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MANUAL DO CRIADOR



BETTA SPLENDENS




                         Roberto Edson Pimenta
                         pimenta@universiabrasil.net



        Ribeirão Preto
            2004




                                                       1
Índice




         2
PREFÁCIO


      Antes de iniciar este manual vamos contar uma história de como começou
esse nosso negócio de criar Bettas, para que você, criador iniciante, possa
perceber que para entrar neste maravilhoso mundo do Betta é necessário apenas
tempo disponível, ser um bom observador, conhecer alguns procedimentos
básicos, e ter perseverança para atingir os objetivos.


      A criação deste peixe desperta em vários aquaristas, o desejo de querer
criar sempre mais e mais, portanto vou avisando antes de começar a ler este
manual: cuidado caso você não queira ser um criador de peixes Betta, pois isto é
apaixonante à medida que os peixes vão crescendo, crescendo, criando.... etc....


      Vamos lá então, neste prefácio o que interessa é contar algumas histórias
não é mesmo? Então vamos começar.


      A criação que temos hoje aqui na Ilha do Betta, Ribeirão Preto, começou
com uma idéia de dois primos que se interessaram pelo assunto após a leitura do
Guia Prático do Aquarista Junior. A partir daí começaram a tentar reproduzir este
maravilhoso peixe.


      A primeira tentativa, eu lembro até hoje, foi fantástica. Um macho
totalmente amarelo com uma fêmea verde. O macho fez um ninho com pelo
menos 10 cm de altura e uns 15 cm de diâmetro, feito que não consegui repetir
até os dias atuais. Os filhotes nasceram e começou a alimentação. Porém como
um deles iniciou o curso de Zootecnia na Universidade de São Paulo, mais
precisamente na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Campus de
Pirassununga, foi necessário o transporte desses alevinos para o local. Na viagem
morreram pelo menos metade das centenas de filhotes que nasceram, e a falta de
experiência do criador fez com que sobrevivessem apenas uns 5% da cria.




                                                                                   3
Esta foi a primeira experiência negativa destes criadores. A partir daí
seguiram-se mais algumas tentativas e seus respectivos fracassos, porém sempre
sobrava alguns filhotes para contar história.


      O primeiro sucesso absoluto começou dois anos depois, após muitas
tentativas e erros, pois neste mundo da aquariofilia existem muitas informações,
porém falta um toque mais científico, que explica o porquê das coisas darem
errado. Como um dos criadores deste manual possui contato com a Faculdade de
Zootecnia, aqui você encontrará algum embasamento científico para sua criação,
sempre lembrando que cada criação tem suas particularidades.


      Com a experiência adquirida no meio científico, por exemplo, podemos
afirmar que não é necessário alimentar as larvas com infusórios nos primeiros
dias, pois foi realizada uma pesquisa onde se constatou que as larvas conseguem
comer as artêmias rescém-eclodidas, e nos experimentos em que eram fornecidas
artêmias logo no primeiro dia de alimentação, foi observada uma taxa de
mortalidade bem menor do que nos experimentos em que as larvas eram
alimentadas com infusórios.




                                                                              4
INTRODUÇÃO / FICHA TÉCNICA


      A piscicultura de peixes ornamentais tem crescido nas últimas décadas.
Sua importância se deve ao fato de que ocupa pequenas áreas para produção,
sendo viável a pequenos produtores gerando alta rentabilidade devido ao alto
valor do produto no mercado mundial e a demanda. A criação do Betta é uma das
que requer menos espaço e material para se realizar e é nesta que este manual
se enfoca.


Nome Científico : Betta Splendens




      O Betta, ou peixe de briga como é citado por Oswaldo Wenceslau Silva em
seu livro O Pequeno Grande Mundo do Aquário, é um peixe maravilhoso que se
distribui em vários tipos e cores. Na literatura observa-se que cada autor dá uma
origem para o Betta, sendo mais provável que este seja originado na Tailândia,
vivendo em charcos, açudes, córregos, arrozais, entre outros.


      Segundo a literatura o Betta suporta temperaturas de 20 a 32ºC, porém em
nossas criações foram verificados filhotes em temperaturas de até 11ºC, vivendo


                                                                                5
em caixas d’água e comendo apenas algas, que cresceram saudáveis. Observou-
se também que temperaturas até 35ºC não causaram problemas para os adultos.
Existe sim uma temperatura ótima que é aquela em que o peixe se sente melhor
fisiologicamente que é de 28ºC. No Guia Prático do Aquarista Junior, encontramos
a informação de que quanto mais quente a temperatura, mais o betta se alimenta
e se reproduz. Esta é uma das informações que pode levar o aquarista ao
fracasso, imagine colocar o betta em uma água a 50ºC??? Claro que o coitado iria
ficar cozido.


