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Aspectos	
  da	
  reprodução	
  de	
  
Angiospermas	
  
	
  
Valéria	
  Forni	
  Mar8ns	
  
valeriafm@gmail.com	
  
Reprodução	
  
•  Novo	
  indivíduo	
  e	
  recombinação	
  gênica	
  (sexuada).	
  
•  Sistemas	
  de	
  reprodução.	
  
•  Polinização.	
  
•  Dispersão	
  de	
  sementes.	
  
Reprodução	
  assexuada	
  
•  Propagação	
   vegeta8va	
   ou	
   produção	
   de	
   sementes	
   sem	
  
produção	
  e	
  fusão	
  dos	
  gametas	
  (agamospermia).	
  
•  Apomixia	
  =	
  propagação	
  vegeta8va	
  +	
  agamospermia	
  OU	
  
somente	
  agamospermia.	
  
•  Mantém	
  o	
  genó8po	
  parental.	
  
•  Obrigatória	
  ou	
  faculta8va.	
  
•  Nas	
   espécies	
   com	
   reprodução	
   assexuada	
   obrigatória,	
   a	
  
variabilidade	
  gené8ca	
  surge	
  somente	
  por	
  mutação.	
  
•  Cada	
  grupo	
  de	
  indivíduos	
  idên8cos	
  gene8camente	
  pode	
  
apresentar	
   diferentes	
   morfologias,	
   preferências	
  
ecológicas	
   e	
   distribuição	
   em	
   relação	
   a	
   outros	
   grupos	
   :	
  
baixa	
   variabilidade	
   gené8ca	
   intrapopulacional	
   e	
   alta	
  
variabilidade	
  interpopulacional.	
  
Reprodução	
  assexuada	
  por	
  
propagação	
  vegeta8va	
  
Estolão	
  
•  Principalmente	
  em	
  herbáceas	
  e	
  arbus8vas.	
  
•  Pode	
   formar	
   clones	
   ligados	
   ou	
   separados	
   do	
  
indivíduo	
  parental.	
  
Reprodução	
  assexuada	
  por	
  
propagação	
  vegeta8va	
  
Reprodução	
  assexuada	
  por	
  
propagação	
  vegeta8va	
  
Reprodução	
  assexuada	
  por	
  
agamospermia	
  
•  Geralmente,	
  as	
  espécies	
  são	
  poliplóides,	
  podendo	
  
ser	
  estéreis.	
  
•  Às	
   vezes,	
   há	
   necessidade	
   do	
   esVmulo	
   da	
  
polinização	
   e	
   do	
   crescimento	
   do	
   tubo	
   polínico:	
  
pseudogamia.	
  
Reprodução	
  assexuada	
  por	
  
agamospermia	
  
•  Relatada	
   em	
   500	
   espécies	
   de	
   40	
   famílias	
   de	
  
Angiosperma	
   (0,1%),	
   principalmente	
   em	
  
Poaceae,	
  Rosaceae	
  e	
  Asteraceae.	
  
Reprodução	
  assexuada	
  
•  Vantagens:	
  
– Reprodução	
  na	
  ausência	
  de	
  polinizadores.	
  
– Reprodução	
  de	
  indivíduos	
  estéreis.	
  
– Menor	
  gasto	
  de	
  energia	
  com	
  a	
  reprodução.	
  
– Possibilidade	
  de	
  reprodução	
  sexuada.	
  
– Em	
  ambientes	
  estáveis	
  (adaptação	
  imediata).	
  
•  Desvantagens:	
  
– Acúmulo	
  de	
  mutações	
  desvantajosas.	
  
– Menor	
   capacidade	
   de	
   ajuste	
   às	
   mudanças	
   do	
  
ambiente.	
  
Reprodução	
  sexuada	
  
Reprodução	
  sexuada	
  
Alogamia	
  
Autogamia	
  
Geitonogamia	
  
Reprodução	
  sexuada	
  
•  Recombinação	
   gênica:	
   maior	
   variabilidade	
  
gené8ca.	
  
•  Autogamia	
  x	
  alogamia:	
  
– Estratégia	
   de	
   floração:	
   quanto	
   mais	
   curta	
   e	
   com	
  
mais	
  flores,	
  maior	
  a	
  tendência	
  de	
  autogamia.	
  
– Distribuição	
   das	
   plantas	
   no	
   espaço:	
   quanto	
   mais	
  
longe,	
  maior	
  a	
  tendência	
  de	
  autogamia.	
  
– Caracterís8cas	
  florais.	
  
– Relação	
  com	
  polinizadores.	
  
Reprodução	
  sexuada:	
  autogamia	
  
•  Flores	
  abertas	
  (casmogamia)	
  ou	
  fechadas	
  (cleistogamia).	
  
•  Cleistogamia:	
  
–  Pode	
   promover	
   100%	
   de	
   autogamia,	
   dependendo	
   da	
   razão	
  
entre	
  flores	
  cleistógamas	
  e	
  casmógamas.	
  
–  Produção	
   de	
   flores	
   cleistógamas	
   é	
   relacionada	
   a	
   condições	
  
ambientais.	
  
–  Relatada	
  em	
  287	
  espécies	
  de	
  56	
  famílias	
  de	
  Angiosperma.	
  
Reprodução	
  sexuada:	
  autogamia	
  
•  Baixa	
   variabilidade	
   gené8ca	
   intrapopulacional	
   em	
   relação	
  
às	
   espécies	
   alógamas,	
   mas	
   maior	
   do	
   que	
   a	
   das	
   espécies	
  
agamospermas	
  devido	
  à	
  recombinação	
  gênica.	
  
•  Alta	
  variabilidade	
  interpopulacional	
  em	
  relação	
  às	
  espécies	
  
alógamas,	
   mas	
   menor	
   do	
   que	
   a	
   das	
   espécies	
  
agamospermas.	
  
Baixa	
  
variabilidade	
  
Baixa	
  
variabilidade	
  
Baixa	
  
variabilidade	
  
Baixa	
  
variabilidade	
  
Alta	
  
variabilidade	
  
Reprodução	
  sexuada:	
  autogamia	
  
•  Principal	
  vantagem:	
  
– Garan8a	
  reprodu8va.	
  
•  Principal	
  desvantagem:	
  
– Menor	
   capacidade	
   de	
   ajuste	
   às	
   mudanças	
   do	
  
ambiente	
   em	
   relação	
   às	
   espécies	
   alógamas,	
  
mas	
   maior	
   do	
   que	
   a	
   das	
   espécies	
  
agamospermas.	
  
Reprodução	
  sexuada:	
  alogamia	
  
	
  
	
  
•  Impedimentos	
   hsicos,	
   temporais	
   e	
   gené8cos	
   à	
  
autogamia.	
  
Alta	
  
variabilidade	
  
Alta	
  
variabilidade	
  
Alta	
  
variabilidade	
  
Alta	
  
variabilidade	
  
Baixa	
  
variabilidade	
  
Impedimentos	
  hsicos	
  à	
  autogamia	
  
•  Hercogamia:	
   apresentação	
   e	
   recepção	
   de	
  
pólen	
   espacialmente	
   separadas	
   em	
   uma	
   flor	
  
ou	
  em	
  um	
  indivíduo.	
  
Impedimentos	
  temporais	
  à	
  autogamia	
  
•  Dicogamia:	
   maturação	
   temporal	
   diferenciada	
   entre	
  
androceu	
  e	
  gineceu	
  de	
  uma	
  mesma	
  flor,	
  ou	
  entre	
  flores	
  
estaminadas	
   e	
   pis8ladas	
   de	
   um	
   mesmo	
   indivíduo	
  
(protoandria	
  e	
  protoginia).	
  
–  Muito	
  comum	
  em	
  Angiosperma.	
  
–  Maior	
  precisão	
  na	
  prevenção	
  da	
  autogamia.	
  
