1) O documento discute a implementação de programas de coleta seletiva em condomínios residenciais, incluindo os benefícios ambientais e financeiros da reciclagem.
2) É recomendado que os condomínios planejem adequadamente a coleta seletiva antes de iniciar, definindo responsabilidades, logística e destinação dos materiais recicláveis.
3) A participação dos moradores é essencial para o sucesso da coleta seletiva, que deve ser vista como forma de melhorar a qualidade de vida
1. Maurício de Souza Zago - Técnico em Seg. do Trabalho
Reg. MTE: SP/003098.8
Rua: Benedito Galvão de Castro Nº18 – Quadra C – Casa Nº30
Bairro: Marieta Azeredo – CEP 12441-470 – Pindamonhangaba – SP
Celular: (12) 8168-3750 e-mail: tecnicozago@hotmail.com
“O MEIO AMBIENTE COMEÇA NO MEIO DA GENTE”
2. Coleta Seletiva em Condomínios
Este trabalho visa à disseminação dos conceitos e compromissos sobre
a reciclagem, no âmbito dos condomínios residenciais.
O que é coleta seletiva? Como se implanta? Qual seu objetivo? Que
vinculo tem com o ambiente comunitário? São algumas das perguntas para as
quais aqui se encontram respostas.
O presente estudo não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas sim
ser um ponto de início de discussões sobre ele.
Longe de trabalhar a coleta seletiva como uma atividade mecânica ou
meramente comercial, o condomínio saberá transformar esta atividade em
elemento formador de novos valores e atitudes, imprescindíveis para a
conquista de melhor qualidade de vida para toda a sociedade.
A deficiência no planejamento pode levar ao fracasso um programa de
coleta seletiva. Antes do início do programa, deverão estar claramente
respondidas perguntas do tipo: Quem fará a coleta? Qual a freqüência? Onde
armazenar? Para quem vender? Como administrar as receitas? Através deste
estudo desejamos estimular o condomínio a planejar adequadamente
programas de coleta seletiva, aumentando suas chances de sucesso.
O que é lixo?
Antes de implantar um programa de coleta seletiva de lixo é fundamental
conhecer noções básicas sobre o lixo.
Lixo é basicamente todo e qualquer resíduo sólido proveniente das
atividades humanas ou geradas pela natureza em aglomerações urbanas.
No entanto, o conceito mais atual é o de que lixo é aquilo que ninguém
quer ou que não tem valor comercial. Neste caso, pouca coisa jogada fora
pode ser chamada de lixo.
É importante lembrar que o lixo gerado por nós é apenas uma pequena
parte da " montanha" gerada todos os dias, composta também por resíduos
industriais, de construção civil, de mineração, de agricultura e outros.
De todo lugar sai lixo. O que não podemos ignorar é que o lixo precisa
ser devidamente separado e coletado, reaproveitado ou reciclado antes de ser
definitivamente descartado.
Maurício de Souza Zago - Técnico em Seg. do Trabalho
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3. Reduzir, reutilizar, reciclar.
Cerca de 35% do lixo que vai para os aterros é composto por materiais
que podiam ser reciclados ou reutilizados.
Esta taxa só acontece em sociedades que ainda não colocaram em
prática ações eficazes para a preservação do meio ambiente e a melhoria da
qualidade de vida. Não resta duvida que os condomínios tenham um papel
importante para a mudança desse quadro.
Qualquer iniciativa nesse sentido deverá absorver, praticar e divulgar os
conceitos de Redução, Reutilização e Reciclagem de lixo.
Podemos Reduzir a geração de lixo consumindo menos e melhor, isto é,
racionalizando o uso de materiais no nosso cotidiano.
Podemos Reutilizar diversos produtos antes de descartar, usando-os
para a mesma função original ou criando novas formas de utilização.
Reciclar o lixo é quando o retornamos ao ciclo da produção, seja ela
industrial, agrícola ou artesanal.
A seguir apresentamos uma tabela de resíduos recicláveis e não
recicláveis que já foram encontrados no condomínio Vale do Sol I.