       Pode alcançar até 10 cm, dependendo de sua genética e alimentação, além
de fatores como o manejo a que ele é submetido. O Betta, como um peixe
anabantídeo possui a boca voltada para cima, o que facilita sua respiração aérea,
e a captura de alimentos na superfície. Pode viver até 3 anos se em condições
adequadas, sendo que estarão aptos a reproduzir em torno de 6 meses de vida.


       Seu dimorfismo sexual é acentuado quando adulto sendo que o macho
possui nadadeiras maiores que as fêmeas. Os filhotes machos possuem
nadadeiras mais pontiagudas.




                                                                               6
Macho




Fêmea


      Segundo Silva, O.W., os machos possuem nadadeiras ventrais “sempre”
vermelhas, exceto os albinos. Em nossas criações foram verificados Bettas não só

                                                                              7
albinos mas como também amarelos, verdes, azuis e até pretos com nadadeiras
ventrais não vermelhas, apresentando apenas uma cor em todo o corpo.




      Betta com nadadeira ventral negra


      São peixes que suportam bem algumas variações de água, porém procure
sempre manter a água em um pH de 7,0 que é seu pH ideal. Em pH ácido pode
ocorrer das nadadeiras começarem a desfiar. Neste caso troque a água.


      Quanto á alimentação dos adultos existe um leque variado de tipos de
ração que podem ser fornecidas. Pode ser: ração em flocos, alimentos vivos como
larvas de mosquitos artêmias, tubifex, dáfnias, pernilongos, entre outros. Uma
saída boa e barata são as chamadas bolinhas, porém cuidado, existem algumas
de má qualidade que podem até matar o seu betta, procure sempre informações
precisas sobre a ração que vai fornecer a seus peixes.


      Não podemos esquecer também de informar que o macho como é um peixe
muito agressivo e territorialista não permite a presença de outro macho por perto,




                                                                                8
devendo viver em aquários isolados, enquanto as fêmeas podem permanecer
juntas.




aquário de fêmeas




                                                                      9
GENÉTICA - TIPOS

       Os Bettas são encontrados hoje em vários tipos e cores, isso deve-se muito
aos processos de cria dirigida para se conseguir os mais variados tipos genéticos.
As cores mais comumente encontradas em lojas de aquarismo são: azul e
vermelha. Porém verificam-se também as seguintes cores em Bettas:


   -   Verde;
   -   Azul;
   -   Branco;
   -   Rosa;
   -   Roxo;
   -   Rosa com nadadeiras vermelhas;
   -   Pretos;
   -   Laranja;
   -   Violeta;
   -   Amarelo;
   -   Butterfly;
   -   Albino;
   -   Celofane;
   -   Creme;
   -   Cambodia;
   -   Mármore.


       Os tipos de nadadeiras caudais também variam, podendo ser:
   -   Redonda;
   -   Véu (delta);
   -   Em pente;
   -   Dupla cauda;
   -   Normal (gota).




                                                                               10
Nos Bettas de cauda dupla foi observado que sua nadadeira dorsal é
      maior que nos demais.




      Betta Azul




      Betta Amarelo




      Betta Albino


      É importante em uma criação que não se acasale animais aparentados, ou
seja, pai com filho, ou filho com avô, etc... Este tipo de acasalamento é chamado
de endogamia e possui um efeito deletério nas criações




                                                                              11
A endogamia aumenta a proporção de pares de genes homozigotos e
diminui a proporção de heterozigotos, não alterando as freqüências gênicas,
causando o que chamamos depressão pela endogamia, onde alguns genes
deletérios são selecionados, causando queda na reprodução (desova), diminuição
da fertilidade, peixes defeituosos, maior facilidade de adquirir doenças, entre
outros.


      Através de outros conceitos de genética também podemos selecionar
animais mais produtivos, com maior tamanho, melhor eficiência alimentar, maior
taxa de crescimento, habilidade paterna, entre outros. Porém neste manual não
serão discutidos estes aspectos devido à grande quantidade de informações que
poderiam ser passadas sobre os assuntos, sendo que, o intuito deste manual é
proporcionar a você aquarista, a possibilidade de criar com sucesso seus peixes.
      Procure sempre criar com os peixes que apresentaram maior crescimento
quando jovens, fêmeas que desovaram bastante e aceitaram bem o macho,
machos que cuidam bem do ninho, etc... Caso um casal dê certo uma vez procure
mantê-los nas próximas criações pois irão acasalar bem sempre.
      Então vamos à criação em si.




                                                                               12
A CRIAÇÃO

        Os bettas podem ser criados tanto em aquários quanto em tanques
externos. Porém o mais gostoso mesmo é criar em aquários, pois é possível
observar cada passo da criação.


        Primeiramente, sob o fundo de cada aquário deve ser colocado um fundo
preto, para ajudar que o macho veja os ovos após a desova.


        Durante a reprodução e até a retirada do macho, uma lâmpada deve ficar
acesa por 24h.