Impedimentos	
  gené8cos	
  à	
  autogamia	
  
•  Autoincompa8bilidade	
  gené8ca:	
  incapacidade	
  
de	
   um	
   indivíduo	
   que	
   produz	
   pólen	
   fér8l	
   de	
  
produzir	
  sementes	
  após	
  autopolinização.	
  
– Mal	
   desenvolvimento	
   do	
   tubo	
   polínico	
   ou	
  
impedimentos	
  na	
  fer8lização.	
  
•  Reações	
   de	
   incompa8bilidade:	
   no	
   grão	
   de	
  
pólen,	
   no	
   es8gma,	
   no	
   tubo	
   polínico,	
   no	
  
es8lete	
  ou	
  no	
  ovário	
  pré	
  e	
  pós-­‐fertlização.	
  
•  Relatados	
   em	
   centenas	
   de	
   gêneros	
   de	
   60	
  
famílias	
  de	
  Angiosperma.	
  
Reprodução	
  sexuada:	
  alogamia	
  
•  Principal	
  vantagem:	
  
– Permite	
  maior	
  capacidade	
  de	
  ajuste	
  às	
  mudanças	
  
do	
  ambiente,	
  conferindo	
  estabilidade	
  à	
  população	
  
a	
  longo	
  prazo.	
  
•  Principais	
  desvantagens:	
  
– Dependência	
   de	
   polinizadores	
   previsíveis	
   no	
  
tempo	
  e	
  no	
  espaço.	
  
– Altos	
  custos	
  com	
  a	
  reprodução.	
  
Sistemas	
  de	
  reprodução	
  
Sistemas	
  de	
  reprodução	
  
•  Populações	
  da	
  mesma	
  espécie	
  podem	
  apresentar	
  
diferentes	
  sistemas	
  de	
  reprodução.	
  
•  Indivíduos	
   podem	
   produzir	
   flores	
   femininas,	
  
masculinas	
   ou	
   hermafroditas	
   em	
   diferentes	
  
épocas.	
  
•  Espécies	
   homóicas	
   podem	
   apresentar	
   dioicia	
  
funcional:	
   atrofia	
   de	
   um	
   dos	
   sexos	
   de	
   todas	
   as	
  
flores	
   do	
   mesmo	
   indivíduo,	
   resultando	
   em	
  
indivíduos	
  femininos	
  e	
  indivíduos	
  masculinos	
  na	
  
população.	
  
•  Espécies	
   monóicas	
   muitas	
   vezes	
   apresentam	
  
dicogamia,	
  evitando	
  autogamia.	
  
Dioicia	
  
•  Geralmente,	
   há	
   maior	
   proporção	
   de	
   indivíduos	
  
femininos.	
  
•  Espécies	
   dióicas	
   e	
   dióicas	
   funcionais	
   podem	
   apresentar	
  
100%	
  de	
  alogamia,	
  aumentando	
  a	
  variabilidade	
  gené8ca.	
  
•  Polinização:	
  
–  1/3	
   das	
   espécies	
   é	
   polinizado	
   por	
   engano:	
   flores	
   masculinas	
  
abrem	
  primeiro	
  e	
  polinizadores	
  aprendem	
  a	
  visitar	
  a	
  espécie.	
  
–  Algumas	
   espécies	
   têm	
   flores	
   femininas	
   com	
   recurso	
   aos	
  
polinizadores.	
  
•  Ocorre	
  menos	
  do	
  que	
  os	
  outros	
  sistemas	
  de	
  reprodução.	
  
•  Mais	
  comum	
  na	
  flora	
  arbórea	
  tropical.	
  
Dioicia	
  
•  Principal	
  vantagem:	
  
– Permite	
  maior	
  capacidade	
  de	
  ajuste	
  às	
  mudanças	
  
do	
  ambiente.	
  
•  Principais	
  desvantagens:	
  
– Sistema	
  inflexível.	
  
– Somente	
   uma	
   parte	
   da	
   população	
   pode	
   formar	
  
frutos	
  e	
  sementes	
  (indivíduos	
  femininos).	
  
Síndromes	
  de	
  polinização	
  
•  Federico	
   Delpino	
   (1873-­‐74):	
   “caracterís8cas	
  
comuns	
   a	
   flores	
   polinizadas	
   por	
   um	
  
d e t e r m i n a d o	
   g r u p o	
   d e	
   a g e n t e s	
  
polinizadores”.	
  
•  Mais	
   recentemente:	
   “conjunto	
   de	
  
caracterís8cas	
   florais	
   que	
   convergiram	
  
evolu8vamente	
   associadas	
   a	
   atração	
   e	
  
u8lização	
  de	
  grupos	
  funcionais	
  específicos	
  de	
  
polinizadores”.	
  
Polinizadores	
  
Agentes	
  abió8cos	
  
Vento	
  
(anemofilia)	
  
Água	
  
(hidrofilia)	
  
Agentes	
  bió8cos	
  (zoofilia)	
  
Invertebrados	
   Vertebrados	
  
Insetos	
  
(entomofilia)	
  
Outros	
  
invertebrados	
  
Aves	
  
(ornitofilia)	
  
Morcegos	
  
(quiropterofilia)	
  
Outros	
  
vertebrados	
  
Besouros	
  
(cantarofilia)	
  
Moscas	
  (miiofilia	
  e	
  
sapromiiofilia)	
  
Vespas	
  e	
  abelhas	
  
(melitofilia)	
  
Borboletas	
  
(psicofilia)	
  
Mariposas	
  (falenofilia	
  
e	
  enfingofilia)	
  
Polinização	
  abió8ca	
  
•  Processo	
  ao	
  acaso.	
  
•  Flores	
  masculinas	
  com	
  muito	
  pólen:	
  processo	
  
an8econômico.	
  
•  Flores	
   femininas	
   com	
   es8gma	
   plumoso	
   e	
  
ampla	
  superhcie.	
  
•  Flores	
  não	
  apresentam	
  recursos	
  (nectar,	
  cera,	
  
odor...)	
  e	
  o	
  pólen	
  tem	
  baixo	
  valor	
  nutricional.	
  
•  Flores	
   podem	
   ser	
   pequenas,	
   esverdeadas	
   e	
  
não-­‐ornamentadas	
  (às	
  vezes,	
  sem	
  pétalas).	
  
Anemofilia	
  
•  Relatada	
  em	
  12%	
  das	
  Angiosperma.	
  
•  Grãos-­‐de-­‐pólen	
   pequenos	
   e	
   leves,	
   sem	
   exsudato	
   viscoso,	
   às	
  
vezes	
  consumidos	
  por	
  insetos.	
  
•  Comum	
   em	
   áreas	
   abertas:	
   flores	
   antes	
   de	
   folhas	
   em	
   florestas	
  
temperadas.	
  
•  Flores	
   masculinas	
   com	
   filetes	
   e	
   estames	
   longos,	
   flexíveis	
   e	
  
expostos.	
  
•  Flores	
  femininas	
  com	
  es8lete	
  longo	
  e	
  es8gma	
  protuberante.	
  
Hidrofilia	
  
•  Relatada	
  em	
  apenas	
  2%	
  das	
  Angiosperma	
  (31	
  gêneros	
  de	
  11	
  
famílias.	
  
•  Ocorre	
  em	
  plantas	
  aquá8cas	
  e	
  algumas	
  terrestres	
  polinizadas	
  
pela	
  chuva.	
  
•  O	
   grão	
   de	
   pólen	
   é	
   maior,	
   com	
   substâncias	
   viscosas	
   ou	
  
mucilagem,	
   transportado	
   principalmente	
   na	
   superhcie	
   da	
  
água.	
  
•  Muitas	
   plantas	
   aquá8cas	
   têm	
   flores	
   que	
   emergem,	
   sendo	
  
polinizadas	
  pelo	
  vento	
  ou	
  por	
  insetos.	
  
Polinização	
  bió8ca	
  
•  Ocorre	
  na	
  maior	
  parte	
  das	
  Angiosperma.	
  