Reciclável Não-Reciclável
Papel
jornais e revistas etiqueta adesiva
folhas de caderno papel carbono
formulários de computador fita crepe
caixas em geral papéis sanitários
aparas de papel papéis metalizados
fotocópias papéis parafinados
envelopes papéis plastificados
rascunhos papéis sujos
cartazes velhos guardanapos usados
papel de fax tocos de cigarro
fotografias
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4. Metal
lata de folha de flandres (lata de óleo, grampos
leite em pó)
lata de alumínio esponjas de aço
outras sucatas de reformas canos
Vidro
recipientes em geral espelhos
garrafas de vários formatos lâmpadas
copos cerâmica, porcelana
vidros planos Tubos de TV
Plástico
embalagem de refrigerante cabo de panela
embalagem de material de limpeza tomadas
copinho de café embalagem de biscoito
embalagem de margarina misturas de papel, plástico e metais
canos e tubos
sacos plásticos em geral
Coleta seletiva de lixo
A coleta seletiva de lixo é a maior aliada da reciclagem. Tudo começa
com a separação dos materiais recicláveis na fonte geradora, ou seja, no
próprio local onde são produzidos. Após a separação, os materiais são
coletados.
Cada morador do condomínio Vale do Sol I e cada funcionário seja ele
Terceirizado ou Quarteirizado tem que ser orientado quanto à importância da
separação do lixo.
Este sistema facilita a reciclagem, porque os materiais estarão mais
limpos e, consequentemente, com maior potencial de reaproveitamento.
A separação na origem pode ser feita de diferentes maneiras e
dependendo de diversos fatores, entre eles: o tipo de material produzido e
descartado em maior quantidade; a existência de mercado consumidor para
cada material a ser separado.
Estas e outras condições influenciam as formas de separação, porém as
mais usuais são ilustradas a seguir.
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5. Como implantar a coleta seletiva nos condomínios
Antes de introduzir a coleta seletiva nos condomínios é fundamental
atentar para as condições de higiene e limpeza de suas dependências.
Ensinando os moradores ou funcionários a "olhar em volta" para
perceber problemas ambientais e adotar atitudes práticas que contribuam para
resolvê-los, como jogar o lixo no lugar certo e realizar a coleta seletiva,
fazendo-os ver que com isso estão cumprindo um importante papel na melhora
da qualidade de vida.
Estratégia de implantação
1. Sensibilizando todos os moradores ou funcionários
2. Apoio do Sindico, Administradora ;
3. Entusiasmo dos coordenadores;
4. A adesão do pessoal de limpeza;
5. A participação dos moradores ou funcionários;
6. Um mercado para os recicláveis.
Paralelo a isso, recomenda-se:
1. Reunir o maior número de informações sobre o tema;
2. Conversar com profissionais da limpeza urbana e de meio ambiente
para conhecer em profundidade a realidade do saneamento e a
reciclagem do município;
3. Fazer levantamento da situação atual de acondicionamento e coleta de
lixo no condomínio;
4. Promover reuniões com os coordenadores, encarregados de limpeza,
etc., para discutir a organização da coleta seletiva;
5. Discutir com os moradores ou funcionários, integrando o assunto ao
cotidiano;
6. Contatar uma entidade que fará a retirada regular dos recicláveis.
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6. Planejando a Coleta
No planejamento da coleta seletiva devem ser observados os seguintes
aspectos:
1. Quem faz a coordenação?
2. O que fazer com o material separado?
3. Que tipo de coletores poderão ser usados?
4. Qual a quantidade de recipientes coletores?
5. Onde e como armazenar até a data da coleta?
6. Quem retira o lixo separado pelo condomínio?
7. Como controlar a coleta?
8. Qual a freqüência da coleta?
9. Que tipo de retorno o condomínio poderá receber?
10. Como se dá a participação dos moradores e dos funcionários?
11. Pode-se organizar a coleta com condomínios vizinhos?
Implantando a coleta seletiva
Observadas e cumpridas as orientações do planejamento, basta marcar
o dia de início da coleta e programar algum evento para chamar a atenção de
todos os moradores ou funcionários. E bom trabalho.