        A temperatura deve ser mantida entre 26 e 29ºC. Para isso pode ser
instalado um aquecedor comum em cada aquário, e regulados por um termostato,
( utilizamos o Xiruba H800).


        A água deve ser então colocada nos aquários em uma altura média de 8
cm, e em seguida pingar uma gota de fungicida/10 L de água/aquário.
        O local deve ser calmo e tranqüilo, para que não ocorra estresse do casal e
para evitar que o macho se assuste e se alimente dos filhotes após eclosão dos
ovos.


        O macho escolhido é então colocado no aquário.
        Corte uma garrafa pet transparente de uma forma que pareça um tubo
PVC, coloque-a dentro do aquário (melhor no meio do aquário) e em seguida
ponha a fêmea dentro da garrafa, para que o macho não a ataque inicialmente
(utilizamos a pet cortada de uma forma que pareça um tubo PVC, aberta nas duas
pontas, causando menor movimentação na água quando a fêmea for retirada). O
macho inicia a construção do ninho de bolhas e começa a cortejar a fêmea
começando uma dança bonita de se ver, pois ele se abre toda para sua fêmea.




                                                                                13
Após o macho construir o ninho de bolhas (em torno de 2 dias), a fêmea
deve ser solta junto com o macho, devendo o acasalamento ocorrer em no
máximo 24h (há relatos em que demorou mais de 72h).




Macho construindo o ninho de bolhas




                                                                          14
Bettas prontos para a cópula




Momento da cópula – Abraço Nupcial




                                     15
Em torno de 1 a 2 horas após o início do acasalamento, a fêmea terminará
a desova e deve então ser retirada do aquário para que o macho não a machuque.
A desova é no total de 200 a 1000 ovos brancos leitosos. Verifica-se o momento
em que a fêmea deve ser retirada quando ela começa a fugir e apanhar do macho,
após a desova.


      A fêmea retirada deve receber um tratamento com fungicida para que as
possíveis infecções existentes possam ser curadas.


      A partir desse momento o macho toma conta do ninho de bolhas e dos
ovos, e NÃO pode ser alimentado neste período, pois se isso ocorrer ele pode
perder o instinto paterno e se alimentar também dos filhotes.


      A eclosão dos ovos ocorre de 24 a 48 horas após a desova. Os filhotes
ficam na posição vertical por 2 a 4 dias, absorvendo como alimento, o saco
vitelino. O macho continua cuidando das larvas neste período.




larvas betta absorvendo o saco vitelino


      Quando os filhotes estiverem nadando normalmente na posição horizontal
(2 a 5 dias após eclosão), o macho necessita ser retirado, e os filhotes vão então
ser alimentados com artêmias rescém descapsuladas.




                                                                               16
Observações:


      Após a desova o macho fica o tempo todo cuidando do ninho, reforçando-o,
colocando de volta os ovos ou os filhotes que caem, e nesse período é importante
não assusta-lo pois ele pode comer a cria.


      Para saber que uma fêmea está pronta para a desova verifique se ela
possui uma pontinha branca bem saliente na barriga, é o oviduto. Se possuir e
estiver bem barrigudinha, é hora de coloca-la para acasalar.


      Quando a fêmea é colocada com o macho e começa apresentar listras
verticais no corpo é porque está pronta para acasalar.


      Se o macho não construir o ninho ou não se interessar pela fêmea, troque a
fêmea.




                                                                             17
ALIMENTAÇÃO DOS ALEVINOS




Aquários com filhotes


      Enquanto os filhotes estão na posição vertical, no ninho, eles se alimentam
apenas do saco vitelino e não é necessário dar alimentos nesse período, pois eles
não comem. Este período dura de 2 a 4 dias após a desova.


      Na literatura verifica-se que vários autores dizem ser essencial o
fornecimento   de   infusórios   como   primeiro   alimento,   porém   através   de
experimentos, verificamos que isso não é necessário. Pode-se até fornecer
infusórios sim, até recomendamos para enriquecer a água, mas só para esta
finalidade. O tipo de infusório mais aceito pelos filhotes aqui na Ilha do Betta são
as algas que se formam em caixas d’água deixadas no sol, com algumas fêmeas
dentro para não criar mosquitos.


                                                                                 18
A alimentação de nossos alevinos é feita totalmente com artêmias rescém
eclodidas.


       Para a eclosão é necessário:
   -   Ovos (cistos) de artêmia;
   -   Sal grosso;
   -   Garrafa pet com o fundo cortado;
   -   Água da torneira sem descansar(com cloro mesmo).
   -   Bomba de ar.


       Os procedimentos são os seguintes:
       A garrafa cortada é colocada com o fundo para a baixo, tampada, de modo
que pareça um cone de cabeça para baixo, é então colocada água dentro e um
pouco de sal (20g de sal/litro de água). A água com cloro auxilia na descapsulação
dos cistos.