•  Animais	
  visitam	
  flores	
  em	
  busca	
  de	
  alimento	
  (néctar	
  e	
  pólen),	
  
local	
   para	
   acasalamento	
   ou	
   oviposição,	
   proteção,	
   obtenção	
  
de	
  cera,	
  óleo,	
  feromônio	
  ou	
  odor,	
  etc.	
  
•  Flores	
  apresentam	
  caracterís8cas	
  que	
  indicam	
  a	
  presença	
  de	
  
recompensa	
  aos	
  polinizadores:	
  forma,	
  cor,	
  cheiro,	
  horário	
  da	
  
antese...	
  
•  Morfologia	
   e	
   comportamento	
   do	
   animal	
   resultam	
   na	
   coleta	
  
de	
  pólén	
  de	
  uma	
  flor	
  e	
  sua	
  deposição	
  do	
  es8gma	
  de	
  outra	
  flor	
  
da	
  mesma	
  espécie.	
  
•  Pólen	
  pesado	
  e	
  muitas	
  vezes	
  com	
  exsudato	
  viscoso.	
  
•  A	
   interação	
   apresenta	
   diferentes	
   graus	
   de	
   especilização:	
  
espécie-­‐específica	
  a	
  altamente	
  generalista.	
  
Especialização	
  polinizador	
  x	
  planta	
  
Cantarofilia	
  
•  Besouros	
  se	
  alimentam	
  principalmente	
  de	
  pólen	
  e	
  partes	
  
florais,	
  e	
  acasalam-­‐se	
  nas	
  flores.	
  
•  Recursos	
  bastante	
  acessíveis,	
  mas	
  sem	
  guia	
  de	
  néctar.	
  
•  Ovário	
  muito	
  protegido.	
  
•  Flores	
  grandes	
  e	
  solitárias	
  em	
  forma	
  de	
  prato.	
  
•  Flores	
  pequenas	
  em	
  inflorescências.	
  
•  Diferentes	
  cores.	
  
•  Odores	
   fortes	
   (adocicados	
   ou	
   de	
   podre)	
   e	
   feromônios	
  
(liberados	
  com	
  aumento	
  da	
  temperatura	
  de	
  Araceae).	
  	
  
•  Às	
  vezes,	
  há	
  armadilhas	
  nas	
  flores.	
  
Cantarofilia	
  
Miiofilia	
  
•  Moscas	
   se	
   alimentam	
   de	
   pólen,	
   néctar	
   ou	
  
substâncias	
  precursoras	
  de	
  feromônios.	
  
•  Recursos	
  bastante	
  acessíveis	
  e	
  com	
  guia	
  de	
  néctar.	
  
•  Flores	
   de	
   diferentes	
   cores,	
   em	
   forma	
   de	
   prato	
   ou	
  
tubulares.	
  
•  Odor	
  impercepVvel.	
  
Sapromiiofilia	
  
•  Moscas	
   saprófitas	
   se	
   alimentam	
   e/ou	
   ovipõem	
   em	
  
matéria	
   orgânica	
   em	
   decomposição,	
   visitando	
   as	
   flores	
  
por	
  engano.	
  
•  Flores	
   de	
   cor	
   púrpura,	
   opaca	
   e	
   com	
  
manchas	
  claras.	
  
•  Odor	
  desagradável.	
  
•  Sem	
  recurso	
  e	
  sem	
  guia	
  de	
  néctar.	
  
•  Armadilhas.	
  
•  Janelas	
   claras	
   ou	
   transparentes:	
  
facilitam	
  a	
  saída	
  das	
  moscas.	
  
	
  
Melitofilia	
  
•  Abelhas	
  têm	
  alta	
  dependência	
  de	
  néctar	
  e	
  pólen,	
  às	
  vezes	
  
de	
  uma	
  ou	
  poucas	
  espécies	
  de	
  plantas.	
  
•  Também	
  coletam	
  cera,	
  óleo	
  e	
  odor.	
  
•  Diferentes	
   tamanhos,	
   comprimentos	
   de	
   língua	
   e	
  
comportamento.	
  
•  40	
   mil	
   espécies	
   de	
   abelhas	
   polinizam	
   grande	
   parte	
   das	
  
espécies	
  de	
  Angiosperma.	
  
•  Grande	
  habilidade	
  para	
  se	
  lembrarem	
  de	
  cores,	
  odores	
  e	
  
formas	
  de	
  plantas.	
  
•  Aprendem	
   como	
   explorar	
   diferentes	
   flores	
   e	
   conseguem	
  
acessar	
  recursos	
  em	
  flores	
  de	
  estrutura	
  complicada,	
  onde	
  
outros	
  insetos	
  não	
  são	
  capazes	
  de	
  buscar	
  alimento.	
  
Melitofilia	
  
•  Ordenham	
  as	
  anteras	
  para	
  a	
  liberação	
  do	
  pólen.	
  
•  Têm	
  pelos	
  e	
  estruturas	
  especiais	
  para	
  o	
  transporte	
  de	
  pólen.	
  
•  Grupo	
  melhor	
  adaptado	
  à	
  polinização,	
  principalmente	
  Apis.	
  
Melitofilia	
  
•  Flores	
  abrem-­‐se	
  durante	
  o	
  dia.	
  
•  Variáveis	
   em	
   tamanho	
   e	
   formato	
   (simétricas	
   ou	
  
assimétricas).	
  
•  Cores	
   vivas,	
   geralmente	
   amarelo	
   ou	
   azul,	
   com	
   reflexão	
  
ultra-­‐violeta	
  (nunca	
  vermelho	
  puro)	
  que	
  funciona	
  como	
  
guia	
  de	
  néctar.	
  
Melitofilia	
  
•  Néctar	
   escondido,	
   mas	
   não	
   profundamente,	
   e	
   em	
  
quan8dades	
  moderadas.	
  
•  Mecanicamente	
  fortes,	
  com	
  plataforma	
  de	
  pouso.	
  
•  Odores	
  agradáveis,	
  	
  não	
  muito	
  fortes.	
  
Psicofilia	
  
•  Borboletas	
  alimentam-­‐se	
  de	
  néctar	
  e,	
  em	
  alguns	
  casos,	
  pólen.	
  
•  Flores	
  abrem-­‐se	
  durante	
  o	
  dia.	
  
•  Geralmente	
  são	
  grandes	
  e	
  vistosas,	
  com	
  cores	
  que	
  incluem	
  o	
  
vermelho	
  puro,	
  amarelo	
  e	
  azul.	
  
•  Tubulares,	
  eretas,	
  simétricas	
  e	
  com	
  anteras	
  fixas.	
  
•  Corola	
  com	
  borda	
  inteira	
  ou	
  pouco	
  recortada:	
  plataforma	
  de	
  
pouso.	
  
•  Néctar	
   em	
   grande	
   quan8dade	
   no	
   fundo	
   do	
   tubo	
   floral	
   ou	
  
esporão.	
  
•  Guias	
  de	
  néctar	
  ou	
  guias	
  de	
  língua	
  mecânicos.	
  
•  Odor	
  fraco,	
  agradável.	
  
Psicofilia	
  
Falenofilia	
  e	
  Esfingofilia	
  
•  Mariposas	
  alimentam-­‐se	
  de	
  néctar.	
  	
  
•  Principalmente	
   noturnas,	
   com	
   olfato	
   desenvolvido	
   e	
  
probóscides	
  muito	
  longas.	
  
•  Maior	
  parte	
  das	
  espécies	
  paira	
  em	
  frente	
  à	
  flor.	
  
Falenofilia	
  e	
  Esfingofilia	
  
•  Flores	
  abrem-­‐se	
  à	
  noite.	
  
•  Grandes,	
  brancas	
  ou	
  pálidas,	
  raramente	
  vermelhas.	
  
•  Tubulares,	
  horizontais	
  ou	
  pendentes,	
  assimétricas	
  e	
  com	
  anteras	
  
versáteis.	
  
