A arte da escrita jornalística: técnicas e gêneros
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RESUMO
Manual original: SQUARISI, Dad; SALVADOR, Aríete. A arte de escrever bem: um guia
para jornalistas e profissionais do texto. São Paulo: Editora Contexto, 2004.
Introdução do resumo
A arte de escrever bem: um guia para jornalistas e profissionais do texto é um manual redigido
pela dupla de escritoras brasileiras Dad Squarisi e Ariete Salvador, editado pela editora Contexto,
São Paulo e publicado em 2004. Esta obra é de suma relevância para jornalistas e demais
interessados na arte da escrita porque figura como diretriz para o despertar e desenvolvimento de
habilidades e técnicas de redacção.
A imersão e compreensão deste manual permitirá doptar-lhe de técnicas de redacção que
concorrem para a produção de frases concisas e comunicativas carregadas de significação à
diversos textos e gêneros jornalísticos.
Garimpagem do óbvio
Texto jornalístico é aquele que geralmente encontra-se disposto em jornais é veiculado em rádios,
televisões, internet entre outros meios. Para a sua redacção a seis perguntas cruciais: (I) o quê? (II)
quem? (III) quando? (IV) onde? (V) como? (VI) por quê?
Exemplo: “Um motorista embriagado bateu de frente com o veículo na Avenida tal, ontem à noite,
matando os quatro ocupantes. Entre eles estava uma criança de seis meses”.
Alguns jornalistas tem dificuldade em encontrar as respostas certas para as seis perguntas acima
mencionadas, sobretudo quando estão reportando um facto em directo, o que dificulta o
reconhecimento dos factos mais importantes a veicular.
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A arte de pensar
Redigir um texto jornalístico não é tarefa fácil, exige do jornalista a capacidade de raciocínio. O
texto tem a sua gênese na mente do redactor e a posterior é materializado na escrita. “A habilidade
de escrever um texto coerente e coeso é resultado directo da capacidade de pensar”.
A pirâmide invertida
“Esta técnica teve surge em 1861 no jornal The New York Times como forma de dar objectividade
ao relato de um acontecimento”. Portanto, a pirâmide invertida é o modelo que consiste na
apresentação de informações mais importantes de uma notícia respondendo as questões no
primeiro parágrafo: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Essencialmente, designa-se
por pirâmide invertida pelo facto de narrar uma história do fim para o começo.
O novo jornalismo
A estrutura da pirâmide invertida é contestada por alguns teóricos há dêcadas. Entretanto,
jornalistas como Tom Wolf, Truman Capote, Gay Tabese e Norman Mailler abandonaram a
estrutura clássica de texto factual, inovaram acrescentando elementos literários criando assim o
novo jornalismo.
Apesar da contestação, o formato da pirâmide invertida ainda impera nas redacções sendo a técnica
mais usada nos meios de comunicação.
O texto jornalístico
É uma redacção profissional redigido para ser lido, entendido e, se possível, apreciado. O jornalista
produz o texto para pessoas de variadas faixas etárias, níveis de escolaridade, profissões e de
variados interesses. Cabe a este profissional fazer-se compreender por todos. Desse modo, o texto
jornalístico deve ser preciso, de estilo atraente, possuir uma linguagem clara e acessível, de modo
que, possa veicular e transmitir a informação com clareza.
Gêneros Jornalísticos
Há diversos gêneros jornalísticos dentre estes: a notícia, a reportagem, editoriais e artigos.
Cada um dos gêneros jornalísticos tem as suas características peculiares e são distintas na sua
apresentação, embora todas se materializam a partir do material colectado pelo reporter.
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A força da notícia
Notícia é “um facto importante e inusitado”. “Alguns teóricos distinguem notícia de reportagem,
afirmando que notícia é o facto que se esgota em si mesmo e aparece sob forma de pirâmide
invertida porque a preocupação do reporter é reproduzir com fidelidade um acontecimento”. A
reportagem, ao contrário, é um texto que abre espaço à criatividade do autor.
Existem três tipos de reportagem: (I) factual, (II) a suíte e (III) especial. A reportagem factual
refere-se a textos que relatam um acontecimento de forma descritiva onde o reporter busca
declarações de entrevistados. Este tipo de reportagem socorre-se da estrutura da pirâmide invertida
para a sua materialização, retratando acontecimentos do dia anterior ou eventos prestes à acontecer.
A suíte refere-se a matérias que chamam a atenção da sociedade e a mídia faz actualizações diárias,
desdobramentos, descobertas, repercussão pública relembrando o facto original. Enquanto que, a
reportagem especial difere da factual e da suíte devido a complexidade da mesma.
É designada especial pela relevância e impacto social que ostenta. Este tipo de reportagem exige
rigor, esforço, tratamento especial e emoção do reporter na construção da mesma. Exige que o
repórter busque com profundidade os factos à narrar mantendo a atenção do leitor do início até o
fim. Essencialmente, este tipo de reportagem retrata um facto específico, relevante e atemporal,
apelando criatividade e socorre do esquema: o quê? quem? quando? como? por quê para a sua
materialização e apresenta riscos.
Editoriais
“São textos escritos com recurso a linguagem cuidada cujo objectivo é defender teses de terceiros”.
Os jornalistas mais velhos e experientes são responsáveis pela editoria de opinião de uma empresa.
Artigos e colunas
Artigos e análises refere-se a emissão fundamentada de uma opinião ou posicionamento de um
indíviduo divulgado geralmente em jornais impressos ou revistas assinada pelo mesmo. “Os
jornais publicam notas de rodapé com informações sobre o autor, para dar credibilidade ao escrito
e ajudar a compreender as intenções por trás dos pontos de vista apresentados”.
Colunas é uma parte do jornal ou revista onde é reservado por algumas entidades para emissão e
difusão de conteúdo opinativo.
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A faca dos editores
Os dois elementos importantes na redacção de um texto jornalístico são: (I) o tamanho do texto e
(II) o prazo do fechamento. Para os editores o texto é passível de ser medido e deve caber no
espaço reservado para ele, caso não, haverá censura de parte do texto. Só o mais importante
interessa.
No processo de redacção os prazos de fechamento são de extrema relevância. Se o jornal não saí
à rua pontualmente a hora, o resultado do atraso será trágico e com prejuízos comerciais avultados.