Ovos (cistos) de artêmia em processo de eclosão


                                                                               19
Os ovos então devem ser colocados na égua com o cuidado de deixar o
mínimo possível de ovos presos na parede da garrafa, e por fim ligar a bomba de
ar para aerar a água e fazer os ovos circularem. Dentro de 24-48 horas os ovos
eclodirão, dependendo da temperatura, o ideal é 28ºC. Deixar em local bem
iluminado pois as artêmias gostam de luz.


       Depois é só filtrar a água, e fornecer as artêmias aos filhotes, com cuidado
para não colocar a água salgada junto.


       E pronto, é só esperar até nossos flihotes crescerem e começarem a pegar
ração. A partir daí a artêmia pode ser cortada.


       Vale a pena sempre observar a criação e ir separando os filhotes por
tamanho para evitar que os maiores comam os menores. E quando for possível
distinguir os machos das fêmeas, deve-se separar os machos em seus potes ou
aquários individuais. Com 6 meses de idade seu Betta já estará pronto para
procriar.




                                                                                20
potes Individuais de filhotes machos




Fêmeas vivem em comunidade


                                       21
Observações:


        O aquário de criação pode ser pequeno, mas recomendamos que tenha
pelo menos 45X20X20.


        Pode-se colocar plantas nos aquários para que a fêmea possa se esconder
do macho nas horas criticas, além de imitar melhor o habitat natural dos peixes,
lhes oferecendo maior conforto.


        É importante colocar um plástico ou qualquer coisa preta no fundo do
aquário (por fora) para que o macho possa enxergar melhor os ovos que caem no
chão.


        Não recomendo o uso de tocos no aquário pois pode acidificar a água.


        Fornecer a artêmia, se possível, 3 vezes ao dia, em quantidades suficientes
para todos os peixes se alimentarem.


        É possível verificar se os alevinos se alimentaram pois eles apresentam
coloração laranja na barriga devido à cor das artêmias.




                                                                                   22
DOENÇAS


          As doenças são os maiores problemas que os iniciantes em aquarismo se deparam
em suas primeiras criações, seja por falta de informação ou por realmente não acreditar que
elas podem ocorrer. As doenças são os maiores fatores de mortalidade em uma criação e
podem dizimar todo um plantel em poucas horas, portanto é bom ficar alerta, lembrando
sempre que a prevenção é uma das coisas mais importantes quando se fala em criação de
peixes.


          Sempre que for iniciar uma criação verifique se a temperatura pode ser controlada e
mantenha-a sempre constante.


          Coloque um pouquinho de sal grosso no aquário, pois os sal também age evitando
doenças.


          Pingue uma quantidade preventiva de fungicida (ver rótulo do produto)


          Evite estressar seus peixes.


Principais doenças dos Bettas:
   -      Íctio;
   -      Veludo;
   -      Fungos;


          As principais doenças são na maioria das vezes ligadas á variação de temperatura,
portanto cuidado com o frio, possua sempre um termostato em mãos. Já tivemos problemas
de filhotes que morreram com uma doença que as nadadeiras iam fechando até eles não
conseguirem nadar e morrerem. A solução foi elevar a temperatura até sua temperatura




                                                                                          23
ótima, e o problema foi resolvido. Mudanças de temperatura bruscas à noite podem dizimar
uma criação inteira. Cuidado !!! Controle-a sempre.




                                                                                     24
AGRADECIMENTOS


      Agradeço desde já a todos aqueles que me ajudaram quando não
conseguia atingir os objetivos, todos aqueles que me apoiaram no início e se
esforçaram para que nosso projeto seguisse à diante.
      Agradeço ao Prof. Dr. José Bento S. Ferraz por me incentivar a realizar este
sonho, pois a partir do momento que temos um sonho devemos lutar para que
este se realize, e também ao Fernando, do Cepta, pelo grande interesse mostrado
em nosso projeto, dicas, e disponibilidade de ajudar. Não posso esquecer também
de agradecer aos professores que não me apoiaram em projetos interessantes
com os Bettas por motivos ocultos.
      Os agradecimentos especiais vão para Maria Estela, minha mãe, que sem
ela seria impossível eu realizar tudo isso, pois ela que cuidava de minhas crias
quando eu estava ausente; Alexandre (Xandim)           que se tornou um grande
parceiro, e também ajudou em momentos críticos; à Simone, que me fez várias
doações; à Érica (Tuiuiú), que forneceu muitas artêmias; e ao Anderson, da Altick,
que me deu várias dicas.
      E para finalizar, agradeço à você leitor, por adquirir este pequeno manual, e
confiar nas linhas aqui escritas.




Observação : Algumas das fotos presentes neste manual foram retiradas de sites
na Internet por possuírem ótima resolução.


                                                                                25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.




      AQUÁRIO ITAQUERA; Revista guia de Raças Nº 06– Peixes de
Água Doce – Ed. Escala. SP .