•  Corola	
  muito	
  lobada:	
  sem	
  plataforma	
  de	
  pouso.	
  
•  Odor	
  forte,	
  adocicado,	
  somente	
  à	
  noite.	
  
•  Mais	
   néctar	
   que	
   em	
   flores	
   polinizadas	
   por	
   borboletas	
   ou	
  
abelhas.	
  
•  Néctar	
   no	
   fundo	
   do	
   tubo	
   floral	
   muito	
   longo	
   ou	
   esporão,	
   mais	
  
estreito	
  que	
  em	
  flores	
  polinizadas	
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  pássaros.	
  
•  Geralmente	
  sem	
  guias	
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  néctar:	
  orientação	
  pelo	
  contorno	
  da	
  
flor.	
  
Falenofilia	
  e	
  Esfingofilia	
  
Ornitofilia	
  
•  Aves	
  alimentam-­‐se	
  principalmente	
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  néctar.	
  
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  pairar	
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  os	
  beija-­‐flores.	
  
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  têm	
  bico	
  forte	
  e	
  grande,	
  e	
  bico	
  e	
  língua	
  
longos.	
  
Ornitofilia	
  
•  As	
  flores	
  abrem-­‐se	
  durante	
  o	
  dia.	
  
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  ou	
  em	
  inflorescências,	
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  com	
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   o s	
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  apresentam	
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   síndromes	
   em	
   prever	
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  de	
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Síndromes	
  de	
  dispersão	
  
•  Não	
   assumem	
   associação	
   estreita:	
   “Conjunto	
   geral	
   de	
  
caracterís8cas	
   morfológicas	
   que	
   indicam	
   o	
   grupo	
   mais	
  
provável	
  de	
  dispersor”	
  (van	
  der	
  Pijl	
  1972).	
  
•  Amplas,	
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  é	
  um	
  processo	
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  exigente	
  do	
  que	
  
polinização:	
  
-­‐  Eventos	
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-­‐  Diásporos	
  são	
  recurso	
  alimentar	
  de	
  fácil	
  acesso:	
  são	
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•  São	
  amplamente	
  u8lizadas	
  para	
  se	
  inferir	
  qual	
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  o	
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   sem	
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   diretas:	
  
determinação	
  exata	
  só	
  é	
  possível	
  com	
  observações	
  de	
  campo.	
  
Cazowo	
  et	
  al.	
  subme8do	
  
Dispersores	
  
Cazowo	
  et	
  al.	
  subme8do	
  
Dispersores	
  
•  Diásporos pequenos, numerosos, de cor marrom ou clara e peso
variável, provenientes de frutos secos.
Anemocoria
Colutea arborescens
Taraxacum
oficinalis
Anastatica hierochuntica
Papaver
somniferum
Pithecoctenium
crucigerum
Hidrocoria
•  Diásporos similares aos anemocóricos, mas em espécies
geralmente associadas a ambientes aquáticos.
Sedrum acre
Ocimum basilucum
Kalanchoe tubifloraBertolonia mosenii
Nymphoides peltata
Síndromes de dispersão: hidrocoria.
Hevea brasiliensis
Cocos nucifera
•  Diásporos também marrons ou de cores pálidas provenientes de
frutos secos.
Autocoria
Hura crepitans
Bauhinia purpurea
Polygonum
virginianum
•  Diásporos com forma aerodinâmica e peso relativamente
grande.
•  Ausência de outros dispersores?
Quercus cocciferaJuglans regis
Barocoria
•  Rhizophora mangle:
- Monospermia por aborto: evita competição.
- Viviparidade: evita afogamento e hipóxia.
- Diásporos em forma de lança: se enterram no solo próximos
à planta parental; conseguem flutuar e têm movimento
geotrópico.
Rhizophora mangle
Síndromes de dispersão: barocoria.
•  60% a 90% das espécies em florestas tropicais.
•  Subdividida de acordo com o grupo de animais dispersores.
•  O diásporo pode ser carregado por epizoocoria (ou
exozoocoria) ou endozoocoria.
Zoocoria
•  Epizoocoria (ou exozoocoria):
- Superfície rugosa com mecanismos adesivos.
- Comum em herbáceas.
- Desenvolvem-se próximos ao solo.
- Destacam-se facilmente da planta parental.
Métodos de transporte de diásporos zoocóricos: epizoocoria.
Acanthospermum sp.
Desmodium psilophyllumBidens laevis
Acanthospermum hispidum
•  Endozoocoria: dispersão eficiente quanto a semente não é
danificada; se ocorre dano, o animal é predador.
-  Tratamento à semente.
-  Comportamento do dispersor.
Métodos de transporte de diásporos zoocóricos: endozoocoria.
Tangara cyanocephalla
•  Diásporos consumidos pelos animais:
- Porção carnosa que serve principalmente como alimento aos
animais.
- Geralmente apresentam coloração atrativa aos animais.
- Outras características são muito variáveis.
Diásporos endozoocóricos.
•  Principal característica: sementes com elaiossomo.
Mirmecocoria
Ricinus communis
Croton sp.
•  Plantas de beira de rio e locais alagados.
Ficus sp.
Inga sp.
Ictiocoria
•  Algumas tartarugas, jabutis, lagartos e jacarés.
•  Geralmente de cor laranja ou vermelha.
•  Com odor.
Saurocoria
Melocactus violaceus e
Tropidurus torquatus
Aldabrachelys gigantea
Genipa clusifolia
Ornitocoria
•  Proteção presente na parte externa contra o consumo
prematuro.
•  Proteção interna da semente contra digestão.
•  Brilho e coloração atrativa quando maduros: vermelho, laranja,
preto ou azul escuro; estas cores com tons claros; órgãos
auxiliares; folhagem (contraste).
•  Sem odor.
•  Grande variação morfológica.
Síndromes de dispersão: ornitocoria.
Paullinia cupana Ochna kirkii
Miconia albicans
Ormosia monosperma
•  Tamanho geralmente grande.
•  Proteção presente na parte externa
contra o consumo prematuro.
•  Proteção da semente contra danos
mecânicos.
•  Coloração atrativa nem sempre
presente.
•  Odor geralmente atrativo.
Mamalocoria
Hyphaene petersiana
Durio zibethinusAnnona squamataAnacardium occidentale
•  Características variam de acordo com o grupos de mamíferos.
•  Mamíferos pastadores:
-  Frutos de herbáceas, mas também de Acacia.
- Parte atrativa não se encontra nos diásporos, mas sim na
folhagem rica em nutrientes: ingestão acidental.
-  Sementes pequenas e duras, geralmente de frutos
lenhosos.
Acacia aroma Cassia ampliflora
Síndromes de dispersão: mamalocoria.
•  Quiropterocoria:
- Principalmente em Araceae, Clusiaceae, Curcubitaceae,
Moraceae, Piperaceae, Solanaceae e Urticaceae (spp. da antiga
Cecropiaceae).
Síndromes de dispersão: mamalocoria.
Solanum melongena Cecropia sp.Piper nigrum
Monstera deliciosa
Platonia insignis
Ficus carica
-  Desprotegidos e expostos no ramo ou em plantas de
fácil acesso.
-  Cores opacas e claras: roxo, azul, verde, amarelo, verde-
amarelado, branco ou laranja, contrastantes com a
folhagem mais escura.
-  Odor forte: de podre ou não; nem sempre é perceptível
aos humanos.
-  Suculentos (polpa aquosa).
Diásporos mamalocóricos: quiropterocoria.
Carollia perspicillata e Piper sp.
Platyrrhinus e Diospyros
•  Mamíferos da ordem Carnivora:
- Frutos de plantas herbáceas e spp. de Arecaceae.
- Odor específico quando maduros.
- Caem da planta parental quando maduros.
- Nas cores vermelha, preta, marrom, branca, azul ou verde.
- Maiores do que os dispersos por aves e morcegos.
- Pesados, ricos em polpa e com muitas sementes.
Astrocaryum
acuteatissimum
Solanum lycocarpum
Chrysocyon brachyurus
Síndromes de dispersão: mamalocoria.
•  Primatocoria:
- Frutos com casca dura ou macia muito coloridas: preto,
roxo, rosa, amarelo, laranja ou cinza-esverdeado.
- Grandes sementes com arilo amarelo ou laranja.
- Odor forte, mas não de podre.
- Primatas se alimentam de frutos verdes e maduros.
- Preferência por frutos suculentos.
- Muitas vezes são predadores e dispersores ocasionais.
Garcinia subelliptica Theobroma cacaoMangifera indica
Síndromes de dispersão: mamalocoria.
•  Glicocoria:
- Roedores são primariamente predadores.
- Diásporos duros, geralmente frutos com casca dura e com
uma ou várias sementes.
- Cápsulas vermelhas, verdes ou amarelas com sementes
envoltas por uma polpa branca.
- Sementes com estruturas arilóides cerosas e duras.
- Sem odor.
Sciurus ingrami e
Syagrus romanzoffiana
Carya sp.
Síndromes de dispersão: mamalocoria.
•  Semente é um indivíduo recombinante e sua dispersão beneficia
a planta parental de três maneiras:
1- Fuga: diminui a mortalidade dependente de densidade
devido a predação e infestação por patógenos de sementes e
plântulas, e à competição das plântulas com a planta parental e
com indivíduos da coorte, comuns em locais com grande
densidade de sementes e plântulas, como próximo da planta
parental.
Vantagens da dispersão de sementes.
2- Colonização: movimento de sementes para novos habitats;
geralmente há armazenamento de sementes em bancos de
sementes.
3- Dispersão direcionada: alta deposição de sementes em
micro-habitats que são melhores para a sobrevivência de
sementes e o estabelecimento de plântulas; comumente
observada em formigueiros, latrinas e LEKs.
Ricinus communis
Vantagens da dispersão de sementes.
Wang	
  &	
  Smith	
  2002	
  
