesmo livro. A mulher do capítulo
12 é a nação de Israel, pois adulterou com os deuses pagãos,
durante sua existência no AT. É evidente notar em todo o
AT a questão da prostituição espiritual da nação de Israel,
por este motivo é que a nação de Israel é mulher, enquanto
que a igreja é noiva. Uma leitura cuidadosa de Gênesis 24
revelará claramente isto.
Observamos no capítulo 24 de Gênesis cinco
personagens: Abraão, Isaque, Eliezer, Rebeca e os Camelos.
Abraão tipifica Deus; Eliezer, o Espírito Santo; Isaque,
a Cristo; Rebeca, a Igreja que é virgem; e os camelos, os
obreiros que “conduzem a igreja nas costas”.
Tudo representado pela figura da noiva, e se é noiva
deve acontecer casamento, e o “casamento” se dará nas
bodas do cordeiro logo após o tribunal de Cristo.
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A GRANDETRIBULAÇÃO
Agrandetribulaçãoéoeventocatastróficoquesedará
logo após o arrebatamento da igreja. A grande tribulação
é o tempo de angústia para Jacó (Israel). Neste período,
os ímpios serão “obrigados” a reconhecerem o Senhorio de
Cristo. Os que não quiserem assim proceder serão afligidos
pelo anticristo, e os que quiserem reconhecer, também
serão afligidos, porém terão depois o refrigério de Deus.
A expressão “Grande Tribulação” indica o
imenso tamanho dos sofrimentos que naquele período
experimentará a humanidade ímpia e os que ficarem
na terra após o arrebatamento da igreja do Senhor. Esta
expressão provém de três textos-chave:
Trata-se do breve período de terríveis juízos divinos
sobre o mundo ímpio, que tem rejeitado a Cristo como
filho de Deus e Salvador do mundo; período que precederá
a segunda vinda de Cristo em glória à terra (não confundir
com arrebatamento da igreja), a qual coincidirá com o
reinado do anticristo; e o juízo que abrange a maior ira
satânica, permitida pelo Senhor.
Os nomes da grande tribulação
Tribulação
O termo é derivado do latim “tribulatione”, isto
é, contrariedade. Também no latim encontramos o termo
“tribulum”, tal ideia estava claramente relacionada ao
instrumento de desterroar, à qual o lavrador romano
separava a espiga de sua palha. Sendo assim, isto é muito
profundo, mostra que embora a tribulação esmaga quem
estiver aqui, separa a palha do trigo. O termo grego é “qli/
yiv, Thilipsis”, que pode ser opressão, aflição, tribulação
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Uma visão pentecostal conservadora
(Mt 24. 9; At 11. 19; Rom 12. 12; 2 Co 4. 17). A grande
tribulação é o nome para a tribulação das tribulações (Ap
7. 14), este é o termo central para o assunto nas escrituras.
Vamos conhecer os termos gregos:
Grego
qli/yiv, thv me/galhv, Thilipsis tês megalês.
Latim
De tribulatione magna
O dia do Senhor
“O dia do Senhor” tem variação de emprego nas escrituras,
geralmente no AT, quando traz tal citação, refere-se ao
dia da ira de Deus (ver. Is 2. 12; 13. 6; Ez 13.5; Jó 1.15;
Am 5.18; Ob 15; Sof 1.7). O termo no hebraico, “yom há
Adonai”, tem o equivalente grego “hemera tu kyriu”,
isto é, o dia da ira de Deus. Também pode significar o
dia da ira de Cristo ou do cordeiro. Observe que Paulo,
na epístola que ele enviou aos Tessalonicenses, designa
o arrebatamento com o dia de Cristo (2 Tess 2.2).
Acompanhamos agora o significado variado da expressão
Hb. “yôm ha Adonai” Gr. “hemera tu kyriu”.
O dia do Senhor, referindo-se a grande tribulação. Sendo
assim vamos acompanhar o texto de (Is 2.12; Sof 1.6).
O dia do Senhor citado em Joel:
A fraseologia em foco não aparece uma única vez
em Joel, pelo contrário (1.15; 2.1, 11, 31; 3.14). Nesta
contextualização, encontramos uma série de significados
profundos, pois se refere a uma visão tridimensional,
isto é, que tem três ângulos diferentes. Em primeira
instância, o termo “o dia do Senhor” tem um significado