      ASSANO, M.; Produção Comercial de Peixes Ornamentais –
Jaboticabal – 2001.




      ELLER, J.P., Teorias e Métodos em Melhoramento Genético Animal;
Pirassununga/SP: FZEA, 2003




      SILVA, M.M.; Guia Prático do Aquarismo Junior Nº 03,– Criação Prática
do Betta .


      SILVA, O.W.; O Pequeno Grande Mundo do Aquário. Vol 4. - Ed. Briguiet,
RJ-BH. 1989




                                                              REALIZAÇÂO


                                                            ILHA DO BETTA




                                                                         26

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Manual_do_betta_pdf

  • 1. MANUAL DO CRIADOR BETTA SPLENDENS Roberto Edson Pimenta pimenta@universiabrasil.net Ribeirão Preto 2004 1
  • 3. PREFÁCIO Antes de iniciar este manual vamos contar uma história de como começou esse nosso negócio de criar Bettas, para que você, criador iniciante, possa perceber que para entrar neste maravilhoso mundo do Betta é necessário apenas tempo disponível, ser um bom observador, conhecer alguns procedimentos básicos, e ter perseverança para atingir os objetivos. A criação deste peixe desperta em vários aquaristas, o desejo de querer criar sempre mais e mais, portanto vou avisando antes de começar a ler este manual: cuidado caso você não queira ser um criador de peixes Betta, pois isto é apaixonante à medida que os peixes vão crescendo, crescendo, criando.... etc.... Vamos lá então, neste prefácio o que interessa é contar algumas histórias não é mesmo? Então vamos começar. A criação que temos hoje aqui na Ilha do Betta, Ribeirão Preto, começou com uma idéia de dois primos que se interessaram pelo assunto após a leitura do Guia Prático do Aquarista Junior. A partir daí começaram a tentar reproduzir este maravilhoso peixe. A primeira tentativa, eu lembro até hoje, foi fantástica. Um macho totalmente amarelo com uma fêmea verde. O macho fez um ninho com pelo menos 10 cm de altura e uns 15 cm de diâmetro, feito que não consegui repetir até os dias atuais. Os filhotes nasceram e começou a alimentação. Porém como um deles iniciou o curso de Zootecnia na Universidade de São Paulo, mais precisamente na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Campus de Pirassununga, foi necessário o transporte desses alevinos para o local. Na viagem morreram pelo menos metade das centenas de filhotes que nasceram, e a falta de experiência do criador fez com que sobrevivessem apenas uns 5% da cria. 3
  • 4. Esta foi a primeira experiência negativa destes criadores. A partir daí seguiram-se mais algumas tentativas e seus respectivos fracassos, porém sempre sobrava alguns filhotes para contar história. O primeiro sucesso absoluto começou dois anos depois, após muitas tentativas e erros, pois neste mundo da aquariofilia existem muitas informações, porém falta um toque mais científico, que explica o porquê das coisas darem errado. Como um dos criadores deste manual possui contato com a Faculdade de Zootecnia, aqui você encontrará algum embasamento científico para sua criação, sempre lembrando que cada criação tem suas particularidades. Com a experiência adquirida no meio científico, por exemplo, podemos afirmar que não é necessário alimentar as larvas com infusórios nos primeiros dias, pois foi realizada uma pesquisa onde se constatou que as larvas conseguem comer as artêmias rescém-eclodidas, e nos experimentos em que eram fornecidas artêmias logo no primeiro dia de alimentação, foi observada uma taxa de mortalidade bem menor do que nos experimentos em que as larvas eram alimentadas com infusórios. 4
  • 5. INTRODUÇÃO / FICHA TÉCNICA A piscicultura de peixes ornamentais tem crescido nas últimas décadas. Sua importância se deve ao fato de que ocupa pequenas áreas para produção, sendo viável a pequenos produtores gerando alta rentabilidade devido ao alto valor do produto no mercado mundial e a demanda. A criação do Betta é uma das que requer menos espaço e material para se realizar e é nesta que este manual se enfoca. Nome Científico : Betta Splendens O Betta, ou peixe de briga como é citado por Oswaldo Wenceslau Silva em seu livro O Pequeno Grande Mundo do Aquário, é um peixe maravilhoso que se distribui em vários tipos e cores. Na literatura observa-se que cada autor dá uma origem para o Betta, sendo mais provável que este seja originado na Tailândia, vivendo em charcos, açudes, córregos, arrozais, entre outros. Segundo a literatura o Betta suporta temperaturas de 20 a 32ºC, porém em nossas criações foram verificados filhotes em temperaturas de até 11ºC, vivendo 5