Predação pré-
dispersão
(Predação pós-dispersão)
O ciclo de dispersão.
Schupp	
  et	
  al.	
  2010	
  
Pergunta	
  
•  O	
   que	
   é	
   efe8vidade	
   de	
   dispersão	
   de	
   sementes	
   (seed	
  
dispersal	
   effec/veness	
   –	
   SDE)?	
   Explique	
   seus	
  
componentes	
   e	
   exemplifique	
   como	
   eles	
   podem	
   ser	
  
alterados	
  por	
  agentes	
  dispersores	
  múl8plos.	
  
•  Schupp,	
   E.W.;	
   Jordano,	
   P.	
   &	
   Gómez,	
   J.M.	
   2010.	
   Seed	
  
dispersal	
   effec8veness	
   revisited:	
   a	
   conceptual	
   review.	
  
New	
  Phytologist	
  188:333-­‐353.	
  
•  Schupp,	
   E.W.	
   1993.	
   Quan8ty,	
   quality	
   and	
   the	
  
effec8veness	
   of	
   seed	
   dispersal	
   by	
   animals.	
   Vegeta8o	
  
107/108:	
  15-­‐29.	
  
“Plants are merely
the mechanism
by which seeds
produce more seeds.”
John Harper
(1925-2009)

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Aula Reproducao

  • 1. Aspectos  da  reprodução  de   Angiospermas     Valéria  Forni  Mar8ns   valeriafm@gmail.com  
  • 2. Reprodução   •  Novo  indivíduo  e  recombinação  gênica  (sexuada).   •  Sistemas  de  reprodução.   •  Polinização.   •  Dispersão  de  sementes.  
  • 3. Reprodução  assexuada   •  Propagação   vegeta8va   ou   produção   de   sementes   sem   produção  e  fusão  dos  gametas  (agamospermia).   •  Apomixia  =  propagação  vegeta8va  +  agamospermia  OU   somente  agamospermia.   •  Mantém  o  genó8po  parental.   •  Obrigatória  ou  faculta8va.   •  Nas   espécies   com   reprodução   assexuada   obrigatória,   a   variabilidade  gené8ca  surge  somente  por  mutação.   •  Cada  grupo  de  indivíduos  idên8cos  gene8camente  pode   apresentar   diferentes   morfologias,   preferências   ecológicas   e   distribuição   em   relação   a   outros   grupos   :   baixa   variabilidade   gené8ca   intrapopulacional   e   alta   variabilidade  interpopulacional.  
  • 4. Reprodução  assexuada  por   propagação  vegeta8va   Estolão   •  Principalmente  em  herbáceas  e  arbus8vas.   •  Pode   formar   clones   ligados   ou   separados   do   indivíduo  parental.  
  • 5. Reprodução  assexuada  por   propagação  vegeta8va  
  • 6. Reprodução  assexuada  por   propagação  vegeta8va  
  • 7. Reprodução  assexuada  por   agamospermia   •  Geralmente,  as  espécies  são  poliplóides,  podendo   ser  estéreis.   •  Às   vezes,   há   necessidade   do   esVmulo   da   polinização   e   do   crescimento   do   tubo   polínico:   pseudogamia.  
  • 8. Reprodução  assexuada  por   agamospermia   •  Relatada   em   500   espécies   de   40   famílias   de   Angiosperma   (0,1%),   principalmente   em   Poaceae,  Rosaceae  e  Asteraceae.  
  • 9. Reprodução  assexuada   •  Vantagens:   – Reprodução  na  ausência  de  polinizadores.   – Reprodução  de  indivíduos  estéreis.   – Menor  gasto  de  energia  com  a  reprodução.   – Possibilidade  de  reprodução  sexuada.   – Em  ambientes  estáveis  (adaptação  imediata).   •  Desvantagens:   – Acúmulo  de  mutações  desvantajosas.   – Menor   capacidade   de   ajuste   às   mudanças   do   ambiente.  
  • 11. Reprodução  sexuada   Alogamia   Autogamia   Geitonogamia  
  • 12. Reprodução  sexuada   •  Recombinação   gênica:   maior   variabilidade   gené8ca.   •  Autogamia  x  alogamia:   – Estratégia   de   floração:   quanto   mais   curta   e   com   mais  flores,  maior  a  tendência  de  autogamia.   – Distribuição   das   plantas   no   espaço:   quanto   mais   longe,  maior  a  tendência  de  autogamia.   – Caracterís8cas  florais.   – Relação  com  polinizadores.  
  • 13. Reprodução  sexuada:  autogamia   •  Flores  abertas  (casmogamia)  ou  fechadas  (cleistogamia).   •  Cleistogamia:   –  Pode   promover   100%   de   autogamia,   dependendo   da   razão   entre  flores  cleistógamas  e  casmógamas.   –  Produção   de   flores   cleistógamas   é   relacionada   a   condições   ambientais.   –  Relatada  em  287  espécies  de  56  famílias  de  Angiosperma.  
  • 14. Reprodução  sexuada:  autogamia   •  Baixa   variabilidade   gené8ca   intrapopulacional   em   relação   às   espécies   alógamas,   mas   maior   do   que   a   das   espécies   agamospermas  devido  à  recombinação  gênica.   •  Alta  variabilidade  interpopulacional  em  relação  às  espécies   alógamas,   mas   menor   do   que   a   das   espécies   agamospermas.   Baixa   variabilidade   Baixa   variabilidade   Baixa   variabilidade   Baixa   variabilidade   Alta   variabilidade  
  • 15. Reprodução  sexuada:  autogamia   •  Principal  vantagem:   – Garan8a  reprodu8va.   •  Principal  desvantagem:   – Menor   capacidade   de   ajuste   às   mudanças   do   ambiente   em   relação   às   espécies   alógamas,   mas   maior   do   que   a   das   espécies   agamospermas.  
  • 16. Reprodução  sexuada:  alogamia       •  Impedimentos   hsicos,   temporais   e   gené8cos   à   autogamia.   Alta   variabilidade   Alta   variabilidade   Alta   variabilidade   Alta   variabilidade   Baixa   variabilidade  
  • 17. Impedimentos  hsicos  à  autogamia   •  Hercogamia:   apresentação   e   recepção   de   pólen   espacialmente   separadas   em   uma   flor   ou  em  um  indivíduo.  
  • 18. Impedimentos  temporais  à  autogamia   •  Dicogamia:   maturação   temporal   diferenciada   entre   androceu  e  gineceu  de  uma  mesma  flor,  ou  entre  flores   estaminadas   e   pis8ladas   de   um   mesmo   indivíduo   (protoandria  e  protoginia).   –  Muito  comum  em  Angiosperma.   –  Maior  precisão  na  prevenção  da  autogamia.  
  • 19. Impedimentos  gené8cos  à  autogamia   •  Autoincompa8bilidade  gené8ca:  incapacidade   de   um   indivíduo   que   produz   pólen   fér8l   de   produzir  sementes  após  autopolinização.   – Mal   desenvolvimento   do   tubo   polínico   ou   impedimentos  na  fer8lização.   •  Reações   de   incompa8bilidade:   no   grão   de   pólen,   no   es8gma,   no   tubo   polínico,   no   es8lete  ou  no  ovário  pré  e  pós-­‐fertlização.   •  Relatados   em   centenas   de   gêneros   de   60   famílias  de  Angiosperma.  
  • 20. Reprodução  sexuada:  alogamia   •  Principal  vantagem:   – Permite  maior  capacidade  de  ajuste  às  mudanças   do  ambiente,  conferindo  estabilidade  à  população   a  longo  prazo.   •  Principais  desvantagens:   – Dependência   de   polinizadores   previsíveis   no   tempo  e  no  espaço.   – Altos  custos  com  a  reprodução.  