Avaliação e Manutenção
Mais importante que a implantação é a manutenção do programa. Para
garantir a continuidade da coleta seletiva, os coordenadores deverão realizar o
acompanhamento das diversas etapas bem como a avaliação dos dados
obtidos na sua implementação. As observações devem ser anotadas para
serem debatidas em reuniões sistemáticas com os coordenadores e
responsáveis.
As respostas às questões abaixo servirão para auxiliar em eventuais
correções de rumo ou até mesmo na ampliação do projeto:
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7. 1. A periodicidade da coleta é respeitada?
2. O número de coletores é satisfatório?
3. O número de pessoas envolvidas é suficiente para separar e armazenar
o lixo?
4. O local de armazenagem atende às condições mínimas de tamanho,
higiene e segurança?
5. Há envolvimento satisfatório de todos os moradores ou funcionários?
6. Observa-se melhoria nas condições de limpeza do condomínio?
7. Outros condomínios estão interessados em participar do projeto?
8. Verifica-se absorção dos conceitos de Redução, Reutilização e
Reciclagem?
9. O destino dos recursos é tornado público?
10. As pessoas envolvidas participam das avaliações?
A expectativa financeira
O resultado financeiro da coleta seletiva normalmente é baixo e o valor
aferido deverá ser investido em melhorias para o condomínio, seja em dinheiro,
seja em forma de utensílios que são comprados.
Damos abaixo o exemplo verificado num condomínio com 100
residências na cidade de São Paulo, no ano de 2000. Os dados referem-se à
média diária no terceiro trimestre.
Condomínio com 100 residências = 370 pessoas.
Material kg/dia kg/mês R$/kg R$/mês
Papel e
50 1500 0,10 150,00
Papelão
Plásticos 18 540 0,20 108,00
Metais 9 270 1,05 283,50
Vidros 8 240 0,30 72,00
Total 85 2550 613,50
Resultado Financeiro no ano = 7.362,00
Conclusão
A reciclagem de materiais muito mais que o resultado financeiro significa a
preservação do meio ambiente, com conseqüentes ganhos na qualidade de
vida de todos.
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8. RECIPIENTES PARA COLETA SELETIVA
COR MATERIAL
Descrição Exemplo
Verde Vidro Caco, espelho, peças defeituosas sem canaletas ou terminais
Amarelo Metais Alumínio, cobre/latão/cabos e fios elétricos encapados ou não.
Aço, ferro fundido, mangueiras de borracha com reforço metálico, embalagens não contaminadas,
limalhas e cavacos de usinagem, canaletas com insertos metálicos etc.
Obs: recipientes distintos para sucatas de metal ferroso, amarelo e alumínio.
Vermelho Plástico Copos, embalagens não contaminadas, fitas, filmes, tarugos e peças.
Azul Papel/Papelão Caixas, envelopes, papel de fax, jornais, revistas, formulários contínuos, embalagens não
contaminadas, papel não-plastificado, não-aluminizado, não-encerado e não-parafinado.
Algumas curiosidades sobre o Lixo:
⇒ Por dia o Brasil produz 230 mil toneladas de lixo. A cidade de São
Paulo produz 12 mil toneladas de lixo por dia.
⇒ Tempo médio de decomposição de alguns resíduos:
Papel: 3 a 6 meses
Jornal: 6 meses
Palito de madeira: 6 meses
Toco de cigarro: 20 meses
Nylon: mais de 30 anos
Chicletes: 5 anos
Pedaços de pano: 6 meses a 1 ano
Fralda descartável biodegradável: 1 ano
Fralda descartável comum: 450 anos
Lata e copos de plástico: 50 anos
Lata de aço: 10 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Isopor: 8 anos
Plástico: 100 anos
Garrafa plástica: 400 anos
Pneus: 600 anos
Vidro: 4.000 anos
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