  • 6. em caixas d’água e comendo apenas algas, que cresceram saudáveis. Observou- se também que temperaturas até 35ºC não causaram problemas para os adultos. Existe sim uma temperatura ótima que é aquela em que o peixe se sente melhor fisiologicamente que é de 28ºC. No Guia Prático do Aquarista Junior, encontramos a informação de que quanto mais quente a temperatura, mais o betta se alimenta e se reproduz. Esta é uma das informações que pode levar o aquarista ao fracasso, imagine colocar o betta em uma água a 50ºC??? Claro que o coitado iria ficar cozido. Pode alcançar até 10 cm, dependendo de sua genética e alimentação, além de fatores como o manejo a que ele é submetido. O Betta, como um peixe anabantídeo possui a boca voltada para cima, o que facilita sua respiração aérea, e a captura de alimentos na superfície. Pode viver até 3 anos se em condições adequadas, sendo que estarão aptos a reproduzir em torno de 6 meses de vida. Seu dimorfismo sexual é acentuado quando adulto sendo que o macho possui nadadeiras maiores que as fêmeas. Os filhotes machos possuem nadadeiras mais pontiagudas. 6
  • 7. Macho Fêmea Segundo Silva, O.W., os machos possuem nadadeiras ventrais “sempre” vermelhas, exceto os albinos. Em nossas criações foram verificados Bettas não só 7
  • 8. albinos mas como também amarelos, verdes, azuis e até pretos com nadadeiras ventrais não vermelhas, apresentando apenas uma cor em todo o corpo. Betta com nadadeira ventral negra São peixes que suportam bem algumas variações de água, porém procure sempre manter a água em um pH de 7,0 que é seu pH ideal. Em pH ácido pode ocorrer das nadadeiras começarem a desfiar. Neste caso troque a água. Quanto á alimentação dos adultos existe um leque variado de tipos de ração que podem ser fornecidas. Pode ser: ração em flocos, alimentos vivos como larvas de mosquitos artêmias, tubifex, dáfnias, pernilongos, entre outros. Uma saída boa e barata são as chamadas bolinhas, porém cuidado, existem algumas de má qualidade que podem até matar o seu betta, procure sempre informações precisas sobre a ração que vai fornecer a seus peixes. Não podemos esquecer também de informar que o macho como é um peixe muito agressivo e territorialista não permite a presença de outro macho por perto, 8
  • 9. devendo viver em aquários isolados, enquanto as fêmeas podem permanecer juntas. aquário de fêmeas 9
  • 10. GENÉTICA - TIPOS Os Bettas são encontrados hoje em vários tipos e cores, isso deve-se muito aos processos de cria dirigida para se conseguir os mais variados tipos genéticos. As cores mais comumente encontradas em lojas de aquarismo são: azul e vermelha. Porém verificam-se também as seguintes cores em Bettas: - Verde; - Azul; - Branco; - Rosa; - Roxo; - Rosa com nadadeiras vermelhas; - Pretos; - Laranja; - Violeta; - Amarelo; - Butterfly; - Albino; - Celofane; - Creme; - Cambodia; - Mármore. Os tipos de nadadeiras caudais também variam, podendo ser: - Redonda; - Véu (delta); - Em pente; - Dupla cauda; - Normal (gota). 10
  • 11. Nos Bettas de cauda dupla foi observado que sua nadadeira dorsal é maior que nos demais. Betta Azul Betta Amarelo Betta Albino É importante em uma criação que não se acasale animais aparentados, ou seja, pai com filho, ou filho com avô, etc... Este tipo de acasalamento é chamado de endogamia e possui um efeito deletério nas criações 11
  • 12. A endogamia aumenta a proporção de pares de genes homozigotos e diminui a proporção de heterozigotos, não alterando as freqüências gênicas, causando o que chamamos depressão pela endogamia, onde alguns genes deletérios são selecionados, causando queda na reprodução (desova), diminuição da fertilidade, peixes defeituosos, maior facilidade de adquirir doenças, entre outros. Através de outros conceitos de genética também podemos selecionar animais mais produtivos, com maior tamanho, melhor eficiência alimentar, maior taxa de crescimento, habilidade paterna, entre outros. Porém neste manual não serão discutidos estes aspectos devido à grande quantidade de informações que poderiam ser passadas sobre os assuntos, sendo que, o intuito deste manual é proporcionar a você aquarista, a possibilidade de criar com sucesso seus peixes. Procure sempre criar com os peixes que apresentaram maior crescimento quando jovens, fêmeas que desovaram bastante e aceitaram bem o macho, machos que cuidam bem do ninho, etc... Caso um casal dê certo uma vez procure mantê-los nas próximas criações pois irão acasalar bem sempre. Então vamos à criação em si. 12