  • 22. Sistemas  de  reprodução   •  Populações  da  mesma  espécie  podem  apresentar   diferentes  sistemas  de  reprodução.   •  Indivíduos   podem   produzir   flores   femininas,   masculinas   ou   hermafroditas   em   diferentes   épocas.   •  Espécies   homóicas   podem   apresentar   dioicia   funcional:   atrofia   de   um   dos   sexos   de   todas   as   flores   do   mesmo   indivíduo,   resultando   em   indivíduos  femininos  e  indivíduos  masculinos  na   população.   •  Espécies   monóicas   muitas   vezes   apresentam   dicogamia,  evitando  autogamia.  
  • 23. Dioicia   •  Geralmente,   há   maior   proporção   de   indivíduos   femininos.   •  Espécies   dióicas   e   dióicas   funcionais   podem   apresentar   100%  de  alogamia,  aumentando  a  variabilidade  gené8ca.   •  Polinização:   –  1/3   das   espécies   é   polinizado   por   engano:   flores   masculinas   abrem  primeiro  e  polinizadores  aprendem  a  visitar  a  espécie.   –  Algumas   espécies   têm   flores   femininas   com   recurso   aos   polinizadores.   •  Ocorre  menos  do  que  os  outros  sistemas  de  reprodução.   •  Mais  comum  na  flora  arbórea  tropical.  
  • 24. Dioicia   •  Principal  vantagem:   – Permite  maior  capacidade  de  ajuste  às  mudanças   do  ambiente.   •  Principais  desvantagens:   – Sistema  inflexível.   – Somente   uma   parte   da   população   pode   formar   frutos  e  sementes  (indivíduos  femininos).  
  • 25. Síndromes  de  polinização   •  Federico   Delpino   (1873-­‐74):   “caracterís8cas   comuns   a   flores   polinizadas   por   um   d e t e r m i n a d o   g r u p o   d e   a g e n t e s   polinizadores”.   •  Mais   recentemente:   “conjunto   de   caracterís8cas   florais   que   convergiram   evolu8vamente   associadas   a   atração   e   u8lização  de  grupos  funcionais  específicos  de   polinizadores”.  
  • 26. Polinizadores   Agentes  abió8cos   Vento   (anemofilia)   Água   (hidrofilia)   Agentes  bió8cos  (zoofilia)   Invertebrados   Vertebrados   Insetos   (entomofilia)   Outros   invertebrados   Aves   (ornitofilia)   Morcegos   (quiropterofilia)   Outros   vertebrados   Besouros   (cantarofilia)   Moscas  (miiofilia  e   sapromiiofilia)   Vespas  e  abelhas   (melitofilia)   Borboletas   (psicofilia)   Mariposas  (falenofilia   e  enfingofilia)  
  • 27. Polinização  abió8ca   •  Processo  ao  acaso.   •  Flores  masculinas  com  muito  pólen:  processo   an8econômico.   •  Flores   femininas   com   es8gma   plumoso   e   ampla  superhcie.   •  Flores  não  apresentam  recursos  (nectar,  cera,   odor...)  e  o  pólen  tem  baixo  valor  nutricional.   •  Flores   podem   ser   pequenas,   esverdeadas   e   não-­‐ornamentadas  (às  vezes,  sem  pétalas).  
  • 28. Anemofilia   •  Relatada  em  12%  das  Angiosperma.   •  Grãos-­‐de-­‐pólen   pequenos   e   leves,   sem   exsudato   viscoso,   às   vezes  consumidos  por  insetos.   •  Comum   em   áreas   abertas:   flores   antes   de   folhas   em   florestas   temperadas.   •  Flores   masculinas   com   filetes   e   estames   longos,   flexíveis   e   expostos.   •  Flores  femininas  com  es8lete  longo  e  es8gma  protuberante.  
  • 29. Hidrofilia   •  Relatada  em  apenas  2%  das  Angiosperma  (31  gêneros  de  11   famílias.   •  Ocorre  em  plantas  aquá8cas  e  algumas  terrestres  polinizadas   pela  chuva.   •  O   grão   de   pólen   é   maior,   com   substâncias   viscosas   ou   mucilagem,   transportado   principalmente   na   superhcie   da   água.   •  Muitas   plantas   aquá8cas   têm   flores   que   emergem,   sendo   polinizadas  pelo  vento  ou  por  insetos.  
  • 30. Polinização  bió8ca   •  Ocorre  na  maior  parte  das  Angiosperma.   •  Animais  visitam  flores  em  busca  de  alimento  (néctar  e  pólen),   local   para   acasalamento   ou   oviposição,   proteção,   obtenção   de  cera,  óleo,  feromônio  ou  odor,  etc.   •  Flores  apresentam  caracterís8cas  que  indicam  a  presença  de   recompensa  aos  polinizadores:  forma,  cor,  cheiro,  horário  da   antese...   •  Morfologia   e   comportamento   do   animal   resultam   na   coleta   de  pólén  de  uma  flor  e  sua  deposição  do  es8gma  de  outra  flor   da  mesma  espécie.   •  Pólen  pesado  e  muitas  vezes  com  exsudato  viscoso.   •  A   interação   apresenta   diferentes   graus   de   especilização:   espécie-­‐específica  a  altamente  generalista.  
  • 32. Cantarofilia   •  Besouros  se  alimentam  principalmente  de  pólen  e  partes   florais,  e  acasalam-­‐se  nas  flores.   •  Recursos  bastante  acessíveis,  mas  sem  guia  de  néctar.   •  Ovário  muito  protegido.   •  Flores  grandes  e  solitárias  em  forma  de  prato.   •  Flores  pequenas  em  inflorescências.   •  Diferentes  cores.   •  Odores   fortes   (adocicados   ou   de   podre)   e   feromônios   (liberados  com  aumento  da  temperatura  de  Araceae).     •  Às  vezes,  há  armadilhas  nas  flores.  
  • 34. Miiofilia   •  Moscas   se   alimentam   de   pólen,   néctar   ou   substâncias  precursoras  de  feromônios.   •  Recursos  bastante  acessíveis  e  com  guia  de  néctar.   •  Flores   de   diferentes   cores,   em   forma   de   prato   ou   tubulares.   •  Odor  impercepVvel.  
  • 35. Sapromiiofilia   •  Moscas   saprófitas   se   alimentam   e/ou   ovipõem   em   matéria   orgânica   em   decomposição,   visitando   as   flores   por  engano.   •  Flores   de   cor   púrpura,   opaca   e   com   manchas  claras.   •  Odor  desagradável.   •  Sem  recurso  e  sem  guia  de  néctar.   •  Armadilhas.   •  Janelas   claras   ou   transparentes:   facilitam  a  saída  das  moscas.    
  • 36. Melitofilia   •  Abelhas  têm  alta  dependência  de  néctar  e  pólen,  às  vezes   de  uma  ou  poucas  espécies  de  plantas.   •  Também  coletam  cera,  óleo  e  odor.   •  Diferentes   tamanhos,   comprimentos   de   língua   e   comportamento.   •  40   mil   espécies   de   abelhas   polinizam   grande   parte   das   espécies  de  Angiosperma.   •  Grande  habilidade  para  se  lembrarem  de  cores,  odores  e   formas  de  plantas.   •  Aprendem   como   explorar   diferentes   flores   e   conseguem   acessar  recursos  em  flores  de  estrutura  complicada,  onde   outros  insetos  não  são  capazes  de  buscar  alimento.  
  • 37. Melitofilia   •  Ordenham  as  anteras  para  a  liberação  do  pólen.   •  Têm  pelos  e  estruturas  especiais  para  o  transporte  de  pólen.   •  Grupo  melhor  adaptado  à  polinização,  principalmente  Apis.  
  • 38. Melitofilia   •  Flores  abrem-­‐se  durante  o  dia.   •  Variáveis   em   tamanho   e   formato   (simétricas   ou   assimétricas).   •  Cores   vivas,   geralmente   amarelo   ou   azul,   com   reflexão   ultra-­‐violeta  (nunca  vermelho  puro)  que  funciona  como   guia  de  néctar.  
  • 39. Melitofilia   •  Néctar   escondido,   mas   não   profundamente,   e   em   quan8dades  moderadas.   •  Mecanicamente  fortes,  com  plataforma  de  pouso.   •  Odores  agradáveis,    não  muito  fortes.  
  • 40. Psicofilia   •  Borboletas  alimentam-­‐se  de  néctar  e,  em  alguns  casos,  pólen.   •  Flores  abrem-­‐se  durante  o  dia.   •  Geralmente  são  grandes  e  vistosas,  com  cores  que  incluem  o   vermelho  puro,  amarelo  e  azul.   •  Tubulares,  eretas,  simétricas  e  com  anteras  fixas.   •  Corola  com  borda  inteira  ou  pouco  recortada:  plataforma  de   pouso.   •  Néctar   em   grande   quan8dade   no   fundo   do   tubo   floral   ou   esporão.   •  Guias  de  néctar  ou  guias  de  língua  mecânicos.   •  Odor  fraco,  agradável.  
  • 42. Falenofilia  e  Esfingofilia   •  Mariposas  alimentam-­‐se  de  néctar.     •  Principalmente   noturnas,   com   olfato   desenvolvido   e   probóscides  muito  longas.   •  Maior  parte  das  espécies  paira  em  frente  à  flor.  
  • 43. Falenofilia  e  Esfingofilia   •  Flores  abrem-­‐se  à  noite.   •  Grandes,  brancas  ou  pálidas,  raramente  vermelhas.   •  Tubulares,  horizontais  ou  pendentes,  assimétricas  e  com  anteras   versáteis.   •  Corola  muito  lobada:  sem  plataforma  de  pouso.   •  Odor  forte,  adocicado,  somente  à  noite.   •  Mais   néctar   que   em   flores   polinizadas   por   borboletas   ou   abelhas.   •  Néctar   no   fundo   do   tubo   floral   muito   longo   ou   esporão,   mais   estreito  que  em  flores  polinizadas  por  pássaros.   •  Geralmente  sem  guias  de  néctar:  orientação  pelo  contorno  da   flor.  
  • 45. Ornitofilia   •  Aves  alimentam-­‐se  principalmente  de  néctar.   •  Podem  pairar  no  ar,  especialmente  os  beija-­‐flores.   •  Beija-­‐flores  têm  bico  forte  e  grande,  e  bico  e  língua   longos.  
  • 46. Ornitofilia   •  As  flores  abrem-­‐se  durante  o  dia.   •  Grandes  ou  em  inflorescências,  tubulares  (beija-­‐flores),  com  cores   fortes,  frequentemente  avermelhadas,  e  manchas  vistosas.   •  Não  há  guia  de  néctar.   •  Néctar  muito  abundante,  no  fundo  do  tubo  floral  ou  em  esporão.   •  Sistema  capilar  trazendo  o  néctar  para  cima  ou  evitando  que  flua   para  fora  da  flor.   •  Ausência  de  odor.  
  • 47. Quiropterofilia   •  Morcegos  alimentam-­‐se  principalmente  de  néctar.   •  Hábito  noturno.   •  Focinho   e   língua     mais   l o n g o s   q u e   o s   d e   morcegos   inseVvoros,   e   dentes   frontais   reduzidos   ou  ausentes.   •  Não   percebem   bem   as   cores.   •  Podem  se  agarrar,  usando   as  unhas  dos  polegares.    
  • 48. Quiropterofilia   •  Flores  abrem-­‐se  à  noite.   •  Grandes,  solitárias,  fortes,  vistosas  e  em  forma  de  sino.   •  Pequenas  em  grandes  inflorescências.   •  Expostas  fora  da    folhagem,  pendentes  ou  caulifloria.   •  Brancas,  esverdeadas  ou  arroxeadas,  raramente  rosas.   •  Grande   quan8dade   de   néctar   e   de   pólen,   disponíveis   por   muitas  horas.   •  Odor  forte.  
  • 50. Polinização  bió8ca   •  Pode   ocorrer   “falha   no   sistema”:   polinização   acidental  e  pilhadores.    
  • 51. Síndromes  de  polinização   •  Associação   muito   estreita:   polinização   é   um   evento   complexo,   mas   associações   estreitas   raramente   ocorrem   (não   são   vantajosas   evolu8vamente).   •  Plantas  apresentam  caracterís8cas  florais  de  mais   de  uma  síndrome.   •  Baixo   valor   das   síndromes   em   prever   o   polinizador  mais  comum  de  cada  espécie.   •  Desuso  de  síndromes:  sistemas  de  polinização.  
  • 52. Síndromes  de  dispersão   •  Não   assumem   associação   estreita:   “Conjunto   geral   de   caracterís8cas   morfológicas   que   indicam   o   grupo   mais   provável  de  dispersor”  (van  der  Pijl  1972).   •  Amplas,  ou  restritas  e  precisas.   •  Nem   sempre   todas   as   caracterís8cas   estão   presentes   no   diásporo.   •  Dispersão  de  sementes  é  um  processo  menos  exigente  do  que   polinização:   -­‐  Eventos  estocás8cos.   -­‐  Diásporos  são  recurso  alimentar  de  fácil  acesso:  são  consumidos  por   animais  que  nem  sempre  são  os  esperados  a  par8r  da  síndrome  de   dispersão.   •  São  amplamente  u8lizadas  para  se  inferir  qual  é  o  principal   grupo   de   agentes   dispersores   sem   observações   diretas:   determinação  exata  só  é  possível  com  observações  de  campo.  
  • 53. Cazowo  et  al.  subme8do   Dispersores  
  • 54. Cazowo  et  al.  subme8do   Dispersores  
  • 55. •  Diásporos pequenos, numerosos, de cor marrom ou clara e peso variável, provenientes de frutos secos. Anemocoria Colutea arborescens Taraxacum oficinalis Anastatica hierochuntica Papaver somniferum Pithecoctenium crucigerum
  • 56. Hidrocoria •  Diásporos similares aos anemocóricos, mas em espécies geralmente associadas a ambientes aquáticos. Sedrum acre Ocimum basilucum Kalanchoe tubifloraBertolonia mosenii
  • 57. Nymphoides peltata Síndromes de dispersão: hidrocoria. Hevea brasiliensis Cocos nucifera
  • 58. •  Diásporos também marrons ou de cores pálidas provenientes de frutos secos. Autocoria Hura crepitans Bauhinia purpurea Polygonum virginianum
  • 59. •  Diásporos com forma aerodinâmica e peso relativamente grande. •  Ausência de outros dispersores? Quercus cocciferaJuglans regis Barocoria
  • 60. •  Rhizophora mangle: - Monospermia por aborto: evita competição. - Viviparidade: evita afogamento e hipóxia. - Diásporos em forma de lança: se enterram no solo próximos à planta parental; conseguem flutuar e têm movimento geotrópico. Rhizophora mangle Síndromes de dispersão: barocoria.