  • 13. A CRIAÇÃO Os bettas podem ser criados tanto em aquários quanto em tanques externos. Porém o mais gostoso mesmo é criar em aquários, pois é possível observar cada passo da criação. Primeiramente, sob o fundo de cada aquário deve ser colocado um fundo preto, para ajudar que o macho veja os ovos após a desova. Durante a reprodução e até a retirada do macho, uma lâmpada deve ficar acesa por 24h. A temperatura deve ser mantida entre 26 e 29ºC. Para isso pode ser instalado um aquecedor comum em cada aquário, e regulados por um termostato, ( utilizamos o Xiruba H800). A água deve ser então colocada nos aquários em uma altura média de 8 cm, e em seguida pingar uma gota de fungicida/10 L de água/aquário. O local deve ser calmo e tranqüilo, para que não ocorra estresse do casal e para evitar que o macho se assuste e se alimente dos filhotes após eclosão dos ovos. O macho escolhido é então colocado no aquário. Corte uma garrafa pet transparente de uma forma que pareça um tubo PVC, coloque-a dentro do aquário (melhor no meio do aquário) e em seguida ponha a fêmea dentro da garrafa, para que o macho não a ataque inicialmente (utilizamos a pet cortada de uma forma que pareça um tubo PVC, aberta nas duas pontas, causando menor movimentação na água quando a fêmea for retirada). O macho inicia a construção do ninho de bolhas e começa a cortejar a fêmea começando uma dança bonita de se ver, pois ele se abre toda para sua fêmea. 13
  • 14. Após o macho construir o ninho de bolhas (em torno de 2 dias), a fêmea deve ser solta junto com o macho, devendo o acasalamento ocorrer em no máximo 24h (há relatos em que demorou mais de 72h). Macho construindo o ninho de bolhas 14
  • 15. Bettas prontos para a cópula Momento da cópula – Abraço Nupcial 15
  • 16. Em torno de 1 a 2 horas após o início do acasalamento, a fêmea terminará a desova e deve então ser retirada do aquário para que o macho não a machuque. A desova é no total de 200 a 1000 ovos brancos leitosos. Verifica-se o momento em que a fêmea deve ser retirada quando ela começa a fugir e apanhar do macho, após a desova. A fêmea retirada deve receber um tratamento com fungicida para que as possíveis infecções existentes possam ser curadas. A partir desse momento o macho toma conta do ninho de bolhas e dos ovos, e NÃO pode ser alimentado neste período, pois se isso ocorrer ele pode perder o instinto paterno e se alimentar também dos filhotes. A eclosão dos ovos ocorre de 24 a 48 horas após a desova. Os filhotes ficam na posição vertical por 2 a 4 dias, absorvendo como alimento, o saco vitelino. O macho continua cuidando das larvas neste período. larvas betta absorvendo o saco vitelino Quando os filhotes estiverem nadando normalmente na posição horizontal (2 a 5 dias após eclosão), o macho necessita ser retirado, e os filhotes vão então ser alimentados com artêmias rescém descapsuladas. 16
  • 17. Observações: Após a desova o macho fica o tempo todo cuidando do ninho, reforçando-o, colocando de volta os ovos ou os filhotes que caem, e nesse período é importante não assusta-lo pois ele pode comer a cria. Para saber que uma fêmea está pronta para a desova verifique se ela possui uma pontinha branca bem saliente na barriga, é o oviduto. Se possuir e estiver bem barrigudinha, é hora de coloca-la para acasalar. Quando a fêmea é colocada com o macho e começa apresentar listras verticais no corpo é porque está pronta para acasalar. Se o macho não construir o ninho ou não se interessar pela fêmea, troque a fêmea. 17
  • 18. ALIMENTAÇÃO DOS ALEVINOS Aquários com filhotes Enquanto os filhotes estão na posição vertical, no ninho, eles se alimentam apenas do saco vitelino e não é necessário dar alimentos nesse período, pois eles não comem. Este período dura de 2 a 4 dias após a desova. Na literatura verifica-se que vários autores dizem ser essencial o fornecimento de infusórios como primeiro alimento, porém através de experimentos, verificamos que isso não é necessário. Pode-se até fornecer infusórios sim, até recomendamos para enriquecer a água, mas só para esta finalidade. O tipo de infusório mais aceito pelos filhotes aqui na Ilha do Betta são as algas que se formam em caixas d’água deixadas no sol, com algumas fêmeas dentro para não criar mosquitos. 18
  • 19. A alimentação de nossos alevinos é feita totalmente com artêmias rescém eclodidas. Para a eclosão é necessário: - Ovos (cistos) de artêmia; - Sal grosso; - Garrafa pet com o fundo cortado; - Água da torneira sem descansar(com cloro mesmo). - Bomba de ar. Os procedimentos são os seguintes: A garrafa cortada é colocada com o fundo para a baixo, tampada, de modo que pareça um cone de cabeça para baixo, é então colocada água dentro e um pouco de sal (20g de sal/litro de água). A água com cloro auxilia na descapsulação dos cistos. Ovos (cistos) de artêmia em processo de eclosão 19