  • 61. •  60% a 90% das espécies em florestas tropicais. •  Subdividida de acordo com o grupo de animais dispersores. •  O diásporo pode ser carregado por epizoocoria (ou exozoocoria) ou endozoocoria. Zoocoria
  • 62. •  Epizoocoria (ou exozoocoria): - Superfície rugosa com mecanismos adesivos. - Comum em herbáceas. - Desenvolvem-se próximos ao solo. - Destacam-se facilmente da planta parental. Métodos de transporte de diásporos zoocóricos: epizoocoria. Acanthospermum sp. Desmodium psilophyllumBidens laevis Acanthospermum hispidum
  • 63. •  Endozoocoria: dispersão eficiente quanto a semente não é danificada; se ocorre dano, o animal é predador. -  Tratamento à semente. -  Comportamento do dispersor. Métodos de transporte de diásporos zoocóricos: endozoocoria. Tangara cyanocephalla
  • 64. •  Diásporos consumidos pelos animais: - Porção carnosa que serve principalmente como alimento aos animais. - Geralmente apresentam coloração atrativa aos animais. - Outras características são muito variáveis. Diásporos endozoocóricos.
  • 65. •  Principal característica: sementes com elaiossomo. Mirmecocoria Ricinus communis Croton sp.
  • 66. •  Plantas de beira de rio e locais alagados. Ficus sp. Inga sp. Ictiocoria
  • 67. •  Algumas tartarugas, jabutis, lagartos e jacarés. •  Geralmente de cor laranja ou vermelha. •  Com odor. Saurocoria Melocactus violaceus e Tropidurus torquatus Aldabrachelys gigantea Genipa clusifolia
  • 68. Ornitocoria •  Proteção presente na parte externa contra o consumo prematuro. •  Proteção interna da semente contra digestão. •  Brilho e coloração atrativa quando maduros: vermelho, laranja, preto ou azul escuro; estas cores com tons claros; órgãos auxiliares; folhagem (contraste). •  Sem odor.
  • 69. •  Grande variação morfológica. Síndromes de dispersão: ornitocoria. Paullinia cupana Ochna kirkii Miconia albicans Ormosia monosperma
  • 70. •  Tamanho geralmente grande. •  Proteção presente na parte externa contra o consumo prematuro. •  Proteção da semente contra danos mecânicos. •  Coloração atrativa nem sempre presente. •  Odor geralmente atrativo. Mamalocoria Hyphaene petersiana Durio zibethinusAnnona squamataAnacardium occidentale
  • 71. •  Características variam de acordo com o grupos de mamíferos. •  Mamíferos pastadores: -  Frutos de herbáceas, mas também de Acacia. - Parte atrativa não se encontra nos diásporos, mas sim na folhagem rica em nutrientes: ingestão acidental. -  Sementes pequenas e duras, geralmente de frutos lenhosos. Acacia aroma Cassia ampliflora Síndromes de dispersão: mamalocoria.
  • 72. •  Quiropterocoria: - Principalmente em Araceae, Clusiaceae, Curcubitaceae, Moraceae, Piperaceae, Solanaceae e Urticaceae (spp. da antiga Cecropiaceae). Síndromes de dispersão: mamalocoria. Solanum melongena Cecropia sp.Piper nigrum Monstera deliciosa Platonia insignis Ficus carica
  • 73. -  Desprotegidos e expostos no ramo ou em plantas de fácil acesso. -  Cores opacas e claras: roxo, azul, verde, amarelo, verde- amarelado, branco ou laranja, contrastantes com a folhagem mais escura. -  Odor forte: de podre ou não; nem sempre é perceptível aos humanos. -  Suculentos (polpa aquosa). Diásporos mamalocóricos: quiropterocoria. Carollia perspicillata e Piper sp. Platyrrhinus e Diospyros
  • 74. •  Mamíferos da ordem Carnivora: - Frutos de plantas herbáceas e spp. de Arecaceae. - Odor específico quando maduros. - Caem da planta parental quando maduros. - Nas cores vermelha, preta, marrom, branca, azul ou verde. - Maiores do que os dispersos por aves e morcegos. - Pesados, ricos em polpa e com muitas sementes. Astrocaryum acuteatissimum Solanum lycocarpum Chrysocyon brachyurus Síndromes de dispersão: mamalocoria.
  • 75. •  Primatocoria: - Frutos com casca dura ou macia muito coloridas: preto, roxo, rosa, amarelo, laranja ou cinza-esverdeado. - Grandes sementes com arilo amarelo ou laranja. - Odor forte, mas não de podre. - Primatas se alimentam de frutos verdes e maduros. - Preferência por frutos suculentos. - Muitas vezes são predadores e dispersores ocasionais. Garcinia subelliptica Theobroma cacaoMangifera indica Síndromes de dispersão: mamalocoria.
  • 76. •  Glicocoria: - Roedores são primariamente predadores. - Diásporos duros, geralmente frutos com casca dura e com uma ou várias sementes. - Cápsulas vermelhas, verdes ou amarelas com sementes envoltas por uma polpa branca. - Sementes com estruturas arilóides cerosas e duras. - Sem odor. Sciurus ingrami e Syagrus romanzoffiana Carya sp. Síndromes de dispersão: mamalocoria.
  • 77. •  Semente é um indivíduo recombinante e sua dispersão beneficia a planta parental de três maneiras: 1- Fuga: diminui a mortalidade dependente de densidade devido a predação e infestação por patógenos de sementes e plântulas, e à competição das plântulas com a planta parental e com indivíduos da coorte, comuns em locais com grande densidade de sementes e plântulas, como próximo da planta parental. Vantagens da dispersão de sementes.
  • 78. 2- Colonização: movimento de sementes para novos habitats; geralmente há armazenamento de sementes em bancos de sementes. 3- Dispersão direcionada: alta deposição de sementes em micro-habitats que são melhores para a sobrevivência de sementes e o estabelecimento de plântulas; comumente observada em formigueiros, latrinas e LEKs. Ricinus communis Vantagens da dispersão de sementes.
  • 79. Wang  &  Smith  2002   Predação pré- dispersão (Predação pós-dispersão) O ciclo de dispersão.
  • 80. Schupp  et  al.  2010  
  • 81. Pergunta   •  O   que   é   efe8vidade   de   dispersão   de   sementes   (seed   dispersal   effec/veness   –   SDE)?   Explique   seus   componentes   e   exemplifique   como   eles   podem   ser   alterados  por  agentes  dispersores  múl8plos.   •  Schupp,   E.W.;   Jordano,   P.   &   Gómez,   J.M.   2010.   Seed   dispersal   effec8veness   revisited:   a   conceptual   review.   New  Phytologist  188:333-­‐353.   •  Schupp,   E.W.   1993.   Quan8ty,   quality   and   the   effec8veness   of   seed   dispersal   by   animals.   Vegeta8o   107/108:  15-­‐29.  
  • 82. “Plants are merely the mechanism by which seeds produce more seeds.” John Harper (1925-2009)