  • 20. Os ovos então devem ser colocados na égua com o cuidado de deixar o mínimo possível de ovos presos na parede da garrafa, e por fim ligar a bomba de ar para aerar a água e fazer os ovos circularem. Dentro de 24-48 horas os ovos eclodirão, dependendo da temperatura, o ideal é 28ºC. Deixar em local bem iluminado pois as artêmias gostam de luz. Depois é só filtrar a água, e fornecer as artêmias aos filhotes, com cuidado para não colocar a água salgada junto. E pronto, é só esperar até nossos flihotes crescerem e começarem a pegar ração. A partir daí a artêmia pode ser cortada. Vale a pena sempre observar a criação e ir separando os filhotes por tamanho para evitar que os maiores comam os menores. E quando for possível distinguir os machos das fêmeas, deve-se separar os machos em seus potes ou aquários individuais. Com 6 meses de idade seu Betta já estará pronto para procriar. 20
  • 21. potes Individuais de filhotes machos Fêmeas vivem em comunidade 21
  • 22. Observações: O aquário de criação pode ser pequeno, mas recomendamos que tenha pelo menos 45X20X20. Pode-se colocar plantas nos aquários para que a fêmea possa se esconder do macho nas horas criticas, além de imitar melhor o habitat natural dos peixes, lhes oferecendo maior conforto. É importante colocar um plástico ou qualquer coisa preta no fundo do aquário (por fora) para que o macho possa enxergar melhor os ovos que caem no chão. Não recomendo o uso de tocos no aquário pois pode acidificar a água. Fornecer a artêmia, se possível, 3 vezes ao dia, em quantidades suficientes para todos os peixes se alimentarem. É possível verificar se os alevinos se alimentaram pois eles apresentam coloração laranja na barriga devido à cor das artêmias. 22
  • 23. DOENÇAS As doenças são os maiores problemas que os iniciantes em aquarismo se deparam em suas primeiras criações, seja por falta de informação ou por realmente não acreditar que elas podem ocorrer. As doenças são os maiores fatores de mortalidade em uma criação e podem dizimar todo um plantel em poucas horas, portanto é bom ficar alerta, lembrando sempre que a prevenção é uma das coisas mais importantes quando se fala em criação de peixes. Sempre que for iniciar uma criação verifique se a temperatura pode ser controlada e mantenha-a sempre constante. Coloque um pouquinho de sal grosso no aquário, pois os sal também age evitando doenças. Pingue uma quantidade preventiva de fungicida (ver rótulo do produto) Evite estressar seus peixes. Principais doenças dos Bettas: - Íctio; - Veludo; - Fungos; As principais doenças são na maioria das vezes ligadas á variação de temperatura, portanto cuidado com o frio, possua sempre um termostato em mãos. Já tivemos problemas de filhotes que morreram com uma doença que as nadadeiras iam fechando até eles não conseguirem nadar e morrerem. A solução foi elevar a temperatura até sua temperatura 23
  • 24. ótima, e o problema foi resolvido. Mudanças de temperatura bruscas à noite podem dizimar uma criação inteira. Cuidado !!! Controle-a sempre. 24
  • 25. AGRADECIMENTOS Agradeço desde já a todos aqueles que me ajudaram quando não conseguia atingir os objetivos, todos aqueles que me apoiaram no início e se esforçaram para que nosso projeto seguisse à diante. Agradeço ao Prof. Dr. José Bento S. Ferraz por me incentivar a realizar este sonho, pois a partir do momento que temos um sonho devemos lutar para que este se realize, e também ao Fernando, do Cepta, pelo grande interesse mostrado em nosso projeto, dicas, e disponibilidade de ajudar. Não posso esquecer também de agradecer aos professores que não me apoiaram em projetos interessantes com os Bettas por motivos ocultos. Os agradecimentos especiais vão para Maria Estela, minha mãe, que sem ela seria impossível eu realizar tudo isso, pois ela que cuidava de minhas crias quando eu estava ausente; Alexandre (Xandim) que se tornou um grande parceiro, e também ajudou em momentos críticos; à Simone, que me fez várias doações; à Érica (Tuiuiú), que forneceu muitas artêmias; e ao Anderson, da Altick, que me deu várias dicas. E para finalizar, agradeço à você leitor, por adquirir este pequeno manual, e confiar nas linhas aqui escritas. Observação : Algumas das fotos presentes neste manual foram retiradas de sites na Internet por possuírem ótima resolução. 25
  • 26. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. AQUÁRIO ITAQUERA; Revista guia de Raças Nº 06– Peixes de Água Doce – Ed. Escala. SP . ASSANO, M.; Produção Comercial de Peixes Ornamentais – Jaboticabal – 2001. ELLER, J.P., Teorias e Métodos em Melhoramento Genético Animal; Pirassununga/SP: FZEA, 2003 SILVA, M.M.; Guia Prático do Aquarismo Junior Nº 03,– Criação Prática do Betta . SILVA, O.W.; O Pequeno Grande Mundo do Aquário. Vol 4. - Ed. Briguiet, RJ-BH. 1989 REALIZAÇÂO ILHA DO BETTA 26